Alysson Mascaro quebra o silêncio: "O cancelamento acaba agora"

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TV 247
O jornalista Leonardo Attuch entrevista o professor e jurista Alysson Mascaro, sobre seu cancelament...
Video Transcript:
[Música] [Música] É uma grande alegria retomar as entrevistas com o professor Alisson Leandro Mascaro. Antes de mais nada, eu queria saudar todo o público da TV 247, falar pr você, Alisson, da minha alegria em recebê-lo aqui na nossa casa, no estúdio 247. A gente fez várias lives, mas acho que a gente nunca fez uma entrevista é olho no olho, como a gente tá fazendo aqui agora. e num momento muito especial, porque você foi vítima de uma das maiores infâmias da história do jornalismo brasileiro. E eu vou ser bastante claro que a reportagem feita pelo site
de Intercept, se eu não me engano, em dezembro do ano passado, uma matéria vergonhosa que teve o objetivo de assassiná-lo, assassiná-lo moralmente, eh, academicamente, intelectualmente. Então, a primeira coisa que eu queria dizer pro público que já é uma grande satisfação saber que você sobreviveu ao cancelamento, Alisson, muito bem-vindo e é muito bom ter você aqui no 247. Obrigado pela entrevista e espero que as pessoas possam também aprender muito com o que a gente vai ouvir hoje, porque vai ser uma uma entrevista que eu acho que vai fazer história. Obrigado, Alisson. Mais uma vez, querido Leonardo,
eu quero nesse momento dizer que essa entrevista eventualmente é a entrevista mais importante da minha vida. Em primeiro lugar, quero agradecê-lo pelo grau ímpar de jornalismo nestes tempos em que eu atravessei toda esta tragédia, esta perseguição. Eu quero aqui me voltar à câmera. Este é um ser humano que eu quero que a história registre no rol dos justos. Leonardo é um ser humano profundamente especial. Mas a gente tá aqui para falar de você, Alisson. Você que é o personagem dessa entrevista e olha, o que você viveu realmente, quer dizer, nesses últimos meses é algo inimaginável,
né? assim, quer dizer, as pessoas, eu não, eu não sei o número de entrevistas que a gente fez ah nos últimos anos, mas foram muitas. E você sempre muito educado, sempre muito respeitado. E essas lives elas eram esperadas como uma espécie de eh um momento de reflexão no mês, né? né? Quer dizer, um momento de orientação, de orientação política, de como entender a realidade brasileira internacional a partir da análise marxista, que é a sua escola de pensamento. Eh, e a gente nunca imaginou, né, eu, o público, as pessoas que te acompanham, que você de repente
num belo dia fosse ter que, entre aspas, né, prestar contas de questões da vida privada, né? Eh, porque foi um cancelamento muito violento que explora vários vários fatores, pânico moral, homofobia, eh, enfim, tudo isso que a gente vai poder falar aqui nessa entrevista. Então, eu queria primeiro te pedir o seguinte, quer dizer, como é que você atravessou esse período que vem de dezembro do ano passado até agora, esse mês de abril. Essa entrevista tá sendo gravada no dia 24 de abril de 2025. Eu fui levado à experiência limite da vida de um ser humano e
da minha vida. Estes literalmente foram os meses da verdade da minha existência. Eu fui interpelado pela vida a essa situação limite que a psicanálise, a psicologia às vezes chama por colapso da vida de alguém. Este movimento de perseguição, querido Leonardo, teve data de início que eu consigo identificar, pode ter começado antes e eu não havia percebido. a data de início até o apogeu desta infame ação persecutória. Foram dias e dias, meses e meses e anos deu uma sordidez do submundo da perseguição implacável e inenarrável. Em dezembro de 2024, estes tempos inteiros de horror então explodiram.
Antes da explosão, eu havia anunciado em público a perseguição que estava em curso contra mim. Eu havia pedido judicialmente a investigação da persegção. Havia boletins de ocorrência. Mesmo assim, os perseguidores ignoraram tudo isto e perpetraram esse ato maligno. É dever de um homem digno, de um ser humano digno, enfrentar com toda a sua verdade, com todo o olhar mais verdadeiro e sincero o que fazem contra si. Eu nestes meses todos suportei tudo isto, esperei o linchamento inteiro, quem chutava o corpo caído. dei toda a oportunidade de chutarem quem estava no chão, no caso eu. De
tudo isto, eu havia prometido para as pessoas que me ampararam nesse processo, que a minha volta ao público seria, por uma entrevista para o querido Leonardo Atouche, presencial, nem por câmera online, presencial. Foram tempos limite de um ser humano. Foram tempos nos quais eu atravessei este deserto da vida de alguém. Eu sobrevivi. Alisson, pegando como gancho essa sua sobrevivência, porque o cancelamento, né, eh, que você enfrentou, na minha opinião, ele é mais grave, ele é mais violento do que uma prisão injusta, né? Porque quando você pegar o caso, por exemplo, do presidente Lula, que foi
preso injustamente, mal ou bem, existem os rituais de defesa. Você tem as audiências, você tem lá, mesmo que você tenha um juiz e um procurador eh que estejam mancomunados num conuio, num consórcio como como civil, eh eles têm que passar pelos rituais. O presidente Lula teve, por exemplo, a oportunidade de numa das audiências eh dizer na cara do seu Algoz, né, que ele estava condenado a condená-lo e ele fez a sua defesa publicamente. O cancelado, ele não tem oportunidade de defesa. Então eu imagino, quer dizer, que isso seja para a vítima, né, uma situação muito
mais cruel. Quer dizer, então, quer dizer, como é que você imaginava responder ou não responder a uma matéria? infame, como você colocou, que, aliás, nem o próprio veículo consegue defendê-la, que é uma coisa muito curiosa, mas que mesmo assim motiva o seu cancelamento e eventualmente até uma própria expulsão da universidade. Como é que você vê, quer dizer, como é que você qualifica o que é o cancelamento para o cancelado, paraa vítima desse processo? eventualmente a forma contemporânea da inquisição. O que a Inquisição foi para a Idade Média e para o absolutismo na Idade Moderna é
o cancelamento no século XX. Há as formas mais horríveis de perseguição. Por um acaso, eu sofri algumas dessas formas. Eu fui perseguido virtualmente por perfis anônimos. cuja atitude foi maligna. Eu sofri perseguição física e vou contar depois o que aconteceu. Eu tive que ser orientado por pessoas de muita especialidade em segurança a não sair de casa e em saindo não nos horários costumeiros meus. e ensaindo pelo caminho contrário daquilo que eu sempre fazia. Isto é a perseguição física, é a persecução da internet e vou contar sobre tudo isto, mas o pior é o cancelamento, porque
a perseguição, eu fui obrigado a trocar de horários. Eu fui obrigado se saía para a esquerda e paraa direita e se saía pra direita e pra esquerda. Eu tenho meios de tentar me salvaguardar. O cancelamento não. O cancelamento é a perseguição que uma vez posta imediatamente desgraça o seu alvo, sem chance de qualquer defesa. Então, no dia 3 de dezembro de 2024, quando uma reportagem maligna foi posta na internet contra mim, milhares, milhões a leram. Como é possível compor os cacos de tudo isto? É, só para contextualizar, para, acho que boa parte do nosso público
sabe, mas você foi acusado de assédio sexual, assédio sexual e de violência sexual contra homens, né? Eh, mas com, na verdade, entre aspas, vítimas que não se apresentavam. Então, são vítimas anônimas, né? Eh, como é que você, por que que você não, não rebateu imediatamente? Por que que você se recolheu? Como é que você vê, por exemplo, a chance de se defender de um processo em que o acusador, na verdade, não tem rosto ou suposto acusador, porque a gente não sabe nem se eles são verdadeiros, né? Porque essa é uma outra questão. Em primeiro lugar,
que todo esse processo é uma infâmia de ponta a ponta. A palavra abuso, que é muito pesada, ela é jogada a esmo para destruir a imagem de alguém. E quando isto acontece, se esta pessoa é uma pessoa de bem, de moral e de vergonha, esta pessoa, ela própria, entra em colapso. O que aconteceu, por exemplo, com o reitor cancelheiro é um é um exemplo eh padrão, né, disso. A pessoa não suporta, mas havia mais. As pessoas sempre dizem em situações outras, é quase como um clichê. estão fazendo isto porque estão me perseguindo. No meu caso,
a situação era totalmente diferente. Não é uma perseguição política apenas, era uma perseguição concreta, física, com investigação judicial a respeito, das autoridades policiais a respeito, com provas, documentos. mesmo assim fizeram isto. Eu tenho tanta confiança em minha dignidade que eu esperei o tempo do mundo para que o mundo me apresentasse à provas desta infâmia que fizeram contra mim. Dei um dia, dois, três, uma semana, duas semanas, um mês, 2 meses, 3 meses, 4 meses. Deixei. Podiam falar o que quisessem. Então, além de passar pela situação limite da vida, também deixei que a turba dos linchadores
pudesse satisfazer a sua vontade maligna. a pulsão de morte, como dizia Freud, de matar alguém. É preciso que morra o justo para que o pecador se regozije. Deixa aí de tanta confiança que eu tenho no que se passa. E mais uma situação. Desde novembro do ano passado, há investigações policiais e judiciais. em algum momento o resultado disso aparece. Então eu confio que essa investigação possa ultrapassar as barreiras da tecnologia, porque hoje a tecnologia tem muitas barreiras, mas alcance os perseguidores. Então, nesse período todo, foi o período no qual, além de sofrer a pior situação da
vida de alguém, eu deixei que as pessoas pudessem destilar o mal. Quem quisesse chutar o caído chutasse. Quem quisesse cuspir no meu rosto, na minha imagem, cuspisse, porque este era o momento do mal. Na minha volta não cospem mais. Então era a chance de destilar o ódio, de destilar tudo que pudessem. Eu suportei todo esse tempo e nesse tempo inteiro, querido Leonardo, eu atravessei esse deserto de mim mesmo. O que aconteceu? Por que fizeram isto? Eu queria te perguntar exatamente isso. Quando você se pergunta sobre o porquê, você chega a uma resposta? Muitas. Esse porquê
é múltiplo. Esse meu caso não foi uma pessoa só engendrando uma coisa só. Foi um complexo, foi um crime tamanho que fizeram contra mim, que este crime teve o concurso de muita gente e eventualmente cada qual corroborou para esse crime por uma razão. Alguns por inveja, outros por ódio político, outros porque queriam cortar a minha fala pública para que não crescesse mais. outros para atingirem outras pessoas além de mim. De tal sorte que existem múltiplas causas. Mas a minha pergunta fundamental, e eu vou contar também tudo isto aqui nessa entrevista, porque vou contar do zero
que se passou, minha pergunta fundamental não era sobre aquela pessoa, aquela outra, outra mais. Minha pergunta é sobre essa máquina, a máquina da sociedade e a própria humanidade. Por que seres humanos, ao invés de fazerem florescer o melhor de si, alguns se regozijam em elevar, em exponenciar o que há de pior na condição humana. Essa é a pergunta decisiva. Por que eu tive que sofrer tudo isto? Uma das razões pelas quais eu estou aqui, querido Leonardo, é por mim. Outra das razões é por todas as pessoas que me ampararam nesse momento. Mas eventualmente a outra
razão ainda que me move é porque para o resto da vida eu devotarei ainda mais a minha missão pessoal a acabar com a indústria do assassinato de reputações e com a indústria do cancelamento. Eu sou um jurista, eu sou um advogado, sou um professor universitário de direito. Formei uma geração, uma, duas, três, depende de como se conta a geração, mas formei muitas, de juízes, promotores, advogados, procuradores, defensores públicos. Tenho pessoas maravilhosas comigo. Tenho uma história de décadas de reflexão filosófica minha, de formação filosófica. Tem uma história pessoal de décadas de reflexão com a ciência da
psicanálise. Tive amparo psicanalítico. Tive uma multidão que não soltou a minha mão. Mesmo assim eu cheguei na hora limite da minha vida. Eu penso na pessoa que não tem esta história, esta estrutura, esta rede, este amparo, esta pessoa não suporta. E alguém que é levado a esta indigna e infame condição, essa pessoa se destrói. E o meu caso é o ponto de virada. A partir do meu caso, acaba a indústria do assassinato de reputação, acaba a indústria do cancelamento. O liberalismo, o neoliberalismo dito progressista, no meu caso, bateu no limite. Este caso que todos dizem
é o primeiro, no qual mais gente foi contra o cancelamento do que o cancelaram. Eu lutarei para o resto dos meus dias, a fim de que nenhuma pessoa sofra o que eu sofri. Eu efetivamente vou contar essa história do começo até o fim. Tive dias em que eu fui reclamado ao limite do que um ser humano pode passar. Eu não quero que qualquer ser humano sofra isso. Então eu estou dizendo muito diretamente: "Não se faz isto que fizeram comigo com o ser humano. Não se faz. E o meu caso, eu estou aqui de pé para
dizer a todas e todos que na história vierem a ser perseguidos, resistam. Vale a pena. A dignidade de um ser humano ninguém arranca, nem a aparelhagem dos meios de comunicação de massa, nem o algoritmo, nem nada disso. Se houver um ser humano do lado da justiça, este ser humano que foi injustiçado, ele tem a multidão dos justos. Então, querido Leonardo, eu não sobrevivi só por mim. ou só por quem me amparou e me deu a mão. Eu sobrevivi para que outro sobrevivam e o meu caso será contado para a história como eventualmente a mais aberrante
forma de perseguição que o início do século XX conheceu. Eh, oxalá seja um ponto de virada, Alisson, porque realmente, quer dizer, eh, pouco antes do seu caso, por exemplo, aconteceu o caso do ministro Silvio Almeida, outros casos aconteceram e o cancelamento vinha sendo bem-sucedido, porque ele impõe um medo, né? Ele impõe um medo inclusive nos nos seus potenciais aliados, porque podem dizer o seguinte, quer dizer, olha, se eu eventualmente vier a público, eu também serei cancelado? Quer dizer, ele cria essa onda de intimidação, né? Essa é a lógica do cancelamento. Eh, e no seu caso,
de fato, foi bem diferente. Quer dizer, e foi, na minha opinião, uma desmoralização pública do veículo de comunicação, mas mesmo que tenha sido uma desmoralização pública deste daquele veículo de comunicação, ele encejou um processo administrativo na Universidade de São Paulo, a qual você se dedicou e se dedica há muitos anos e formou muitos alunos, muitos professores, muitos doutores, né, de renome hoje no país. É, você tem receio do que possa acontecer nesse processo administrativo na Universidade de São Paulo? Tanto quanto eu enfrentei os dias dessa perseguição, dias, meses, anos, eu enfrento tudo que vem originado
desse processo. A principal posição de alguém que tem que enfrentar o mundo é a sua tranquilidade interna. Esta ninguém me tira. Então, eu quererei também falar sobre isto. Todo este processo foi me levando ao momento extremo da minha vida, mas também foi consolidando em mim a forja daqueles que são os meus valores e nada me tira desses valores. Portanto, que o mundo seja cruel, imoral e exija a fogueira de quem proclama a verdade. Não será uma novidade no meu caso. Sócrates morreu por isso, Jordano Bruno morreu por isso, Platão foi preso, Aristóteles exilado. A história
vai longe para contar tantos e tantos e tantos casos. A vida inteira eu me preparei para que as minhas ideias me custassem qualquer tipo de preço. Eu me preparei intimamente para isto. Eu só não esperava que seria este tipo de coisa. Foi, eu vou até o último momento da minha vida é enfrentar qualquer coisa pela minha dignidade, pela minha coerência e pela minha luta. É, mas é importante dizer que já se passaram 4 meses e até agora não tem uma vítima que tenha vindo a público. Aí você diz: "Ah, não, mas veja bem, isso seria
uma revitimização". Eh, não existe uma prova concreta, né? Não existe absolutamente nada. E mesmo assim pode acontecer a violência, quer dizer, a violência final, né, que é o objetivo, talvez, né? O objetivo seria eh poderia ser, eu acho que os canceladores, Alisson, vou falar aqui coisas que talvez pareçam pesadas, eu acho que eles não se importariam, por exemplo, se você tivesse tirado a sua própria vida. Eh, não seria um problema para os canceladores dizendo: "Olha, tirou a vida porque não suportou a própria vergonha e não porque não suportou a falta de honra, né? Mas como
você tá aqui firme de pé, eh, talvez queiram, por exemplo, te tirar do debate político acadêmico. Você é um intelectual público, né? Eh, talvez queiram te tirar da universidade, talvez queiram te tirar várias coisas, eh, e que mesmo assim talvez não consigam, porque eh hoje os meios são muito amplos para uma pessoa se posicionar eh publicamente. Você conseguiu se libertar eh do apego, né? Porque eu tive aqui a oportunidade de entrevistar nessa cadeira onde você tá o José Cobori, que passou alguns meses preso, tal, e ele fez uma reflexão muito interessante. Eh, ele diz assim:
"Olha, só tiram de você aquilo que nunca foi seu. Se conseguem te tirar porque não era seu, né? Eh, você tá pronto para esse desapego de tudo que possa te acontecer, de perdas eh de prestígio materiais, de posição, enfim, mesmo que isso seja uma violência e uma injustiça. Eu forjei a minha vida inteira na firme convicção de que eu tenho um lado no mundo. É o lado de quem apanha, não é o lado de quem bate. É o lado do pobre, não é o lado do rico. É o lado de quem é o desassistido, não
do poderoso. Desde que eu me conheço por urgente, onde há a roda dos ricos e onde há a copeira, a faxineira e o segurança, eu prefiro conversar com eles, não com a roda dos ricos. Para minha vida nunca a ilusão de consumo foi interesse para qualquer coisa. Eu sempre, em toda a minha vida, fui um pensador, um intelectual dedicado à filosofia. A minha vida inteira foi pensar. E a minha vida inteira, sendo um homem de esquerda e da revolução, eu me preparei para o momento em que as minhas ideias cobrassem o preço. Eu suporto viver
com um prato de arroz e feijão e um copo de água. É duro suportar o preço de ouvir esta mentira inteira sistemática contra a minha imagem. É duríssimo. É duríssimo. Eu tenho orgulho da minha dignidade. Só que quando o mal mente, e eu vou mostrar hoje aqui a história dessa mentira, quando o mal incidia, eu sou um ser humano. E o maquinário do mal é um maquinário. É um mecanismo. É um mecanismo. É um mecanismo. É um sistema. Eu suportei tudo isto dia após dia, maldade a maldade, mentira a mentira. Eu tinha uma tranquilidade interna
e quem convivia comigo tinha a mesma certeza. Um homem que é levado, sendo ele profundamente honrado e digno. A calúnia, a injúria, a difamação, aos crimes que fazem contra a honra dessa pessoa. Esse homem não tem mais nada a perder. Alguém dirá: "Mas não faltam também os cargos as honras e todas as coisas mais?" Eu volto a dizer, a última ilusão que eu tinha quanto as instituições, eu já não tinha praticamente nenhuma, eu as perdi. As ilusões perdidas vivi todas. Você não se preocupa com a sua profissão. Qualquer pessoa que trabalha e vive no capitalismo
tem que pagar suas contas. No entanto, minha dignidade não tem preço. Então, querido Leonardo, depois que um homem justo enfrenta uma perseguição caluniosa, criminosa, e vou mostrar aqui, a gente vai começar daqui a pouco falar cronologia e vou mostrar. enfrenta mentira, enfrenta o engendramento persecutório físico, além do internet tiram tudo isto, não tem mais nada para me tirar. Eu efetivamente passei por esta temporada fazendo como o velho Dante Aliguieri fez. Quando Virgílio, maior poeta dos latinos, deu-lhe a mão e o levou para enfrentar o inferno. Na porta do inferno, deixe toda a esperança, deixai toda
esperança. Em 2023, eu vou contar essa história, vamos passar pra cronologia. Vamos passar pra cronia. Eu deixei toda a esperança e, portanto, ao deixar hoje, eu posso lhe dizer, querido Leonardo, pela minha luta, pela minha dignidade, pelas minhas ideias, todo o preço do mundo não há o que pague isto. E eu vou enfrentar tudo isto e quero mostrar ao mundo o absurdo que foi feito. Vamos passar pra cronologia dos fatos, então, Alisson, porque eh eu tenho vários pontos para abordar com você que são mais filosóficos, né, sobre o que aconteceu. Eh, mas eu acho que
é importante que as pessoas entendam, né, o que que foi esse processo. Eh, existe antes dessa matéria, na verdade, há uma fabricação da reportagem, porque inclusive o próprio 247 foi procurado por perfis anônimos que buscavam histórias sobre o Alison Mascaro. Quer dizer, uma coisa muito curiosa, né? É uma matéria que é produzida. Olha, precisamos eliminar, precisamos matar tal pessoa, vocês podem nos ajudar, né? Eh, então, coisas muito estranhas aconteceram, inclusive pouco depois da morte da Natália Urban, eh, um dos nossos jornalistas foi procurado para que, né, eventualmente pudesse falar sobre você. Isso deve ter acontecido
com várias outras pessoas. Então te peço para falar, para trazer os pontos cronológicos do que aconteceu, como essa história começou para mim, porque eventualmente ela já tinha começado antes e eu não sabia. E agora eu contarei uma das histórias eventualmente mais impressionantes da perseguição humana. Em agosto de 2023, eu fiz lançamento de meus livros no Rio de Janeiro, na livraria da 20. A jornalista Hegar Angel, esta enorme referência do jornalismo brasileiro, convidou-me para uma entrevista em seu estúdio, o estúdio azul, famoso estúdio azul. Concedi essa entrevista, ela foi gravada e veio a ser colocada no
ar pela TV 247 logo no começo de setembro. Gravei a entrevista no final de agosto, veio ao ar início de setembro de 2023. Pela primeira vez eu vi, não quer dizer que já não via antes, mas eu percebi porque quando damos a entrevista ao vivo é muito difícil acompanhar o entrevistado. O entrevistador vê o chat, mas o entrevistado não não tem condição de ler. E todas as entrevistas eram ao vivo. Aquela foi gravada. Foi uma ocasião em que eu sentei para ver uma entrevista minha. É uma rara condição essa de sentar-se. A entrevista em geral
