O evangelho do Senhor Jesus Cristo segundo Mateus, capítulo 13, somente o versículo 44: parábola do tesouro escondido. Na semana passada, nós falamos de uma parábola também, a parábola dos dois irmãos. Hoje, nós vamos meditar essa parábola que, somente nesse único versículo, Mateus 13, 44, a parábola do tesouro escondido começou.
Um versículo. Vamos ler tudo juntos, mesmo assentados. Vamos lá!
"O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual, certo homem, tendo achado, escondeu; e, transbordante de alegria, vai e vende tudo o que tem e compra aquele campo. " Mas, antes, mais uma vez, nós vamos orar. Em nome de Jesus, confiados somente no Senhor Jesus, nós clamamos a Ti, ó Pai, com a direção de nossas vidas.
Suplicamos a Ti, Espírito Santo, iluminação do alto, para que possamos compreender aquilo que o Senhor mesmo inspirou na Tua Palavra. Senhor Deus, sabe qual é a motivação da nossa presença aqui nesta tarde; o Senhor conhece o mais profundo do coração de cada um de nós. Nós precisamos de Ti, ó Deus.
Precisamos ouvir a Tua voz, a Tua voz que nos confronta quando nós devemos ser confrontados, que nos instrui, que nos conforta quando precisamos de conforto; a Tua voz que vem até nós e nos transforma. Suplicamos a Ti, ó Deus, fala aos nossos corações. Livra-nos de sair daqui da mesma forma como nós entramos.
Em misericórdia de nós, molda os nossos sonhos para a Tua glória. Em nome de Jesus, amém. Somente esse versículo!
Como eu disse, semana passada nós falamos em uma, nós meditamos também uma parábola: a parábola dos dois irmãos. E agora, a parábola do tesouro escondido. E assim como eu fiz na semana passada, eu quero começar com algumas perguntas.
Quero que você busque responder de modo sincero: para você, qual é o seu maior tesouro? Nós temos várias coisas que consideramos valiosas na nossa vida, mas qual é o maior tesouro, o maior de todos? Se você tivesse que responder audivelmente ou escrevendo, o que você falaria?
O que você escreveria? Qual é o seu maior tesouro? A gente sabe que o valor de todas, mas de algumas coisas, é um pouco relativo.
Ao tentar explicar, um pouquinho repetir, o valor de muitas coisas na nossa vida é relativo. Por exemplo, vocês agora estão sentados me ouvindo, e eu que vou falar por alguns minutos, uns 30 e 35, né? Alguns querem que eu fale menos, mas vai ser uns 35 até 40.
Léo, depois vai cortando, que ele vai dar aula depois, então vai ter que. . .
eu não quero entrar na aula dele. Mas eu vou falar aqui bastante, e eu creio que, por exemplo, essa água aqui, para mim, é um pouco mais importante do que para vocês, que eu vou falar bastante. Para mim, ela tem um pouco mais de valor do que para vocês.
E vamos gastar um pouco; a não ser que você esteja com muita sede. Então, fica mais ou menos no mesmo nível de necessidade de água. Eu só não vou beber porque eu sei que a briga que eu vou derramar, então por isso vou desfilar só fazendo de conta que eu não estou com sede.
Mas a água, no meu contexto, ela tem um pouquinho mais de valor do que para você. Mas a água, no geral, assim, o fato de que a gente mora numa cidade, é que a cidade, como São Paulo, sei que tem pessoas que não têm acesso a saneamento básico, essas coisas todas. Mas eu creio que, se a gente for perguntar, se nós fôssemos perguntar pra vocês se a água é o grande valor da nossa vida, o que ninguém responderia isso.
A água, é claro, que tem muito valor. Se a gente ficar muitos dias sem beber água, a gente morre; ou seja, ela tem valor. Mas eu creio que aquela pergunta que eu fiz no início: qual é a coisa que tem mais valor para você e para o seu bem mais precioso?
Eu duvido que alguém disse que alguém responderia que a água. Mas eu acabei de falar também que as coisas têm um valor que é relativo, que tem um certo relativismo. As coisas têm um valor que é relativo.
