ZÉ BAIANO: A HISTÓRIA DE UM DOS MAIORES SANGUINÁRIOS CANGACEIROS DA HISTÓRIA

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Iconografia da História
Vote em “O Capeta-Caolho contra a Besta-Fera” para o Prêmio Geek: https://www.premiogeek2edicao.com....
Video Transcript:
durante os anos de 1922 e 1938 o sertão nordestino foi praticamente dominado por um grupo de criminosos que deixou uma marca profunda na cultura do Nordeste e no Imaginário Popular os cangaceiros liderados por Lampião nesse grupo tinha um cabra que era respeitado por Lampião e de temido por todas as outras pessoas especialmente as mulheres seu nome era José Aleixo Ribeiro da Silva mais conhecido como Zé Baiano o Ferrador de gente fala galera como vocês podem ver aí a gente fez uma introdução com a voz do nosso amigo Everaldo Rodrigues que é um grande autor brasileiro
tem se destacado muito aí no cenário nacional e até Internacional e eu li o livro dele chamado o capeta caolho contra a besta fera livro muito bom que conta a história de um povoado que chama um cangaceiro pra caçar lobisomem mano bagulho é louco mesmo e aí eu falei veado cola com nós lá mano enquanto a história do candaço para os cara mas estoura bastante sanguinário do jeito que esse cara gosta de ver baixo que tem muito sangue aí Ele trouxe a história aqui do cara que marcava a cara das mina com a sigla dele
velho com as duas letras do do nome dele José baiano você é louco tio pessoal antes de começar eu vou pedir um grande favor para vocês que são inscritos no nosso canal ou não é fácil viver de de escrever aqui no nosso país e o Everaldo é um grande autor e ele tá disputando um prêmio o prêmio geek que chama e a gente vai deixar o link da votação no primeiro comentário e na descrição do vídeo e se vocês puderem votem lá no capeta caolho contra a besta fera para dar uma força para o cara
que veio aqui voluntariamente trazer um vídeo da hora para vocês firmeza mano Cola lá é rapidinho passe o vídeo deixa seu like é nós Everaldo Cola aí velho fala pessoal eu sou Everaldo Rodrigues eu sou escritor pesquisador de literatura criador do canal estante etérea e eu tô aqui no iconografia da história convite do meu camarada jogar paviotti para falar sobre Zé Baiano um dos cangaceiros mais famosos e cruéis que já pisou no sertão nordestino antes de tudo gostaria de pedir o seu like aproveita para ativar o Sininho e compartilha esse vídeo aí com outras pessoas
né pras pessoas conhecerem essa história também dessa forma vocês nos ajudam a produzir cada vez mais agora vem comigo e acompanha mais essa história com a gente Edu por obséquio roda a vinheta o Cangaço foi um fenômeno do budismo brasileiro que surgiu mais ou menos ali na metade do século 19 e durou até o final dos anos 30 mas seu auge mesmo foi entre as décadas de 1920 e o ano de 1938 período do reinado do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva o Lampião esse vídeo específico não será sobre o fenômeno do Cangaço nem sobre Lampião
mas sim sobre um de seus cabras mais sinistros se vocês quiserem um vídeo geralzão sobre o Cangaço ou sobre outras figuras né Desse período deixem aí nos comentários na verdade o bando de Lampião atravessou um longo período da história e Teve muitas formações Em certas épocas ele teve mais de 50 homens e mulheres sobre o seu comando mas essa galera não andava assim toda junta sempre não ele se dividiam em subgrupos um dos líderes mais famosos de Lampião era o temido Pantera Negra dos Sertões Esse cabra aqui eu vou vou contar para vocês ele era
tão ruim mas tão tão ruim mesmo tão sanguinário que até hoje é difícil de acreditar nas coisas que ele fazia evidentemente como toda a figura do Cangaço tem muita polêmica em volta dele muita história coisa que ninguém sabe dizer se é fato se foi invenção da época coisas assim baseadas em preconceito e tudo mais que eu espero poder explicar aqui nesse vídeo Zé Baiano na verdade se chamava José Aleixo Ribeiro da Silva sabe-se que ele nasceu no ano de 1900 na cidade de Chorrochó na Bahia não se sabe ao certo quando o Zé Baiano entrou
