- Amor. - Oi. - Teu irmão tá aí de novo.
- Tá. - E aí, irmão? - E aí?
- Tudo bom? - Tudo bom, e você? - Tudo jóia.
Posso te ajudar aqui? - Passa essa. .
. Obrigado. - E aí, tudo bem com você?
- Tudo certo. - Tá tomando os remédios? - Todo dia.
Todo dia tem remédio agora. - E as consultas? - Tão me ajudando, sabia?
Tô mais. . .
- E os problemas do bairro? - Resolvendo. .
. Naaa. .
. - Mesmo? - Aos poucos, né João?
- Sabia. Você quer dinheiro de novo! - Mano, uma mão lava a outra.
. . É sempre assim, você não se comporta e depois vem com o pepino pra cima de mim!
- Eu só tô precisando de uma mão! Quebra esse galho pra mim? - Não dá.
Você apronta, e depois quem tem que descascar o abacaxi sou eu! - Mas também não precisa ficar fazendo tempestade em copo d'água! - Ah!
- Desde que a gente era criança. . .
- Ah! Para! Não é hora de lavar roupa suja.
E também vamos colocar em pratos limpos. Você não deveria ter saído da clínica, tá? Não é hora de ficar chorando o leite derramado!
Merda. . .
Eu não entendo! Você tinha a faca e o queijo na mão pra ser uma pessoa incrível, mas não, acabou entrando pelo cano. Tá me elogiando?
Mudou da água pro vinho agora. Não é isso que eu tô te falando, cara. Eu te admirava.
Mamãe te admirava. Papai. .
. Te admirava. .
. [choro] Também não precisa ficar babando ovo. Se não pode me ajudar.
. . Bola pra frente.
Ô! Julinho! Toma cuidado!
- Cresceu o menino, hein? - É. Para de vagabundear e vai arrumar um emprego, tá?
- Eu vou arrumar um emprego. - Já passou da hora de você arregaçar essa manga. Tá certo.
Vou te arregaçar, sua manga. . .
Tá gostosa, né? Gostosa pra caralho. .
. Fudeu, agora. .
. [resmunga] - Valeu, só tava precisando. .
. - Conversar. Se precisar de alguma coisa, tamos aí, tá?
- Brigado, hein? - De nada. - O que cê tá preparando?
- Pavê. Pavê. .
. Pavê. .
. Pavê. .
. Mas é pavê. .
. ? É, a classica, porque "kombi" todo mundo nela, senhor.
- Vai sair? - Eu tô tentando, né?