VIGIAR E PUNIR DE MICHEL FOUCAULT: SUPLÍCIO E PUNIÇÃO

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Parabólica
Estudo da obra "Vigiar e Punir" de Michel Foucault, para o ENEM e demais vestibulares. Canal Dialét...
Video Transcript:
oi e aí gente tudo bem sejam bem-vindos a mais um vídeo do parabólica eu sou pedro rennó professor aqui do parabólica quinta-feira é dia de aula do quê mesmo filosofia e a gente tem aprofundado cada vez mais sobre os autores não falando só de minas gerais dos autores mas a gente tem a estudar das suas obras hoje é mais um dia de estudo de obra na verdade é o primeiro vídeo de uma estudo de obra de vigiar e punir de michel foucault a gente já tem um vídeo aqui sobre o michel ficou que a gente
fala em linhas gerais a gente fala da questão da história da loucura do próprio vigiar e punir mas hoje a gente vai aprofundar no vigiar polícia certa vocês pegando citações para vocês pegarem as referências vai ajudar impossíveis redações aí a pelo brasil afora certo então já se inscreve no canal vamos com muita calma muita tranquilidade a pessoa que tem isolamento social vão participar po e curte esse mesmo jeito estamos quase chegando aos 400 mil inscritos se você tiver vendo esse bicho e ele tá saindo aqui em abril de 2027 hoje é filosofia mas a gente
tem sociologia história geral história do brasil contra o de completo para o enem e demais vestibulares vão lá então michel foucault dispensa comentários assim sobre a sua sua vida sobre a sua carreira como professor né como a filósofo um cara extremamente importante para a filosofia tá ligado à academia aí no século 20 e essa obra vigiar e punir oficialmente originalmente na publicada em 1975 faz parte do vários estudos ao longo da vida a do michel ficou é que é uma uma uma análise uma reflexão e uma crítica ao sistema penal principalmente ocidental desde o século
18 17 18 até o século 20 até a atualidade da verdade né e essa obra que a gente vai utilizar aqui e fala bastante dela ela é dividida em quatro partes bem interessante a gente tem a primeira parte a gente vai falar sobre ele fala né ele divide o livro aí a parte do suplício a segunda parte ele fala de punição até ser a parte ele fala de disciplina enfim a quarta parte ele fala de prisão sistema prisional gente e a gente vai dividir né a nossa nessa nosso estudo sobre o vigiar e punir com
duas partes a gente vai fazer as duas primeiras agora que a gente vai falar sobre suplício na concepção e do michel michel ficou e também a punição e na segunda parte a gente vai falar da disciplina e do sistema prisional né que aí entra toda aquela questão do panóptico sistema para ótimo para o modelo né certo bom vamos começar então falando lógico né inicialmente então essa questão do suplício suplício que vende punição corporal né ele fala muito sobre a punição corporal o restante isso a sigla de muita dor de muita humilhação ao condenado né esse
essa ideia do suplício era algo que era muito comum desculpa aí para mostrar a força dos estados absolutistas até o século 18 e ele usa principalmente o exemplo da frança o exemplo aqui é talvez o o ponto de partida para tudo que a gente for falar aqui que os estados absolutistas eles de fato é utilizavam né a a dor do unido a dor do do considerado criminoso como praticamente um espetáculo público onde as pessoas iam assistir aquele espetáculo público o criminoso condenado pelo rei seria a vingança do rei contra aquele cara que tentou fazer alguma
coisa nessa sociedade e lembra-se que cometeram crime numa sociedade por exemplo francesa do século 18 é cometer um crime contra o próprio rei da mais na frança que a gente utiliza lá eles utilizaram a justificativa do direito divino né que o rei ele ele é o estado lá desde os 14 quando ele falava o estado sou eu tenho o direito de vir de governar né que a gente usa ele já falou aqui nas aulas de filosofia sobre as ideias do jato do sul e do já podão é feita que a construção da frança e então
