vamos começar a ler o o eh a f da percepção né Eh e começar pelo prefácio que na verdade é mas é disparado eh a melhor introdução à fenomenologia que existe sabe a gente tem muitos textos muitos textos bons tem assim tem eh assim tem o texto do zahav eh o texto do sokolovski tem tem vários textos que são legais de introdução à fenomenologia nãoé eh mas cara esse texto é um texto especial né Ele é um texto especial por quê Porque é como se ele fosse literalmente uma espécie de síntese eh de posições russelii
Anas e E merl pontian então É como se você tivesse um pacote que é um pacote eh para compreender ao mesmo tempo como é que A fenomenologia se inicia como é que ela se desdobra e como é que ela se consuma né que eles são os três grandes não é assim Claro a gente pode colocar o Sartre como uma espécie de quarta voz da fenomenologia e é justo fazer isso né Eh mas de qualquer forma eu acho que os três são diferentes sabe pode ser uma questão de gosto pessoal né assim uma questão que é
uma questão eh assim de posição particular mas eu tenho a sensação de que os três eles estão eh numa dimensão mais decisiva pro projet projeto fenomenológico não é como esse é um grupo de leitura né Eh o Óbvio é que nós vamos nesse curso ler o texto né e eh essa é uma segunda característica particular do texto da fomia da percepção é que eh esse é um texto muito seminal sabe muito marcado por eh assim por formulações que são formulações densas n é eh eu sempre comento com as pessoas uma frase do Scherer que é
uma frase sobre tipos de incompreensão e o Scherer diz que há dois tipos de incompreensão as incompreensões qualitativas de conteúdo e as incompreensões quantitativas de acento eh incompreensões qualitativas de conteúdo são essas incompreensões que nascem do fato de que você eh encontra uma formulação nessa formulação você se depara com um conceito que são conceitos extremamente complexos e você lê esses conceitos na chave que é a chave superficial da linguagem corrente eh sabe esse texto melona ele é literalmente uma febre para você fazer isso porque ele é repleto dessas formulações que parecem formulações simples mas são
formulações extremamente complexas eh e com isso ele é um texto que é um texto bom para você explicitar eh essa riqueza de conteúdos significativos e as possibilidades que são as possibilidades que parecem literalmente eh soterradas sobre o peso da da linguagem comum né Eh a incompreensão quantitativa de acento É não saber simplesmente o que que é mais importante e menos importante né Eh A sensação que eu tenho com esse texto é uma segunda peculiaridade é que quase tudo nele é importante sabe assim são bom mas e sem mais delongas vamos lá para assim pr pra
leitura do texto né Dani o que que você acha de você ler né e assim de você assumir a leitura não é queres que eu leia um trechinho é é do texto hermenêutica crítica do sch né o texto aliás que a Débora acabou de traduzir eh que vai sair pela Via Vita em maio tá eh isso Pega aí vai lá vamos embora vamos lá então Eh me ouve bem ouço bem começando prefácio O que é A fenomenologia Pode parecer estranho que ainda se precise colocar essa questão meio século depois dos primeiros trabalhos de Russel todavia
ela está longe de estar resolvida A fenomenologia é o estudo das Essências e todos os problemas segundo ela resumem-se em definir essências a essência da percepção a essência da consciência por exemplo vamos parar né então assim eh o texto começa com uma pergunta que é uma pergunta que parece completamente parasitária né que a pergunto que é fenomenologia porque o suposto por exemplo de todos nós que trabalhamos com eh fenomenologia com psicologia fenomenológica com assim com com bases fenomenológicas das ciências em geral todos nós supomos imediatamente que sabemos o que que é fenomenologia né Eh por
isso merloni tá exatamente eh partindo desse lugar comum todos sabemos Será que sabemos não não boa parte do problema da fenomenologia é literalmente responder essa essa pergunta O que é fenomenologia Eh boa parte do problema da fenomenologia dizer o que é um fenômeno né bom eh o merl Ponti tá dando uma primeira resposta a essa pergunta né que que é fenomenologia A fenomenologia é uma doutrina das Essências né Você escutou uma frase como essa essa frase ela parece literalmente uma frase absurda e absurda por quê Porque parece um lugar comum na contemporaneidade que o fenômeno
da morte de de Deus eh apenas para dar a versão que é a versão mais assim mais conhecida da dissolução do plano das Essências parece que a morte de Deus ela ela trouxe consigo a supressão de todo e qualquer possibilidade de se falar de essências né ou seja o que que é a morte de Deus a morte de Deus é a supressão da possibilidade de continuar lidando com a totalidade a partir da dicotomia entre ser e aparência nã eh como eu sempre digo eh é como se a partir do pensamento do Nieto a partir do
pensamento do Kirk você tivesse um fechamento da caverna sabe como se não houvesse mais saídas da caverna e como não há mais saídas da caverna todos nós parecemos literalmente condenados a esse lugar no qual as essências elas por princípio estão colocadas fora de jogo e colocadas fora de jogo por quê Porque na tradição sempre se pensou as Essências como se as essências elas apontassem na direção daquilo que é irrel ã a expressão platônica paraa Essência que é a expressão autocat autó é uma expressão que não podia ser mais explícita o autocat aó É a coisa
mesma segundo ela mesma Ou seja a coisa mesma tal como ela segundo o seu padrão se determina mas Toda vez que você se relaciona com as coisas as coisas deixam de se mostrar tal como elas são nelas mesmas e passam a se mostrar tal como elas são para nós então você tem um problema na tradição um problema que eh assim que parece chegar ao fim com eh a morte de Deus que é justamente o problema da impossibilidade de se escapar à últimas consequências das aparências nã Então parece que nós nós estamos todos condenados às aparências
você tem a palavra fenomenologia o que que parece eh o mais Óbvio na fenomenologia que A fenomenologia reduz todos nós à dimensão dos fenômenos Mas então como é que assim como é que A fenomenologia pode se Pretender uma doutrina das Essências como é que isso pode acontecer como bom toda a questão da fenomenologia é literalmente tentar eh suspender toda e qualquer todo e qualquer papel constituidor desse que experimenta na realização das suas experiências então toda questão da fenomenologia é encontar um mod não invasivo de subjetividade se a gente ol Russel o movimento inicial da fenomenologia
é um movimento de esvaziamento completo da consciência de redução da consciência aos puros atos de realização de si a pura performance de si a pura execução bom mas por que que paraa fenomenologia quando você suspende todos os posicionamentos todas as opiniões todas as concepções todas as teorias você se encontra com essências porque você se encontra radicalmente com aquilo que constitui as experiências no campo de realização das experiências a tradição para fenomenologia ela sempre operou com a suposição de que para você conhecer as coisas você tinha que suspender as experiências das coisas para alcançar precisamente o
ser que se encontrava para além da fenomenalidade constitutiva dessas experiências não é o que que a fenomenologia tá tentando fazer ela tentando trazer cada um de nós de volta pro lugar onde as experiências acontecem mas trazer de volta pro lugar onde as experiências acontecem não é trazer de volta pro lugar onde eu constituo as experiências mas ao contrário é trazer de volta pro lugar onde sem que eu interfira na Constituição daquilo que eu experimento as as experiências por elas mesmas se dão e por isso o modelo de consciência que tá em jogo na fenomenologia é
