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uma boa tarde a todas e todos antes de iniciar a palestra temos algumas orientações importantes este evento é transmitido pelo YouTube e conta com adicional de qualificação para tanto solicitamos que registrem suas presenças por meio da lista virtual acessível por meio do link inserido na descrição do evento e também lançado no chat perguntas deverão ser realizadas no chat do YouTube e serão encaminhadas à palestrante que responderá questões oportunamente a partir de agora damos início à palestra o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná recepciona a todas e todos no nosso canal do YouTube com o tema introdução
ao letramento racial ministrada pela mestre em direito político pela Universidade Federal de Minas Gerais e nossa colega Sabrina de Paula Braga agradecemos a presença das autoridades que compõem a do evento o Excelentíssimo Senhor Desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura presidente do TR Paraná o Dr Thiago Paiva dos Santos que é membro da corte e diretor executivo da nossa escola judiciária eleitoral o Dr Valcir MB que é diretor geral do TRE Paraná o Dr Josmar ambos que é secretário da presidência do TRE paran nosso colega servidor gilan Roberto servad que é coordenador executivo da escola judiciária
Eleitoral do Paraná e neste momento para dar as suas boas-vindas à palestrante Sabrina de Paula Braga e a todos os demais servidoras e servidores do TRE que nos acompanham anunciamos o uso da palavra pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura Boa tarde a todas e a todos ente Saúdo a professora Sabrina de Paula Braga e às organizadoras e aos organizadores bem como ao público com muita honra que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná recebe a palestra introdução ao letramento racial para que possamos nos conscientizar e discutir o conceito de raça de Mito da
democracia racial de de racismo estrutural e de colorismo a revista Exame realizou em 2022 uma pesquisa em que se constatou que 84% dos brasileiros perceberam a existência do racismo estrutural no Brasil mas apenas 4% se consideram preconceituosos nessa linha também foi realizada outra pesquisa pelo Observatório das desigualdades Comissão da Fundação João Pinheiro vinculada à secretaria de estado de planejamento e gestão de Minas Gerais essa pesquisa se constatou que 93% dos entrevistados defendem que a luta contra o racismo é uma luta de todas e de todos mas ainda não há clareza na população sobre o caráter
estrutural do Fenômeno na sociedade brasileira assim é exatamente nesta linha que o Tribunal Regional Eleitoral cumpre a sua função social de conscientizar as servidoras e aos servidores às magistradas aos magistrados às colaboradoras aos colaboradores para que aprendam a identificar e a compreender o fenômeno do racismo no entanto O resultado deste evento se estenderá além dos nossos quadros funcionais uma vez que também formaremos multiplicadoras multiplicadores que levarão às pessoas de seu convívio a prevenção contra a discriminação e o preconceito contra pessoas negras parabéns a escola judiciária eleitoral por essa iniciativa agradecemos mais uma vez a professora
Sabrina por compartilhar conosco os seus conhecimentos e a todos vocês pela participação uma boa palestra a todos e a todas Muito obrigado Presidente Nós também gostaríamos de consignar e agradecer a presença dos membros da corte Dr Rodrigo Otávio Rodrigues Gomes do Amaral e Dr José Rodrigo sad que também acompanham este evento Então Muito obrigado pela presença aos excelentíssimos senhores membros da corte e agora temos a honra de anunciar o uso da palavra pelo Dr Thiago Paiva dos Santos diretores executivo da escola judiciária Eleitoral do Paraná Dr Thiago por favor Boa tarde a todos os participantes
uma uma honra estar aqui tratando deste tema que sempre tão atual que trata do combate ao racismo letramento racial é um conceito muito potente ele provoca uma reflexão e vai nos ensinar a ter um posicionamento estratégico e teórico para o combate ao racismo nós aqui no TR Paraná recentemente amos um termo de adesão ao pacto Nacional do Judiciário pela Equidade racial é um compromisso do CNJ para que os tribunais estejam engajados no combate ao racismo este evento é uma consequência do seminário para inclusão racial na política que nós tivemos no tribunal no dia 21 de
Março uma data muito significativa muito simbólica e agora temos um curso mais específico para os servidores magistrados advogados e todo em geral que queira participar com a Dra Sabrina Braga que tem sido uma referência em todo o Brasil no trato deste tema que como eu disse é tão caro para nós todos muito obrigado D Sabrina por compartilhar conosco aqui a sua experiência todo seu conhecimento Muito obrigado também senhor presidente Dr Valcir pelo todo o apoio que a administração tem dado para todas as iniciativas da escola judiciária eleitoral nós que já fizemos curso para advocacia iniciante
fizemos no balanço das eleições fizemos seminário para a igualdade racial fizemos também eh uma jornada de Direito Eleitoral E tantas outras iniciativas para capacitação de magistrados e servidores numa expectativa de que 100% do orçamento e das da programação da escola judiciária seja executada para este ano de 2023 então fica aqui o nosso agradecimento e o reconhecimento da administração do tribunal por todo o apoio que tem nos concedido Desejo a todos um bom curso e muito obrigado mais uma vez a professora Sabrina por compartilhar conosco essa tarde muito obrigado Dr Thiago pelas palavras e agora nós
também solicitamos ao Dr Valcir MB diretor geral TR Paraná que dê suas boas-vindas aos servidores que acompanham este evento com um tema extremamente importante e em vogga atualmente né Por favor Dr valci obrigado mcio boa tarde a todos e todas senhor presidente de Moura satisfação estar participando nesse evento com o senhor Dr Thiago é o diretor da da eg e membro da corte satisfação tá contigo também Dr Rodrigo Amaral membro da corte participando Dr sad rgo sad também presente Josmar nosso secretário presidência também tá aqui com a gente gilan servat que é o coordenador da
eg uma satisfação e seja bem-vinda Dora Sabrina nesse evento já tive a oportunidade de conversar contigo no no dia 21 de Março né e e isso e vai trazer o conhecimento para nós servidores do ter é muito bom e Agradeço também a presença de todos os servidores aqui presentes que estão aqui no YouTube aqui no no no Zoom mas vai trazer conhecimento pra gente muita coisa a gente não não sabe exatamente como como como se comportar como se se dirigir as pessoas né eas vezes a gente comete erros sem ter esse conhecimento que você vai
