salve salve pessoal sejam todos muito bem-vindos a mais um episódio do Weslen podcast Peço para que você deixe o like desde já que o editor tá pedindo insistindo para eu pedir o like para vocês então deixa o like aqui que isso ajuda a gente o algoritmo do YouTube recomenda o episódio o YouTube entende que esse vídeo aqui é relevante e manda para mais pessoas e dessa forma você reforça o comportamento do Casi e meu que estamos aqui hoje gravando isso daqui no dia 15 de novembro feriado nacional Então deixa o l aí meu essa Live
provavelmente tá indo ao ar esse vídeo tá indo ao ar mais eh daqui mais ou menos um mês mas então valorize o nosso trabalho de tá aqui no feriado e deixa seu like fechou inscreva-se no canal também então como diz o Serjão recados da Paróquia já foram dados e agora vou introduzir os meus dois convidados hoje o nosso tema será TDH eh e aqui comigo nós temos o Diego Luiz rovaris correto pronunciei correto cor o Diego ele é graduado em biomedicina pela Universidade fival Olha só fui lá uma vez num num congresso eh mestre Em
genética e biologia molecular pela urgs e Doutor em ciência genética na área de genética e biologia molecular também pela ufgs fez pós-doutorado no programa de pós--graduação em Psiquiatria e ciência do comportamento da ufgs e atualmente é professor e Doutor no departamento de fisiologia e biofísica do Instituto de ci CCI biomédicas da Universidade de São Paulo eu adoro estudar biofísica uma das das áreas mais legais porque caía muito na prova de neurociência é também orientador do programa de pós-graduação em biologia funcional e molecular da Universidade de São Paulo coordenador do grupo de trabalho em TDH do
latim American genomics consortium e coordenador científico da rede de pesquisa TDH Brasil Professor obrigado demais por você dispor do seu tempo principalmente num feriado para vir aqui pra gente trocar uma ideia sobre sobre TDH Eu que agradeço convite e o meu segundo convidado é o Bruno terra que é psiquiatra atualmente né Bruno já veio aqui no nosso estúdio no podcast do Jan Pois é já tive o prazer aqui de tá conversando com Jan tá conversando lá com João também então foi super bacana legal bacana o Bruno ele é graduado em medicina pela Universidade Federal de
Ouro Preto em Minas Gerais tem residência médica em Psiquiatria pelo Instituto Raul Soares residência médica em psicoterapia pelo Instituto Raul Soares também mestre em neurociências clínicas pela UFMG e Atualmente trabalha no atendimento de adultos com TDH e como divulgador científico então vejam pessoal a gente tem aqui dois bichos bem diferentes na fauna do universo científico e eles são bem diferentes apesar de para vocês que não estão na área provavelmente eles são parecidos mas quando você dá um zoom assim na área você consegue ver que eles são bem diferentes e é importante eu fazer essa introdução
aqui para para vocês para que vocês consigam acompanhar o raciocínio dos dois o professor Diego ele é pesquisador cientista então ele tá há alguns anos à frente do que o Bruno faz na clínica né Isso mesmo e acho que esse essa essa essa troca de ideia vai ser bem legal vai ser bem bacana não com certeza tipo o Diego traz as informações e aí quando elas estão sedimentadas elas viram em uma mudança na nossa prática clínica que aí a gente pode aplicar e transformar isso PR os pacientes poderem ter Esso perfeito é isso é um
ponto bem importante Às vezes o conhecimento para se atualizar num livro demora 5 10 15 anos né então a gente a gente tá lá na na na fronteira né perfeito trabalhando e ã sedimentando tudo para chegar mais Prontinho pro perfeito hoje o Brasil ele é uma em termos de pesquisa pesquisa hoje o Brasil até mesmo básica na área de TDH ou clínica e o BR ele tem um protagonismo muito o Brasil é um epicentro da pesquisa em TDH eh eu fiz toda a minha formação no programa de eh de TDH da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul no Hospital de Clínicas lá de Porto Alegre e muito da pesquisa de TDH no Brasil sai de lá e esse grupo acabou ã nucle outros grupos pelo Brasil né então a gente tem uma inserção internacional muito grande e e a gente trabalha com todo mundo que trabalha com TDH de forma muito pesada assim no no mundo então eu sempre costumo falar pros voluntários das nossas pesquisas ou pro público em geral que o Brasil tem um protagonismo muito grande na geração de conhecimento na área de TDH inclusive pesquisas que a gente fez aqui
ajudaram a mudar critérios ou ajustar critérios do dsm e com certeza pesquisas que a gente tá fazendo agora vão ajudar a ajustar no próximo D smm então o Brasil é bem importante que que foi um dos achados por exemplo professor por exemplo a questão do da da mudança no número de sintomas em adultos né que hoje são o mínimo de cinco sintomas eh a gente teve participação nisso estudos conduzidos no no Rio Grande do Sul teve a questão também da do ajuste da idade de início de 7 para 12 a gente que contribuiu com com
dados tem outras coisas Agora que a gente vem Trabalhando muito né Essa questão que o até eu converso bastante com com o Bruno sobre isso TDH possibilidade de um TDH de início tardio Então a gente tem resultados já ã sobre isso enfim outros grupos do mundo também então acredito que h mais adiante alguns ajustes serão feitos em relação a esse tipo de de de de tópico dentro do do do próprio dsm mas em resumo o o o protagonismo do Brasil é bem bem grande na na área Legal tem chegado muita demanda BR de gente adulta
lá na clínica agora com esse porque uma uma das coisas que e pessoal pergunta muito e é uma dúvida recorrente no no cenário é a não sei se eventualmente uma dúvida ou até mesmo uma crítica ou alguma coisa assim de muitas pessoas terem TDH se identificarem com TDH devido ao bum da informação na Internet tem muita gente que chega lá para você com com sintomas e que de fato não tem depois um screening mais fechadinho Olha eslen isso eu acho que cada vez está ficando mais comum na clínica eu acho que esse ponto que você
colocou com esse advento esse bum das redes sociais e desse acesso a vídeos que trazem muit das vezes assim um conteúdo Raso sobre quadro então tem até estudos mostrando assim que um percentual grande dos vídeos de 52 62% dos vídeos tipo do tiktok tem informações errôneas assim sobre TDH então cada vez mais tem chegado pacientes com essa demanda de uma investigação muita das vezes tem outros quadros ou dependendo nem tem uma uma situação de base mesmo que justifique aquela aquela tensão uma tensão que digamos dentro do do esperado para aquela pessoa então assim as pessoas
têm se autod diagnosticado isso é muito problemático e vocês Esse do TDH tardio como é que é a hipótese seria o sujeito desenvolver o transtorno depois dos 12 anos e o que que acontece hoje no dsm tem para diagnosticar o TDH são cinco critérios né E essa questão da idade de início é um deles mas o que que a gente tem visto tem alguns estudos longitudinais que acompanham indivíduos desde o nascimento e quando a gente começou a ver os dados desses desses estudos em relação ao TDH persistente né que a gente chama TDH de adultos
de TDH persistente a gente começou a ver que tinha uma fração Grand de indivíduos que não apresentavam esses sintomas lá na na infância então isso gerou muita discussão na na literatura Então o que a gente vê nessa categoria especificamente é que tem uma convergência com ã o os indivíduos né que fecham o diagnóstico completo em termos de de estrutura fatorial né então o que que que leva o quadro e enfim comorbidade aí é um ponto importante né porque o o Bruno por exemplo precisa tomar uma decisão se um indivíduo que tem esse quadro que não
fecha todos os critérios mas tem um prejuízo Evidente Será que precisa de tratamento Enfim então o que que a gente vem eh eh trabalhando tentando entender se esse esse grupo por exemplo tem uma biologia de base parecida com o grupo que que fecha o o diagnóstico completo e o que a gente tá vendo é que sim Olha só então por exemplo os estudos de correlação genética mostram uma correlação genética alta desse grupo de início tardio que a gente tá ainda entendendo como como ele é com aquele grupo de indivíduos que tem TDH infantil ou o
