Mario Sergio Cortella - Você tem coragem de sair da rotina?

viver em paz para morrer em paz Claro só é possível morrer em paz se você viver em paz e viver em paz não é viver sem problema sem encrenca sem dificuldade viver em paz é viver com a certeza você não tá sendo fútil banal inútil superficial descartável [Música] há um grande escritor poeta alemão muita gente já o leu que é get e get dizia se alguma coisa merece ser feita merece ser bem feita se alguma coisa merece ser feita Então ela merece ser bem feita e o que é fazer bem fazer bem é ser capaz

de construir uma circunstância uma situação em que você não sinta que deixou de fazer o teu melhor Olha que interessante um dos poetas brasileiros que eu mais aprecio Cuiabano Manuel de Barros morreu com 97 anos de idade em 2014 na cidade de Campo Grande nasceu em Cuiabá viveu uma parte da vida aqui pois foi pro Rio de Janeiro e aí foi viver em Campo Grande e lá faleceu Aliás quando ele tinha 90 anos de idade perguntaram a Manuel de Barros como é que o senhor se sente com 90 anos claro que a pessoa não sugeriu

o que ela tava pensando é meio Evidente Seu António a primeira vez que veio numa palestra aqui há 2 anos tava 92 né agora já tá com 95 tá sentado aqui olhando a gente sabe quando tá ficando mais idoso porque a pessoa Encosta na gente para elogiar ela bate nas tuas costas fal até que você tá bem paraa tua idade hein esse até que você tá bem já é né uma encomenda né e o Manuel de Barros com 90 anos de idade quando alguém falava como é que o senhor se sente aos 90 anos ele

dizia uma coisa fic genial ele dizia eu não estou indo em direção ao fim eu tô indo em direção às Origens Olha que que genial eu não tô indo em direção ao fim eu tô indo em direção às Origens a fonte da vida que coisa magnífica mas o Manuel de Barros fez algo especial que nas suas várias formas de poesia construiu uma ideia que eu acho decisiva quando ele dizia que fazer poesia é voar fora da asa fazer poesia voar fora da asa Isto é sair do Óbvio cuidado que a coisa que mais captura você

e a mim pra mediocridade é nós ficamos aprisionados dentro do Ó é assim que é que que eu posso fazer eu não consigo eu faço o que eu posso já imaginou aliás que eu Ch de síndrome de mend um dia uma professora de história do Brasil falava sobre osos Gerais fal sobre Tomé de Souza falou sobre o Duarte da Costa quando ela estava falando sobre sal um aluno extraído ali no fundo e para Peg Claro virou assim falou Paulo o que fez mend ele des fez o que pode cuidado com a síndrome de m Sá

e o que te Aproxime a mim da mediocridade é exatamente quando a gente começa achar o que que eu posso fazer e fica dentro do Óbvio cautela no Brasil a gente Aprecia um pouco o Óbvio porque o Óbvio nos acalma a gente gosta de ir às vezes ao mesmo restaurante pedir os mesmos pratos conviver com o mesmo modo não abre a cabeça muito para aquilo que é diverso a gente aecia nos acalma quando Manuel de Barros o cuiabano Manuel de Barros ele escreve fazer poesia voar fora da asa é porque para você produzir encantamento arte

e não só no campo da poesia mas do trabalho da Medicina da engenharia do negócio da cozinha você tem que ir além do óbito há um nome pra gente que vai além do Óbvio e procura fazê-lo é aquela pessoa que voa fora da asa porque voar dentro da asa até eu mas a arte o encantamento é quando você dá um passo além e há um nome para isso [Música] excelência m