OS RATOS Resumo e Análise - Profa. Dra em Literatura pela USP Miriam Bevilacqua
4.23k views4081 WordsCopy TextShare
Biblion - Miriam Bevilacqua
Resumo e análise de OS RATOS de Dyonelio Machado por Profa. Dra. Miriam Bevilacqua.
Para conhecer mi...
Video Transcript:
eu gosto muito quando uma universidade Escolhe um bom escritor que está completamente esquecido e coloca uma obra sua um livro seu como leitura obrigatória Porque aí as pessoas eh vão ser obrigadas a ler a estudar a analisar a obra trazendo luz a esse escritor que tá ali né meio esquecido claro que às vezes a escolha é infeliz nem a obra escolhida e nem o escritor ou escritora tem assim tanta relevância e foram esquecidos Justamente por isso né Mas esse não é o caso do nosso livro de hoje os ratos do escritor Gaúcho de onélio Machado eh é um livro que cai em alguns vestibulares em algumas provas então eu vou resumir Vou marcar com você os principais pontos vou analisar e por isso é importante que você fique até o fim do vídeo Às vezes a pessoa interrompe o vídeo no meio e ela não escuta o que eu falei lá no final então aí depois não dá para reclamar tá gente então vamos lá Se você não vai fazer prova nenhuma É uma grande oportunidade de conhecer dionélio Machado então inscreva no canal se você tiver alguma dúvida não se envergonhe pode perguntar manda sua dúvida às vezes eu demoro um pouco para responder eu tenho muita coisa para fazer eu faço muita coisa sou uma boa geminiana aquela que faz um monte de coisa mas eu sempre respondo pode demorar mas eu respondo bem vamos começar a descobrindo Quem foi dionélio Machado o nasceu em 1895 em uma pequena cidade do Rio Grande do Sul chamada Quaraí que é uma cidade eh distante de Porto Alegre não é ali nas imediações de Porto Alegre o seu pai foi assassinado quando ele era criança e o dionélio Aos 8 anos já vendia Bilhete de Loteria para ajudar em casa tem um depoimento muito interessante eh do escritor já morreu mas quando ele tava vivo que ele conta né nesse depoimento que ele chegou a vender ele era criança chegou a vender um bilhete de de Loteria ao provável assassino de seu pai ele mesmo com muita pouca idade sabia disso mas ele não tinha escolha porque aquele dinheiro do Bilhete de Loteria que ele estava vendendo significava meio Kg de carne para levar PR casa bem depois dessa experiência com Bilhete de Loteria aos 12 anos ele vai entrar para trabalhar como servente em um jornal ali da sua cidade e começa então um caminho no jornalismo que começa como servente logo depois claro muda e eu tô falando isso da biografia porque a pobreza né Eh e essa coisa da família né vai ser uma vai ser uma marca que ele vai levar na sua vida e nos seus livros também ele era muito esforçada ele consegue manter os estudos ele eh entra em medicina em Porto Alegre Onde vai ser ambientada a história dos Ratos então ele foi jornalista médico psiquiatra escritor eh dielli escreveu romance conto ensaio fazendo parte da segunda geração dos modernistas e também uma coisa que que é até surpreendente pouca gente sabe ele chegou a ganhar o prêmio Jabuti em 1981 com o romance em diab brados mas mesmo assim o escritor nunca chegou a ficar muito conhecido talvez por por ele se dedicar também à Medicina talvez por ter feito parte do Partido Comunista não dá pra gente saber eu espero que agora então a partir dessa desse livro dessa obrigatoriedade isso mute o livro os ratos é você vai ver que ele é dedicado a Eric Veríssimo outro escritor Gaúcho que foi vizinho do DI Nélio e também seu amigo ali e foi ele o Veríssimo que incentivou o dionélio a escrever esse romance e mandar para o concurso que eu vou falar daqui a pouco toda a história se passa em um único dia na Porto Alegre dos anos 30 e isso é uma novidade talvez seja por isso também que ele tenha ganho o concurso uma das causas né porque uma história desenrolada em apenas 24 horas é era uma grande novidade para a época em que o livro foi publicado o próprio jello depois em entrevista achava que isso não era um romance Olha só né E como que começa né começa com o personagem protagonista chamado Naziazeno Barbosa no quintal da sua casa muito cedo brigando com leiteiro por causa de uma dívida de R 53. 