grupo de indivíduos que tem TDH H persistente então este é um um um ponto que eu acredito que ainda vai ter muita coisa pra gente eh discutir mas talvez vai ter aí uma uma possível revisão disso no no futuro né mas nesse caso o TDH tardio o o sujeito ainda estaria enquadrado dentro de um transtorno do neurodesenvolvimento o o desfecho começaria mais tarde e esse é uma é uma pergunta bastante interessante porque é algo que a gente tá investigando né porque o TDH é classicamente uma condição do neuro do neurodesenvolvimento então ã muito da da
da da da das da da neurobiologia do TDH começa a se manifestar muito cedo H entra útero e enfim no no no início da vida o que a gente pode ter de hipóteses em relação a isso a gente pode pensar por exemplo será que tem algum fator ou algum conjunto de fatores do ambiente que faz esse indivíduo que tem uma condição do neurodesenvolvimento manifestar essa condição mais tarde então isso é um ponto eh em aberto Ou será que esses indivíduos eh são um pouco menos graves ou quando a gente pensa por exemplo em algo que
a gente tá estudando muito agora que são os escores poligênicos para TDH Será que esses indivíduos TM uma média de escor poligênico menor enfim São perguntas que a gente eh vem estudando muito para ter uma ter respostas concretas legal eu acho que é um ponto também interessante a gente entender o cérebro como um órgão plástico né que essa eh esse processo de neurodesenvolvimento ele tá o tempo todo acontecendo Então pode ser que a gente amplia essa percepção um pouco mais de tipo eh além desse processo de continuidade de de amadurecimento cerebral inclusive na vida adulta
e você isso isso que ele tá comentando aqui Bruno que estão sendo investigado dentro do universo da pesquisa potencialmente uma alteração Futura do dsm para incluir um TDH tardio etc para você hoje na clínica você enxerga isso já ou ou ou é uma coisa que você não não consegue tocar ainda pelo fato de não existir deadline suficiente e tal então a gente esbarra nessa questão eslen que é o seguinte tipo eh pra gente poder em algum momento se a gente chegar a dar esse diagnóstico tipo as mudanças no dsm forem incorporadas a ponto de a
gente ter uma uma condição já eh identificada como o TDH de início tardio então ele não vai ser não vai ser poder aqueles sintomas não podem ser explicados por outras condições e frequentemente com uma certa frequência a gente esbarra na clínica com pacientes que eles têm sintomas de desatenção sintomas de hiperatividade e impulsividade que eles não são explicados por uma outra condição psiquiátrica que eles não são explicados por eh hábitos de vida que sejam que poderiam estar propiciando esse sintomas então que a gente vê que eles têm uma matéria primária daquela sintomatologia mas que a
gente não consegue encaixar ele em nenhuma condição como explicadora daquela daquela sintomatologia tem é um número bem pequeno de pacientes Mas umas geralmente a gente esbarra com um o outro que tem essas questões e que a gente ainda não consegue eh identificar aquilo que tá acontecendo de fato e e arredondando esse primeiro grande tópico de eh potencial mudança no diagnóstico Como já aconteceu né antes era 7 anos agora é 12 eh na análise de vocês eh ou nos dados melhor dizendo E isso tá refletindo Esse aumento de pessoas procurando etc tá refletindo por em algum
tipo de aumento de prevalência como é que tão os números hoje de prevalência no Brasil no mundo ã Esse é uma coisa bem é um ponto muito crucial dentro do TDH né porque a primeira coisa que eu rebato quando eu escuto está tendo um Boom de TDH não não está tendo um Boom de TDH a prevalência de TDH e enfim o Bruno Pode adicionar aí na história ela é estável ao longo ao longo das décadas até hoje no almoço a gente tava discutindo uma os resultados de de uma metanálise que a faixa tá lá TDH
de adultos né entre 2 e 35% né então ao redor do mundo eh é é são essas as estimativas E aí ã até tem um um slide aqui que eu acho que que é legal compartilhar de um estudo que tá dentro da nossa realidade né então foi conduzido pode botar aí que tá aparecendo para eles lá em foi conduzido no no no Brasil né numa dessas cortes onde os indivíduos foram acompanhados desde o nascimento até até a vida adulta Uhum Então a prevalência nos indivíduos adultos tá aqui ó 2.1% que é totalmente compatível com qualquer
estimativa pro continente ou pro pro pro pro planeta né perfeito detalhe 2017 né só para deixar claro pra galera sim estudo recente Então mostando os relativamente recente né aqui a ideia desse estudo foi meio que avaliar na prática né a a as mudanças do do do dsm então a questão de prevalência acaba entrando como algo importante então se a gente considerar população adulta que a gente tem na América Latina e no Brasil a gente vai ver aqui ó que quase 10 milhões de indivíduos na América Latina vão fechar os os cinco todos os critérios né
pro diagnóstico quase 3 milhões no Brasil então tem uma outra informação que eu acho que é bem bem legal de colocar pro público a gente tem um GAP de tratamento da neuropsiquiatria na América Latina que é superior a 75% que que seria o GAP de tratamento 75% dos pacientes neuropsiquiátricos Não recebem um tratamento adequado comparado com 50 por C no na na América do Norte de alta renda né que exclui o o o México Uhum Então ã quando a gente pensa em tratamento a gente tem que pensar que o diagnóstico tá atrelado a isso então
tem muita gente que não tem o diagnóstico e tem a condição Então acho que essas pessoas quando começam a olhar para informações que tá chegando lá nas redes sociais o quadro no Fantástico que coloca o draus Varela falando sobre TDH explicando minimamente o que que é aquilo tudo essas pessoas que T começam a se se identificar claro que entra aquilo que o que o Bruno falou que vem um monte de gente que na verdade não tem mas que que acha que tem então não existe um Boom existe uma quantidade muito muito grande de pessoas que
tem TDH e que não foram diagnosticadas ainda e que começaram a identificar esses sintomas e estão procur procurando ajuda Ô Bruno eh pegando esse gancho Eu imagino que muitas das pessoas que se identificam com o sintomas do TDH eh provavelmente olham para si mesmas como uma pessoa principalmente pros lados da hiperatividade da desatenção né que é classicamente os sintomas se a pessoa pô tá dormindo mal tá numa rotina num trabalho que ela não gosta usa drogas bebe né etc obviamente isso vai gerar um desfecho de eventualmente uma irritabilidade que pode ser confundida com uma uma
atividade exagerada ou mesmo uma desatenção eh como é que você como é que você você vê assim a galera hoje tem chegado no seu consultório com essas alterações que são explicadas por rotina desajustada ou outra coisa eh acho que é uma uma questão importante falar porque muitas vezes a pessoa tem a rotina toda bagunçada e confunde aquilo com TDH e não é TDH como é que você tem visto isso é isso daí é um ponto assim super importante porque Aparece muita gente eh justamente com essa questão pessoas que estão dormindo muito mal dormindo muito pouco
então um um um dos Passos primordiais do diagnóstico a gente determinar se aqueles sintomas de desatenção eles são decorrentes do TDH ou se eles são decorrentes de alguma outra situação e frequentemente essas questões de desajuste da rotina ou de outros quadros seja neurológicos psiquiátricos ou clínicos podem simular sintomas aí de TDH por exemplo tipo hipotiroidismo ele pode trazer um sintomas de dificuldade de concentração falta de energia que muitas vezes pode ser entendido como sintoma de TDH mas que a realidade completamente diferente o tratamento seria também totalmente diferente e essa pessoa que não é tratada nesse