Alguns lugares, por exemplo, se nós não estivéssemos aqui na Igreja Presbiteriana de Pinheiros, nessa igreja tão confortável, onde o pastor tem aqui dois, né, praticamente um litro de água para beber, se nós estivéssemos num deserto. . .
eu sei que esse exemplo é bem batido, mas vou usar ele. Tivesse um deserto já, pelo menos há um dia sem beber nada de água, e você olha pra frente, só vê deserto; olha os dois lados, só deserto; olha para trás, só desertos, e não tem nenhuma perspectiva de água à sua frente. A boca está ficando seca e você está ficando fraco.
O valor da água, nesse segundo contexto, é bem maior. Todo mundo, ninguém duvidaria disso. É nesse sentido que eu afirmo.
E a gente poderia dar outros exemplos de que muitas coisas da nossa vida, elas possuem, elas têm um valor que é relativo. A água, na minha casa, tem valor, mas não é um grande valor. A água, no deserto, se você fica muito tempo, você vai morrer.
Muitas pessoas sacrificaram a sua vida e dedicam o seu tempo, a sua atenção, para ter uma conta rechonchuda no banco. E eu creio que não é nenhum tipo de pecado você querer ter uma certa poupança, desde que por meios lícitos e desde que você não sacrifique coisas que são mais importantes. Vocês concordam comigo?
Mas, por exemplo, ter grana na situação lá do deserto não vai resolver absolutamente nada; com o dinheiro, ele tem um certo valor. É a Bíblia que deixa bem claro nessa sua intenção de tentar entender qual é a cosmovisão cristã aplicada à questão do dinheiro. A Bíblia.
Deixa bem claro que o dinheiro em si não é um mal. O amor ao dinheiro é que é pecado. O dinheiro, como alguém diz, deve ser um bom empregado, mas o dinheiro é um teste no patrão.
Então, é você que deve mandar o dinheiro e não o dinheiro mandar você. Aqui na nossa sociedade, ele tem um certo valor, claro que tem, e às vezes o valor é mais elevado do que deveria ter. Mas, no deserto, ele não vai servir para matar sua sede; no deserto, não tem nenhum valor.
A pergunta que eu faço depois desses exemplos é a mesma pergunta que eu faço: como que a gente mede? Como que você mede o valor de alguma coisa? Todos nós atribuímos valor a várias coisas na nossa vida.
Qual é o critério que você usa para falar: "isso tem valor", "isso não tem valor", "isso é muito importante", "isso é mais ou menos importante", "isso aqui é muito importante"? Não é o critério que eu uso, que você usa, que nós usamos para estabelecer o valor das coisas? Há mais perguntas.
Como saber que algo realmente possui valor? Qual é o critério que a gente usa para saber se isso realmente possui valor? E o valor é muito grande, é pouco grande, enfim.
E a última pergunta é: será que existe algo que possui valor em todos os tempos, em todas as situações, em todas as circunstâncias, aqui ou lá, a colar no deserto? Será que existe algo que possui valor intrínseco e que é importante em todas as situações? Eu creio que esse único versículo, que essa parábola, a parábola do tesouro escondido, pode nos ajudar a responder essas questões.
Antes de entrarmos na parábola propriamente dita, eu quero destacar três verdades aqui que podem nos ajudar a entender por que essa parábola, assim como na parábola da semana passada, a parábola dos dois irmãos. Jesus Cristo, quando Ele conta a parábola dos dois irmãos, está em que contexto? Ele está numa tensão com os anciãos e com os fariseus.
É nesse contexto de tensão e de discordância que os anciãos estão discordando de Cristo, os fariseus estão discordando da autoridade de Cristo, e Cristo está ensinando essas pessoas. Ele contou várias parábolas, e é nesse contexto também que essa parábola é contada. Essa é a primeira informação.
Uma segunda informação: você pode notar na sua Bíblia e peço que você a deixe aberta. Vire uma página. Antes, Jesus Cristo estava contando várias parábolas.
Ele contou a parábola do semeador, ele explicou essa parábola lá no capítulo 13, versículo 10. Depois, tem a parábola do joio, versículo 24; a parábola do grão de mostarda; a parábola do fermento, onde Ele compara o reino de Deus às coisas pequenas. A princípio, o Reino dos Céus, segundo a parábola do grão de mostarda e do fermento, é algo que aparentemente é pequeno no início, mas que depois, pela graça de Deus, dinamizado pelo Espírito Santo, cresce e fica gigantesco.
