mulher paga um café para um mendigo idoso e então ele mostra uma foto que muda a vida deles dois era uma tarde fria de inverno o vento cortava as ruas da cidade fazendo com que as pessoas acelerassem o passo encolhidas em seus casacos Mariana em um de seus raros momentos de pausa decidiu Aproveitar as férias e parar em uma pequena cafeteria trabalhava demais e por isso aqueles momentos de calmaria eram quase sagrados enquanto caminhava em direção à entrada algo chamou sua atenção encostado na parede um homem idoso de cabelos desgrenhados e roupas esfarrapadas tentava se
aquecer com uma velha jaqueta ele não pedia nada apenas mantinha os olhos fixos no chão como se estivesse em outro lugar distante de toda aquela agitação ao redor Mariana sentiu um aperto no peito algo naquele senhor a comoveu profundamente um sentimento que ela não conseguia explicar ela entrou na cafeteria mas sua mente ficou presa à imagem do homem lá fora pediu um café e um sanduíche e quando o atendente começou a preparar Mariana não conseguiu resistir você se importa se eu levar um café e um lanche para aquele senhor lá fora perguntou ao atendente apontando
discretamente para o homem sentado na calçada o atendente acenou com a cabeça deu de ombros quando o pedido ficou pronto Mariana saiu com a bandeja nas mãos e e caminhou em direção ao homem Oi senhor Você aceita um café quente e algo para comer perguntou ela com um sorriso Gentil o senhor levantou os olhos surpreso seus olhos embora cansados e um tanto apagados pela idade ainda carregavam uma certa dignidade Eu não costumo aceitar ajuda disse ele hesitante sua voz era rouca como se há muito não conversasse com alguém eu insisto Está muito frio e acho
que um café vai te fazer bem Mariana se agachou ao seu lado e colocou o café e o lanche perto dele Ele olhou para ela então para o café e finalmente com um pequeno aceno de cabeça aceitou enquanto tomava o primeiro gole a expressão de alívio no rosto do senhor era inconfundível Muito obrigado mocinha murmurou ele com a voz falhando levemente Mariana sorriu e sentou-se ao seu lado disposta a ouvir sentindo que aquele homem tinha uma história para contar Qual o seu nome perguntou ela Quebrando o Silêncio ele hesitou por um instante como se seu
nome não tivesse sido dito em muito tempo finalmente respondeu chamavam-me de Antônio agora acho que sou só mais um por aí Mariana sentiu um nó na garganta ao ouvir aquilo a humildade a resignação como Alguém poderia ser reduzido a isso eu sou Mariana ela estendeu a mão e o homem com certo apertou de leve eles conversaram por alguns minutos e logo o senhor revelou um pequeno tesouro que carregava consigo ele tirou de dentro de sua velha bolsinha uma carteira surrada e de dentro dela algumas fotos desgastadas pelo tempo isso aqui ele começou a dizer com
os olhos humedecidos é tudo que restou da minha vida Mariana observou as fotos em silêncio uma mulher sorridente quatro crianças pequenas ao lado dela Antônio respirou fundo e continuou minha esposa morreu num acidente eu não soube lidar com isso afundei me na bebida e antes que pudesse perceber perdi meus filhos foram dados para adoção eu nunca mais soube deles O silêncio que se seguiu foi pesado denso Mariana não sabia o que dizer o que dizer a um homem que perdeu tudo um homem que viveu tanto sofrimento e se afundou em sua própria dor ela sentiu
algo diferente ao olhar para aquelas fotos uma sensação estranha como se houvesse algo ali além do que as palavras dele revelavam sabe Senhor Antônio Às vezes as pessoas se perdem por um tempo mas podem encontrar um caminho de volta talvez talvez seus filhos tenham te procurado Você já tentou achá-los sugeriu ela delicadamente ele Balançou a cabeça negativamente com um suspiro pesado mocinha depois de tanto tempo quem haveria de me querer eles eram pequenos nem se lembram de mim ele abaixou a cabeça a tristeza profunda em seus olhos Mariana sentiu um aperto no peito algo muito
maior do que apenas compaixão por aquele homem havia uma conexão que ela não conseguia explicar algo no fundo de sua alma que a fazia querer ajudá-lo mais do que qualquer outra pessoa que já conhecera mas por hora ela se contentou em oferecer um ombro amigo sem ainda entender completamente por Mariana observava atentamente enquanto Antônio segurava as fotos com mãos trêmulas o silêncio entre eles era pesado carregado de significados não ditos o senhor passava os dedos delicadamente pelas bordas desgastadas das imagens Como se quisesse reviver cada momento que elas representavam eles eram tudo para mim começou
Antônio a voz embargada minha esposa Rosália Ah ela era uma mulher forte me apoiava em tudo depois que ela se foi ele parou por um momento as palavras se perdiam em um soluço depois que ela morreu foi como se uma parte de mim tivesse morrido junto e então os meus filhos ele pausou respirando fundo tentando conter as lágrimas que agora molhavam seu rosto envelhecido Mariana ao seu lado sentia um aperto crescente no peito o sofrimento daquele homem era quase palpável a cada palavra era como se ele sangrasse por dentro ainda carregando as cicatrizes de um
passado que o destruíra eles eram tão pequenos continuou Antônio fitando uma das fotos menos de 4 anos como você esquece os rostos dos seus filhos ele riu amargo passando a mão no rosto Eu costumava olhar para eles e imaginar o futuro sabe imaginava que eles seriam grandes que teriam famílias que fariam coisas que eu nunca pude fazer mas eu estraguei tudo tudo Mariana sentiu as lágrimas se acumularem em seus próprios olhos havia algo naquela dor que a tocava de maneira profunda algo que ela não conseguia explicar a história de Antônio a afetava de forma diferente
de qualquer outra história que já ouvira mas você você tentou procurar por eles Mariana perguntou a voz Suave mas carregada de emoção tentei ele deu um leve sorriso triste como se a pergunta fosse inocente demais para o peso que carregava quando afundei na bebida eu perdi tudo meus filhos foram para adoção eu não era mais ninguém só um homem destruído quem iria querer procurar um pai que os abandonou Mariana sentiu um nó na garganta As palavras dele mexiam com algo dentro dela que estava adormecido há muito tempo sua própria história marcada pela adoção começava a
surgir em sua mente ela também fora adotada quando muito pequena e nunca soubera nada sobre seus pais biológicos seus pais adotivos lhe deram uma vida boa cheia de amor e cuidado mas havia sempre uma sensação de vazio uma lacuna que ela nunca soube Como preencher e você nunca nunca tentou descobrir se eles se seus filhos te procuraram insistiu Mariana sentindo uma urgência crescente Mesmo Sem Entender porqu Antonio olhou para o chão sacudindo a cabeça lentamente não mocinha ele falou com uma que parecia vir de um lugar muito profundo depois de tudo o que fiz não
teria como eles quererem me encontrar eu me tornei uma sombra do homem que eu era às vezes me pergunto se eles sequer se lembram de mim ou se para eles sou apenas uma vaga lembrança ou uma mágoa Mariana engoliu em seco e por um instante não soube o que dizer a dor de Antônio parecia tão semelhante àquela sensação de perda e de vazio que ela mesma sentia às vezes as histórias deles de certa forma pareciam se cruzar mesmo que ela ainda não conseguisse entender como mas Antônio você não é só uma sombra ela disse suavemente