GAP que o professor comentou eh acho que uma Salvo engano a o tratamento do sujeito com TDH principal ente em fases de neurodesenvolvimento importantes para controle inibitório como adolescência que o pessoal tá mais propensa a uso de droga a eu entrevistei recentemente o Professor Rui que é da ufsk que trabalha com TDH ele comentou que o uso de medicamento nessas fases até para quebrar um medo que Muitos pais e mães têm de da pessoa utilizar o medicamento que é um psicoestimulante e tal ele parece ser protetor para essa pessoa contra alguns fatores de risco como
por exemplo desenvolvimento de adicção de de adição né porque o sujeito com TDH ele tende a desenvolver vícios né sim sim ele tem uma propensão o indivíduo com TDH ele tem uma propensão maior proenol pro uso de substâncias psicoativas e o desenvolvimento de comportamento aditivo e o tratamento reduz isso o tratamento ele reduz isso e o tratamento ele também diminui o risco da pessoa de desenvolver outras comorbidades então transtornos depressivos transtornos ansiosos e até questões de ordem Clínica Ela é reduzida a partir do momento que nós instituímos o tratamento então obesidade diabetes que são questões
também muito relacionadas com TDH elas também reduzem a probabilidade daquilo acontecer quando o indivíduo recebe tratamento adequado principalmente se esse tratamento acontece de forma precoce e e é importante também trazendo Esse aspecto que o Diego trouxe é que apenas um em cada cinco indivíduos com TDH recebe tratamento aqui no Brasil pois é a gente um enorme contingente de pessoas que t o quadro e não tão recebendo tratamento efetivo para isso e além do mais tem até estudos recentes trazendo assim que o tratamento do TDH ele reduz o risco de mortalidade porque o TDH ele tá
relacionado também com acidentes automobilísticos com comportamentos impulsivos direcionados para as outras áreas e isso gerando um risco de acidentes de outras condições PR os indivíduos então tratar o TDH além de reduzir esse Impacto eh socioeconômico então da pessoa conseguir atingir um perfil Educacional que seja mais compatível para pro indivíduo conseguir eh empregos que sejam de acordo com o potencial dela também vai melhorar essa questão da Saúde Mental dela de prevenir a ocorrência de quadros psiquiátricos comórbidos e também inclusive de de ordem física também perfeito é esse ponto que o Bruno colocou é muito muito importante
né porque hoje com o advento da da genômica e a forma como a gente consegue eh entender biologia compartilhada entre diferentes características fenótipos enfim a gente tá vendo como ã as condições neuropsiquiátricas incluindo o TDH tem uma biologia compartilhada com condições somáticas então Eh isso um ponto importante não tratar não melhora Só Saúde Mental mas melhora a saúde geral Porque existe uma correlação biológica positiva e importante entre TDH e outras condições eh que são somáticas como por exemplo obesidade diabetes ã dor crônica então tem pontos mecanismos biológicos que são compartilhados entre essas essas condições e
quando você trata um você você acaba melhorando todo do resto né então então só para deixar claro pro pai e pra mãe que assiste Porque aqui no podcast tem muitos muitas famílias que que me assistem aqui eles confio muito no nas pessoas que eu trago aqui né por conta do histórico de eu trazer mais cientistas e tal e então não não não há nenhum problema o medo da criança se viciar porque às vezes o pai olha e fala pô minha criança tem 10 anos vou dar um psicoestimulante para ela não há nenhum tipo de se
for corretamente tratada e diagnosticada então é uma questão assim que a gente é a gente deve acompanhar os pacientes então Eh mais existe um excesso de cautela qu diante de uma recomendação médica Clara Então se aquele paciente não tem uma contraindicação porque privá-lo do acesso àquilo que vai trazer os benefícios para as mais diversas áreas as medicações podem ter efeitos colaterais sim como qualquer outra mas os efeitos colaterais eles muit das vezes são manejados eles são ajustados então a gente consegue trazer fazer com que o paciente ele tenha um um benefício muito interessante na qualidade
de vida dele buscando dentro do possível que ele não tem efeitos colaterais adinos daquele uso da medicação e cientificamente falando o que a gente olha na literatura eh e são muitos estudos eh dentro dessa temática os benefícios superam em muitos riscos né então acho que isso é um ponto importante perfeito sim sim então se o paciente não tem uma contraindicação então a gente sempre vai ter uma tendência a lançar a mão também é importante a gente ter em mente que o tratamento do TDH ele não se restringe apenas o uso da medicação ela é um
aliado mas alguns pacientes eles vão se vão ter uma resposta muito favorável com medidas não medicamentosas então a psicoterapia é um ponto também fundamental aí no tratamento desses pacientes é que um problema é o cara não eh ter o não ter o tratamento medicamentoso quando necessário e ele ter e diversos problemas Pelo menos é o que eu encontrava muito na clínica problemas de autoestima que ele desenvolveu durante a vida dele formou uma série de crenças e problemas comportamentais devido algumas incapacidades geradas pelo problema de atenção sim e isso às vezes gera um estigma nele mesmo
que é substrato pro desenvolvimento de depressão sim então acho que esse é um ponto importante do pessoal V né sim e é importante que o TDH como o Diego realmente é falou ele é altamente comórbido ele é muito acompanhado de outras condições então mais ou menos 80% dos pacientes que têm TDH eles vão ter um quadro psiquiátrico associado então assim é a regra quadro psiquiátrico associado Então se a gente institui esse tratamento de uma forma efetiva que aquele tratamento seja suficientemente para poder trazer uma boa qualidade de vida e uma e abarcar as necessidades daquele
indiví a gente redu muito a chance do desenvolvimento de algum quadro associado perfeito neurobiologia Professor como é que a gente tá hoje no nos avanços da da dos estudos sobre a ação dos medicamentos a neurobiologia do TDH para quem tá em casa entender mais ou menos o que que acontece no cérebro de um paciente com TDH sim eu acho que dentro dessa temática a gente não pode deixar de colocar o papel da genômica como uma fonte de eh geração de conhecimento né então a gente vem trabalhando com uma metodologia que o o primeiro estudo assim
na H com essa metodologia foi publicada em 2005 são os estudos de varredura genômica então desde então tem sido publicados cada vez mais e mais e para diferentes condições humanas ou ã características humanas e a gente tem uma era que a gente brinca que é pós de né a sigla para essa para essa para essa abordagem porque é uma forma que a gente tem no laboratório de ã escanear ou ler a variabilidade no Genoma das pessoas e aí a gente acaba comparando isso entre por exemplo grupo de casos com TDH e grupos controle sem TDH
e a gente consegue ver o que que o que que tá diferente então é como se a gente colocasse um um óculos e passasse a enxergar coisas que a gente não tinha ideia anteriormente por falta de conhecimento perito Então até duas duas Décadas atrás ou 15 Anos Atrás a gente h a única grande fonte que a gente tinha dentro desse contexto eram os estudos de associação por genic Cid dat então ah o TDH o metilfenidato ritalina mexe com a transmissão Ah dopaminérgica vamos investigar se se os genes relacionados com essas com essas vias são importantes
no TDH então a gente lidava com esse tipo de abordagem E aí as varreduras vieram para trazer coisas novas né então eu gosto de usar um um um um eu sempre uso esse exemplo em aula né A primeira varredura genômica mostrar um ponto no Genoma associado com com depressão mostrou um gene que codifica um peptídeo intestinal Então como que um peptídeo intestinal influencia no cérebro né E no caso TDH não é muito muito diferente então as varreduras genômicas começaram a mostrar outros genes envolvidos isso dá muita pista sobre a neurobiologia do transtor Então o que
a gente tem hoje de de de áo no TDH é que a gente na última a gente conseguiu caracterizar 76 genes de risco isso num esforço Global né então vários países do mundo contribuindo com com com amostras E aí isso gerou um grande estudo são 76 genes caracterizados no caso esses genes caracterizados ou de risco eles estão Obrigatoriamente ativos ou alterados no TDH Esse é esse é esse é o ponto que eu que eu que eu quero chegar eu acho que fica melhor se eu se eu mostrar para vocês ó esse esse esse estudo aqui