No versículo 34, Ele explica o porquê de falar em parábolas. Depois, Ele explica a parábola do joio, e aí nós chegamos no versículo 44, na parábola do tesouro escondido. Então, essa parábola é contada num contexto de tensão.
Tensão existe; existem cosmovisões diferentes. Cristo tem uma visão, os anciãos têm outro tipo de visão, os doutores da lei têm outro tipo de visão, e Jesus Cristo conta essa parábola para ensinar algumas coisas. Por fim, perceba que no início da nossa parábola e de várias outras parábolas de Jesus Cristo, Ele começa assim: "O reino dos céus é semelhante.
. . " Aí você vai para a próxima parábola, a parábola da pérola: "O reino dos céus é também.
. . " E no versículo 47, na parábola da rede, que tem feito lá: "O reino dos céus é ainda semelhante.
" Ou seja, Jesus está falando sobre o reino dos céus, e de modo muito simples, o reino dos céus é uma expressão usada por Jesus Cristo para apontar, preste atenção, para o domínio salvífico de Cristo na vida das pessoas. O reino dos céus é uma expressão que aponta para a salvação, para o domínio, o reinado salvífico de Cristo na vida de alguém. Quando o reino dos céus chega na vida de alguém, significa que a salvação chegou na vida dessa pessoa, e é sobre isso que está falando.
E aí, depois dessas informações, vamos então para a nossa parábola. A primeira verdade que nós vemos aqui nessa simples, mas desafiadora parábola é que o reino dos céus é uma realidade escondida. O reino dos céus é uma realidade escondida.
E onde que eu vejo isso na parábola? No começo dela está escrito assim: "O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo. " O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo.
Vamos entender isso. Quando Cristo diz, quando Ele se apresenta para aqueles homens e diz: "O reino dos céus é um tesouro. .
. " Ah, o reino do céu é isso. Por isso que eu tenho e preciso de ajuda, senão eu ia derrubar.
Não falei, era uma piada. O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo. Como entender isso?
Primeira pergunta: será que aquilo que nós vemos com os nossos olhos naturais é tudo que existe? Obrigado, Guilherme. Será que aquilo que nós vemos com os nossos olhos naturais é tudo o que realmente existe?
Com certeza, o que nós vemos com os nossos olhos naturais existe, a não ser que a gente tenha alguma dificuldade. Mas a pergunta é essa. A pergunta é: será que o que eu vejo com os meus olhos naturais, será que o que você vê com seus olhos naturais é realmente tudo que existe?
A gente deixa escapar alguma coisa? Sabemos que biblicamente os nossos olhos naturais são uma bênção. Enxergar.
. . É uma bênção, e quando nós temos alguma dificuldade, é o seu dano que estava falando da sua dificuldade.
Eu devo chegar lá ainda, cê, Danny, todos nós, né? Mais cedo ou mais tarde. Mas a gente sabe que, mesmo quando a nossa visão é.
. . Quando a gente tem aquela.
. . Só quer para quem viveu os anos 80.
Quando a gente tem a visão do Thundercats, é uma visão além do alcance. Mesmo a gente tendo essa visão do Thundercats, a gente sabe que tem coisas que existem, mas que os olhos naturais não captam. E eu creio que dá para a gente fazer uma relação entre o que a gente está dizendo e o que Cristo está avisando.
O que nós vemos com os nossos olhos naturais é real, a não ser que exista uma interpretação errada. Mas Cristo disse que o reino dos céus é parecido—ele é semelhante a um tesouro oculto no campo. A Bíblia diz que nós fomos criados por Deus e para Deus, mas a Bíblia diz também que o pecado afetou a criação, e o pecado atingiu a esfera das emoções, a esfera relacional, a esfera do raciocínio.
Ou seja, as nossas emoções não são confiáveis mais porque o pecado atua nas nossas mãos, nas nossas emoções. A Bíblia diz que, depois de Gênesis 3, a nossa racionalidade não é tão parcial e nem tão confiável assim. O pecado atingiu o aspecto cognitivo do ser humano, o pecado atingiu o aspecto biológico do ser humano, o pecado atingiu o aspecto espiritual do ser humano.
