o olá o meu nome é valdete severo e essa é uma mini aula sobre necropolítica esse termo é um termo cunhado de forma mais recente pelo autor camaronês aquele bem tem inclusive o livro com esse título não é pro política ele tá falando da política de morte adotada por alguns estados e ele traz vários exemplos históricos de políticas que na verdade são opções feitas que acabam determinando a morte de determinada de uma certa parcela da população daquele estado a gente pensa na história do brasil é tem uma certa imbricação entre os termos necro política e
política genocida e a gente pode lembrar por exemplo da época na colonização em que os portugueses aqui chegaram e simplesmente dizimaram as populações indígenas pelos dados oficiais é a população indígena no país foi reduzido em pelo menos 80 porcento em decorrência da colonização o ou seja houve uma política estatal destinada a fazer morrer a população indígena ou podemos pensar no holocausto vivido durante o século 20 estão exemplos históricos de o que se chama de política genocida o gênero política grande questão é porque esse tema né porque esta palavra volta hoje com tanta frequência no vocabulário
nas falas de políticos de autoridades de cientistas de professores ou seja porque nós começamos a pensar sobre isso no brasil de 2020 claro nós temos uma pandemia acontecendo e essa pandemia determina uma atuação estatal de enfrentamento e quando a gente vai por exemplo que o tcu está investigando o fato de que o governo não aplicou o aplicou apenas um terço do dinheiro que foi versado foi destinado ao combate da academia apenas um texto já foi aplicado já foi o realmente é uma realidade em que nós temos essa doença aportando no brasil em fevereiro em julho
já temos mais de 87 mil pessoas mortas e mais de duas milhões de pessoas infectadas ou quando nós percebemos por exemplo que houve recentemente uma denúncia ao tribunal penal internacional é sobre uma suposta prática de crime de genocídio contra as populações indígenas no país exatamente pela falta de política pública de combate e de prevenção contra a disseminação da corrigir 19 a gente começa a perceber um pouco porque que esse assunto começa a aparecer nos discursos a gente pode pegar outros exemplos também a gente pode pegar o exemplo e que digamos assim já mais histórico na
nossa realidade do fato de haver um direcionamento da ação repressiva do estado esse exemplo que pode ser examinado academicamente porque o estado a prime encarcera por exemplo uma certa parte da população quando a gente pega os números dos encarcerados e das encarceradas no nosso país a gente vê que ali um recorte de classe e de raça muito claro que pode talvez levar o exame de que haja isso em uma política pública orientada a encarcerar e muitas vezes a provocar a morte dessas pessoas porque a gente sabe que presídios superlotados especialmente numa situação de pandemia mas
não só tem condições nenhuma de higiene e de vida mesmo nesses locais pode sim concretamente determinar a morte dessas pessoas num país em que pelo menos é formalmente não a pena de morte em instituída como é o nosso caso ou podemos pensar no exemplo de uma emenda constitucional como a emenda 95 aprovado em dezembro de 2016 e congela gastos com questões sociais por 20 anos a 2019 representou uma redução de investimento na área da saúde extremamente importante e que certamente acaba dificultando qualquer atitude do estado no sentido de prevenir e combater o contágio da com
2019 o mesmo de tratar as pessoas já infectadas portanto vejam só quando nós estamos falando de necropolítica ou quando falamos de política genocida que o outro termo que tenha aparecido em alguns discursos e que evoca geralmente a memória do holocausto ocorrido no século 20 mas que na verdade está tratando mais ou menos do mesmo temos uma outra perspectiva que é o tema de políticas públicas orientadas a concretamente determinar a morte de uma parcela específica da população de um estado nós começamos a perceber que na verdade é esse essa esse retorno essa necessidade de falar o
assunto está identificando um certo sintomas o sintoma dessa percepção de que não estamos vivendo a normalidade e de que a gestão pública no nosso caso hoje especialmente a gestão pública em relação a pandemia da convite 19 está deixando concretamente uma parcela da população brasileira com seus corpos expostos ao adoecimento ea morte é portanto um assunto que precisa realmente ser debatido com seriedade nos âmbitos acadêmicos na na perspectiva social porque afinal de contas se nós identificarmos que isso realmente está acontecendo é preciso discutir o porquê e atitudes para evitar que siga acontecendo não podemos esquecer que
nós temos o brasil uma constituição que mesmo tempo limite nem falhas traz uma questão muito importante um pacto nerd solidarismo que saber identificado nos primeiro a constituição e lá nós nos propomos a ser uma sociedade que erradica miséria e reduzir as desigualdades sociais se a gente olha finais 2019 a gente vê que existe um número muito expressivo de famílias brasileiras vivendo sem saneamento básico e água encanada e que existe também uma parcela importante da população que vive do trabalho sendo é sobrevivendo com valores absolutamente insuficientes de acordo com o próprio deese insuficiente para a manutenção
da vida com um mínimo de dignidade se isso é ruim e determina o adoecimento ea morte inclusive por doença que já deviam ter sido erradicadas como é o caso da dengue e outras doenças que vêm vitimando muitas pessoas no brasil se isso já é realidade mesmo sem a pandemia vocês imaginem então diante de uma nova doença como essa que embora nada faça em alguns corpos é provoca a morte de forma muito veloz e em outras pessoas e a gente ainda não sabe exatamente quais são as pessoas que não podem se encontrar com essa doença porque
isso será para elas fatal nós temos algumas indicações de grupos de risco mas veja a realidade concreta que tem muita gente falecendo no brasil mesmo sem ser de grupo de risco por ter sido contagiada com a corrigir 19 então nessa idade do planeta torna-se ainda mais importante fazer a discussão pública se afinal de contas como nosso estado está enfrentando essa questão esse a aqui uma orientação para permitir que um determinado grupo de pessoas se tornem mais exposto e assim acabe sendo fatalmente vitimado por uma poderia que poderia ser conversa de outro modo ou se estão
sendo adotadas políticas públicas de prevenção e precaução contra a disseminação da doença e a a sua consequência mais drástica que a morte então fica aqui a dica desse é né pro política do autor camaronês aquele dengue e o aprofundamento dessa discussão tão importante para que a gente consiga refletir sobre a realidade do nosso país e sobre qual é a nossa função inclusive na alteração dessa realidade na concretização daquele projeto social que tá lá na constituição de 88 e