trazer pra gente e vai nos ajudar muito muito obrigado um bom curso a todos obrigado muito obrigado Dr Valcir e d Sabrina a gente embora em muitos eventos a gente esteja Abrindo mão do currículo eu acho que é uma deferência a sua presença ainda que virtual né Mas a senhora esteve há pouco conosco aqui também no TRE Paraná então nós gostaríamos de ler aqui brevemente para que todos os servidores e servidoras tenham conhecimento do seu vasto currículo tá então a senhora por favor me conceda a licença né de ler antes do início da sua palestra
então a Dra Sabrina de Paula Braga ela é mestra em direito político pela Universidade Federal de Minas Gerais é graduada em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais assistente de pesquisa da escola judiciária Eleitoral do TSE integrante da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e político associada da visibilidade feminina conteudista da eeg de Minas Gerais coordenadora do eixo participação de grupos minorizados da capacitação Nacional das eges é integrante da comissão de promoção de igualdade racial no âmbito da Justiça Eleitoral integrante do Conselho consultivo da Transparência electoral com o tema de hoje buscaremos identificar e compreender o
fenômeno do racismo com a finalidade de atuar de maneira comprometida com a sua eliminação e o combate da violência política contra pessoas negras dout Sabrina Muito obrigado pela sua presença e pela disponibilidade estamos ansiosos para ouvi-la Boa tarde a todas e a todos eu vou começar fazendo a minha audiodescrição eu sou uma mulher negra eh de cor preta tenho cabelos grisalhos e cacheados estou usando um palitó branco e estou usando um um colar Dourado em formato de Búzios né e com esses os trago aqui junto comigo todas as minhas ancestrais que viveram e morreram para
que eu estivesse aqui hoje ocupando esse lugar quero agradecer imensamente ao convite do TRE Paraná eu ouso dizer que é é um um tribunal que está à frente de tantos outros né é uma é uma esse curso que tá acontecendo aqui hoje eh não não não vi acontecer em outros tribunais né Realmente eh inovador né Por parte do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná e assim agradeço ao Desembargador eh Coimbra de Moura presidente do Tribunal pelo convite na pessoa de quem cumprimento também os demais juízes membros eh agradeço imensamente a Dr Thiago diretor da eg pela
paciência porque já era para esse curso isso ter acontecido né presencialmente mas infelizmente eu tive uma indisposição muito forte quando estive em Curitiba e não pude né oferecer o curso de forma presencial Dr Thiago muito obrigada pelo convite eh agradecer ao gilan servat né coordenador executivo da eg também pelo convite por todo o apoio e na pessoa do gilan cumprimento todas as servidoras e servidores do Paraná tenho eh uma relação de amizade e carinho com com algumas servidoras e servidores e e estendo essa amizade e carinho a todas e todos os demais que estão aqui
conosco hoje então Eh bom Paraná voltei né voltei agora agora esse curso sai eh hoje nós vamos tratar de eh alguns conceitos básicos né Vamos falar aqui no módulo introdutório começando pelo básico e o que que seria aí esse básico em termos de letramento racial bom que é o racismo né É uma pergunta que muitas pessoas se fazem né e é importante respondermos essa pergunta para que a gente possa conseguir ter fundamento para responder outras comportamentos né então vamos lá a gente tem eh um decreto que é o decreto 10.932 de 10 de janeiro de
2022 e esse decreto ele promulgou a convenção interamericana contra o racismo a discriminação racial e formas correlatas de intolerância né ele foi foi firmado pelo Brasil eh o a a convenção foi firmada pelo Brasil em 5 de junho de 2013 e o decreto foi promulgado então eh 9 anos depois em 2022 o decreto né assim como a convenção interamericana contra o racismo fala sobre o que é o racismo Então vamos ver aqui bom eu coloquei aqui o conceito e desculpa já peço desculpa para vocês né Por t esse tanto de letrinha pequenininha aqui mas era
importante colocar esse conceito eu quis muito colocar esse conceito aqui nesses slides porque penso que esses slides Ao serem eh disponibilizados no Moodle para servidores e servidores que estão que estão inscritos no curso depois vocês podem ler de novo podem guardar isso e como eh o Dr valci disse muito bem esse conhecimento depois pode ser compartilhado no cartor eleitoral na secretaria em que você trabalha né Você pode usar aí recorrer aos slides para buscar algum conceito então por isso já Peço desculpas pelos slides com letras pequenas mas vamos lá racismo consiste em qualquer eh a
desculpa gente racismo consiste em qualquer doutrina eh ideologia ou conjunto de ideias que enunciam um vínculo causal entre as carterísticas fenotípicas ou genotípicas de indivíduos ou grupos e seus traços intelectuais culturais e de personalidade inclusive o falso conceito de superioridade racial o racismo ocasiona desigualdades raciais e ocasiona também a noção de que as relações discriminatórias entre grupos são moral ou cientificamente justificadas durante algum tempo e a gente vai ver em alguns módulos paraa frente o racismo foi cientificamente justificado que é chamado de racismo científico então Eh políticas de estado no Brasil foram baseadas nesse racismo
científico é algo que veremos nos próximos módulos mas eh toda a teoria doutrina ideologia e conjunto de ideias racistas descritas Nesse artigo são cientificamente falsas então vejam que eh houve uma preocupação de reforçar que esse racismo científico é falso e que essas doutrinas são falsas e não só falsas como moralmente censuráveis socialmente injustas e contrárias aos princípios fundamentais do direito internacional perturbando então a paz e a Segurança Internacional sendo dessa maneira condenadas pelos Estados partes aí eu trago aqui eh uma diferenciação que o professor Silvio Almeida faz entre racismo preconceito e discriminação racial eu gosto
de trazer eh o currículo do professor Silvio Almeida e vocês vão perguntar mas por que colocar um currículo tão grande desse aqui vejam nós temos aí uma naturalização de que pessoas negras tem menos conhecimento estudaram menos né talvez não são tão aptas a ocuparem postos né ou locais de poder né de autoconhecimento então vejam aí o currículo do professor Silvio Almeida que eu vou ler aqui rapidamente Doutor em Direito eh pelo departamento de Filosofia e teoria geral de Direito da Faculdade de Direito da USP mestre em Direito político e econômico pela faculdade mackenzi baixarel em