colocando uma mão Gentil no braço dele você está aqui e só o fato de você carregar essas fotos mostra que ainda tem esperança esperança de ser encontrado de ser lembrado antnio olhou para ela com os olhos marejados como se as palavras dela tivessem tocado em algo que ele já tinha esquecido ele ficou em silêncio por um momento como se estivesse tentando absorver o que ela havia dito sabe mocinha eu eu nunca contei isso para ninguém essas fotos eu quase as joguei fora tantas vezes porque cada vez que eu olho para elas sinto uma dor insuportável
mas eu nunca consegui me desfazer delas como você disse Talvez seja esperança ou talvez seja culpa não sei dizer não é culpa Antônio mas insistiu agora com mais firmeza você errou sim mas Todos nós erramos e se seus filhos te procuraram e se em algum lugar eles também guardam fotos suas esperando que um dia você apareça sua própria voz falhava um pouco mas havia Sinceridade em cada palavra Antônio Balançou a cabeça como se quisesse acreditar nas palavras dela mas não tivesse forças para isso eles eram tão pequenos repetiu ele com a voz baixa quase um
sussurro Como podem se lembrar de mim foi nesse momento que algo dentro de Mariana pareceu acender seu coração disparou e um pensamento perturbador começou a se formar sua própria história de adoção os pedaços fragmentados de memória que tinha sobre seu passado e agora este homem com seus quatro filhos perdidos ela nunca soubera muito sobre sua família biológica sabia apenas que fora ada com menos de 4 anos e os detalhes sempre foram vagos seus pais adotivos preferiam não falar sobre isso e ela nunca insistiu talvez por medo de desenterrar uma verdade que não sabia se estava
preparada para lidar mas agora agora tudo parecia fazer sentido de uma forma estranha e dolorosa ainda assim ela afastou o pensamento recusando-se a Acreditar no impossível não podia ser o destino não seria tão cruel ou tão Caprichoso não agora não assim Antônio respirou fundo e guardou as fotos de volta na bolsinha como se estivesse encerrando aquela conversa mas algo dentro de Mariana já havia mudado ela não sabia ainda o que fazer com aquele sentimento crescente de conexão Mas sabia que aquela história não terminaria ali ela precisava descobrir mais precisava entender por aquele encontro parecia tanto
com um reencontro Mariana saiu da cafeteria em silêncio seus passos mais lentos do que o habitual o vento frio da tarde parecia não incomodá-la mais a história que acabara de ouvir a envolvia por completo como um véu de lembranças que se formavam e se desfaziam em sua mente enquanto caminhava de volta para casa não conseguia parar de pensar em Antônio e na dor que ele carregava algo naquela história mexia profundamente com ela despertando sentimentos que há muito tempo ela tentava enterrar quando era criança Mariana sempre soube que fora adotada mas seus pais adotivos evitavam falar
sobre o assunto ela fora adotada com menos de 4 anos e sua memória da vida Antes disso era vaga como fragmentos dispersos de um sonho que nunca conseguia Recordar por completo Ela lembrava de fleches rostos borrados risadas distantes e uma sensação de abandono que mesmo após todos esses anos ainda pairava sobre ela como uma sombra ao chegar em casa o ambiente acolhedor do pequeno ento que dividia com sua mãe adotiva a recebeu ela sabia que em algum momento precisaria conversar sobre o que estava sentindo mas a conversa com sua mãe que sempre fora um pilar
de amor e apoio também a deixava inquieta havia algo que sua mãe escondia um pedaço da história que nunca fora revelado mãe Mariana chamou entrando na sala onde sua mãe estava sentada tricotando com um sorriso tranquilo no rosto Oi filha chegou cedo hoje disse sua mãe levantando o olhar calorosa como sempre Mariana se sentou no sofá sentindo o peso das palavras que precisava dizer mas sem saber como começar ficou em silêncio por alguns segundos olhando para o chão antes de finalmente falar mãe você se lembra de quando eu te perguntei sobre minha adoção a pergunta
saiu baixa quase como um sussurro mas carregava uma carga emocional que sua mãe não pôde ignorar ela parou de de tricotar e olhou para Mariana com um olhar carinhoso mas também com uma leve sombra de desconforto nos olhos esse era um assunto que sempre foi tratado com cuidado Claro filha eu lembro respondeu a mãe com um suspiro Suave Foi um momento importante para nós duas Mariana hesitou mas algo dentro dela a empurrava para ir além daquela resposta vaga mãe por que nunca falamos sobre isso de verdade quero dizer sobre os detalhes eu não lembro de
quase nada só tenho alguns flashes pedaços de memórias que não fazem sentido e sempre que pergunto você ela parou tentando encontrar as palavras certas Você parece evitar o assunto a mãe de Mariana abaixou o olhar suas mãos agora Imóveis sobre o tricô não é que eu queira evitar filha é que falar sobre isso me traz algumas lembranças difíceis também mas se você quiser saber eu vou te contar o que sei Mariana se inclinou um pouco para a frente sentindo o peso daquela conversa sua mãe Nunca havia sido tão aberta sobre esse assunto E agora algo
dentro dela estava prestes a ser revelado Quando te Encontrei no orfanato você era só uma menininha loira de olhos castanhos enormes sua mãe sorriu como se estivesse vendo aquela imagem no fundo da sua memória você estava lá há alguns meses mais ou menos nove esperando para ser adotada eu me apaixonei por você no momento em que te vi você parecia tão frágil e sozinha eu senti que precisava cuidar de você te dar o Amor e a proteção que você mereci Mariana ouviu com atenção mas havia algo nas palavras da mãe que ainda soava incompleto ela
respirou fundo e perguntou o que sempre evitara e os meus irmãos a pergunta saiu com um peso que ela mal podia suportar sua mãe ficou em silêncio por um momento e aquele silêncio pareceu durar uma eternidade para Mariana quando finalmente respondeu sua voz era suave mas carregada de dor eu não estava preparada para cuidar deais de uma criança filha ela olhou para Mariana com os olhos marejados quando vi você tão pequena e indefesa eu sabia que poderia te dar o que você precisava mas sim você tinha irmãos eu não sei quantos ao certo mas eu
só podia cuidar de uma criança eu escolhi você a revelação caiu como uma pedra no coração de Mariana por um lado sentiu uma onda de gratidão porque sabia que sua mãe adotiva Sempre lhe dera tudo o que podia amor carinho uma vida cheia de segurança Mas por outro havia uma dor latente uma sensação de rejeição que ela nunca conseguira superar completamente Então eu fui separada deles Mariana perguntou sentindo o peso daquelas palavras sua mãe assentiu os olhos marejados claramente arrependida por nunca ter compartilhado isso antes sim filha Mas eu precisava escolher e eu escolhi você
porque te amei no instante em que te vi eu sei que é difícil de entender e eu lamento se isso te magoa eu tentei fazer o meu melhor mas não podia cuidar de todos Mariana sentiu as lágrimas escorrerem por seu rosto a mistura de amor e tristeza a invadindo ela sabia que sua mãe adotiva a amava profundamente mas a dor de saber que tinha sido separada de seus irmãos e a sensação de abandono que sempre Carregou agora fazia ainda mais sentido eu Mariana tentou falar mas sua voz falhou sua mãe se aproximou e a abraçou