cometer algum crime na sociedade francesa é cometer um crime contra o estado e o estado sendo o próprio rei então a punição era a era um suplício era a vergonha do corpo do criminoso o a dor que esse criminoso vai vai vai sentir de um teatro maltado a para que isso ocorresse né onde as pessoas e uma assistir e presente ficar isso a gente já começa aqui gente na nossa primeira citação essa primeira estação eu não vou deixar por escrito aqui né com uma outra tela por outras eu vou deixar só essa aqui não porque
ela é muito grande é um passagem que logo no início do livro o focou vai falar sobre esse suplício para sempre ficar de um algo marcante que aconteceu na sociedade francesa do século 18 tá aqui ó que é o suplício de robert françoa damián né que em 1757 é isso mesmo o 757 ele ele tentou cometer ali um regicídio né a morte nem tentou matar o rei luís 15 e aí o cocô ele descreve para gente como que foi feito o seu suplício né portanto a ferida um golpe contra o estado contra o rei eu
vou ler aqui e vamos com calma tá eu achei interessante trazer isso aqui para vocês porque ele sempre fica vamos com calma então o robert françoa damian por a condenado a 2 de março de 1757 a pedir perdão publicamente diante polia da porta principal da igreja de paris para onde devia ser levado e acompanhado numa carroça olha só no de camisola carregando uma tocha de ser acesa e duas libras em seguida dita carroça na praça de greve aí você tem termos aqui que são iguais às vezes alguns são mais feliz da gente poder ler entender
e sobre um patíbulo que rick e aí será exibido a até na sabe nos mamilos braços coxas e barrigas das pernas sua mão direita segurando a faca com que cometeu o dito parricídio queimada com fogo de enxofre e as partes em que será até na zados se aplicarão chumbo derretido o óleo fervente pichem fogo cera enxofre derretidos conjuntamente e a seguir seu corpo será puxado e desmembrado por quatro cavalos e seus membros e corpo consumidos ao fogo reduzidos a cinzas e suas cinzas lançadas ao vento não trava nem colocar aqui na uma rã oi desculpa
não sabem colocar aquilo escrito né para vocês até o que já dá para entender bem e te já um angústia né finalmente foi esquartejado e essa última operação foi muito longa porque os cavalos utilizados não estavam a feitos atração de modo que em vez de quatro foi preciso colocar 6 bom e como isso não bastasse foi necessário para desmembrar as coxas do infeliz cortar-lhe os nervos e retalhar realizar as juntas afirma-se que embora ele sempre tivesse sido tivesse um grande praguejador nenhuma blasfêmia ele escapou dos lábios apenas as dores excessivas faziam notar grito um gritos
horríveis e muitas vezes repetia olha que ele dizendo meu deus tende piedade de mim jesus socorrei-me os espectadores ficaram todos edificadas com a solicitude do cura de saint paul que a despeito de sua idade avançada não ter dia nenhum momento para consolar o paciente o comissário de polícia bolton relata acendeu-se enxofre mas o fogo era tão fraco que a pele nas costas nas costas das costas da mão é que mal sofreu depois um executor de mangas arregaçadas acima dos cotovelos tomou umas tenazes de aço preparadas medindo cerca de um pé e meio de comprimento até
nasoli a primeiro a barriga da perna direita depois a coxa daí passando as duas partes da barriga do braço direito em seguida os mamilos esse executor ainda que forte robusto teve grande dificuldade em arrancar os pedaços de carne que tirava em suas tenazes duas ou três vezes do mesmo lado autor ser e o que ele arrancava formava em cada parte uma chaga do tamanho de um escudo de 6 libras oi calma aí gente tem muita coisa ainda e depois desse deixe suplícios da miando que gritava muito sem contudo blasfemar levantava a cabeça e se olhava
o mesmo carrasco tirou com uma colher de ferro do caldeirão daquela droga fervente e derramou a fartamente sobre a sua ferida em seguida com cordas menores se ataram as cordas destinadas a atrelar os cavalos sendo estes atrelados a seguir a cada membro ao longo das coxas das pernas e dos braços o senhor le breton escrivão a é o joaquim lebreton aproximou-se diversas vezes não não é o joaquim de betão era muito muito cedo para ser o aqui no plantar o que é algum parente para perguntar se tinha algo a dizer disse que não nem é