Opa esse aqui esse estudo aqui é o o último que foi publicado né então aqui é uma uma uma figura que mostra cada cada pontinho aqui representa uma variante genética avaliada aqui a gente tem todos os os cromossomos humanos e todos os pontos que ultrapassam essa linha vermelha a gente diz que são significativos né Então essa é o que a gente chama de uma análise primária dessa metodologia então ele diz onde no Genoma tem um sinal perfeito e aí a gente precisa ir com uma lupa ali para olhar o que que aquele sinal quer dizer
então quando a gente olha para isso a gente chega nesses 76 e genes aí que até o momento né Então esse é o recorte a figura que a gente tem atual uhum E aí quando a gente olha o que que esses genes fazem eles estão lá sendo expressos em um período muito importante de neurodesenvolvimento Então corrobora aquela ideia de Fato né que é uma condição do neurodesenvolvimento fato e esses genes são muito importantes em eh áreas cerebrais onde tem muita transmissão dopaminérgica uhum isso acaba ã validando uma palavra muito forte uma mas corroborando que a
gente tem hoje por exemplo de tratamento aprovado né porque o o Bruno pode ser muito mais assertivo do que eu H Nisso porque ele trabalha com isso diariamente mas eh os medicamentos que são utilizados hoje para tratar TDH modulam transmissão neurotransmissão né transmissão neurotransmissão dopaminérgica noradrenérgica Então o que a gente tem hoje de entendimento da neurobiologia do TDH a partir dos deos colocam a o ponteiro nessas vias só que de uma forma diferente porque há 10 15 20 anos a gente olhar vamos olhar pro Gene do receptor de dopamina D2 ISO esses genes não estão
aparecendo ainda o que tá aparecendo são outros genes que são importantes de certa forma para aquele receptor de dopamina tá lá Entendi mas são coisas ele olha antes é como se ele tivesse olhando o esqueleto assim verade ele tá olhando tudo mas o que tá aparecendo por enquanto é isso só que aí tem uma uma questão de ã de modelo de herança aqui que isso é uma coisa que às vezes eu vejo uma confusão entre as pessoas né TDH é genético não é genético enfim o que que é ser genético né então a acha que
o galera confunde genético com hereditário né É mas a A questão aqui é que existe uma diferença entre algo ser genético e algo ser altamente influenciado pela genética que é o caso do TDH então ã um exemplo que eu acho que fica mais fácil para entender anemia falsiforme anemia falsiforme é uma doença grave e é uma doença genética Onde tem um ponto lá no Genoma que quando alterado mutado se esse indivíduo recebe essa mutação do pai e da mãe e inevitavelmente vai desenvolver esta condição agora no caso do TDH é diferente o TDH é altamente
influenciado pela genética só que o modelo não é um modelo monogênico é um modelo altamente poligênico então quando eu falei de 76 genes de risco isso é só uma pontinha do iceberg porque são centenas de milhares de variantes genéticas em muitos genes cada uma contribui com um pouquinho mas quando tudo isso se soma faz com que um indivíduo ultrapasse um Limiar entendi e passe a desenvolver uma determinada condição Então essa é a figura do TDH o TDH é altamente influenciado pela genética a herdabilidade do TDH é uma das mais altas da neuropsiquiatria então torno de
80% tanto o que significa isso tanto em crianças quanto em adultos ã independente do sexo então que que é a a herdabilidade a herdabilidade é o quanto que a genética explica da variação de um fenótipo na população Então esse é um outro ponto que às vezes as pessoas confundem e colocam a herdabilidade numa interpretação do nível individual é 80% dos fatores no indivíduo não é isso é nível populacional Então se a gente a gente pode pensar de uma forma ã Ah mais simplificada nisso sintomas de desatenção sintomas de hiperatividade impulsividade que são cor do do
TDH né esses sintomas se distribuem na população de forma numa curva que a gente chama de curva normal então numa pontinha da curva tem uma galera lá numa fração pequena que tem muito pouco sintoma de desatenção ou sintoma de hiperatividade já na outra ponta Tem uma galera que tem muito sintoma e boa parte da população tá ali no meio então quando eu digo que a herdabilidade do TT do TDH É 80% eu tô dizendo que nessa distribuição nessa curva A genética explica 80% dessa variabilidade e os outros 20% sobram pro ambiente né então 80% é
muita coisa só para vocês terem uma ideia a herdabilidade da depressão por exemplo é 35 40% a herdabilidade do autismo Ah chega lá também a 80% esquizofrenia 80% então o o TDH tem um componente biológico muito forte porque o que que a serd habilidade tá marcando na verdade um componente biológico que é transmitido então é é basicamente isso mas antes de passar pro Bruno só para fechar isso isso não significa que 10 pais com TDH oito vão ter filhos com TDH não acho que esse é um ponto esse exatamente você entendeu bem 80% não é
a transmissão né exatamente exat qual qual que seria essa chance de por exemplo 100 pais com TDH diagnosticado quantos filhos deles vão nascer mais ou menos com TDH Ah não sei se tem esse dado também depende sim tipo é apenas um pai são são pai e mãe então aí tem mas é um fator de risco teu pai sim tanto é que quando a gente faz um diagnóstico no indivíduo com TDH é uma boa prática a gente pegar nesses parentes de primeiro grau para poder identificar se eles também têm TDH uhum então mais ou menos assim
em torno de 30 a 40% tipo assim um filho aliás um um pai tem TDH qual a probabilidade do filho ter TDH tem alguns estudos trazendo assim em torno de 30% entendi é alto né al isso é é isso que eu ia mostrar aqui nesses nesses nesses gráficos e aí a gente pode ver ã comparado com outras condições neuropsiquiátricas n então nessa figura nesse gráfico a aqui a gente tem aqui a barra em cinza e azul né então primeiro esquizofrenia depois bipolar depressão TDH autismo e aqui é anorexia então a ã Barrinha cinza representa ã
a prevalência populacional Geral de certa forma tá que é o que esse Lifetime Risk quer dizer então quando a gente olha aqui pro TDH tá um em torno de de 5% Independente de ser criança ou ou adulto agora olha o que que acontece quando olha essa mesma esse mesmo dado em quem tem pelo menos um parente de primeiro grau afetado Nossa explode né explode né então é aquilo que o que o Bruno acabou de colocar então aqui nesses gráficos da da da direita a gente tem uns cálculos que mostra isso por exemplo aqui tá a
esquizofrenia né a a prevalência populacional é 1% então em cada 100 indivíduos a gente vai encontrar um mas em cada Eh 100 indivíduos que tem pelo menos um parente de primeiro grau afetado a gente vai encontrar sete Olha só e quando tem dois a gente vai encontrar 30 olha só que gráfico bonito Parabéns pessoal do artigo hein considerando que o TDH tem uma prevalência H que é quase cinco vezes maior do que a esquizofrenia esses números vão ser bem maiores obviamente por TDH então aqui eh a gente não chegou esse estudo coloca o o script
pra gente testar com os dados de TDH a gente não chegou a fazer isso mas vai dar assim nesse último grupo aqui um 50% mas se você for olhar o delta do gráfico a lá só o delta fazer a Barrinha Azul menos a Barrinha Cinza o o maior Delta acho que é de TDH né Tipo o depressão em termos absolutos tá mais alto é não acho que aqui o maior Delta o de é o de esquizofrenia porque aumenta sete vezes o de TDH Dá quase 3,5 quatro mas é é um Delta muito muito alto né
Eh comparado com depressão por exemplo que H é uma condição que a gente fala de forma bem simples que é mais ambiental Mas isso também tem algumas questões aí que gerariam outras discussões né porque tem subtipos que são mais influenciados pela pela genética do que do que outros como por exemplo depressão de início ã precoce tem um componente genético muito maior do que a de iní tard né mas enfim você pode voltar no gráfico com os neurônios lá Professor vol e Bruno como é que é é o que a gente vê então nos estudos sobre