com força Como se quisesse apagar aquela dor com o calor do seu amor filha eu sempre quis te proteger não queria que você carregasse esse fardo eu te amo tanto e se eu soubesse que isso te magoava teria falado antes permaneceu em silêncio por alguns segundos envolta naquele abraço sentia-se dividida por um lado havia o amor que sempre teve por sua mãe adotiva por outro uma ferida que agora parecia maior do que nunca ela não sabia o que pensar mas uma coisa era certa a história de Antônio o sofrimento de ter perdido os filhos a
conexão inexplicável que sentira com ele tudo isso começava a se alinhar em sua mente de uma maneira assustadora seria possível que Mariana afastou o pensamento mas sabia que eventualmente teria que confrontá-lo ela precisava de respostas e mais do que nunca sentia que a história que ouvira de Antônio não era apenas mais uma tragédia distante mas parte de algo muito maior ela sabia que precisava voltar a vê-lo Mariana foi para seu quarto muito pensativa e passou a noite agitada revirando na cama sua mente não conseguia Desc como se as histórias contadas por sua mãe e por
Antônio se misturassem em um quebra-cabeça que faltava peças mas que ela estava determinada a completar a conversa com Antônio havia reavivado Memórias de sua infância que ela nunca conseguiu entender completamente agora com a revelação da mãe sobre os irmãos e a sensação de que algo maior estava por trás daquele encontro Mariana se sentia compelida a ir mais a fundo ao amanhecer ainda cansada pela noite mal dormida ela pegou seu velho caderno de anotações o mesmo onde costumava registrar pensamentos e fragmentos de sonhos que não queria esquecer sentou-se à mesa da cozinha com uma xícara de
café nas mãos e abriu na primeira página em branco respirou fundo e comeou a anotar flashes da infância escreveu no topo da página com a mão um pouco trêmula Ela fechou os olhos por um momento tentando se concentrar sabia que suas lembranças daquele tempo Eram poucas mas havia alguns detalhes que se repetiam em sua mente como um Eco distante Primeiro ela tentou lembrar da mulher que em seus sonhos sempre associava como sendo sua mãe biológica embora os rostos fossem borrados Mariana se lembrava de detalhes sutis coisas que De algum modo permaneceram com ela escreveu ela
era uma mulher baixa usava sempre o cabelo preso em um coque tinha um sorriso acolhedor como se sempre soubesse o que eu precisava sem que eu precisasse falar acho que gostava de se vestir com cores fortes lembro de uma roupa colorida que ela usava tinha um perfume que eu ainda consigo sentir em momentos de nostalgia como se estivesse por perto era gentil e tinha uma risada contagiante essas lembranças curtas eram tudo o que ela tinha e quanto mais tentava se lembrar mais sentia que as peças começavam a se encaixar seria possível que aquela mulher fosse
a esposa de Antônio e se aquela mulher que ela via em seus sonhos fosse de fato sua mãe biológica poderia Antônio ser seu pai a cabeça de Mariana girava a cada pensamento surgia mais confusão mas também uma espéci de esperança uma esperança de que talvez finalmente estivesse prestes a descobrir a verdade sobre sua origem mas faltavam detalhes importantes ela precisava de mais informações Foi então que lembrou-se de algo Antônio nunca mencionara quanto tempo fazia desde que sua esposa havia morrido e seus filhos foram tirados dele esse detalhe poderia ser a chave se o tempo coincidisse
com sua própria história de adoção Então as chances de tudo estar conectado seriam ainda maiores a coincidência seria simplesmente grande demais para ignorar ela pegou o caderno novamente e desta vez começou a listar tudo o que sabia até o momento Antônio perdeu a esposa em um dente não falou há quanto tempo ele tinha quatro filhos eu fui adotada aos 3 anos de idade após 9 meses em um orfanato não sei quantos irmãos tinha mas minha mãe adotiva mencionou que havia outros e se Mariana parou de escrever por um momento sentindo o peso do que estava
prestes a concluir tudo isso poderia realmente ser uma obra do destino ou talvez fosse a evidência que faltava para revelar uma verdade que esteve enterrada por décadas ela se levantou ansiosa e começou a andar pela sala tentando organizar os pensamentos lembrou-se de como desde criança sempre fora atenta aos detalhes nunca deixava passar despercebidas as pequenas coisas ao seu redor E isso a havia ajudado tantas vezes na vida foi essa mesma atenção aos detalhes que a fez notar Antônio naquele dia na cafeteria enquanto tantas outras pessoas passaram por ele Sem dar importância agora ela precisava usar
essa mesma capacidade para juntar os pedaços dessa história que estava emergindo seu olhar Voltou ao caderno onde havia descrito a mulher que acreditava ser sua mãe biológica sentiu um aperto no peito ao pensar que talvez ela tivesse mais irmãos perdidos por aí filhos que Antônio havia mencionado mas dos quais também não tinha mais notícias Mariana sentou-se novamente determinada a organizar tudo que lembrava o próximo passo seria voltar à cafeteria encontrar antnio novamente e fazer as perguntas que ela não teve coragem de fazer antes precisava saber mais sobre ele sobre o tempo que havia se passado
e sobre o que ele sabia de seus filhos se sua história realmente estivesse conectada a dele então aquela seria uma chance de resolver o mistério de sua própria vida antes de sair olhou para a mãe que estava na sala ainda Tentando Manter o semblante Sereno embora Mariana Soubesse que aquela conversa sobre o passado a havia mexido pro profundamente mãe disse ela com um tom suave mas firme eu vou descobrir mais sobre a minha história mas quero que saiba que independente do que eu encontrar você sempre será minha mãe nada vai mudar isso sua mãe sorriu
com os olhos cheios de Lágrimas ela sabia que Mariana precisava buscar essas respostas mesmo que isso trouxesse à tona verdades dolorosas eu sei filha eu só quero que você encontre a paz que está procurando Mariana assentiu sentindo o calor daquele momento e a certeza de que não importa o que descobrisse o amor entre elas nunca seria abalado com o caderno de anotações em mãos e o coração acelerado ela se preparou para voltar à cafeteria sabia que se aquela história estivesse realmente conectada em breve teria a resposta que procurava mas também sabia que com a verdade
viriam emoções que talvez ela não estivesse pronta para enfrentar você está gostando da história até aqui não se esqueça de comentar seu nome e de onde você está assistindo para sabermos onde nossas histórias estão chegando vamos juntos nessa jornada emocionante Mariana saiu da cafeteria com o coração pesado tinha esperança de encontrar Antônio novamente mas quando chegou ao lugar onde o vira pela primeira vez ele simplesmente não estava lá perguntou aos funcionários da cafeteria descrevendo o homem com a bolsinha velha e o semblante triste mas ninguém pare dar muita atenção ah sei lá tem tanto morador
de rua por aí a gente nem repara disse um dos atendentes sem olhar para ela nunca vi moça a gente costuma focar no trabalho não nos outros sabe respondeu outra pessoa dando de ombros Mariana saiu de lá frustrada seu peito apertado pela frieza com que aquelas pessoas tratavam alguém como Antônio Será que ninguém mais vê o valor nas pessoas sren pensava enquanto caminhava pel pelas ruas agora apressada e com o olhar inquieto ela tentou encontrá-lo em outros lugares passou por praças debaixo de Pontes em qualquer canto onde sabia que os moradores de rua costumavam se