é ao vivo. E vi as mensagens magníficas, gente maravilhosa. Em algum momento surgiu um perfil anônimo, um hater, um stalker. Esses termos hater e stalker, que eu vou usar bastante aqui, são termos em inglês, mas que se referem aos perseguidores do submundo da internet. Ele não dizia nada, esse perseguidor. Ele dizia assim: "Aguardem, coisas acontecerão com ele". E as pessoas perguntavam nessa entrevista para Yudegar Angel: "O quê? Aguardem". Então, havia uma anunciação, aguardem, aguardem, aguardem, o que é algo abominável. Eu logo em seguida concedi-lhe, querido Leonardo, a entrevista mensal do mês de setembro, depois a
de outubro. Os haters vieram em todas as entrevistas anunciando: "Ele será destruído, ele será destruído." Coisas assim. Isto foi chocante, porque incrivelmente nos meus anos inteiros de entrevistas eu tenho um carinho enorme do público por mim, enorme, mensagens altamente positivas, no máximo uma outra perguntando que não entenderam um conceito enorme carinho. Aquilo para mim era absurdo. Esta escala foi aumentando, ela foi aumentando, ela foi aumentando sem dizer o que era. Os perseguidores a cada vez trocavam de nome. Era nome genérico. Ninguém sabia quem eram esses perseguidores e iam anunciando que eles me desgraçariam, me desgraçariam,
me desgraçariam. Eu chamei um núcleo de juristas, meus antigos alunos e orientandos. de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Chamei um núcleo e lhes falei sobre o que se passava, pessoas magníficas, especiais. E então este núcleo me acompanhou. Alguns nomes que eu não posso deixar de citar, Víor Baral, Víor Ferreira, Leonardo Godói, Camilo Caldas, meu primeiro orientando e tantas e tantos outros mais. Acresceu-se a esse núcleo Gabriela Martins, tanta gente especial. Este núcleo foi andando. Uma querida amiga minha, Dora Encontre, foi chamada para esse núcleo para me apoiar nesse caminho. Eu procurei um dos maiores psicanalistas do
Brasil, marxista, Christian Aritsaud, e acompanhe essa jornada. com um grande psicanalista comigo desde outubro de 2023. Eu queria entender que era esta acusação, que não era uma acusação, era uma anunciação de destruição que vinha a ser isto. Isto quando chegou 2024 revelou o seu submundo. E agora eu vou contar a história dos subterrâneos, dos bastidores. janeiro para fevereiro de 2024, eu estava em minha casa por um acaso dessas coincidências da vida, eu estava numa das sessões de psicanálise online naquela ocasião. Começam telefonemas a mim 3:15 da tarde. me liga um dos meus antigos orientandos, depois
me liga outro, me liga mais outro e mais uma antiga aluna. Quatro ligações em 3 minutos. Aí me manda uma mensagem: "Eh, quando puder me retorne. Quando puder me retorno, quando puder me retornem", disse ao psicanalista pela primeira vez e foi a única. Eu pedi licença para interromper uma sessão de análise. O analisado pediu licença, não é? analista no começo, porque alguma coisa de muito estranha havia. retorna as ligações. Naquele dia, minutos antes, um perfil perseguidor de internet que não dava o nome, anônimo, maligno, disparou em um minuto inúmeras mensagens, o que é revelador de
uma máquina industrial, uma pessoa que eventualmente tem aí alguma geriza a alguém, alguma raiva de alguém, escreve escreve para alguém, depois de um tempo escreve para mais alguém, etc. e tal. Disparar no prazo de um minuto várias mensagens. Isto é um esquema profissional de perseguição. Isto é muito bem feito. Para uma aluna ouvinte minha de um curso de mestrado de 2023, doutoranda de uma universidade do Paraná, eu lhe franquei a possibilidade de acompanhar minha aula online. A aula era online do meu curso de mestrado e doutorado em 2023. Muito bem. Esta aluna vem a ser
esposa de um professor universitário, meu amigo, pessoa querida, de convivência de muitos anos. Por muitas ocasiões, eu vou contar essa história para que entendam a maldade e a indústria da perseguição. nas minhas aulas, esta aluna estava no Paraná, tantos alunos em tantos lugares do Brasil, aula era online e era frequente que o seu marido, professor de Universidade Federal de Direito, uma pessoa de liderança política de esquerda, inclusive como ela também, ele frequentemente aparecia no meio da minha aula e fazia assim na câmera. Uma vez eu citei numa aula de filosofia um verso, um poema de
uma música da MPB. Deu intervalo da aula online na volta. Ele pediu a palavra, pegou o violão e tocou a música para todos escutarem. Foi lindo. Um dia passava a aula e perguntei a ela: "Cadê seu marido? Viajou. Eu perguntei: "E você deixou ele viajar?" Falou: "Não, ele me deixou aqui sozinha, então eu confio nele, ele confia em mim. Janeiro de 2024, isto foi 2023. Eu vou tomar a liberdade, querido Leonardo. Pela primeira vez eu lerei o que o mal fez em termos de perseguição. É a primeira vez que isto vai a público. Isto aqui
está em todas as investigações policiais e nos processos em andamento. E pela primeira vez será lido. Um perfil anônimo, cujo nome de Instagram é @levanteusp. Envia para essa aluna disparado no mesmo minuto em que disparou para um punhado de gente a seguinte mensagem: "Eu lerei como a insídia e a perseguição foram engendradas contra mim". Só um toque do nosso coletivo, alunos e ex-alunos do mais caro. Contou a licença. Isto é, para aquela aluna ouvinte. Uhum. Uma de nossas camaradas esteve em uma das aulas do professor Alisson Leiro Mascaro, na qual o mesmo fez uma referência
deteriorante, eh, um vernáculo peculiar do conselheiro Acácio, sobre você e seu companheiro. Nossa camarada se solidarizou e pediu para deixarmos o acolhimento à brincadeira de péssimo gosto e que tem sido cada vez mais recorrente. Agora vem a insídia deste jurista misógino, que é o mais caro. Bem, agora vem a máquina do cancelamento. Bem, pedimos encarecidamente que esta mensagem, tal qual este perfil, alcance apenas aqueles que possam cooperar com o andamento de nossas investigações independentes, preservando a saúde mental dos com X, alunos com X que tem nos procurado, expondo-se a tal condição em conclusão e em
solidariedade à luta dos jovens comunistas brasileiros. Olhem como é que o engendramento é absurdo. Pedimos para aqueles que tiverem mais informações sobre outros casos abusivos nos informem. E no caso daqueles que não estiverem cientes destas ocorrências e queiram saber mais a respeito, também nos colocamos às ordens. do nada para esta aluna que então responde 10 minutos depois para o hater, para o perseguidor. Boa tarde. Creio que vocês estejam falando de outra pessoa que não professor Alisson Mascaro, que conheço. Jamais fiquei ofendido ou constrangido com qualquer colocação dele. Ele é amigo pessoal do meu marido e
tem toda a liberdade do mundo para brincar conosco sobre qualquer assunto. É lamentável que esse ataque esteja sendo feito sem assinatura por detrás de um perfil anônimo. Podem me tirar da lista de vocês, pois não serei eu que compactuarei com isso. O professor é um exemplo de cientificidade, seriedade e respeitabilidade para mim. Encerrem isso, pois não há fundamento. Neste minuto que enviaram esta mensagem, infame a essa pessoa no mesmo minuto, porque isso aqui não é alguém que destila alguma questão pessoal, é uma máquina industrial. No mesmo minuto, este mesmo @levanteuspa, escreveu assim: "Nosso coletivo está
passando para demarcar solidariedade aos alunos com X e ex-alunos com X do professor Alisson Leandro Mascaro, que possivelmente estejam em situação de desproteção em virtude de sortidos. É também um venáculo do conselheiro Acácio, casos de assédio sexual envolvendo catedrático. Aí enfim, me pôs no século XIX. Estamos às ordens para quaisquer contribuições para uma pessoa que não tem nenhum contato que se preste a receber essa mensagem. O que você puder dizer, diga. Estamos à ordens para quais c contribuições. Foi um maquinário em um minuto. Maquinário industrial. Este era o subterrâneo. Começaram a mandar mensagens para pessoas
as mais variadas do Brasil. Você tem alguma coisa a falar contra Mascaro? Diga. Isso tudo, querido Leonardo, chegou ao intolerável, ou seja, é uma investigação que não parte do fato em si, mas do alvo, né? Pede, enfim, algo para fazer. Julho de 2024. Aqui é eventualmente a situação mais absurda pela qual um ser humano tem que passar. Esta situação inclusive me faz perceber que eu fui tamanhamente perseguido, que eventualmente esse maquinário foi de uma industrialização sem fim. Este fato que eu vou narrar pela primeira vez nos envolve no seguinte sentido. no meio da pandemia, numa
das minhas entrevistas mensais a você, e eu isto passou, imaginem dezenas e dezenas e dezenas de entrevistas que nós temos, alguém no meio de uma entrevista mandou um super chat e você leu dizendo que o jogador de futebol Neymar falou qualquer coisa. Essa qualquer coisa era uma defesa do Bolsonaro, do bolsonarismo, não importa o quê. posições de direita. E eu disse no meio da entrevista por 15 segundos, eu mesmo esqueci, mas vejam como é que os perseguidores pegaram a lupa. Eu disse assim: "Ao invés da gente comentar reflexão do Neymar sobre defesa do Bolsonaro, naquele
dia haviam me dito, naqueles dias, que havia um jogador de futebol em Portugal que publicava fotos com livros na concentração para os jogos. Então ele era diferente de todos os jogadores de Portugal ou de qualquer lugar do mundo, enfim, ele publicava fotos com livros e ele havia feito elogio a mim. era uma pessoa, é uma pessoa engajada na esquerda. Pois bem, haviam me dito o nome dessa pessoa, só que eu havia esquecido o nome desse jogador. Eu disse: "Melhor do que ficar comentando o assunto da direita e dando bola para jogador de futebol de direita.
Tô sabendo que tem um jogador aí de esquerda que a gente deveria procurar no seu nome. Falei, inclusive, quem puder joga o nome aí no no chat. Alguém deve ter jogado. Pois bem, falei isto, nunca mais na vida lembrei ou falei de qualquer coisa a respeito, nem em público, nem em particular. Julho de 2024. Eventualmente agora é um dos momentos mais absurdos que se possa imaginar. Uma menina que cuidava das minhas redes sociais, porque eu não tenho acesso a elas, enviou uma mensagem a mim. Professor Alisson, aconteceu uma coisa vergonhosa e triste. Falou: "O que
foi?" Ela disse: "Eu prefiro que o senhor veja uma mensagem absurda da internet. Falou: "Eu tô fora do computador. A hora que o senhor puder, o senhor vai. Eu tava indo almoçar. Almocei muito mal porque eu não sabia o que era do que vinha. Sabia que os haters estavam aí mandando mensagem para todo lado. Uma mensagem deste atleta de Portugal dizendo que todo o encanto que ele tinha por mim, todo o respeito havia sido quebrado. Aí esta moça escreveu ele, professor não tem acesso à rede social. Você poderia dizer o que é? Ele falou: "É
por causa disso, pela primeira vez eu vou ver um perfil perseguidor anônimo, vergonhoso por nome em janeiro tinha nome @levanteusp, agora o nome é outro, @bolouchevicusp enviou a seguinte mensagem para um atleta de Portugal, de quem eu só me referi uma vez na vida por 15 segundos sem saber o nome. Salve, salve X. é o nome do atleta. Vírgula, apenas para dizer que sou brasileiro e presenciei o mais caro se referindo a ti de péssima forma entre os alunos. Fique atento com esta pessoa. Abraço, camarada. Aí continua. Mas caro tem uma teoria escrota. Olhem o
grau do absurdo da mentira posta pela perseguição, de que toda figura pública que lhe segue e lhe admira, eu vou tomar aqui a vergonha de escrever o absurdo que jamais na vida eu falaria em hipótese nenhuma. E vou tomar aqui a vênia de escrever. Mascaro tem uma teoria escruta de que toda figura pública que lhe segue e lhe admira pasm quer dar para ele. Assim se refere a ti e outros populares como Y, que também não vou dar o nome. Pasmen, sou orientado por ele e posso dizer que é um louco. Aqui a perseguição a
mim chegou a um ponto de degradação insuportável. Porque enviando mensagens para dizer, você tem alguma coisa a dizer contra mais caro? Não vinha nada. Começaram a dizer ele, ele falou mal de você. É, ou seja, o e pode ser o mesmo perfil, né? Possivelmente, possivelmente o mesmo grupo de gente atrás do perfil e eventualmente o próprio veículo de comunicação. Aí eu quero avançar com isto, querido Leonardo. Em setembro de 2024 estoura uma situação absurda com dos mais queridos alunos meus e orientandoos meus, o então ministro do Estado, Silvio Almeida. Eu quero lhes dizer desta situação
absurda. Silúvio querido, 20 anos, meu aluno, ser humano de conduta exemplar, querido por todos, sofre boatos desde meados de 2023 a respeito destas maledicenças sexuais. No mesmo mês começam os boatos sobre o mundo, do mesmo modo, do mesmo perfil, com a mesma mecânica. Eu sei que alguém vai dizer: "Pode ser coincidência?" Pode pode ter tromba de elefante, rabo de elefante e ser mangueira d'água. Mas eu só estou dizendo que houve uma coincidência enorme nos dois casos. enorme. Em setembro de 2024 estoura o caso Silvio Almeida, este ser humano exemplar de luta. Aí toda hora perfis
que mudam de nome. Então nomes daquele período se chamava @luancourt. Este aqui se anunciava como francês, era da França. Uma outra aqui que eu lerei daqui a pouco, porque esta aqui é talvez o caso mais absurdo de todos, se anunciava como do Rio de Janeiro, do estado do Rio de Janeiro. Um se anunciava de Portugal, o outro se anunciava do norte, a outra se anunciava do sul. E todos esses perfis absurdos e haters e perseguidores são do inferno. Um é do da França, o outro é da Portugal. Todos vi eram do inferno. Luan Curt, setembro
posta o seguinte: "Ele não tem o que dizer porque sabe que é o próximo." Então os perseguidores depois começaram a anunciar que havia um engendramento meu com o Silvio e não estou insinuando, estou afirmando. Ou seja, este perfil Luan Curte, deve ser francês, deve ser Luan, etc. Este sujeito não estava insinuando, estava afirmando que eu era o próximo. E então, mês de outubro, no auge do sofrimento, mais uma vez vem a tona um perfil que eu quero que preste atenção nesse nome, querido Leonardo. Esse perfil eventualmente é uma das chaves da indústria do assassinato de
reputação que hoje acabou no Brasil com esta entrevista. Um perfil que tem @instagram pretachacazulu tudo junto. Envia uma mensagem a um orientando meu. Até então nunca haviam mensagem, haviam mandado mensagens a orientandas e orientandos. era alunas e alunos de modo geral ou pessoas que não tinham nenhuma relação comigo. Enfim, ultrapassam a barreira. Outubro de 2024. A mensagem é esta: lhe pediria para não printar ou compartilhar esta mensagem. Olhem que a mensagem começa no esquema da máfia, não tá informando nada, tá pedindo para não printar ou compartilhar esta mensagem que é um pedido de ajuda. Aí
vem o conselheiro Acáio de novo. Porquanto existem orientandos agindo contra a nossa iniciativa em custódia do Arson, queira entenda por custódia o que quiser. Isto posto, vejam que é um é um português castiço. posto, você sabe, os oprimidos se tornam os opressores e é isto que combatemos. Ou seja, não dá para entender nada do que tá sendo dito aqui. Os oprimidos se tornam os opressores. Quer dizer, seria eu o oprimido que estou me tornando opressor? Então ele tá declarando que eu sou um oprimido. Serei muito breve. Então olhem que depois de passarem todos esses eh
parágrafos aqui eh falando que nem uma português castiço, agora ele será breve. Há uma investigação relevante, já está anunciando aqui, sobre diversos casos de importunação, assédio e abusos sexuais do professor recentes e mais antigos. Agora é a prova da indústria do crime do assassinato de reputação, que terão a judicialização das denúncias e indubitavelmente cobertura midiática. Está anunciado. Inúmeros alunos estão colaborando de alguma maneira. inclusive com relatos anônimos quando vitimados. Nós gostaríamos de saber agora mais uma vez a insídia, a perseguição, se o camarada teria interesse em contribuir com algum relato anônimo diretamente para o veículo
que nos guardará com a seguridade de nossas identidades em anonimato permanente. Nenhum aluno saberá a quem pertence cada relato, apenas a profissional que conduzirá a investigação. Uma pessoa do nada estava trabalhando 3 da tarde no escritório de advocacia, quando do nada lhe manda uma mensagem perguntando se ela não quer contribuir com o relato para uma perseguição que levará indubitavelmente a cobertura mediática e o veículo que nos o veículo guardará com a seguridade das identidades. Se o perfil tinha certeza da cobertura midiática, o perfil não pode ser o jornalista ou a jornalista. ser uma questão a
ser pesquisada. Eu quero falar agora, eventualmente do caso mais absurdo de todos. Eu chamo uma equipe de juristas que eu formei, advogadas e advogados, para tratarem do caso da perseguição. Esta equipe começa uma investigação para ver quem era, quem eram estas pessoas. Agora eu vou tomar liberdade, Leonardo, de dizer agora é talvez a mensagem mais impressionante de que eu fui vítima de uma indústria profissional de assassinato de reputação. Quando uma pessoa tem algo contra alguém, espera-se que vá, falar com esta pessoa, vá à polícia ou qualquer coisa ou aos organismos competentes, né, da própria universidade,
eventualmente competentes. E quando alguém tem algo contra mim, espero que desenvolva alguma argumentação em relação a isso. A coisa mais inacreditável que prova que eu fui vítima eventualmente do maior processo de perseguição do Brasil do século XX vem agora. Eu acabei de ler aqui a mensagem que anunciava uma publicação que guardará as nossas identidades em anonimato permanente. Veja como é uma promessa permanente de um perfil chamado Preta Chaca Zulu. uma advogada da minha equipe de defesa, vasculhando na internet, chegou na página 50 e tantos de pesquisa, ela foi uma na um, na dois, na três,
tal, tal e tal. Na página 50 e tanto de Google de pesquisa, ela descobriu uma mensagem do perfil preta chacasulu, que é o perfil que organizou a perseguição contra mim. No dia em que ela descobriu, no outro dia, este perfil apagou a mensagem. A mensagem é de dezembro de 2022. O perfil preta chacaulu mandava mensagens para quaisquer pessoas dizendo contribua com algum relato contrário mascara. Ela induzia, levava a falar e garantia anonimato permanente do veículo que publicará. Mensagem de dezembro de 2022, agora é a mais aberrante de todas. Mensagem para a então indicada futura ministra
da cultura, Margarete Menezes. Agora vem um absurdo. Margarete, exatamente na semana em que Margarete Menezes foi nomeada ministra da cultura, Silvio Almeida, meu aluno, ministro dos direitos humanos e todos os demais ministros e ministras, foi eh foram anunciados dezembro de 2022. Lembrando, Lula tomou posse no terceiro mandato dele, janeiro de 2023, um mês antes da posse. Margarete, sua nomeação me fez chorar de emoção. Gostaria só de deixar registrado que espero que esta grande revolução cultural que Lula quer fazer não privilegie nas artes plásticas este pintor carioca que vem silenciando e humilhando mulheres pretas, cujo nome
eu não vou ler aqui para preservar este artista, mas quem quiser tem reportagens a respeito no 247. Espero que a revolução cultural que vocês farão considere que homens pretos também têm um pacto machista para cobertar machismo. É assédio preto. E nós como pretas não podemos passar pano para isso. Como uma mulher preta, trabalhadora, curadora e pesquisadora, espero que nos que não coloquem mais desse jeito com o sinal holofotes neste macho criado pela família Marinho, que finge peitar os brancos poderosos, mas só faz isso para pedir seu próprio pavilhão, seu próprio sucesso, passando por cima de
pretos e pretas. exclamação. Espero que não coloquem mais desse jeito holofotes neste capitão do mato que silencia mulheres pretas e que coloca a rocinha para caçar os meninos que roubaram sua casa. Acredito muito em vocês e espero que não caiam nas ilusões do que a arte contemporânea oferece. Só uma dúvida, Alisson. Esse perfil, quer dizer, que pratica esse cancelamento em relação a esse pintor, e ele chegou a ser cancelado pelo mesmo veículo de comunicação ou não foi cancelado? Ele também foi alvo de acusações. Nesta época ele começou a pipocar na imprensa e as pessoas diziam
que ele era um pintor polêmico. Uhum. Então eu volto a dizer, espero que não caiam nas ilusões do que a arte contemporânea oferece como um grande gênio, o grande deus, como ele mesmo se chama. Aché preta, um beijo de Bangu, Rio de Janeiro. Então Preta Chacazulu anuncia-se como de Bangu. É Fluminense, é enfim, carioca. De tal modo que Preta Chacasulu, que mandou mensagens para as pessoas aleatórias dizendo: "Tem algo a falar contrário só mais caro vai sair no órgão de imprensa". Não era perseguidor minha apenas. Não era perseguidora minha apenas. Preta Chacazulu era perseguidora profissional
do submundo da internet. Posso dar um palpite? Será que não era uma repórter especializada em cancelamento ou um repórter especializado usando um talvez um codinome? Preta chacazulu? É editor de cancelamento do veículo X ou editor de cancelamento do veículo Y. Fui fazer uma pesquisa porque eu nunca ouvi até então o nome desse artista plástico. Pedi para os meus, por gentileza, façam uma pesquisa e confiram nas minhas redes sociais quantas pessoas acompanham a mim e a essa pessoa. Zero. Perguntei para várias pessoas, vocês já ouviram falar de um artista clássico do Rio de Janeiro, falando de
tal? Não, inclusive eu posso dizer por ignorância nossa, porque é um grande artista plástico, merece muito reconhecimento, muito reconhecimento. Nunca ouvimos falar, não, não pertencia a nada do nosso ambiente. Uma pessoa que eventualmente tem alguma acusação contra alguém, ela pode ter uma acusação contra outro alguém também, via de regra do mesmo ambiente. Trabalho na empresa tal, lá o meu supervisor é machista e o meu gerente é machista. Então são dois da mesma empresa. Um intelectual de São Paulo, professor da USP e um pintor de quadros do Rio de Janeiro. Que raio de conexão é esta?