000 ele pensa que os vizinhos todos ali mesmo não aparecendo estão ouvindo ali aquela discussão o leiteiro deu mais um dia pro pagamento ser feito senão ele ia deixar de entregar o leite para a família do Naziazeno quando ele entra em casa ele tá bravo né com aquela discussão com o leiteiro a sua mulher chamada Adelaide ela está preocupada porque eles vão ficar sem leite né eles têm também um menino uma criança em casa o nazi azeno e ele tenta minimizar o problema diz que eles podem ficar sem leite como já estão sem comer manteiga e sem também ter gelo em casa Adelaide ainda tenta argumentar dizendo que não dá para comparar o o leite com o gelo é óbvio né E talvez nem também com a manteiga mas com gelo muito menos ela pensa no filho pequeno deles né como é que vai ser sem leite o nazi azeno diz que ninguém vai morrer por tão pouco e aí ele diz a ela ele lembra que na infância dele né do nazia Zeno né Eh muitas vezes só tinha água quente com açúcar para se alimentar Claro que ele diz isso para tranquilizar a esposa ele diz da boca para fora na verdade ele tem até vergonha da mulher porque naquela época o homem era o único provedor da família e ele tinha que prover sim e não ter leite em casa era uma coisa que de alguma forma o preocupava muito e o envergonhava mesmo que ele não demonstrasse o segundo capítulo na minha desta opinião é um dos melhores do livro O Naziazeno depois dessa conversa com a mulher ele sai para trabalhar é mais cedo do que o horário dele ele é funcionário público e enquanto espera o Bond er uma época do Bonde ainda vê o vizinho que paga eh ele vê um vizinho que ele sabe que é um vizinho que paga o leiteiro até antecipado de quem o leiteiro gosta muito e por isso mesmo o azena envergonhado ali depois daquela discussão finge que não vê o vizinho depois no bonde eh a fala do leiteiro que lhe dá apenas mais um dia não sai da sua cabeça pensa também no sapato da sua mulher que está preso no sapateiro porque ele não não pagou o conserto do do sapato ele pensa na doença que o filho teve que foi uma desnutrição eh violenta e no médico do seu filho que ele também ainda não pagou então é um ele fica martelando né não paga nada não paga ninguém isso é uma coisa que ele vai martelar na cabeça ele tenta pô um pouco da culpa na mulher que a mulher deveria ter sido mais dura e ter olhado mais feio para o leiteiro mas ele sabe que a sua mulher não é assim e todos esses pensamentos vão lhe angustiando Isso é uma outra marca desse escritor que é essa viagem interna no terceiro capítulo quando ele Salta do Bonde ele está determinado a conseguir os R 53. 000 para pagar o leiteiro ele tá animado Ele acha que ele vai conseguir e ele procura o Duque no Café eh quem é o Duque Duque é um conhecido dele que ele diz que tem tem a experiência da miséria e que por isso mesmo sempre o ajuda quando ele precisa de dinheiro seja indo junto com os na falar com os agiotas eh seja na casa dos penhores né na verdade o Duque é um espertalhão que vive e de agenciar essas pequenas transações o protagonista não encontra o Duque e então ele resolve ir trabalhar e ele pensa que ele pode pedir emprestado para o diretor lá na repartição porque o o diretor já havia um dia eh lhe emprestado quando seu filho ficou doente nem quis receber eh tudo que o protagonista devia para o diretor já são mais de 9 horas quando ele chega à repartição eh vai dando internamente ele vai dando como certo que o diretor vai lhe emprestar o dinheiro é até engraçado ele já pode ele fala que ele já pode até sentir o dinheiro no bolso o seu trabalho na repartição é um trabalho repetitivo monótono ele fazia o trabalho de copiar faturas O diretor não está e o na Naziazeno pega o chapéu e sai novamente daí em diante a história ela vai ser é sempre bem parecida com este começo com essa busca pelo dinheiro para pagar o leiteiro na rua ele encontra outro desocupado que é o aides outro que não tem dinheiro como Duque para nada e que já chegou a um nível tal de pobreza que ele anda com um casaco tão velho que o próprio Naziazeno diz que teria vergonha de usar é um casaco ali que ele conhece que ele pega na casa de penor que ninguém resgata Enfim uma roupa bem pobre Eles procuram os dois pelo Duque nos cafés e não encontram E aí eles vão ali os dois o alides tentando ajudar eles têm a ideia de procurar uma agota o que não dá certo depois vem a ideia de tentar a sorte no jogo do bicho mas eles não TM dinheiro para jogar no