direito pela Faculdade mackenzi graduada em filosofia pela Faculdade de Filosofia letras e ciências humanas da USP concluiu pós-doutoramento pela faculdade de direito e da Universidade de São Paulo da USP e ele foi Melon visiting professor do Center for Latin American and Caribbean studies a CL da Universidade Duke nos Estados Unidos no ano de 2020 ele também deu aula na universidade de Colúmbia inclusive ele estava em Colúmbia quando foi convidado a ser eh Ministro de direitos humanos Então vamos ver o que que o professor Silvio Almeida fala sobre essa diferença entre racismo preconceito e discriminação racial
segundo o professor Silvio Almeida o preconceito é entendido como a definição de um conceito ou pressuposição sobre determinada pessoa ou grupo então por exemplo ah os negros são violentos existe uma pressuposição ou um conceito né às vezes cunhado falsamente é como científico né de que negros são mais violentos e a discriminação racial Qual que é a diferença a discriminação racial é entendida como dar um tratamento diferenciado para uma pessoa ou um grupo de pessoas em razão da sua raça né Por exemplo proibir uma pessoa negra ou indígena de frequentar um determinado espaço E aí professor
Silvio Almeida entende o racismo como uma forma sistemática de discriminação por meio de práticas conscientes ou inconscientes que resultam em desvantagens a determinado grupo racial Então nesse sentido o racismo vai englobar é o o preconceito a discriminação mas também relações sociais relações políticas relações jurídicas relações econômicas que vão desfavorecer uma pessoa ou um grupo por conta de sua raça então vejam o racismo é uma política de opressão Tá certo vamos seguindo então outro conceito que é é bem importante a gente trazer porque as pessoas fazem um pouco de confusão é o conceito de branquitude às
vezes pessoas brancas leem textos eh assistem vídeos abordando eh ou ou mencionando o termo branquitude e se sentem extremamente ofendidos né ah eh esse essa pessoa tá falando de um jeito como se ela me odiasse assim mas vejam gente a gente precisa diferenciar pessoa branca de branquitude E é isso que a gente vai entender nos próximos slides a branquitude é uma racialidade construída sistor como uma ficção de superioridade que produz e legitima a violência racial contra grupos sociais não brancos e beneficia os brancos dando a ele dando a eles privilégios materiais e simbólicos Então veja
a gente tá falando aqui de uma construção social e de uma construção histórica de uma suposta superioridade que a gente já sabe que é uma ficção o mundo eu tô eu tô esse trecho aqui eu trouxe inclusive da obra da ala weinerman que é professora da Universidade Federal de Santa Catarina Ela fala ela tem muitos livros eh e muitos artigos científicos sobre racismo e sobre questões ligadas a racismo então vejam que essas esses dois trechos que eu trago aqui são eh produção intelectual da professora Lia Weiner schuchman a professora Lia ela fala também que o
mundo é todo feito para o branco se sentir representado como se ele fosse o padrão universal de humanidade como se quem tivesse raça fosse o negro ou o indígena e os brancos fossem genéricos e segundo a professora Lia isso é um privilégio muito muito grande vejam historicamente vamos falar aqui de Brasil historicamente os colonizadores chegaram aqui né E se depararam com pessoas diversas tanto aqui como no continente africano partir de Então os colonizadores se entendendo como o padrão universal de humanidade racializar aquelas pessoas como pessoas negras ou como índios no caso do Brasil e vejam
eu estou usando o termo índio e quero né frisar aqui que esse termo é errôneo não é assim que a gente deve se dirigir aos povos originários ou que a gente deve denominar os povos originários mas estou usando um termo que é usado ou que foi usado de maneira errônea pelo colonizador Então veja um colonizador chega aqui ele se coloca como eh pertencente a um padrão universal de humanidade né um padrão universal de Universal e superior de inteligência e de beleza né e racialização eh pessoas negras e pessoas indígenas como o outro né como se
só a pessoa negra ou a pessoa indígena tivesse uma raça a pessoa branca não tem raça ela é neutra né então quando a gente tá falando de branquitude a gente tá falando justamente de localizar essas pessoas ou esse grupo de pessoas que até então estava sendo considerado como o neutro que não tem raça o que não é racializado então vamos seguir aqui a professora Ionara Magalhães ela aponta o seguinte que a branquitude se revela como um sistema político do pensamento social um fenômeno ideológico pautado na colonização Como eu disse agora a pouco racialização do outro
e negação do racismo ela se fundamenta na compreensão do Branco enquanto sujeito racialização a surgir os primeiros textos científicos localizando esse grupo até então tido como neutro nesse lugar chamado branquitude é que surge o termo branquitude então vejam surge esse termo branquitude localizando pessoas até Então tidas como neutras ali dentro daquele espectro racializar ali dentro daquele grupo uma camadas e camadas de privilégios dos Quais pessoas racializadas como negras ou racializadas como indígenas não dispõe E aí eu peço licença de novo para trazer aqui para vocês o currículo da professora Ionara Magalhães né Eh vocês vão
ver aí no decorrer do curso não só na aula de hoje mas como nas próximas aulas também como eu já expliquei eu vou fazer questão de trazer aqui e pontuar o currículo de pessoas negras porque eu acho isso muito importante a professora elara Magalhães é pedagoga e fisioterapeuta especialista em estudos étnicos e raciais e em preceptoria no SUS mestra e dout em saúde coletiva fazendo o doutorado sandwich na University of the Western Cape Cape Town África do Sul professora adjunta da Universidade Federal do recôncavo da Bahia coordenadora de políticas afirmativas da Universidade Federal do recôncavo
da Bahia pesquisadora do núcleo interdisciplinar de estudos sobre desigualdades em saúde membra do comitê técnico Estadual de Saúde da população negra do grupo de trabalho racismo e saúde da Associação Brasileira de saúde coletiva e do do Observatório de políticas afirmativas da fona prace ela desenvolve pesquisas na área de saúde de grupos populacionais específicos e epidemiologia das desigualdades sociais em saúde Esse é o currículo da professora Ionara Magalhães Então veja gente branquitude é uma posição em que sujeitos que a ocupam foram sistematicamente privilegiados No que diz respeito ao acesso a recursos materiais e recursos simbólicos Então
