RACISMO DE ESTADO: aula de 17 de março de 1976 do curso "Em Defesa da Sociedade" por Michel Foucault

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Robson de Oliveira
Aula da disciplina Segmentos Sociais, Participação e Controle Social com o tema Racismo de Estado. O...
Video Transcript:
Oi bom dia boa tarde boa noite dependendo do horário que você estiver assistindo esse vídeo eu sou professor Robson e hoje a gente vai conversar sobre racismo de estado estado a partir do que a gente encontra o podem entender pelos escritos do Michel ficou Mais especificamente a gente vai estar se referindo a aula que ele ministrou em um curso no colégio da França no dia Dezessete de Março de 1976 essa aula em específico ela é oferta um apanhado de todo o curso né E aí ele vai fazer uma longa trajetória né do que ele abordou
naquele ano para conseguir concluir abordando aquilo que ele considera enquanto o racismo está né E aí enfim como a gente começou nos cursos conversando sobre o político e micropolítica a música por via principalmente nas últimas páginas do livro História da sexualidade I necropolítica por via dos escritos da irmã a gente concluiu aquela primeira aula é entendendo que num regime político cuja vida é o elemento Central A única forma de se retirar a vida seria governo racismo testado e daí hoje então a gente vai entrar naquele que seria o componente Central para que esse regime político
como que nós temos hoje constituído roiado sobre a biopolítica possa vir a atrair vidas não é mesmo de forma deliberada ou não mas ver o que tem interessante pensando nisso né essa aula do dia Dezessete de Março ela é bastante rica na ele passa por diferentes tópicos até chegar no racismo testado e a gente precisa retomar esses tópicos alguns porque eles fazem referência a nossa primeira aula nosso primeiro encontro que foi sobre o político e micropolítica e por outro lado é importante também retornar isso eu posso entender exatamente no que consiste a biopolítica até para
que a gente possa compreender de maneira mais aprofundada no que consiste a né que o política como o pensada pelo assim num certo então essa aula em um show ficou que ocorre no 17 de março de 1976 ela tá aí nesse curso em defesa da sociedade eu já mencionei para vocês a3cursos do colégio de fãs que o Michel ficou ministrou que de certa maneira apresenta o que nós podemos chamar de uma constituição uma compreensão acerca do estado que são o em defesa da sociedade esse segurança território população e nascimento da biopolítica no caso o custo
em defesa da sociedade a que é o que nós estamos lendo hoje na sala ou a questão da gente está dela é tão importante e central que em alguns países o curso Ele foi traduzido como genealogia do racismo países hispanofalantes aqui da América Latina genealogia do racismo é o nome do curso no caso é a tradução para o português perdeu uma certa ironia que existe nele na eu vou colocar na legenda aqui embaixo o nome em francês mas sucintamente o título seria devemos defender a sociedade no sentido de interrogação e essa concepção né de central
ano porque que devemos defender a sociedade muito ela decorre justamente da forma como absolvida a vida Aliás ele é absorvida pela política não é a maneira como a vida uma não é entra no campo da política a partir do século 18 e também a partir da forma como essa sociedade o veem por meio de suas decisões vai fomentar o que eu Michel ficou Vai cada categorizar como racismo sabe então entrando especificamente na aula o que que é um show ficou ele vai nos apontam levar eles é para gente aqui um dos elementos ou uma das
chaves em trás é do século 19 ou que a gente pode identificar a partir do século 19 É principalmente o que ele vai chamar de processo a utilização da vida e nesse ponto é sempre importante a gente lembrar daquela pequena chave da com a gente discutir o na primeira aula né que eu poder soberano anterior a o que a gente pode chamar em dia era moderna se baseavam no poder de fazer morrer e deixar viver o soberano ele tinha esse tipo de poder sobre os seus sujeitos que a gente vai ver a partir da Constituição
desse estado moderno é uma outra relação que vai se apoiar principalmente na por meio da biopolítica na possibilidade de fazer viver e deixar morrer então entre o século 17 e século 18 no chão ficou ele vai apontando aí na aula que ele tá ministrando que foram surgindo diferentes técnicas e dispositivos de poder que vão se sentar fundamentalmente sobre o corpo humano no indivíduo já na segunda metade então do século 18 a gente vai ter incutido aí no que a gente pode chamar de poder disciplinar uma outra forma uma outra maneira de poder que é um