jogo do bicho então combinam que o alides vai atrás de uns tões pro jogo do bicho enquanto o Naziazeno deve voltar para a repartição para tentar pegar o dinheiro com o diretor dinheiro emprestado com o diretor Então vão aparecendo possibilidades dele conseguir o dinheiro no caminho o Naziazeno eh no datilógrafo e no escriturário que dividem a sala com ele e para quem ele pensa que ele não pode pedir dinheiro porque sabia eh que eles ali que trabalhavam com ele e viriam com evasivas E aí Termina Esse Capítulo com uma referência aos ratos que eu considero importante o trecho que fala dos Ratos diz assim abre aspas Naziazeno vê-se no meio da sala da repartição atônito sozinho olhando para os lados para todos aqueles fugitivos que se esgueiram que se somem com pés de ratos tá então essa e é uma referência aos ratos que você não pode esquecer e por que que ele fala em pés de ratos porque você já viu os ratos os ratos T os pés bem curtinhos que não servem para longos Passos então quando o rato anda o rato anda piqueo né anda pequenininho nos outros capítulos vão ser sempre capítulos curtos e isso tem uma razão de ser vou falar daqui a pouco nesses outros capítulos o naz azeno vai tentando obter o dinheiro sem sucesso o diretor que ele consegue encontrar lhe Nega e ainda lhe diz palavras duras que o humilham né como eh dizer que ele não é banco que ele não tem autor da hora que emprestar em seguida o personagem joga na roleta ele ganha um bom dinheiro mas para nosso desespero e do protagonista ele perde tudo e o dia vai passando ele não vai trabalhar tá ele e o Alcides encontram eh o Duque que está conversando com um conhecido do Duque chamado mondina e os quatro ali vão tentando achar uma maneira tendo ideias de obter o dinheiro do leiteiro o tempo vai passando já é tarde da noite vai então são sempre essas tentativas que não dão certo eles têm a ideia de resgatar do penhor uma anel do alides para vender ou penhorar novamente por um valor maior nós leitores vamos ficando angustiados junto com o Naziazeno E à medida que o dia as horas vão passando o dia vai terminando e nada dele conseguir eh o dinheiro apesar de ter uma uma uma experiência uma esperança obstinada isso também nos angustia quando enfim ele chega em casa bem tarde da noite nós leitores não sabemos se ele conseguiu ou não o dinheiro porque o capítulo anterior ele havia terminado em um impasse com o mondina então a gente não sabe exatamente o que aconteceu se ele conseguiu ou não dinheiro mas rapidamente esse capítulo vai andando sabemos que sim porque ele chega com um embrulho que é o sapato da mulher que ele pegou no sapateiro ele leva um pouco de manteiga e ainda uns leõezinhos de borracha para o filho que nem é próprio pro filho mas foi o que ele encontrou pra idade do filho né além Claro do dinheiro para pagar o leiteiro ele janta aquela comida que a esposa deixou ali para ele ele pede pro menino do vizinho buscar um vinho Então esse é o Primeiro Momento ali no livro que o personagem finalmente consegue relaxar um pouco depois de toda a angústia do dia todo correndo de lá para cá à procura do dinheiro ele e a mulher resolvem eh deixar o dinheiro na mesa da cozinha para o leiteiro pegar quando viesse trazer o leite de madrugada isso era uma coisa comum naqu época tá não era uma ideia louca e por quê Porque o leiteiro ele tinha normalmente a chave dos Fundos a chave da cozinha na casa das pessoas mas durante a noite o Naziazeno ouve uns barulhos que ele imagina que sejam ratos e se assusta pensando eh se os ratos estão roendo as notas do dinheiro que ele e a esposa deixaram ali em cima da mesa ele quer levantar mas é aquele momento do sono que a gente sabe que precisa levantar mas o sono é tanto que a gente não consegue todo mundo já passou por isso né sente frio ali no meio da noite precisa levantar para pegar o cobertor e a gente acaba não conseguindo levantar essa indecisão dele se levanta ou não levanta dura muito tempo ele ouve os barulhos e imagina hora que sejam os ratos roendo Talvez o o aço alho de madeira Mas outra vezes ele imagina que está sim roendo o dinheiro e ele vai ficando naquela naquele naquele sono conturbado meio acordado meio dormindo exausto e Nós também vamos ficando exaustos e muito apreensivos por quê depois de um dia inteiro tentando De toda forma conseguir eh