no bando de Lampião mas foi Provavelmente na década de 1930 ele rapidamente se tornou um líder de um dos subgrupos de cangaceiros é dividir pessoal Bando do subgru- em subgrupos era uma forma muito eficiente que o Lampião encontrou de expandir a influência sobre diversos pontos do Sertão nordestino né Assim como também de dificultar a perseguição e a captura de todos os membros de uma vez só né já que eles ali sempre espalhados cada um tava num canto isso dificultava um pouco a polícia de ficar no incalço deles o Zé Baiano logo obteve destaque nas incursões
né e ganhou as manchetes dos jornais além do apelido de Pantera Negra dos Sertões primeira polêmica assim envolvendo o Zé Baiano está relacionado com a cor da pele dele é fotos do Zé Baiano é revelam que ele era um homem de pele escura né então é muito provável que ele fosse o que se chamava antigamente de caboclo né que é alguém que tinha uma ascendência indígena e branca né como é muito comum no sertão nordestino se você for procurar descrições do Zé Baiano feitas pela mídia na época em jornais por exemplo você vai encontrar coisas
que diziam que ele era um cara assustador maldoso e medonho mas todas essas descrições estavam sempre associadas ao fato de ele ter uma pele escura e de ter traços que não eram traços europeus né e no que que isso implica né implica que muita coisa relacionada aos é baiano pode o resultado dessa montagem de uma figura sinistra assustadora até mesmo feia que tinha o mal enraizado dentro de si não que cangaceiros fossem bonzinhos tá gente é o fenômeno do Cangaço ele tá cheio de histórias de assassinatos de violência sexual é violências cometidas tanto pelos cangaceiros
quanto pelos caras que deveriam prender eles né perseguir combater eles que eram os oficiais das volantes né que os cangaceiros chamavam de macacos ao mesmo tempo é muito simplista você enxergar essa dinâmica né de cangaceiros e volantes como uma coisa mais do que isso assim né de cangaceiros comem como a gente do mal e Os Perseguidores deles como gente do bem ou invertendo isso né com os cangaceiros sendo os heróis do povo e as volantes aquele braço opressor do Estado né a gente tem que entender e prestar atenção em todo um contexto social que propiciava
essa violência generalizada né era um ambiente assim é inóspito abandonado é completamente assim abandonado pelo Estado e que desenvolveu seu próprio sistema de leis de honra de respeito e de hierarquia baseado na imposição de uma força coletiva e de um senso de justiça muito pessoal e violento o Zé Baiano ele tinha a fama de Ferrador de gente né inclusive esse era um dos apelidos dele isso porque ele andava com dois ferros de marcar gado né não embornal dele na bolsa ferros que tinham as letras JB segundo muitos autores é baiano usava esses ferros em brasa
para marcar suas vítimas especialmente mulheres né as Mulheres sempre eram as maiores vítimas do Cangaço era muito comum também que ele usasse a palmatória né para castigar suas vítimas palmatória ela era usada para bater mesmo nas mãos das pessoas para humilhar as pessoas é tudo isso era Sempre acompanhado de deboche de xingamento e outras violências aí que a gente não vai poder detalhar aqui muito porque senão o vídeo fica extremamente pesado é as razões para o e outros cangaceiros fazerem isso não precisavam ser muitos muito graves não tá o Zé Baiano e outros cangaceiros gostavam
de por exemplo castigar mulheres que usassem vestidos acima do joelho ou o cabelo cortado curto né naquele estilo melindrosa ali dos anos 20 se ele encontrasse mulheres assim nas ilhas que ele fazia pelo Sertão é era certeza que ele ia deixar a marca dele sem dó nem piedade nessas pessoas é aparentemente galera o Zé Baiano marcou muita gente no sertão tá é Vocês conseguem encontrar algumas dessas fotos aí pela internet né com essas feridas das marcas de ferro que ele fazia nas pessoas ainda que algumas dessas fotos sejam meio duvidosas tá tem tem muito caso
de imagem manipulada pela mídia na época mas um desses casos ele é inquestionável tá ele aconteceu em 1932 quando o Zé Baiano levou o subgrupo dele para a cidade de Canindé no Sergipe para se vingar né isso porque o que que aconteceu mesizantes um grupo de soldados né um grupo das volantes tinha ido até a cidadezinha dele brechó na Bahia e descoberto galera onde a mãe do Zé Baiano morava vê vê o BO os soldados foram até a residência da mãe do Zé Baiano e interrogaram a senhora por informações do Filho e do bando né