um modelo de consciência não invasiva a consciência não pode transgredir o campo de autod dação dos fenômenos Então você precisa suspender os posicionamentos suspender as teorias e simplesmente acompanhar o modo de autod dação das coisas em geral se você fizer isso a experiência que você tem não é a experiência que você quis ter que você se preparou para ter que você e que você Constru mas é a experiência que simplesmente se deu E se eu me restringir a experiência e simplesmente descrever a experiência na sua estrutura na sua constituição isso que se apresenta não pode
ser questionado Vamos pensar num exemplo que é um exemplo que pode deixar isso claro não eh imagina que você tá numa situação você tá numa assim numa ass numa assim numa discussão com alguém e assim e vocêa p e dizer Poxa isso me magoou você pode você pode questionar se havia razões para a pessoa se magoar você pode questionar se eh essa razão era efetiva você pode questionar eh assim se assim se eh a mágoa ela vai permanecer Mas uma coisa você não pode questionar o fato de que no momento em que eu me magoo
eu me magoo e a mágoa nesse sentido ela se impõe a mim como uma experiência ao se impor a mim como uma experiência ela é descritível nas estruturas próprias ao magoar-se se a mágoa não for o resultado de uma interpretação daquilo que pode afinal ser a mágoa então toda a questão da fenomenologia é encontrar uma possibilidade de redução da a pura realização de si e e ao acompanhamento daquilo que que por si mesmo se dá enquanto um correlato dessa realização bom se você faz isso você encontra a essência da mágoa não é a essência eh
no sentido de o conteúdo da mágoa mas no sentido do que que constitui a experiência de magoar-se é isso que é decisivo sabe há uma diferença por exemplo entre magoar-se e entristecer-se uma diferença entre magoar-se entristecer-se e alegrar-se Mas onde é que eu experimento essa diferença na redução da consciência ao mero acompanhamento do darse do magoar-se do dar-se do entristecer-se do do dar-se do alegrar-se ETC seja todo o interesse da fenomenologia é descrever as coisas tal como elas se dão mas não é tal como elas se dão pensando o modo como elas aparecem para mim
no sentido de como eu vejo as coisas é como elas se constituem na relação quando a consciência não invade o campo de autorrealização das coisas nesse sentido A fenomenologia ela é uma doutrina das Essências porque ela é literalmente uma redução de si ao modo de fenomenologista dos fenômenos na correlação com a atos não invasivos então toda a pretensão da fenomenologia é que você literalmente Conheça as coisas Experimente as coisas tal como elas nelas mesmas se mostram é a formulação do Heider no parágrafo S de ser tempo mas tal como as coisas nelas mesmas se mostram
é algo é é algo que paraa tradição funcionava como um ferro de madeira porque ou bem as coisas eram em si eram nelas mesmas ou bem elas se mostravam Mas qual é a tentativa a tentativa é eu eu eu não tenho nada para além da minha experiência eu me reduzo ao que eu experimento mas me reduzo ao que eu experimento sem interferir na autod dação daquilo que exper então ao invés de conceber alguma coisa relativa a mágoa eu simplesmente acompanho o que aconteceu como magou o que acontece quando eu me deprimo o que acontece quando
eu quando eu assim eu quando eu tenho alegria sabe e esse é o o ponto que é o ponto fundamental Então ela é uma doutrina das Essências por quê Porque ela tá sempre constantemente acompanhando eh o modo de ser das coisas tal como as coisas se mostram no horizonte de manifestação das coisas não é o o horizonte que eu empresto para elas é o horizonte de manifestação delas e com isso você tá questionando radicalmente a noção tradicional de essência obviamente porque você tá questionando a possibilidade de pensar a essência como se a essência ela fosse
esse elemento não fenomenal que se encontraria para além dos fenômenos em geral não as essências são as coisas tal como elas são há a experiência da mágoa há o magoar-se e o magoar se pode ser pensado na sua determinação própria para isso você basta acompanhar o que acontece quando alguém se magoa e descrever a mágoa na realização plena do magoar-se é por isso que o merlon em seguida no texto ele vai acrescentar ela é uma doutrina das Essências da essência da percepção o que que ele tá tentando dizer com isso a essência da percepção é
o que acontece quando a percepção se dá que que acontece que que se impõe a percepção nos campos perceptivos eh a essência da consciência o que que é a essência da consciência é a essência das experiências de consciência O que que a consciência Experimenta quando a consciência ela se dá quando a experiência ela se realiza Eh Ou seja o que tá em jogo aqui com Essência não tem nenhuma relação com aquilo que a tradição chamou de essência por isso como o próprio Russel faz no ideias um eh a a acusação de que o Russel seria
uma espécie de realista Platônico a acusação de que isso aqui seria uma espécie de Realismo das ideias Realismo das Essências é absoluta incompreensão daquilo que que tá em questão pro Russel que ele não tá dizendo que nós temos experiências das Essências tal como as essências eram pensadas na tradição mas ao contrário ela é uma doutrina das das Essências a partir da subversão Absoluta do modo tradicional de pensar ser e Essência né Eh se a gente olha para ser tempo por exemplo eh aquela inserção na primeira folha de ser e tempo da palavrinha sentido faz toda
a diferença hã Ele cita o Platão a pergunta acerca do ser doente e logo em seguida ele diz e nós nós sabemos o que é o ser doente não então o que que precisamos fazer precisamos perguntar sobre o sentido de ser mas sentido de ser é sentido de fenomenologica dos fenômenos em geral é alguma coisa que tá completamente eh para lém do modo Platônico aristotélico de pensar as essências Esse é o ponto que é o ponto aqui beleza vamos lá Dani Manda aí continuando mas A fenomenologia é também uma filosofia que repõe as essências na
existência e não pensa que se possa compreender o homem e o mundo de outra maneira senão a partir de de sua faticidade o que que ele tá tentando acentuar com isso né Você escutou uma frase como essa A fenomenologia é uma doutrina das Essências O que que você você imediatamente supõe aquilo que eu tava agora comentando com vocês você supõe que A fenomenologia Ela Tá negando exatamente a base existencial de Constituição eh das Essências e que ela é mais uma tentativa de pensar a possibilidade de alcançar o ser dos objetos para além dos fenômenos parece
que é isso que ela é mas ela não é isso de jeito nenhum eh ela não é de não é isso de forma alguma ao invés de eh se colocar nessa tendência para pensar as essências como se as essências fossem eh não fenomenais como se elas fossem supr sensíveis o que a fenologia faz é o contrário disso ela ela tenta encontrar as essências na existência a existência é o lugar de realização das Essências nã eh o mundo é o lugar eh de realização das nossas experiências em geral e nesse sentido o ridger tem razão quando
no relatório natorp ele diz A fenomenologia é um ateísmo metodológico ela é um levantar a mão contra Deus por que que ela é ateísmo metodológico porque ela literalmente tá dizendo que não é mais possível pensar nada para além dos fenômenos não é mais possível pensar nada para além das experiências e com isso Você tem uma vez mais uma redução de tudo que é ao a tudo que pode se fenomenologico eh A fenomenologia enraíza radicalmente a a experiência de essências na experiência de mundo uma experiência fática as últimas consequências que que significa facticidade facticidade significa um
limite contra o qual eu não posso nada sem ao mesmo tempo ratificar esse limite isso aqui é um limite fático isso aqui é a palavra facticidade ela acentua mundo para nós e a nossa facticidade não há nenhuma possibilidade de experimentar essências para além da facticidade na qual as essências se dão isso é é o estranho da fenomenologia precisamente o acento no fato de que as essências plenamente se dão Hã você assim você e você tem uma experiência depressiva por exemplo né E nós tendemos a supor que a experiência depressiva aponta na direção de algo que