O pecado atingiu todas as esferas do ser humano, todas as esferas, de forma que, se você confiar em você mesmo para interpretar a realidade, você vai se dar mal, inclusive. Sua essência do pecado—pecado é quando a gente se coloca no centro de tudo e não considera a Deus, mas o centro da nossa vida. .
. Fechando esse parêntese e voltando ao nosso texto: a gente sabe que, muitas vezes, no mundo onde nós estamos—o mundo segundo João, né? —o mundo jaz no maligno.
O mundo nos confunde, o inimigo também nos confunde e a nossa carne também nos confunde. Os três inimigos que a Bíblia deixa bem claro que nós temos: o mundo, a carne e o diabo. E todas as vezes que eu confiar na minha interpretação, sem a ajuda de Deus, sem a ajuda da Palavra, eu vou ofender a Deus, eu vou ferir as pessoas que eu mais amo e eu vou estragar a minha vida também.
Eu quero dizer para você que esse mundo nos confunde de forma que a gente começa a valorizar coisas que não têm tanto valor assim e a gente não valoriza aquilo que tem valor. Eu creio que todo mundo que tem um aspecto em várias experiências parecidas, por exemplo, a Jesus Cristo, quando faz o resumo dos dez mandamentos, ele diz que os dez mandamentos podem ser resumidos em dois. Primeira tábua da lei: amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o entendimento e de toda a sua força.
Segundo a tábua da lei: amarás o teu próximo como a ti mesmo. O pecado influencia a nossa vida de forma que nós não amamos a Deus acima de tudo; nós nos amamos acima de tudo. E depois nós utilizamos outros ídolos para satisfazer o nosso grande ídolo, que somos nós mesmos.
E aí eu faço do dinheiro um ídolo, eu posso fazer do sexo um ídolo, eu posso fazer da aceitação das pessoas também um ídolo. Nós vivemos um contexto espiritual onde nós não valorizamos o que deve ser valorizado e desvalorizamos aquilo que não tem tanto valor. Teve uma vez que estava no acampamento e fiz uma pergunta estranha—ou seja, assumindo que a pergunta que eu vou fazer é estranha: qual é a diferença do homem-bomba, do mártir humanista e do mártir cristão?
Eu avisei que a pergunta era estranha, então vou repetir: qual é a diferença de um homem-bomba, do mártir humanista e do mártir cristão? Como eu fiz a pergunta, mesmo de resposta ela contenda, e depois vocês me falam lá fora. O homem-bomba é aquele que mata em nome da sua crença, daquilo que ele considera mais valoroso.
O homem-bomba é aquele que mata; ele também se mata. Mas, essencialmente, o comportamento de um homem-bomba é se matar, mas matando outras pessoas. Então, o homem-bomba é aquele que, em nome de algo que ele valoriza muito, mata as pessoas e se mata em nome desse grande algo precioso.
Esse homem-bomba. E o mártir humanista—o que eu chamo de mártir humanista, né? —é aquele que não mata.
Ele dá a sua vida, só que com uma diferença, um diferencial em relação ao mártir cristão. O homem-bomba mata em nome de algo que ele considera valoroso, enquanto o mártir humanista é aquele que entrega a sua vida. Ele dá a sua vida em nome de algo que ele considera muito valoroso, mas, segundo a Palavra, não tem tanto valor.
É quando você vê pessoas que, por exemplo, vivem a sua vida, investem todo o seu dinheiro, todo o seu tempo, toda a sua saúde, abandonam a família em nome da causa do mico-leão-dourado. É óbvio que eu não tenho nada contra o mico-leão-dourado; eu tenho em casa, mas por outros motivos, né? Mas, biblicamente, na verdade, nem precisa ser cristão—usando um pouco da lógica, um pouco do equilíbrio— a gente sabe que, embora o mico-leão-dourado e outros animais devam ser respeitados e tratados bem, investir todo o seu dinheiro, toda a sua vida, abandonar sua família e investir toda a sua.
. . Esforços em nome dessa causa.