porque era uma existiam Recompensas tal então quem guardasse informações estava ferrado como ela não quis contar ela foi simplesmente torturada e espancada pelos policiais ela sobreviveu Mas ela ficou com uma fundamento assim no osso da testa resultado de uma paulada que ela tomou de um soldados ver se você faz isso com a mãe de um cangaceiro né os é baiano Descobriu onde esse soldado morava né que era um tal de Vicente Marques e foi até a casa dele né mas quando ele chegou lá o Vicente Marques não tava quem ele encontrou lá foi uma mulher
chamada Maria Marques que era a irmã do soldado então para se vingar o que que o Zé Baiano fez ele pegou o ferro esquentou e marcou o rosto dela com as letras JB né ele marcou aqui na bochecha e essas fotos são reais né existem fotos da Maria Marques já idosa com a cicatriz na face né então é uma das coisas bem sinistras que esse ele é acusado de ter certa predileção pelo ato de marcar pessoas com o ferro em brasa tá galera é não há registros oficiais assim Mas são muitos relatos de pessoas que
foram marcadas pelo Ferrara pelo Ferrador de gente né ele tinha a fama mesmo mas também há muita controvérsia quanto a isso tá É algumas Fontes apontam por exemplo que a única ocasião em que o Zé Baiano usou o ferro em brasa para marcar alguém foi nessa ocasião em 1932 quando ele se vingou do que fizeram com a mãe dele né também dizem que os ferros com as letras JB não eram de propriedade do Zé Baiano e sim de um homem chamado João Brito né que era um falecido Coronel ali da época e esses ferros estavam
lá e os rebanhos simplesmente pegou e usou né esse João Brito ele era conhecido por ser um coiteiro dos cangaceiros né o que que era coiteiro o coiteiro era as pessoas que davam proteção para os cangaceiros podia ser fazendeiro mas também podia ser um político podia ser um delegado podia ser até mesmo um sertanejo mais pobre assim né E aí depende da circunstância os lugares onde os cangaceiros ficavam para se esconder eram os coitos né nos coitos Eles podiam descansar festejar e planejar os próximos ataques enfim os autores que defendem José baiano nesse caso vão
dizer que os ferros não eram dele porque é JB não é a sigla do nome dele de verdade né já que ele se chamava é José Aleixo né ainda assim JB poderia ser uma aproximação de do apelido né JB José baiano Zé Baiano enfim é uma coisa ainda é um tanto quanto polêmica mas que e que rola um debate assim né se as histórias das marcas com ferro em brasa podem ser cheias de disso me disse né outra história é muito mais famosa é muito mais impactante envolvendo Zé Baiano que é o relacionamento dele e
o assassinato a sangue frio da sua companheira a cangaceira Lídia Lídia Vieira de Barros Figueiredo era considerada a mulher mais bonita entre as que integravam ali o bando de Lampião né ela era considerada até mais bonita do que a mais famosa de todas que a Maria de ideia a mulher de Lampião né a Maria Bonita dizem que a Lídia era extremamente bonita ela tinha o corpo cheio de curvas tinha pele morena tinha um cabelo comprido castanho ela tinha os dentes belos e alinhados né O que era uma coisa um pouco Rara ali para aquele Sertão
pobre né e lábios carnudos né infelizmente não tem nenhuma foto da Lídia que comprove isso mas muitos registros é afirmam que ela era extremamente bonita e ela era a companheira do Zé Baiano né ela era a mulher do Zé Baiano desde os 18 anos de idade né quando ela foi convencida a seguir ele para o bando de Lampião né coisa da qual ela se arrependeu rapidamente não só porque a vida das mulheres era cheia de violência né Não só que ela sofriam como as que elas testemunhavam mas também porque era uma vida difícil e arriscada
para [ __ ] é levar os cangaceiros dormia no mato comia pouco viviam sempre em fuga né então era uma parada assim bem complicada para as mulheres por mais absurdo que pareça eu tô aqui descrevendo esse cara e talvez vocês não acreditam mas dizem que o Zé Baiano só tinha de olhos para Lídia né ele tratava ela com carinho é coisa rara entre os cangaceiros tinham companheiras nele dizem as histórias falam que eles separavam os melhores pedaços de carne para ela dava comida na boca dela enfim o Zé Baiano era apaixonado pela Lídia não é