abrigar mas nada o sol começava a se p e as ruas iam ficando cada vez mais desertas um frio desconfortável invadia sua pele mas era a frustração que mais a incomodava depois de procurar por horas sem sucesso Mariana perce que a noite estava chegando e que já não era seguro continuar andando sozinha mesmo relutante voltou para casa seu corpo estava exausto mas sua mente não parava assim que entrou pela porta o silêncio da casa parecia amplificar a sua inquietação o cansaço a tomou de assalto mas mesmo assim ela não conseguia relaxar Mariana decidiu tomar um
banho tentando esfriar a cabeça a água quente caía sobre seus ombros mas não levava embora a angústia depois do banho sentou-se à mesa para comer algo mas o prato diante dela parecia insípido Por que tudo tem que ser tão difícil pensou enfiando o garfo sem muita vontade no alimento estava mentalmente Exausta cheia de perguntas sem respostas e agora o sentimento de frustração começava a se misturar com a raiva como ninguém pôde notar Antônio como ninguém se importava eu só queria respostas sussurrou para si mesma com os olhos marejados após comer um pouco levantou-se e quase
mecanicamente ligou a TV Talvez isso me distraia pensou tentando se desconectar por um momento de tudo aquilo que estava vivendo mudou de canal sem prestar muita atenção até que uma notícia no jornal chamou sua atenção no fundo a imagem de uma loja de luxo com seguranças ao redor e uma agitação no local a fez parar o morador de rua foi espancado pelo seguranças de uma loja de Luo na Tarde de hoje ele se recusou a sair do local e foi agredido com violência o homem aparentemente com cerca de 70 anos está em estado debilitado e
precisou ser levado ao hospital o caso gerou revolta entre algumas testemunhas que registraram o momento da agressão dizia a repórter Mariana congelou seu coração começou a bater mais rápido e seu estômago deu um nó ela se inclinou para a frente tentando focar melhor na tela e então viu as imagens a câmera capturava o momento em que um idoso era levado por uma maca seus pertences espalhados no chão a velha bolsinha que ele carregava ela não conseguia acreditar no que estava vendo meu Deus é o Antônio Mariana exclamou levando as mãos à boca incrédula a repórter
continuava a falar sobre o caso explicando que o morador de rua havia sido violentamente expulso por seguranças da loja e que devido ao estado em que se encontrava os paramédicos precisaram agir com rapidez Mariana mal conseguia prestar atenção ao restante da reportagem pois sua mente estava em um turbilhão Antônio havia sido agredido e ninguém ali na cafeteria onde ele ficava todos os dias sequer mencionara isso como ninguém viu como ninguém se importa murmurou para si mesma sentindo a raiva Subir pelo peito era como se o mundo tivesse ficado cego para a dor dos outros Mariana
ficou parada atônita encarando a tela da TV por alguns instantes seu coração disparava de preocupação e culpa ela o procurara durante toda a tarde sem sucesso enquanto ele estava ali sofrendo nas mãos de seguranças brutais e agora ele estava no hospital levantou-se de repente sentindo a necessidade de fazer alguma coisa mas o que ela poderia fazer ele está no hospital eu preciso encontrá-lo pensou seu corpo já se movendo de maneira automática para pegar o telefone e tentar descobrir para onde o haviam levado mas ao mesmo tempo uma avalanche de emoções a atingia com força ela
sabia que Antônio tinha abandonado seus filhos no passado destruído pela perda de sua esposa sabia que ele havia cometido erros graves mas como alguém podia tratá-lo com tanta crueldade como ele agora frágil e envelhecido podia ser visto como nada além de um incômodo Como podem fazer isso com ele Mariana murmurou para si mesma enquanto as lágrimas começavam a brotar em seus olhos e se ele for meu pai mesmo que não seja ele é um ser humano ela se deixou cair no sofá o peito pesado a mente atordoada pela crueldade que acabara de testemunhar uma sensação
de impotência a dominava mas ao mesmo tempo uma decisão começou a se formar em sua mente Eu Preciso ajudá-lo De qualquer forma disse em voz alta enxugando as lágrimas com pressa ligou para o hospital indic no noticiário mas não obtivera informações precisas sobre Antônio eles disseram que não poderiam dar muitos detalhes sem saber o nome completo do paciente e tudo o que ela sabia era que ele era chamado de Antônio o desespero crescia dentro dela mas Mariana Sabia que não podia desistir ela ficou pensando no que mais poderia fazer sentindo um misto de raiva e
tristeza raiva pela maneira como a sociedade tratava pessoas como Antônio mas também tristeza porque no fundo ela sabia que se suas histórias realmente estivessem conectadas aquele homem que fora desprezado e agredido talvez fosse seu próprio pai e se ele for meu pai e eu nunca conseguir falar com ele de novo sussurrou com a voz entrecortada Mariana sentiu uma dor profunda no peito mesmo sem certeza a ideia de perder aquela chance a consumia lembrou-se de todas as vezes em que olhava para as fotos antigas e se perguntava sobre sua origem e agora Talvez a resposta estivesse
tão perto e ao mesmo tempo tão distante ela respirou fundo tentando encontrar forças precisava pensar com calma precisava se recompor e agir enquanto o noticiário ainda ecoava pela sala Mariana fez uma promessa silenciosa a si mesma ela iria encontrar Antônio e se ele realmente fosse seu pai ela o perdoaria não importa o que ele tenha feo no passado não importa o quanto tenha se perdido todos merecem uma segunda chance e naquele momento mais do que nunca Mariana sentiu que essa seria a maior jornada da sua vida no dia seguinte Mariana acordou com o peso da
ansiedade no peito a imagem de Antônio debilitado e sendo levado pela maca ainda ecoava em sua mente como um pesadelo do qual ela não conseguia escapar ela precisava vê-lo precisava entender o que estava acontecendo era como se a resposta para todas as perguntas que a atormentavam estivesse ali naquele homem fragilizado sem pensar duas vezes Mariana Decidiu ir até o hospital que fora mencionado na reportagem vestiu-se rapidamente com a mente tomada por pensamentos confusos e partiu ao chegar a frieza do ambiente a atingiu a recepção era movimentada mas o tratamento que ela recebera ao perguntar por
Antônio Foi no mínimo indiferente eu vim visitar um senhor que foi trazido ontem ele é um morador de rua Mariana começou tentando esconder a atenção na voz a recepcionista a olhou com uma expressão apática A senhora sabe o nome completo dele não ele só me disse que se chamava Antônio Mariana respondeu sentindo a frustração crescer a mulher digitou algo no computador e Balançou a cabeça Olha a gente recebe muitos casos assim se ele for um sem teto ninguém vai dar muita atenção Talvez ele esteja na ala de cuidados paliativos Mas sem o nome completo não
posso te ajudar muito Mariana sentiu o sangue ferver como podiam ser tão frios com alguém que claramente precisava de ajuda ela respirou fundo tentando manter a calma entendo vou tentar procurá-lo por conta própria Obrigada enquanto se afastava da recepção senti um misto de desespero e impotência como poderia encontrar Antônio naquele lugar com tanta indiferença ao seu redor mas foi então enquanto caminhava pelos corredores do hospital que algo inesperado aconteceu ela estava distraída Olhando em Volta quando seus olhos cruzaram com os de um homem que parecia estar vindo em sua direção o encontro de olhares durou