está acontecendo no psiquismo do depressivo mas a depressão é uma experiência de mundo ela é um modo específico de estar no mundo nesse sentido reduzir-se a acompanhamento do que se d na depressão é literalmente reduzir-se aquilo que essencialmente se fenomena é se reduzir experiências de depressão enquanto experiências próprias depressão experiências próprias a acontecimento depressivo isso é modo fenomenológico de acompanhamento do Campo fenomênico pensar essências se reduzindo radicalmente ao acompanhamento propriamente dito daquilo que se D quando se dá como se dá no seu campo de dação não no campo que eu emprestei para ele porque a
consciência fenomenológica é uma consciência literalmente vazia de conteúdo ela é uma consciência completamente pragmática completamente marcada pela dinâmica de realização de si Esse é o ponto segue Dani continuando vai é é uma filosofia transcendental que coloca em suspenso para compreendê-las as afirmações da atitude natural mas é também uma filosofia para o qual o mundo já está sempre ali antes da reflexão como uma presença inalienável e cujo esforço todo consiste em reencontrar esse contato ingênuo com o mundo para lhe dar para dar-lhe enfim um estatuto filosófico essa é uma passagem uma passagem assim que é tão
absolutamente eh complexa né Eh tão repleta de camadas essa assim essa essa passagem assim que eh assim que a gente podia ficar aqui eh até o sol raiar né Eh primeiro essa essa afirmação A fenomenologia é uma filosofia transcendental né Eh o que que tá em jogo nessa formulação transcendental é um termo técnico cunhado pela primeira vez pelo cant para designar precisamente todo e qualquer eh todo e qualquer questionamento que se movimente na direção da pergunta sobre as condições de possibilidade de algo né então quando você pergunta sobre as condições de possibilidade de algo você
se movimenta no interior de um pensamento transcendental nãoé bom eh o Kant pergunta sobre as condições de possibilidade da experiência dos objetos em geral dos objetos possíveis né então ele pergunta sobre eh sobre a experiência possível de objetos eh O que que condiciona a experiência possível de objetos é isso que ele faz A fenomenologia ela tá fazendo alguma coisa um pouquinho diferente por quê Porque ela tá perguntando não eh como é possível a experiência de objetos Mas ela tá perguntando como é possível a fenomena dos fenômenos em geral então é como ou Quais são as
condições de possibilidade da manifestação de algo enquanto algo essa é a pergunta no interior do qual A fenomenologia se movimenta n seja perguntar sobre as condições de possibilidade da manifestação de algo enquanto algo por exemplo como é que assim como é que como é que isso aqui aparece como um apontador como é que acontece isso como é que acontece de algo aparecer como algo e quais são as condições eh de possibilidade da fenomenologica do fenômeno enquanto tal eh o que que torna possível que você tenha uma experiência estética que você vá eh a uma peça
de teatro e na peça de teatro eh alguém pata com uma vassoura num teto que não tá lá e você veja um teto sabe eh que alguém fale de um chapéu que não tá diante de si e você veja o chapéu como é possível isso como é possível experiência de não observáveis eh no interior da física quântica como é possível eh você assim você ter experiências que são experiências telúricas eh como é que você pode ver a delicadeza como é possível isso como é possível ver a elegância que que torna possível ver a elegância sabe
eh tem uma frase do Nelson Rodriguez sobre o Didi né jogador de futebol ele dizia eh num drible do Didi você tem 200 anos de gafieira 200 anos é assim de dança de salão sabe eh é um gesto mas como é que você vê isso como A fenomenologia tá perguntando Exatamente isso como são possíveis eh fenômenos enquanto fenômenos essa é a pergunta fundamental nesse sentido ela é uma extensão do pensamento transcendental cantiano tanto Russel Quanto heidger quanto merl Ponti estão tentando perguntar isso como é que é possível que algo apareça como algo essa é a
pergunta né que que o merlô Ponti ele vai dizer ele vai dizer para chegar a esse questionamento O que que a fenomenologia faz ela coloca em suspenso as afirmações da atitude natural que que é atitude natural que que é atitude natural a atitude natural eh pro merl Ponti pro Russel eh e mesmo pro heidger ela aponta na direção de uma espécie de Realismo ingênuo né o merl pontino visível e invisível fala de uma fé perceptiva é a crença que eh é imediata paraas consciências em geral de que as coisas são o que são como são
independentemente de toda e qualquer relação com a consciência e independentemente de todo e qualquer relação com o existente humano nã então é a suposição por exemplo de que isso aqui eh um fone de ouvido é isso aqui independentemente de mim e de qualquer consciência de qualquer existente né você tem eh nesse sentido uma crença fundamental da consciência natural e essa crença fundamental é acompanhada de uma tese que é uma tese que desde o Russel eh aparece como a tese do mundo natural o que que seria essa tese né bom é alguma coisa que todos nós
eh assim conseguimos acompanhar de maneira bem simples não é eh é claro que a consciência natural ela tá constantemente se deparando com ilusões ela tá constantemente se deparando com alguma coisa que revela para ela que as coisas podem assumir aparências do que não são né Eh é o que acontece quando você tá andando pela rua e você vê eh um prédio quando você se aproxima é um outdoor ou assim ou você tá andando pela assim pela assim pela calçada eh pelo calçadão da praia e de repente você vê ao fundo um cachorro e quando você
se aproxima não é um cachorro é assim é uma um um um monte de papelão sabe eh bom como na verdade a consciência natural Experimenta com constantemente que as coisas podem aparecer como não são alguém podia perguntar então o que que faz com que a consciência natural não colapse quando ela encontra a ilusão Bom ela não colapsa porque a tese dela não é que as coisas são tal como eu as percebo tal como eu eu as encontro eh tal como elas se mostram para mim mas ao contrário que as coisas no mundo são o que
são então eu posso me enganar mas no mundo xícara é xícara cachorro é cachorro prédio é prédio Outdoor é Outdoor justiça é justiça beleza é beleza homem é homem mulher é mulher etc sabe esse é o modo de Constituição da consciência natural a consciência natural ela literalmente supõe que as coisas são independentemente Tod e qualquer relação com a consciência A fenomenologia suspende essa tese não no sentido de que ela de que ela de que ela questiona o mundo ela questiona a possibilidade de você contar com o mundo então ela literalmente assume o mundo como um
problema hã ela para usar uma expressão do russion nas conferências de Paris eh a consciência eh filosófica a consciência fenomenológica ela suspende a pretensão de validade objetiva do mundo Mas é claro que ela não suspende o mundo ela continua constantemente eh supondo eh eh operando nessa relação que é relação com o campo fenomênico em geral né Eh só não supõe que as coisas são o que são como são para além de todo e qualquer relação com o existente humano para além de todo e qualquer relação com a consciência para além de todo e qualquer experiência
eh dos fenômenos eh com isso eh o que ela faz não é suspender para alijar mas é suspender para compreender e aqui tá um ponto que é um ponto extremamente importante extremamente importante Importante pro merl Ponti importante paraa fenomenologia como um todo não é eh todos vocês já ouviram falar eh já escutaram a expressão pré compreensivo né o mundo que é o mundo que se apresenta para nós eh seja naquilo que o heidger chama de cotidianidade mediana seja no que o Russel chama de e assim de correlato da consciência natural de Mundo da consciência natural