Biblicamente de novo, não precisa nem ser cristão pra falar aqui. É um exagero: o homem-bomba mata em nome de algo que ele considera muito valoroso. O mártir humanista, se tiver que dar a sua vida, ele dá a sua vida em algo que vale menos do que a sua vida.
E o mártir cristão é aquele que dá a sua vida pela causa de algo que vale mais do que a sua vida. Essa é uma diferença muito básica. E aí a pergunta que eu faço, terminando o primeiro ponto, é: o que você considera realmente valoroso?
O que toma o teu tempo, os seus esforços? O que mexe com o seu bolso? Se você tivesse que dar a sua vida, você daria por quê?
Por algo que vale menos do que a sua vida ou por algo que vale mais do que a sua vida? Lembra dos agentes? Saem hoje, dia 15 de janeiro, é um dos nossos Agger.
E 12 de janeiro, há umas duas semanas atrás, mais ou menos, a gente estava se cumprimentando, né? Nós estávamos cumprimentando nas festas de fim de ano e é possível que você tenha ouvido algo mais ou menos assim: "Olha, tudo de bom pra você! Que eu desejo para vocês: saúde, dinheiro, ou saúde, trabalho.
O resto a gente corre atrás. " Eu sei que a gente fala isso na maior das boas intenções. É possível assim, o inter deve ter falado isso também, mas sem querer ser muito chato, né?
Será que é assim mesmo que funciona? Saúde e dinheiro é o mais importante? O resto a gente corre atrás?
Será que realmente, quando você fala isso, da boca pra fora é uma coisa? Agora, será que existem pessoas que acreditam piamente nisso, que a coisa mais importante da vida, que você deve desejar para alguém, é saúde e dinheiro? O resto a gente corre atrás?
Será que dá pra correr atrás do resto mesmo? É possível que alguém que tenha saúde e dinheiro e viva sua vida inutilmente? Claro que é possível!
Deixando bem claro que eu quero ter saúde e de maneira lícita eu quero dinheiro também, na medida do possível. Mas será que realmente saúde, dinheiro e o resto a gente corre atrás? Só que não?
Será que não? Por esse mundo passa? Será que não passaram várias, vários milhares e milhares de pessoas que tiveram saúde e dinheiro e se esqueceram daquilo que é o mais importante, daquilo que realmente é o mais valoroso de tudo?
Essas são coisas que nós devemos pensar nesse primeiro ponto. O reino dos céus é semelhante a uma realidade escondida. Muitas pessoas passam por essa vida sem parar pra pensar nessa realidade escondida.
O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo. Muitas pessoas passam por essa vida com saúde e dinheiro e desprezam esse tesouro oculto no campo. Reino dos céus, então, é uma realidade escondida.
Segundo lugar, o reino dos céus é uma realidade de valor maior. E onde está isso no texto? Ela continua.
Vou reler o início: "É o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo". Vírgula. "O qual certo homem, tendo achado, escondeu.
" Leia comigo só essa parte: "O qual certo homem, tendo achado, escondeu. " É aqui que eu afirmo com toda certeza que o reino dos céus é uma realidade de valor maior, e a chave está na palavrinha "esconder". Existe um tesouro que estava escondido.
Este homem encontra esse tesouro que estava escondido. Ele acha o tesouro, o que faz por saber que ele tem valor? Ele esconde de novo.
O que significa esconder nesta parábola? Antes de entrar na parábola, tenta pensar no seguinte: se isso acontece com você, necessariamente, mas em algum nível, tudo que a gente valoriza muito a gente esconde e protege. Eu creio que acontece comigo e com você também isso, desde criança até que a gente fique mais adulto.
É claro que ele pode errar às vezes, às vezes quando tem coisa que eu deveria repartir, revelando assim o meu egoísmo. Mas tem que pensar naqueles momentos que você acertou. Por exemplo, o homem sempre vai querer proteger a sua esposa.
Os pais sempre vão querer proteger os seus filhos, até em situações menos importantes. O seminário, está Léo por exemplo, pede. .
. Eu gosto muito de livros, cineasta Léo, e pede um dia falamos que vamos emprestar esse livro, se for um livro X e Y, até empresto. Mas, por exemplo, se fosse Institutos do Calvino, aí eu acho que não sei, porque aquilo que eu valorizo mais é um pouco mais caro, eu vou esconder.