tipo de poder que vai se voltará sobre a coletividade é do humano e essa coletividade do Mano ela pode ser entendida aí justamente como abre o política da espécie humana inicialmente então no chão ficou levar define-se como um conjunto de processos como a proporção dos nascimento dos ovos a taxa de reprodução fecundidade de uma população a definição está entre a página 289/290 da medição tá E aí na forma como a biopolítica ela vai se constituir ela vai ter diferentes frentes de ação uma das primeiras que no chão ficou vai identificar então é aquela que vai
ser voltar sobre as endemias sobre aquilo que agia sobre a o corpo do sujeito na população e subtraia dele a sua força sua potência de vida então Amil política ela vai ter por exemplo como um dos problemas centrais a própria ideia de cidade né como constituiu uma cidade que possa permitir aos indivíduos a população o pleno desenvolvimento de sua potencialidade para que possam ser e É nesse quadro então que a gente pode dizer que há uma espécie de Oi gente em torno do objeto central da Medicina medicina ela passa Então se preocupar justamente com a
higiene pública e nessa preocupação com a higiene pública a gente tem o que podemos chamar de um processo de medicalização da população é outro componente além desse que vai aparecer então no combate às endemias no processo de Constituição da Medicina como nós a conhecemos seria Justamente a o fomento ou a emissão de um conjunto de instituições que vão pensar as formas de proteção essa população são instituições que vão aí desde a assistência pensando o atendimento a idosos as Crianças A Inválidos a doentes né a todo o processo de alteração radical nessas instituições Então os hospitais
eles deixam de ser por exemplo espaços para que as pessoas é que não tem lugar na sociedade que não tem função nossa cidade sejam deixadas Como lê para serem considerados como locais por fomento à cultura e para além da transformação das instituições na e esses processo a tendência é que vão me mandar do Estado a gente também tem alguns outros elementos como por exemplo é a própria constituição ou formas de poupança Seguros e outro elemento Central além do combate às endemias e além do fomento ou da emissão dessas dessas assistências é a preocupação ou o
ato de se pensar a espécie humana por meio do seu conflito com o meio Onde está inserido principalmente E aí por meio disso vai surgir ou vai emergir um conceito que até então era novo aí no século 18 O que é ideias população antes você tinha uma relação direta pensando indevido e aqui a partir do momento em que abriu política ela passa a constituir um tipo de racionalidade sobre esse conjunto coletivo a gente vem energia então o que nós podemos considerar enquanto população então a biopolítica ela vai lidar com a população EA disciplina vai lidar
com o corpo e no caso abre o preto que ela vai ser dirigir aos acontecimentos o que acontece ocorre em junto a um coletivo Então passa a emergir dois tipos de séries distintas e específicas O primeiro é o corpo organismo disciplina instituições e o segundo seria a população processos biológicos mecanismos reguladores e estado São essas duas séries cada uma se referindo a uma delas há uma dessas formas de poder por um lado da disciplina e por outro a biopolítica E aí nós temos então conjunto orgânico institucional a organo disciplina da instituição e nós temos por
outro lado um conjunto biológico estatal abriu regulamentação pelo Estado EA info Analisa Michel ficou ele vai trazer o exemplo da sexualidade no que ele que vai considerar como é um tipo de dispositivo que está na encruzilhada entre a normatização de um corpo e do coletivo enquanto população e aí o que que vai permitir então que certo fico lhe essas diferentes estratégias que se voltam tanto a disciplina quanto a população é o que Michel ficou vai falar da Norma é norma é o a central que permite articular essas diferentes estratégias que passam pelo indivíduo e também
pela pelo coletivo é isso resulta no que a gente pode chamar de um processo de extrema normalização em torno da sociedade aonde nós vivemos a norma então ela vai aparecer como um elemento que articula a disciplina com a regulamentação disciplina então é aquela que se volta indivíduo a regulamentação aquela que você volta a população a nossa lá serve tanto para um corpo que você quer disciplinar Quanto tá uma população que você quer regulamentar e aí nesse processo né de apresentação na entorno desses diferentes elementos da sua aula na equipe percorreram todo o curso que o