Genética é que tem um componente forte ali dos dos dos genes que estão envolvidos naquelas vias dopaminérgicas ali no m midbrain né na na região sim e o tratamento como é que faz ali eh os tratamentos hoje atuam principalmente em noradrenalina e dopamina mesmo é hoje os principais alvos que nós temos assim e são algumas vias e envolvendo algumas catecolaminas principalmente dopamina e noradrenalina e hoje a gente tem como nos adultos e a primeira linha de tratamento então aquelas medicações que são consideradas as mais eficazes são os psicoestimulantes de longa duração Uhum E a a
gente tem duas substâncias aqui no Brasil em específico que é lixx anfetamina e metilfenidato e como medicações de segunda linha ou seja que elas podemos usar só que são medicações um pouco menos efetivas do que as medicações de primeira linha ão os estimulantes de média e de curta duração e atomoxetina que é uma medicação não psicoestimulante e aí a gente tem como terceira linha do tratamento algum uma certa micelânia assim de outras medicações desde antidepressivos antihipertensivos eh e nós temos também eh alguns estimulantes também como a dafil então é basicamente essas medicações que hoje nós
usamos pro tratamento do TDH e que elas têm esses alvos eh farmacológicos tipo buscar o aumento justamente dos níveis de dopamina e nor adrenalina no cérebro desses indivíduos e eu lembro quando eu atendia muito paciente com TDH e a hipótese diagnóstica era fechada com o profissional e o psiquiatra tratava era era assim quando acerta o medicamento Realmente a vida da pessoa tem uma mudança muito impressionante né Eu lembro até hoje que um paciente me falou que antes de tomar o medicamento a visão dele era como se fosse uma janela com folhas caindo eh todas aleatórias
e quando ele tomou o medicamento as folhas vinham retas assim ele conseguia prestar atenção é é uma coisa assim Super Interessante é é é esse tipo de descrição que geralmente os pacientes eles trazem umas descrições assim muito parecidas deção tipo assim olha pela primeira vez a minha mente tá silenciosa a minha mente tá organizada eh parece que eu coloquei um óculos Então são geralmente essas trazem essa ideia de organização do processo de funcionamento mental e realmente eh as medicações quando nós conseguimos acertar elas na dose adequada os pacientes têm uma verdadeira mudança assim no no
processo deles eh o TDH é tido como uma das condições psiquiátricas em que os pacientes TM ser os mais responsivos mas não significa que a gente não vai ter aqueles pacientes que não respondem então mais ou menos uns 10 a 20% dos pacientes eles não vão ter uma resposta satisfatória com essas medicações mesmo passando por várias mesmo passando por várias Olha só e isso muit das vezes pode est mediado por fatores genéticos aí que vão estar eh modulando a forma como que eles vão tá respondendo a medicação e existe uma hoje hoje a gente vê
também uma propensão da galera sem ddh usando Esses medicamentos né sim quais são o que que a gente tem de dados sobre risco da galera se enchendo de principalmente ritalina venvance para produtividade galera de concurso e tal eh que que vocês dizem assim sobre termos de problema perigo é são medicações de uso controlado são medicações que ela tem toda um cuidado para sua prescrição então quando nós estamos diante de um paciente é uma boa prática a gente avaliar o risco cardiovascular que esse paciente tem para poder verificar se tem alguma contraindicação formal pro uso da
medicação então Eh o paciente que tenha um quadro hipertensivo não controlado Então isso é um fator de risco pra gente poder prescrever a medicação porque ela pode aumentar a frequência cardíaca pode aumentar a pressão arterial então é uma medicação que tem o risco do desenvolvimento de arritmias então pacientes que T alguma predisposição a esses essas situações Então a gente tem que ter extremo cuidado e essas condições de base elas precisam estar adequadamente identificadas e tratadas Então esse paciente que tá usando esse tipo de medicação de uma forma recreativa ou buscando performance ele muit das vezes
ele não sabe qual que é esse esse ponto de vista basal dele de contraindicações para poder usar a medicação então isso pode ter consequências muito graves para esse indivíduo e como no indivíduo que não tem TDH os níveis de dopamina e nor adrenalina no cérebro desse indivíduo eles estão em níveis adequados essas medicações elas vão fazer com que o nível dessas substâncias elas vão para um nível muito aumentado isso vai gerar o contrário vai diminuir a performance e a produtividade desses indivíduos então tem tem um estudo recente que foi publicado na Science que mostrou que
indivíduo sem TDH e que estavam fazendo uso psicoestimulante Então po pode explicar pra galera então o que que eles pegaram eles pegaram os indivíduos e aleatorizar indivíduos sem TDH para poder fazer uso de meato e Modafinil Placebo e agora eu tô tô em dúvida se também teve lix anfetamina eu acho que sim Acho que sim e aí eles foram ficando trocando a cada semana trocava o psicoestimulante que esse indivíduo tava tomando então eles chegaram à conclusão que a medicação diminuiu a performance desses indivíduos porque eles estavam muito mais sujeitos a erros e também demorando muito
mais para poder cumprir as tarefas só que veio um ponto que acabava mascarando isso que esses indivíduos se sentiam mais motivados com mais energia então eles tinham A falsa impressão que tavam performando bem quando na realidade não tavam perfeito feito esse estudo foi foi Acho que até então não tinha nada muito claro sobre isso né é a gente tinha alguns pequenos estudos mostrando assim essa ausência eh de de benefícios mas esse acho que trouxe um dado assim super contundente comit de ética deixou os caras fazer isso pois é é eu acho que a questão que
o Bruno colocou né provavelmente todos eles foram muito bem avaliados em relação às outras coisas né e acho que era uma demanda importante da sociedade ent sim mostrar que o dopping cognitivo não funciona exato exato Professor um tema muito comum aí inclusive recentemente Eli O livro é da Jennifer DNA acho que é o nome dela que foi a que criou a crisper lá e escreveu the cod Breaker o Walter isacon escreveu a biografia dela fantástica ela contando toda a história e aí um dos temas comuns dentro da área da genética que o pessoal tem discutido
bastante é a IP genética né Você trabalha com isso tem alguma coisa no TDH que a gente pode S A trabalha Esse é um tema bem importante né porque a epigenética atrai a epigenética é uma ciência muito séria mas ela trai à Não consigo me conter atrai uma picaretagem científica que ela é que a promessa é muito grande né você pode mudar a genética Com base no seu comportamento só que o problema é que essas pessoas não estudam né então tem muita muita bobagem assim que eh deixa a gente muito muito preocupado né então acho
que só para primeiro Deixar claro o que que é epigenética né Eh de uma forma bem simples A gente pode pensar que cada um de nós H é um livro né um livro que que é único e aí quando a gente olha para esse livro tem um monte de coisas escritas lá essas coisas escritas e que já vê escritas a gente pode pensar como o nosso genoma né só que ao longo da nossa história a gente pode pegar e eventualmente rabiscar esse livro colocar algumas palavras marcadas isso seria a a epigenética então ah a epigenética
nada mais é do que adição ou remoção de grupamentos químicos no DNA sem mexer na na na na estrutura do DNA só que esses grupamentos químicos eles têm um um papel muito importante na fisiologia celular porque eles acabam modificando a expressão dos genes mas depois que o cara for passar o material genético para fazer uma cópia desse livro é como se esses postites colocados já saíssem na cópia e esse é um ponto também importante porque existem existe o apagamento né só que é tem uma discussão aí grande na literatura se tem tem algumas marcas que