preciso dizer que ele gritava com cada tortura da forma como costumamos ver representados os condenados perdão o perdão senhor apesar de todos esses sofrimentos referidos acima ele levantava de vez em quando a cabeça e se olhava com deus temor as cordas estão apertadas pelos homens que puxavam as extremidades faziam de sofrer dores inexprimíveis inexprimíveis o senhor le breton aproximou-se outra vez né o escrivão né dele perguntou-lhe se não queria dizer nada diz que não há chegaram se vários confessores ele falaram demoradamente beijava conformado o crucifixo que lhe apresentavam estendiam os lábios e dizia sempre perdão
senhor os cavalos deram uma arrancada puxando cada qual o membro em linha reta cada cavalo segurando por segurado por um carrasco é um quarto de hora mais tarde a mesma cerimônia em fim após várias tentativas foi necessário fazer os cavalos puxar da seguinte forma os os do braço direito a cabeça ou da coxa voltando para o lado dos braços fazendo-lhe romper os braços nas juntas esses arrancos foram repetidos várias vezes sem resultado ele levantava a cabeça e se olhava foi necessário colocar dois cavalos diante das diante das atrelados a coxa totalizando seis cavalos mas sem
nenhum sem resultado algum enfim o carrasco são só foi dizer ao senhor le breton que não havia meio nem esperança de se conseguir ele disse que perguntar se as autoridades se desejavam que ele fosse coitado em pedaços oi pera aí já tá não é o olá coitado em pedaços né eu ver aqui que senão eu perco aqui a parte o senhor le breton de volta da cidade deu ordem que se fizesse novos esforços o que foi feito mas os cavalos emplacaram e um dos atrelados as coxas caiu da laje tendo voltado os confessores falaram lhe
outra vez dizia resolvir ou falar beije-me reverendos o senhor cura de saint paul nada teve coragem mas os de marcilene passou por baixo da corda do braço esquerdo e beijou-o na testa os carrascos se reuniram e da minha dizem eles que não gosta é massa que cumprissem seu ofício pois não listeria mal por isso e rogava-lhe que orassem a deus por ele é que recomendava ao a altura de são paulo que rezasse por ele na primeira missa depois tipo assim regaçar você vou-te marcar depois eu vou rezar por você na missa depois de duas ou
três tentativas o carrasco são e o que ele havia apenas assado tiraram cada qual do bolso uma faca ele cortaram as coxas na junção com o tronco do corpo os quatro cavalos colocando força levaram as duas coxas de arrasto isso é a do lado direito por primeiro e depois a outra seguir fizeram o mesmo com os braços com as espadas e axilas e quatro partes foi preciso cortar as carnes até quase os ossos os cavalos puxando com toda a força arrebentaram no braço direito primeiro que depois o não é retinha né nossa gente é bastante
tempo falando aqui mas é importante isso tá é uma vez aqui era dessas quatro partes de serão os com os confessores para de falar mas o carrasco um formou isso que era que ele estava morto embora na verdade eu visse que o homem se agitava mexendo o maxilar inferior como se falasse um dos carrascos chegou mesmo a dizer pouco depois que ainda assim que eles levantaram levantaram o tronco para o lançar na fogueira ele ainda estava vivo olha só os quatro membros uma vez soltos as cordas dos cavalos foram lançados uma fogueira preparada no local
há cinco em linha reta do do patíbulo depois o tronco e o resto foram cobertos de achas e gravetos de lenha e se pôs fogo a palha a juntada a essa linha e tá acabando agora tá e o cumprimento da sentença tudo foi reduzido a cinzas é o último pedaço encontrado nas brasas só acabou de ser de se consumir as dez e meia da noite os pedaços de carne o tronco permaneceram cerca de quatro horas ardendo os oficiais entre os quais me encontrava eu e meu filho com alguns arqueiros formados em em um destacamento permanecemos