vamos falar um pouquinho sobre privilégio pessoas identificadas como brancas compartilham características e símbolos que conferem essas pessoas vantagens sociais que são denominadas privilégios O Privilégio ele não significa necessariamente uma ausência de dificuldades não não estamos falando sobre isso privilégio significa que mesmo enfrentando outras dificuldades pessoas brancas ocupam uma posição social de superioridade em relação aos demais grupos raciais muitas vezes eh Essa questão aí de ausência ou presença de dificuldades para tentar justificar a não existência ou que não deveriam existir políticas afirmativas como cotas raciais então muita gente Ah mas eu também tive dificuldade ah mas
os meus pais também tiveram que trabalhar muito e suar muito porque houve uma construção social que foi introjetada na nossa sociedade na nossa estrutura e no Imaginário das pessoas de que pessoas brancas são mais honestas de que pessoas brancas cometem menos crimes então por isso é até de alguma forma natural ou ou ou melhor foi naturalizado pela nossa sociedade pelo nosso estado e pela nossa estrutura que eh pessoas aceitem melhor a presença de pessoas brancas trabalhando em suas casas do que de pessoas negras então vejam nós não estamos falando aqui que não existe dificuldade para
pessoas brancas existe mas pessoas negras são atravessadas por outros outras formas de opressão né além Vamos colocar aqui de uma opressão de Classe A gente tem também a opressão da raça e o fato de que muitas pessoas negras não são aceitas em determinados espaços ainda hoje nós estamos em 2023 e isso continua acontecendo mas vamos continuar falando sobre privilégio eu trouxe aqui alguns exemplos de Privilégio [Música] branco de correr na rua sem medo de ser abordada ou abordado por uma ou um policial Esse é um privilégio branco eu posso trazer aqui eh relatos eh digamos
assim pessoais porque são relatos eh de primos né dos meus primos que os meus primos eles podem estar assim dependendo de uma de correr na rua para sobreviver eles vão continuar andando devagar porque se eles estiverem correndo na rua fatalmente eles serão abordados por uma policial ou por um policial eh outro privilégio branco é não correr o risco de ser identificada ou identificado como criminoso só pela cor da sua pele Eu imagino que vocês já tenham visto aí eh reportagens sobre isso em que se faz um retrato falado de uma uma pessoa criminosa e aí
a pessoa que tá dando as características fala que é um homem negro imediatamente qualquer pessoa negra passa a ser suspeita qualquer homem negro passa a ser suspeito porque não existe uma individualização da pessoa negra como tem em relação à pessoa branca um outro exemplo de Privilégio Branco poder sair de casa com um telefone caro sem precisar levar a nota fiscal ou não precisar se preocupar em estar com a nota fiscal em mãos quando está saindo de uma loja ou quando está saindo do supermercado se tiver pessoas negras hoje aqui assistindo essa aula eh eu tenho
certeza que já aconteceu com alguém e se tiver acontecido por favor contem lá no chat porque eu quero saber né Uma vez eu tava conversando com uma pessoa em Brasília e aí eh a gente né comentando sobre essa coisa do que é ser negro no Brasil que é ser negra no Brasil né E essa pessoa tava me contando assim que ele sempre pede o cupom fiscal SA o que a pessoa que pedia cupom fiscal mas ele não pede o cupom fiscal para garantir que aquele estabelecimento vai recolher os impostos adequadamente não Vejam as outras pessoas
que frequentam ess supermercado também pedem fiscal quer dizer não pedem não as outras pessoas que frequentam mercado recebe o pão fiscal mas falam pra pessoa do caixa que pode jogar fora e ele disse eu nunca deixo jogar o cupom fiscal fora porque eu tenho medo de na saída alguém me parar para perguntar se eu realmente comprei aquilo ali eu preciso do cupom fiscal Para comprovar Então são coisas muito simples mas que demonstram o que é ser pessoa negra no Brasil há uma ou duas semanas ATR atrás a gente teve o caso de uma mulher que
estava sendo basicamente perseguida pelo segurança dentro do supermercado foi quando ela decidiu então voltar só usando roupas íntimas para fazer a compra fez daquilo um ato de protesto Afinal de contas se o segurança tava achando que ela podia tentar roubar alguma coisa e colocar na roupa usando só as roupas íntimas ela não tinha ela não teria onde esconder alguma coisa que ela tivesse roubado então assim esses pequenos fatos vão dando os contornos do que é ser branco do do que é ser negro no Brasil e desses privilégios que esse sistema chamado branquitude mantém tenta manter
infelizmente ainda a todo custo outro exemplo de Privilégio branco não não precisar se preocupar se o seu cabelo ou a cor da sua pele vão te impedir de conseguir um trabalho né Isso é isso existe e é muito forte dentro da comunidade Negra acomete homens e acomete principalmente mulheres né mulheres muitas vezes se vem impedidas de usar suas tranças ou de manter seu cabelo crespo porque que aquilo pode te atrapalhar a conseguir um trabalho ou pode te atrapalhar a permanecer naquele trabalho porque às vezes o o o código ali estético de determinadas empresas não permite
que você use o seu cabelo da forma como ele é outro exemplo de Privilégio Branco quando você assiste a um filme e na maioria das vezes se vê esteticamente representado naquele filme a gente vai falar um pouco sobre isso na aula de fragilidade branca que é um dos módulos do nosso curso que houve assim uma comoção muito grande quando foi lançado o filme Pantera Negra né o o primeiro volume porque basicamente só tinha atores negros no filme né E todos ocupando ali esse espaço de protagon ismo algumas pessoas negras se sentiram extremamente ofendidas né e
vieram alegar que tava acontecendo racismo reverso vamos falar sobre esse assunto também tava acontecendo racismo reverso que é um absurdo quase não ter brancos no filme mas Vejam Só agora a indústria cinematográfica está nos dando né a nós pessoas negras a oportunidade de assistir obras em que um não estamos numa posição de subalternidade e dois somos a maioria do elenco até então se tinha muita gente no elenco é porque tava retratando uma questão histórica geralmente ligada à escravização e geralmente com pessoas negras ocupando esse lugar da subalternidade que não é um lugar originariamente ocupado por