o que aparece para nós parece constituído né na cotidianidade todas as coisas parecem dadas estabelecidas né então parece que os objetos Eles já já estão todos completamente estabelecidos dados estruturados etc e que nesse sentido a nossa investigação ela precisaria ser uma investigação sobre como eu posso conhecer objetos em geral Mas tem uma pergunta que é anterior a essa que a pergunta como se deu a estruturação originária dos objetos como é que se deu isso como é que se deu tem passagen Zinha eh do crise do crise da ciência europeia nessa passagem o o o rússel
diz assim eh o Kant ele empreende uma filosofia regressiva Por que que ele empreende pro Rússia uma filosofia regressiva porque ele parte dos objetos constituídos paraas condições subjetivas de experiência de objetos então ele supõe o mundo e a partir dessa suposição ele deduz as as as condições subjetivas de eh experiência de objetos Mas tem uma pergunta que não quer calar O que tornou possível que os objetos se constituam quê nãoé a consciência moderna né a consciência cartesiana Russel eh eh eh Kantiana eh ela é uma consciência que tá sempre de alguma forma tentando encontrar em
si a Gênese do mundo mas esse mundo eh do qual ela é Gênese é um mundo que ela acolhe originariamente como constituído o que que a fenomenologia faz A fenomenologia problematiza esse mundo esses objetos eh perguntando nesse sentido o que que tornou possível essa experiência comum dos objetos como se eles já estivessem constituídos eh desse modo ela é uma análise do pré-compreensão que de alguma forma é indispensável para que você tenha experiência de objetos em geral nã ela é análise desses elementos de Constituição né Eh o Beto outro dia apresentou uma eh uma um texto
sobre eh assim sobre depressão no id e nesse texto eh comentando o redcliff eh ele ele acentua o fato de que eh para que você tenha confiança em projetos em geral você tem que ter uma confiança de base que é uma confiança de base que torna possível para você essa segunda experiência que a experiência de poder ter projetos sonhos realizar coisas etc né E esse primeiro nível de confiança né Eh que é um nível eh basilar de de confiança eh sem ele nenhuma outra possibilidade se abre né como é que a gente chama esse primeiro
nível de consciência esse primeiro nível de confiança pré-compreensão que já sempre se deu eh paraa maioria de nós é aquilo que de alguma forma já sempre se estruturou isso é essa é a experiência que permanece constantemente tá ela permanece constantemente suposta ninguém Conquista isso por tematização sabe isso depende literalmente de uma certa experiência do mundo como sua casa como colo como cuidado como diligência sabe eh essa dimensão com a qual nós já sempre contamos essa dimensão ela permanece constantemente velada A fenomenologia ela tá literalmente tentando pensar esse velado essa experiência essa experiência já sempre previamente
compreendida né bom com isso o que que acontece com essas afirmações eh da atitude natural elas são problematizadas com vistas à possibilidade de compreendê-las né e eh a partir daí eh o que eu faço é supor o mundo hã como presente para mim antes da reflexão uma presença que eu não posso simplesmente suprimir da qual eu não posso me desfazer sem que todo o resto se tornasse inviável né bom mas supor o mundo não é partir de uma posição dogmática de uma tese dogmática é o contrário disso eh tudo que eu tento fazer é encontrar
esse mundo tal como ele se dá na experiência que é a experiência mais imediata não é não é não é torná-lo tema e a partir dessa transformação do mundo em tema e produzir literalmente teoria sobre o mundo mas é tentar descrever o mundo da experiência imediata o mundo com qual nós já sempre contamos o mundo com o qual nós já sempre e de um modo ou de outro lidamos né por isso A fenomenologia ela se volta sobre essa base não teórica que tá constantemente sustentando todas as possibilidades teóricas em geral ela se volta sobre eh
essas estruturas que são estruturas de Constituição originária do Campo fenomênico que já é sempre que já são sempre supostas pelas experiências explícitas do conhecimento científico da reflexão alguém quer perguntar alguma coisa gente assim vocês eh Assim vocês eh devem ter eh questões né assim esse é um mar revolto não é no qual nós estamos começando a a nos movimentar não é assim alguém quer perguntar alguma coisa alguém quer alguma coisa dizer alguma coisa só um minutinho Professor Sempre achei que a questão da tematici tornar tema seria interessante paraa fenomenologia porque no no cotidiano nós vivemos
o at temático digamos NSS não nos Demoramos sobre as questões quando nós nos Demoramos Nas questões nós tematizam e pelo que o professor diz então mar parece que busca esse contato ingênuo com as coisas justamente para recuperar essa talvez essa experiência imediata com o fenômeno o senhor poderia falar de novo sobre a questão do tema porque parece que eu tava eu tava indo por um caminho agora eu vejo que tava errado o meu pensamento Sabe sim eh Dani assim o o o que caracteriza propriamente A fenomenologia é em certo sentido um um questionamento do gesto
que é o gesto reflexivo sabe eh o rú ele ele fala em reflexão mas o que que ele tem em vista por reflexão é se voltar sobre os atos e acompanhar descritivamente os correlatos imanentes aos atos né então refletir não é você se distanciar e a partir do distanciamento e analisar as propriedades de alguma coisa que se apres para você como um isto sabe é um lugar comum em textos fenomenológicos em geral você escutar as pessoas dizendo que A fenomenologia ela privilegia a perspectiva de primeira pessoa em detrimento da perspectiva de terceira pessoa por que
é assim por que que a fenomenologia privilegia a primeira e a segunda pessoa e não a terceira pessoa porque no movimento que é um movimento de terceira pessoa você se relaciona com aquilo que você analisa e de fora da experiência propriamente dita do analisar Então você literalmente tá de fora produzindo coisificação Produzindo um movimento que é um movimento de reificação daquilo que você eh investiga eh quando você se reduz a a perspectiva de primeira pessoa você se reduz à experiência tal como a experiência se dá no campo de realização da experiência e com isso você
acompanha aquilo que se deu você pode refletir sobre o que se deu mas refletir sobre o que se deu é simplesmente explicitar o que se deu a tematização nesse sentido ela é sempre problemática e sempre problemática porque a a tematização é sempre é sempre categorial reificante objetivante etc né Eh a a a base que a base pré compreensiva ela não se deixa eh descrever por reflexão você precisa necessariamente se colocar nesse lugar que é o lugar onde você alenta os fenômenos a partir desse elemento pré-compreensão é é suspender a atitude natural suspendendo a pretensão de
validade do mundo objetivo não para você questionar eh o mundo eh da consciência natural mas para você descrever as estruturas que condicionam a experiência da consciência natural seja como é possível que alguém veja alguma coisa enquanto alguma coisa como é possível como é que você como é possível que você veja cores com significados como é possível que assim que e assim que você sinta eh o mundo através da bengala do da bengala do cego sabe eh como é possível isso n como é possível que o tato ele se prolongue na direção da bengala eh sabe
o que ela tá tentando fazer é literalmente encontrar o pré compreensivo láde o pré compreensivo por ele mesmo se d e com ISO ela ela coloca ela coloca fora de validade a pretão da consciência natural de que esse pré compreensivo é um dado não esse pré compreensivo é uma dação eh envolve estruturas de fenomenologica estruturas fenomenologos né e sem isso você jamais encontra propriamente eh o fenômeno né Eh é por isso que na na no prosseguimento dessa passagem ele vai acentuar o caráter descritivo da fenomenologia nã sabe ele primeiro primeiro falou das Essências em seguida
acentuou quantas essências elas estão ancoradas na existência eh para chegar nessa passagem onde nós chegamos agora mas o que tá em questão para fenomenologia é literalmente descrever o quanto a experiência das Essências ela tá sempre acontecendo A partir dessa estrutura a da ação é todo um conjunto de e assim de formulações que paraa Tradição São absolutamente paradoxais por se a essência não tem fenomenalidade porque eh assim se assim se você questiona a consciência natural eh o mais imediato seria você colocar fora de jogo todas as experiências da consciência natural nã é o que acontece de