um local até mais ou menos 11 horas alguns pretendem tirar conclusões do lado de um cão se havia deitado no dia seguinte no lugar onde foram levantadas fogueira voltando cada vez que era enxotado é mas não é difícil compreender que esse animal achasse o lugar mais quente do que o outro então nós temos um registro lá de 1757 que o fogo colocou no texto para gente ele colocou no ligo para gente para gente entender o que que era esse suplício a até o século 18 para pessoas que eram consideradas criminosas né então o damião ele
foi severamente a colocado a vocês viram que que foi a forma dele de um suplício a dor que ele sentiu então isso era algo comum ainda mais na sociedade francesa do século 18 k tá bom mas aí o focou ele vai perceber para gente tá é que vai perceber que algumas décadas depois disso tá está em 1757 aí sempre de três décadas começa a ter uma transformação na forma de se aplicar a um suplício uma punição ao tom que considerado criminoso na frança mais ou menos ali em 1790 chegando quase já no século 19 na
virada ele vai fazer o levantamento de um registro da casa de jovens de jovens detentos em paris a prisão em paris de como que era feito como que era o andamento né como que as pessoas os presos né os criminosos ali dentro eram tratados e ele percebe que nesse regulamentos levantamento esse registro que é um regulamento ele percebe que existe uma complexidade uma sistematização da e aí aos presos nesse processo com hora de levantar a hora de trabalhar né que esse esse agora esse condenado esse preso ele passa a ser útil de alguma forma para
o estado né hein não necessariamente em vez de passar pelo que o o damião passou três décadas atrás ele passa a ser útil ele vai vai isso fazer algum trabalho para o estado dentro da própria casa de jovens detentos de paris e aí você tem a hora das refeições tudo regulado né e também a hora do depois ele vai fazer algumas oficinas ele vai participar de uma escola onde ele vai ter aula de desenho de cálculo algumas coisas assim até chegar a hora de dormir e no dia seguinte essa história se repete percebe que em
certa de três décadas ele já começa a ter uma mudança das pessoas que eram considerados criminosos e a forma né o suplício ele vai se e aí é em cerca de três décadas e aí que ele faz o questionamento o que levou essa mudança tão radical um pouco tempo na sociedade francesa pensando também numa sociedade ocidental que que ele vai tentar a dizer para a gente ele vai fazer uma análise de que aquelas formas de suplício de punição ao corpo daquela forma como é feito de tortura levando um patamar elevado a dor do considerado criminoso
do condenado ela rodando inclusive o exemplo do damião né ela torna o sistema judicial um tanto tanto frágil por quê porque era feita um feito um teatro certo olha só que interessante que ele vai falar aprende era feito um teatro para esse condenado porque ele fez cometeu o crime de lesa-majestade é de tentou matar a mais estável tentou de certa forma fazer algo contrário que é majestade eu pensava lembrando que o rei era o estado principalmente na sociedade francesa nessa concepção de que o estado sou eu que vinha desde os 14 nesse caso foi em
luz 15 né mas a tradição francesa continua mas ele percebe que isso era frágil por quê porque inicialmente era um teatro as pessoas iam que queriam ver o cara punido as pessoas queriam assistir aquela punição né que o cara que tentou matar o rei ou algum algum outro crime só que ao perceber que às vezes uma pessoa né o criminoso ele conseguia aguentar antes da morte antes da morte ele conseguia aguentar o castigo ele conseguir aguentar quando foi o caso do damián que demorou para o cara morrer ele demorou adianta uma questão técnica lá dos
cavalos como ele fala mas ele ele aguentou né é o cocô falar água um mild mente a dor que ele tava sentindo gritava pedir a deus mas aguentou a dor que ele tava sentindo é um processo né esse processo que deu pode demorará horas nessa hora nesse nesse teatro do suplício que a população começa com tudo né com tudo isso que tá acontecendo muitas vezes se revoltar contra o próprio carrasco e passam a assumir a defesa do criminoso do cara pedindo suplício né do cara pedindo pedindo a deus né não toda aqui suplicy toda aquela