apenas alguns segundos mas o impacto foi imediato Mariana ficou estática como se o tempo tivesse parado por um momento algo naquele homem a fez perder o fôlego Meu Deus esse homem ele me lembra tanto alguém mas espera esse alguém sou eu pensou o coração acelerado a semelhança era impressionante o homem que aparentava estar na casa dos 40 tinha os mesmos olhos castanhos que Mariana via no espelho todos os dias seus traços o formato do rosto até mesmo a maneira como ele parecia desconcertado com o encontro de olhares tudo gritava famili os dois ficaram ali se
olhando por cerca de 40 segundos em um silêncio pesado e carregado de perguntas não ditas Mariana não conseguia entender porque aquele homem parecia tão próximo como se ela o conhecesse de algum lugar que não conseguia lembrar finalmente ela decidiu tomar a iniciativa aproximou-se devagar como se temesse que qualquer movimento mais brusco pudesse quebrar a tensão daquele momento Oi começou Mariana um pouco sem jeito eu me chamo Mariana você está aqui visitando alguém O homem parecia tão surpreso quanto ela ele piscou algumas vezes como se estivesse voltando à realidade e então sorriu um sorriso tenso e
meio hesitante Oi eu sou Vinícius e sim Na verdade estou procurando alguém um senhor chamado Antônio ao ouvir o nome o coração de Mariana deu um salto era muita coincidência não podia ser apenas o acaso Antônio ela repetiu tentando esconder a agitação Eu também também estou procurando por ele ele foi trazido ontem após ela parou tentando não deixar que a emoção transparecesse após ter sido agredido por seguranças Vinícius assentiu o olhar preocupado Sim eu vi a história na TV fiquei comovido queria vê-lo queria ajudá-lo de alguma forma Mariana sentiu um nó na garg as palavras
de Vinícius soavam verdadeiras mas havia algo mais ali algo que ele não estava revelando ela percebeu que assim como ela ele parecia estar em uma busca mais profunda o silêncio entre eles se alongou por alguns segundos até que Mariana impulsionada pela urgência de encontrar Antônio quebrou o silêncio eu também fiquei como vida conheci ele há alguns dias e ele me contou coisas que Mexeram muito comigo sinto que preciso vê-lo entender melhor quem ele é o que aconteceu com ele ela parou olhando diretamente nos olhos de Vinícius Mas sinceramente acho que tem mais nessa história do
que apenas compaixão não é Vinícius desviou o olhar por um breve momento como se estivesse buscando as palavras certas ele parecia lutar com seus próprios pensamentos antes de responder é talvez você esteja certa ele suspirou voltando a encará-la mas eu também não tenho todas as respostas só sei que preciso encontrá-lo tem algo nesse senhor nessa história que ele parou claramente se segurando que parece pessoal mas ainda não sei exatamente o porquê Mariana sentiu um arrepio percorrer Seu corpo era como se ela estivesse prestes a descobrir algo que poderia mudar sua vida mas as peças ainda
não estavam no lugar certo e de alguma forma aquele homem à sua frente parecia parte desse quebra a cabeça bom acho que estamos no mesmo barco então ela tentou sorrir embora estivesse tão confusa quanto ele Talvez juntos possamos descobrir o que está acontecendo Vinícius assentiu com Um meio sorriso mas seus olhos permaneciam sérios como se ele também estivesse carregando um peso invisível sim talvez disse ele mas por enquanto vamos encontrar esse senhor Antônio Quem sabe ele ten as respostas que estamos procurando Mariana concordou sentindo uma estranha conexão com Vinícius como se algo maior estivesse guiando
aquele encontro eles caminharam juntos pelos corredores do hospital em silêncio mas o ar ao redor deles parecia vibrar com atenção de tudo o que ainda estava por vir o que Mariana não sabia e talvez Vinícius também não estivesse pronto para admitir é que aquele homem com quem acabara de cruzar olhares não era apenas mais um desconhecido na vida dela eles estavam est prestes a descobrir que suas histórias estavam mais entrelaçadas do que poderiam imaginar E você o que está achando dessa revir à volta deixe seu nome e de onde está assistindo vamos juntos explorar até
onde essa história vai nos levar parte sete revelações dolorosas Mariana e Vinícius caminharam juntos pelos corredores do hospital a busca por Antônio unindo os dois de uma maneira que nenhum dos dois ainda conseguia com compreender a tensão no ar era palpável enquanto seguiam Começaram a conversar tentando preencher o vazio com palavras as perguntas fluíam naturalmente cada um curioso sobre o outro mas algo ainda pairava sobre eles algo que Mariana sentia mas não conseguia nomear Então você disse que viu a notícia na TV e veio direto para cá perguntou Mariana tentando manter a conversa fluida mas
com um estranho pressentimento Vinícius olhou para a frente pensativo e assentiu levemente sim fiquei comovido com a história e senti que precisava fazer algo ele disse isso com um tom de voz distante como se suas palavras não refletissem todo o peso de seus sentimentos Mariana observou Vinícius com atenção algo não parecia certo o jeito como ele falava como evitava contato visual direto havia algo mais e então algo a atingiu como um raio na TV o nome de Antônio nunca fora mencionado Eles apenas falaram sobre um morador de rua mas Vinícius já sabia o nome dele
ela parou de andar e o encarou sentindo o coração acelerar espera um pouco disse ela sua voz repentinamente mais firme como você sabia o nome dele na TV eles nunca falaram o nome de Antônio Como você sabia que ele se chamava assim Vinícius congelou era evidente que ele não esperava aquela pergunta e o silêncio que seguiu foi carregado de tensão Ele olhou para Mariana claramente desconfortável mas a expressão dela mostrava que não iria desistir me diz a verdade Vinícius o que está acontecendo insistiu Mariana com a voz grave porém controlada Vinícius suspirou profundamente e passou
a mão pelos cabelos como se tentasse ganhar tempo para encontrar as palavras certas finalmente com um olhar sério ele começou a falar hesitante mas decidido há pouco tempo começou a voz baixa uns TRS meses para ser mais exato eu comecei a procurar minha família biológica Mariana franziu o senho surpresa família biológica repetiu o tom de perplexidade Evidente Vinícius assentiu Sim eu também fui adotado como você e ele respirou fundo como se o peso da Verdade o esmagasse eu acredito que esse senhor Antônio seja meu pai as palavras pairaram no ar como uma tempestade prestes a
desabar Mariana ficou paralisada por um momento sem entender completamente o que acabara de ouvir Seu Coração batia descompassado espera o quê murmurou a voz trêmula você você também foi adotado e acha que ele que Antônio é seu pai Vinícius Manteve o olhar firme mas havia dor em seus olhos sim ele disse suavemente quase como um suspiro eu comecei a procurar por minha família biológica há algum tempo e pelas pistas que encontrei tudo aponta para ele eu acho que Antônio é meu pai ele fez uma pausa olhando para Mariana que ainda estava em choque eu não
queria falar sobre isso de imediato mas agora que estamos aqui achei que você deveria saber Mariana deu um passo para trás a mente inundada de pensamentos confusos ela mal conseguia processar o que estava ouvindo isso é muita coisa de uma vez só disse ela tentando encontrar as palavras me explica melhor por favor Como assim você é adotado e como como você chegou a essa conclusão de que ele é seu pai Vinícius respirou fundo tentando se acalmar quando eu era criança eu sabia que tinha uma família não lembro de muita coisa só alguns flashes começou ele