pessoas negras muitas das pessoas negras que vieram para América escravizadas eram pessoas que ocupavam autos poost em seus países em seus locais de origem não vamos nem falar de países né porque essa divisão de África como nós conhecemos hoje não existia na época do tráfico negreiro né inclusive Reis rainhas pessoas eh nobres que foram escravizadas e comercializadas e trazidas pro [Música] Brasil e aí eu trouxe aqui três exemplos emblemáticos de reportagens que demonstram eh por um um lado o privilégio branco e por outro lado o que que o racismo pode causar na nossa sociedade pode
causar não pode causar Como de fato causa nós temos aqui a foto do ator Michael B Jordan e eu acredito que muita gente conhece Michael B Jordan se não conhece por favor vão consultar no Google um ator maravilhoso tanto no aspecto quanto em qualidade de atuação né Michael B Jordan ele foi protagonista eh do filme Pantera Negra também protagonista do filme Creed e de Outros tantos né E aí o que que acontece o Michael B Jordan apareceu como suspeito de uma chacina no Ceará isso causou um rebolo enorme né porque só comprovou que o Esse
sistema de reconhecimento fotográfico contribui para o racismo no Brasil né como eu disse alguns slides atrás eh existe uma generalização né é um homem negro que participou da Jacina E aí mostra uma foto do Michael B Jordan Ah foi esse aí ó Foi esse aí que eu vi lá com arma na mão Todo Mundo Foi esse aí que tomou minha bolsa foi esse aí que entrou no meu estabelecimento e roubou as pessoas não conseguem diferenciar corpos negros pelas suas eh minúcias e diferenças né quantas vezes as pessoas já disseram que eu sou parecido com Marielle
não gente eu não sou parecido com Marielle eh existe essa tendência natural da nossa sociedade estruturalmente racista de colocar corpos negros assim como se fossem todos iguais e nós não somos iguais temos características muito diversas né outra outra reportagem também que eu trago e que né traz um fato que já aconteceu algum algum tempo de quando o menino negro Estava na calçada na Oscar Freire na calçada da loja animal em São Paulo e a uma pessoa que trabalhava na loja expulsou o menino da calçada mandou que o menino atravessasse a rua porque ele não poderia
estar naquele lugar Eis que esse menino é filho de um homem branco né inclusive eh um homem estrangeiro isso na na época causou um reboliço muito grande né porque os pais desse menino foram a justiça buscar reparação né reparação de uma empresa que em outras oportunidades também já teve práticas e racistas gordofóbicas né porque aqui a gente tá falando de uma de um grupo que tem várias marcas outras marcas se Será que existe racismo reverso essa pergunta ela tá muito relacionada com o que a gente acabou de falar branquitude eh homogeneização de de Corpos negros
racismo estrutural existe toda uma uma relação uma correlação em relação a isso é uma pergunta que é feita com frequência inclusive é uma pergunta que foi feita na prova aberta do concurso e para ingresso no ministério público de Minas Gerais E aí essa pergunta causou um rebol imenso porque muita gente ficou revoltado de ter que responder se existe ou não racismo reverso e mais ainda quem respondeu que não existia né provavelmente a resposta foi considerada ada e enfim é uma é uma pergunta ela vem à tona geralmente aí início do ano quando o Brasil todo
está envolvido em assistir um determinado Real Show numa determinada rede de TV esse Real Show coloca num ambiente ali eh entre as aspas controlado todos esses conflitos raciais e sempre vem à tona essa do racismo reverso Então vamos lá vamos tentar responder essa pergunta com o mantra no final vamos relembrar então o racismo é um sistema de opressão então para existir o racismo Tem que existir uma relação de poder que vai culminar em vantagens econômicas sociais e políticas para um determinado grupo então vejam bem racismo relação de poder vantagens econômicas sociais e políticas para determinado
grupo tá bem lincado com aquele conceito que a gente falou lá de branquitude aí eu quis trazer pra gente avaliar hoje alguns exemplos de como esse sistema de opressão foi devidamente legalizado no Brasil como que o estado brasileiro foi construído em cima de uma base legal opressora uma base legal que coloca pessoas negras numa posição de não ter acesso a meios econômicos a poder a educação a trabalho e privilegia pessoas racializadas como brancas a gente vai ver um pouco mais sobre isso quando a gente estudar mais à frente o módulo que trata do mito da
democracia racial no Brasil como que esse mito foi construído legalmente e cientificamente né falei aqui rapidamente sobre o racismo científico Mas vamos aqui trazer algumas leis que basearam legalmente essa estrutura que a gente conhece aí como estado brasileiro o estado brasileiro em 1837 proibiu que pessoas negras frequentassem escolas ainda que fossem pessoas negras Libertas então 1837 pessoas negras não puderam frequentar a escola logo não foram alfabetizadas vou vou vou vou pular um pouquinho à frente logo não puderam votar porque as servidoras e servidores aqui da Justiça Eleitoral que estão conosco hoje vão lembrar muito bem
que pessoas analfabetas não podiam votar até a Constituição de 88 então vejam se as pessoas negras eram proibidas de frequentar a escola elas não sabiam ler e escrever logo não podiam votar logo eram alijadas do sistema de representação política né porque eles não tinham como eh eh votar e é o primeiro passo da participação política então ok 1800 37 check na primeira lei aí que legalizou esse sistema de opressão que nós temos no Brasil Ainda temos em 18 de Setembro de 1850 o estado brasileiro aprovou a lei Eusébio de Queiroz que colocou fim ao tráfico
negreiro mas no mesmo dia também foi aprovada a Lei de Terras e vejam Nada disso gente é coincidência nada não existe coincidência dentro dessa desse desse dentro dessa desse sistema de decisões deliberadas do estado brasileiro para colocar pessoas negras nesse lugar de opressão de serem oprimidas Então veja lá Lei Eusébio de Queiroz pôs fim ao tráfico negreiro no mesmo dia foi aprovada a Lei de Terras e essa lei de terras restringia a aquisição de terras por meio de uso capião ao passo que autorizava o governo a custear a vinda de colonos europeus ao Brasil dificultando
sobre maneira que pessoas negras fossem proprietárias de terras isso tudo gente já era um preparo por parte do governo brasileiro do estado brasileiro para o momento inevitável em que não se poderia mais fazer uso de mão deobra escravizada no Brasil a pressão já era grande já tinha uma pressão forte da Inglaterra outros países todos praticamente já haviam eh abolido né esse sistema econômico de escravização o tráfico negreiro já estava proibido no Brasil mas a gente sabe que ele continuou eh Aliás o comércio de pessoas escravizadas estava proibida mas a gente sabe que o tráfico continuou