isso aí também é uma coisa que os registros deixam bem claro mas por outro lado A Lídia não era tão apaixonada assim pelo Zé Baiano tá É algumas Fontes dizem também que ela era uma mulher que gostava de sexo e isso aumenta ainda mais a atenção da história né E ela era afim ela era apaixonada de um cangaceiro do subgrupo de outro cara que era o virgínia se chamava bem-te-vi e ali De Repente Vi viraram amante eles aproveitavam quando o Zé Baiano e o subgrupo dele partia para alguma das suas presepadas e deixavam ali dia
nos coitos né ou com outros cangaceiros né era nesses momentos que eles aproveitavam e viviam o amor dos dois infelizmente a história da Lídia não acabaria nada bem né certa noite do ano de 1934 outro cangaceiro né E aqui há uma controvérsia O apelido dele era besouro ou coqueiro é flagrou né o casal de amantes flagrou a Lídia com o bem-te-vi durante uma relação que sexual ali no meio do mato Mas em vez de impedir o que estava acontecendo ele tinha outras intenções né ele esperou a relação terminar e logo em seguida ele chegou e
abordou os dois e ele fez uma proposta para Lídia né Ele queria também que a Lídia se entregasse para ele né karnalmente é caso contrário aí ele ia dedurar para o Zé Baiano e aí a coisa ia feder né nesse meio tempo o bem-te-vi deu no pé né porque ele viu que a merda ia feder para o lado dele e sobrou pra Lidia tomar a decisão né se ela ia aceitar deitar com o Besouro ou o coqueiro enfim ou se ela ia se negar né E ela tomou a decisão ela recusou a proposta do cangaceiro
preferindo que fosse dedurada ao invés de ter uma relação com ele né uma decisão corajosa né porque já dá para imaginar o que que ia acontecer com ela quando o Zé Baiano retornou da missão o tal do cangaceiro Besouro o coqueiro e enfim ele convocou todo o bando e falou tem um anúncio aqui para fazer E aí ele contou para o Zé Baiano na frente de todo mundo ali na frente do próprio Lampião a traição que a Lídia havia cometido a mulher ainda argumentou né que o cangaceiro Só estava contando metade da história né E
ela admitiu que tinha se deitado com bem-te-vi que tinha virado a amante dele mas também contou que o dedo duro tinha proposto o silêncio dela em troca de sexo né Depois de deliberar com o seu subordinados o Lampião tomou uma decisão mandou que um dos seus subordinados chamado gato matasse o outro cangaceiro O Cangaceiro dedo duro que morreu ali na frente de todo mundo com um tiro na cabeça ou bem-te-vi já tinha dado no pé né então sobrou pra Lidia ali enfrentar a fúria do Zé Baiano né ela não teve a mesma sorte do bem-te-vi
o Lampião como fazia como as pessoas do subgrupo deixou que o Zé Baiano decidisse O que fazer com ela né a vida das mulheres no Cangaço e também a morte delas estava na mão dos cangaceiros que ia tomavam como companheira né E nem mesmo a Maria Bonita foi capaz de fazer o Lampião interceder a favor de Lídia né tendo traído Zé Baiano saberia ele executá-la como era de praxe com qualquer traidor do bando especialmente as mulheres o Zé Baiano estava ultrajado né e ele estava em choque né sem saber o que fazer com a Lídia
naquele momento Ele ordenou que os seus cabras aprendessem em um pedaço de madeira na beira do rio onde ela passou a noite toda gritando e pedindo para o Clemência segundo relatos o Zé Baiano passou a madrugada inteira pensando no que faria com Lydia e ignorando os gritos de Socorro quando o dia amanheceu ele foi até ela espancou a mulher até a morte com pedras e pedaços de pau até que só restasse ali um pedaço de carne sem forma sabe depois o próprio cangaceiro cavou o túmulo dali enterrou ela aos prantos Dizem que ele chorava o
tempo inteiro enquanto ele fazia isso durante o crime enquanto tudo isso acontecia o bando de Lampião tomava café da manhã poucos metros ali de boaça e ninguém se mexeu para ajudar a Lídia ou impedir o que estava acontecendo obviamente né uma figura em volta em violência em tanta violência como o Zé Baiano não teria um final diferente e violenta foi a morte do Zé Baiano no ano de 1936 nessa época Dizem que o Zé Baiano Estava bastante em dinheiro né e ele tava quase independente das ordens do Lampião ali ele costumava fazer as incursões com