a voz mais controlada agora mas eu sempre soube e que tinha irmãos lembro de ter uma irmãzinha loira e outros dois irmãos mais novos a gente era bem próximos como escadinhas eu sou o mais velho mas aí aconteceu alguma coisa e eu fui parar no orfanato Mariana ficou estática ao ouvir aquelas palavras as lembranças que ele descrevia começavam a se alinhar com as dela e a ideia de que estavam mais conectados do que jamais imaginariam começava a ganhar força uma irmãzinha loira repetiu Mariana sua voz quase um sussurro Vinícius assentiu lentamente os olhos fixos nos
dela sim você está começando a entender não está ele perguntou quase como se estivesse com medo da resposta Mariana com a voz embargada e os olhos já marejados assentiu incapaz de falar por um momento ela olhou para Vinícius com a mesma expressão de incredulidade que tinha quando seus olhares se cruzaram pela primeira vez no hospital a semelhança entre eles agora fazia sentido eu também sou adotada e ela tentou engolir o nó em sua garganta eu sempre soube que tinha irmãos bom pelos eu sentia algo bom eu não sei explicar mas nunca soube quantos só tinha
fleches de uma mulher que eu achava que era minha mãe e o vazio de não saber o que aconteceu os dois se encararam a tensão entre eles crescendo a cada segundo Mariana sentiu as lágrimas rolarem pelo rosto quando finalmente que a verdade a atingisse com força você acha que eu sou sua irmã perguntou ela a voz quebrada pela emoção Vinícius ficou em silêncio por um momento mas seu olhar disse tudo ele assentiu lentamente eu acho que sim disse ele a voz também carregada de emoção quando comecei a procurar por respostas descobri que meus irmãos também
foram adotados mas eu nunca soube Onde vocês foram parar até que ele fez uma pausa os olhos marejados eu vim trabalhar aqui nessa cidade por coincidência era o mesmo lugar onde ficava o orfanato onde eu estive Decidi voltar a investigar consegui informações sobre a minha adoção e entre os documentos havia uma foto uma foto de toda a nossa família Mariana sentiu o peito apertar ainda mais ao ouvir aquelas palavras uma foto perguntou ela com a voz fraca Vinícius assentiu novamente sim e naquela foto meu pai estava segurando uma bolsinha a mesma bolsinha que Antônio carrega
com ele até hoje foi assim que eu o reconheci ele passou a mão pelos cabelos nervoso eu sabia que era ele mas quando o vi não tive coragem de falar com ele havia muita mágoa muito ódio eu eu não sabia como lidar com aquilo Mariana sentiu as lágrimas rolarem livremente agora tudo o que Vinícius estava dizendo fazia sentido ela sempre soube que que tinha irmãos e a imagem daquele homem Antônio com sua dor e arrependimento agora se encaixava de uma maneira dolorosa Vinícius seu irmão ele havia reconhecido o pai antes de ela sequer considerar essa
possibilidade e quando você viu a notícia na TV perguntou Mariana a voz falhando quando eu vi a notícia eu soube que não podia mais ignorar Eu sabia que tinha que vir aqui ver se ele estava bem mesmo que ele hesitou claramente lutando com seus sentimentos mesmo que parte de mim estivesse aliviada por ver que ele estava naquela situação mas logo em seguida eu senti remorso não foi assim que fui criado e no fundo eu queria entender queria perdoar Mariana olhou para Vinícius e naquele momento toda a mágoa toda a dor que ela carregava sobre sua
própria história parecia se entrelaçar com a dele eles eram mais do que dois estranhos que se encontraram por acaso eram irmãos ligados por um passado doloroso e uma família fragmentada e agora juntos teriam que confrontar essa verdade eu eu acho que nós somos mais do que achávamos Vinícius disse Mariana a voz baixa mas carregada de emoção eu acho que você está certo após a revelação emocional entre Mariana e Vinícius os dois decidiram que precisavam ver Antônio imediatamente as respostas a verdade tudo o que procuravam estava naquele homem deitado em algum quarto de hospital debilitado e
fragilizado mas ainda assim o centro de um turbilhão de sentimentos que os consumia caminharam em silêncio pelos corredores do hospital os passos ecoando de maneira pesada como se cada passo os aproximasse mais da Verdade que mal sabiam como Lar finalmente após insistirem por informações conseguiram descobrir onde Antônio estava internado era um quarto pequeno e discreto quase esquecido no final do Corredor ele se entreolharam sem dizer uma palavra e decidiram entrar de forma discreta sem chamar atenção ao abrir a porta Mariana e Vinícius foram tomados por uma visão que lhes apertou o coração Antônio o homem
que ambos suspeitavam ser seu pai estava deitado na cama imóvel com uma expressão de profunda tristeza e fragilidade lemb de ter uma irmãzinha loira e outros dois irmãos mais novos a gente era bem próximos como escadinhas eu sou o mais velho mas aí aconteceu alguma coisa e eu fui parar no orfanato Mariana ficou estática ao ouvir aquelas palavras as lembranças que ele descrevia começavam a se alinhar com as dela e a ideia de que estavam mais conectados do que jamais imaginariam começava a ganhar força uma irmãzinha loira repetiu mar sua voz quase um sussurro Vinícius
assentiu lentamente os olhos fixos nos dela sim você está começando a entender não está ele perguntou quase como se estivesse com medo da resposta Mariana com a voz embargada e os olhos já marejados assentiu incapaz de falar por um momento ela olhou para Vinícius com a mesma expressão de incredulidade que tinha quando seus olhares se cruzaram pela primeira vez no hospital a semelhança entre eles agora fazia sentido Eu também sou adotada e ela tentou engolir o nó em sua garganta eu sempre soube que tinha irmãos bom pelos eu sentia algo bom eu não sei explicar
mas nunca soube quantos só tinha fleches de uma mulher que eu achava que era minha mãe e o vazio de não saber o que aconteceu os dois se encararam a tensão entre eles crescendo a cada segundo Mariana sentiu as lágrimas rolarem pelo rosto quando finalmente permitiu que a verdade a atingisse com força você acha que eu sou sua irmã perguntou ela a voz quebrada pela emoção Vinícius ficou em silêncio por um momento mas seu olhar disse tudo ele assentiu lentamente eu acho que sim disse ele a voz também carregada de emoção quando comecei a procurar
por respostas descobri que meus irmãos também foram adotados mas eu nunca soube Onde vocês foram parar até que ele fez uma pausa os olhos ados eu vim trabalhar aqui nessa cidade por coincidência era o mesmo lugar onde ficava o orfanato onde eu estive Decidi voltar a investigar consegui informações sobre a minha adoção e entre os documentos havia uma foto uma foto de toda a nossa família Mariana sentiu o peito apertar ainda mais ao ouvir aquelas palavras uma foto perguntou ela com a voz fraca Vinícius assentiu novamente sim e naquela foto meu pai estava segurando uma
bolsinha a mesma bolsinha que Antônio carrega com ele até hoje foi assim que eu o reconheci ele passou a mão pelos cabelos nervoso eu sabia que era ele mas quando o vi não tive coragem de falar com ele havia muita mágoa muito ódio eu eu não sabia como lidar com aquilo Mariana sentiu as lágrimas rolarem livremente agora tudo o que Vinícius estava dizendo fazia sentido ela sempre soube que tinha irmãos e a imag daquele homem antnio com sua dor e arrependimento agora se encaixava de uma maneira dolorosa Vinícius seu irmão ele havia reconhecido o pai