inclusive eh gostaria de sugerir aqui quem gosta de Podcast procurar no Spotify tem esse podcast chamado eh projeto Querino e esse podcast traz aí esmiuça toda a história que envolve a questão do negro no Brasil e a questão da escravização e no podcast projeto Querino Eu tava escutando outro dia e vi que um dos principais e expoentes do tráfico negreiro eh foi que ofereceu a casa dele para que fosse Morada da família real quando chegou o Brasil gente a casa dele era aquele Museu que que eu acho que é Museu da República não não sei
se é Museu da República eu esqueci agora o nome do museu que infelizmente eh foi incendiado no Rio de Janeiro há um tempo atrás queele Museu gente é um é um pcio esse homem Ele simplesmente era era dono desse Palácio e ele pôde oferecer essa casa esse humilde palácio para a família real qu chegou no Brasil então vejam como como era eh eh rentável a comercialização de pessoas escravizadas mas vamos voltar aqui vamos fazer um apanhado 1837 proibição dos negros frequentarem as escolas 1850 a aprovação da Lei de Terras que restringia a aquisição de terras
em relação às pessoas negras e autorizava o governo a costear a vinda de colônias europeus ao Brasil e isso estava dentro do projeto do estado brasileiro de embranquecer a população brasileira era um objetivo muito eh explícito do estado brasileiro embranquecer a população brasileira muitos historiadores falam que tudo isso está bastante ligado à Revolução haitiana a elite brasileira tinha muito medo de que acontecesse aqui o que estava acontecendo o que havia acontecido no Haiti então o governo brasileiro o estado brasileiro né deliberou Por trazer mais pessoas brancas pro Brasil embranquecer a população e existem informações de
que pesquisas né que indicam que foram trazidos de África para cá 4 mil 800.000 pessoas escravizadas então vejam nós tínhamos aí esse contingente que veio mais as pessoas negras eh filhos das pessoas escravizadas que nasceram no Brasil então era uma política para eliminar essas pessoas e para que o estado brasileiro fosse um estado de pessoas brancas eh superiores intelectualmente bondosas por natureza honestas por natureza belas por natureza para que isso acontecesse O que que a gente tinha que fazer a gente tinha que negar direitos para as pessoas que não estivessem ali dentro daquele grupo né
e detentor de privilégios que é o que nos falamos há pouco sobre a branquitude Então vamos lá as leis Não Param por aqui não tem mais temos o decreto 847 de 11 de outubro de 1890 o então Código Penal né esse código penal trouxe no seu arcabouço um capítulo inteiramente dedicado aos vadios e Capoeiras o Código Penal então definiu como crime eh deixar de exercitar profissão Ofício ou qualquer Mister em que ganha a vida não possuindo meio de subsistência e domicílio certo em que habite Deixa eu só tomar um pouquinho de água aqui outro crime
definido pelo então Código Penal fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal conhecidos pela denominação capoeiragem então vejam eh não ter profissão não ter trabalho e não ter meio de subsistência e não ter domicílio certo era crime no Brasil foi definido como crime no Brasil pelo código penal da época código de 1890 usar eh fazer uso de uma manifestação cultural e que ao mesmo tempo era uma forma de defesa eh que é a capoeira em ruas e praças públicas também passou a ser definido como crime Então vamos tentar ligar os pontos
gente eu vou voltar aqui vou você não pode estudar Você não pode ter Terra Você também não pode votar E aí você não pode estudar não pode ser proprietário de terras nós estamos falando de um país basicamente economia basicamente eh agrária né o agropecuário você não pode estudar Você não pode ter terras e se você também não tiver profissão ou Ofício você é uma pessoa criminosa e se você eh praticar algo que está totalmente ali eh relacionado com a sua cultura e com a sua cultura ancestral também é crime não vou nem falar aqui de
praticar eh religiões de matriz africana né que também não era considerado como [Música] adequado então gente considerando que após a promulgação da Lei Áurea um enorme contingente de pessoas que até então eram escravizadas né vão para a zona urbana em busca de melhores condições de vida né Essas pessoas que não sabiam ler não podiam aprend não podiam frequentar escola N N é nem saber ler e escrever né não podiam adquirir Nenhuma forma de conhecimento ali acadêmico né não podiam possuir terras são eh libertados pela lei áurea entre muitas aspas E com isso se vem obrigados
a Ir pra zona urbana para buscar melhores condições de vida né considerando que a gente tem um estado que incentiva né Eh que esse preterimento da mão de obra dos ex-escravizados em favor da mão de obra de migrantes né como eu disse uma das estratégias de embranquecimento da população brasileira então com isso várias pessoas negras foram consideradas criminosas pela prática de vadiagem e da capoeira né Eu acho que dá pra gente fazer aí esse esse Elo de ligação muito explícito né entre essas legislações e esses fatos que eu trago aqui para vocês que são fatos
históricos e notórios qualquer pesquisa simples vocês vão conseguir descobrir então gente concluindo diante dessa inexistência de um sistema de opressão direcionado a pessoas racializadas como brancas no Brasil não existe racismo reverso porque o racismo reverso ele tá ligado à existência de um sistema de opressão se não existe um sistema de opressão no Brasil e sou capaz de dizer que no mundo direcionado a pessoas racializadas como brancas não existe racismo reverso gente E aí eu trouxe aqui então um mantra Zinho para vocês repetirem comigo vocês podem repetir mentalmente aí quem tá assistindo pelo YouTube Quem tá
em casa quem tá no cartório Quem tá na secretaria se não quiser falar alto PR os outros colegas escutarem não precisa falar não mas repitam mentalmente comigo racismo reverso não existe racismo reverso não existe racismo reverso não existe quando vocês estiverem no carro hoje voltando para casa vão repetir nesse mantra que o racismo reverso não existe e vocês podem usar aí os slides e podem consultar o site do projeto geledes para o que tem várias informações eh e vários argumentos né que comprovam que o racismo reverso não existe eu queria muito ter compartilhado aqui com
