Arquicast 233 - Roberto Burle Marx

227 views8912 WordsCopy TextShare
ArquiCast
Vamos explorar a vida e a obra de um dos paisagistas mais importantes do século XX. Reconhecido por ...
Video Transcript:
p [Música] [Música] Oi gente eu arcast número 233 meu nome é Adilson E hoje Vamos explorar a vida e obra de um dos paisagistas mais importantes do século XX reconhecido por sua abordagem inovadora e pelo uso audacioso de plantas nativas ele deixou um legado que vai além dos Jardins e parques que projetou foi um verdadeiro artista que influenciou a estética Urbana e natural integrando arte Ecologia e Paisagismo de forma única Além de sua genialidade como paisagista teve um papel como defensor do meio ambiente preocupado com questões de sustentabilidade temas Pioneiros em sua época e que
continuam a ser fundamentais nos dias de hoje esse episódio vai ser sobre o paisagista Roberto burlemax e para falar desse cara tão importante eh pra nossa história eh a gente chamou aqui duas pessoas de peso deixa eu primeiro apresentar aqui a Lúcia Costa a Lúcia é arquiteta e urbanista pela Universidade s Santa Úrsula Doutora em Paisagismo pela University College London professora titular na UFRJ já foi coordenadora do mestrado profissional em arquitetura paisagística do prourb da UFRJ além de vasta experiência no Campo do paisagismo e na coordenação de cooperações internacionais esse tema Boa tarde Lúcia seja
bem-vinda de volta aqui para conversar com a gente muito obrigado pela sua presença obrigada você Edilson Rafa e é muito bom tá aqui com Fred também muito obrigada tá aqui também o Fred braid o Frederic arquiteto e urbanista pela UFJF mestre em urbanismo pela UFRJ mestre dout e pós-doutor em design pela PUC Rio pós-doutor em matemática professor de três programas de pós-graduação da ujf líder do grupo de pesquisa leaud que é o laboratório de estudos de linguagem expressões de arquitetura e urbanismo e design Deixa eu tomar um F Boa tarde Fred obrigada pela sua presença
aqui mais uma vez boa tarde boa tarde de Rafa Para mim também enorme prazer est aqui de novo e aí nessa nesse número especial com a professora Lúcia Costa né um carinho imenso foi nossa professora querida e vai ser um prazer conversar com vocês hoje muito bom para que tá aqui para conversar com essas duas pessoas importantíssimas o Rafa e aí Rafa como é que você tá tudo bem Tô ótimo ainda mais com a presença da Lu do Braida do Fred aqui e querido colega e querida mestre com quem pudemos aí compartilhar um momento importante
da da pude que eu pude compartilhar um momento importante da minha formação Obrigado pelo tempo de vocês pela disponibilidade e estamos aqui para aprender mais uma vez a gente podia falar um pouco da da pessoa burlemarx né o burlemarx nasce em São Paulo ele de uma ele é de uma família que lhe proporcionou um contato com as artes com a música Eu acho que esse convívio deve ter ajudado a moldar a figura que é o burlem Max como a gente conhece hoje e Lúcia É isso mesmo e essa esse antecedente aí da precedente aí da
carreira profissional do burl Max a gente pode afirmar que esse eh essas pessoas esse convívio que ele tem com as artes e foi importante na na na formação da personalidade dele Adilson o oem sempre eh sempre falou em várias vistas ele sempre destacou a importância do seu nicho familiar na sua na construção na sua construção como pessoa como profissional ele não fazia essa distinção assim tão explícita mas ele fala muito da da figura da figura da mãe da figura da Ana que foi uma pessoa que ele inclusive uma pessoa que trabalhou na casa dele que
ele acolheu no sítio como a pessoa da família E cuidou dela até falecer é uma família muito culta uma família que propiciou a ele muitas oportunidades viagens pro exterior e formação muito eh cultivada e dentre a família eu acho que ele teve uma relação muito especial com o irmão dele Walter burlemax que era Maestro compositor músico ele foi diretor do Teatro Municipal no Rio de Janeiro e com esse irmão com o irmão Walter o burlat teve uma relação muito próxima muito intensa com muito aprendizado até o final da vida se se pode ser visto nas
cartas que ele trocava com o irmão eh essa presença e a presença da música no trabalho dele ele sempre falava em várias entrevistas fazia comparações entre Jardins e uma pauta musical e ele tinha um conhecimento muito muito forte da dessa parte da música também que marcou bastante a formação dele olha sabe uma coisa que é legal AD de comentar também Lúcia assim eh me lembrando dos vídeos que eu já assisti de eh de notíci documentários sobre ele e as pessoas dando seus depoimentos ele unia de um lado assim uma simplicidade absurda porque ele conversava com
as pessoas disse que tinha muito desse lado e também um grande erudito porque de uma hora para outra Ele começava a cantar uma ópera em alemão né então assim me parecia que era uma figura muito interessante realmente por conseguir transitar nessas duas realidades né e transpondo universo que estava né assim trabalhando nas ruas no espaço público mas com o repertório artístico é muito vasto E aí só podia dar coisa boa né que a gente vê refletido nos projetos né Sem dúvida eu queria aproveitar essa deixa para para perguntar paraa Lúcia né então ele teve uma
uma passagem pela Europa né com esses artistas plásticos uma passagem né pela pela pela Alemanha e Lu como é que você vê essa isso transposto no trabalho se que é uma pergunta fácil né mas talvez não só nos trabalhos mas no comportamento o que que a gente tem de relato né Um pouquinho nessa linha que o Braida falou de como descomportado E como que isso criou essa essa aura dele né É sim essa essa essa viagem para ele foi ele foi uma viagem marcante também na vida dele ele fala bastante isso é muito conhecido o
episódio dele de contato com plantas brasileiras no Jardim Botânico de dlin que ele que é sempre comentado mas o em muitas outras entrevistas o bu falava também da importância do contato que ele teve com eh o cubi moo e outras e outras eh manifestações de pintura moderna que ele teve lá um impacto que teve muito grande eh no trabalho dele e foi quando ele voltou dessa viagem à Europa que ele se matriculou que ele entrou pro pro pro curso de Ele entrou pra escola de Belas Artes pro curso de pintura Então foi uma viagem bastante