certa forma com descart nã eu não posso mais dizer o outro pensa porque eu não sei se o outro existe eh eu não sei se assim se assim se eu tô acordado se eu tô dormindo né tudo pode não passar de um sonho né e eu literalmente eh suspendo por completo o mundo a fenia não faz isso não ela não faz isso não ela ela ela assume o mundo sem pretensão de validade objetiva Então ela questiona radicalmente como é que alguém pode olhar e para uma assim para uma camisa e e ver eh a camisa
N significativamente E aí quando você coloca essa questão de como é que alguém pode olhar pra camisa e ver a camisa significativamente eu só compreendo isso a partir do Olhar do outro pela descrição é isso na verdade o importante é você escapar do Olhar do outro eh é importante que você Descreva o que acontece quando você percebe a camisa ou seja o que acontece quando a percepção PR mim para mim mas esse para você esse que é o peculiar da fenomenologia para você não tem nada a ver com eh com para essa pessoa particular chamada
Camila eh que tem idiossincrasias que tem horizontes culturais que tem determinações específicas é eh como como a coisa se mostra para você quando você é um mero acompanhamento do dar-se do objeto percebido bom como esse objeto percebido ele tá num mundo e como esse mundo é sempre suposto eh O que é importante não é simplesmente descrever o acontecimento perceptivo como se a percepção ela tivesse no Adis sabe como se ela tivesse no ar mas é acompanhar o enraizamento da percepção nesse lugar que é o lugar lugar onde a percepção se dá o espaço perceptivo né
Eh o espaço o tempo e o mundo o corpo né Eh esses elementos que são constitutivos das nossas experiências em geral mas oô Casanova eh essa dação que tá sendo colocada para se se buscar né se se aproximar dela ela já se deu ela já se deu Então você tá pressupondo que essa dação se repete que essa dação é uma espécie de Eterno Retorno do mesmo quer dizer como a dação tá sempre se dando a gente vai poder alcançar as estruturas que correspondem a essa dação é isso na verdade assim cara eh não é que
assim que a dação já sempre se deu e nesse sentido você tá contando com a repetição é que eh a origem eh a as estruturas originárias elas são estruturas de fenomenologista E essas estruturas elas acompanham o darse propriamente dito dos fenômenos então magoar-se eh tem tem estruturas próprias a mágoa é claro que as pessoas podem se magoar das formas as mais diversas possíveis Mas não é isso que tá em questão o que tá em questão é o que estrutura a experiência da mágoa se você se colocar nesse lugar que é o lugar eh no qual
magoar-se não é você construir o objeto da mágoa mas é você simplesmente eh abrir o espaço para que o acontecimento do magoar se se dê então o que você Experimenta não pode ser questionado no darse da experiência Você não pode ter experiência sem ter as experiências então Eh tudo que tá em jogo na fenomenologia exige necessariamente o acontecimento da experiência Você precisa ter a experiência para que você possa as últimas consequências eh acompanhar o que se deu eh essa experiência ela é sempre uma vez mais nova mas na novidade dessa experiência as estruturas da experiência
são estruturas da experiência então você pressupõe que as estruturas das experiências são algo fixo eu eu não pressuponho nada as experiências é que me dizem que é assim e as experiências que me dizem né E você assim você tem algo que é constitutivo do fenômeno eu tava outro dia comentando com as pessoas né você tem gente que diz assim eu tenho certeza que Deus existe ah você tem certeza que Deus existe então tudo bem então você não acredita em Deus Porque crença envolve a possibilidade que é a possibilidade do erro senão não é crença senão
é assim é certeza assim apodítica e certeza apodítica determinada por alguma demonstração Quando você diz eu acredito em Deus você tá dizendo ao mesmo tempo é possível que não haja Deus isso é da estrutura da crença crer é sempre algo assim sabe é sempre algo assim quando você quando você tá irado sabe tá irado fora de si olha como é que a gente diz eu tava fora de mim eu fiquei tão puto mas tão puto que fiquei fora de mim mas qual é a relação entre a ira e você estar fora de si é constitutivo
da Ira que você literalmente se sinta eh se sinta tomado por uma mobilidade corpórea que te projeta na direção da pessoa que a pessoa contra a qual você está irado hã eh quando você assim quando você quando você eh assim quando você se entristece a tristeza te encolhe as estruturas das experiências são descritível é engraçado isso assim e nas e nas experiências eh novas nas experiências novas isso é diferente mas claro que não por que que seria diferente eh quando uma experiência se dá por mais que ela seja a primeira vez ela se dá já
com as estruturas constitutivas da experiência e nesse sentido a descrição fenomenológica é sempre descrição de essência é sempre uma descrição do que constitui propriamente a experiência Você pode chegar e dizer assim Ah Puxa mas é claro que tem eh peculiaridades da depressão no nosso tempo ah tem uma alteração da experiência depressiva tem Ah mas então a gente pode descrever essa essa alteração nas estruturas próprias da fenomena da depressão no nosso tempo eh fenomenologia gente eh é assim é é o oposto mais absoluto de relativismo o mais absoluto o mais Total sabe o mais Incondicional Não
há nada mais incompatível com fenomenologia do que a suposição de que as coisas são tal como elas aparecem sabe elas são tal como elas aparecem quando elas aparecem nos campos de a dação que são os delas coisas e nesse sentido que tá em jogo não é de jeito algum uma redução do que é há uma espécie de relativismo de base subjetivista ou de base introspeccionista sabe não o importante é você suspender todo o conteúdo de consciência e acompanhar os campos de Alto da ação lá onde os fenômenos por eles mesmos se dão tem alterações Ah
então elas são descritível tem um novo fenômeno Ah então eles são descritível trado hoje em questões que são questões de gênero não é eh bom e por exemplo eh uma pessoa trans homem ou mulher eh tá sempre sujeito sujeita a esse a esse discurso de bêbado essa conversa de bêbado e no qual vocês vem as pessoas debatendo não é por quê Porque as pessoas ficam dizendo assim eh a trans se sente mulher Ah ela tem uma imagem de si como mulher Ah ela se representa como mulher se você fizer isso amigo acabou não tem nenhuma
possibilidade de isso aqui prosperar porque não se trata literalmente de imagem de eh assim de representação de sentimento se trata de Ontologia se se trata de Ontologia dos corpos como corpos se incorporam uma mulher trans não é alguém que não é mulher e que se sente mulher uma mulher trans é radicalmente mulher trans porque há muitos modos de um corpo de um corpo se corporar e um desses modos é o modo de corporação das mulheres trans dos homens trans dos eh fluidos dos crossdressing do São modos de corporação isso é ontologia fenomenológica os fenômenos e
as experiências fenomênicas impõem eh as experiências a medida daquilo que se experimenta corpos não tem determinações prévias aos seus modos de corporação E com isso a gente pode dar agora um significado diverso pra frase da Rana ar ninguém nasce mulher alguém se torna mulher e ninguém nasce mulher alguém se torna mulher e Há muitas muitas formas de se tornar mulher uma delas se tornar mulher trans e se é a verdade das experiências e o resto é dogmatismo o resto é tese né tese biológica tese biologicista tese cultural n tese sociológica is é tese né os