Não tem ponto de interseção. Não tem ponto de intersecção nenhuma. De tal sorte que aqui estava revelada a máquina da perseguição. Este é um perseguidor profissional ocupado disso. Agora isto aqui é o que se conseguiu pegar. Um dia depois apagou. Quantos e quantos mais havia nesses termos? Eu quero também dizer mais um detalhe. Perfil preta chá azul. No mês em que aqui vai Bolchevique USP mandou mensagem pro jogador de futebol de Portugal julho de 2024 mentindo contra mim. Este perfil, Bolevic USP, enviou esta mensagem e Preta Chacasulu havia mandado três mensagens no mês de julho
que ficaram abertas na internet, só que as mensagens não falavam o que eram. As mensagens diziam assim: "Olá, fulana de tal. Enviei-lhe mensagem inbox". Era o que restou da mensagem, era o que restou da informação. Eu não sei o que estava lá em box. Mandaram mensagem em box. Sabe para quem, querido Leonardo? Para uma jornalista de um veículo de comunicação. Então era a propagação da insídia. Segunda mensagem: "Olá, fulano de tal, mandei mensagem in box para você". Esta segunda mensagem era para um pesquisador de outro estado do meu grupo de pesquisa, uma jornalista, que nunca
tivemos notícia dessa pessoa, de um órgão aí, uma um aluno, um pesquisador de um grupo de pesquisa de outro estado. A terceira mensagem, nós achamos três no mesmo mês que foi enviado isto mentindo de um jogador de futebol. Terceira mensagem, todos nós achamos altamente peculiar. Era para um artista plástico escultor, de quem nunca ouvimos falar também. E aí ficou uma interrogação inteira no grupo de advogadas e advogados que o perseguidor tenha mandado mensagem para jornalista. Ele estava preparando a minha perseguição para uma pessoa do grupo de pesquisa, tava tentando que a pessoa falasse qualquer coisa.
que tem a ver este escultor. Então, quando se descobre essa mensagem para a ministra Margarete Menezes, se entende este é o profissional do cancelamento. A mensagem para o escultor não era para me cancelar, era para cancelar o artista plástico do Rio de Janeiro. Ou seja, ele tinha na carteira, no portfólio de perseguição, vários casos. Então ele operava com várias pessoas. Ou seja, Alisson, quer dizer, claramente, quer dizer, você foi alvo aí de uma coisa eh préconcebida, né? Quer dizer, então o seguinte, quer dizer, precisamos, existe a Delenda Alisson Mascaro, como houve a Delenda Silvio Almeida,
como houve a Delenda Pintor do Rio de Janeiro. Dito isso, quer dizer, aí você passou por esse inferno, deixou, depositou toda a esperança, como você falou. Eh, mas aconteceu uma coisa muito curiosa, que foi o dia 13 de dezembro do ano passado, aniversário do A5. Quando se abre aí o processo da Universidade de, quer dizer, quando eh sai um decreto, se eu não me engano, do governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, governo de direita, né, ou para alguns de extrema direita, é um decreto que dá, na verdade, cobertura para que a universidade faça a
o que tá fazendo com você, né? Eh, e eu quero te perguntar se você se vê nesse processo como alvo da extrema direita, como alvo do imperialismo, porque trata-se de uma publicação eh que não é uma publicação brasileira, né? É uma publicação internacional que se apresenta como de esquerda, mas o cancelamento é claramente uma prática de extrema direita, já que anula o direito de defesa, né? Eh, como é que você conecta esse caso industrial aí que você demonstrou eh aos opositores de extrema direita, aos opositores internacionais e ao perigo que suas ideias eventualmente representam? Isto
é eventualmente o ponto mais decisivo de tudo que se passou, porque esta construção foi feita e ela tinha meta alcançar. Uhum. A máquina da perseguição tinha que chegar ao Qual era a justificativa desta máquina? Diziam que iriam proteger supostas vítimas. Então saia para qualquer pessoa dizer: "Você não quer ser vítima? Está aqui vítima minha". No caso, para Margarete Menezes, estava produzindo vítima de um pintor do Rio de Janeiro e tanta gente mais. É a única vez na história em que a máquina de produção do cancelamento flagrou em ato pessoas produzindo cancelamento para mais de uma
pessoa. Está aqui. E aí eu faço questão, se você me permite, de ler o mais absurdo desta persegção, porque agora começa USP na história. Preta Chaca Zulu em outubro para novembro. Foi a primeira semana de novembro. Foi a semana que acabou outubro e começou novembro. Envia para um psicanalista, não é o meu psicanalista, um outro psicanalista. A seguinte mensagem: Preta Chaca Zulu que perseguiu a um artista plástico do Rio, é o profissional da perseguição. Enviou assim uma mensagem para um psicanalista. É um psicanalista do meu grupo de pesquisa, eu tenho vários no meu grupo de
pesquisa. Nossa busca por você se dá por sugestão de um dos orientandos do grupo, pela enorme confiança em sua pessoa e pela psicanálise. Então, os perseguidores confiam na psicanálise. É uma mentira. Há alunos precisando de amparo psicológico no grupo de pesquisa. Aí vem, olhem que interessante. Caso queira contribuir com um relato anônimo, porque eu estou lendo literalmente, há alunos que precisam de psicanalista. Ah, há é de se esperar. Então, ele vai dizer: "Você poderia atender um aluno?" Seria absurdo, porque é uma das pessoas mais próximas a mim e vão pegar exatamente essa pessoa para defender
alguém. Não é isso que pediram. Caso queira contribuir com um relato anônimo a uma mídia de esquerda que tornará estes casos públicos, conte conosco para fazermos a ponte. Preta chacasolon anuncia que serve de ponte para um uma mídia de esquerda que tornará esses casos públicos. O relato será anônimo. É como é como Fernando Pessoa que tem heterônimos, né? Pode ser o repórter e a ponte ao mesmo pode ser qualquer coisa, enfim. Eh, ponte para o futuro. Esta aqui é a ponte para o futuro da destruição de Alisson Mascar. Ou mesmo se conhecer mais alguém. Então,
vejam, então tão pedindo para um psicanalista para ver se ele conhece mais alguém que tenha experimentado tais situações e que queira se somar aos alunos. Agora vem, guardem. Trata-se de um veículo sério que garante o perene e profundo sigilo dos relatores. O profundo aqui, inclusive, é peculiar, enfim, dos delatores, no caso. Ah, seria relator. Ah, quem fizesse relato. Quem fizesse relato, é relatores barra delavates. Enfim, é, vejam, trata-se de um veículo sério que garante o pereno e profundo sigilo dos relatores. Leonardo, eu dei 5 meses para que quem fosse inumano e quisesse chutar o ser
humano caído, chutasse. Eu dei 5 meses. Eu sofri, minha família sofreu, meus amigos e minhas amigas sofreram, minhas orientandas e meus orientandos sofreram, pessoas queridas sofreram. barbaridade. Eu deixei chutar porque o ser humano quando tem a faceta má, ele chuta quem caiu. Agora eu vou lhes dizer o perfil preta Chaca Zulu que perseguiu a mim, a um artista páscoa do Rio de Janeiro e volto a dizer, não tem relação nenhuma uma com o outro, é um profissional da perseguição, é crime o que fez o perfil preta chakra azul manda para uma pessoa qualquer, a ESMO,
quer contribuir com um relato anônimo a uma mídia de esquerda que tornará esses casos públicos. Conte conosco para fazermos a ponte. Trata-se de um veículo sério que garante o pereno e profundo sigilo dos relatores. Que confiança, né? Que que proximidade com certeza? Agora eu lhes pergunto, agora é eventualmente o ponto mais sério de todos. The Intercept, órgão dos Estados Unidos do imperialismo, buscou abalar minha dignidade, minha reputação e um dia antes do mal que cometeu, mandou um e-mail protocolar sem dar qualquer notícia que eu pudesse dela fazer qualquer posição pessoal de defesa. Você tem a
mensagem que chegou do aí, não da pretas chácaras do Lu, mas do repórter ou da repórter dizendo: "Olha, temos a seguinte matéria, você tem até tal hora para se manifestar?" Tenho. E o que? Casos que eu não consigo entender quais são, não diz nome de ninguém em situação nenhuma. É impossível eu falar qualquer coisa daqueles fatos. Eu vou falar daqui a pouco, até porque era uma era um pedido de posição protocolar, era um outro lado protocol. Eu vou falar daqui a pouco do desses casos de Intercept valeu-se de no mínimo 15 meses de perseguição sistemática
e atroz eu estava quieto cumprindo a minha vida e começaram as mensagens. Fale algo contra mais caro. Fale algo contra mais caro. As pessoas diz por que algo? O que que eu tenho que dizer? Esta minha aluna, fale algo contra ele. Meus alunos, falem algo contra ele. E foi e foi e foi. Preta Chaca Zulu perseguiu mais alguém além de mim e disse que mandaria para uma mídia de esquerda que tornará esses casos públicos e ela, Preta Chacasu, fazer a ponte, veículo sério que garante peren profundo sigilo dos eh eh relatores. Eu anunciei a The
Intercept que eu estava sofrendo perseguição. Havia investigação policial, havia processos judiciais com decisões favoráveis a mim. The Intercept sabia disto porque eu informei e tinha feito vídeo. Depois eu falo também disso em público. Nota pública de Intercept. Foi pesquisar quem era preta Chaca Zulu que me persegui me incidiou. Não teve algum interesse em saber quem era essa pessoa que induzia que no submundo me difamava, mentiu contra mim? Nenhum interesse. Zero. Queria me assassinar de intercept. Agora, querido Leonardo e as senhoras e os senhores que me acompanham, eu faço a pergunta. se de intercepte, tendo sido
informado por mim e pelos meus advogados de que eu sofria perseguição, sabendo que havia processos judiciais para investigar os perseguidores, sabendo que havia investigação criminal e policial contra os perseguidores. CD Intercept mesmo, sabendo de tudo isso porque sabia, tinha vídeo meu que naquela semanas antes havia chegado em uma semana 100.000 visualizações falando no canal lá que posta os vídeos meus tinha nota pública, etc e tal. seintercepte, não fez nenhum movimento para investigar a causa de todo este processo de tentativa de destruição da minha imagem. É esta reportagem que fizeram contra mim, a reportagem mais infame
da história, porque eles sabiam que havia preta chakra zulu. Ignoraram. É mais ou menos como haver um elefante numa sala e intercebe pegar uma lupa e tentar ver se tem uma poeira no rodapé. Eu tenho outra interpretação, mas tudo então vamos lá. A primeira hipótese é esta: C de intercepto. Sabendo que havia preta chacul não se dignou a querer saber quem era preta chaka Zulu que está provado aqui a série de crimes que cometeu o meu caso. Então, Leonardo de Intercept cometeu o caso escola base do século XX. C de interceptulu? Que é a minha
hipótese? Então, o meu caso não é a escola base do século XX. A escola base é o caso Alisson Mascara do século XX, porque este é o maior escândalo internacional do jornalismo do século XX. um perfil profissional por 15 meses. Eu sou um professor universitário, eu não sou presidente da República, eu não sou ministro de Estado, eu não sou dom de empresa, eu não sou dom de multinacional, eu sou um professor. Mas você por 15 meses. Mas você é um professor que anuncia, por exemplo, o colapso do capitalismo, que anuncia uma eventual revolução brasileira, que
anuncia a chegada eh irrefriável do socialismo em algum momento. Quer dizer, eh, e essas ideias aparentemente utópicas, elas podem ter um tempo histórico que se aproxima, né? Eh, então de alguma maneira você foi escolhido para ser um alvo por essas ideias, por você falou múltiplas razões no começo da entrevista, por uma questão de inveja, por isso, por aquilo, pouco importa. Quer dizer, o fato é o seguinte, quer dizer, você se tornou um caso raro de um intelectual público marxista de alcance, né? Então isso faz diferença, né? E aí você tem eh um veículo que se
apresenta como esquerda, mas eh conectado ao chamado imperialismo, vamos dizer assim, né? Quer dizer, eh e com o histórico, né? Quer dizer, que não não começou com Alisson Mascaro, já tem outras coisas, já tem a própria Lava-Jato, enfim, quer dizer, coisas que vê de de longa data. H, a minha interpretação, se você me permite, depois de tudo que você falou, é que no fundo, no fundo, quer dizer, foi uma pescaria de longo prazo. Quer dizer, você já era um alvo muito há muito tempo, muito antes de saber que era um alvo. Isso já tava sendo
acontecido, porque esse precisa ser eliminado, aquele precisa ser eliminado, eh, para, na verdade, conformar a chamada esquerda a um perfil de esquerda compatível. né, que não seja revolucionária. É, exatamente. Quer dizer, então é é a esquerda que alguns chamam de identitária, que alguns chamam disso ou daquilo, liberal, liberal, neoliberal, inclusive, eh, pró Lava-Jato, pró junho de 2013, todas essas coisas vão se conectando, né? Porque, eh, eh, uma coisa até que nessas lives aqui a gente aprende muito, né? E eu aprendi com o Pep Escobar, é a teoria que ele fala lá da teoria da dominação
do espectro total, né? Então o império domina pela direita, pela esquerda e pelo centro. Quer dizer, você tenta cooptar todas as mentes. E se aparece, por exemplo, uma esquerda não compatível, ela tem que ser eliminada. É até uma direita que poderia ser não compatível. Se a gente tivesse, por exemplo, uma direita no Brasil que não fosse entreguista, que fosse nacionalista, eh, e defendesse, sei lá, bandeiras aí radicais de segurança pública, ela também seria uma direita indesejável, né? porque ela também seria de alguma maneira contrária à dominação, eh, essa dominação que vem de fora para dentro.