marcante e definidora de Um percurso e de o rumo de uma vida né que sempre e sempre falava disso com muita emoção E aí depois ele volta pro Brasil né Tem estuda na escola nacional de Belas Artes e aí vai ser aquela coisa dele ter em contato com muita gente que faz vai fazer parte da história eh do movimento moderno no Brasil né Eh e eu imagino que essa que ess né que esse contato ajudou também a a ele tecer aí sua sua influência com com arquitetos principalmente né Eh a gente vai lembrar sempre do
burl Max não só né com seus seus projetos eh trabalhando digamos assim não necessariamente sozinho mas trabalhando eh de forma autoral mas também e principalmente com arquitetura moderna brasileira né Eh eu imagino que isso ajudou também a nessa influência que esse Paisagismo que ele tava eh fazendo vai ter e também na própria né a gente é difícil a gente ver grandes obras da arquitetura moderna brasileira eh que não tenha uma relação próxima com o jardim de bulem né Fred é ó é isso mesmo eu acho que o que é interessante é que havia também um
cenário político econômico né propício para que esses arquitetos paisagistas pudessem trabalhar e de alguma forma né uma valorização da profissão de eh reconhecer uma importância de se construir espaços de qualidade contratando convocando profissionais arquitetos arquitetos paisagistas de eh no cenário Nacional né e e é uma eh é uma espécie né de ciclo porque eles estavam ganhando projeção e se tornam mais projetados a partir dessas obras públicas também então acho que se forma exatamente essa parceria entre Vamos colocar Lúcio Cacio carne Maia e bul por exemplo e vários outros arquitetos né para fazer um Brasil diferente
né E tinha muito a ver também eu acho com essa efervescência Cultural de procurar uma identidade não é procurar o que é Brasil e se fazer uma arquitetura um Paisagismo que fosse Brasil Então eu acho que eh esse momento ele foi super relevante paraa nossa história porque a gente conseguiu aliar interesses políticos culturais no momento que eh foi oportuno né e eh posso completar disso aqui e e e é é isso isso é esse ponto que o Frederico trouxe é muito importante paraa compreensão do da do do do trabalho da obra do bule né eh
e e esse e eu acho interessante também a gente pensar que eh é difícil compreender o burlemarx sem entender a sua formação realmente né porque a sua a sua educação formal como artista plástico na escola de Belas Artes ele foi aluno do curso de pintura aluno de Portinari eh e foi num período em que que a arquitetura e Belas Artes elas arquitetura era um curso da escola de Belas Artes n era um dos cursos n belas Ares pintura gravura escultura e arquitetura e e e o convívio entre pintores arquitetos estudantes todos os estudantes era um
convívio que que acontecia o tempo todo e e é interessante que isso foi levado para isso é levado para o exercício profissional de todos eles vocês reparam que a arquitetura moderna no Brasil ela inclui eh ela inclui escultura ela inclui painel de azulejos ela inclui uma série de outros elementos aonde vários artistas vários profissionais no campo das Artes da arquitetura estão envolvidos Então essa e e e o Bur Max era um homem que tinha eh amigos em todas essas eh essas áreas né Eh a gente tá falando da Belas Artes Mas ele também tinha amigos
no campo da pintura amigos escritores eh a literatura também foi importante na formação dele ele falava que o os Sertões de euclid da Cunha foi muito importante para sua eh a leitura desse trabalho de euclid da Cunha foi importante também para sua atuação e e compreensão da busca do que seria dessa identidade brasileira que o Fred destacou né então isso aí é aí vários autores comentam né que a arquitetura brasileira se diferencia por essas coisas que o burl Max estava super interessado né exatamente que é que é esse Paisagismo exuberante e as artes plásticas que
estão muito presentes né seja nas ojari seja nas esculturas que o bux que que é uma super contribuição que bul Max tem né Exatamente exatamente é E isso não é isso nos leva a pensar sobre a a formação profissional né a gente eh que tá sempre próxima aí de estudantes e tal e a gente vê né a Claro que tinha todo um contexto favorável como o o Fred comentou mas essa vamos dizer assim essa formação múltipla com uma visão muito arejada sobre a vida sobre as artes né Eh que ao mesmo tempo buscava essa compreender
o Brasil mas também tava antenado com as discussões mundiais né sobre que rumos eh seguiríamos né aí é mais uma pergunta filosófica assim né Faz falta e alguém como ele né hoje em dia né Principalmente aqui pra gente né qual que qual que é mais ou menos o a a discussão no campo do da arquitetura paisagística sobre a a a a vontade que a gente tenha outras figuras com com como ele ou como que a postura dele vem transformando né a formação de novos profissionais olha eh a a influência do bulem na na na na
formação de paisagistas no Brasil principalmente é indiscutível é e eu poderia destacar Várias Vários profissionais o Fernando chac falava da importância e da e da e eu poderia destacar eh o próprio o próprio eh eh o Roberto Cardoso em São Paulo que é muito falado pelos arquitetos paisagistas eh eh de São Paulo o Roberto Cardoso ele foi inclusive eh veio trabalhar com burlemax depois que ele foi para lá mas eu queria falar de uma pessoa que reconhece a influência de uma maneira abrangente e principalmente esse lado plural da de uma formação profissional que é a
paisagista Rosa crias eh a Rosa clias ela tem um uma formação ela também vem de uma geração posterior à geração do bomem Max mas era uma geração que também se preocupava com essa formação eh Ampla e plural eh a formação do arquiteto e urbanista tendo uma abrangência muito grande no campo eh das Artes e da cultura e inclusive da música eh A a Rosa clias também como burlemarx em outra escala em outro contexto Ela também tem uma paixão pela música muito grande e ela fala isso eh bastante de uma forma assim muito intensa e toda