corpos sabem melhor das coisas fala Pedro coisa nova eh eu tava aqui pensando você falou da atitude natural eh que são aqueles aqueles pressupostos que nos impedem de retornar a esse campo fenomenológico próprio eh o heidger também tem uma obviamente né como fenomenólogo ele também eh eh precisa ele também tá operando ali a partir eh da da aparição própria de um campo que obstaculiza a aparição das coisas como elas são propriamente e também vai a partir da da fenomenologia como método eh descrever como retornamos a esse campo de aparição das coisas mesmas eu gostaria de
saber eh como como esse processo ele é descrito a partir da fenomenologia do Ponti porque a gente sabe que o heidger ele vai ter fazer certas alterações e adequações do que ele considera errado desse nesse processo do do Russel o Ponti ele faz alguma a a equação ou Ele erda diretamente do g o acho que o modelo hermenêutico do heidger tá um pouco suspenso no merl pontino n é eh o mopon Não vai eh assim não vai procurar acentuar a capa de preconceitos como um elemento Central na constituição que é a Constituição do Campo fenomênico
né mas eh o que ele tá tentando fazer é antes de escrever eh como é que nós eh nos relacionamos Corpore ente com o espaço né então Eh o que tá em jogo para ele não é tanto como é que eu alcanço eh experiências propriamente ditas da Verdade eh eh da Justiça da beleza da Bondade eh o que for sabe eh não é não é reencontrar fenômenos originários mas é reencontrar a originalidade do acontecimento perceptivo a partir de uma descrição de como é que a percepção se dá tendo em vista o fato de que toda
a percepção é incorporada eh se dá num espaço acontece no mundo eh tem assim tem eh estruturas de intersubjetividade né você tem Inter intercorp interatividade Vocês são todos eh temas que assim não é que eles são incompatíveis com heidger Mas eles são divergentes um pouco em relação ao har né Eh e divergente na medida em que eh não não é tão importante pro merl Ponti eh quebrar essa capa de preconceitos mas é muito mais importante saber como eh essa capa de preconceito se estrutura como é que ela se constitui como é que ela se dá
né Eh era era Ness vão ser diferentes né era nesse R que eu queria saber porque você falou de reencontrar E como eu não tenho eh leitura suficiente do pontier eu não sei se é que há algo assim em pontier como que nos perdemos de modo que precisamos reencontrar essa experiência corporal fenomenológica própria né É é é mais para esse lado que eu tô questionando sim sim é que você vê que essas noções elas são noções que ficam um pouco soterradas no merlon sabe a noção de assim de próprio e impróprio de impessoal e singular
sabe eh é como se ele tivesse descrevendo muito mais eh o que caracteriza propriamente a experiência que a experiência de estar aqui agora sabe eu tô aqui cercado de assim de assim de livros de coisas que me são caras eh como é como é que se dá isso eh como é que o meu corpo se estrutura aqui como é que se dá as direções como é que assim como é que acontece de eu poder pegar por exemplo e Descer as escadas da minha casa e pegar a rua e seguir até assim até a rua principal
lá embaixo que é a Rua Jardim Botânico como é que acontece isso né eh como é que se dá propriamente eh o caminho que é o caminho de Constituição de uma experiência incorporada né Essas coisas não são não são incompatíveis e Mas elas são Diferentes né então por exemplo eh o heidegger seria interessante para pensar no caso que eu usei agora eh assim da da Corporação eh da mulher trans eh o ridger seria interessante para pensar violência identitária eh como é que se como é que se constitui esse preconceito que é o preconceito que torna
possível para para alguém erguer a pretensão de que o seu modo de corporação ele é normal e normativo isso é uma coisa que o ridger torna possível pensar o merl Ponti por outro lado torna possível pensar como é que corpos se incorporam E por que que então nessa dinâmica de corporação a suposição dogmática da sexualidade eh hétero hétero hétero eh eh normalizante ela é dogmática Ou seja é como se ele tivesse descrevendo eh os modos de corporação e tornando possível para você você olhar para esses modos de compreensão como modos determinados precisamente pela tese da
atitude natural pela tese oriunda da atitude natural ou seja ele tá tentando literalmente nos letrar sobre o que que significa perceber entendido perceber como perceber eh a partir de um corpo a partir de uma estrutura corpórea né a partir de assim de experiências que não são experiências Assia sindia é mente cérebro alma ou coisas afins né não é um corpo no mundo e o que que significa ser um corpo no mundo eu acho que as duas coisas são complementares como eu acho que os três são complementares sabe eu acho que todos os três estão tornando
possíveis eh experiências diversas de um mesmo elemento fala Denice Boa tarde professor os colegas aí Eh você você falou da base pré-compreensão que aparece bastante no no parágrafo 32 de ser tempo que o gadamer ele vai e eh tentar levar isso para para o campo da hermenêutica filosófica e aí eu queria eh saber se você pode diferenciar essa essa estrutura prévia de compreensão ou base pré compreensiva eh a partir do merl Ponti pensando em como o heidegger ele estrutura como gader também ele vai pensar isso Qual é essa diferença que eu acho que vai até
um pouco Na Linha Do que você tava falando na pergunta do colega que falou aí antes é porque assim acho que tem um ponto em comum entre eles né cara e eu acho que esse ponto em comum é em comum entre eles mesmo entre o Russel o heidger o merl Ponti o gadamer e eh o ponto em comum é essa afirmação de que você nunca tem significado sem sentido né Então você nunca tem uma possibilidade de experimentar o que quer que seja sem que um sentido se interponha não é agora você tem modos e modos
de pensar o sentido n é eh você tem modos hermenêuticos de eh determinação do sentido eu acho que isso é mais próprio do heg do G né E você tem modos eh modos de pensar o sentido que de alguma forma já já estrutura o próprio significado como atravessado por sentido eh que pensa o sentido como se ele ele fosse um elemento da significatividade eh isso vai mais na direção eh do rú e do merl Ponti sabe eh E com isso é como se eles não tivessem acentuando propriamente essa ideia que é a ideia de que
eh a nossa relação com os fenômenos é sempre uma relação marcada por compreensão no sentido hermenêutico de compreensão no sentido de eh um salto para um Horizonte de sentido a partir do qual algo se fenomenologica né Eh a pergunta do meel Ponti é mais na direção do eh do fato de que há sempre uma base já compreendida que é indispensável para que você possa compreender sabe e isso que pra tradição como um todo n nunca foi eh nunca foi eh nunca foi campo de assim de interesse tô tentando escapar da palavra tematização né Então isso
que nunca foi campo de interesse é o grande interesse da fenomenologia sabe eh é isso sabe assim vamos pensar no cant né Eh pro cant qualidade por exemplo é uma categoria pura e a priori do entendimento o entendimento ele opera com categorias produzindo juízos lógicos a partir dessas categorias então categorias pro cante são formas lógicas de ligar predicados a sujeitos então você pode chegar e dizer assim eh essa xícara é de cerâmica sabe eh quando você diz isso você tá faz fazendo um juízo e qualitativo você tá dizendo a qualidade propriamente dita e da xícara
mas quando você faz isso e esse é um modo de experimentar objetos o modo de experimentar qualitativamente objetos mas quem é que estrutura esse modo esse modo de experimentar a subjetividade transcendental enquanto condição de possibilidade da experiência dos objetos mas tá vendo aqui o Kant não questionou essa xícara porque ele tá pressupondo que os juízos eles são juízos e que trabalham constantemente a partir dos objetos Porque eu só posso pensar em qualidades a partir da experiência dos objetos já constituídos o que que o merl Ponti tá dizendo Ele tá dizendo para que eu possa eh