Michel ficou legal afirmar o seguinte Olha o racismo de estado ele se desenvolveu primo com o termo organizador com processo de colonização e ele vai explicando isso sucintamente indiferentes passáveis E aí eu separei essas passagens para gente ir refletindo a partir da própria das próprias missões e citações do autor então certo racismo de Estado então aula 17 de março de 76 do curso em defesa da sociedade de Michel Foucault é de onde nascem lei para ficou é esse é um elemento interessante tá para a gente já mais ou menos entender por onde que ele vai
percorrendo as suas estratégias para constituir essa ideia de racismo nos Estados aqui a gente tem uma capa como eu falei pra vocês genealogia de racismo na Como é o curso é chamado é um dos países hispanofalantes e a melhor ficou ele vai me falar o seguinte a guerra que se Desenrola assim sobre a ordem sobre a paz a guerra que solapa a nossa sociedade e a dividir de um modo binário é no fundo a guerra das raças muito cedo encontramos os elementos fundamentais se constitui na possibilidade da guerra é que lhe garantem a manutenção o
procedimento o desenvolvimento diferenças étnicas diferenças das línguas diferenças de força e vigor de energia e de violência diferenças e selvageria de barbáries conquista e Servidão de uma raça por outra o corpo social é no fundo articulada a partir de duas raças a ideia segundo a qual a sociedade é de um extremo a outro percorri o trancamento das raças que encontramos formulados no século 17 e a justamente no âmbito de uma superação desse quadro binário em torno dessas raças uma externa e outra interna que o racismo de estado ele vai se constituir junto a uma espécie
de modernidade na E aí que que a gente vai discutindo desde então na aula passada sobre a eugenir a união então seria um desses braços modernos da ciência que permitiu a modernização em torno do racismo lembrando que quando ele vai afirmar que o racismo ele vem primo com o processo de colonização a gente inclui América a gente inclui a África a gente a gás territórios da Ásia é espaços que foram profundamente colonizados pela Europa e que encontraram na Europa no caso encontrou nas expectativas e na racionalidade racista é meios que explicavam e que asseguravam a
legitimidade das ocupação e da sua permanência nesses espaços Oi e aí a gente vai então discutir um pouquinho sobre a origem do racismo estado da Michel ficou o resultado da emergência desse discurso da guerra de raças que começa a funcionar no século 17 vai assumir um novo centro tornando-se justamente o discurso do Poder agora central do e centralizador no interior do Estado e nações não se trata da luta entre duas raças Mas entre uma raça é considerada legítima detentora do Poder reprodutora da Norma contra todas as outras é a partir disso os discursos biológicos racistas
apoiados sobre a degenerescência difundidos por instituições e aqui a gente pode incluir então eu viria funciona o interior do corpo social como princípio de eliminação segregação e finalmente de normalização da sociedade É nesse ponto que para ficou é bem gerar um discurso o que que é promulgar a Justamente a defesa da sociedade contra esses perigos externos e acima de tudo internos internos temos de defender a sociedade contra todos os perigos biológicos dessa outra e essa sub-raça essa com contra raça que estamos sem querer constituindo então o que que ele vai reconhecer nesse processo o primeiro
no âmbito da Europa desde 1789 a gente tem aí por exemplo a revolução francesa que vai constituir Então esse cenário em torno do que a gente pode chamar e de modernidade e o processo de colonização ele vai constituindo o produzindo esse sujeito e o racismo de estado pensado dessa maneira vai justificar enquanto inferior a essa inferioridade justificar Inclusive a dominação dos seus territórios todavia a partir de um certo momento principalmente no século 19 para o século 20 você tem é a fluência desse sujeitos em diferentes espaços e se passa a reconhecer a presença ou desenvolvimento
de uma espécie de sub-raça no interior do esplendor do Estado né então você tem por exemplo a Constituição da classe burguesa para fazer uma leitura de classe mesmo e você tem que a gente pode chamar ele de classe trabalhadora no interior do discurso a sexta proposto na cor essa ideia de raciocínio estado a própria classe trabalhadora é alvo é alvo de racismo em virtude dos preconceitos na e da necessidade de da própria forma como essa classe vai se colocar em maneira antagônica contra a direção ou a ordem né para suposta pela sociedade burguesa EA gente