essa e e também fala muito de de literatura de cinema de pintura são são pessoas assim muito cultas muito Preparadas que no exercício profissional principalmente no trato do espaço público a gente consegue ver a diferença a gente consegue ver eh condensado ali toda uma vivência e todo um saber voltado para um uma formação mais plural do que eh focada num único aspecto né da nossa atuação eu só ia eh comentar que sim eu acho que no Brasil a gente tem importantes paisagistas né e eu eh me lembrava também eh da importância da abap né Lúcia
porque me parece que também Eh esses paisagistas que você acabou mencionando tiveram alguma espécie de convívio na própria abap né que eu acho que faz com que também eh circule um pensamento eh sobre o que deveria ou vem a ser o Paisagismo no Brasil né exato Sem dúvida agora a gente pode eh falar tentar trazer um pouco do que que era o processo eh de trabalho eh do burlemax é muito comum a gente V assim a as pessoas comentando quem conhece né eh e aí eu quero tirar essa dúvida com vocês se isso é verdade
ou não de que eh de que burlemax fazia os projetos Paisagismo dele n como você tivesse né pintando um quadro É claro que isso às vezes era literal porque muitos dos quadros que que o bulmar desenvolvia né se refletia num desenho que a gente via ali de uma eh de uma espécie de planta baixa do que era o Jardins mas eu imagino né pensando que né se você fizer né para fazer um Paisagismo você não tá olhando somente para uma para um desenho bidimensional Você tem toda uma uma relação tridimensional por conta da altura e
das plantas que ele escolhe também imagino eu que tem uma uma questão também eh eh de escolher das cores de escolh das espécies a gente consegue de alguma forma descrever como é que era esse processo o o bulem Marx ele ele sempre comentava que ele tem o uma eh ele ele tem uma frase dele que é muito bonita que ele fala assim eu sou um artista e eu abordo um jardim desta forma entretanto ele sabia e ele destacava que um jardim e uma pintura São coisas completamente diferentes na medida em que o o Jardim eh
envolve outras dimensões obviamente tais como tempo tais como espaço tais como a matéria é outra coisa e e Diferentemente da pintura eh que ele fala assim aí pintura a gente tem a ilusão da tela que é outra outra abordagem mas ele ele ele obviamente uma uma coisa influência a outra mas ele destacava de uma maneira sempre forte eh a eh a diferença entre eh pintura e Jardim isso era isso é muito importante a gente destacar Inclusive eu me lembro de um de um episódio agora eu não me lembro se foi ele se falou ou eu
eu eu vim em algum lugar teve uma exposição sobre o burlemarx no no no desculpe no Museu de Arte Moderna de Nova York e o título da exposição era eh Roberto lemax a arte não natural dos Jardins a natural Gardens né e da arte que não é natural dos Jardins falava assim poxa mas esse título eh esse título não faz muito sentido porque todo jardim eh não tem esse lado natural Jardim ele é criado ele é pensado ele é uma obra de arte então a obra de arte ela ela tem essa ela não pode ser
considerada algo tão natural assim ah muito legal eu acho que essa pergunta a gente vê né Sempre eh ele projetando os desenhos de registro de projeto que poderiam ser né verdadeiros tapetes né um umas obras de arte uns quadros eh embora não fosse exclusividade dele né porque a gente tem aí uma série de arquitetas e arquitetos também que às vezes até iniciaram o seu processo artístico pela pintura mesmo mas no caso dele é bastante emblemático né olhar para para aqueles quadros e pensar no Jardim mas sabe o que eu acho que é uma diferença Adilson
Rafa e Lúcia também eh e para quem tiver escutando agora porque pros nossos alunos pode ficar essa falsa impressão de que ele resolvia em planta baixa e tava tudo bem mas como ele tinha uma vasta experiência no no cultivo das plantas né do laboratório que é o sítio dele então assim a visão dele era era tridimensional já estava dado né nessas representações em planta baixa mas tinha uma compreensão do que aquela cor representava volumetricamente em termos de textura né se era uma folhagem eh que refletia se era brilhosa se era mais fosca Então esse esse
jogo e como o uma né consegue conviver ou não perto da outra tava refletido na planta nesses quadros né então e só queria chamar atenção Para Esse aspecto para não parecer que a gente resolve em planta baixa e tava dado ele conseguia porque tinha essa habilidade tinha a experiência a vivência né e ainda dentro desse tópico um capítulo da própria Lúcia Costa com Paulo Renato lá no livro organizado pela Ivete Mônica Raquel tardim que é da arquitetura paisagista contemporânea no Brasil que eh Lúcia e o Paulo toca num aspecto que é da representação gráfica né
do paisagismo brasileiro esse dado eu acho que é interessante também a gente chamar atenção e eles até encerram lá o capítulo dizendo que é é hora né para fazer uma cação literal e já é tempo de os profissionais da área buscarem outros caminhos que eles sejam mais favoráveis para representar o Paisagismo Então eu acho que também olhar para esse exemplo do buer Marx e como ele representava o projeto também pra gente deve ser uma convocação de buscar Alternativa de representação do projeto né seja integrado com as artes já conhecid ou outras formas de representação que
estão disponíveis pra gente nos di de hoje né é isso é muito importante que o Fred chamou atenção e porque que o e e o burl Max representava assim a a representação do burlemax naquele momento ela diz respeito a a uma visão como ele ao a a ao ao momento em que ele tava trabalhando ele tava trabalhando ele tava trabalhando ali no que depois ficou conhecido foi um jardim moderno e o Jardim moderno como a maioria das das obras de arquitetura modernas elas são feitas para serem executadas e ficarem do jeito que elas forem projetadas