tortura o carrasco ele passa a ser o mais odiado pela população que está ali assistindo e o carrasco ele representante de quem aí ele está não representando a gente está a mando do rei a mando do estado absolutista então ficou ele nota para gente que praticamente quase todas as formas de suplício que eram feitas em praça pública e a você tinha sempre um processo de tumulto processo de confusão que ele tá dando um exemplo de algo que foi bem bem bem conhecido né até hoje né na época e até hoje mas que esse tumulto geralmente
as gerações não geralmente as vezes geralmente gera uma revolta da população contra os carrascos uma irritação da população contra os carrascos que representam uma irritação contra o rei então essa forma de suplício sair do foco que essa forma de suplício na verdade torna o sistema judicial sistema de punição a nesse caso extremamente fragilizado por que você pode entrar com uma proposta e sair com uma outra relação em relação dos seus próprios súditos ele percebe que começa a ter uma transformação e aí ele fala para gente isso é muito importante que você saiba que aí a
gente chega lá depois que eu falei da casa dos jovens detentos de paris que tem uma uma regulação ele fala que o suplício ele foi sendo deixado de lado mas ainda assim há uma condenação ao corpo da pessoa tava olha só o corpo acontecendo tudo isso através da tortura na dor mas ela continua acontecendo dentro de uma casa de detenção visto que você o seu corpo é privado da liberdade você é forçado a fazer trabalhos você é o seu corpo ainda está em forma no processo de condenação você tá sendo privado de liberdade já está
seguindo ordem que o seu corpo não necessariamente seguir ia naturalmente mas você está seguindo a hora de levantar a hora de trabalhar e você não tenha escolha mas muda porque não há aquela dor do suplício agora e aí a gente chega na uma outra citação aqui do fogo na verdade vou fazer duas situações seguidas aqui para exemplificar e isso que a gente tá falando nesse estudo de obra parece a minha atenção na primeira a marca de ferro quente foi abolida na inglaterra em e tem quatro marcar a pessoa com ferro quente e na frança em
1832 o grande suplício dos traidores que é o que aconteceu com damiano já nem dou a terra não usava aplicar em 1820 unicamente o chicote ainda permaneci em alguns sistemas penais como na rússia inglaterra e prússia mas de modo geral as práticas punitivas se tornaram públicas né com pudor né se não tocar mais o corpo ou o mínimo possível que para atingir nele algo que não é o corpo propriamente disse a a prisão a reclusão os trabalhos forçados a servidão de forçados a interdição de domicílio a deportação que parte tão importante tiveram nos sistemas penais
modernos não são penas físicas são penas físicas que ele tá defendendo com esse a sonda multa né moça já me a pena física se referem diretamente ao corpo é o que eu falei agora pouco você tá privado você tá fazendo o corpo fazer algo que às vezes ele não sabe né é diretamente ao mas a relação atenção castigo corpo não é idêntico ao que ela era no suplício logicamente o corpo encontra-se aí em posição de instrumento ou de intermediário qualquer intervenção sobre ele pelo enclausuramento pelo trabalho obrigatório vi o indivíduo de sua liberdade considerado ao
mesmo tempo como um direito e como um bem a liberdade é um direito um dentro segundo essa penalidade o corpo é colocado num sistema de coação e de privação de obrigações e de interdições o sofrimento físico a dor do corpo atenção não são mais os elementos constitutivos da pena o castigo passou de uma arte da sensações não vai sentir essa dor tá insuportáveis a uma economia dos direitos suspensos eu suspendo os seus direitos tá então é isso que ele falou para gente mas aí gente é é isso mesmo é aí a gente entra numa outra