Então, queria uma reflexão sua sobre o papel desse órgão de comunicação e como é que ele se insere nisso. Eu quero dizer claramente, existem duas possibilidades. O ataque que fizeram a mim ou ignorou, ignorou que preta chacazulu me perseguiu por 15 meses, perseguiu mais gente que não tem nada que ver comigo. É um profissional da insídia, da intriga, do assassinato de reputação. ignorou a reportagem feita por The Intercept. É o caso escola Base do século XX. Você sabe quem é preta Chacasulu? As mãos estão sujas de sangue para todos os tempos porque o impacto disso
na minha imagem, na minha reputação, é incalculável. De Intercept só tem duas hipóteses de fala. Já vou anunciando inclusive. Não adianta amanhã tentarem sair pela tangente dizendo assim: "Vamos agora pegar uma vítima anônima de Alisson Mascaro, vamos colocar um papel de seda aqui, contrata um ator e chora". Não adianta cortar vídeo de 2 minutos para ampliar anonimato. Al, já teve tempo suficiente, né, para aparecerem as vos. Isso aí. Não adianta sair pela tangente. Só tem uma pergunta fundamental. Preta chaca zulu me incidiou. mentiu, cometeu crimes por no mínimo 15 meses. Eu vou dizer no mínimo
porque podia fazer já há mais tempo e eu que não sabia. The Intercept sabia de Poita Chacas Zulu. Se não sabia é a mais porca reportagem jornalística feita para destruir um ser humano. E se sabia parte do mecanismo. E se sabia tem as mãos sujas para todo sempre. Só tem duas hipóteses. Não sabia e é a reportagem mais porca do século XX. Sabia e é a mais suja das reportagens do século XX. Em direito, nós dizemos tercios dator. Terceira opção não é dada. Ou não sabia e é a reportagem mais indigente já feita. Ou sabia
e é a reportagem mais absurda que o imperialismo já cometeu. Permita-me dizer uma coisa, vai me doer. Ou é que não sabia e absurdo, ou é que sabia e a mais suja reportagem já feita. Terceira opção não é dada. Eu declaro hoje cheque mat. E saiba, querido Leonardo, que ao dar aqui em público a você, a TV 247, o cheque mate ao imperialismo, eu sei o que isso representa na minha vida. Eu sei o que a máquina de milhões e bilhões de dólares do imperialismo representa. Paga jornalistas, paga ONGs, paga empresas, paga pessoas, paga comentários
internet, tudo pago. Não que tudo seja pago, mas também pago. Eu sei o peso que é darque mat no imperialismo. Vocês destruíram na história do imperialismo pessoas e pessoas e pessoas. Às vezes elas eram flagradas do nada o imperialismo vinha lá e destruía o botão de destruição. Tanta gente foi destruída. No meu caso, eu consegui pegar o rastro de vocês. Preta chacas do lupu a mais alguém além de mim. Não é vítima minha, não é alguém que tenha inventado aí alguma coisa porque se conversou comigo, perseguiu sistematicamente, profissionalmente pessoas. Se de intercept, sabendo que Preta
Chaca Azulu existe, não fez nada para investigar, é cúmplice. Se sabe quem é Preta Chacas Azulu, é a gente ativa da destruição de um intelectual crítico de esquerda e revolucionário. Não tem opção. Volto a dizer, não adianta amanhã fazer videozinho ou pedir para a imprensa amiga fazer videozinho dizendo Alisson Mas caro está ignorando todas as as benesss das lutas, etc, etc. Só tem duas respostas. Eu dei cheque mate no imperialismo. Eu sei o quanto me custa a partir de hoje ter dado cheque mat no imperialismo. Vocês não vão destruir minha reputação. Eu enfrento. Bom, Alisson,
você já demonstrou, né, com essas mensagens que você trouxe aqui? que você foi vítima de um processo industrial de cancelamento. Quer dizer, não foi uma coisa casual, não foram supostas vítimas que rel porque na verdade é o seguinte, se houvesse vítimas, pra gente ser bem sincero, poderiam ter ido à polícia, poderiam ter ido à universidade, poderiam ter ido a um veículo de comunicação e aí o veículo de comunicação abre uma matéria e um jornalista começa a procurar outras pessoas, não usa um perfil anônimo para isso, que persegue outras pessoas também, né? Quer dizer, então existia
um mecanismo eh que tá conectado a um veículo de comunicação internacional. Eh, eu queria te perguntar agora sobre questões assim mais pessoais, né? Quer dizer, você foi acusado de assédio sexual, né? Então, a sua sexualidade, a sua vida privada foi tornada pública da maneira mais absurda possível, né? Eh, e você, na verdade, sempre preservou a sua intimidade. Eu sei que você, por exemplo, começou a refletir, a pensar e a escrever a respeito. Eh, por que que você acha que você foi atacado no campo da sexualidade? E como é que você acha que, por exemplo, isso
atinge a sociedade brasileira de maneira geral, incluindo a própria esquerda? podiam tentar ver para me destruírem se eu era corrupto. Dinheiro público não passa pela minha mão. Eu sou um professor da USP. Eu não sou um administrador de contas da USP. Ah, mas será que ele não ganhou um computador da USP e levou para casa? É aquela história em que a tragédia é tão boa, a USP nunca deu computador para professor, então não tenho nenhum computador para levar para casa. E se eu levar o giz da lousa também não faço nada com o giz. Então
não tinham como me pegar na minha vida pública. Ah, será que ele dá meia aula e vai embora e para descansar? Eu era conhecido às vezes de atravessar o intervalo da minha aula. Eu continuava dando aula, chegava outro professor e tinha que sair da aula, porque eu dava aula até um pouco mais, tinha que ser expulso da sala. Tinha que ser expulso da sala. Será que é pouco aluno na sala? Meus cursos frequentemente tinham mais gente ou vendo na sala do que o número de cadeiras. Gente sentava no chão. Não tinham o que me pegar
na minha vida docente, pública, etc. e tal. Ah, no começo tentava fazer isso. Ele é comunista de terno e gravata. Até o dia que eu fiz a conta numa ocasião de quanto custa uma camiseta que rasga em três semanas e quanto custa um terno. Os meus ternos, meu corpo nunca sai de forma. Tem 20, eu tenho terno de 25 anos. Sai mais barato terno do que camiseta. Então terno não quer dizer nada em termos de incoerência revolucionária. Pelo contrário, enfim. Uma vez uma pessoa perguntou para mim em público numa plateia de 500 pessoas, o senhor,
tudo que o senhor fala, eu concordo que o senhor fala de revolução, etc e tal, mas o senhor usa terne gravata. Eu uso ter gravata porque eu sou um jurista. Eu perguntei, qual que é a única coisa que o senhor tem contra mim? O senhor usa terna gravata e das minhas ideias, eu concordo com tudo e da minha posição pessoal de luta, concordo com tudo. Falei, é o raro caso em que uma pessoa tem um problema só pro senhor que se resolve em 15 segundos. Ele disse: "Eu não entendi". Falei: "O problema que o senhor
vê em mim, eu resolvo em 15 segundos". Falou: "Qual é?" "Eu tiro a roupa, acabou". Só que agora vem a questão. A vida inteira eu fui um homem, um pensador da libertação social, da libertação da plenitude da ação humana de transformação do mundo. A vida inteira eu lutei pela transformação social das condições econômicas, políticas, ideológicas, sociais. Eu considero que a humanidade no capitalismo é infame em termos de afetos, sentimentos. É uma humanidade toda feita para a fragilidade dos laços de amizade, de afeto, de carinho, de pertensa. A vida inteira eu falei em favor da libertação
sexual e erótica. A vida inteira escrevi, não só falei. Tem vídeo, tem aula e tem livro. Muito cedo na vida eu descobri grandes gênios da explicação da sexualidade humana. Freud, Vilan Rich, Lacan, Jaque Lacan, Zigmund Freud e tantas e tantos outros mais. Nis da Silveira aqui entre nós no Brasil. A vida inteira lidei com esses grandes referenciais. Eu orientei um mestrado, uma pesquisa sobre Viran Rich muito cedo na minha trajetória de orientação. A vida inteira eu falei sobre a necessidade da sociedade suplantar o moralismo viv covarde que mata as pessoas. Mata as pessoas. Tinha uma
razão para as pessoas poderem fazer carnaval e trazerem relatos anônimos e coisas mais sobre mim. Se eu fosse hipócrita, se eu fosse hipócrita, até é possível pensar uma razão política para dizer, ele que fala contra bissexuais, gays, lésbicas, vamos desmascará-lo. A coisa mais absurda do mundo é que eu falei a vida inteira em favor da libertação erótica e sexual. Em favor. Mas você sempre preservou a sua a sua privacidade. Sim, porque nunca me permiti ser objeto de escárnio, nem de fofoca e curiosidade de qualquer pessoa. Você acha que se, por exemplo, a sua vida sexual
fosse outra ou de certa maneira mais pública, isso suplantaria o peso das suas ideias? A minha luta é como intelectual e como a minha coerência pessoal com as minhas ideias. Eu nunca tirei foto de um prado de comida para mostrar que eu como. Não considero que a humanidade vá para um caminho razoável quando as pessoas vivem das migalhas da sua privacidade para fazer likes a partir daí. Mas a partir do momento em que isso se torna público, isso agora vai mudar a sua atitude como intelectual, a sua maneira de se colocar no mundo ou não?
ou isso, porque isso se tornou público da maneira mais perversa possível, viu? Viu violenta possível. É óbvio que um ser humano que é atravessado pela vilania, esta pessoa fica de um modo profundamente abalada, abalado. Essa pessoa se abala com o que acontece. Eu tenho orgulho do meu afeto e da minha sexualidade. Você se sentiu ou se sente vítima de homofobia? Sim, obviamente. Eu sou um homem bissexual e a sociedade não consegue suportar a hipótese de que eu não pagasse um preço por isso, de que as pessoas se encantassem por mim. Era preciso que eu pagasse
um preço. A própria esquerda é homofóbica, sim. E a própria esquerda que defende supostamente os homossexuais. Sim. Eu posso dizer que no meu caso, impressionantemente, tanta gente da luta LGBT veio comigo em total apoio, porque me tem como uma figura referencial, me tem como apoio mesmo. Enfim, é uma figura que se for destroçada qualquer um será. Mas não havia cobrança assim, por exemplo, porque tem uma questão, Alisson, que as pessoas falam assim, que dizer: "Ah, o Alisson, então ele é reprimido, ele não saiu do armário, por exemplo, não, contrário, enfim, não, mas enfim, mas porque
a sua postura pública não é assim aquela o que é o estereótipo, por exemplo, né? Sim, até porque o estereótipo é a presunção do preconceito de que toda pessoa tem que ter o estereótipo. Cada um tem a sua sexualidade desse do seu modo. Inclusive, eu penso que a sexualidade do ser humano, tal qual a Pscanales já descobriu, é uma sexualidade tão plena em termos de potencial que todas as pessoas têm afeto com qualquer ser humano possível. Isto é uma primícia do ser humano. O que o eu também tenho essa mesma percepção, o que vai levar
à concretização não é o grau de repressão que as pessoas se impõem pelas mais variadas razões. E exatamente porque eu pregava em favor da libertação dessa repressão, eu sou um perigo, porque não me conseguem colocar num quadrado pelo qual dizem: "Fica ali e ali se limite". Exatamente. Eu sou um perigo porque eu anuncio para as pessoas que o afeto pode ser pleno de qualquer modo possível. E aí isso é um perigo. E uma questão importante, né, só para como você foi vítima de uma de um cancelamento conectado a esse tema, eh você pode assegurar que
todas as pessoas com as quais você se relacionou, sejam homens, mulheres, foram relações consensuais. Eu inclusive disse isso objetivamente, porque o último assunto que eu quero tratar é o que envolve a universidade. Eu disse objetivamente a universidade. Eu só mantive relações afetivas com quem quis mantê-las comigo. Isto é um dado incontornável. Dois, qualquer pessoa que tenha manifestado qualquer incômodo com qualquer contato comigo ou meu, eu nunca avancei uma casa se fosse nesse contato. Jamais. Três. Eu jamais troquei nada por afeto. Me repugna uma coisa nesse nível. Um benefício acadêmico. Benefício acadêmico. Dinheiro, qualquer coisa. A
matéria fala que você até teria influência em tribunais. Descobrir que eu sou eu sou um comunista. Só tô para descobrir como é que eu influencio, você nomeia ministro do Supremo, né? Mais ou menos isso. Quase isso é que a maioria de direito, inclusive. Então o que eu quero dizer é que exatamente porque não conseguiam me colocar numa caixa que venha dizer: "Ah, ele é um perigo". Tinha que me destruir da forma mais infame. Qual é a forma mais infame? Supostos supostas narrativas de gente anônima e coisas assim. Pânico moral e homofobia. Pânico moral. Homofobia, Pânico
moral. Macartismo. E agora eu vou anunciar. O problema é que no século XX, quando a esquerda deixa de lutar causas concretas, condições econômicas da nossa gente, da classe trabalhadora, condições sociais de luta, então restam apenas farisaísmos de protocolos absurdos de moral. e a esquerda liberal, porque é a liberal, esta esquerda liberal, que nem é devia chamar de esquerda, enfim, é o neoliberalismo dito progressista. Esse neoliberalismo progressista se tornou uma das margens do macartismo. A outra margem é a extrema direita. Os dois são macartistas. Você vê algum paralelo, Alon, entre cancelamento, macartismo e o sionismo? Eu
tô te fazendo essa pergunta porque isso aconteceu também no momento em que há um genocídio em curso na Palestina. E eu, por exemplo, quer dizer, ao longo desse processo, em vários momentos, eh, eu me manifestei em sua defesa, né? Me chama muita atenção quando apareceu um personagem da extrema direita sionista para, não vou nem citar o nome que não não vale a pena, mas que veio fazer a nunca interagiu comigo na vida, mas veio fazer a defesa das supostas vítimas dos abusos, né? Eu achei estranho essa pessoa entrar e eu fiquei pensando porque, e por
que que eu te pergunto o sincionismo, né? Porque o antissemitismo foi é uma forma primitiva de cancelamento também. Se a gente lembra, por exemplo, do Jeremy Corbin, líder trabalhista britânico, eh, que tinha grandes possibilidades de sucesso na sua cruzada contra o capitalismo, e ele foi, como é que encontraram uma maneira de destruí-lo? Não tinha uma questão da sexualidade, não tinha uma questão de corrupção, então antissemitismo, né? Essa foi a questão. Eh, é uma forma de cancelamento também. Como é que você vê isso? Quer dizer, você acha que há um paralelo? Eu acho, creio inclusive que
há duas margens extremamente sólidas e fortes da regressão social no século XX, do reacionarismo. E vocês vão assustar com isto. Uma das margens é o reacionarismo, como nós conhecemos. Toda posição reacionária de mundo que vi de regra representada pela extrema direita. Está aqui. Pasmem. Por que não deixam crescer as hipóteses efetivamente de luta transformadora? O que passa por esquerda, que é direita, mas passa por esquerda, é a posição do neoliberalismo. Esta posição neoliberal é tão reacionária como aquela chamada reacionária. Só que ela tem para alguns casos uma volta a mais e um perigo a mais,
porque ela não se anuncia reacionário, ela se anuncia exatamente update, progressista, enfim, atualizada. E o que ela representa? Representa a perseguição a quem contesta os ganhos econômicos desta esquerda neoliberal. Quem contestar isto será destruído de qualquer modo. No meu caso, precisaram de 15 meses no mínimo, cabucando, dizendo: "Você tem algo a dizer? Você tem algo a dizer? Olha, ele falou mal de você. Aí, então as pessoas mentiam dizendo que eu xinguei alguém e daí a pessoa se abala, a pessoa repensa qualquer coisa, etc e tal." Um grande jurista chegou a mim e disse: "Você mereceu
uma medalha". E por quê? Porque você é o caso que ficou mais tempo sob mira da lupa, do microscópio dos perseguidores sobre a sua vida privada. para chegar nesse final e conseguirem alguns casos anônimos, absurdos, absurdos no sentido inclusive de que alguns não tem nem pé nem cabeça. Eu preciso que passe um traço para dizer dada a narrativa, que que se infere disso? Porque eu não consigo entender qual é a crítica a essa narrativa. Alguns são, inclusive histórias eróticas que muito mal escritas. Enfim, é, não tem fim. Enfim, tem que ter um um finalmente, enfim,
é só um um esboço. Por que tudo isto se dá? Porque a esquerda liberal é tão reacionária quanto a direita. Porque o maquinário da reprodução do capitalismo que envolve geopolítica, que envolve sim os preconceitos sociais estabelecidos, o partido democrata, que é a base do neoliberalismo progressista, é tão péssimo quanto o republicano. Peguemos as guerras do imperialismo. O democrata faz algum favor paraa libertação geopolítica do mundo? Pelo contrário, se duvidar é pior paraa geopolítica do que o republicano, que também é outra coisa, é competição de péssimo. Enfim, é, eh, agora o troféu tá com esse, tá
com aquele, coisas mais de tal sorte que toda vez que se pega alguém para se fazer de vítima, dizendo agora vai ser o alvo do sistema, essa pessoa desmorona. queriam me desmoronar, queriam atacar minha sexualidade, queriam inventar coisas, queriam produzir coisas. Quem produziu contra mim, produziu contra mais gente. No mesmo assunto, inclusive este artista plástico do Rio de Janeiro, o assunto era questões sexuais. Pois bem, vocês tentaram e vocês não imaginavam que um pensador que defende o que faz, que era o meu caso, que defende a libertação, havia uma coerência erótica, pudesse olhar para esta
carta maligna que vocês lançaram à mesa. Estou pegando agora a carta, dando em cima e dizendo o truco como eu fiz com Preta Chaca Zulu. as reportagens malignas ou desconhecem quem é. E eles são os piores tipos de jornalismo já produzido na história da humanidade, porque não vira o elefante na sala ou se conhecem, são a desgraça. Eles são o mecanismo. O mecanismo. Então eu quero lhe dizer, querido Leonardo, no meu caso, não vale a pena esta tentativa de dizer a respeito à sexualidade dele, seria polêmica, porque nós aqui estamos trazendo alguns relatos anônimos. Eu
vou lhes dizer com toda a sinceridade, um grande jurista, dos maiores do Brasil, de um dos grandes órgãos do sistema jurídico do Brasil, pediu para me ver pessoalmente uma visita ilustríssima. Esta pessoa chegou, eu estava muito dolorido com tudo que estão fazendo contra mim. Deu minha mão, me abraçou, disse assim: "Que história mentirosa e mal contada esta para te destruir? deviam mentir por menos, porque mentiram muito nessa história sua. Qual é a fórmula será que eles pensaram para chegar numa história tão escabrosa quanto esta? Eu quero dizer aqui explicitamente, só tinham relatos que não levavam
a nada, não são crime, não são nada. Ah, um dia eu acho que eu olhei para ele, olhou para mim, senti que isto era um flert. Isso não é crime para nada, para absolutamente nada. Como isso aqui não rende uma história, vem uma história de Intercept, é a cabeça da reportagem. Esta história é tão maligna, é absurda, que ela será contada para daqui 100 anos a história mais escandalosa da acusação que pode ser feita contra um ser humano. Eu não vou repetir os termos dela, não merece ser repetida. Esta história é a mais maligna que
alguém possa ter imaginado. Contratem um escritor de dramaturgia de ficção, menos inventador de histórias tão absurdas assim. Vejam se a Janette Claire ou Dias Gomes, nosso camarada comunista, deixou algum sucessor para ver se conta uma história que pelo menos tem algum grau de plausibilidade. É um horror. Só que vocês estão achando que isto é um horror, que eu vou ter vergonha. Eu vou olhar para a história e olhar no olho de vocês. Eu não fiz o que vocês estão acusando. Esta história maligna que abre a reportagem de vocês. Vocês têm condição de provar que eu
quis essa história é sem pé nem cabeça. Se vocês não têm, não adianta vocês imaginarem a prove que você não tem. É o que se chama de prova diabólica. Como é que eu vou provar uma coisa que você está dizendo? Se alguém chegar para a Ah, então ouvi falar que o Papa roubou ostensório. Papa, prove que você não roubou. Vim, a pressão que a pessoa tem que provar que o papa roubou ostensório. Esta questão ficará para a história. E vou dizer mais. Se vocês quiserem continuar com esta ladaainha, a Arisson Mascar, um homem bissexual que
ama todo mundo, vamos destruí-lo porque ele ama todo mundo. Se avançarem um pouco mais, se avançarem um pouco mais nisso, avancem um pouquinho mais, um pouquinho mais. Eu viro senador, porque eu ouvi falar do [ __ ] o rapper, que não existe amor em São Paulo. Você ouviu falar disso? São Paulo e a Grande de São Paulo tem 22 milhões de pessoas. Se não existe amor em São Paulo, tem uns 15 milhões de pessoas em São Paulo carentes. Se vocês começarem a esparramar muito, que eu amo a humanidade inteira, eu viro o senador, esparrame um
pouco mais, eu viro o governador do estado de São Paulo, porque é assim que é a história de que vocês andam por aí tentando, enfim, eh, destruir a minha imagem. Volto a dizer, ou nós libertamos o tempo histórico do século XX deste moralismo infame, que é uma economia do moralismo para destruir pessoas, ou libertamos isto ou não sai a transformação do século XX. As pessoas estão carentes. Eu volto a lhes dizer, se eu tendo uma vida profundamente coerente, honesta, digna, eu nunca escrevi o que não fosse em favor da libertação sexual. Se resolvem brincar comigo,
o que não fazem com o ser humano numa esquina? Ô, ô, Alisson, eu já vivi e já acompanhei dezenas de casos de assassinatos de reputação eh na minha vida profissional como jornalista. E sempre tem uma uma coisa que é muito comum, que é o seguinte: as pessoas que são vítimas desses processos, elas acabam tendo um processo de transformação muito interessante, porque elas descobrem solidariedade onde elas não esperam, e também encontram o silêncio onde elas esperam solidariedade. Isso aconteceu com você muito. Esta talvez seja a experiência mais reveladora da vida. Antes de eu falar do último
caso, que é tão chocante, porque com o último caso eu vou montar, desmontar a indústria do cancelamento. Falta mais um e eu falo daqui a pouco. Um dia, vocês sabem, eu tenho muita aula, muita conferência minha sobre estética, música. Sou um homem da arte, faço gravura, faço escultura. Um dos maiores compositores que eu conheço da música erudita foi um homem do estado de São Paulo, nascido no interior de São Paulo, caipira, como eu sou, nascido no interior, Camargo Guarniier. Há quem diga que o Brasil teve dois grandes compositores que entram pra história do mundo junto
com Mozer, Betoven, Merfim Katatunian, Chustakov e etc, Rams, etc. Brasil teria dois, Vila Lobos e Camar Guier. Esses dois entram na história do mundo. Pois bem, Vila Lobos é do Rio, Camar Guinier é de São Paulo, do estado de São Paulo. Camar Guanier, homem genial, fundador da Orquestra Sinfônica da USP, Camar Gnier é quem eu tanto admiro. Eu acho que nunca na vida eu passei uma semana que fosse em ouvir uma composição de Camar Guinier tirando as semanas infames do meu cancelamento, quando não tocou uma música na minha casa para eu ouvir. Era tanta dor
que eu não podia suportar a música. Camar Guaner foi um compositor magnífico. Por um acaso ele era filho de imigrante italiano. Em São Paulo havia um maestro, não era compositor, regente de orquestra, que também a ele se dá o nome de maestro, como um compositor se dá o nome de maestro também. maestro, mestre, o mestre da música, nome genérico. Este maestro reagente chamava Eduardo de Guarniere. Era um italiano também, descendente italianos em São Paulo, mesmo sobrenome dele, ele era Camargo Guarniere e o outro era Eduardo de Guarniieri. Camargo Guaraniier era maestro e compositor, o outro
era maestro. Pois bem, um dia morreu esse tal Eduardo Guarnierei, Eduardo de Guarniere, que era maestro. chegaram ao estado de São Paulo, era mais velho que o Camaro Guarni, e disseram ao jornal Estado de São Paulo, morreu o maestro Guarniieri. O estado de São Paulo ficou chocado e fez três páginas em homenagem, homenagem ao maestro Camar Guinieri. Em sabendo que o Estadão estava fazendo a reportagem da morte do Camar Guiniieri, todos os demais jornais do Brasil fizeram. Um dos maiores musicólogos do Brasil era do Rio de Janeiro, ficou sabendo por um dos jornais do Rio
que morreu com Camar Guier. Era grande amigo do Camargo Guiniero, mas anos antes haviam brigado por razões quaisquer. Não se falavam mais. Escreveu um texto audatório. Camarganiere, meu amigo tantos anos, um dia, por uma desavença besta de qualquer coisa, a gente brigou e eu hoje me arrependo porque como eu gosto dele, tal, tal, tal, tal, tal. Naquela manhã acorda Camar Guarniieri, chegam os jornais, páginas e páginas de vários jornais sobre a sua morte. Ele disse: "Eu fui a única pessoa que em vida sei quem gostava de mim, quem brigou comigo e se arrependeu, quem não
falou nada da minha morte, etc e tal". Ele criou uma pasta e falou: "Minha morte". Eu vou lhe dizer uma coisa, querido Leonardo. Eu tive uma experiência que nenhum ser humano tem. Me mataram em vida. Eu vi dia a dia que fazem com a infâmia do ser humano. Tinha gente que se calou. Houve gente que se calou, houve gente que vibrou. A inveja, a inveja é um dado muito agudo, dos piores recônditos do ser humano. Já dizia o ditado, a inveja matou o Caim. de tal sorte que se vê muita baixeza humana. Inclusive essa baixeza,
eu sou um professor de teoria filosófica também de psicanálise. O Freud uma vez disse: "Quando José fala de João, ele fala mais dele, José do que de João." Porque as pessoas para especularem com quem eu saio, enfim, ele sai com mulheres, com homens, como é que é? uma vez cada um, quem ele come, qualquer coisa dessa. Essas pessoas não querem saber de mim. Essas pessoas estão reagindo inconscientemente as fantasias delas. Elas querem saber o que elas podem ou não podem fazer na vida, o certo e o errado. Então, pega uma figura relativamente, conhecida, se ele
faz, enfim, qualquer coisa assim. Mas eu quero lhe dizer, querido Leonardo, eu vi a minha morte em vida, minha morte simbólica. Eu tive uma experiência como a do Camaro Guarniere. Eu pude ver, é uma experiência raríssima essa na vida de um ser humano, que ele seja morto simbolicamente e sobreviva. Eu vi a baixeza humana trágica. Guardem, eu não vou me ocupar dela. Ela não merece nenhuma fala minha. Toda pessoa que chutou um caído, o nome seu não entra pra história. Não entra. Não entra de modo nenhum. Eu tive, querido Leonardo, meus Judas Iscariotes. Quando passaram
algumas semanas deste festival de perseguição a mim, depois de 15 meses de insídia, eu precisei retomar as minhas leituras. Eu precisava avançar na minha elaboração pessoal do deserto que eu atravessei. Eu vou lhe contar o que eu fiz em termos de leitura. Um dia, passadas 3 semanas e meio da maligna reportagem de intercept, que eu volto a dizer, ou desconheci a perseguição que eu sofri e a mais porca reportagem já feita. ou conhecia e a mais maligna reportagem já feita. Dou a chance de você escolher o lado que você quer ficar e não adianta vir
com terceira forma de fala que ah, vou falar mais da vida dele. Não adianta um pouco mais eu vi presidente da república se vocês falarem que eu tô distribuindo amor à vontade. Eu quero dizer, passei três semanas e meia sem ligar uma televisão, sem ouvir uma música. Na ocasião em que Dcept perpetrou o seu ato maligno contra um ser humano justo e digno, estavam em minha casa alguns orientando os meus e orientandas. O meu psicanalista veio à minha casa. Estava silêncio. Eu vi que eles olhar se olharam entre si, mexendo no celular. Perguntei, eles publicaram?