Lembra daqueles tempos que, quando você era mais criança, adolescente, e aí, quando chegava aquele primo ou vários primos na sua casa, você sabe que você ganhou um presente muito legal de seu pai, muito legal de sua mãe, e sabe que os primos chegando vão querer brincar nesse presente com aquele carro meio metro e meio capenga e até CDs com aquele outro que tá faltando uma rodinha. Você deixa, mas para aquele de fricção. .
. Eu sei que os exemplos são antigos. Vou ter que atualizar, mas aquele de fricção caprichado.
E se você dá um escondidinho, porque o que é valioso você sabe que você não quer colocar na mão de todo mundo, porque se for na mão de todo mundo vai quebrar? É nesse sentido: aquilo que você considera importante, valioso, você protege e esconde. A situação histórica daquela época: nós estamos na Palestina e a ideia geral, a história é a seguinte: quando você faz parte de um determinado povo e sabe da iminência de um ataque militar de um outro povo, algumas pessoas se escondiam em casa, mas outras, sabendo que isso ia ser inadequado, elas faziam, pegavam o que tinha de mais importante, cavavam, escondiam lá, tampavam o buraco e ó, davam no pé, até que eles tinham.
. . Se tivessem certeza de que a guerra acabou, e eles faziam, voltava pra lá, voltava pra lá, né?
Tirava o que estava importante e, aí, demonstrando assim que eles conseguiram entender o que é importante e guardar o que é importante. É nesse sentido que Jesus Cristo disse que o reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo achado, escondeu. Todos nós escondemos aquilo que nós amamos muito.
A pergunta é, a pergunta que eu faço pra mim, pra você, e que você esconde à luz dessa parábola: do que é aquilo que realmente é mais importante pra você? Eu quero aqui fazer um teste contigo, é o seguinte: responda sinceramente essa pergunta: o que você precisa possuir na sua vida para ter significado ou, pra você, ser feliz? O que você precisa possuir para que a sua vida tenha significado e para que você seja feliz?
Se você respondeu, "eu lembro do tempo", mas se você respondeu algo diferente de Deus, esse é o seu ídolo. Todos nós sentimos, mesmo os cristãos, nós sentimos por vezes em nossa vida algum tipo de incompletude. Em alguns momentos, parece que falta alguma coisa.
Esse é um dos vários efeitos do pecado na nossa vida. O cristão, quando cai a ficha, ele sabe que o que falta é Cristo, que falta é mais de Deus, mais da sua vida em mim, mais do seu poder, como diz a música, né? Mas se você responde a essa pergunta que o que falta na minha vida é mais isso, mais aquilo, qualquer coisa que não foi Deus, esse é o seu ídolo, o seu potencial ídolo.
Esse é o meu ídolo, o meu potencial ídolo. E o querido é qualquer coisa que seja mais importante do que Deus, que absorva o seu coração, que absorva sua imaginação mais do que Deus. Qualquer coisa que seja central, essencial em sua vida, e que, caso você o perca, você acha que vai ser difícil continuar vivendo.
"Se eu perder isso, não consigo viver. " Mais uma vez, se você responde que isso não é Deus, esse é o seu ídolo, o seu potencial ídolo. E a essência de todo pecado tem vaidade e orgulho.
E tem dólar. Teria reino dos céus, então, como nós vimos? Ele é uma riqueza oculta, ele é uma realidade oculta.
O reino dos céus também é, como nós vemos, um segundo ponto: uma realidade de maior valor. Eu quero terminar o segundo ponto e, terminando, o terceiro ponto, não esquecendo de uma frase que eu quero compartilhar com você. Alguém disse que buscar satisfação na vida sem Deus é como querer matar a sede com água salgada.
No final das contas, a sede só aumenta, a sede somente. Terceiro e último lugar: o reino dos céus é uma realidade revolucionária. Reino dos céus: realidade escondida, uma realidade de valor maior e, por fim, é uma realidade revolucionária.
Onde está isso do texto? Na última parte onde nós lemos, assim, e transbordante de alegria, vai e vende tudo o que tem e compra aquele campo. Aquele homem sabia que tinha algo escondido e descobre aquilo, depois ele esconde de novo.