conseguem ultrapassar esse apagamento enfim mas ã é um outro ponto mais mais cabeludo mas de forma geral o que que a gente espera da epigenética então quando a gente olha por exemplo pro TDH que tem uma herdabilidade de 80% E aí tem 20% que a gente espera como vindo de uma contribuição importante do ambiente como é que o ambiente modula isso né porque Ah o fator ambiental fator ambiental tem que interferir num sistema biológico então a gente costuma dizer que a genética a epigenética é meio que o elo entre o ambiente e o Genoma né
então poderia explicar daria mecanismo a forma de ação de um determinado fator ambiental depositar uma marca ou tirar uma marca em um uma determinada posição do Genoma e o que são essas marcas ah sei lá colocar um grupo metil numa no num no DNA ou numa estona que são as proteínas que que o DNA tá lá ã enrolado isso acaba sendo bastante importante porque a modul quando um gene tá ligado ou ou desligado o que que a gente tem hoje no TDH assim como tem as varreduras genômicas tem as varreduras no epigenoma que é uma
área que tá dando seus primeiros passos só que ela é muito complicada muito complicada porque a gente estuda uma condição que tá no cérebro e a gente não pode acessar o cérebro dos nossos voluntários né então a gente acaba usando tecido do periférico sangue Vamos estudar por exemplo metilação no DNA em sangue em DNA isolado de células do sangue mas esse perfil reflete o que tá lá então é algo que a gente ã precisa avaliar então por exemplo tem agências de fomento como o National institute of mental Health dos Estados Unidos que não financia mais
estudo ã nessa área em Saúde Mental A não ser que você tenha um banco de cérebros para poder validar os dados porque tipo vale a pena ã eu não não vale a pena é algo muito forte não acho que a questão é assim não não não tem um retorno forte sobre investimento por enquanto é por enquanto não e Tem lugares melhores assim para colocar é exatamente E aí a gente tem que pensar ã que um indivíduo tem dois genomas de certa forma um que er dado do pai outro que erado D da mãe mas ele
tem potencialmente centenas de milhares de epigenoma ele é muito plástico cada tipo celular vai ter o seu perfil e Isso muda ao longo do desenvolvimento na a fase de vida que o indivíduo tá a cultura que o indivíduo tá Como tá o ambiente ao redor então caracterizar mapear todos esses epigenoma muito complexa né então a gente precisa disso também entender os diferentes igenom E aí lidar com tudo isso né ok a gente consegue avaliar ã por exemplo metilação geral no TDH em forma de varredura de a gente chama de metila esse tipo de estudo em
células isoladas de sangue de saliva então o que que isso quer dizer em termos de de mecanismo cerebral então tem alguns estudos são bastante heterogêneos os resultados até eu ã no mês passado tava no no Congresso Mundial de genômica psiquiátrica na reunião do grupo de trabalho de TDH que a gente faz parte e quando chegou nesse tema A apresentação foi só para falar de problemas técnicos não de de de resultados né então ã a epigenômica nesse sentido é bastante complicada Mas tem uma outra coisa que eu acho que é importante falar o que a gente
tá vendo hoje em relação à epigenômica e é um um um fenômeno um fenômeno biológico importante é que as marcas epigenéticas são influenciadas pelo Genoma uhum Isso quer dizer o quê que ã tem indivíduos que já nascem meio que configurados de fábrica para Ok vai ter uma metilação naquele ponto específico mas daí configuraria a IP genética Esse é o ponto então é a gente tem que e começar a separar isso então tem estudos por exemplo em áreas que estão mais avançadas como a que a grande maioria das marcas epigenéticas que são associadas com por exemplo
pressão elevada Elas têm uma herdabilidade muito alta logo então o que que é o elo que vem do do ambiente Qual que é o efeito além daquela genética que já tá ali de base né exatamente exato Então são questões que a gente ainda tá investigando e vai demorar muito tempo então tem coisas que me deixam muito chocados quando eu vejo nas redes sociais e a você usa muita rede social Professor eu a gente pouco é se usasse mais você ia dessensibilizar com o tempo porque vai cavando cada vez mais essa semana mesmo eu vi uma
atriz muito famosa falando do teste epigenético maravilhoso que ela fez que tem um resultado que D um Calhamaço de 70 páginas Com certeza de nada porque aquilo não diz absolutamente nada ia falar a ciência tá andando e tem um teste aí que dá para fazer porque a gente não usa a gente não tá conseguindo fazer mas as empresas estão conseguindo fazer então eu acho isso muito curioso né e e e o problema é que as pessoas pagam porque elas não não t acesso a Claro certeza mas assim deixa deixa eu te fazer uma pergunta bem
de leigo assim desde já peço desculpas pela ignorância se o por exemplo vamos supor que exista um mundo onde a gente tem dois duas pessoas iguais com mesma carga genética os dois TM TDH eles tiveram a mesma história de vida aí chega no momento os 20 anos ali uma uma delas num braço de estudo hipotético uma delas vai pro tratamento recebe tratamento medicamentoso psicoterapêutico e tudo mais e outra não trata tá outra não trata o TDH tem as disfunções e etc mas é a mesma carga só para fins didáticos eh essas duas pessoas têm filhos
e os dois filhos nascem com TDH digamos hipoteticamente uhum esse aqui o filho teria hipoteticamente um quadro mais grave eu não diria isso mas é uma coisa porque quando se fala em epigenética essa impressão eu eu eu entendi a a a sua ideia mas essa coisa da transmissão ã intergeracional e geracional ela é muito debatida na literatura Principalmente agora dentro desse contexto do da do da sobreposição das ômicas Então hoje a gente consegue sobrepor resultado de varredura no Genoma com varredura no epigenoma com varredura de transcriptoma de metabolomica Enfim então a gente eh tem se
question Será que transmite mesmo ou é o ambiente ou nicho que acaba sendo o mesmo e aquela marca é depositada lá ou é o ambiente eh do Genoma que é muito parecido e configura para então a gente não sabe a gente não sabe é o conhecimento é ainda limitado nesse nesse aspecto Principalmente quando a gente fala de de saúde mental eu acho que é diferente da gente quando a gente olha pro câncer por exemplo que é epigenômica hoje no câncer eu diria que é algo fundamental Então me avançado né sim só que você você consegue
fazer uma biópsia de um tumor Coloca aquele tecido específico no laboratório e você vai ver um perfil epigenômicos então é outro mundo e e Bruno na parte de desses testes genéticos para medicamento tem uma demanda no consultório a galera às vezes pede ou olha mu das vezes isso é uma coisa que a gente tá incorporando agora na prática psiquiátrica então assim para casos muito específicos então assim eu nunca tive um paciente assim me demandando esse tipo de avaliação mas a gente Verifica que há determinados pacientes Não responsivos a diversas medicações em que pode ser necessário
pra gente ter uma ideia do que que tá acontecendo no metabolismo daquele paciente do de determinados fármacos isso pode dar um indicativo pra gente dentro do TDH isso ainda não tá muito determinado mas a gente tem assim determinados quadros eh como nos transtornos depressivos as avaliações farmacogenético tratamento de forma a ser mais custo efetiva e de diminuir o tempo necessário para atingir remissão no TDH a gente ainda não tem esses estudos mais determinados mas a gente entende hoje como que é o metabolismo de algumas medicações E como que os eles podem interferir nesse processo de
metabolismo dasações em algum nicho específico de paciente bem específico pode ser útil para você sim na tomada de decisão Clínica é hoje a gente vai esbarrar em algumas lacunas no conhecimento eu vou dar um exemplo que eu acho que vai ficar mais claro então tipo a lixx anfetamina ela quando ela vai ser absorvida no organismo ela vai ser quebrada em Destro anfetamina e vai liberar uma molécula de lisina a destro anfetamina ela vai ser metab izada pelo citocromo 2 D6 em diversos outros metabólitos então hoje a gente consegue genotip a cip 2 D6 para poder