o tempo todo então quando a gente olha o jardim do burlemax Olha o desen Se você olhar fotografias de de jardins de de jardins executados do burl Max principalmente jardins residenciais particular que são mais fáceis de serem mantidos né vocês vão ver que eles são igualzinho ao desenho ah embora o bul reconhecesse que a planta ela tá sempre em movimento embora ele reconhecesse que a planta é é é é estável ele falava assim o material estável tá sempre em movimento mas o Jardim tinha uma permanência que é específica do moderno ao passo que hoje em
dia eh se a gente tá falando aqui de uma diferença de 50 40 anos depois desse Jardins eh Hoje os paisagistas estão buscando um um jardim que possa ter Digamos um movimento que ele possa ter uma mutação que ele inclua outras questões então é por isso que o movimento e a mudança precisam ser incorporados nessa nova maneira de de pensar o projeto como que eu represento a mudança como que eu represento o movimento esse não era um problema nos anos 60 50 70 e aí para cada tempo seu próprio problema então para verdade para cada
tempo seu próprio problema né É não é muito interessante isso porque a a figura estática naquele momento dava conta tranquilamente de descrever esses movimentos Plásticos e artísticos né que tava presente na intenção dele agora a gente tá repleto de ferramentas capazes Essa é a provocação do Fred muito interessante capazes de demonstrar essa mutabilidade do espaço né Então aí Nossa essa garotada tá cheia de E se a gente coloca Inteligência Artificial nessa discussão então a gente a gente vai longe mas de fato né e é é muito muito é muito interessante ver essa ter consciência disso
com com a sua fala e com a provocação do do Fred muito legal exato E aí o seguinte acho que tem um ponto que que faz essa distinção de outros profissionais da época que é a questão do laboratório né profundo conhecimento do da dos seres da da vegetação ali daqueles seres que faziam parte daquela ideia e daquela daquele conceito eh como é que foi essa essa descoberta do do do bulem ao longo do tempo eh com relação às espécies como que isso se deu conta pra gente um pouquinho como que foi esse aprofundamento dele na
botânica bom eh o o bulem se interessava ele se interessou inicialmente pelo pelas plantas pelo seu potencial plástico estético né como artista que que que informação que ele estava e posteriormente com seu contato com botânicos ele foi ampliando esse esse esse conhecimento dele e passou a a e esse e e a relação dele com as com as espécies vegetais e com as plantas passou a ser de tal intensidade ele que ele dizia a planta é o nosso objeto então eh a ele tinha essa relação da planta como objeto de projeto tinha essa relação também como
um objeto de experimento que ele experimentava e e novas associações ele teve essa relação com a planta também como uma forma de de ampliar a sua erudição e a a partir do seu contato com botânicos importantíssimos brasileiros que levaram para ele esse conhecimento de de da da da da relevância da gente conhecer as diferentes associações de plantas para melhor trabalhar a a sua composição então a gente eh incorpora essa essa Associação das plantas como um princípio compositivo era essa bastante interessão do burlem e e ele se tornou tão importante nessa área que ele foi ele
recebeu muitas homenagens da Sociedade Brasileira de botânica e se destacou numa área que não é uma área da sua formação Inicial e e o o o o professor luí Emídio de Melo Filho um Botânico da da UFRJ do Museu Nacional que durante muitos anos trabalhou com P Max e fizeram muitos trabalhos juntos o luí elido costumava dizer que o o burlem Max era o era o mais Botânico dos paisagistas e o gem Max em gentileza retribuía Pro Luiz emid dizendo que o Luiz emid por outro lado era o mais paisagista dos botânicos então era era
muito muito essa relação dele com as plantas levou a inúmeras amizades do bemar com botânicos brasileiros importantíssimos e também eh repercutiu enormemente na na no seu destaque entre outros paisagistas do mundo todo né É difícil você encontrar um paisagista que tenha feito uma coleção de plantas como a coleção de plantas que o burlemax fez no sítio difícil você encontrar um outro paisagista contemporâneo que tivesse o conhecimento que ele tinha enfim ele teve esse esse destaque de uma maneira muito clara essa essa coleção dele é acho que extrapola aí mais de 5.000 espécies né se não
me engano é isso mais ou menos por aí olha eu não sou capaz de dizer o número mas é uma das coleções particulares mais importantes do mundo é e o que eu acho que é legal também eh nesse trabalho dele né pelo que eu já andei vendo as expedições que ele fazia né com com essas equipes e eu acho que também esse conhecimento não foi passado assim eh por meio de estudo em livro ele ia em cito né ele tinha experiência de ir lá de coletar de levar pro sítio dele eu acho que é muito
legal ainda nário eh eh da botânica e da importância dele eu acho que a gente tem até que checar a fonte direitinho mas se não me engano tem até uma espécie que buer Marx para vocês né Eh ter a ideia da importância dele pro cenário da botânica isso mesmo Fred ISO que você falou é importantíssimo eh o bulem Max tem várias espécies que Ele identificou que não tinham sido identificadas antes essas espécies que Ele identificou elas TM elas tem um gênero uma espécie e e depois tem o nome do da pessoa que identificou do lado
direito então as espécies que o burl Max identificou fazendo agora uma referência ao próprio Professor Luiz emid que era Botânico as espécies que o Burle identificou ele colocava muitas vezes o nome do Luiz Emídio por exemplo pegando as helicônias que era uma espécie que ele gostava mão Ele identificou o belonia x que ele chamou de idiana e o e o Luiz Emídio por sua vez quando identificava também algumas helicônias em homenagem ao burlemax ele chamava helicônia eh burlemax elicona burlemax tinha uma relação com é uma maneira de um Botânico homenagear o outro né isso isso