o dinheiro ele pode ser comido pelos ratos eu reli o livro agora eu nem sei onde tava a minha edição antiga e eu falava Levanta meu filho levanta eu ficava torcendo para que ele levantasse e eh tirasse o dinheiro dali ao final ele ouve o leiteiro já de madrugada abrindo a porta da cozinha e despejando o leite ou seja deu tudo certo graças a Deus e finalmente dorme e o livro acaba vamos lá vamos à análise é claro que os ratos que dão título ao livro não são apenas os ratos os animais que aparecem ao final e que ele imagina que estão roendo o dinheiro do leiteiro Eu Já chamei a sua atenção antes para um trecho em que ele compara os os funcionários da repartição ali que trabalham com ele eh H ratos eh quando ele fala das perninhas dos Ratos mas também São ratos ele e os outros amigos que andam de lá para cá o dia todo buscando dinheiro todos eles se você pensar se parecem com ratos com muitas tentativas que são movimentos curtinhos tentativas que não dão certo são seres esses seres periféricos né que TM pernas curtas que não conseguem ir muito longe que vivem eh no bueiro que saem todos os dias em busca de alimento e que ganham apenas para subsistência que nem é uma boa subsistência é uma subsistência bem mais ou menos porque não pode não não dá para comprar nem Leite nem manteiga essa busca contínua por dinheiro ela retira a dignidade das pessoas ela faz perder também um pouco da nossa humanidade e por isso o escritor faz a comparação com ratos que vivem no esgoto vivem à margem da sociedade quero lhe dizer que esta é uma marca importante animal a comparação de seres humanos com animais é uma das marcas e da obra do escritor de onélio Machado ele usa bastante a animalização Então isso é uma coisa que você já não pode esquecer o professor Davi argut Diz eh que os indícios de rato entre entre aspas os indícios de rato multiplica por toda parte nos olhares esquivos nas ações entrecortadas nos gestos Miúdos Miúdos eh nos aspectos do corpo na cor das vestimentas até se configurar como símbolo complexo e aterrador da condição do homem acuado fecha aspas Então acho que o professor Davi argut aqui ele exemplifica bem todas as situações ali que o nos leva a pensar em ratos o escritor parte de um fato comum do cotidiano que é a classe pobre e até a classe média enfrenta que é conseguir o leite de cada dia para construir um romance cuidadoso a narrativa ela é feita em 28 capítulos curtos como eu falei antes e e cada capítulo é interessante porque cada capítulo é quase não não são todos mas é quase uma tentativa e um fracasso de conseguir o dinheiro então essa narrativa fragmentada em capítulos Curt nos ajuda a ver os ratos também de pernas curtas que emitem ruídos que se perdem na cidade grande né não vamos lembrar que era um momento de urbanização ou seja o próprio discurso a maneira que ele escolhe de narrar tenta imitar os ratos isso é importantíssimo não se esqueça apesar de ser narrado em terceira pessoa esse narrador ele fica junto ao Naziazeno eh e é pela perspectiva dele que nós vamos acompanhando a história o tempo todo há um jogo outra coisa muito importante entre o exterior que são as ações que ele e os seus amigos estão fazendo para conseguir o dinheiro e o interior mostrando o que que o Naziazeno Tá pensando o que que ele tá sentindo desde a determinação logo de manhã né que ele tinha de conseguir o dinheiro lá no começo da da manhã até o desânimo e a descrença que vão eh se tornando crescentes a medida que o dia vai passando e ele sabe que o tempo vai acabando Além disso ele o o o personagem ele está sem comer por falta de dinheiro e ele sente um mal-estar Claro provocado pela fome pela fraqueza então isso também eh está na narrativa esse lado todo em interno indo caminhando junto com as ações que eles fazem externamente naquele labirinto eh que são ali como eles se movimentam pelas ruas de Porto Alegre a gente tem a impressão que o personagem ele anda em círculos sem sair do lugar e claro isso também é proposital porque é próprio de uma cidade grande não é rural é um romance urbano o Naziazeno ele é o anti-herói moderno né Eh e em certos momentos ele é até ingênuo porque ele coloca sua vida nas mãos de outros como o alides e como Duque e apesar de admitir logo lá no começo que ele não recomenda a companhia do Duque para ninguém ele reconhece a