um grupo dele mas não mais para saquear e sim para cobrar dinheiro né já que ele passará emprestar dinheiro como agiota e também uma coisa que complicou tudo é que corria a história né de que já que ele tava sem mulher ele estava à procura de uma nova companheira né e os cangaceiros escolhiam a companheira e tomavam ela a força não tinha conversa toda a história aconteceu no povoado de alagadiço lá no sertão do Sergipe o Zé Baiano passou a frequentar a casa de um cara chamado Antônio de Chiquinha que não era um cara muito
rico assim mas ele tinha uma vida até sossegada o Antônio de Chiquinha ele tinha duas filhas e é o que parece né o Zé Baiano com pessoa assim engraçara com uma delas Digamos que o Antônio de Chiquinha e aqueles caras ali da redondeza eles tinham razões de sobra para querer matar o Zé Baiano né o Zé Baiano andava com bastante dinheiro tinha uma recompensa né pela cabeça dele e ele tava de olho em uma moça uma menina muito mais jovem que ele a quem ele provavelmente arrastaria para a vida do Cangaço sem pedir para ninguém
né apenas porque era a vontade dele e aí ia ser um sofrimento para menina assinada fosse feito né por outro lado ninguém era doido de dizer aos quatro ventos que estava planejando matar um cangaceiro sabe esse tipo de informação de notícia corria logo né geralmente por medo que os próprios cangaceiros fossem atrás de quem sabia do que ia acontecer e sofresse alguma Retaliação né ou quem mesmo ameaçasse e não tivesse coragem de cumprir né ninguém espalhava os quatro ventos que ia matar um cangaceiro mas o Antônio de Chiquinha prometeu e cumpriu né quando ele soube
que o Zé Baiano estava solicitando uma visita ali na residência dele ele começou a colocar o plano dele em Ação o António de Chiquinha combinou com mais quatro homens o assassinato de Zé Baiano e de dois ou três comparsas que o acompanhavam eles serviriam uma refeição que o próprio Zé Baiano né que é uma fatada né uma fatada é um prato típico do Nordeste que é feito ali com Miúdos né de carneiro e tal e a fatada ela é uma comida pesada né Ela é uma comida assim que você termina de comer e você praticamente
precisa tirar uma soneca né para poder digerir e também ele serviriam bastante cachaça bastante bebida ali que era para deixar o cara embriagado né E foi combinado também uma frase entre eles que serviria como sinal né quando alguém falasse aquela frase o plano seria executado é naquela noite tudo correu conforme o plano né após a refeição né os cangaceiros ficaram empatorrados e embriagados né com a cachaça que foi servida e fartura e eles baixaram a guarda né então o Zé baianos e os outros cangaceiros estavam ali baixaram a guarda num desconfiaram que os caras iam
querer fazer alguma coisa e nem imaginavam que aquela seria a vez deles certo momento a frase combinada foi dita e todos eles caíram sobre os cangaceiros com punhais e facões né dizem até mesmo que o Zé Baiano implorou pela vida dele mas ele não foi poupado era a noite de Sete de Junho de 1936 massa com golpes de faca morria Zé Baiano um dos cangaceiros mais sinistros e sanguinários do bando de Lampião depois do assassinato né os homens de Antônio de Chiquinha enterraram os corpos dos cangaceiros ali que eles mataram e guardaram esse segredo por
19 dias né contando depois para as autoridades que foram lá e exumaram os corpos e confirmaram que era o Zé Baiano e os caras do bando dele né apesar disso não houve Retaliação por parte do bando do Lampião eles acharam que seria uma treta que não valia a pena eles investirem né o Zé Baiano ele foi um dos cangaceiros menos estudados entre os que compuseram o bando de Lampião né E ao mesmo tempo ele foi um dos que mais serviram como base para a reprodução de relatos assustadores pela mídia da época né é muito jornalistas
e muito até mesmo cientistas e estudiosos do Cangaço na época descreviam o Zé Baiano como alguém que era naturalmente facinho era né alguém que teria assim a bandidagem né e a maldade escrita na genética dele naquela época galera E aí vale a pena a gente prestar atenção nisso tinha muitos estudiosos tentando explicar a criminalidade com base nas características físicas das pessoas né então a gente tem que lembrar que era o começo do século 20 né tinha aquelas ideias positivistas tinham um período de muitas teorias eugenistas né e o Brasil a gente sabe fazer toda esse