então uma situação do futebol nesse momento então a temática racista não vai mais parecer que ser instrumento de luta de um grupo social contra um outro mas vai servir a estratégia Global dos conservadorismos sociais aparece nesse momento um racismo de estado o racismo com a sociedade vai exercer sobre ela mesma sobre seus próprios alimentos sobre seus próprios produtos um essas interno ou da Purificação permanente que se é uma das dimensões fundamentais da normalização social ou seja Então esse racismo pode pode ser que ele começa então né num processo de diferenciação entre o sujeito europeu com
os e usados ele vai se constituindo no próprio interior desse estado na progressivamente até que você passa a constituir um tipo de racismo ou de corte racial que vai nos dizer quais são os grupos que podem ou devem ser mortos e quais aqueles que devem viver o discurso histórico do racismo de estado esse discurso histórico das raças através das Nações e das leis possa emergir no início do século 17 não sendo assuntos que emana dos oprimidos historicamente a diferentes exemplos da sua presença e grande circula circulação e polivalência estratégica por muito tempo foi um discurso
das oposições ele serviu por exemplo ao pensamento radical inglês na revolução do Século 17 alguns anos depois foi instrumentalizado pelo pela aristocracia francesa contra o poder de Luís 14 e ainda serviu a desqualificação das sub-raças colonizadas dessa forma que se discute representa é uma mobilidade polivalência que permitiram sua transição da idade média até os séculos seguintes é de Bernardes e se vencer que sua opção política funcionam independentemente do momento histórico ou modo de produção em que se alojava então a gente pode falar que esse discurso racista Ele atravessou diferentes formações e serviam foi instrumentalizado a
diferentes momentos históricos né em virtude da dominação de uma classe ou de um grupo contra outro né o pra se tomar o poder o tomar o poder não ao se tomar o espaço de poder de grupos que seriam privilegiados como aí no caso por exemplo da Revolução Francesa A Bernardes citada aí ela tem um livro chamado nascidos no estado que ela vai fazer uma um resgate em torno dessa desse conceito em Michel Foucault E aí E sendo que para focou o tipo de racismo estado que ascende a partir do século 19 em suas raízes sobre
os processos de colonização o racismo então ele vai ser desenvolvido em primeiro lugar com a colonização isso é com o genocídio colonizador um dos principais discursos oriundos desse fecha organizador do estado moderno racismo estado é a racionalidade ao gênica moderna que emerge a partir do século 19 e se difunde diferentes áreas do conhecimento adentrando em diversos continentes e definida a prática de vários atores sociais em sua relação com o estado outro elemento a ser destacado é o modo como a palavra raça comparece neste discurso distante de um sentido biológico ela é expressa na análise de
fogo uma certa ruptura histórica política e aí é por isso que a gente pode falar por exemplo de um tipo de racismo de estado contra a classe trabalhadora a gente pode falar sobre um racismo de estado contra os povos asiáticos mesmo que a gente saiba que no nosso quinto por exemplo a nossa formação sócio-histórica as etnias que estiveram predominantemente e são de alvo de racismo foram povos autóctones e os africanos escravizados esse racismo Então retoma e se recicla a forma o alvo EA própria função do discurso sobre a luta de raças de turbinas é que
que o tema da Guerra histórica com suas batalhas suas invasões suas pilhagens suas vitórias e duas derrotas será substituído pelo ter um biológico pode evolucionista da luta pela vida a luta com parece assim como biológica não mas no sentido Guerreiro mas no sentido da diferenciação das espécies seleção do mais forte manutenção das raças mais bem adaptadas aquilo que o Michel ficou encontramos explicando é que a uma entrada do discurso evolucionista em torno das raças por interior da própria Constituição da vida no seu processo de estatização Então se por exemplo a gente tinha teorias como ajudar
vem ou como adola mar e vão falar sobre a evolução das espécies EA luta dos mais forte pela sobrevivência a gente tem aqui um conjunto de Ju as pessoas que vão explicar por que que algumas raças estão é estão destinadas a prevalecer a se tornarem dominantes enquanto outros estariam submetidas ou estariam destinados a desaparecer em a serem dizimados enquanto justificativa justamente do processo de dominação da dos povos europeus sobre os seus colonizados e o estado querem Justo na conta história das raças vai comparecer agora como um protetor da integridade da superioridade e da pureza da