Sim, duas horas depois da minha resposta, dizendo que eles deveriam investigar a perseguição que eu sofri. Investigaram em duas horas? Nada, estava pronto. Era só me matar. Eu peguei o meu celular, dei na mão de orientando meu. Não voltou a minha mão até agora. Eu recebi milhares de mensagens. Eu quero dizer a todas e todos vocês do Brasil e do exterior, eu sei que vocês me inscreveram, eu não peguei na mão meu celular para eu sobreviver. Eu sobrevivi e eu vou agradecer a cada uma de vocês e a cada um de vocês. Cada mensagem que
me diziam, eu dei a senha do meu celular para 15 pessoas. 15 está com vocês. Eles me diziam: "Fulana mandou uma mensagem. Fulano mandou uma mensagem. Aquilo me fazia viver. Eu era um peregrino da minha dor no deserto e alguém pingava uma gota d'água para que eu vivesse. Eu quero agradecer muito a todas e todos vocês. Eu não esperava tanta gente que me apoiava. Ontem, ontem mesmo, por um acaso, Leonardo, eu tive que fazer uma operação no computador porque teve algum problema. Eu tive que abrir uma recuperação de senha. Eu estou evitando todos os e-mails
como mensagem de internet, de celular, qualquer coisa. Eu abri uma caixa de e-mail que eu abro raramente e eu não sei nem como as pessoas poderão chegar a esse e-mail. Abrir a caixa de e-mail para recuperar uma senha. Pois bem, hora que eu desço mensagens e mensagens e mensagens, uma procuradora de 70 e tantos anos que em dezembro mandou uma mensagem para mim. Eu sou uma jurista. formada e pós-graduada no Largo São Francisco. A minha total solidariedade pelo que fizeram para destruir a sua vida. Uma mensagem, outra pessoa, mais outra, mais outro, mais outro, mais
outra. Eu cheguei depois de três semanas em silêncio, sem celular, olhei pra minha biblioteca, olhei prateleiras e prateleiras e prateleiras de livro. Eu vou lhe contar na sequência o que eu fiz. Ninguém sabe disso. Eu falei, é tanta dor que eu não aguento ler um livro. Eu fui pra minha sessão de poesia, é uma coluna inteira da biblioteca. Olhei pra sessão, falei: "Eu não aguento os poemas rigorosos que eu tanto gosto." Primeiro livro que eu peguei na mão depois de três semanas, Catulo da Paixão cearense, Luarai do Sertão. Eu sou um homem caipira do interior
de São Paulo que um dia veio fazer faculdade de direito e a vida de luta começou. Eu rei pela milésima vez o luar do sertão, mas aquilo não me tocava profundamente. Não era a ocasião eu ler poesia pastoril, não era isso. Eu virei a cabeça pra coluna de cá, literatura, arte literária. Estava na minha frente a Divina Comédia do Dante Olire. que eu li quando jovem tomei a mão novamente, passei quatro dias lendo três volumes, um só dos dias, foram quatro dias que eu esgotei em cinco, porque em um dos dias eu havia, em novembro,
antes do horror que fizeram contra mim, Eu havia chegado do México, eu fiz uma série de conferências no México, eu me lembro. E daí meu pai fez 76 anos de idade, moro em Catanduva. Eu estava em São Paulo, a perseguição no auge, eu sofrendo, não havia estourado ainda, mas estava mandavam mensagens os haters. Eu tinha notícia, quem contava de 10 por dia, 10 pessoas diferentes por dia, fora quem não me contava, enfim, recebia e e já se insidiava. Era insuportável. Como eu não consegui ver meu pai, meus pais, eu comprei e mandei entregar o livro
do Alexonick. dia que conheci brilhante Úcra, meu pai e minha mãe, todos os dias a programação deles é a TV247. Mandei, eu falou: "Ó, eu tô o livro, o Alex tá inclusive falando, ele falava naquele mês com um livro aqui do lado e tal". Eh, minha mãe pegou o livro do Alexon Nick, inclusive, falou: "Tá vendo? Mostrando pro meu pai, ele jovem, ele velho, você quando você era jovem, tal, etc e tal". Aquela piada era o dia de Natal. Eu peguei o livro do Alexonque na mão, porque eu já tinha tag pro meu pai. Meu
pai leu, minha mãe leu. Num dia eu li o livro do Alexon Nick, que ficou 45 dias preso. Por quê? Por nada. Por nada. Por que que fizeram tudo isso contra mim? Por nada. Eu li o livro do Alexon Nick. Naquele mesmo dia eu reli: "A história me absolverá do Fidel Castro". Foi o dia de Natal. Dois dias antes eu li o inferno da Divina Comédia. Mais um dia eu li pro gatório e um dia um paraíso. Então em c dias eu li a Divina Comédia intermediada por um dia, no qual não me senti eh
com energia dia de Natal para ler Divina Comédia. Fui ler Alex Sonic e Fidel Castro. Então manda inclusive um abraço pro Sonic porque foi Dante Ali Guier e Fidel Castro e Alex Sonic. As três leituras iniciais. Eu li a Divina Comédia. Eu precisava reler a Divina Comédia. Como já era mais uma leitura a lenda que eu tinha feito muito tempo atrás, eu peguei uma edição que tinha a versão original italiano, mais a tradução e fui lendo algumas passagens em italiano para conferir a tradução. E fui chegando, Dante, e fui me vendo na história dele, grande
intelectual Florentino de Florença foi escurraçado porque ela ele era da ala menos raivosa da teologia. Ele era da ala feliz, alegre, não daquela que diz assim: "O papa fala em nome de Deus e se ele apontou o dedo para você, você morre". Ele foi expulso de Florença, a cidade que ele amava. Ele conta a história do inferno. Ele era o maior patriota que podia haver na Itália. pátria, terra, urbe, civis, civismo. Ele morreu e não deixaram ele voltar para Florença. Ele ficou lá fora, longe de Florença. Eu já sabia como era a sequência do inferno.
São nove grandes buracos, um debaixo do outro. Os pequenos pecados ficam no primeiro buraco e vão descendo até o o último buraco dos pecados. O último buraco do inferno, pasmem, é dos traidores. Este último buraco do inferno tem quatro subburacos, para que entendam, é o último buraco e tem quatro degraus de buraco. Dante era o maior patriota que a Itália podia pensar. Sabe aonde estão os traidores da pátria? esses que dão de graça a privatização, esses neoliberais que aí depois se dizem progressistas e vem atacar primeira figura que querem ver pra frente que diz que
os neoliberais progressistas estão enterrando a sociedade, que é o meu caso. Ah, se ele está falando contra os neoliberais, os neoliberais vão destruí-lo. Não tem o que destruir. Vamos falar que olhou para alguém e olhou por mais de 2 segundos e esse alguém então se sentiu vitimizado de tal sorte. que Dante Aligier, maior patriota, escreveu: "Traidores da pátria estão no último círculo do inferno, no último, que é onde estão todos os traidores, no penúltimo buraco do círculo dos infernos." O que é chocante porque Dante é o maior patriota da Itália. tem um buraco a mais
do que quem trai a pátria, seu povo, sua gente. Ele fala: "Tem o último buraco do último círculo do inferno é para quem trai os seus benfeitores." Esse é o buraco do Judas Iscariotes. Esse é o buraco do Brutus. Brutus Cásios. Cásios. É que ele morreu lá no final da Idade Média. Ele poderia atualizar com Joaquim Silvério dos Reis, com Augusto Pinoch, que foi até o último dia ministro do Salvador Alendê e preparou tudo para que a Lende morresse por trás. Eu não vou pedir para você nomear, não vou dar. Só que eu tive meus
traidores. A história guarda no último buraco do inferno. Eu tive quem esteve por tudo isto, só que eu tive o paraíso. Eu tive quem me apoiou. Outro dia me escreveu um jurista de Portugal com palavras tão belas, dizendo coisas tão magníficas. que isso me fez viver. Há 20 dias me escreveu um dos maiores psicanalistas do Brasil me dando a mão de um tal modo que isto foi magnífico. Tantos e tantos juristas, tantas e tantas juristas me escreveram, me deram a mão, que foi magnífico. Inclusive, é importante que isso vire livro, Alon. virar. Inclusive um deles,
eu não vou falar agora para não atrapalhar as os andamentos dos processos, um dia eu vou dizer: "É um homem que a história considerará no rol dos justos, esse jurista no meio de tantos outros e outras tão especiais. Eu tive muita gente que me deu a mão. Um dia, em toda essa história, eu vivia, Leonardo querido, a minha vida de luta. Tanta gente vinha a mim. Aí um dia eu vi uma máquina sendo produzida. Preta chá zul madeireto, madeireto, Nathan, o tal do Luan Curtante USP, bolchevic USP e outros mais. Eu vou acabar com a
última daqui a pouco. Pucanes, não sei o quê. antes que eu vou acabar com ele, eu vou encerrar com ele. Eu vivi com toda essa gente me insidiando, dizendo que eu não falei, perguntando a Ismo, você tem alguma coisa a dizer contrário mais caro? Aí quando a pessoa diz, eu não tenho nada, ele diz: "Ah, ele falou mal de você". O cara dizia: "Mas como assim?" A moça dizia: "Como assim?" Ele falou: "O quê?" "Ele falou mal de você". A pessoa, enfim, se revoltava. 15 meses eu vi esse maquinário sendo feito. Eu entrei com ação
judicial, eu entrei com investigação policial, boletins de ocorrência, vários. Eu avisei em público, em vídeo, em postagem. 15 meses antes, eu vi um maquinário do mal começando a montar um míssel para me destruir. Era preciso destruir o marxista, um intelectual marxista que chegava nas massas, porque se fica num gabinete escrevendo só para três lerem, não tem problema. Chegou nas massas, forma ministros, forma candidato a presidente da República, forma de tudo. Esse é o problema. fala e o povo gosta e o povo escuta, fala de terna gravata e aí a pessoa evangélica gosta, o conservador também
gosta, a direita gosta, a esquerda gosta, extrema esquerda gosta. Esse é o problema. Eu vi o maquinário sendo feito, eu vi o foguete sendo montado, eu vi as pessoas correndo para mirarem em cima de mim. Eu gritei que estava sendo feito no foguete contra mim. Eu avisei, as pessoas vieram me socorrer. Eu estava um dia na minha casa, meio dia e meia, meu círculo de orientandoos e orientando as próximos comigo, um psicanalista comigo, eles olham para um celular e neste dia a máquina do mal caiu na minha cabeça. Do nada, por capricho do nada, este
maquinário tacou a bomba na minha cabeça. Naquele dia, depois daquele dia, tanta gente que me apoiou, mas são milhares de pessoas, milhares, milhares, milhares. Eu os comparei ao José de Arimateia. Jesus viveu um calvário, eu vivi um. 15 meses de ataque, de perseguição. Fui posto numa cruz. Eu também fui posto por The Intercept, o órgão do imperialismo. Começou o inferno, a USP, ao invés de me ajudar, e é o último caso que eu vou falar, é este. Alastrou o fogo do inferno, porque ao invés de ajudar o professor que foi perseguido 15 meses, tá com
álcool no que fizeram, então eu fui morto e deixaram lá na cruz. José de Arimateia foi contra todos os poderosos e pediu para tirar Cristo da cruz e pôs na no buraco que ele tinha preparado para ser túmulo dele, José de Alimateia. Pois lá e vocês me tiraram da cruz, me apoiaram. Um dia Jesus saiu do buraco. O dia que eu saí do buraco é hoje com o Leonardo Atuche. Eu quero dizer para vocês, eu tive minhas e meus Josés de Arimateia. Eu tive minhas pessoas queridas do coração que me apoiaram e são milhares. Vão
desde religiosos como o grande Dom Irvandil a receber os primá dos anglicanos até Leonardo Bof. que um dia 13 de dezembro, quando o governo de direito do Tarcío de Freitas fez um decreto contra mim, a USP me caçou, eu sou o primeiro caçado do século XX da universidade. No dia do A5. No dia do, Leonardo Bof me deu vida com um post que ele fez. De Leonardo Bof a Domvandil. Eu tive um apoio de religiosas e religiosos magnífico, magnífico. Foram lineares em meu apoio. Lineares. Católicos, protestantes tradicionais, evangélicos, judeus, árabes, as religiões matrizes africana. Chegou
uma grande companheira de religião de matriz africana, me abraçou. Ela não falou nada, ela tirou um colar de contas do seu pescoço e pôs no meu. Foi o gesto que ela fez. Espíritas, minha formação moral de criança, linearmente orando por mim, vibrando por mim. Todas as religiões, todas. E quem não tem religião também. Este amparo foi magnífico. Meus alunos e minhas alunas, mensagens que me enviavam, eu tive toda essa gente comigo. Bom, retomando, Alisson, você falava então que você encontrou muita solidariedade, você citou o Dom Orvandil, Leonardo Bof, eh, e isso foi muito reconfortante para
você durante esse deserto que você atravessou. Eh, então queria te pedir para discorrer um pouco mais sobre as mensagens de apoio. Você falou até em transformar isso em livro. Por favor, Leonardo, a emoção de ver o apoio na hora mais extrema da vida é uma emoção inenarrável de tão impressionante que é. Porque é possível conhecer o que é de pior no ser humano, o que há de pior, mas também é possível conhecer o que há de melhor no ser humano. Incrivelmente, nesta hora eu conheci muito mais gente que mostrou o que há de melhor nela
do que do que há de pior, mas muito mais gente, a ponto de eu poder dizer, sem sombra de dúvidas, que o ser humano tem esperança, tem muita esperança. Eu fui levado a me desiludir com qualquer coisa do mundo. A imagem de um homem digno é roubada dele por qualquer instrumento de perseguição. Os aparelhos ideológicos conseguem qualquer coisa contra qualquer um. fazem do justo um injusto e até fazem do injusto um justo para ver se ganha eleição, qualquer coisa assim, se vende um produto, uma marca, qualquer coisa. Eu posso lhe dizer que em toda esta
circunstância, vendo o ser humano perdendo as ilusões, mesmo assim eu sustento uma enorme esperança em relação a esse mundo. seres humanos com os quais eu nunca tive contato escreveram para me apoiar. Gente que eu nunca vi na frente me enviou flores e coisas mais. Pessoas torceram por mim, pessoas anônimas escreveram dizendo: "Você não me conhece, o Senhor não me conhece. No entanto, não deixarei que esta insídia aconteça, tem a minha solidariedade. Eu tive meus de animateia. É preciso muita coragem para tirar alguém da cruz. No linchamento, o ser humano revela o que tem de pior.
Você tem 20 chutando, o 21º vem e chuta também. E tem certeza de que alguma razão tem para chutar. A indignidade da turba é impressionante. E o pior é ver esse nível de gente que se jacta do mal. Quando eu vejo essas pessoas que sabiam de preta, chacas e tanto faz o que fizeram para me destruir, pode haver tanta psicopatia nesses seres humanos que não compreendam o que está se passando. Matam aquela frase de Jesus na cruz, pai, perdoai-os, eles não sabem o que fazem. continua de lá até hoje. Slavo Jijek, o grande aqui dizemos
no Brasil, Zizek, filósofo que um dia me deu a honra de escrever o a apresentação do livro Estado de forma política. Ele dizia: "A gente já precisa atualizar essa frase tem muita gente que não sabe o que faz. primeira pessoa caída, chutam e gozam esse chute, [Música] cospem, mas tem muita gente, incrivelmente que sabe o que faz, mesmo assim faz. É muito interessante, né, essa reflexão sobre o mal. Eh, curiosamente, a gente tá na semana da morte do Papa Francisco e uma coisa que é chocante é a avalanche de ódio que se desencadeou por essa
extrema direita. E isso eh para muitas pessoas foi surpreendente, para outras não. Eh, eu até, na verdade, tenho adotado um hábito, Alisson, na na nas transmissões, na TV247. E sempre que eu posso qualquer coisa, porque eu tenho tentado fazer um debate qualificado, produtivo sobre qualquer assunto, quando aparece qualquer demonstração de ódio, eu tenho até usado a seguinte metáfora. Não, a gente tem que arrancar as ervas daninhas aí, porque isso aqui é um jardim. A gente tem que cuidar do jardim, né? Então, na minha rede social, quem vai comentar, quem puder comentar coisas positivas na TV
247 vai ser a mesma coisa, né? Aliás, já aviso, se essa live aqui, se essa transmissão que é gravada foi invadida por eh ondas de ódio, serão banidos. Bem que eu tô avisando no final, mas vou terei feito no começo, né? Sim, no começo, mas você disse que você tinha uma outra história para contar também dessa perseguição. Tem, mas antes dela, que é a última e a mais decisiva, eu quero dizer das imagens mentais que me vieram na mente. Contei aqui a você que eu li, reli Dante Aligra e tanta gente mais. Eu tive que
reler o Freud, a psicologia de massas, para entender o que é o linchamento. Eu vivi uma vida justa, digna, lutando e de repente a perseguição me lincha publicamente e eu tenho que suportar, tenho que ter força para suportar. Isso é a pior parte do ser humano. Desde que em setembro de 2023 começou a perseguição pelo subterrâneo e a mentira veio depois e tudo isto, eu me lembrei do Espinoza, Bento de Espinosa, Baruque de Espinoza, de família portuguesa. A vida inteira ele foi filósofo e teólogo. E ele aprendeu uma profissão por conta própria. Ele polia vidro.