também é é uma é uma coisa muito bonita da da relação profissional e de amigos e de reconhecimento né da da grandeza do outro colega queria puxar uma pergunta eh para para assim pra gente tentar perceber né eu falei aqui anteriormente né como a presença dos Jardins o Bull Max eh ajudam a no entendimento na composição também das arquiteturas feitas pelos eh pelos modernos mas eh o que que fazia Assim na verdade o burlemax é claro eh tem tem seu trabalho que é que é que é que é de excelência mas tinha algo que fazia
com que os os modernos principalmente tinha uma predileção por chamar o burlem Max para para ajudar nessa composição dos paisagismos em sua nas suas obras posso dar um palpite E aí Lúcia até complementa e me corrige se for o caso mas que tem a ver com o que eu havia comentado eu acho de uma cultura do momento de buscar uma brasilidade e umaação do que se faz no Paisagismo brasileiro porque era muito próprio você ter Jardins feitos à moda europeia era o que se fazia até então né e o modernismo ele rompe com essa tradição
né para buscar algo próprio e eu entendo que esses arquitetos né modernistas procuravam também eh no caso paisagista eh que estivesse afinado ideologic com o o repertório Modernista né com a com a tendência entre milhares de aspas dessa palavra do daquele momento então reconhecia no Burle Marx porque eh foi a partir dele que eu acho que se valorizou a a flora brasileira tropical subtropical né a partir de que falou olha enxergou se nessa produção dele e tem até essa essa fala eu tenho que atribuir ao Eduardo barra que é exatamente na apresentação do livro que
eu já tinha mencionado também arquitetura paisag contemporânea Brasil que ele fala assim que foi através do BMX que nós passamos a valorizar as associações entre espécies vegetais e enxergar paisagem tropicais então eu acredito que os arquitetos estavam em busca disso né de uma arquitetura que rompia com o que estava estabelecido um Paisagismo coerente com esse pensamento é isso mesmo Lúcia Eu concordo com você Fred sim e e e e lembro também por exemplo essa imagem que que tá na tela que foi a partir de Lúcio Costa né E principalmente com o projeto do MEC que
foi um projeto de vários jovens arquitetos brasileiros todos com a mesma idade praticamente eh tavam no mesmo momento de vida né que o burl Max entrou em contato também com esses arquitetos então o burl Max entrou em contato com o Eduardo Afonso com rid entrou em contato com Jorge Machado Moreira com o Carlos leão com Oscar maer então eles trabalharam juntos nesse projeto do MEC e que 1938 Então a partir de 38 bu Max tinha essa característica também ele fazia muitos amigos eh eles se tornaram amigos e também eh e a partir daer quantos projetos
eles fizeram juntos a gente pode estudar Inclusive a obra de muitos desses arquitetos a partir de suas parcerias com Roberto pemax Quais as parcerias do rid com Bur Quais as parcerias do Jorge Machado Moreira Quais as parcerias do carne Maia com o hernan Vasconcelos Então a gente tem as parcerias que definem muito do que é o movimento moderno no Brasil até o aquele Historiador de o o xador francês e Michel rassini ele fala que eh ele escreveu dizendo que o mais surpreendente no modernismo brasileiro é que é o movimento modernista com Jardim isso destaca demais
eh eh a nossa produção em relação ao trabalho que se fazia no exterior eh paralelamente sabe então essa essa essa parceria foi uma parceria que gerou uma identidade mútua né a gente não inclusive muitos erros que a gente vê hoje is é quando quando a gente eh Quando você vê um edifício Modernista ou uma casa ou um projeto senta analizado desvinculado do Jardim quando é um Jardin de burlat né são dois trabalhos que estão vinculados é repetindo as palavras do Racine é o movimento modernista com o Jardim isso que caracterizaria digamos o modernismo brasileiro para
vários auros tem uma eu quando você falou isso Lúcia eu me lembro dos croquis que o le cobus produziu e para pro Palácio Gustavo Capanema hoje que antiga era o Ministério da Educação né e assim é muito marcante como nos croquis você tem a paisagem e é e é interessante notar como é que o lecz de alguma forma foi também influenciado por essa vegetação que a gente tinha aqui e aí Nada mais entre aspas natural do que o burlemax tivesse feito né todo o Paisagismo do Palácio Gustavo Capanema né E aí a gente tá vendo
uma uma imagem né do de um dos dos desenhos que ele que acaba sendo reproduzidos ali é exatamente e esse desenho do Burle foi o Prim esse projeto do Burle foi o primeiro projeto que levou que que deu ao Burle um um um reconhecimento internacional Mas se a gente pensa bem também foi o primeiro projeto do Eduardo Afonso Eduardo rid que deu ao Afonso Eduardo rid reconhecimento internacional foi o primeiro também do do Jorge Machado Moreira então eles tiveram profissional praticamente condensado que que teve um ponto de partida neste projeto no projeto do do Ministério
da Educação e saúde em 1938 então o jardim do Burle foi divulgado junto com arquitetura como eh desvinculado dela né não havia um sem o outro não eu comentava outro dia com os meus alunos exatamente a respeito do edifício do você em volta ali ele era essa ruptura né ele também ganha proin na mesma época o que se fazia eram outras coisas né e ele acaba Ganhando esse destaque e é isso toda essa Exatamente é exatamente e o Adilson lembrou do leier quando você falou isso eu me lembrei de uma entrevista do bux aonde ele
fala que o leier disse a ele que ele burlem tinha conseguido materializar uma prop gosta dele que era do Terraço Jardim que ela foi materializada com bu neste projeto e do MEC se o bu que se é o bu que que fala né exatamente avançando e essa questão né são Artes São ações e artes e mútuas né e únicas né que que que colocam né no devido lugar aí o trabalho do polema no no no mundo né a gente já falou da da da importância do sítio né e da da das espécies e como que