raça a ideia de pureza da raça Com tudo o que comporta um só tempo de monístico da estatal e de biológico ser aquela que vai substituir a ideia da luta das raças então quando o tema da pureza da raça toma o lugar da luta das raças eu acho que nasce o racismo Isso é uma situação do Michel ficou no curso tá ou que está se operando a conversão da conta a história em um acismo biológico o racismo não é pois vinculado por Acidente ao discurso EA política anti-revolucionária do acidente não é simplesmente um edifício ideológico
adicional que teria aparecido em dado momento numa espécie de grande projeto anti-revolucionário no momento em que o discurso da Luz as raças se transformou em discurso revolucionário o racismo foi pensar foi o pensamento o projeto o profetismo revolucionário viradas no outro sentido a partir da mesma raiz queda de custo da boca das raças o racismo é literalmente ou o bolsonaro Mas pelo avesso ou ainda Poderíamos dizer isso seu discurso das raças a raça não simular foi uma maneira de inverter essa arma de utilizar seu Gume proveito da soberania conservadora do Estado de uma soberania cujo
brilho e cujo vigor não são agora segurados por rituais Mágicos jurídicos mas por técnicas médico normalizadores à custa de uma transferência que foi a da lei para Norma do jurídico para o biológico à custa de uma paisagem que foi a do plural das raças para o singular da raça à custa de uma transformação que fez do projeto de libertação a preocupação da Pureza treino do Estado assumiu tornou a levar em consideração reutilizam estratégia própria ou discurso da luta das raças a soberania do Estado transformou-se assim num imperativo da proteção da raça como uma alternativa e
uma barragem para o apelo revolucionário que derivava ele próprio desse velho discurso das lutas das decifrações e das Rei das reivindicações e das promessas então aqui e o próprio discurso à população de uma guerra de uma batalha das raças pensando o que a gente antes nessa contra a o domínio net certos territórios por exemplo a invasão dos mouros em Portugal ou a própria maneira como de maneira clássica né certas raças e etnias combatiam o elas tentavam impedir o avanço desses inimigos a gente vai ter aqui uma outra não desse dessa luta de raças e essa
luta de raças ela vai se colocar da seguinte maneira Os territórios eles são dominados e nesse processo a as raças autóctones desse local elas são subjugados e ao mesmo tempo há uma fraqueza em torno dessas raças que justificaria a sua é e a sua dizimação ao mesmo tempo em que um dos elementos centrais aqui é a própria forma como vai se entender que nesse estado moderno são as técnicas EA racionalidade em torno da gestão dessas vidas que precisam ser pensadas na e não a partir de uma ideia a respeito do soberano Enquanto Deus na Terra
e aí essas técnicas dessas estratégias elas são legitimados por racionalidades diversas que vão desde as opções mais radicais né no âmbito da dominação territorial como quanto também há os discursos mais refinados e que se propõe mais científicos como Eugenio no caso raças muito estado que por sua vez possuirá no âmbito da Eugenia um tipo de dispositivo que vai estabelecer um Locus privilegiado de produção da Verdade na produção de conhecimento das chamadas ciências humanas em Ampla ascensão na época não discussão anticolonial na necessidade deste para o agente exterior que ameaça as fronteiras e por fim no
a gente e cresce junto à nação e que se constitui como um inimigo ao esplendor e crescimento do Estado propaga-se assim tipo de regime de ver opção que vai afirmar e comprovar de forma como minimizada a superioridade de uma raça sobre outra a necessidade de eliminar certas raças Ou seja no Sanear disciplinar e controlar a reprodução de tantas outras E aí então como que ficou vai definir o racismo de estado e quais as funções que ele identifica no seu interior então às vezes uma testada ele representa inicialmente uma possibilidade decisão nessa redutora do Poder onde
você pode definir o que deve viver e o que pode morrer isso é viabilizado pelo aparecimento do curso da raça no campo da biologia da espécie da humana sobre tal discurso estabelece sem ele Arquias entre raças e a qualificação de certas raças como boas superiores e outras como ruins inferiores Isso serve para quê no interior de um conceito como de população haja em números divisões e fraturas essa para o cocô é a primeira função do racismo a fragm e entre as raças da espécie humana no interior do campo biológico outra função do racismo seria uma