superioridade do Duque o Duque é muito mais esperto do que ele o Naziazeno chega a dizer que o Duque é o agente o corretor da miséria porque ele tá sempre tirando vantagem desse negócio ali que ele agencia entre as pessoas vamos lá o que você não pode esquecer em hipótese alguma é que o dionélio machado faz parte da segunda geração dos modernistas vamos relembrar a primeira geração é aquela que faz a Semana de Arte Moderna são os escritores que fazem a semana de arte moderna em 1922 e a segunda na literatura são os escritores que publicam a partir dos anos 30 que é o caso do dionélio Machado outro fato importante é que como o escrit ele era psicanalista a sua obra também tem um enfoque psicanalista que tenta o que eu já falei antes fundir o exterior com o interior ele vai fazendo isso na narrativa ele vai alternando traz um fato traz um pensamento e assim por diante os ratos evidentemente é uma obra eh de crítica social do modernismo mostrando como um trabalhador pode ganhar tão mal mas tão mal que não consegue as mínimas condições dignas para ter a manteiga e o leite em casa então é é é um romance de crítica social é também como eu já falei antes um romance urbano onde as pessoas parecem desaparecer nas ruas ali no mato tem muita gente as pessoas não se conhecem e não se importam umas com as outras Isso é uma característica de romance urbano quando perguntado se o nome Naziazeno tinha algo a ver com nazzareno o escritor explicou que há na história do cristianismo primitivo um homem de Nazi enza nazi enza ele diz ele próprio diz que era uma cidade assim como Nazarena então então Nazaré aquele que nasce o Nazarena é aquele que nasce em Nazaré e o nazi azeno é alguém que nasce na cidade eh do mesmo nome só que ele diz que não ele soube disso depois mas a inspiração mesmo é porque este era o nome de um Jornalista que havia fundado um jornal político na sua pequena cidade o jornalista também se chamava Naziazeno por que que eu tô falando isso eu fui buscar lá no escritor porque eu já ouvi e já vi algumas interpretações erradas uma curiosidade é que o próprio dionélio contou que ele teve a história a ideia da história dos Ratos em um fato real Ele conta que o seu irmão por comodismo e porque era muito cedo ele deixava em baixo da panela eh o o em que ele recebia o leite né o leite era despejado ele deixava o dinheiro o leiteiro na casa do irmão da mãe tinha a chave então entrava e despejava o leite e a mãe fala pro dionélio que ela estava preocupada porque ela achava que os ratos podiam roer o dinheiro durante a noite e a sua mãe ela se perguntava se os ratos roem papel até livros por não ririam o dinheiro não é Então essa conversa que o escritor tem com a mãe Eh é que o leva até a ideia de uma história ele passa 9 anos gestando essa história na sua cabeça mas quando o Eric Veríssimo diz que ele tem que escrever um romance para se candidatar a um prêmio ele escreve então em 20 noites e ele ganha o prêmio Machado de Assis pela Editora companhia Nacional em 1935 entretanto o autor soube que tinha ganha esse prêmio Quando ele estava viajando para o Rio de Janeiro preso por ser comunista por ter cometido o gravíssimo delito de ter uma opinião divergente da ditadura Vargas costumo dizer várias vezes aqui ditadores não admitem que se pense diferente eles têm que ganhar no grito nunca é na argumentação porque eles não têm argumento gosto muito de uma das falas do do próprio escritor e sobre os ratos que para mim define o romance Qual é essa frase abre aspas é o dionélio falando eu sempre procuro o dram no trivial o dramático não trivial isso é muito fácil aquilo era extraordinário porque partia do trivial e resultava numa coisa dramática então ele estava falando dos Ratos né do seu romance e é exatamente isso os os ratos mostra como uma coisa trivial uma dívida pequena não era uma grande quantia uma dívida pequena para pagar o leite pode ser uma questão dramática recomendo que você eh Leia o livro com bastante atenção que se se ainda não leu que você reveja esse vídeo e todos os outros antes do vestibular para relembrar tá então acho que ver antes do vestibular faz muita diferença se quiser eh deixar seu like eu agradeço muito e e incentiva bastante o nosso trabalho e se você quiser conhecer minhas crônicas eu as publico todas as terças-feiras no meu site www.