issso levou né a às possibilidades plásticas e e e e paisagísticas eh eu queria saber e agora a a importância do Instituto bulem que mantém né o sítio e e como que a preservação do sítio é também eh um passo importante para a preservação da memória dessa mutualidade né entre a o Paisagismo e arquitetura moderna aí como como como elementos que andam né eh juntos nessa historiografia mas que é é importante hoje também paraa própria próprio desenvolvimento da disciplina paisagística o sítio Roberto burlemax ele hoje é reconhecido como patrimônio Mundial pela Unesco dá da importância
dele eh construída ao longo dos anos né e ele é administrado pelo ifan na verdade né é o ifan o responsável é o responsável pelo sítio e por tocar sua h falar primeiro do do do sítio bemax ele é ele é extremamente importante porque ele abriga ali uma coleção extraordinária de plantas do Roberto burlem uma que a gente já comentou aqui a importância dessa dessa coleção Mas além disso ele também guarda eh as demais coleções do Roberto burlemax como também as coleções de objetos brasileiros de esculturas a coleção de coleção de gravura eh enfim ele
tem o Roberto burlem era um colecionador então o o todas as coleções do Roberto burlem que ele foi Conectando e e e e guardando ao longo da vida e construindo ao longo da vida estão sobre a guarda do sítio e a importância disso é muito grande porque o sítio Roberto burlem Ele ele é hoje procurado por vários pesquisadores no mundo todo você consegue ver é um laboratório vivo no do que diz respeito às espécies vegetais eh é uma área difícil eh é um local difícil de ser mantido Porque o Roberto burlemax Ele tinha o sítio
como um lugar de experimento então ele não tinha um jardim definido aqui ele não tava pronto tava sempre em movimento sempre ele sempre alterava então o stio tem esse desafio né de manter o o o Jardins do sítio o sítio burlemax né administração do sítio tem esse trabalho de reconhecer como um um espaços em movimento né Principalmente no que diz respeito aos Jardins e à vegetação e a e a e na verdade o sítio do Roberto burlemax a vida toda do bu não só agora que ele que ele que ele tem interesse mas o Roberto
vivo morador do sítio ele recebia eh eh escritores do mundo todo pintores músicos arquitetos paisagistas ele recebia muita gente no sítio o interesse do sítio eh o interesse internacional gerado pelo sítio sempre foi muito importante e o instituto burlemax por sua vez é um acervo que guarda os mais de 3.000 projetos do Roberto burlemax do que ele fez no escritório ao longo da vida guarda também as cartas do por lemx é um acervo de uma importância internacional extraordinária para todos que pesquisam a obra do Roberto burlemax para todos que trabalham com essa obra a gente
vê o número de trabalhos sobre a obra de Roberto burlemax ainda 30 anos depois do falecimento do Burle o que ainda se escreve o que ainda se pensa e o que ainda se aprende com Roberto burlem é tão intenso e tão grande que tem eh que tem obras publicadas pelo boiro o último livro publicado agora é do masa Dourado folhas em movimento um um livro publicado a partir do Acervo do Instituto um livro publicado publicou as cartas alguma parte pequena das cartas do Roberto burlemax a partir do acero do do Instituto E aí eu queria
aproveitar e falar um um falar da importância do sítio e do Instituto burlemarx a partir da exposição que nós estamos organizando na faculdade de arquitetura e urbanismo na UFRJ agora em outubro sobre o Roberto burlemarx na UFRJ eh o título da exposição é Roberto burlemarx na UFRJ paisagem moderna na Cidade Universitária e nós destacamos dois projetos do bule paraa Cidade Universitária um deles é o do Instituto de puer Cultura o hospital do Instituto de pu cultura e o projeto da faculdade Nacional de arquitetura o primeiro nos anos 50 o segundo nos anos 60 ambos projetos
de arquitetura do Jorge Machado Moreira mais uma parceria do bucon com o arquiteto importante do movimento moderno brasileiro e nesse e nessa exposição nós vamos mostrar o projeto original do Roberto burlemax a intenção do burlemax nesses projetos e vai ser extremamente importante pra gente entender um dos aspectos do Burle da da que caracteriza a obra do burley que é o seu aspecto pedagógico né E essa exposição ela tá sendo organizada pela professora Maria Cristina Cabral pela professora Carl Bin e por mim e ela tem o apoio muito forte do Instituto burlemax e do sítio Roberto
burlemarx sem e junto também com a Cervo do npd que é o núcleo de pesquisa e documentação da F então basicamente esses três acervos juntos eh eles eles trazem todo o conteúdo dessa exposição que além do apoio deles também tem o apoio do do k RJ né do do conselho de arquitetura e urbanismo da faculdade de arquitetura e urbanismo da escola de Belas Artes do centro de letras e artes enfim paper CNPQ tem muita gente muito apoio envolvido E aí Eu ficaria muito feliz se vocês pudessem eh estar na inaugura da exposição e Celebrar conosco
o o Roberto burl Max na UFRJ Fred camando assim pro nosso final da pauta aqui o papo acho que começa uma uma explicação da da vasta importância do bu Max mas eu queria que você colocasse pra gente assim a gente sabe né que o bu é super conhecido é um nome muito importante mas eu acho que o trabalho dele dele enquanto quanto uma pessoa importante acho que vai além inclusive do paisagismo assim a gente falou aqui que ele é um importante cara que descobriu algumas algumas espécies ele também tem um trabalho como artista plástico eu
acho que assim e talvez mensurar a importância do burlemax enquanto um artista muito completo que que além de ser um super artista também fazia Paisagismo né Eu acho que tem um pouco disso também né é eu queria comentar assim que e eu acho que o Bull Marx é uma dessas figuras que eu gostaria de ter conhecido ter conversado ter estado uma tarde no sítio com ele né imagina assim quem teve esse privilégio é sair transformado dessa passagem na terra né então assim tem uma relevância importante eh e o sítio com essa preservação ainda incorporando né