star som e eu acho interessante colocar para vocês e se não é mais ao corpo que se dirige a punição e em duas formas dura sobre o quentão se exerce a respostas dos teóricos daqueles que abriram por volta de 1780 quando ele repara que essas transformações estão acontecendo que inclusive são já anteriores à revolução francesa mas logicamente que a revolução francesa vai ter uma importância nisso o período que ainda não se encerrou é simples quase evidente pensam em dia cê ia inscrita na própria indagação pois não é mais o corpo é a alma a inspiração
que tripudia sobre o corpo deve suceder um castigo que atua profundamente sobre o coração o intelecto a vontade e as disposições quer dizer que não é mais a dor do corpo mas a privação dele alma tira mexe com a alma apriva mexe com a questão do intelecto a prisão ela passa a se transformar então eu gosto muito mesmo e quando ele vai falar por exemplo do história da loucura ele tenta como falar o quê que é considerado louco a cada a sociedade ele tem um verdadeiro estudo da história isso é muito interessante e aí a
gente sai do suplício que começa a discutir a punição ele vai perceber que então o que ali no fins do século 18 essas punições ela se tornam mais sutis só que sutis entre aspas mesmo porque ele vai alegar para gente que não o fato de serem sutizu não significa que são as punições humanizadas tá que estão pensando da humanização até então gente nós estamos discutindo punição suplício e punição humanização seria uma forma de tentar melhorar a sociedade como um todo sabe é a para além dessa punição então não há necessariamente uma humanização e são os
reformadores é a luz do sistema judiciário francês que eu vou começar a procurar as formas e não vale lembrar que a gente tá no final do século 18 a contextualização histórica é muito importante por ficou é muito importante para a vida a gente tá no final do século 18 a frança passando por uma crise agrária muito grande a quem a população cada vez mais a carestias de produtos né de primeira necessidade isso vai resultar na revolução francesa a gente está vivendo o século das luzes o ideal iluminista burguês então o que acontece é que você
passa a ter muito muitos crimes de furto não é furtos alimentares principalmente na cidade de paris a população vai crescendo a população francesa cresce ali no final do século 18 em paris principalmente então você passa a ter furtos pessoas que roubam para comer e você vai utilizar aquele suplício né que a gente falou lá no início para furtos por exemplo sujeito roubou uma maçã vai colocar todo tudo no mesmo no mesmo para no mesmo barco de forma simples porque eu vou por a maçã roubo o estado então praticamente roubou o seu estado é o rei
roubou rei se o está se o rei é representante de deus robô robô deus sabe você vai colocar isso em tudo logicamente que não então passa a ter um processo de transformação da sociedade mas tem um interesse próprio aí e a gente chega então nesse processo em duas situações mais que ele vai falar sobre essa questão da punição prestem bem atenção que essas situações são extremamente importante tá eu poderia falar não vou colocar mas como a estudo de obra acho que é importante definir aqui ó e olha só na verdade a passagem de uma criminalidade
de sangue morte para uma criminalidade de fraude derrubar faz parte de um todo de de todo um mecanismo complexo onde figura o desenvolvimento da produção o aumento das riquezas uma valorização jurídica e moral maior das relações de propriedade métodos de vigilância mais rigorosos um policiamento mais estreito da população as técnicas mais bem mais bem ajustados de descobertas de captura de informação e o deslocamento das práticas e legais é correlato de uma extensão e de um afinamento das práticas punitivas para tá falando essas transformações na sociedade francesa e aí uma outra situação que é bem interessante
olha só que aí ele vai falar porque sua reforma né o verdadeiro objetivo da reforma e isso desde suas formulações mais gerais não é tanto fundar um novo direito hei de punir a partir de princípios mais equitativos mas estabelecer uma nova economia do poder de castigar assegurar uma melhor distribuição dele fazer com que ele não fique concentrado demais em alguns pontos privilegiados nem partilhado demais entre instâncias que se opõem que seja repartida em circuitos homogêneos que possam ser exercido em toda parte de maneira contínua e até o mais fino grão do corpo social a reforma