determinar o como esse perfil de metabolismo então eu posso ter aqueles indivíduos que são metabolizadores lentos em que eles vão processar essa medicação de uma forma mais rápida Desculpa mais lenta e ela vai permanecer mais tempo no organismo isso vai fazer com que o indivíduo numa dose baixa ele tenda a ter porque a concentração no sangue vai tá acima daquilo que é considerado como normal e isso vai fazer com que o indivíduo ele tenha mais efeitos colaterais e tenda a ter uma resposta mais robusta e eu vou ter também os metabolizadores rápidos que eles vão
processar a medicação de uma forma muito mais rápida e vai ter uma tendência a liberar a medicação de uma forma também mais rápida do organismo esses indivíduos eles vão tender a ter uma baixa resposta e uma ausência de efeitos colaterais ou muito poucos efeitos colaterais isso a gente partindo do pressuposto que essa droga é o ela já exerce em si o efeito terapêutico a gente pode ter o contrário Tipo se eu preciso metabolizar a pró-droga para ela se tornar a droga ou seja aquilo que tem o efeito ativo da medicação então a interpretação ao contrário
disso que eu tô falando perfeito perfeito Então a gente tem mais ou menos esse patamar quando a gente tá falando do metabolismo da atomoxetina Inclusive a gente a gente tem eh um guideline explicando como que a gente pode fazer e essa interpretação e como nós podemos atuar na clínica diante de alguns pacientes então um exemplo se o paciente ele é um metabolizador lento da tomoa então eu vou ter uma dose máxima que eu posso atingir daquela medicação e geralmente vai est na casa ali dos 80 MG então não posso ultrapassar no individo que ele é
um metabolizador normal ou que como a gente prefere chamar metabol ador extensivo eu posso chegar até 100 mg dessa medicação só que a gente vai esbarrar numa lacuna de conhecimento que é e o metabolizador ultra rápido da medicação eh hoje eu não tenho estudos que me amparam de como eu devo proceder com aquele paciente tipo Será que eu posso usar uma dose acima da dose máxima para esses indivíduos Então esse é uma lacuna no conhecimento que a gente tem então é um ponto que a ciência ainda Precisa se debruçar então pesquisar como Diego trazer essas
informações para eu poder pautar minha clínica tomar uma decisão clínica para poder tomar essa decisão então Eh é possível a gente ter esse Panorama e é interessante também que medicamentos podem também interferir na forma como que a pessoa metaboliza a medicação então um um exemplo clássico a floxetina ela inibe o metabolismo dessa cip 26 então eu vou ter que ajustar a dose da medicação que o paciente vai estar tomando de patom oxea de acordo com o uso de outras medicações também então é por isso que é muito importante que o psiquiatra o neurologista ele esteja
atento às interações medicamentosas também porque elas podem modular a forma como que um paciente vai metabolizar aquela medicação uhum quer falar alguma coisa Prof não acho que esse ponto é bastante interessante o Bruno colocou muito bem a a a a as lacunas né que a gente tem ainda para para resolver ver mas eu colocaria ainda outras porque e o Bruno falou da da da cips né que são enzimas de metabolização como aqui nessa figura que a gente tem tem várias né e mostrando aqui o a cip 2 D6 que é importante para metabolizar atomoxetina é
muito comum os os os as pessoas perguntarem vale a pena fazer o teste farmacogenético qual teste fazer Enfim acho que e a resposta é sempre depende do painel porque quando você faz um teste desse tem que lembrar que é um mapa que não muda então se você faz uma vez você vai ter esse mapa pro resto da vida então quando eu olho para essas cips todas que são genes muito importantes porque codificam ã enzimas que atuam em o que a gente chama de farmacocinética né no processamento metabolização dos medicamentos a cp2 D6 é uma que
que metaboliza muita coisa então ã ter esse mapa Talvez para pro Bruno trabalhar ok o que que eu faço com a dose da da atomoxetina a evidência não é tão robusta mas eventualmente para um médico numa outra área saber disso é importante então se o indivíduo tem condições de fazer esse mapa OK mas agora tem que tomar muito cuidado quando esse mapa vem com outras coisas aí no meio que que por exemplo genes de farmacodinâmica é muito comum isso já aconteceu com a gente a gente publicar trabalho dizendo Nossa isso aqui não funciona na população
brasileira e tem gente vendendo que funciona porque tem um estudo europeu que mostra que tem um efeito mas quando a gente vai ver um efeito pequeniníssimo que não replicou em outra população que são esses genes de farmacodinâmica como por exemplo os os receptores de dopamina Enfim então tem vários produtos aí que misturam tudo num combo e acaba trazendo ali um monte de coisas que no final das contas não não vai servir para muita coisa ex e um outro ponto importante aqui é que a gente não tem muito conhecimento para alguns fármacos a gente já tem
eu acho que isso vai ficar cada vez mais e comum até para no futuro aprovar um fármaco enfim ã entender o quanto que ã a metabolização a variabilidade na sua resposta é influenciada pela pela genética e o quanto que cada um desses componentes influencia perfeito então tem alguns fármacos que sei lá cip do D6 essa essa variante aqui pode explicar 30% da resposta ou para um outro 50% ou para é ou para outro 5% então o que que a gente vai ter que combinar porque o que eu enxergo na clínica do Futuro são as calculadoras
de risco que você vai incluindo variáveis sexo idade genótipo da cip 2 D6 o scorp poligênico para TDH o scorp poligênico para bipolar isso vai dar um resultado Olha é melhor seguir por esse caminho é melhor seguir por outro legal só que para chegar lá a gente ainda tem muita coisa para fazer principalmente dado né muito dado muito dado pra gente ir pro tópico final aqui eh qual que é a leitura de vocês agora como um clínico e como um cientista vamos começar pelo pelo professor como cientista eh sobre esse mundo atual onde as pessoas
vivem muito na internet com telas e com processo atencional direcionado para aquilo ali com as grandes bigtechs fazendo estratégias de de uso de rede social que prendem a atenção da pessoa tem alguma leitura na na área de estudos com TDH Ou atenção ou genética alguma coisa assim relacionada a essas preocupações eh do ponto de vista científico tem algumas coisas inclusive Eh esses dias a gente tava discutindo no laboratório um estudo que eh Ele termina o resumo do trabalho com uma conclusão errada sobre o próprio dado né Por eh é bem comum isso é bem comum
então um estudo que falava que ã eh é um estudo de associação Mas eles eh viram que indivíduos com TDH eh ficam mais tempo ã na na tela usando celular enfim e aí eles colocaram que o uso de de tela eh ajuda a aumentar os sintomas de TDH uma coisa assim mas a gente não tem naquele estudo não pode eh eles não conseguiram estabelecer essa relação eh causal então a conclusão tava equivocada mas do ponto de vista eh genético tem coisas interessantes porque não sei se você já ouviu falar sobre o k biobank que é
um um grande estudo H que vem sendo conduzido há um bom tempo na Inglaterra onde eles incluíram meio milhão de indivíduos e eles têm muitos dados desses indivíduos E aí é um estudo meio que colaborativo você pode usar o dado você vai lá e e e se inscreve Paga todas as taxas usa o dado faz alguma coisa devolve o dado para outros usar então é um banco que vai vai saindo vários estudos dali de D e E vai crescendo cada vez mais e aí tem muitas ã muitas variáveis lá inclusive tempo de uso de tela
e tal então ah a gente consegue ao estudar os fatores genéticos que estão relacionados com o tempo de tela Então se a gente avalia a variabilidade no Genoma que tá atrelada ao TDH a variabilidade no Genoma que tá envolvida no tempo de consumo de tela a gente consegue cruzar essas variabilidades a gente vai ver o que é comum e o que é diferente então pro TDH a gente ainda não fez isso mas tá quicando para fazer mas para um fenótipo que é bastante relacionada ao TDH e que também é uma condição do neurodesenvolvimento que é