Alguém vai dizer: "Mas que que importa poluir vidro nos séculos da idade moderna?" Poluir vidro era fazer óculos. Não é como um processo industrial. Ah, você não enxerga por miopia, eu vou fazer assim num vidro. vai melhorar a sua visão. Ele foi o maior filósofo do tempo dele. Se eventualmente há cinco filósofos na história, os maiores, o Espinosa é um dos cinco. O filósofo da imanência. Pela verdade da sua filosofia, Espinosa foi expulso da sinagoga e foi proibido de ensinar. para não voltar para trás nas suas ideias, ele foi sobreviver polindo lentes. Esta imagem foi
minha a vida inteira. toda orientando a minha e todo orientando o meu, eu formei para ter um emprego além do acadêmico, porque com isso essa pessoa seria verdadeiramente intelectual, porque aonde ela pode sobreviver não depende da moda da universidade ou da academia. Isto eu formei para toda orientando a mim e toda orientando meu que diziam: "Mas não é mais tranquilo ganhar uma bolsa e ficar vivendo da universidade?" Não. Uma hora vem a cobrança. E a vida inteira eu fiz isso comigo. Inclusive Espinoza veio na mente em todo esse período. Veio na mente o Sócrates, que
morreu porque falou que Atenas não era a democracia. Aí os ricos de Atenas foram matá-lo. Obviamente a imagem de Jesus vem à mente. Vem a mente a imagem do Rousseau. Morreu passando fome por ser um homem de esquerda contra a injustiça do seu tempo. Eu fui vivendo, querido Leonardo, as dores dos grandes perseguidos e grandes perseguidas da história. Eu fui me lembrando de Jona Dark, que foi morta com menos de 20 anos de idade. Menos de 20. Naquele tempo, ela foi cuspida como bruxa. 800 anos depois, 800 é santa. Luís Gama foi expulso do Largo
de São Francisco pelos alunos do Largo de São Francisco. Era negro, exescravo, exescizado. Um século e meio depois lhe deram uma carteira de advogado postmortem e assim tantas e tantas e tantos e tantos na história. Mas eu também tenho que lhe confessar, querido Leonardo, que muitas imagens de perseguidos me vieram à mente. E me toca muito a do Espinosa, me toca muito a do Sócrates, a do Rousseau. Marx passou a vida exilado, não voltou paraa sua terra. Tudo isto me toca demais. Me toca uma e será a última depois que eu falar disto aqui que
eu vou ler, de Giordano Bruno, o grande italiano, que por falar que a terra girava em torno do Sol e não o só em torno da Terra, foi queimado em praça pública em Roma. E pur se mover. Galileu logo em seguida também confirmou isto. Mas eu tenho que lembrar desde que essa história começou em 2023, eu vi sendo preparada a insídia contra mim dia a dia por anônimos que trocavam o nome a cada dia. Eu fui começando a lembrar do caso Dreifis ou Dreifus, como dizemos aqui em português, um cidadão francês que lutou pela sua
pátria. Era um patriota e ele foi escorraçado politicamente, socialmente naquele tempo da França, porque jogaram nas costas dele o mal. que maus militares fizeram e para que não fossem flagrados no crime, jogaram nas costas de uma pessoa que não tinha nenhuma relação com isto. Esta pessoa foi cuspida publicamente. Os jornais franceses destruíram a vida de reifío. Destruíram. Ele foi trucidado, cancelado, cancelado injustamente. Eu tive que aguentar dia a dia as pessoas fazendo insídia, intriga, mentindo que eu falei coisas e eu nunca falei. Foi cavucado, querido Leonardo, dia após dia, mensagem após mensagem. Até agora eu
não sei quantas centenas de pessoas foram alcançadas por Natã Madireto, Madireto Natã, Preta Chaca Zulu, Levante USP, Bolchevic USP e etc, etc, etc. Luan Curt e muito mais que eu também não sei porque o perfil era criado, três dias depois criava outro. Então tem muito perfil por aí que eu não tenho ideia do que seja, porque muita gente não me mandou o que foi construído pelo mal. que eu fui vendo o caso de Reifis, a vida inteira eu falei do caso de Reifis como filósofo, como teórico, sempre lembrei para um ser humano ser destruído é
um segundo. A pior tragédia do mundo, eu que sempre falei do caso do Rei Fiz, foi o dia em que eu vivi o caso do Rei Fiz. Fazer teoria sendo alvo é uma dor insuportável, porque eu sei o quanto o mal alcança. O afeto de ódio alastra muito mais eventualmente do que o afeto do bem. As pessoas querem destroçar alguém, as pessoas querem chegar no limite da imagem de alguém. Eu tive meus apoiadores. Eu desci ao inferno que um ser humano não deve descer igual Dante Aligier. Dante conta na Divina Comédia que deu ao inferno
e Virgílio, o grande poeta latino, o conduziu aos infernos, pegou sua mão, um a um dos passos e também no purgatório, no paraíso, foi com a sua Beatriz. Eu tive meus virgílios e minhas Virgílios. Eu tive, querido Leonardo, um dia eu hei de dizer todos os Virgílios e todas as Virgílios da minha história. Quem me defendeu publicamente depois, meus alunos e alunas, Juliana Magalhães levou na frente a defesa pública minha e tantas e tantos outros mais. Eu tive muita gente. Criaram outro dia uma página de apoio a mim, Justiça por Mascara. Não sei quem criou,
mas isto me dá uma emoção de ver como a história não deixou que isto acontecesse. Eu tive meus virgílios e minhas Virgílios. Eu tive meus Josés de Arimateia. Não me deixaram na cruz, me tiraram. Eu quero dizer, senhoras e senhores, isso eu digo para entrar pra história da humanidade pro resto dos dias. Rei Fis, homem injustiçado. Ele foi destroçado na máxima injustiça do mundo. Quem salvou um homem da injustiça? O maior escritor do século XIX, Emile Zolá. Ele, o homem mais justo daquele tempo, teve a coragem de dizer: "Esta é a maior injustiça que estão
fazendo contra um ser humano". Emílio Zolá, Germinal, etc. O grande Emílio Zolá foi a público e publicou isto. Eu conheci o Emílio Zolá do século XX. Ele me salvou. O Emílio isolato século XX Leonardo Attui. Eu fico muito honrado, Alisson, mas acho que eu não mereço a comparação. E assim, eu eu gostaria de dizer o seguinte, que como jornalista, como editor da TV 247, tenho profundo respeito, profunda admiração por você. Eu acho que esse é o sentimento de todo o nosso público também. Eh, esse autor que você cita tem um papel na minha formação como
jornalista, né? De fato, eh, quando eu li esse texto, ele me tocou muito. Por quê? Ah, porque foi muito impactante para mim essa visão, Alisson, de que eh o papel do jornalista é defender a justiça, né? E você tem muitos jornalistas que têm uma visão distorcida de que eles devem ser os acusadores, né? que eles devem ser, vamos dizer assim, de certa maneira, eh, os os policiais, né, os policiais eh da do sistema, da humanidade, etc. e tal. E o que é fascinante nesse texto é que ele acusa os acusadores, ele acusa a injustiça, né?
E de fato, eh, eu acho que esse texto ficou gravado quando eu li adolescente, né? Isso ficou na minha mente. Eu falei: "Olha, um dia eu quero escrever essa história. Eu quero escrever, mas eu e eu até gostaria de dizer o seguinte, eh eu já acompanhei vários casos de assassinato, de reputação, vários vários, vários, vários casos, mas eh algumas pessoas já chegaram a fazer esse tipo de brincadeira, de comparação, tal, mas no seu caso, eu jamais gostaria de passar por esse papel por uma razão muito simples, porque é uma injustiça tão absurda, tão gigantesca, tão
imerecida, né? Eh, que eu acho que assim, quer dizer, eu jamais gostaria de de passar por essa por essa experiência. Quero te dizer também, Alisson, o seguinte, agora vou, você falou de Espinosa, né? Vou falar de um outro grande filósofo, a Donilan Barbosa, tá? Vou falar do saudosa maloca. Deus dá o frio conforme o cobertor. Então, se você passou por isso e se você está de pé como você está, que eu acho que é um motivo de grande alegria para quem tá assistindo essa entrevista, tem algum propósito. Algum propósito tem em tudo isso que aconteceu.
E eu acho que você anunciou logo no começo da entrevista, né? Isso aqui vai ser um ponto de virada nessa indústria do cancelamento, né? E eu espero que tenha sido de fato o último caso e que as pessoas nunca mais, né, repitam aquela coisa que já ficou meio manjada, né? Então, por exemplo, ataca-se um homem de esquerda, como se fez no seu caso. Aí no dia seguinte já aparecem aqueles perfis, é, olha, veja bem, nós não somos superiores moralmente, precisamos fazer essa autorreflexão. É tudo muito ensaiado. É um teatro, é um teatro macabro, sinistro, que
você viveu, vamos dizer assim, com toda a crueldade, né? Mas eu tenho certeza de que o mais importante nesse processo é a sua resistência, é o fato de você ter resistido. Isso passa uma mensagem muito poderosa, né, pros seus alunos, pros professores, pra universidade. Espero que passe pros jornalistas, né? Porque eh depois de tudo que aconteceu no Brasil, né, Alisson, golpe de estado contra a presidenta Dilma Roussef, prisão política do Lula, e será que os linchamentos vão continuar acontecendo? E eu temo que continuem, porque eles são uma parte essencial da lógica do poder, né? Essa
é a grande questão, né? Quer dizer, é um sistema de eliminação dos indesejáveis, mas eh eu acho que você é um exemplo e você transformando, como você refletiu, escreveu a respeito, eh, eu acho que você tem um papel fundamental. Eu até queria te pedir para fazer uma, já que você citou Emílio Zolar, eh, que é um grande escritor, eu queria te perguntar se você vê algum paralelo entre o que você, a experiência que você viveu e o caso Pasolini, se você vê alguma, algum paralelo entre a sua trajetória de intelectual e a trajetória do Pier
Paulo Pasolini, por acaso Pasolini é um marxista da mais bela tradição do marxismo avançado. Ele nunca se conformou com a leitura burocrática do marxismo. Pasurini o único grande filósofo do pós Segunda Guerra Mundial, porque ele é da geração pós Segunda Guerra Mundial, a dizer: "O fascismo não acabou na Itália e está em pleno curso no mundo". E todos diam: "Acabou, a Itália está vivendo os tempos do liberalismo." Não tem mais isso. Dizia tem. E ele lutava pela libertação dos afetos. Quando eu publiquei Crítica do fascismo, eu fiz um lançamento em São Paulo que levou 8
horas de fila de autógrafo. Você estava. Depois eu lancei sociologia do Brasil também. Eu escrevi crítica do fascismo e na entrada do livro eu escrevi um poema do Pasolin. Então eu escrevi um verso do poema. Pasolini, poeta, eventualmente um poeta como os maiores que a história conheceu, escreveu um poema chamado as cinzas de grames, leenery de grames. E eu transcrevi um verso desse poema na entrada do crítica do fascismo. Ma que serve la lute. Mas de que serve a luz? Nós já sabemos como funciona o linchamento. Estamos no século XX e eu fui linchado. Nós
já sabemos a maligna estrutura de perseguição de haters, etc. e tal. O jornalismo não se interessa em investigar isto. Precisa linchar. De que serve a luz? Então, será que faculdade de jornalismo, de comunicação, não tem um mínimo curso de deontologia? Tem. E não serve para nada. De que serve a luz de ética jornalística? De que serve a universidade a pregoar a defesa dos direitos mais candentes do século XX? Se ela vê uma das suas figuras eventualmente conhecidas ser moído pelo maquinário e cuspir? De que serve Pasoline neste poema? Ele começa o poão dizendo: "Grames, eu
fui ao cemitério e cheguei com os meus pés próximo de seu túmulo e vou lhe falar as cinzas de Gramish o que é o nosso mundo de agora. Eu tenho que ter força suficiente, querido Leonardo, para suportar esta perseguição infâncelamento. Eu tenho que ter força para suportar. E se a maldade humana me cobrar o preço extremo, eu tenho que ter esta força para um dia, o tempo futuro, ter um poeta e filósofo tão especial quanto Pasolini para chegar num túmulo meu, das minhas cinzas e fazer um poema sobre o que eu tive que sofrer para
avançar com essa minha luta. Pasolini presente e que um dia alguém possa dizer alguma palavra sobre essa a respeito de mim. Eu quero inclusive virar uma página desse tempo histórico, porque pegavam as pessoas para destruí-las, porque esta é a sociedade de espetáculo do Guidebor. Quem é a vítima do dia? Quem vai ser o assassinado do dia? Então, e e eu eu perguntei sobre Pasolini, desculpa te interromper, eh se a destruição dele como pensador não se fez também através da sexualidade. Sim, era um homem libertador da sexualidade. Aí isso não pode acontecer. Isto é notório. Notório,
porque inclusive não encaixava o próprio Pasolini no padrão do que se esperava das fragilidades da sexualidade. Não fique aí e só chore. Não. Ele dizia: "Com a sexualidade eu vou acabar com a burguesia". E isto era altamente atentatório, é o teorema, o o a peça dele, o o filme dele. Enfim, eu vou acabar com a forma de vocês de moralidade farisaica, de túmulo caiado. Enfim, é o que se passa no tempo de hoje. Eu vou acabar com essa moral farisaica que acabou com Pasolini, porque se não matou de morte matada, matou de morte morrida, enfim,
eu não sou a polícia da Itália para dizer de como ele foi morto, mas se não foi de uma forma, foi de outra, porque matou simbolicamente no mínimo, enfim, já tinha sido morto 10 vezes pela imprensa de direita, pelos órgãos oficiais, aí um dia teve mais uma bala ou uma facada, não sei. É, acabou comigo essa história. Toda pessoa que foi pega para ser destruída, via de regra, ele está com um míssil na cabeça da pessoa de uma hora para outra. Deixaram um rastro, no meu caso, mas deixaram um rastro porque mexeram com um jurista
que tinha uma equipe de juristas que ele formou que eventualmente é a melhor do Brasil. A Dra. Fabiana Marx. que do Rio de Janeiro disse: "Este homem não vai sofrer a injustiça que está sofrendo". Pessoa magnífica, pegou um avião e veio para São Paulo dar-me a mão na hora decisiva da minha vida. E tanta gente e mais um jurista que depois um dia eu falo o nome dele e tantos outros mais e tantas outras mais. Eu tomo na Dra. Fabiana Marquos, o nome de uma equipe enorme. Esta gente que me permitiu dar esse passo, me
permitiu também, pela primeira vez na história da indústria do assassinato de reputação, pegar os rastros pretas, chacas, o lume perseguiu, perseguiu mais gente. Que raio de ódio é esse a mim? Se é um ódio industrial. Uma pessoa que está com raiva de alguém, sente-se vítima, escreve para alguém. E se alguém responde, diz: "Ah, eu acho que não foi assim". Aí ele escreve para outra pessoa. Agora, mandar mensagens industriais no atacado em 1 minuto para 20, isso é máquina de destruição de pessoas. Máquina. Eu fui o alvo de uma máquina, só que não me destruíram. Estava
acostumados a bater em bambu e bambu quebrar. Bateram no Guatambu, bateram na aeira. Madeira que o cupinho não riói. Não riói. Eh, o facão de vocês quebrou. Por que vocês fizeram isso com a pessoa errada? Vocês quiseram escalar muito alto. Eu vou lhe dizer o que eu escutei de várias pessoas nesses meses. O projeto de destruição do Brasil envolveu nos anos 2010 destruir a esquerda do Brasil, cuja organização mais sólida é o PT e os partidos próximos. Quem simbolizava o Brasil? Lula e Dilma. A Lavajato fez o horror que fez em relação ao Lula. No
entanto, eles voltaram. Voltaram. Dilma sofreu a perseguição. A troço que sofreu. Hoje é presidenta do banco do bricks. Dos bricks. Começaram pela política. O plano tinha que chegar às ideias. Não basta só tirar um partido, tem que tirar as ideias. Qual era o plano? Tem que ser o sarrafo mais alto. Quem é a pessoa cuja figura moral de intelectual esqueira respeita, eventualmente considera bem? Pera aí. No caso, eu, a minha pessoa, eu volto a dizer olhando para essa câmera, eu só tive relações afetivas na vida com quem quis ter comigo. Qualquer pessoa que tenha feito
um esboço de qualquer incômodo e conversa comigo, eu nunca continuei uma conversa e nunca troquei nada por nada na minha vida, porque o meu modo de disposição psíquica do meu gozo é que as pessoas me amem, não que me odeem. Não tem um dia na vida que alguém possa dizer: "Ah, ele fez aqui alguma coisa caprichosa para que todo mundo tivesse medo dele. Eu não consigo ameaçar um ser humano". Como é que vai mexer então com uma pessoa como essa? Até no afeto. Tem que mandar mensagem dizendo: "Ah, ele falou mal de você", etc, etc,
etc, etc. Talvez se cola. Mandaram centenas de mensagens, milhares de mensagens, eventualmente foi uma máquina industrial. Um jornalista disse para mim uma questão impressionante, querido Leonardo, ele disse: "Você não é presidente da República, você não é governador, você não é deputado, você não tem cargo nenhum de política eleitoral, você não é empresário. Como é que fica uma máquina 15 meses em torno de você? Porque via de regra tem que ter algum lucro imediato. Enfim, eh, que lucro imediato eu tô dizendo em termos de dinheiro, de cargo, alguém pode dizer uma vaga da USP que dá
para neoliberal, sai o comunista, entra o neoliberal, mas uma máquina de 15 meses, por causa de uma coisa como essa, pede pro reitor uma vaga mais e dá para pro neoliberal. Assim, não precisa disso. Não compensa um maquinário desse para isso. Para que tem que me atacar? Tem que atacar o símbolo das ideias. Eu formei candidato a presidente da República, eu formei ministro de Estado, eu formei presidente de sindicatos fortíssimos, eu formei líderes de base, eu formei alunas e alunos magníficos de luta e todas e todos de Juliana Magalhães a Camilo Caldas, de Alessandro Devusca,
a Silvio Almeida, etc e tal, todas e todos estão na luta. Uma está no Canadá dando aula, a outra está aqui falando, o outro é ministro, o outro tá numa luta política tal e qual para tudo quanto é lado. Eu nunca formei gerações para chorar, eu formei gerações para avançar na luta e trazer o mundo conosco. Eu era o alvo. Se conseguissem me destruir, inventando insídia, destrói qualquer um. Então o recado era: Mas caro destruído, a intelectualidade radical acaba. Por um acaso, bateram aonde não podiam. Ficou o rastro. Alguém vai dizer assim: "Me permita, querido
Leonardo, ah, mas existem vítimas anônimas. Eu dei meses para que se apresentassem. Ah, é o discurso dos neoliberais. Temos que inverter o princípio iluminista de que tem que provar a acusação. Os neoliberais dizem: "Não, basta acusar. O acusado já está desgraçado." Aí leva o povo inteiro pra extrema direita. Porque todo ser humano pode ser acusado. Não tem um ser humano que não possa ser acusado. Aliás, o cancelamento ele gera isso como consequência, não é verdade? Eu inclusive nunca na minha vida achei que fosse me pegar por questão de afeto e sexo, porque eu nunca troquei
afeto por nada. E todas estas histórias, não tem uma que diga assim: "Por causa de uma nota, ele exigiu tal coisa de alguém". Eu nunca fiz isso na minha vida e jamais faria. Inclusive, eu sou conhecido inclusive pela só se a pessoa entregue em branco uma prova que reprova ou escreve uma receita de bolo. Assim, o dia da prova é o dia que menos me importa. O que me importa é transmitir ideias. Eu não sou conhecido por ser um professor rigoroso em termos de nota, nunca. Eu sou um homem de ideias. Ninguém me acusa disso,
inclusive. Não tem um fato acadêmico para me acusar. Assim, ah, mas ele olhou para mim um dia, olhou e fez o que depois do olhar? Nada. Sim. Que eu preciso de um traço. Que que eu concluo disso? Para fazer um escândalo. Ah, mas saiu 10 desses no Intercept. Uhum. Ah, e um falou um absurdo que é o de entrada. O de entrada é tão absurdo que é a escola base do século XX. É uma hipótese impossível de que ter acontecido. Eu quero dizer, fosse uma causa justa e santa, eu, com toda a minha formação moral,
espiritual, cristã, eu escutaria com o máximo do meu afeto e do meu sentimento, como escutarei qualquer coisa a vida inteira e escutei. Eu sou uma pessoa altamente disponível e aberta para escutar. É preciso que haja uma causa santa, uma causa justa. os perseguidores do imperialismo que buscaram me destruir, porque me destruindo destruía a intelectualidade crítica do Brasil, eventualmente, não só do Brasil, mas de um bom pedaço, porque nesses últimos anos muitos países começaram a ler meus livros traduzidos. Eu comecei a falar em muitos lugares do mundo e não falar abre um congresso, você pode se
inscrever. Não, eu era chamado a falar, eu fui pro México porque o governo do México é a UNAM, que é a USP deles me pediram, fui falar no salão nobre da faculdade de direito da UNAM e as pessoas com meu livro em espanhol para pedir autógrafo. Então a destruição tem que chegar nesses países também, não basta destruir no Brasil. Pois bem, a causa tem que ser santa desse destruidor para dizer assim: "Eu vou chutar a cabeça de alguém". Eu não concordo que se chute a cabeça de um caído, mas que se pelo menos, digam assim,
tem uma prova de que o caído fez tal coisa. Mesmo assim, eu não acho que tem que chutar a cabeça de ninguém, mas se querem chutar, tem que ter uma causa pelo menos que pare de pé com alguma legitimidade, agora eu vou acabar com a máquina do cancelamento, do assassinato de reputação. Novembro de 2024 havia mais ou menos 10 ou 15 nomes diferentes para os perseguidores. preta chakasulu que dizia que um órgão de esquerda, você podia falar qualquer coisa contra mim, que você seria anônimo eterno e profundo, anonimato, profundo. Veja que o profundo aqui revela
o que passa quando José fala de João, fala mais do José do que do João. Não sei que é um anonimato profundo, enfim, é porque surgiu do inferno, então tem que descer bem o buraco para para ser muito profundo. Pois bem, em novembro de 2024, surgiu mais um perseguidor, que é a mesma turma, Patucani. Pachucanusp. Patucanusp. Este Pachu juntou o nome de Evigiene Pachucanes, um grande intelectual do marxismo com o qual eu trabalho também, e juntou com USP. @proton.me. Quem é o que é este proton.me ME é um provedor que blinda os crimes. Este ME
é um país chamado Montenegro. Ele é conhecido por paraíso pirata de internet. Inclusive um pedaço da economia desse pequeno país dos balcans chamado Montenegro vive disso. A empresa vai lá, cria qualquer coisa, paga um impostozinho qualquer e o país vive disso. Blinda os haters, os crimes. Este Pachucausp que pôs o nome da USP, @próton.me ME mandou mensagem a torto e direito, a torto e direito, a torto e direito para me incidiar, cometendo crimes de ponta a ponta. Se alguma pessoa recebeu a mensagem de pachucanuspe@pró.me M e participou do conuio, entrou no processo desse crime, se
recebeu de Preta Chacazulu, Natan Madireto, madeireto Natan, porque viia trocando de nome a cada momento. E e Levante USP, bolchevique USP e o francês aí que é o Luan Curt, etc e tal. Tá todo mundo participando de um crime enorme, eventualmente o crime do século XX de assassinado de reputação. Eles diziam assim: "Você não quer falar nada contra o Alison Mas caro porque isso ajuda a gente a defender as vítimas dele." A pessoa perguntava que vítimas não tem vítimas aí. Vamos defender. Eu lerei a mensagem de pachucanusp@próton. Para um aluno da USP. Boa tarde, camarada.