espécie de continuidade do discurso guerreiro do para viver é preciso que você não Sacra seus inimigos essa acepção racismo sumir a outra feitura mas fundamentalmente o mesmo princípio quanto mais você matar mais você viverá o racismo vai estabelecer entre a vida EA morte de certos grupos uma noção biológica de superioridade e perpetuação Ou seja a morte da raça inferior anormais degenerados é o que fortalecerá Assunção equilíbrio e superioridade das raças mais desenvolvidas placas e agora e uma relação biológica e não mas minuto militar ou guerreira a racionalidade racista investigada por características do evolucionismo exercidas desde
o mecanismo biopolítico permite a um só tempo a justificativa no âmbito da guerra do assassinato do inimigo as castas inferiores e desses por seu próprio cidadão a morte Purificação da raça e aqui em 1 a classificação do Michel ficou em linhas Gerais o racismo acho eu assegura a função de morte na economia do biopoder segundo o princípio de que a morte dos outros é o fortalecimento biológico da própria pessoa na medida em que ela é membro de uma raça ou de uma população na medida em que o elemento numa pluralidade unitária e viva Vocês estão
vendo que aí estamos no fundo muito longe de um racismo e seria simples e tradicional mente desse preso o áudio das raças umas pelas outras também estamos muito longe de um racismo que seria uma espécie de operação ideológica pela qual os estados ou uma classe temperar desviar para um aniversário mítico utilidades que estarão voltadas para eles hoje estaria um corpo social eu creio que é muito mais profundo do que uma velha tradição muito mais profundo do que uma nova ideologia e outra coisa Qualquer a especificidade do racismo moderno o que faz sua especificidade não está
ligada a mentalidades a ideologia a mentiras do Poder tá ligado a técnica do Poder a tecnologia Ah tá ligado a isso que nos coloca longe da Guerra das raças e dessa inteligibilidade da história no mecanismo que permite ao biopoder exercício Portanto o racismo é ligado ao funcionamento de um estado que é obrigado a utilizar a raça a eliminação das raças EA Purificação da raça para exercer seu poder soberano Ajusta a posição Ou melhor o funcionamento através do biopoder do velho poder soberano do direito a morte implica não funcionamento a introdução EA ativação do racismo E
aí escreveu que efetivamente ele se enraíza bom então fica interessante pensar dentro do conjunto de leituras que nós fizemos ao longo desse período de ensino remoto especial Essa é a gente discutiu então Amil política EA política para entender mais ou menos como que tava se constituindo as respostas é do governo a crise sanitária e desencadeada pela cor 2019 a gente tem então aqui no caso a apresentação desse elemento chave que o racismo de estado mas o racismo estado compreendido Por meio dessa concepção de mil política na como mexeu ficou vai propor que nada mais é
do que a entrada da vida no campo da política ao mesmo tempo que a gente tem por outro lado aquilo que o mangue vai definir encontro necropolítica que é um tipo de racismo específico voltado para esses países de passado colonizado e enquanto antigas colônias né E aí é isso que a gente vai ver então no nosso próximo encontro que é contexto do Silvio de Almeida sobre racismo estrutural embora se realmente ele não escreva nos termos né não Michel ficou Isso não é um problema porque o Silvio Almeida vai fazer aquilo é que o Michel ficou
no seu pai fazer que é o que desvendar então a estrutura ou a forma como o racismo ele vai se é constituir no interior da sociedade brasileira historicamente E aí a gente vai então fazendo o link para a gente pensar o racismo como Michel ficou pensa por meio do racismo de estado tá bom e por fim né Depois da apresentação Silva de Almeida a gente vai ter a oportunidade de fazer o debate por meio das questões vinculadas ou a peladas a couve 19 certo ou que vai ser Então a nossa próxima atividade né feita essa
aula a respeito da doença no estado por meio do Michel ficou e entendendo é que vocês leram que acompanhar um vídeo a colaboradores questões sobre o racismo estado a gente vai fazer o mesmo esquema que a gente faz em outras aulas na essa questão é o essa proposta aliás de vocês elaborado em questão alunos ajuda muito a encaminhar as atividades porque daí no momento da aula 5 ou na a gente for momento de baixo tá então vocês elaborem duas questões pensando o racismo estado e aí eu providencia as respostas depois da aula do Silva de
Almeida Então essa semana é acima citada no banheiro só ficou na próxima semana Silvio Almeida com as estrutural e aí a gente encerra né que o encontro 5 no pode abater esses dois textos Ok então é isso pessoal obrigado e até o nosso próximo encontro E aí G1
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