O que é mais saudável margarina ou manteiga Você já se perguntou porque tantas pessoas ainda acreditam que a margarina é a opção mais saudável existem diversos fatores que sustentam essa crença mas o principal parece ser o fato de que a margarina não contém colesterol Para muitos o colesterol é motivo de preocupação já que sabemos que ele desempenha um papel importante na saúde cardiovascular Mas será que devemos mesmo evitá-lo a todo custo essa preocupação com o colesterol vem em grande parte da antiga teoria do colesterol bom versus colesterol ruim mas o que isso realmente significa Será
que isso ainda faz sentido vamos entender a lógica da teoria de forma simplificada é assim imagine que seu sistema circulatório é como uma rede de estradas por onde o colesterol precisa viajar para fazer esse trajeto ele pega carona em veículos especiais chamados lipoproteínas existem dois tipos principais a lipoproteína de alta densidade ou HDL é como um caminhão de limpeza ela percorre suas artérias recolhendo o excesso de colesterol e levando-o de volta ao fígado onde é processado e eliminado por isso o HDL é conhecido como o colesterol bom por outro lado a lipoproteína de baixa densidade
ou LDL funciona como um caminhão de entrega que quando em excesso deixa cargas de colesterol nas paredes das artérias isso pode levar ao acúmulo de placas que estreitam ou bloqueiam os vasos sanguíneos aumentando o risco de problemas cardíacos daí o rótulo de colesterol ruim seguindo essa lógica se a margarina não aumenta os níveis de LDL Então seria uma escolha mais segura por outro lado a manteiga é em gorduras saturadas que tradicionalmente são associadas ao aumento do colesterol LDL parece fazer bastante sentido certo mas será que é realmente assim vamos voltar no tempo e entender a
origem dessa associação entre gordura saturada colesterol e doenças cardíacas a década era de 1920 naquela época coelhos se tornaram os protagonistas dos primeiros estudos sobre colesterol uma substância até então pouco compreendida nesses estudos iniciais os pesquisadores alimentaram Esses animais com dietas ricas em colesterol e o que descobriram foi curioso placas começaram a se formar nas artérias desses animais bloqueando o fluxo sanguíneo Hoje sabemos que o metabolismo do colesterol nos Coelhos por serem herbívoros é muito diferente do que ocorre nos seres humanos mas com o conhecimento na épa e usando métodos científicos ainda em desenvolvimento os
cientistas começaram a se perguntar Será que o mesmo poderia acontecer em humanos avançando para a década de 50 um influente fisiologista americano chamado Kiss começou a desenvolver uma hipótese baseada nesses estudos iniciais com animais k conduziu uma srie de Pesquisas incluindo o famoso estudo dos S países que Nações com dietas com maior consumo de gorduras saturadas apresentavam maiores incidências de doenças cardíacas no entanto sua metodologia foi altamente questionada muitos pesquisadores argumentaram que Kis excluiu dados de países onde o consumo de gordura saturada era mais alto mas apresentavam baixas taxas de doenças cardíacas por exemplo a
França e seus famosos hábitos alimentares ricos em manteiga e queijos o que mais tarde ficou conhecido como o paradoxo francês Além disso Case foi criticado por não ter considerado outros fatores importantes que influenciam a saúde cardíaca como o tabagismo o consumo de gorduras trans e outros aspectos da dieta e estilo de vida mas com toda a controvérsia Kis era um influente cientista e sua visão moldou as diretrizes nutricionais globais nas décadas levando à demonização das gorduras saturadas e ao favorecimento de Os Vegetais processados e margarinas como alternativas mais saudáveis as margarinas por exemplo naquela época
eram ricas em gorduras trans e estavam ganhando cada vez mais espaço na dieta das pessoas no entanto para muitos pesquisadores a omissão desse fator crucial na pesquisa de kys demonstrou uma lacuna significativa em sua análise o surgimento da teoria do colesterol bom versus ruim mais ou menos na mesma época cientistas em outras partes do mundo estavam começando a entender que o colesterol não é uma substância única e homogênea mas sim uma substância que circula no sangue ligado a diferentes tipos de lipoproteínas cada uma com funções específicas e distintas no organismo por exemplo cientistas como John