vocês alguns vídeos que eu separei fiz uma curadoria são três vídeos e um deles é um vídeo de um comediante americano em que ele que ele fala né faz piada em relação essa criação né chamada racismo reverso né Essa essa esse mito essa mitologia chamada racismo reverso né E que ele fala eh não o racismo reverso Pode existir sim mas para isso primeira coisa que a gente tem que fazer construir uma máquina do tempo constrói-se uma máquina do tempo a gente entra nessa máquina do tempo e volta pelo menos uns 400 anos atrás 450 anos
atrás voltamos então a 450 anos atrás pessoas negras invadem o território eh europeu pessoas africanas invadem o território europeu né chegam lá com navios enfiam pessoas racializadas como brancas né dentro desses navios como se fossem mercadoria todo mundo empilhadinho assim e eh traz essas pessoas de navio para a África e para a América ali começa a explorar a mão de obra dessas pessoas diz que o cabelo daquelas pessoas é horroroso diz que aquelas pessoas são menos inteligentes são menos honestas são menos confiáveis que são feias inclusive diz que a que as crenças religiosas daquelas pessoas
são totalmente equivocadas fazem com que essas pessoas de fato acreditem isso aí então nós temos o racismo reverso e aí né você faz uma piada em relação à aquela pessoa que é branca e que foi trazida naquele navio e que foi escravizada e que e fez se acreditar que ela era que ela valia menos que ela era menos humana por conta disso aí então existiria o racismo reverso como essa máquina do tempo ainda não foi criada como não podemos voltar no tempo para mudar essa perspectiva de opressão eu continuo pedindo a vocês que repitam comigo
o mantra racismo reverso não existe E aí gente eu acho que eu assim consegui dar essa aula em tempo recorde até porque outras coisas estavam planejadas aí nesse intervalo que seriam vídeos que eu ia mostrar para vocês e então eu já posso apresentar as cenas dos próximos capítulos Desse nosso curso para deixar aí um gostinho de que mais para quem é do do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná e conseguiu se inscrever no curso né para quem não é do TRE do Paraná e apenas tá assistindo hoje essa nossa aula no YouTube vai ficar com o
gostinho aí de não poder né Eh assistir a cenas dos próximos capítulos que são os próximos modulos que nós vamos oferecer no mudo né então vou mostrar para vocês aí um pouquinho a gente ainda vai falar sobre racismo como conceito político vamos falar sobre o Mito da democracia racial vamos falar sobre o racismo estrutural e trazer o conceito apresentado pelo professor Silvio Almeida vamos falar de lugar de fala que é também um um conceito que é o usado de uma maneira muito equivocada achei importante trazer um módulo só sobre isso vamos falar sobre fragilidade branca
e vamos falar sobre duas questões que estão intimamente ligadas à nossa atuação enquanto servidoras e servidores magistradas e magistrados da Justiça Eleitoral que é o colorismo e a afr conveniência esse módulo Inclusive a gente vai vai fazer ao vivo e por que que colorismo e afr conveniência estão tão ligados ao nosso trabalho enquanto servidoras servidores magistradas e magistrados porque a gente tem aí a questão da autodeclaração né Eh racial e ela vem impactando muito eh a questão do financiamento de campanha então a gente né temos aí eh parece que o w criou uma espécie de
banca de hétero identificação e submeteu a essa banca as imagens das pessoas que se declararam pardas e que foram eleitas essa banca do Wall então afirmou que muitas dessas pessoas não são racializadas como negras no Brasil como pardas né E aqui vou abrir um parênteses para uma questão bem importante que deixa dúvida vejam nós temos um grupo chamado pessoas negras dentro desse grupo Quem compõe esse grupo são pessoas pretas e pessoas pardas então uma pessoa que se autodeclara como parda ela é uma pessoa negra uma pessoa que se autodeclara como preta ela é uma pessoa
negra e aí é importante a gente compreender Que raça é um conceito político eu tô dando spoiler aqui da aula tá gente que no Brasil nós temos o que chamamos de preconceito de marca e não preconceito de origem o que que isso significa significa que diferente dos Estados Unidos em que cada gota importa se a pessoa tiver uma gota de sangue negro ela vai ser considerada Negra aqui no Brasil você vai ser considerado negro pela sua marca pelo seu fenótipo pelas suas características e quanto mais as suas características se são estão correlacionadas com aspectos negroides
mais forte você vai sofrer opressão racial Mas eu não quero dar muito spoiler dessa aula não porque é uma aula importante é uma aula bem interessante ela vai ser ao vivo eu vou trazer todos esses conceitos de preconceito de marca preconceito de origem a afr conveniência e e como que isso tá relacionado com o nosso trabalho né E com essas avaliações que vão ser feitas Quais são as possibilidades em relação às eleições de 2024 né enfim e aí eh a gente claro vai ter aí Eu imagino que tem perguntas no chat mas antes de responder
essas perguntas eu queria só deixar aqui uma frase do Malcolm ma né quando ele diz que ele tá se referindo aqui ao Governo dos Estados Unidos mas eu acho que a gente pode trazer isso paraa nossa realidade aqui no Brasil né esse governo eu eu trocaria a palavra governo em relação ao Brasil por estado mas o que Malcom Max diz é esse governo falhou com o negro essa chamada democracia falhou com o negro e foi o que aconteceu no estado brasileiro o estado brasileiro falhou com as pessoas negras e a nossa democracia ainda falha com
pessoas negras bom eu vou passar a palavra para você Domício pois não Doutora nós estávamos comentando aqui se a senhora estava tinha recebido os comentários do do chat né se já teve mas caso não a gente Repassa aqui tem algumas informações bem interessantes dos dos participantes senhora quer que eu faça aqui a mediação tá tá sem áudio vocês escreveram aqui no chat do do do zoom né Isso tá eu vou eu vou só colocar a última a última parte aqui do meu compartilhamento com e meus eh minhas redes sociais e tudo para quem quiser continuar
essa conversa lá no Instagram ou no Linkedin ou né a gente conversa de repente até troca e-mail enfim e vou parar o compartilhamento aqui para eu ler o chat então Então vamos lá ou alguém já tá né falando aqui Ah vocês estão passando os comentários estão passando sim gente ai gente alguns comentários são assim eu tô né Roberta gresta Obrigada Roberta por est assistindo a gente tá aqui com a gente hoje eh ela pede eh ela pede para repetir né o trecho Inicial sobre o ilgio parece que travou né quando eu disse a meus pais