do direito criminal deve ser lida como uma estratégia para o remanejamento do poder de punir de acordo com modalidades que o tornam mais regular mais eficaz mais constante e mais bem detalhado em seus efeitos enfim que aumentem os efeitos e diminuindo o custo econômico olha só diminuir me tornei mas diminui esse custo econômico ou seja dissociando o sistema da propriedade das compras e venda da venalidade tanto dos ofícios quanto das próprias decisões e seu custo político dissociado do arbitrário de poder monárquico você diz associa do rei já que a frança está passando por uma transformação
uma transformação burguesa diga-se de passagem que é a revolução francesa por ideal burguês você tem participação lógico da população geral dos trabalhadores franceses dos sans-culottes dos camponeses que se não preste a participação deles certamente a gente não teria revolução francesa porque são eles que formam a bater de frente né na hora da porrada mesmo com um sistema monárquico absolutista mas o ideal por trás disso tudo é legal burdisso vocês entender como é que funciona oi e aí o cocô ele vai perceber também que essa reforma tá aí essa reforma que tá acontecendo ela vai seguir
uma regra né qual que é a regra que vai ser colocada por esses reformadores para poder ter uma ordem maior da sociedade e aí sim agora eu coloquei até um textinho que eu uma situação que eu retirei neckhel então na verdade eu retirei alguns pontos dessa estação do livro mas que eu fiz um textinho aqui pra mostrar que que ele vai falar sobre regras tá escrito ali os reformadores segundo focou acabaram por dividir e classificar os comportamentos sociais para aplicação de punições ou prevenção da criminalidade os reformadores lá no final do século 18 e início
do século 19 todos são classificando as regras para poder ou a definir o qual que vai ser a punição né para classificar de fato uma nova comissão e tirando agora o suplício mas também para poder prevenir os crimes na sociedade certo então por exemplo aí a gente tem essa seis rainhas né então a primeira regra aí tá algumas delas eu peguei citações duplo ó ficou outras eu coloquei com as minhas palavras quando eu achei que na obra fica tava mais confuso tadinha de colocar aqui regra da quantidade mínima é bem interessante ela é estritamente preventiva
um crime existe porque traz vantagens se não trouxesse vantagens seria evitado uma pessoa comete crime porque ela vai ter alguma vantagem então como que a gente pode pensar uma sociedade onde o crime não vai ser vantajoso então esse é o ponto de partida para pessoa para o sujeito que é um criminoso em potencial antes de cometer o ato ele vai pensar eu vou sair na vantagem ou não então a primeira regra você precisa definir isso é o que ele tá falando e formadores pensavam os reformadores fizeram não é o que o fucou está falando necessariamente
dois tomar aguinha aqui ó pera aí a regra da idealidade suficiente ó preste bem atenção trata-se da idealização da pena não é necessário mostrar o suplício você não precisa mais fazer aquele espetáculo público aqui no brasil você tinha esse espetáculo público quando a gente fala por exemplo de joaquim josé da silva xavier o espetáculo público seu enforcamento depois do seu esquartejamento quando a gente fala de felipe dos santos na revolta de felipe dos santos em 1720 aqui em vila rica o revolta de vila rica ouro preto o quê que foi feito em praça pública para
mostrar para o povo para o povo ter medo então agora tá mudando ó antes da realização da pena não é necessário mostrar o suplício mas a ideia da pena a representação da pena deve ser maximizada e não a sua realidade corpórea você idealiza como vai ser essa pena para você ficar com medo para você não fazer esse crime você idealiza você não precisa mais mo o teatro sabe como teatro público né na morte ou suplício regra três regra dos efeitos laterais aqui tá ligado logicamente com dois a pena deve ter efeitos mais intensos naqueles que