uma grande quantidade de profissionais técnicos na área aberta a visitação do público é uma Preciosidade né e a gente vê ali no site por um preço super Modesto super em conta mesmo que eu acho que é imperdível então assim pra gente que não teve essa oportunidade do contato com ele mas ir no sítio tentar né recompor de alguma forma essa ambiência passear pelos cômodos né que tem uma curadoria eh de Museu lá sobre via e obra dele eu acho que é indispensável e também eh Salv engando assim essa generosidade dele tem no sítio uma Capelinha
que quando ele adquiriu o sítio eu acho que ela já até existia embora ele nem fosse eh tão inclinado para essa religiosidade mas convida Luci Costa tem outros colegas também para fazer eh ainda não sei exatamente se é num restauração mas para manter aquele projeto e Salvo engano até hoje ela ainda é aberta à comunidade é realiz são realizadas celebrações naquele local e aí eu fico pensando imagina né a grandeza eh e a importância dessa pessoa no cenário Nacional né é um privilégio para nós brasileiros também ter uma figura dessa eh de reconhecimento Mundial Lúcia
Só uma pergunta de curioso Você chegou a conhecer o o o burl Marx sim eu conheci o Burle Max quando eu tava fazendo Minha tese doutorado e em 1990 E desde então eu tive contato com ele Desde que ele faleceu ele faleceu em 944 de fato O Fred tem razão a gente sai transformado depois de uma conversa com ele é de uma força de uma energia era de uma uma capacidade assim de de ele nunca passava despercebido Era Uma emoção realmente conversar com ele e o Bur Max também tinha uma característica que ele conversava com
todo mundo ele conversava Ava a mesma ele falava com a mesma intensidade da mesma forma ele falava com qualquer pessoa independente da da da da relevância política e arquitetônica ou podia ser qualquer pessoa o fle Era exatamente isso era um um prisma né um prisma de de várias cores ele tinha um brilho extraordinário um brilho maravilhoso essa sensação eu tenho é é impressionante vocês falando né sobre a figura do do burden Max e a gente eu tive a oportunidade de ver algumas entrevistas que ele dá e tem e tá cheio ess graças a Deus a
gente tem várias vários depoimentos do próprio burl Max que que estão disponíveis no YouTube e é e assim essa sensação de vontade de conhecê-lo fica inclusive num vídeo que que tá no YouTube assim e eu fico impressionado assim como ele era ao mesmo tempo que ele era um cara muito cordial era muito simples assim é eh e e e ele assim da simpatia que ele demonstra numa entrevista assim eu fico impressionado e como ele era não só esse artista né No meu ponto de vista né esse artista super completo e super talentoso com uma figura
muito querida assim né Eh e né Não só querida num sentido eu acho que ele ele era querido no meio e você vê que fica com vontade de de ter conhecido a figura do bul Marx né Rafa não sem dúvida Nossa não dá nem para imaginar eu tenho a mesma sensação que o Fred pessoal eh então a gente encerrar aqui o Episódio de hoje eu queria a gente queria ir pra parte de dicas vou chamar então vocês Primeiro vou chamar o Fred Fred dica pra gente aí sobre sobre esse assunto ou sobre qualquer outra coisa
Ah maravilha eu fiquei pensando assim né Que dica que eu poderia dar pros ouvintes também E aí eu não consegui fechar uma só vou dar logo três A primeira é visitar o sítio é imperdível é super em conta dá para fazer em grupos é uma visita guiada mas vale a pena assim né Eu acho que como escola estudante organizar um grupo e lá é imperdível eh depois a segunda dica é de livros eu já mencionei aqui até eh porque a Lúcia também é autora eh uma das autoras né arquitetura paisagística contemporânea no Brasil e queria
mencionar os quatro livros pelo menos do Quá Silvio suares Macedo que fala sobre praças paisagismos brasileiro na virada do século eu acho é um livro são são livros né F ilustrados também uma espécie de catálogos registros que eu acho que vale a pena e por fim uma dica bem acadêmica mas que eu acho que é imperdível estar no prourb né então assim somos egressos do prb eu acho que é uma dica assim imperdível ir lá para conhecer para assistir uma palestra para fazer o seu mestrado doutorado seja o que for conhecer os pesquisadores eu acho
que também é uma experiência que nos transforma e a passagem pelo prourb né o programa de pós-graduação e urbanismo da fu frj Então fique essa minha dica para quem tá nos ouvindo Que bacana ouvir isso Fred que muito bacana é exatamente isso que um professor gosta de ouvir eu não é né Fred Muito obrigado certeza imagina falo do da minha própria experiência Com certeza bom Lúcia tá com uma dica ou várias pra gente aí olha a dica que eu vou dar eu vou focar numa só porque eu acho que para mim ela foi eh transformadora
é a própria experiência de uma paisagem Projetada pelo burlemarx E aí não poderia ser outra que não o parque do Flamengo eu acho que se a gente quer conhecer quer viver um um lugar que que fala do que é esse esse esse conjunto de obras entre arquitetos e paisagistas que transforma a que tem uma ação transformadora extraordinária é o Parque do Flamengo Ele trouxe e eu posso até falar rapidamente por que que eu sugiro o Parque do Flamengo Parque do Flamengo é um parque que surgiu das águas ele veio do nada mas para o seu
desenho para o seu projeto que essa imagem tá mostrando aqui ele teve uma referência fundamental que é a paisagem a paisagem foi o ponto de partida do Parque do Flamengo tanto pro Afonso Eduardo rid que é o arquiteto responsável pela pelo desenho pelo perfil do parque ou seja pelo projeto urbanístico quanto pelo Roberto burlemarx que foi responsável pelo projeto paisagistico do par a gente sabe que o parque Flamengo é projeto de uma equipe extraordinária inclui o Jorge Machado Moreira inclui vários outros arquitetos importantes coordenado pela lota Mas falando especificamente desses dois eh o o rid
deixou escrito documentado que ele ele ele ele Olha quando ele olha exatamente essa imagem que você tá mostrando aí a curva da paisagem a partir do do da da curva do Pão de Açúcar que sobe desce faz esse esse perfil das montanhas Ele trouxe isso pro perfil do Parque ele rebateu o perfil fio do parque em curva eh e essa curva é uma referência explícita a essa paisagem que tá dentro do parque e o burlemax por sua vez ele também rebate essas Curvas da paisagem no modelado do terreno é o é um parque delicioso cheio