produzir um juízo qualitativo eu já preciso ter uma experiência de objetos Então essa experiência tá sobre um campo de experiências que eu nunca nunca descrevo exatamente isso que a tradição nunca descreveu que a consciência natural nunca descreve isso que nunca se apresentou como questão Essa é a questão fundamental da fenomenologia o mundo da vida se vocês quiserem né esse mundo que já é sempre suposto por todos nós e que é indispensável para que você tenha uma Poss que é uma possibilidade do que quer que seja em relação aos fenômenos sabe né eh voltando lá a
a a a citação do redcliff né Eh para que eu tenha para que eu possa literalmente eh ter assim ter eh confiança eh e possa fazer coisas eu preciso contar com esse mundo hã Pô isso cheira isso cheira Russel sabe isso assim isso isso fede a merlon eh sabe porque o que o cara tá dizendo na verdade isso cheir cheira R também não é assim você precisa das atmosferas eh que são as atmosferas de base os sentimentos de base para que você tenha essa absorção mas eh o que que eles estão fazendo eles estão literalmente
dizendo que tem uma experiência que uma experiência prévia sem a qual todas as outras experiências não são possíveis todas as experiências derivadas né e eh pensar paraa fenomenologia é pensar o beleza Alguém mais mais alguma questão ou vamos seguir simplesmente segue aí Dani vamos lá seguindo então é a ambição de uma filosofia que seja uma ciência exata mas é também um relato do espaço do tempo do mundo vivido é uma tentativa Dani vai vamos vamos vamos vamos vamos com calma n Dev eh ela quer ser ciência rigorosa hã filosofia como ciência rigorosa mas o que
que nós escutamos constantemente se você for uma aula que é uma aula de metodologia científica em que nível for a primeira coisa que o cara vai dizer é que uma das questões mais fundamentais da objetividade científica é a impessoalidade a impessoalidade você precisa literalmente se suspender enquanto indivíduo eh investigador para que você possa literalmente descobrir aquilo que se impõe a você nas experiências em geral né então parece que eh para ser ciência exata ciência rigorosa é preciso não ser ciência vivencial mas o que que fia tá dizendo Ela tá dizendo não há nenhuma possibilidade de
você ter exatidão sem vivência porque todas as experiências em geral elas contam com o vivido elas contam com o pré-compreensão para ser exato e ao invés de você e de você suspender as estruturas individuais você tem que radicalmente se colocar nesse lugar onde você Experimenta as coisas individualmente porque sem se n lugar você jamais consegue propriamente ter exatidão porque você tá sempre para além das experiências lá onde as experiências se dão é uma expressão que é uma expressão do rú né cara que a expressão hipostasia n ou hipóstase vai depender da tradução que que é
uma hipostasia Você tem o fenômeno Você tem o ser do fenômeno você pega levanta hipostases você assim você movimenta para cima quando você cinde quando vocêe ser e fenômeno que que acontece toda a tarefa passa a ser como é que eu chego ao fenômeno sem contaminar o fenômeno como ao contrário como é que eu chego ao ser sem contaminar o ser com o fenômeno bom mas é claro que todas as vezes que eu tento chegar ao ser eh eh para além do fenômeno eu me deparo com a contaminação eh inexorável do ser com as estruturas
fenomênicas em geral nã Qual é a saída da fenomenologia É não mais hipostasiar não mais assumir um comportamento hipostasiar à pergunta inicial do mel pontia que fenomenologia que que é fenomenologia isso é difícil abessa de dizer porque o fenômeno da fenomenologia é literalmente a coisa tal como ela se mostra na correlação com atos que não invadem não não transgridem não assim não assim não eh não eh ultrapassam os limites que são os limites da dação Então você tem que se reduzir ao que você experimentou hã ao vivido mas quando você se reduz ao vivido você
se reduz ao contrário do particular porque você se reduz aquilo que se impôs a você na vivência no vivenciar então tempo vivido por exemplo é o contrário de tempo subjetivo sabe essas coisas de Puxa você tá numa noite maravilhosa com uma pessoa que você ama eh 2 horas 3 horas 10 horas passam em 10 segundos você tá com um chato e assim eh num assim num num encontro na rua 5 minutos parecem 10 horas isso não tem nada a ver com tempo vivido gente nada nada isso não é tempo vivido sabe tempo vivido é como
o tempo se estrutura na dimensão estrutural do temporalizar isso que é tempo vivido é o tempo tal como ele se dá quando você Experimenta o tempo nas estruturas de temporalização que muitas vezes não tem nenhuma relação com experiência de tempo né Eh assim tem relação com assim com com com abertura pra frente e para trás né com retenção e protensão e coisas afins hã então o que que a filomia tá fazendo cara é um é um é um é um festival isso aqui né cara é um festival vamos voltar fazer assim vamos juntar um pouquinho
né assim para assim para para perceber a quantidade que a quantidade enorme de coisas eh abstr onas né então você tem uma doutrina de essências ancorada na existência fática eh você tem literalmente você tem literalmente uma suspensão do mundo não para eliminá-lo mas para compreendê-lo você tem uma filosofia transcendental eh marcada justamente por tal compreensão Você tem uma ciência exata reduzida ao vivido ui né bom tudo isso vai caminhar na direção dessa palavra mágica da fenomenologia que é a palavra descrição e vou voltar ao ponto inicial para vocês né Eh incompreensão ativa de conteúdo eh
as pessoas chamam de descrição eh eh na psicologia fenomenológica coisas que são absolutamente incompatíveis com descrição fenomenológica porque descrição e descrição São coisas completamente diferentes sabe eh descrição em fenomenologia Não tem absolutamente nada nada a ver com você simplesmente se eh Se recolher e eh e eh dizer o que tá na tua frente porque para que você possa descrever fenomenologicamente você precisa de escrever no âmbito das Essências Então você precisa encontrar um modo de consciência que é um modo de consciência completamente vazio que não faça outra coisa se não acompanhar os campo de aut dação
Então você tem que radicalmente estar no campo das experiências realizando as experiências E você tem que acompanhar aquilo que se dá tal como se dá quando a experiência se dá esse é o gesto Esse é o elemento fundamental Não é eh por isso eh O que que é fenomenologia é descrição do vivido ele vai dizer não é e é a ambição de uma filosofia que seja uma ciência exata mas é também um relato do espaço e do tempo do mundo vivido fala Professor antes do professor continuar Que professor vai trabalhar sobre descrição do vivido o
senhor poderia voltar um pouquinho brevemente na quinta investigação lógica para fazer a diferenciação entre a coisa que aparece carne e osso da da aparição da cor que é vivência em Russel só para diferenciar vivido e vivência que acho que eu tô confundindo os dois tem assim tem uma tem uma passagem da quinta que é uma passagem bem interessante na qual o russ diz assim eh a diferença entre a coisa que aparece e a aparição da coisa não tem bases fenomenológicas eh O que que ele tá tentando fazer com isso né normalmente nós operamos com a
distinção entre ser e aparência não é eh ele tá dizendo a distinção entre a aparição da coisa e a coisa que aparece ela na fenomenologia não faz sentido algum porque só há coisa que aparece como é que nós normalmente Leri isso como se então tudo fosse como aparece não é Ah então tudo é como aparece então se alguma coisa aparece para mim como grande é grande se alguma coisa aparece para mim como pequena é pequena se alguma coisa aparece para mim como quente é quente se aparece para mim como frio se aparece para mim como
justo aparece para mim como Belo etc né parece um relativismo radical mas a questão toda do Russel é não há não há essa essa essa distinção porque não há a coisa para além da experiência da coisa então só há o vivido mas é claro que você pode ter modos que são modos eh falsos ilusórios eh loucos etc mas para que você os diferencie você tem que diferenciar nos modos de aparição e nas estruturas de consciência que são correlatas desses modos de aparição bom com isso o que o rú tá fazendo envolve uma transformação radical da