não cometeram a falta em suma se pudéssemos ter certeza de que o culpado não poderia recomeçar bastaria convencer os outros de que ele foi quê que ele que ele só que ele foi punido né eu coloquei escrevi errado mas tudo bem e você sabe a pena do sujeito o condenado deve dar efeito em você dentro da efetiva daqueles que não cometeram sabe porque isso vai gerar uma prevenção da nossa eu não quero passar por isso olha só que interessante eu sei que essa ó tá ficando grande mas ela é importante é estude obra tá bom
bora e a gente já tá chegando no final regra quatro regra dá certeza perfeita a pessoa que comete o crime deve saber a punição que eu aguarda medidas precisas e claras assim ela não comete também eu só tô percebendo que são medidas a regras para evitar até a prevenção do crime né regular essa sociedade 5 regras da verdade comum abandono das provas legais rejeição da tortura né acabou suplício necessidade de uma demonstração completa para fazer a mesma a verdade justa retirada de qualquer correlação de grau de suspeita por de suspeita e os da pena e
é porque nos tempos do absolutismo o rei ele representava naquela obra quando a gente vê aquela imagem do thomas hobbes né que o rei ele tem o poder militar ele tem o poder do legislador e tem o poder executivo e tem o poder judiciário ele é tudo ele é o próprio juízo da sociedade uma reacção notícia agora você tem um organismo né sistema de justiça no nessa nas parte das sociedades modernas que são independentes do poder executivo independente do poder legislativo que e aí você vai ter um julgamento sobre o que aconteceu através de provas
mas que são provas mais consistentes do que você tinha antes sabe é preciso ter isso né enfim as seis né que fala sempre a gente regra da especificação ideal para que a semiótica penal aí eu tirei esse texto inteira tirado do livro tá rê cubra bem todo o campo das ilegalidades que se quer reduzir em todas as infrações tem que ser qualificadas tem que ser classificadas e reunidas em espécie que não deixem escapar nenhuma ilegalidade é então necessário um código que o código penal qual o código que você foi enquadrado por ter cometido esse crime
não tem a ver com a sociedade inclusive atual e que seja suficientemente preciso para que cada tipo de infração posso estar claramente presente nele então a gente tá falando que precisa classificar qualificar cada creme para que não sejas colocado só em apenas um aqui que a punição seja a mesma para todos para o ladrão de galinha outro cara que matou um político importante entenderam e é importante também que você saiba que a gente fez essa passagem aqui desse estudo de obra dessas duas partes que é o suplício que a gente falou lá no começo e
agora a punição mas nenhum momento até agora a gente tá falando ele oi e a humanização sobre transformar de fato uma sociedade sabe a de tentar melhorar essa sociedade de alguma forma a gente tá falando de punição punir por único praticamente certo então o que é uma das críticas do futuro será que a gente só quer puniu cena que a gente quer de fato transformar essa sociedade é muito mais complexo do que isso certo gente eu sei que o vídeo ficou grande eu não tem como falar de vigiar e punir usando situações ficou grande principalmente
por conta da primeira situação lá do suplício de damiano que eu falei para vocês mas eu acho que é importante trazer isso o objetivo é a gente sempre tornar mais específico conteúdo de forma didática que eu não quero fugir dessa didática nossa de entendimento por isso que eu coloco os textos aqui mas bom dentro também tá falando isso que vocês já sabem né tudo que eu já penso sobre né pô eu vou ficando por aqui então na semana que vem a gente continua o estudo de obra aí do ficou certo vigiar e punir amo vocês
de coração daquela curtidas eu conheci ajudou em nós beijo fui
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