de curvas hora você tá subindo São são é um modelado delicado você hora sobe os caminhos se escondem atrás do modelado você passa por um lado passa p o outro é uma paisagem que tá o tempo todo em movimento para quem é pedestre eh e a gente sabe que aqu elele é um Parkway né no fundo então é uma passagem em movimento pro carro mas quando você tá ali você parece que não vive a experiência de um Parkway e e e é mais importante ele traz pro Rio de Janeiro uma experiência única no que diz
respeito à relação da cidade com a sua fachada ou Marinha se a gente pensar antes do Parque do Flamengo eh A gente chegava no mar através de uma pista de carro Avenida Atlântica Avenida Delfim Moreira você tem que atravessar a rua tá colada ali na praia né e o Parque do Flamengo não o parque do Flamengo você pisa na grama e depois você pisa na areia Olha que experiência extraordinária essa foi uma experiência eh foi uma lição de projeto muito bacana trazida pelo Afonso Eduardo r e pelo bemat que acho que a gente poderia ter
repartido na cidade em outros lugares isso nunca aconteceu mas Parque do Flamengo ele vai dar exata importância a experiência do Parque do Flamengo vai no mostrar o que que significa quando arquitetos e paisagistas se unem para fazer espaços públicos de qualidade e são espaços que são esse espaço tá lá desde 1960 olha quanto tempo ele já sofreu interferência de tanta gente tanta gente interfere tem gente que vai lá e planta uma coisa tem gente que vai lá e planta outra tem horas que o parque tá largado as moscas o poder público não cuida do Parque
mas ele sempre volta com força Ele tá sempre bonito e para fechar essa força do Parque do Flamengo que eu convido todos a a olharem particip a vivenciarem com outro lugar eu vou falar uma coisa que eu ouvi quando eu tava fazendo minha pesquisa sobre parque do Flamengo que me impressionou tanto que eu nunca esqueci eu entrevistei um morador de rua que tava ali no parque do Flamengo Que parque do Flamengo tem muitos moradores de rua e ele tava ali com seu cachoro seu seu seu carrinho com as suas coisas o nome dele era José
ribam e eu perguntei por que que ele por que que ele tava ali no parque do Flamengo perguntei PR me falar um pouco da sua experiência do Parque ele me disse assim olha eu vivo aqui no par Flamengo porque quando eu vim fazer esse Parque eu me apaixonei por ele de tal maneira que eu eh que eu queria morar aqui mas eu não tinha dinheiro para morar Ness nesses edifícios altos então eu resolvi morar dentro do parque ele dizia então eu ficava aqui de manhã e de noite agora eu não durmo mais no parque do
Flamengo Parque do Flamengo tá perigoso então eu vou dormir no prédio lá do Palácio Capanema eu perguntei por que que você vai dormir lá no palácio capan dizer Ué porque eu quero viver num jardim de burlem eu quero viver já vindo Bur ISO tão lindo e mostra a força de uma pessoa eh de um morador de rua que sabe quem é Burle Max e que compreende a força do seu trabalho legal Muito linda a históri é legal Rafa T com a sua dica tô tô sim nessa pesquisa que a gente fez assim rapidamente para poder
montar o programa né eu me interessei muito por essa questão do do bulem Botânico e que e que né fez suas expedições Em Busca das espécies e tal e tem e descobri que tem um documentar que chama expedições bulem Max ele tá disponível naquele canal cuta on mas tem alguns vídeos pequenos vídeos soltos aí pelo YouTube que é muito legal de ver também tem uma expedição que ele faz pela Rio Santos tudo filmado com câmera super o muito legal muito bacana ver assim a turma toda lá um grupo de pessoas né Eh fazendo esse trabalho
eh interessante que tá por de trás né ou melhor na frente de tudo aquilo que a gente vê no final né tudo aquilo só é possível justamente por essa disposição que ele tinha por essas descobertas e por essa paixão pela botânica então fica aí a minha dica expedições bulem é um é uma série que se não me engano são quatro episódios bom vou dar minha dica então é um livro lançado pela professora Carla rubina é o nome do livro é Patrimônio material expedições observações e confer de Roberto Bur e colaboradores esse livro tá publicado em
espanhol e em inglês Bom de qualquer maneira Esse livro foi recém lançado e fica como dica para vocês buscarem e provavelmente a professora carubina deve Em algum momento publicarlo em português também bom então pra gente encerrar deixa eu agradecer a professora Lúcia Costa Lúcia Costa muito obrigada pela sua presença aqui Obrigado também por ajudar a gente a a a tentar consolidar esse programa aqui né a gente correu atrás bastante para fazê-lo e obrigadíssimo pela sua presença aqui volte mais vezes para conversar com a gente é a gente adora sua presença aqui ó Rafa e Fred
eu fico muito feliz de est aqui de novo O prazer é todo meu poder divulgar o trabalho do burli olha que ideia maravilhosa tá sempre presente no nosso trabalho tá sempre presente na nossa vida no seus espaços públicos e eu me sinto honrada por ter sido convidada por vocês para fazer isso Muitíssimo obrigado Fred Muito obrigado volte mais vezes você aqui é sempre super bem-vindo e Volte volte para falar de outros assuntos além do berl Max também muito obrigado nada imagina eu que agradeço É sempre um prazer estar com você com Rafa e ter mais
uma Lúcia imperdível Obrigado Rafa mais um episódio especialíssimo né mais episódios Nossa Lúcia a gente que se sente aqui honrado com a sua presença mais uma aula né saudade dos tempos você falando do do do ater eu lembro quando eu estava morando lá todo dia eu morava em Laranjeiras ia caminhar às vezes no aterro E aí passava por debaixo da Express aquela aquela passagem suave linda aqui né e nossa encheu de emoção aqui e obrigado pela presença obrigado Fred também por participar muito bom aprender mais uma vez aqui então a gente volta daqui a 15
dias com mais um episódio para vocês e até mais Y [Música]
Copyright © 2025. Made with ♥ in London by YTScribe.com