Conseguimos destacar o X, esse nome eu não vou falar quem é, para conversar com você em adequação aos horários e locais sugeridos pelo camarada. Estavam intrigando uma pessoa da USP para que ela falasse qualquer coisa contra mim. Achamos que seria relevante lhe informar que o X, essa pessoa, olhem como é que o Pachucauspala desse X, é alguém do absoluto comprometimento com o processo. Então ele entrega o cúmplice e que está amplamente interagido de todos os alunos vitimados, inclusive daquilo que envolveria o nome do camarada para essa pessoa que estava recebendo mensagem, Y em especial, já
que não foi lhe dividido tudo a seu respeito. é um português meio castiço de quinta categoria, mas tá aqui. O e-mail que lhe enviamos, como pode notar, foi escrito coletivamente e teve anuência do camarada X. Então o Pachu Canúsp diz que o X participou e teve anuência antes de ser enviado. Ele compõe esse X, nosso grupo principal de acolhimento e organização dos casos, o que naturalmente lhe faz um dos nossos principais condutores. Então o Pachucanus Pachucanusp entrega alguém que é um dos principais condutores de um processo de perseguição a mim. Quem diz isso não sou
eu, época. Eu queroas explicar como é o processo da minha perseguição. Este meio nocivo que é de um provedor do país Montenegro, não é dos provedores aqui do Brasil que também não vou fazer propaganda deles. Eh, eh, de Montenegro, quando a polícia pediu para este próton. Tem que mandar carta arrogatória pra Macedônia. chega lá, um oficial de justiça da Macedônia bate num prédio, ah, aqui que tem um provedor tal, não sei. Ah, ele deu esse endereço. É assim, um provedor não precisa de alguém lá fisicamente, não é o computador dele que é o que importa,
é uma redes de programação, não é um hub físico. Pois bem, ou seja, vai reclamar sim paraas calendas. Este Pachu Canusp, vocês vão entender como é que é o método da perseguição que foi contra mim. Enviou uma mensagem para um aluno da USP, disse assim: "Eu sei que você ficou com Alisson Mascara". O aluno recebeu esse e-mail, disse: "Mas da onde saiu essa ideia, esta coisa? Eu sei. Pode falar do seu caso que temos um grupo de anônimo e fiz X vai te ouvir. Você pode falar qualquer coisa. esse grupo de anônimos eh tem esse
gelo eterno, profundo, tudo mais aí que anunciava um órgão de esquerda, vai publicar e garante tudo. Pois bem, este aluno, essa história é o, enfim, é um desplante, é o mais rematado absurdo do mundo. Eles mandavam a esmo na tese de que jando 1000, um falava alguma coisa. A pessoa recebeu medo do nada. Eu vou lhes perguntar, sabem o que é assédio? É o queuspe@prot. porque mandou mensagem para não sei quantas pessoas perguntando e não só perguntando. Nesse caso ele afirmou, você ficou com ele, não ficou? Pessoa disse: "Não." Aí a hora que a pessoa
falou não, vejam lá, vem uma resposta do pachucanuspe@pró. Apesar de novo na seita, eles se chamam seita. Então, percebam aí o grau de misticismo. Você deve compreender que isto implica riscos, mas não nos surpreenderia que o camarada ignorasse o que ocorre inteiramente, internamente. Por que que estão escrevendo isto? Porque o aluno escreveu assim de volta: "O que você está escrevendo é bárbaro. É um crime contra a honra minha e do professor. Quem é que inventou uma história dessa? Eu quero falar com quem inventou". Aí eles disseram: "Não, nós destacamos o X para falar com você.
Não é quem inventou, mas o X, volto a dizer, ele compõe nosso grupo principal de acolhimento e organização dos casos, o que naturalmente ele faz um dos nossos principais condutores, né? Então, um rater já jogou o outro pro buraco, porque com isto aqui ele já deixou para a justiça dizendo assim: "Se eu for pego sobra pro outro". Então, um já fritou o outro antes de qualquer coisa. Então, vejam que a máfia também não aguenta muito tempo de resistência, porque um já deu prova pro outro, contra o outro. Um dia, quem sabe são descobertos, aí um
joga pro outro. Enfim, máfia não tem leudado. Enfim, né? É isso aí. Apesar de novo na seita, é isto que disseram aqui para este aluno que ficou revoltado ao receber essa mensagem do nada é a resposta de volta. quando esse aluno quis falar com a pessoa que criou essa insídia. Apesar de novo naita, você deve compreender que isso implica riscos, mas não surpreenderia que o camarada Guironorasse o que ocorre internamente, inteiramente, internamente. Vamos lá. Se ainda for do seu interesse compreender o contexto das denúncias e o que ainda está por vir, é possível destacarmos outro
aluno ou orientando que não seja o X, mas garantir que pessoas mais vulneráveis do que você, algum de nós, estejam dispostas à exposição neste primeiro momento, seria levandade e negligência da nossa parte. Ou seja, não vão apresentar nenhum caso concreto, é só um intermediário. Muito bem. Este aluno da USP revoltado que aconteceu denuncia para este pachucanusp@pró.me eh emilda da do Montenegro o absurdo do que fez e disse: "Não usem o meu nome neste crime". Agora vem a resposta do defensor da dignidade humana ou de qualquer coisa assim. Senhoras e senhores, eu fui perseguido por um
hater que escreveu assim para uma pessoa. Prestem atenção. Escuta aqui, rapaz. Se teu nome é ordinariamente comum para ter sido escolhido por X, te vira para mudar no cartório. Você é apenas mais um recém-chegado nessa história. O alvo deles reclamou que estava sendo usado pelo nome, mandou trocar no cartório. Agora vem o mais absurdo. Você gosta do que ele acontece? Bastava dizer desde o início. E aí este passa a ser um problema seu e não nosso. Faça bom proveito. Ou seja, você saiu com ele, não? Ah, então se você gosta do que ele acontece, ele
negou. O hater diz, se você gosta do que acontece, faça bom proveito. Essa é a defesa da vítima. Isto é o hater que defende vítimas. Então, senhoras e senhores, a máquina do assassinato de reputação foi pega em ato. Se vocês disserem assim: "Ah, mas as vítimas, coitadinhas delas", etc e tal. O defensor das vítimas, que fez 15 meses de perseguição, escreveu: "Se gosta do que lhe acontece, bastava dizer desde o início. E mais, se teu nome é ordinariamente comum para ter sido escolhido, te vira para mudar no cartório." Isto é o defensor santo da moral.
Eu tive que aguentar isto. Só que eu vou ler o último deles. O aluno protestou profundamente contra pachucanusp@proton. Aí vem a resposta de pachucanuspe@pronme a pessoa que eu não sei quem é que me perseguiu por 15 meses. Senhoras e senhores, eu fui perseguido por uma pessoa que escreveu isto para um acadêmico. Você convive com a gente, seu moleque. Faz um esforço, me poupa do drama. Eu vou pedir licença, querido Leonardo, e ao público do 247, porque isso foi escrito pelo defensor das vítimas, a pessoa do bem, a santa pessoa que fez 15 meses de perseguição
a mim. 15 no mínimo. Ele escreveu assim: "Vai se [ __ ] para lá ou com ele". Isto foi escrito pela santa pessoa que organizou esse processo contra mim. Vai se poder para lá. Me desculpem, eu estou lendo o que escreveu pachucanuspe@pró.m. Mas se entendeu que sofreu abuso, relata vírgula, me desculpem o termo, tá escrito pelo santa pessoa justa, relata [ __ ] Nem precisa conversar com ninguém do grupo de pesquisa. Esqueça isso. Agora vem o detalhe. vai direto no jornal e relata anonimamente, pronto. É, mais uma vez dizendo, há um grupo que vai fazer
uma publicação anônima, vem junto. É o que a sanfrenteira está fazendo, porque ele falou: "Pode vir a sanfrenteira contra mim que eu não, enfim, isso é um crime que vocês estão fazendo". Aí ele escreva, ele escreve o perseguidor não acredita. Desculpem eu ter mais uma vez porque esta é a santa pessoa que me persegue 15 meses. Não acredita, [ __ ] Vai acontecer independe você. que é um escreveu com português muito errado. Vejam, senhoras e senhores, eu fui perseguido por uma pessoa que escreveu assim: "Você convive com a gente, seu moleque, faz um esforço, me
poupa do drama, vai se [ __ ] para lá. Não acredita, foda-se." Ô, Alisson, tendo presenciado isso na universidade mais prestigiada do Brasil, eh, inclusive representantes aí de centro acadêmico que apoiam, na verdade, a sua eventual expulsão, você consegue se enxergar voltando a dar aula? Eu vou lhe falar sobre isso, Leonardo. Eu tinha certeza que o dia que eu viesse a público e dissesse: "Pachucanusp@próton.me mandou mensagem para um aluno da USP, escreveu assim: "Vai se [ __ ] para lá". Não acredita, [ __ ] Não perguntou se ele teve alguma coisa comigo. Ele afirmou do
nada ele esparramou Aham. Para 1000 pessoas. Você saiu com ele. Você saiu com ele. Você saiu com ele. Você saiu com ele para ver se nessa e chute de isca pescava um peixe. Eu tinha certeza que a USP, ao saber desta insídia maligna contra um professor livre docente da USP, do Largo de São Francisco, onde eu entrei aos 17 anos de idade, onde eu fui doutor aos 26 anos de idade e fui livre docente aos 30, eu tinha certeza que a USP na hora se levantaria e diria ao professor Alisson Mascaro, esta insídia não passa.
Ela me defenderia na hora. meus alunos centro acadêmico que toda a gestão de esquerda eu apoiei. Eu tinha certeza que se levantariam para defender esse aluno que foi recebeu a mensagem, vai se [ __ ] para lá e a mim. Eu tinha certeza. Só que eu quero falar uma coisa, querido Leonardo. Um chama preta chakra azul, o outro chama e Luan Corte, o outro naet Natã Madireto. Só que um se chama Levante USP. é um dos haters, é um dos perseguidores atrózes. O outro chama Bolevic USP, o outro chama Pachucanusp@proton.bedor deemontenegro. Três vezes no mínimo,
porque pode ter muito mais nome de reiter que eu não sei. Três vezes no mínimo as pessoas usaram o nome da USP para crimes três vezes. Um um chama Pachuca USP, outro chama Bolevic USP, outro chama Levante USP. xingaram alunos da USP, me xingaram, trucidaram, vinham afirmando do nada a esmo três perseguidores atrozes usando o nome da USP e me insidiando na USP. Eu fui perseguido presencialmente. Um dia eu saí de uma aula minha, eu desci, uma pessoa veio de uma outra cidade para falar comigo, que ela queria falar de uma pesquisa. tinha 15 pessoas
comigo na frente das 15 eu setei com ela nas arcadas num banco. Tinha 15 pessoas comigo. Pessoa vio de fora, conversou comigo, falou de um projeto, a discussão era Foucault e Marx, dei uns livros, indiquei uns livros para que lesse. Voltei para falar com os 15. 3 horas depois, o perfil hater segue este cidadão. 3 horas depois. Vamos me dizer: "Ah, talvez o algoritmo aesmo tenha chegado a ele. Que coincidência do outro mundo. Eu fui perseguido presencialmente na faculdade. Uma orientando a minha da iniciação científica saiu da Fefel para ser orientada por mim no Lar
São Francisco, para ser orientada por marxismo. Eu fiz o curso d'água inverter. Enfim, o Rio Pinheiros foi desaguar na montanha porque a a Fefeleste veio estudar comigo marxismo. Pois bem, essa aluna é da Fefeleste. Um dia ela foi ver minha aula. Esse dia desceu com os 15. O rapaz conversou comigo, o senhor conversou comigo, foi perseguido. Na mesma noite ela foi perseguida pelos haters que jogaram mensagens insidiosas e horríveis contra mim. Eu fui perseguido no ambiente de trabalho, porque a USP não é um ambiente onde eu passeio. A USP é meu ambiente de trabalho. Eu
sou um professor universitário que foi perseguido no local de trabalho e um perseguidor chama pachucanusp@prodon. O outro chama bolchevicusp, o outro chama Levanteusp. A primeira coisa que eu pensava é que a USP, ao ouvir de mim, como ouviu oficialmente, eu relatei oficialmente numa gravação que eu fiz para a universidade. Ao ser informada disso, eu tinha certeza que a USP iria abrir uma sindicância para investigar os perseguidores de um professor dela. Sabem o que a USP fez? Abriu um processo contra mim. Eu posso dar um tempo. Isto aqui foi novembro, dezembro. Eu anunciei formalmente, vai que
a USP não veja meus vídeos. Eu anunciei formalmente no dia 8 de janeiro. Eu fui perseguido. Os perseguidores são tais, tais e quais se apresentam todos, boa parte deles com nome USP. Será que a USP não interessa saber como é que um perseguidor criminoso usa o nome dela e tá tudo bem? Posso eventualmente dizer: "Ah, quem sabe ela está pensando, pensando, pensando, mas daqui um tempo ela faz uma sindicância para investigar". Vamos dar essa chance, porque eu aprendi com a vida, querido Leonardo, como advogado, que quando uma pessoa se vê flagrada na sua contradição atroz,
você tem que deixar uma portinha de salvação para ela ter alguma dignidade. Então a USP tá demorando porque ela, tadinha, tá pensando, pensando, nossa, tanta gente usou o nome da USP para matar Alisson Mascaro. Será que nós não vamos fazer uma investigação para saber quem é essa gente? Vamos dar uma portinha para USP para deixar ela ter alguma dignidade. Então, daqui quatro, já passaram quro meses, mas enfim, uma hora ela faz ou não faz, eu não controlo a cabeça dos outros. Só que uma pessoa disse assim para o aluno da USP: "Vai se [ __
] para lá, achou ruim usar seu nome, vai no cartório." Será que isso não intriga a USP? Será que a representação estudantil da USP, eu fui líder estudantil de esquerda no meu tempo de faculdade, será que a representação estudantil da USP não tem nenhuma pretensão de falar assim: "Nossa, um professor comunista da faculdade, que é tão difícil ter, sofreu perseguição de um e-mail chamado Pachucausp, um um perfil chamado Bolchevic USP, mandou alunos do arco de São Francisco se foderem para lá. O detalhe é o para lá, não sei onde que é o lá. Enfim, eh,
eh, não acredita, [ __ ] Me desculpem, eu não falo esse jargão, eu não desço o vernáculo para falar em calão, mas tá aqui. Foi perguntado para mim na USP, o provedor próton.me escrevia em que língua? Porque era do país Montenegro. Eu falei, escreve em vernáculo, tá aqui no pleno português. É ruim esse português, é bem ruim. Enfim, vai acontecer independe você. é um português, enfim, que envergonha um universitário, mas enfim, assim aconteceu. Deve ser o universitário que escreveu isso, uma universitária, não sei quem, alguém que passou pra universidade, é a prova também da falência
da universidade. Vai acontecer independe de você. Falei: "É, não tem uma vírgula no meio, foi independente de você". Tudo bem. Será que não intriga a representação estudantil alunos que um aluno foi xingado, vai se [ __ ] para lá? Eu sofriídia por 15 meses, eu já havia anunciado, tinha vídeo gravado, etc e tal? Aí vem a reportagem maligna com relatos anônimos. Poucas horas depois tem faixa contamina a faculdade. Esta faculdade os seus professores assinaram a I5. Não é só que assinaram, alguns escreveram que eram ministros de estado da ditadura. Alunos não pediram a cabeça desses
ministros que escreveram a cinco. Pediram do professor de esquerda da faculdade. Senhor tá conhecendo na prática os limites da universidade. No século XIX, os alunos da faculdade, ricos, filhos de fazendeiro, quase todos, expulsaram um jovem negro que estava lá vendo aula, chamava Luiz Gama. Aqui você não estuda. Dizem, segundo uma das vertentes da história, que cuspiram na carteira dele num dia para ele não sentar. Depois expulsaram a tapa. Demorou um século e tanto. Eu lutei a vida inteira no L São Francisco para que houvesse uma sala Luiz Gama. Lutei a vida inteira. Houve um tempo
em que não havia cotas. Eu lutei profundamente por cotas. Na universidade, o direito sempre foi um curso reacionário. Houve um tempo em que numa das universidades em que eu dei aula reacionária também, todos os pesquisadores, todas as pesquisadoras negras e negros do mestrado, as vagas eram minha, minhas todas. Então, a o único professor que lhes dava vaga e que não lhes dava, enfim, que trazia pra pesquisa, porque são pessoas brilhantes, era eu, Alessandra Devusque, Silvio Almeida, Renato Gomes e tantas e tantos. Júlio Silva Santos. Eu lutei enormemente para que houvesse um quadro do Luiz Gama
na faculdade. Enormemente. E há no dia em que a faculdade homenageou Luiz Gama, enfim, foi na pandemia, não tinha possibilidade de fazer presencialmente isso. Eu falei virtualmente depois de um século e meio, eles apagaram a história ruim e começaram a escrever uma boa história. Não é que apagaram, emendaram a história ruim numa boa. Eu fui perseguido. A representação estudantil sequer perguntou a mim o que se passou. Eu já tinha gravado o vídeo da perseguição. Pachucanusp@proton. mandou um aluno da faculdade se [ __ ] para lá. Não acredita? [ __ ] E volto a falar, isso
aqui não é vernáculo meu, isso aqui é calão de criminoso. A representação estudantil não tergiversou, me linchou e mandou qualquer pessoa que tivesse qualquer coisa para falar contra mim, não é só sexual, porque não rende essa história sexual, qualquer coisa que viesse falar e ficou juntando. Eu tenho que suportar, querido Leonardo, eu tenho que ter força pessoal, constituição de caráter, de dignidade para aguentar ser cuspido pelo meu tempo histórico para daqui 150 anos, quem sabe se houver ainda universidade, se a extrema de direito não acabar com ela e houver representação estudantil, daqui 150 anos, quem
sabe vai ter, terão alguns iluminados que dirão assim: "Esse cidadão foi perseguido, ele declarou que tinha processo aberto, ele mostrou levou o boletim de ocorrência. Alunos foram xingados da faculdade e os alunos da faculdade cuspiram nele no professor que simbolizava. Não é que eu sou o único de esquerda, tem mais uns três ou quatro, 10. Se alguém esqueceu de mim, você não sabe se você tá nos três ou quatro. Então tem 10. Cuspiram em mim, me destruíram. Como é que volta para trás uma imagem? Como é que volta para trás uma imagem com esse cancelamento