a dislexia tem um estudo relativamente recente que mostra que existe uma correlação genética positiva então e forte o que que isso quer dizer que a Biologia que tá por trás dessa condição tem uma sobreposição muito alta com a Biologia que tá por trás de ficar muito tempo assistindo assistindo TV Então o que a gente enxerga atualmente de resposta para essa pergunta é que que talvez não essa relação não seja causal é simplesmente um um correlato a existência de duas coisas no mesmo espaço tempo ali for cam se fosse num outra era talvez essas pessoas não
teriam esse essa deficiência examente exatamente legal e se é otimista Professor com futuro do do do do ser humano ã pergunta do cara pergunta leve no final do episódio vai vir para você também eu tô feliz que aprovaram recentemente uma lei lá em São Paulo que vão proibir celulares em nas escolas Eu acho que isso é um passo bem importante a gente vê na sala de aula uma implicação muito Na graduação você sente muito eu sinto bastante eu acho que tá cada vez mais complexo dar aula e aí tem dois movimentos né A questão de
usar a tecnologia ao ao favor a favor do ensino mas é algo que distrai muito as pessoas então enfim é que talvez não tenha que ser aquela tecnologia né o celular é é e E aí para indivíduos com TDH Talvez seja ainda Pior né então são coisas que a gente precisa entender melhor não sei se o se o Bruno viu alguma coisa profor qual que é a sua Bruno Qual que é a sua visão aí sobre essa questão de telas e etc primeiro no no no que diz respeito eu digo isso eu Trago essa questão
da das Telas porque acho que todo mundo concorda que as pessoas estão cada vez mais usando telas no Brasil tem até algumas estimativas mostrando que em média as pessoas ficam 4 horas em rede social é realmente muito alto isso né considerando Qual que é a sua visão dentro do do do do ensejo do TDH Olha é uma coisa que inclusive es eu trabalho em consultório com os pacientes então um dos pontos que que eu busco tratar com meus pacientes é o tempo de tela e justamente eh quando eu peço pros pacientes assim olha tipo vamos
olhar no teu no teu celular agora qual que é o teu tempo de tela então muit das vezes assim eles ficam assustados com aquele número que eles vem porque muit das vezes nem T percepção de que tem aquela magnitude é por conta até do da tecnologia né eles fazem S sim tipo o algoritmo ou a forma como que esses Engenheiros eles trabalh esse dado esses aplicativos é justamente para isso para poder fixar o indivíduo ali então e é um ponto que eu busco tratar com os pacientes da gente buscar alternativas para reduzir esse tempo de
tela Então como ferrar ferramentas estratégias pra gente tentar reduzir e é interessante também como o próprio tratamento ele auxilia o indivíduo a se desvencilhar das Telas então é um processo também necessário para isso acontecer e eu vejo também com bons olhos essas medidas de tipo de restrição das Crianças ao acesso ao celular justamente porque eh tem contribuído para pior dos sintomas de desatenção também sido uma forma considerável eu acho que cada vez mais eh a forma como que a sociedade moderna ela tá configurando seu estilo de vida ela não é muito condizente com a forma
como que a nossa genética foi preparada né Essa exposição à telas exposição à luz da forma como que nós temos nessa intensidade que nós temos estess crônico sedentarismo então isso são coisas muito recentes na nossa vida de longos anos de uma genética completamente um contato completamente diferente Que nós tínhamos com isso tipo hoje eh quem são esses indivíduos que dão 10.000 Passos por dia e como que era como os nossos antepassados eles circulavam aí pela terra e como que eles eram muito mais ativos do que nós né E E você acha que hoje as redes
sociais tip o Instagram eh a configuração ali que a rede social utiliza e os estímulos eh para um paciente TDH aquilo ali tende obviamente tem o a questão da desatenção e tal e também da impulsividade né mas assim em termos Gerais você acha que aquela configuração o paciente com TDH ele é mais vulnerável a a ficar mais tempo ali totalmente eu acho que eles estão muito mais sujeitos a ficar consumindo eh conteúdo que seja tipo cada vez mais rápido então os vídeos eles estão encurtando cada vez mais de tempo então Eh os aplicativos eles estão
jogando vídeos mais mais curtos pro indivíduo consumir el sequência então é é uma armadilha muito maior para pessoas que tem TDH Olha só caramba eu vou te falar eu como produtor de conteúdo eu me sinto ansioso produzindo vídeo pro Instagram porque a impressão que dá é que você não pode respirar se você respirar a pessoa sai do seu vídeo não eu também tem essa mesma impressão e tipo assim o qu que as redes sociais elas colocam a gente num estado de alerta e uma necessidade de trabalho de uma forma contínua nela gente é exaustivo exaustivo
professor quer deixar alguma rede aí pra galera algum site que o pessoal possa te achar a gente tem um um Instagram do laboratório que é o o o fisiogen laab eu a gente eh não tem uma dedicação muito grande com ele mas sempre que possível a gente coloca informações ã informações ã nesse nesse perfil aqui aqui embaixo então ã tem nosso contato lá também às vezes é interessante porque às vezes as pessoas mandam mandam dúvidas e a gente tá sempre disponível para para responder então vocês estão com algum vocês fazem pesquisa com com grupos de
alguma coisa clínica lá sim a gente na verdade a gente tá conduzindo o maior estudo na área de TDH de adultos da América Latina atualmente a gente tá numa fase bem ativa ã de recrutamento então talvez surjam agora centenas de milhares de Então é isso que por isso que eu perguntei LR tiver pode entrar em contato com a gente Mas neste momento a gente está em busca de um grupo bem específico que são homens com e TDH acima de 30 anos Então tá se você que tá assistindo porque é muito mais fácil de engajar as
mulheres nos estudos científicos do que homens então a gente atualmente tem um desbalanço que a gente precisa suprir legal então para as mulheres que quiserem se cadast a gente pode fazer mas vai para uma lista de espera e Em algum momento a gente os homens tá recut recrutamento ativo gente a gente tá com recrutamento ativo então se você é de São Paulo e tem interesse em participar de um estudo científico é do seu interesse acompanhar isso colaborar da sua forma pra ciência ser produzida procura ali manda manda mensagem L São Paulo e Porto Alegre São
Paulo e Porto Alegre então fica ligado aí Bruno deixa tuas redes também onde o pessoal pode te achar marcar consulta Bó pessoal então quem tiver interesse eu tô no @bruno terra.tv então eu trabalho como divulgador científico também como psiquiatra Clínico Lá também tem o meu YouTube Bruno Dr Bruno Terra Então só me me achar aí nessas redes Maravilha pessoal obrigado demais pela presença de vocês papo maneiro para caramba com certeza vai colaborar pro nosso banco de dados aqui de informação que a gente tá construindo no canal corre o risco do episódio de você seu 100
talvez 100 ou alguma coisa assim e a gente já falou de TDH aqui no aspecto de tratamento comportamental a gente já falou TDH no aspecto de eh de desfechos clínicos e agora a gente trouxe aqui mais um uma pincelada um tijolinho sobre a parte genética então pô agradeço demais por vocês terem e disponibilizado esse tema pra gente eslen foi uma honra e um prazer aqui a gente tá falando assim sobre TDH que é um tema aí tão caro aqui pra gente legal eu agradeço mais uma vez o convite é sempre um prazer falar sobre aquilo
que que a gente faz né E foi tranquilo Professor podcast ou foi foi uma experiência nova que agora vou dar um um um cheque ali mas foi foi legal legal pessoal inscrevam-se aqui no canal deixa o like se você ainda não deixou o like nesse Episódio porque isso é útil pra gente e mande esse episódio aqui pra galera que você acha que possa ter algum tipo de benefício ou interesse Fechou então é isso valeu até o próximo episódio