goffman Donald frederickson e William friedwald desempenharam papéis importantíssimos na identificação e compreensão das principais lipoproteínas LDL HDL e vldl foi observado que a lipoproteína HDL tem a capacidade de remover o excesso de colesterol dos tecidos e transportá-lo de volta ao fígado onde ele é eliminado com base nisso essa lipoproteína passou a ser chamada de colesterol bom já a lipoproteína na LDL foi vista com mais preocupação Embora tenha sido identificada como responsável por transportar o colesterol que é em grande parte produzido no fígado até os tecidos do corpo onde desempenha funções essenciais observou-se também que em
excesso essa lipoproteína podia se acumular nas paredes das artérias aumentando o risco de doenças cardíacas por isso algumas pessoas passaram a chamar essa lipoproteína de colesterol ruim Jong goffman e Donald fredrickson estavam cientes de que o colesterol transportado por essa lipoproteína é fundamental desempenhando funções como construção das membranas celulares e produção de hormônios eles sabiam também que havia muito mais complexidade nas funções das lipoproteínas algo que só seria melhor compreendido nas décadas seguintes e portanto para eles chamar essa lipoproteína de colesterol ruim seria uma simplificação e eles estavam certos suas descobertas iniciais pavimentaram o caminho
para que outros pesquisadores fizessem avanços incríveis hoje reconhecemos que o colesterol transportado pela lipoproteína de baixa densidade LDL recebeu um título que não faz juz a sua importância aprendemos mais sobre seu papel na construção das membranas celulares e na produção de hormônios essenciais mas não é só issoé também descobrimos que esse colesterol é crucial para a síntese de vitamina D formação de ácidos biliares e muitas outras funções vitais para o bom funcionamento do corpo agora uma pergunta que talvez fizesse muito sentido na época seria o que faz o colesterol LDL se acumular nas paredes das
artérias embora John goffman e Donald fredriksson já tivessem uma noção dessa complexidade não sabemos ao certo se outros pesquisadores profundamente essa questão naquele momento o que podemos afirmar Com certeza é que a quantidade de LDL no sangue passou a ser vista como um dos fatores chave para esse acúmulo no entanto nosso entendimento evoluiu Hoje sabemos que o número absoluto de LDL não conta a história completa o ambiente no qual essa lipoproteína circula é um fator ainda mais importante por exemplo se o houver inflamação crônica ou outros fatores negativos como Resistência à insulina o risco cardiovascular
aumenta significativamente independentemente dos níveis de LDL Além disso já sabemos que nem todo LDL é igual existem subtipos e entender isso muda tudo na década de 1980 alguns pesquisadores entre eles o Dr Ronald Kraus Descobriram que o LDL se divide em subtipos com diferentes tamanhos e densidades com o avanço das pesquisas também foi revelado que as partículas menores e mais densas de LDL são muito mais propensas à oxidação e consequentemente ao acúmulo nas artérias o que causa inflamação e aumenta o risco de formação de placas ou seja nem toda partícula de LDL se acumula com
facilidade nas paredes das artérias tudo isso nos mostra que a saúde cardiovascular envolve uma rede complexa de fatores interconectados e que não se trata apenas de colesterol alto ou baixo Além disso reduzir o LDL ao papel de vilão pode simplificar de forma perigosa um sistema extremamente complexo desconsiderando outros fatores importantes que influenciam o risco cardiovascular embora houvesse uma clara associação entre níveis elevados de LDL e o risco cardiovas confundir Associação com causa tornou-se um erro comum na verdade muitos médicos frequentemente falam sobre LDL e colesterol como se fossem a mesma coisa o problema é que
o LDL é muito mais do que apenas colesterol aqui você pode ver que o LDL carrega colesterol ligado a ácidos graxos como carga enquanto também contém colesterol penetrando sua membrana circundante claramente o LDL é mais do que apenas colesterol então tanto o colesterol quanto as LDL podem ser encontradas em placas ateroscleróticas Isso significa que elas têm um papel causal cientificamente falando é assim que se parece a culpa por Associação é um absurdo é confundir correlação com causalidade só porque duas coisas existem juntas ao mesmo tempo não significa que uma causou a outra com o tempo