que fizeram contra mim? Não me deram um princípio jurídico do indúbio pro Réu. Me trucidaram. Me trucidaram. Me contaram que uma pessoa, inclusive uma hora depois de eu ter sido cancelado por este órgão da imprensa eh imperialista, que eu não sei a imprensa marrom lá que cor que tem, dizem que é amarela, né? Que lá em inglês é assim que falam da imprensa marrom. Uma hora depois já tinha uma série de coisas criadas na internet porque já sabiam de antecipação, dizendo: "Agora que ele não pode mais ser citado, quem citaremos?" Tava tudo pronto. Então, estava
preparado para destruir a minha imagem. A USP, eu declarei, fui perseguido. Pachuca Nusp usou o nome USP. Levante USP usou o nome USP. Bolchevique USP usou o nome USP. pode dizer assim: "Ah, mas como é que eu controlo pessoas que usam o nome USP? Eu sei disso. Qualquer um cria qualquer coisa, enfim, em qualquer lugar. Mas eu fui perseguido no meu local de trabalho por estas pessoas. alunos da USP foram perseguidos, foram intrigados e os perfis mandaram se [ __ ] Desculpem o termo, mas eu tô lendo, não tô, eu odeio esses termos, mas foi
assim que foi. Não criou nenhum interesse na USP fazer isto. Mas por que milagre rompe-se com o princípio básico da administração pública, do direito administrativo? O grande Celso Antônio Bandeira de Melo, se contarmos isso para ele, é triste o que ele vai escutar. Rompe-se com princípio básico e um governo de direita, para não dizer mais que direita, cria uma norma do nada, obviamente inconstitucional, mas tem que esperar o tempo de julgar para declarar inconstitucionalidade. Só que cria uma norma do nada para facilitar que qualquer pessoa com acusação genérica anônima seja caçada da universidade. criam uma
norma do nada peculiarmente porque é diária oficial do estado, tem união, tem do estado, tem do município, etc e tal. Peculiarmente, a representação estudantil, descobrimos nós que ela fica atrás de Diário Oficial de noite madrugada, porque uma hora depois da publicação de uma norma do nada do governador Tarcísio, a representação estudantil já tinha notícia disso, já tinha uma pleito publicado para que eu fosse caado. Muito engraçado, porque via de regra, eu conheço os alunos da faculdade, eles pegam um livro de doutrina no último dia pra prova. Esses aqui leem o Diário Oficial na vírgula e
não é só o da União, é do estado e pedem minha cassação e a faculdade de direito me caça. Então, querido Leonardo, eu fui no mínimo 15 meses caado com CCD. Fui ca qualquer lugar. Eu fui fazer uma conferência no interior do estado de São Paulo, numa universidade estadual. foram lá e mandaram mensagem para pessoas da universidade. Onde quer que eu fosse, eu era caado com Cidilha. Eu fui caado no mínimo 15 meses. Depois que eu fui caado 15 meses, eu fui caado com dois Ss. A universidade me caçou por causa desses relatos, de tal
modo que eu sou o primeiro caçado do século XX. Pode acontecer de que daqui x anos as pessoas têm uma lucidez na consciência. Podem podem acontecer. Só que, querido Leonardo, eu que entrei na faculdade com 17 anos, muita gente falava para mim: "Eu ouvia falar de USP por causa de você". As pessoas não tinham notícias de USP, por causa de você, dizia lá, professor da USP, tal, veio o Brasil inteiro estudar comigo, veio gente do exterior estudar comigo, de vários países, o que invertiu o fluxo, porque são os brasileiros que vão estudar lá fora e
vinham estudar comigo. O meu encanto mais lindo da vida era o encanto com a universidade pública, com a minha universidade. Eu vi a minha universidade cuspir na minha cara. Vocês não imaginam a dor que é o espaço que você mais ama cuspir em você. Eu aguentei, eu não fiquei louco, eu suportei. Eu tive um psicanalista especialísimo, Cristian Rita, eu tive meus virgílios e Virgílias, eu daria o nome deles no momento correto. Eu tive meu José de Arimateia, meus Josés de Armelateia. Em nome de Fabiana Marques, eu elogio a todas e todos. Eu tive meu Emílio
Zolá do século XX, ele se chama Leonardo Tuch. Eu tive gente que vibrou por mim, rezou por mim, torceu por mim. Muita gente fez isso, mas eu vi o que é ser perseguido e ao cabo ser cuspido na cara. Eu suportei, eu perdi minha ilusão. É assim que o mundo funciona. Um homem para enfrentar a luta e o fardo da sua luta, ele será maltratado, ele será caluniado, injuriado e difamado. As pessoas cuspirão nele. Aí eu me lembrei do Giordano Bruno. Jordano Bruno foi perseguido e perseguido e perseguido e preso e humilhado porque falou que
a Terra gerava em torno do Sol e mais coisas belas. Além disso, ele foi considerado como um homem da maior memória que a humanidade conheceu. Ele escreveu inclusive um livro Tratado da Memória para ensinar como memorizar. Foi o homem com a maior memória que o mundo conheceu. Os reis da França chamavam ele para falar como é que ele conseguia tudo isso. Foi um homem genial, um gênio da história da humanidade, foi levado pra fogueira. Camp de Fiore, centro de Roma. Várias vezes eu passei em Roma, olhei para aquela estátua, pegaram um capuço e fizeram assim
no Jordano Bruno na hora que ele foi amarrado no poste para ter para queimar os inquisidores. Os inquisidores são naquele tempo os homens do bem de Deus, da ética, etc. e tal. Como esses aqui defenderam supostas vítimas, então eles defenderam dizendo: "Vai se [ __ ] para lá, se você gostou, avisa." Sim, tal. Puseram assim no Jordano Bruno, ele falou: "Tira esse capuz da minha cara". Aí fizeram assim: "Eu quero olhar paraos meus inquisidores". Aí ele falou em latim, eu vou traduzir português. Ele olhou pra cara dos inquisidores e disse assim: "A sentença que vocês
vão dar para mim vai pesar mais para vocês em pronunciá-la do que em mim ao recebê-la." E aí pronunciaram que ele seria morto. Tacaram fogo, ele morreu. Eu vou dizer a quem me persegue. As reportagens infames de vocês custarão mais a vocês do que a mim. Só que a mim custou muito. Só que a vocês custarão. Custará mais. Quem me persegue ignora. Pachuca USP, Bolevique USP, não sei que lá USP, Levante USP, etc e tal. Xinga o aluno, vai se [ __ ] para lá, etc e tal. Quem ignora tudo isso? Isso quer a minha
morte simbólica. Como é que eu controlo a mãozinha dessas pessoas que escrevem qualquer coisa e assinam com a caneta? Eu não controlo. Como é que eu controlo a maldade dos seres humanos? Eu não controlo. Só que eu fiz um processo em todos esses meses em que eu estive eu, a parede, minha biblioteca e o pessoal vibrando por mim. Eu fiz um processo de dizer, ó, eu preciso suportar o que o Jordano Bruno suportou. A vida inteira eu pensei isso. Um dia a vida me cobra o preço das minhas ideias. Por como as minhas ideias não
são fracassadas, as pessoas adoram minhas ideias, dizem que eu sou um homem de boa retórica, mas as pessoas gostam, as pessoas se afeiçam comigo, me abraçam, lançamento demora 8 horas, etc e tal. Ah, você abraça todo mundo, todo mundo abraça você. Vou ter que no próximo lançamento do livro meu colocar uma plaquinha dizendo Alon Mascar somente abraça quem declarar em público que quera um abraço dele assinar em cartório. Assinar em cartório, porque senão e eh enfim virar o Pachucausp, tirar foto do abraço. Pois bem, então, a vida inteira eu preparei minha mente, e não é
só a mente, é um estado psíquico de subjetividade para que a vida cobrasse um preço. Eu vou lhe contar uma coisa e com essa eu vou encerrar tudo. Sabe qual foi o dia que eu sabia que eu ia pagar um preço? Ninguém sabe disso, tirando as pessoas que estavam envolvidas no caso. Em 2022, eu lancei crítica do fascismo. Eu contei aqui. Eu fiz questão de concluir esse livro antes da eleição do segundo do primeiro e segundo turno de 2022. Bolsonaro, presidente no cargo e Lula, recém saído de toda a complexa trama da Lava-Jato. Pois bem,
eu comecei a caravana de lançamento do livro que durou um ano e meio pelo Brasil inteiro. Caravana essa que vocês chucar no USP, Levante USP, Luan Corte, etc. Não me deixaram fazer para sociologia do Brasil. A caravana começou e vocês paralisaram minha luta intelectual e política. Eu comecei a caravana, eu fui ao Rio Grande do Sul numa das vezes, era véspera da eleição. Eu fui fazer conferência de lançamento numa sexta-feira. No domingo era eleição. Ninguém sabia se ganhava Lula ou Bolsonaro. Ninguém. Segundo turno. Ah, ninguém sabia mesmo, porque bastou eh proibir ônibus de para votação
em cidades que alterou a urna. Oi, ali para que eu desço no aeroporto desta cidade do interior do Rio Grande do Sul. Eu fui até Porto Alegre e troquei de avião, vesti no aeroporto da cidade, a querida professora da Universidade Federal, querido ser humano, um dos mais especiais seres humanos que eu conheço, me abraça. Obrigado por ter vindo, o público inteiro tá te esperando, só que eu tenho que te contar alguma coisa. Falei que foi foi anunciado por todo lado que eu iria dar uma conferência, sessão de autógrafos no auditório da reitoria da universidade pública
federal. Como eu faço, via de regra, eu faço 70 viagens por ano no Brasil e no exterior de eventos. Chego lá, ela diz assim: "Estava reservado o auditório da reitoria, tudo certo". Ela falou: "Senta aqui num banco no aeroporto antes de entrar no carro". Aconteceu o fato mais bárbaro. Falei: "Que foi?" tacaram um produto químico de envenenamento no prédio da reitoria e no auditório e militares foram vistos dando volta na rua, na frente do prédio, muitos e muitos militares antes que você chegasse. O pé da ritoria foi interditado. Esta história é verdadeira e tem centenas
de testemun no interior do Rio Grande do Sul. Você está sendo perseguido. Faltava um dia, dois dias paraa eleição. Era sexta, eleição, era domingo. Você tem coragem de fazer a conferência? A gente não sabe se você vai ser alvo no palco. Tacaram produtos químicos, reagentes químicos. Se você fizer, não pode ser na universidade. A gente tem que trocar qualquer lugar. Não é melhor suspender para garantir sua vida? Perguntei, vocês têm um lugar? Falou: "A gente consegue uma livraria, um espaço numa livraria". Falei: "Eu vou". Aí, senhoras e senhores, eu cheguei lá, tiveram que avisar todo
mundo que a palestra ia acontecer em outro lugar, porque todo mundo achou que a palestra estava suspensa em outro lugar, certo? E tal, tal, tal, tal. Cheguei ness lugar. Eu cheguei no lugar, peguei o microfone, gente querida, centenas de pessoas. Eu fiz uma reflexão comigo mesmo. Me disseram: "Tem uns militares lá fora rodeando. Bolsonaro podia ganhar a eleição, perdeu por 1,5%. Eu pensei, esta é uma hora que cobra de mim uma prova de quem eu sou. Eu sou intelectual público crítico revolucionário ou não? Olhei pro microfone, olhei pro espaço, olhei para portas de saída. Havia
duas lá e um certo camarinho que não sai para lugar nenhum. Atrás me trouxeram uma garrafa d'água. Eu olhei, aitei para ver se ela estava fechada. A princípio estava lacrada. Abri, pus no copo. Comecei a conferência. E fiquei calculando com o meu passo, com a minha altura, quanto eu levava para correr. Devido à minha altura, abaixar é muito difícil. Então, me abaixar debaixo de uma mesa para me defender de um tiro, eu não consigo. Falei horas de autógrafo. No outro dia dei mais uma conferência nessa cidade, peguei o avião, voltei para São Paulo. Eu conversei
com os meus e pensei no plano do que eu faria. No caso do governo do sistema extrema direita prosperar e virar uma ditadura. Lembrei dos meus velhos companheiros do MPLA de Angola que sempre me disseram: "Vem aqui". E tantas vezes eu fui lá dar palestra. Mandei uma mensagem para um velho companheiro meu, reitor de universidade em Luanda. Se eu tivesse tempo de pegar um avião, eventualmente não tem, é a África o meu lugar. ou é América Latina. Pois bem, eu enfrentei isso. A vida inteira eu esperei que o meu enfrentamento fosse nessa hora extrema de
eu ter que dar testemunho público, dizer: "Este regime fascista está fazendo tal coisa". Como eu fiz todos os anos Bolsonaro eu de entrevista a você, eu esgarçava o que ele fazia. Eu estava preparado para isso. Como eles sabiam que eu estava preparado para isso, até para levar um tiro, eles foram destruir a minha imagem. E eu suportei. Eu fiz um processo psíquico esses meses inteiros. Eu aguento que um ser humano minta e faça um plano macavélico no sentido pior da palavra, porque Macavé foi um grande filósofo. Contra mim, eu aguento que este preta chacas que
perseguiu mais gente me me persiga. Eu aguento, querido Leonardo, é que eu tenho ainda esperança de que haja lucidez nesta sociedade. Eu tenho esperança. tem esperança de que a USP não precisa fazer o plano maligno, de que ela, quem sabe resolve fazer uma sindicância para entender porque que um professor dela foi perseguido 15 meses. É uma curiosidade, porque se um auditor de rendas de qualquer governo, federal, estadual, municipal, chega aos seus superiores e diz assim: "Eu estou sendo perseguido. superior do auditor de rendas, do fiscal de rendas, tem uma obrigação de fazer uma investigação ou
de dar notícia ou qualquer coisa para investigar. Ele está sendo perseguido, sendo auditor fiscal. Qualquer pessoa na administração pública tem obrigação de em sabendo que um funcionário público, um servidor público é perseguido no cargo, porque não é que eu fui perseguido andando na rua, etc e tal, eu fui perseguido no meu cargo de professor. Eu dei aula, alunos vieram conversar comigo, naquela noite eles foram incidiados. Usam o nome Pachuca USP. Ah, o nome qualquer um pode criar. Usa o nome Pachucausp contra um professor e contra alunos da USP. Então não é o problema do nome
Pachucanúp. O problema é o alvo do nome, alunos da USP, professores da USP. Eu tenho esperança de que, tendo informado eu já a USP de que eu sou perseguido, haja uma luz em alguém que diga assim: "Este professor, ele é comunista. É comunista que o povo gosta. comunista tem que morrer eventualmente, mas é nosso dever pensar ou saber ou procurar ou pesquisar ou investigar que um servidor público seja perseguido. É nosso dever fazer uma investigação. Então esta porta de lucidez, volto a dizer, eu tenho esperança porque eu não posso dizer que não vai acontecer, porque
aí vai se dizer que eu não dei uma uma solução digna. Começou sendo Sérgio Mouro e Dalanol esse processo contra mim. Eu fui perseguido, perseguido, perseguido. O meu pedalinho foi não sei o quê. E o meu triplex do Guarujá, grande triplex do Guarujá, foi também anonimamente não sei que mais. A inventar uma história absurda, que é a cabeça da reportagem do The Intercept, essa história que eu quero a prova disso. Enfim, e assim eu fui destruído. O meu pedalinho foi o caso primeiro do The Intercept. Pois bem, fizeram tudo isto, fizeram lawir, porque agora vem
o pior de tudo, querido Leonardo. Qualquer investigação que envolva situações de comportamento moral, sexual são por lei sigilosas. Sabe o que aconteceu de pior? Isto foi a maior dor da minha vida. Toda vez que a USP avançou uma casa no procedimento dela maligno contra mim, eu não sabia e a imprensa sabia. É o padrão. Todo ato que se passou no meu caso, na USP, a imprensa sabia. Uma vez minha advogada Fabiana Marques começa a receber mensagens da imprensa. Declare a sua posição a respeito deste ato que a USP fez no procedimento contra Alisson Mascaro. Ela
escreveu que é ato? o ato tal que a USP abriu, tal, tal, tal. Ela falou: "Não sei, não fui informada nem ele. A imprensa sabia" e volto a dizer, o crime não é que a imprensa saiba antes de mim, já é uma coisa absurda, é que a imprensa saiba, porque isso se chama lawir. O que é law fair? Eu crio as condições sociais para que o alvo seja erodido, seja flechado socialmente, seja eh destruído socialmente, porque esta opinião pública criada massivamente, cultivada massivamente por linchamento, cria as condições paraa decisão institucional. Isto é o LFER. Então,
todo ato meu teve notícia na imprensa. Mas pra gente caminhar pro fim aqui, Alon, essas condições elas não são ideais paraos seus inquisidores, né? desde a reportagem que não se sustenta, que não pode ser defendida pelos próprios autores, as vítimas que não apareceram e a USP também, que na verdade eh ela não vai julgar o Alison Mascaro, ela vai julgar a Universidade de São Paulo, a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco. Então eu desejo a você boa sorte, desejo a você eh que você tenha eh toda a força para continuar escrevendo, como você
sempre fez, que você publique o que você elaborou sobre o cancelamento, eh, e que você realmente, quer dizer, possa aprofundar sua reflexão, porque eu acho que o que aconteceu com você é uma oportunidade para aprofundar a reflexão. sobre eh a vida institucional no país, sobre os mecanismos de perseguição, de cancelamento. Eh, esse é um processo que dizer que realmente pela sua fragilidade ele pode ser um ponto de virada. E eu acho que o fato de você ter resistido é uma grande vitória já. Por isso eu quero te agradecer pela entrevista. Quero dizer que foi uma
grande honra poder dialogar com você esse tempo todo e espero que a gente possa a partir dessa entrevista de hoje abrir um novo ciclo de entrevistas aqui na TV247. A partir de hoje eu sou um guerreiro com uma cicatriz na alma, sem ilusão, mas com muita esperança. Muito obrigado. Obrigado. Até a próxima e boa sorte. Muito obrigado. Valeu, gente. Obrigado a todos. [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música]
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