antes de ela sequer considerar essa possibilidade e quando você viu a notícia na TV perguntou Mariana a voz falhando quando eu vi a notícia eu soube que não podia mais ignorar Eu sabia que tinha que vir aqui ver se ele estava bem mesmo que ele hesitou claramente lutando com seus sentimentos mesmo que parte de mim estivesse aliviada por ver que ele estava naquela situação mas logo em seguida eu senti remorso não foi assim que fui criado e no fundo eu queria entender queria perdoar Mariana olhou para Vinícius e naquele momento toda a mágoa toda a
dor que ela carregava sobre sua própria história parecia se entrelaçar com a dele eles eram mais do que dois estranhos que se encontraram por acaso eram irmãos ligados por um passado doloroso e uma família fragmentada e agora juntos teriam que confrontar essa verdade eu eu acho que nós somos mais do que achávamos Vinícius disse Mariana a voz baixa mas carregada de emoção eu acho que você está certo após a revelação emocional entre Mariana e Vinícius os dois decidiram que precisavam ver Antônio imediatamente as respostas a verdade tudo que procuravam estava naquele homem deitado em algum
quarto de hospital debilitado e fragilizado mas ainda assim o centro de um turbilhão de sentimentos que os consumia caminharam em silêncio pelos corredores do hospital os passos ecoando de maneira pesada como se cada passo os aproximasse mais da Verdade que mal sabiam como Lar finalmente após insistirem por informações conseguiram descobrir onde Antônio estava internado era um quarto pequeno e discreto quase esquecido no final do Corredor eles se entreolharam sem dizer uma palavra e decidiram entrar de forma discreta sem chamar atenção ao abrir a porta Mariana e Vinícius foram tomados por uma visão que lhes apertou
o coração Antônio o homem que ambos suspeitavam ser seu pai estava deitado na cama imóvel com uma expressão de profunda tristeza e fragilidade sua respiração era pesada o o peito subia e descia lentamente como se cada fôlego fosse uma batalha a velha bolsinha seu único tesouro estava sobre a mesa ao lado da cama tão desgastada quanto o próprio Antônio eles se aproximaram devagar quase temendo o que estava por vir pararam ao lado da cama olhando para o homem que por tantos anos havia sido apenas uma ausência em suas vidas sem dizer uma palavra lágrimas começaram
a escorrer pelo rosto de Mariana enquanto Vinícius olhava fixamente para Antônio sentindo uma mistura de dor e compaixão Mariana sem conter as emoções agarrou o braço de Vinícius e encostou a cabeça em seu ombro ele também emocionalmente abalado a abraçou com força como se naquele gesto estivessem finalmente compartilhando a dor de tantos anos de abandono de Tantas perguntas sem respostas os dois choravam sem conseguir dizer nada apenas sentindo o peso do momento o som dos soluços encheu o quarto e de repente Antônio se mexeu na cama seus olhos cansados e envelhecidos se abriram devagar Ele
olhou ao redor confuso até que seus olhos pousaram em Mariana e Vinícius Um Brilho de reconhecimento passou por ele mas também de incredulidade Antônio tentou falar mas sua voz saiu como um sussurro fraco o que o que está acontecendo perguntou ele sua voz embargada pela surpresa e pelo cansaço Mariana e Vinícius se separaram do abraço ainda enxugando as lágrimas e olharam para Antônio o momento havia chegado Mariana deu um passo à frente com a voz tremendo de emoção Antônio começou ela tentando controlar a respiração nós somos seus filhos as palavras saíram com tanta força que
o quarto pareceu parar no tempo Antônio arregalou os olhos a incredulidade em sua expressão era Evidente Ele olhou para os dois sua tentando processar o que acabara de ouvir filhos repetiu ele com a voz rouca e embargada Vinícius se aproximou tentando manter a calma embora sua própria emoção estivesse à Flor da Pele sim disse ele com a voz firme somos seus filhos Antônio eu sou Vinícius seu filho mais velho e essa Ele olhou para Mariana que estava ao lado dele Essa é Mariana sua filha Ant olhou para os dois os olhos marejados ele par incapaz
de falar como se o peso do que acabara de ouvir fosse esmagador demais Mariana percebendo que ele ainda estava em choque tentou suavizar a revelação nós dois fomos adotados quando ainda éramos crianças começou ela a voz baixa mas cheia de emoção eu fui adotada com TR anos e Vinícius ela parou deixando que ele continuasse eu fui adotado pouco antes de Você completou Vinícius a voz tensa mas nunca soubemos o que acontece com você até agora até essa coincidência nos trazer aqui Antônio começou a soluçar de maneira descontrolada as lágrimas corriam pelo seu rosto envelhecido e
seus ombros tremiam com o peso de tantos anos de dor e arrependimento ele não conseguia encontrar as palavras certas mas tudo o que sentia transbordava em seus soluços meus filhos ele murmurou com a voz quase inaudível me perdoem me perdoem por tudo eu eu os abandonei porque eu não não sabia como viver sem sua mãe eu não soube lidar com a perda dela e por isso perdi vocês eu não fui forte o suficiente eu falei com vocês Antônio soluçava com tanta força que mal conseguia falar as palavras se misturando ao choro descontrolado Vinícius com o
rosto tomado por lágrimas olhou para Mariana que estava igualmente abalada E então se ajoelhou ao lado da da cama de Antônio ele pegou a velha foto que havia conseguido no orfanato a prova de que ele e Mariana eram de fato os filhos daquele homem eu encontrei essa foto disse Vinícius tentando manter a voz estável no orfanato onde nós ficamos e quando eu vi você soube que era você você estava com essa bolsinha a mesma que está aqui ele apontou para a bolsinha sobre a mesa e então mostrou a foto para Antônio os olhos de Antônio
se arregalaram quando ele viu a imagem a emoção o consumiu de uma forma que ele jamais imaginaria com mãos trêmulas ele pegou a foto e olhou fixamente para ela lá estavam ele sua esposa e seus quatro filhos os mesmos filhos que ele perdera há tanto tempo essa essa foto ele murmurou a voz embargada pela emoção é a minha família é a nossa família ele então estendeu a mão trêmula até a bolsinha que estava ao lado da cama abrindo-a com dificuldade de dentro dela tirou uma foto muito parecida mas mais envelhecida Antônio segurou as duas fotos
lado a lado e começou a chorar ainda mais soluçando de forma incontrolável eu eu guardei isso a minha vida inteira disse ele entre soluços porque no fundo eu sempre tive esperança de que um dia de que um dia vocês voltariam para mim mas eu não mereço não mereço perdão pelo que fiz eu os abandonei eu ele se interrompeu incapaz de continuar tomado pela culpa e pelo arrependimento Mariana com os olhos marejados se aproximou mais de Antônio e colocou a mão delicadamente sobre a dele ela olhou nos olhos de seu pai vendo a dor o remorço
e o profundo desejo de Redenção você errou sim disse ela a voz carregada de emoção mas Todos nós erramos e apesar de tudo estamos aqui juntos Mariana se aproximou ainda mais envolvendo Antônio em um abraço terno Vinícius também se aproximou abraçando os dois era um momento de conexão profunda uma mistura de dor amor e perdão o peso de décadas de separação parecia se dissipar naquele instante enquanto os três compartilhavam a dor e o alívio de finalmente estarem juntos Antônio ainda soluçando sussurrou eu eu não sei como agradecer por me darem essa chance eu eu nunca