aprendemos que pensar em gordura saturada e colesterol exige um tipo de pensamento que chamamos de pensamento de segundo nível ou seja indo muito além do que é imediato e superficial hoje ninguém mais simplifica tudo isso a colesterol bom ou ruim ou colesterol alto ou baixo Correto Não exatamente incrivelmente muitas diretrizes e Profissionais de Saúde ainda baseiam suas recomendações nessa visão ultrapassada dos anos 50 ignorando os avanços que fizemos desde então e quando falamos em avanços um exemplo Claros são os novos estudos que reavaliam as antigas crenças à luz de descobertas mais recentes Por exemplo essa
revisão sistemática de diversos estudos publicada em 2016 no british Medical Journal Open questionou diretamente a ideia de que níveis elevados de colesterol LDL sempre levam a uma morte precoce ao analisar dados de mais de 68.000 pessoas com mais de 60 anos os pesquisadores concluíram que reduzir o colesterol LDL nem sempre resulta em um menor risco de doenças cardíacas o estudo sugere Que fatores como inflamação crônica e resistência à insulina podem ter um impacto muito mais significativo no risco cardiovascular do que os níveis isolados de LDL Essa visão é reforçada por uma meta-análise publicada no frontiers
in cardiovascular medicine que demonstrou que o LDL oxidado está fortemente associado a doenças cardiovasculares o estudo destaca que a oxidação do LDL é um fator muito mais importante do que o nível de LDL no sangue pois contribui diretamente para a inflamação arterial sendo um dos gatilhos principais para aterosclerose e outros problemas cardíacos Além disso um estudo publicado no Biomed Central cardiovascular disorders mostrou também que não basta olhar para o LDL de maneira isolada certas partículas de LDL especialmente as menores e mais densas chamadas LDL 3 e LDL 5 são muito mais propensas a causar danos
às artérias do que as partículas maiores e menos densas a simplificação do colesterol e da gordura saturada como os principais vilões das doenças cardíacas já era questionada desde os anos 70 e 80 com dados do framingham Heart study um dos maiores e mais antigos estudos sobre doenças cardíacas Esse estudo revelou que apesar da crença Popular o colesterol total por si só não era o melhor preditor de doenças cardíacas o que abriu caminho para pesquisas sobre diferentes tipos de lipoproteínas e fatores de risco como inflamação e resistência à insulina e agora vem a parte mais surpreendente
a oxidação do colesterol é intensificada justamente pelos óleos vegetais processados e refinados como aqueles usados na fabricação da grande maioria das margarinas esses óleos embora não aumentem diretamente os níveis de colesterol tem um grande potencial de oxidação o que contribui para a inflamação tornando-os um fator oculto e perigoso no aumento do Risco cardiovascular Por exemplo essa revisão de estudos publicada no National Center for biotechnology information mostra como o colesterol é afetado pela oxidação do ácido linoleico o ácido linoleico é um tipo de gordura ômega-6 essencial para o corpo em pequenas quantidades no entanto em excesso
pode desbalancear a proporção ideal de ômega-6 e ômega-3 no corpo exacerbando processos inflamatórios e oxidativos e aqui está um dos principais problemas os óleos vegetais refinados amplamente utilizados e presentes na maioria das margarinas são naturalmente muito ricos em ácido linoleico em uma dieta baseada em alimentos naturais seria muito difícil consumir grandes quantidades desse ácido para se ter uma ideia seria necessário comer os grãos de cerca de 20 espigas de milho para obter a mesma quantidade de ácido linoleico presente em apenas uma colher de óleo de milho esses óleos passam por complexos processos industriais como extração
e refinamento devido à remoção de antioxidantes naturais e a desodorização em altas temperaturas o óleo rico em ácido linoleico torna-se muito mais suscetível à oxidação e a oxidação do ácido linoleico desencadeia uma série de reações no organismo afetando as partículas menores e mais densas de LDL tornando-as mais propensas a danos por outro lado a manteiga é rica em gordura saturada E conforme a hipótese lipídica lá da metade do século passado esse tipo de gordura estaria diretamente ligada ao aumento do risco de doenças cardíacas Mas será que essa teoria ainda se sustenta vamos analisar isso com