todo um planejamento de branqueamento da população que era justificado justamente nessa suposta superioridade da raça Branca né Essa justificativa né essa ideia era construída com base nesses argumentos científicos né de caras que pegavam as características físicas das pessoas que das pessoas que cometiam crimes né e tentavam indicar Quais características faziam as pessoas serem mais predispostas ou não a serem homens superiores ou inferiores ou a cometer incríveis ou a serem pessoas mais nobres né o trabalho de um cara chamado César e Lombroso né um italiano foi muito influente nesse sentido o César e Lombroso né esse
italiano ele era um psiquiatra positivista e ele ruim aqui certos homens não haviam evoluído por completo vê a ideia do Maluco e que por causa disso né eles eram meio que criminosos por natureza essa tese ela ecooou em muitos cientistas brasileiros em nome aí nomes aí de como por exemplo Nina Rodrigues e o Estácio de Lima esses dois eles fizeram estudos que comparavam brancos negros indígenas mestiços né e tentavam provar que as pessoas de pele escura causavam né um impacto negativo sobre a sociedade uma vez que supostamente elas eram predispostas a criminalidade a desordem e
aula de desrespeito as leis né hoje galera a gente entende que isso é uma coisa que tá carregada de racismo até o talo né por isso quando a gente vai estudar um cara como o Zé Baiano ou mesmo estudar o fenômeno do Cangaço e todas as pessoas que estavam envolvidas nesse processo a gente precisa estar preparado para ler muita história que pode ser verdade ou não algumas histórias que podem ter se perpetuadas é claro pelo elas eram violentas e assustadoras e de fato mas também que podem ter surgido justamente por causa da reprodução né de
um viés racista que marca Esses povos historicamente né que povos que são oprimidos e tratados pelo Estado como figuras maldosas villanescas como uma ameaças a civilização evidentemente ninguém tá aqui para dizer que o Zé Baiano ou qualquer cangaceiro era um coitado né as histórias de violência são muitas e são histórias documentadas Vocês conseguem ler elas aí com facilidade porém o mais importante né que qualquer julgamento moral que você faça é que você precisa entender o contexto né tem que entender que o Cangaço foi resultado de um monte de fatores como o descaso dos governos né
com aquela região do Sertão nordestino a herança da escravidão que foi muito forte e o próprio colonialismo né que transformou aquele lugar né o ser tão nordestino aquele terreno é em um terreno fértil para a lei do olho pro olho dele dentro né que era a lei do Cangaço um lugar onde a violência era naturalizada e ninguém podia escapar dela pessoal no final desse vídeo aqui eu queria indicar três leituras para quem quer dar um mergulho aí legal na história e nas figuras do Cangaço tá é a primeira dica de leitura é esse livro aqui
tá que é Maria Bonita sexo violência e mulheres no Cangaço da Adriana Negreiros esse livro aqui é uma biografia da Maria de ideia né da Maria Bonita mas é também uma história do Cangaço mas sobre um olhar feminista né Um Olhar feminino assim que destaca a violência que essas mulheres sofreram naquela época o outro livro que eu vou indicar para vocês aqui né É de um dos maiores estudiosos do Cangaço do Brasil que é o Frederico Pernambucano de Mello que é o livro guerreiros do Sol violência e banditismo no nordeste do Brasil que é aí
um longuíssimo estudo sociológico e cultural sobre o Cangaço riquíssimo de um dos caras aí que mais entendem do assunto e a última dica de leitura galera Na verdade é um livro de ficção que é o meu livro que é esse daqui o capeta caolho contra a besta fera que é uma história de terror que se passa no sertão nordestino onde cangaceiros são contratados para enfrentar um lobisomem né então esse livro aqui ele tá concorrendo ao prêmio geek da Amazon e se vocês quiserem dar uma força aí para que ele consiga ganhar esse prêmio É só
vocês votarem no link que está aqui na descrição do vídeo e aí galera se vocês gostaram do vídeo então não esqueçam de deixar aquele like que mostra pro YouTube que nosso conteúdo é legal e seguir o iconografia da história nas redes sociais tá Um abraço para vocês e até
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