Que sabe que é muito importante! O que ele faz? Ele tinha várias posses.
É só uma parábola, a gente não sabe entre os sábios todos os detalhes, mas ele pega tudo o que ele tinha e ele não vende 90%, ele vende tudo que ele tinha para obter aquele tesouro! E aqui eu quero fazer uma outra pergunta: o que é sabedoria? Eu sei que é só uma pergunta profunda, não dá tempo nem condições de respondê-la, mas para os feitos nossos dessa parábola, aqui muitas pessoas já devem ter ouvido isso, dizem que sabedoria é sempre andar, é sempre optar pelo caminho do meio.
Por exemplo, se você vai lá para Aristóteles, e provavelmente eu espero não estar distorcendo Aristóteles, mas a história daquele pensador que dizia que você deve optar sempre pelo caminho do meio, evite os extremos, opte sempre pelo caminho do meio. Eu creio que, biblicamente, às vezes a sabedoria é pelo caminho do meio, às vezes a sabedoria consiste em identificar os exageros, não optar pelos exageros e pelo caminho do equilíbrio. Equilíbrio bíblico, não equilíbrio socrático, horista, o técnico.
Equilíbrio, quando a Bíblia diz que tem que ir pelo meio, não é esse o caso da parábola. Não é esse o caso da parábola. No caso da parábola, ele foi sábio e optou por um dos extremos.
Ele não fez um cálculo matemático: "Eu encontrei uma coisa muito valiosa, mas eu tenho também coisas muito valiosas, para não correr o risco, eu vou vender 60% e ficar com 40% porque vai dar. . .
" Não! Ele teve uma atitude radical! Ele foi sabiamente radical!
Algumas pessoas que não têm os mesmos valores desse homem podem olhar para ele e falar: "Ele foi fundamentalista, ele foi exagerado, ele foi um fanático. " Só que, na opinião de Cristo, ele simplesmente fez o que deveria fazer. Ele não vendeu 99%, ele vendeu tudo o que ele tinha e ele sabia que todo o que ele precisava estava naquele tesouro que encontrou, é o próprio Senhor Jesus Cristo.
O tesouro é Cristo, que muda toda a nossa vida. Nesse caso, a virtude não estava no caminho do meio; ela estava no caminho do extremo, da radicalidade, de abrir mão de tudo o que, na verdade, não era tudo, assim, para conseguir o único tudo que existe, de Jesus Cristo. A sabedoria bíblica consiste em identificar quando eu devo ir pelo meio e quando eu devo optar por um dos extremos.
A Bíblia nos ensina isso. Quero terminar fazendo as seguintes aplicações: aquele homem foi movido por um amor maior do que tudo. Aquele homem foi conquistado pelo amor do Senhor Jesus Cristo, e é por isso que ele abre mão.
De tudo, e vai até Jesus Cristo. Aquele homem não fez um sacrifício; alguns devem conhecer, é o dos grandes empregadores do século XX: o doutor David Martin Lloyd-Jones. Lloyd-Jones não era pouca coisa, humanamente falando.
Ele era um jovem médio e se destacou desde os primeiros dias na faculdade, e que, mesmo jovem, já fazia parte da equipe médica que cuidava da família real da Inglaterra. Ele fez parte do avivamento lá no País de Gales e, em determinado momento da vida dele, ele teve o chamado para o pastorado. E olha só o que ele fala, mais ou menos, né?
Ele disse que não abriu mão de nada quando decidiu abandonar a vida de médico, mas ele ganhou tudo em Jesus Cristo. Muitas pessoas poderiam falar: “Poxa, médico para ser agora um pregador? ” Quem tem chamado para ser médico, seja médico para a glória de Deus; quem tem chamado para ser jornalista, que seja para a glória de Deus.
No caso de Lloyd-Jones, no início ele foi médico, mas teve o chamado para ser pastor. E, na opinião dele, ele diz que não abriu mão de nada; não foi nenhum tipo de sacrifício que ele fez. Ele inclusive nem compara uma coisa com a outra.
E, às vezes, é triste a gente olhar para alguns testemunhos que nós vemos hoje ou lendo alguma coisa na televisão, né? Gente, hoje eu sofri; parece que é uma coisa mais triste, né? Hoje eu sou.