mais profundidade a gordura saturada de fato pode afetar o LDL mas de uma forma muito mais complexa do que se pensava antes vejamos um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition em 2010 conduzido por Ronald Kraus e colegas destacou que apesar da gordura saturada aumentar o LDL ela também altera as partículas de LDL tornando-as maiores e menos densas essas partículas maiores são menos prejudiciais para as artérias ao contrário das menores e mais densas que são mais propensas a causar problemas cardíacos Isso significa que a relação entre gordura saturada e colesterol LDL não é tão
simples quanto dizer que ela aumenta o colesterol ruim e de novo os olhos vegetais processados e refinados usados na maioria das margarinas não elevam diretamente os níveis de colesterol como a gordura saturada pode fazer no entanto eles têm grande potencial de oxidar as partículas de LDL Principalmente as menores e mais densas o que desencadeia inflamação no corpo agora vamos refletir sobre o que realmente é a gordura saturada sabemos que o excesso de qualquer coisa pode ser prejudicial Mas será que faz sentido condenar uma gordura naturalmente presente em tantos alimentos sem considerar o contexto geral da
dieta e outros fatores importantes a gordura saturada é na verdade uma gordura natural encontrada em alimentos consumidos por seres humanos há milênios um exemplo Claro é o leite materno que contém cerca de 50% de sua gordura na forma de gordura saturada essencial para o crescimento e desenvolvimento dos bebês Além disso o leite materno possui aproximadamente 35% de gordura monoinsaturada e 15% de poliinsaturada esses números mostram que assim como muitos naturais o leite materno apresenta uma combinação equilibrada desses três tipos de gordura cada um com sua função específica para o corpo o mesmo princípio se aplica
a outros alimentos naturais que contém os três tipos de gorduras em diferentes proporções portanto condenar a gordura saturada isoladamente sem levar em conta esse equilíbrio natural ignora a complexidade da nutrição e das necessidades do corpo humano mesmo assim a gordura saturada foi e ainda é frequentemente considerada uma vilã aqui no Brasil muitos produtos são obrigados a exibir em sua rotulagem frontal um alerta de alto teor de gordura saturada a pergunta que fica é onde estão os alertas para os olhos vegetais refinados de sementes que se oxidam facilmente e onde estão os alertas sobre as gorduras
hidrogenadas Enquanto isso a gordura ada continua sendo rotulada como gordura ruim independentemente do contexto ou da quantidade consumida E além disso muitas vezes é desconsiderado o fato de que as gorduras saturadas desempenham várias funções importantes no corpo humano embora as gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas em suas formas naturais sejam cruciais para o organismo as gorduras saturadas não são menos importantes vejamos a gordura saturada é essencial para a integridade das membranas celulares as membranas precisam de gorduras saturadas para manter sua rigidez e estrutura uma membrana celular que não possui a quantidade adequada de gordura saturada pode perder
sua função de barreira afetando a entrada e saída de nutrientes e a proteção contra toxinas Pense nisso como uma parede de tijolos sem argamassa suficiente que nesse caso seria a gordura saturada a parede enfraquece e pode permitir a passagem de elementos indesejados produção de hormônios o corpo usa gorduras saturadas para a produção de hormônios especialmente os hormônios sexuais e os esteroides as vitaminas a d e e K são todas lipossolúveis O que significa que precisam de gordura para serem absorvidas de forma eficiente pelo corpo sem gordura saturada a absorção dessas vitaminas essenciais pode ser comprometida