pensei que teria vocês de volta Vinícius lutando contra as próprias lágrimas disse com a voz embargada estamos aqui agora pai estamos aqui após o emocionante encontro no Hospital Antônio Vinícius e Mariana começaram a reconstruir suas vidas o tempo que passaram juntos nos dias seguintes foi repleto de conversas histórias antigas e memórias que aos poucos ajudaram Antônio a encontrar paz embora sua saúde estivesse fragilizada ele mostrava sinais de melhora como se a presença dos filhos tivesse dado a ele um novo motivo para lutar após alguns dias no hospital Antônio finalmente teve alta embora ainda fraco a
presença dos filhos ao seu lado dava a ele uma força que ele não sentia há anos Mariana e Vinícius estavam determinados a não deixar Antônio voltar para as ruas após dias de conversas emocionantes Mariana sugeriu algo que mudaria ainda mais o rumo da vida deles você não pode voltar para as ruas pai disse ela a palavra pai ainda soando Nova em seus lábios mas com um peso emocional inegável Não mesmo Vinícius completou cruzando os braços e olhando diretamente para Antônio A partir de agora você vai morar comigo minha casa tem espaço e não há mais
razão para você ficar sozinho Antônio olhou para os filhos com os olhos marejados a culpa e o arrependimento ainda estavam presentes mas o amor e o perdão que ele sentia dos filhos eram mais fortes ele Balançou a cabeça em negação mas suas palavras foram interrompidas por soluços eu não mereço isso disse ele a voz embargada vocês já fizeram tanto por mim depois de tudo o que eu fiz eu vivi tanto tempo na rua porque não me perdoava não achava que poderia merecer Algo Além disso Mariana se aproximou segurando a mão dele com delicadeza Pai Você
cometeu erro mas nós estamos aqui agora nós queremos que você faça parte das nossas vidas o passado não podemos mudar mas podemos construir algo novo juntos Antônio abaixou a cabeça incapaz de conter as lágrimas ele nunca imaginou que seria capaz de ouvir essas palavras o perdão que ele tanto almejava mas nunca usou pedir agora estava sendo oferecido por seus próprios filhos vocês ele comeou com a voz fraca tudo o que eu sempre quis mas nunca soube Como pedir eu aceito Mas prometo que vou fazer por merecer Vinícius se aproximou colocando a mão no ombro de
Antônio você não precisa fazer nada só estar aqui é o suficiente eles o levaram para a casa de Vinícius um lugar simples mas acolhedor Mariana ajudou a organizar o quarto para Antônio garantindo que ele tivesse tudo de que precisasse para sua recuperação o Recomeço foi difícil para Antônio mas a cada dia ele se permitia abrir mais o coração para o amor que seus filhos lhe ofereciam aos poucos ele começou a se perdoar a dor do passado ainda existia mas agora havia algo novo Esperança Mariana e Vinícius também sentiam que apesar das cicatrizes emocionais estavam finalmente
encontrando a paz que tanto procuravam algumas semanas após Antônio se mudar para a casa de Vinícius enquanto arrumavam os poucos enses que ele tinha Mariana encontrou algo especial entre os objetos envelhecidos havia um envelope antigo guardado com cuidado Mariana o pegou e ao ver o nome da remetente seu coração disparou era uma carta de sua mãe biológica e isso a deixou intrigada pai o que é isso perguntou Mariana mostrando a carta a Antônio que estava sentado na poltrona Antônio olhou para o envelope com uma mistura de surpresa e nostalgia pegou a carta com as mãos
trêmulas e respirou fundo antes de explicar sua mãe começou ele com a voz baixa ela tinha o hábito de escrever cartas para vocês todos os anos nos aniversários que ela fazia a cada ano nunca me contou muito sobre isso mas entregava as cartas para mim ela dizia que se algo acontecesse com ela as cartas seriam o jeito de vocês sentirem o amor dela Como uma forma de conforto caso ela não estivesse mais por perto Mariana sentiu um nó na garganta ao ouvir aquilo ela olhou para Vinícius que estava ao seu lado igualmente perplexo Antônio continuou
Essa foi a última carta que ela escreveu no último aniversário antes do acidente eu nunca ai ele entregou o envelope a Mariana que abriu com cuidado as palavras da mãe eram cheias de ternura e simplicidade como se estivesse conversando com os filhos de maneira íntima e carinhosa meus queridos filhos Hoje é mais um aniversário e eu não poderia deixar de escrever para vocês como faço todos os anos eu amo vocês mais do que qualquer coisa neste mundo e cada ano que passa vejo como vocês crescem e me fazem sentir a mãe mais feliz do mundo
escrever essas cartas sempre foi uma maneira de deixar um pedacinho do meu coração com vocês caso eu não esteja por perto um dia não se preocupem Isso é apenas meu jeito de garantir que vocês saibam o quantos amo vocês são minha luz minha alegria e cada um de vocês tem um lugar especial no meu coração não importa o que aconteça na vida eu estarei sempre com vocês de alguma forma com todo o meu amor mamãe as lágrimas escorriam pelo rosto de Mariana enquanto ela lia A carta era simples mas carregava um amor profundo ela a
passou para Vinícius que assegurou com cuidado os olhos cheios de emoção ela fazia isso todos os anos perguntou Mariana a voz falhando Antônio assentiu olhando para os filhos com olhos marejados sim todos os anos eu não sabia muito bem por mas agora agora entendo era o jeito dela de garantir que vocês sempre soubessem o quanto eram amados mesmo que eu tenha falhado em protegê-los ela queria que vocês nunca se esquecessem disso Mariana e Vinícius ficaram em silêncio por um momento absorvendo o impacto das palavras da mãe a dor da perda a separação que viveram e
agora o reencontro tudo isso estava envolto no amor que aquela mulher havia deixado em cada uma de suas cartas ela sempre soube como nos fazer sentir amados murmurou Vinícius enxugando as lágrimas sim Mariana respondeu com um sorriso fraco e de alguma forma ela conseguiu fazer isso mesmo agora Antônio emocionado olhou para os filhos e pela primeira vez em muito tempo sentiu sensação de paz o peso que carregava em seus ombros parecia mais leve e a presença dos filhos mesmo após tantos anos de dor o fazia acreditar que a redenção era possível com a carta em
mãos Mariana e Vinícius decidiram que era hora de seguir em frente e continuar a jornada da família eles sabiam que ainda Tinham dois irmãos desaparecidos e agora com o apoio de Antônio estavam mais determinados do que nunca a encontrá-los nós vamos encontrar nossos irmãos pai disse Vinícius com determinação vamos reconstruir essa família tenho certeza que a mamãe ia querer isso Antônio assentiu ainda emocionado eu adoraria isso ele respondeu a voz embargada mas só de ter vocês aqui comigo já me dá uma paz que eu nunca pensei que sentiria de novo Mariana com o coração cheio
de esperança sorriu para o pai e o irmão vamos Honrar essa história e juntos podemos criar novos Capítulos para a nossa família os três sabiam que a Jornada seria longa mas agora pela primeira vez em muitos anos havia esperança e com o amor e o perdão que tinham encontrado estavam prontos para o que viesse a seguir com a saúde de Antônio estabilizada e o vínculo entre eles fortalecido Mariana e Vinícius embarcam na busca pelos irmãos desaparecidos o Amor e a reconciliação que encontraram dão a eles a força necessária para enfrentar essa nova etapa E mesmo
que o caminho seja incerto Eles sabem que agora juntos são invencíveis e assim chegamos ao final dessa história gostou desse desfecho emocionante você pensou em um desfecho diferente deixe nos comentários a sua opinião nos importamos muito com cada comentário e agradecemos a todos com todo o nosso coração não se esqueça de comentar seu nome e de onde está assistindo até a próxima história