noção de vivência porque o que que é vivência para nós né vivência para nós é aquilo que normalmente Você escuta quando alguém questiona uma posição sua porque você não viveu eh aquela experiência não é então assim você tá assim você tá conversando com alguém saudoso da ditadura eh e aí você critica eh osos regimes militares e a pessoa vir você assim ah você é muito jovem você não viveu você não vivenciou aquela época vivência em geral é alguma coisa que tem uma relação com experiência efetiva das coisas o que que vivência na fenomenologia vivência na
fenomenologia é a unidade sintética entre um ato e seu correlato Isso é que é vivência Então quando você percebe por exemplo o perceber abre o espaço para que algo seja percebido a relação entre perceber e percebido ela tá sempre sintetizada numa vivência numa vivência intencional ó o merl pontina não usou essa palavra eu t eu tava evitando essa palavra para pra gente eh não avançar enquanto ele não tocar nela não é mas a palavra Central é a palavra intencionalidade Por que a palavra intencionalidade porque a intencionalidade descreve sínteses eh eh sínteses imediatas não instituídas pelo
juízo por mais que o juízo possa se estabelecer eh você você tá com vergonha eh teu rosto fica ruborizado não é eh isso não acontece por reflexão e não é assim você se envergonha E a vergonha causa o rubor mas estar envergonhado traz consigo certas transformações corpóreas e nessas transformações há o rubor Então você tem uma síntese co originária imediata não instituída pelo juízo é essas sínteses a elas o Russel dá o nome de vivência então o que que é o o que que é o vivido o vivido é justamente aquilo que aponta na direção
de uma unidade originária entre um ato de consciência e o seu correlato Isso é que é o vivido Então você tem medo temeu a experiência do temido a experiência do temido ela é sintetizada e porque ela nunca é sozinha mas ela sempre se dá numa síntese vivencial que é a síntese da vivência do temor quando você descreve o que você descreve É justamente o que você viveu são as estruturas próprias ao acontecimento da experiência do temer e por isso A fenomenologia ela é uma descrição de vivências entre outras coisas né mas ela tá sempre descrevendo
as vivências né descrevendo aquilo que você viv nas estruturas originárias e originantes do experimentado só só para você assim a gente tá assim tá meio que chegando ao fim não é eh uma coisa que é muito importante gente eh A fenomenologia ela ela tá sempre tentando dar voz a esses elementos estruturais que são constitutivos do fenômeno mas ela não faz isso eh eh eh coisificado os fenômenos com vistas à suas determinações categoriais categorias como heidger mesmo acentua são literalmente relações lógicas entre propriedades Isso aqui é uma categoria sabe para ter categoria você tem que ter
uma relação lógica entre duas propriedades na fenomenologia as estruturas são estruturas de fenomenologista estruturas de dação e nesse sentido você precisa participar da experiência para que você tenha a experiência do que se deu na experiência e é só em meio a essa experiência que você pode descrever o que se deu sabe eh é quase Como Se a gente pudesse dizer assim se você nunca temeu ninguém vai possib vai conseguir te dizer o que que é temer sabe eh se você nunca tiver a experiência aquilo que caracteriza a experiência é inacessível para você quando assim quando
eu vejo você ruborizar eh o que me faz e saber que você tá com vergonha é o quanto a tua experiência corpórea ela tá fundada numa experiência intercorp numa corporeidade que transcende a tua uma corporeidade da própria vida eh E é isso que torna possível para nós as experiências em geral o mel vai dizer isso daqui a do segundos aquilo que nós não temos experiência nós não compreendemos de jeito nenhum sabe fala professor se a gente fosse falar de um caso eh de uma pessoa uma mulher adulta que eh teve uma vivência de trauma com
um pai abusivo na na pré-adolescência né Eh e vai vamos passando sessões e Vai contando dessa vivência desse fenômeno que ela viveu e em uma determinada sessão ela reconhece eh ao retomar o passado e e e perceber que ela evita falar sobre o pai pro marido reconhece que está protegendo a imagem do pai está protegendo esse pai que foi violento e e ela mesma se dá conta disso durante a sessão E aí eu fiquei pensando né O que que de fato tá em jogo aqui qual que é o fenômeno qual que é né a A
Essência O o que que tá se autod dando nesse lugar né seria justamente o fenômeno de uma de uma relação paterna violenta e que se descobre ali Protegendo o pai num determinado momento e ela mesma fala eu não sei porque que eu faço isso eh como que você pensaria né basicamente essa questão Professor Jorge tá vendo assim aquilo que eu tava comentando assim é engraçado assim eu tenho tenho eh dado muito supervisão né cara é uma coisa assim que é um mantra para mim Eh que é você virar e dizer assim eh as coisas nunca
são nunca são eh redutíveis ao que elas significam mas o decisivo é como elas são experimentadas é como se dá a experiência não é então você nunca tem só significado Você sempre tem sentido n eh não há não há significado sem sentido né se a gente olha por exemplo que tá em jogo na na na terapia da Alice né Eh o que que ela tá chamando de escuta particularmente aguçada né a a escuta particularmente aguçada é escuta para elementos da experiência vivida eh que permanecem normalmente soterrados em meio às experiências ticas em geral mas que
tá funcionando como o sentido propriamente dito dessas experiências bom mas dizendo isso que ela tá fazendo é descrevendo as estruturas de fenomena da existência eh por que que eu tô dizendo isso exatamente em relação a esse caso que você assim que você eh assim comentou porque na verdade eh a estrutura que tá em jogo aí é a relação eh de um existente ou de uma existente com o outro como é que se dá a experiência de ser com os outros Qual é o caráter dessa experiência eh como é que se estrutura a percepção do outro
eh e como é que na verdade eh se dá a partir dessa experiência originária eh uma determinada configuração vivencial específico uma determinada experiência de alguém sabe Essas são perguntas São perguntas que são nossas né de pessoas que trabalham com Psicologia de bases fenomenológicas e hermenêuticas não é eh isso é assim mas o decisivo o importante é ver quais são as estruturas que estão em jogo nas experiências né Eh não como eu lido com alguma coisa e a partir daí então Eh mas é como é que a experiência se dá e quais são os elementos que
atravessam a experiência né Quais são os elementos de assim de Constituição propriamente DIT né gente chegamos ao fim Foi um excelente começo né Eh as coisas daqui paraa frente só pioram não tem muito problema né Eh assim a gente tem que se a ver com essas coisas grandes né cara tem uma uma frase do Heider que eu gosto muito que ele diz eh tudo que é grande começa grande só o pequeno começa pequeno na medida do pequeno né Eh E vai assim vai crescendo aos poucos né sabe isso aqui é pô isso aqui é um
textao né cara aquele texto assim eh que assim que desafia a gente né e é bom por isso né É muito bom ter um texto assim n não porque eh não pelo desafio mas porque é isso né cara quanto mais essas coisas elas são complexas mais ao mesmo tempo Elas têm uma riqueza particular né Elas têm uma uma densidade específica isso É pô isso é o mais bacana né Como diria o velho Platão essa frase é uma frase horrível né Como diria o velho Platão é engraçado parece o Platão sempre foi velho ehala né as
coisas belas são difíceis né Eh acho que a gente tem uma uma chance boa aqui de ir abrindo o caminho nessa mata né e assim encontrando a nossa a nossa régua né Beleza então ó até quinta que vem e cara Leiam o prefácio né Eh pô tentem radicalmente se a ver com esse texto sabe ele é um texto muito complexo cara e é muito importante que vocês tentem vocês mesmos eh é ter esse embate com Mel Ponti né acho que só pode ser e proveitoso fazer isso tá bom e assim e semana que vem nos
encontramos tá tamamo junto