afetando funções como a saúde dos Ossos a visão a coagulação do sangue e a resposta imunológica sistema imunológico a gordura saturada é importante para o funcionamento adequado do sistema imunológico certas células imunológicas dependem de gordura saturada para funcionar corretamente e combater infecções Portanto o erro não está em consumir gordura saturada mas em não Ender que todas as gorduras saturadas monoinsaturadas e poliinsaturadas têm papéis importantes na nossa saúde e claro sempre lembrando o contexto geral da dieta a quantidade consumida a individualidade e o estilo de vida são fatores cruciais agora outro problema de Focar apenas nas
gorduras saturadas e no colesterol como vilões das doenças cardíacas é ignorar o fator da calcificação das o cálcio Não age sozinho ele precisa de outros nutrientes para ser corretamente direcionado aos ossos e dentes diversos nutrientes e fatores desempenham papéis importantes na fixação adequada do cálcio ajudando a evitar que ele se deposite nas artérias Entre esses nutrientes estão as vitaminas d e K2 cuja falta pode aumentar o risco de calcificação arterial e Onde podemos encontrar esses nutrientes Existem várias opções mas olha só ironicamente uma manteiga de boa qualidade pode ser uma ótima fonte algumas pessoas afirmam
que a gordura saturada é automaticamente inflamatória especialmente o palmitato presente na manteiga muitos até associam o consumo de gordura saturada à ativação de receptores pró-inflamatórios como o tlr4 Mas vamos analisar isso com mais cuidado um tudo publicado em Cell metabolism em 2018 revelou algo interessante o tlr4 esse receptor pró-inflamatório não é diretamente ativado por ácidos graxos saturados os autores mostraram que a inflamação na verdade Depende de uma combinação de fatores como o desequilíbrio da microbiota intestinal deficiência de nutrientes e outros elementos que promovem inflamação ou seja o consumo isolado de gordura saturada como a encontrada
na manteiga não é suficiente para desencadear uma resposta inflamatória sem a presença de outros fatores de risco demonizar a gordura saturada sem considerar esse contexto mais amplo é um erro e sobre as gorduras trans hoje muitas pessoas afirmam que as margarinas modernas são desprovidas de gorduras trans Graças aos novos métodos de processamento e de fato isso é verdade com os avanços nos processos de produção a maioria das margarinas disponíveis atualmente contém zero ou quantidades mínimas de gorduras trans no entanto a questão vai muito além disso o foco está nos tipos de óleos amplamente utilizados na
fabricação da margarina a maioria ainda é feita com óleos vegetais refinados como óleo de soja óleo de canola ou óleo de milho o problema Central é que como já vimos esses óleos passam por processos industriais complexos que os tornam altamente instáveis e suscetíveis à oxidação o que pode gerar compostos nocivos para o organismo Portanto o argumento de que as margarinas modernas são mais saudáveis simplesmente por não conterem gorduras trans não aborda o verdadeiro Impacto que os olhos refinados de sementes podem ter na saúde a longo prazo em nosso vídeo sobre a história da margarina explicamos
essas questões com mais detalhes o link está na descrição com todo o avanço científico e as evidências acumuladas por que tantas pessoas ainda defendem as antigas teorias sobre colesterol e gorduras saturadas existem vários fatores que explicam isso e é exatamente isso que veremos agora começando pelos estudos apesar das descobertas mais recentes muitos estudos continuam promovendo a ideia de que a redução agressiva do LDL é a principal estratégia para prevenir doenças cardíacas um exemplo Claro é um estudo publicado em 2023 no Journal of The American College of cardiology que ainda define a redução do LDL como
a meta Central para evitar problemas cardiovasculares e esse é apenas um exemplo vários outros estudos ainda classificam o LDL Como o colesterol ruim mantendo uma visão simplificada mas o que esses estudos estão deixando de lado o problema é que muitos deles raramente expor nuances importantes por exemplo eles frequentemente ignoram que o tipo de partícula de LDL também é crucial Como já discutimos Focar apenas no número total de LDL no sangue sem considerar a qualidade ou a oxidação dessas partículas leva a conclusões incompletas Além disso Outro ponto crítico que esses estudos muitas vezes desconsideram é o