. . Hoje, até que sou cristão, mas eu tive que abrir mão de tanta coisa.
Viu? Assim, o que tem mais valor do que ser de Jesus Cristo? De novo, se você é médico, seja para a glória de Deus.
Você não tem o chamado, né? Pra ser. .
. Não, não invente um chamado. Seja médico onde você estiver.
Na profissão de vocês, faça isso para a glória de Deus. Mas aquele homem sabia qual era o seu amor maior. Uma segunda aplicação é: você tem certeza daquilo que é a coisa mais valiosa dessa vida?
Que você tem vivido a sua vida? Pelo que é e por quem você tem vivido a sua vida? O que consome os seus pensamentos, sua imaginação, seu tempo e seu dinheiro?
Tudo na sua vida. O mundo caído tem as suas prioridades, e nós sabemos quais são as prioridades do mundo. A pergunta é: será que o mundo sabe quais são as prioridades do cristão?
Nós sabemos quais são as prioridades de quem não é cristão; será que o mundo sabe quando nós abrimos a boca e quando nós vivemos? Quais são as prioridades da Igreja? Que nós vamos apontar?
Quais são as prioridades por aquilo que nós amamos? Que nós tenhamos a atitude do apóstolo Paulo, lá em Filipenses 3:7-8, onde ele diz assim: "Mas o que para mim era lucro, isso considerei como perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, esterco, lixo, para ganhar a Cristo Jesus.
" Alguém disse que eu desisti de tudo por Cristo, e o que eu encontrei? Eu encontrei tudo em Cristo, e porque Cristo é o maior tesouro. Alguém pode ter, de repente, perguntando: “Ok, eu passo, eu entendi; Cristo é.
. . É o maior de todos, porque é por causa do seguinte: é porque uma pessoa que é salva, ela é salva em Cristo; uma pessoa é eleita, ela é eleita em Cristo; uma pessoa é chamada, é chamada em quem?
Em Cristo. Uma pessoa só se arrepende quando Cristo está diante dela; uma pessoa só tem fé; essa fé só é salva porque é uma fé em Cristo; uma pessoa só é justificada em Cristo; uma pessoa só é adotada na família de Deus em Cristo; uma pessoa só pode participar com sucesso do processo de santificação quando ela é santificada em Cristo. Uma pessoa só persevera quando ela está em Cristo.
Uma pessoa será. . .
O cristão é aquele que um dia será glorificado nele. Não só em Jesus Cristo porque Cristo é o nosso tesouro. É porque Cristo fez por você o que você jamais faria por você mesmo.
Ele absorveu a ira justa de Deus naquela cruz; Ele pagou o preço dos nossos pecados. Ele resolveu tudo o que nós nunca resolveríamos. Na verdade, nós somos o problema, e Jesus Cristo resolveu a nossa vida.
Em Cristo, mais do que isso, Cristo coloca na nossa conta, nos limpa com seu sangue, de forma que, quando agora o Pai, o Deus justo. . .
Um dia, todos nós, esse dia é inescapável. Se você acredita ou não, vai adiantar nada. Esse dia é inescapável; um dia nós estaremos diante do justo juiz, e nós daremos conta do que fizemos com a nossa vida.
Não esteja na presença do justo juiz sem um advogado, o único que pode resolver os problemas da nossa vida, do nosso ponto de vista. A gente não consegue resolver; é Ele, Jesus Cristo! O maior tesouro, o reino dos céus é uma realidade escondida.
Na verdade, você só vai achar quando Ele te achar primeiro, é quando Deus abrir os nossos olhos, desvendar os meus olhos para que eu contemple as maravilhas da eternidade. O reino dos céus é uma realidade escondida. O reino dos céus é uma realidade de valor maior que o reino dos céus; é uma realidade revolucionária e veio para mudar progressivamente.
Este processo vai durar a vida toda. Que Deus possa falar aos nossos corações. Que nós possamos ter Cristo como aquele que é o maior de todos na nossa vida.
Amém! Amém! Nós vamos cantar o hino de número 161, "O Melhor Amigo", em resposta à nossa mensagem, a mensagem da Palavra.