papel da inflamação crônica e da Resistência à insulina a questão da generalização dos estudos muitos estudos que defendem a visão antiga sobre colesterol foram conduzidos em populações muito específicas como pessoas que já tinham predisposições genéticas ou dietas altamente inflamatórias quando tentamos generalizar esses resultados para toda a população esquecemos que muitos outros fatores influenciam a saúde cardíaca óleos de sementes Por que alguns estudos ainda os consideram saudáveis muitos estudos antigos também promovem a ideia de que os olhos processados de sementes ricos em ácido linoleico são bons para o coração por exemplo o Los Angeles veterans administration
study realizado com 800 veteranos comparou uma dieta rica em óleos de sementes com uma dieta com menos desses olhos o resultado mostrou que o grupo que consumiu mais óleos de sementes teve uma redução de quase 13% no colesterol total no entanto o estudo não encontrou uma redução significativa em ataques cardíacos ou mortes súbitas e houve um aumento significativo no risco de mortalidade por outras causas como o câncer isso Levanta a questão de que Focar apenas na redução do colesterol Total ou LDL sem levar em conta fatores como a qualidade das partículas de LDL e a
saúde metabólica pode levar a conclusões incompletas e generalizações perigosas o estudo apresentava também grandes problemas na forma como foi conduzido o grupo que consumiu menos óleos de sementes também tinha um consumo muito mais baixo de vitamina e um antioxidante importante para a saúde do coração o que pode ter influenciado nos resultados o grupo que consumiu mais óleos de sementes também ingeriu cerca de sete vezes mais ômega-3 em comparação ao outro grupo além de disso a busca por entender porque tantas pessoas ainda defendem as teorias antigas nos leva a outros fatores por exemplo a influência das
diretrizes alimentares oficiais que por décadas recomendam a redução de gordura saturada e o aumento do consumo de óleos vegetais instituições de renome como a American Heart Association e diretrizes governamentais de diversos países ainda promovem o uso de óleos vegetais insaturados como óleo de soja e canola baseadas em estudos mais antigos resistência a mudança e tendências culturais a ciência da nutrição evolui constantemente mas há uma resistência natural à mudança tanto entre a comunidade científica quanto entre o público geral as teorias antigas sobre o colesterol e a gordura saturada foram ensinadas por gerações o que gera uma
tendência a manter o status simplicidade das mensagens as teorias antigas sobre o colesterol e a gordura saturada oferecem uma explicação simples colesterol LDL é ruim gordura saturada é ruim essa simplicidade torna essas teorias mais fáceis de comunicar ao público geral a complexidade das descobertas mais recentes como a oxidação do LDL A inflamação crônica e a resistência à insulina exige um nível maior de compreensão e cuidado algo que nem sempre é fácil de transmitir em grandes campanhas de saúde pública e por fim a mensagem aqui não é promover o consumo desenfreado de gordura saturada mas sim
provocar uma reflexão profunda sobre os paradigmas nutricionais que moldaram nossa percepção ao longo dos anos precisamos considerar o contexto a individualidade e as quantidades envolvidas a ciência evolui e nós Será que nossa mentalidade está acompanhando essa evolução Este vídeo é mais do que uma simples explicação ou apresentação de fatos e Estudos é um Manifesto para questionar as certezas inquestionáveis está na hora de abandonar de vez a visão simplista de que o LDL é o colesterol ruim da mesma forma devemos reavaliar a demonização da gordura saturada e assim como as crianças que nunca se contentam com
a primeira resposta precisamos aprender a questionar não podemos aceitar respostas fáceis ou incompletas A ciência é movida por questionamentos e é assim que devemos encará-la por isso pergunte vá além das associações superficiais e busque entender as verdadeiras causas porque no fim Ninguém é dono da verdade absoluta o nosso aprendizado é constante e a história nos mostra que nem sempre as narrativas predominantes estão corretas para evoluirmos precisamos estar dispostos a desafiar As convenções a rever conceitos que antes considerávamos imutáveis precisamos buscar a verdade com mente aberta entendendo que questionar não é só sinal de dúvida mas
também de [Música] sabedoria ah