também tiveram dificuldade sobre esse argumento das pessoas brancas vou responder então V vou voltar então Roberta eh o José Cruz Jose né não sei se é Jose ou José ou a Jose não sei Desculpa aí se eu tiver lido errado só saio com nota fiscal na mão já fui abordada inúmeras vezes ex amente eh eu especialmente se tivesse um filho adolescente não deixaria hipótese alguma que meu filho saísse na rua sem nota fiscal da bicicleta se for uma bicicleta cara do celular se foi um celular caro eventualmente até de tênis né já aconteceu várias vezes
com pessoas da minha família e acontece toda hora né gente eh ontem Roberta gressa colocou aqui também que ontem mais uma mulher negra intimidada em aeroporto para soltar o cabelo levada pela Polícia Federal sem explicações eh e exigiram o celular dela porque ela usava tranças e estava de coque né porque realmente quando a gente usa o cabelo trançado a gente vai fazer o coque fica um coque enorme na cabeça né E aí vem eh a questão da né do do da apropriação cultural né de uma mulher usar uma Muler Negra usar tranças e uma Muler
Branca usar tranças né tranças São vou falar um pouquinho sobre isso aqui gente porque vou falar especificamente das Tranças E também porque não do turbante tranças e turbante são símbolos de resistência né Deixa eu só ligar minha bateria aqui são símbolos de resistência da cultura Negra e e estão intimamente ligados a questões eh espirituais religiosas tradições dos povos negros e nós por séculos fomos eh impedidas né ou nos disseram que nossas tranças eram feias que nosso turbante era feio então quando a gente fala de apropria a cultural a gente fala justamente disso de eh pega-se
um símbolo familiar religioso cultural inclusive símbolo de poder em alguns povos né símbolo de Realeza para alguns povos negros pega-se isso coloca-se isso como uma coisa negativa quando é usada por pessoas negras e aí de repente põe-se isso como algo de moda [Música] comercializa-los que é obrigada pela Polícia Federal a soltar as tranças a soltar o coque né e a Celma Obrigada Celma pela sua participação Obrigada Roberta pela participação não tô esquecendo que eu tenho que voltar lá no privilégio Branco vou falar de novo mas a Celma fala aqui sim sou parda de pele mais
clara mas já me aconteceu para os não brancos temos sempre que comprovar que podemos estar nos lugares que os brancos acham que é só para eles é o que a gente vai falar lá no no módulo sobre colorismo e afren é que é o seguinte eh o colorismo e a afren e aliás tirar a afron veniência dessa dessa conta o colorismo e a mestiçagem né isso Isso tudo foi mais uma técnica mais uma tática é mais uma forma de manifestação de opressão contra pessoas negras porque vejam pessoas pessoas lidas como pardas pessoas racializadas como pardas
elas vão elas conseguem e eh digamos assim acender economicamente até socialmente mas elas só vão chegar até determinado lugar daquele lugar ali para cima ela não vai ser eh não vai ser permitida a presença daquela pessoa lá então foi como eu disse quanto mais características negroides uma pessoa tiver mais forte ela vai sofrer essa opressão racial no Brasil mas isso não significa que pessoas pardas não sofrem esse tipo de opressão tanto é E aí vou dar um spoiler de novo sobre essa questão do racismo como conceito político e sociológico e não biológico tanto é que
muitas vezes uma pessoa lida como branca no Brasil vai sofrer racismo em países da Europa e a pessoa não vai entender nada fala gente como assim eu sou branca eu sou branco esse povo tá sendo racista comigo sim porque lá você é lido como Latino Você é lida lido ou lida como pessoa Latina Então você vai sofre racismo lá também o Leonardo fala que já passei por diversas situações constrangedoras desde acompanhamento em supermercado ap piadas com meu cabelo e abordagens de fuzil na porta da minha casa pela polícia do Rio de Janeiro vejam gente abordagem
de fuzil na porta da minha casa porque nem dentro da sua própria casa você tá livre de sofrer racismo das instituições né do estado brasileiro e aí Roberta gresta repetiu o mantra fez questão de colocar o mantra no chat racismo reverso não existe né e e foi dito aqui que as inscrições do curso serão abertas na próxima semana já tem gente querendo assistir os próximos capítulos Desse nosso curso fico muito feliz então e Ana Paula tá falando aqui que serão 40 vagas viu gente corre lá para inscrever quando abrir a inscrição do curso a Celma
fala aqui obrigada Celma pelo carinho ah queria ver mais adorei a introdução eh parabenizou né a e pela iniciativa o Raniere parabenizou a eg pela iniciativa Roberta de novo Obrigada Roberta e Jose Belíssima aula Parabéns professora Obrigada Jose Alexandre peterman fala Vale lembrar sobre a história do primeiro Deputado Negro do Brasil Deputado Monteiro Lopes que quase foi degolado pela comissão de verificação de poderes para não tomar posse no ano de 1909 Obrigada Alexandre por trazer esse trecho aí da nossa história a Roberta grça tá parabenizando o terre do Paraná pela iniciativa iniciativa inovadora inclusive é
importante ressaltar isso poucos tribunais ofereceram esse esse essa capacitação poucos tribunais eh regionais eleitorais inclusive e o ter do Paraná realmente tá de parabéns então deixa eu só voltar aqui no que a Roberta pediu para falar de novo sobre a questão do privilégio né eu vou compartilhar a tela aqui outra vez Deixa eu voltar lá eu achei que eu falei pouco mas até que não foi muito pouco não porque já são quase 3 horas né Já são 3 horas Então tá vamos lá recapitulando a branquitude é uma posição em que sujeitos que a ocupam foram
sistematicamente privilegiados No que diz respeito ao acesso recursos materiais e simbólicos então vamos falar sobre privilégio pessoas identificadas como brancas compartilham características e símbolos que lhes conferem vantagens sociais denominadas privilégios pele branca o cabelo liso o olho claro vai conferir vantagens a determinadas pessoas né então isso que é muito importante que eu acho que é isso que a Roberto pediu para repetir para enfatizar é que o privilégio não significa ausência de dificuldades gente existem dificuldades existem pessoas brancas que né que vão dizer hoje ah mas os meus pais passaram fome os meus pais Lutaram muito
para que eu chegasse até aqui para que eu frequentasse a universidade para que eu pudesse ir a escola etc essas dificuldades né Elas não vão tirar ou não vão desfazer uma estrutura de Privilégio que existe e que é desfrutada por pessoas que são racializadas como brancas no Brasil o privilégio significa que mesmo enfrentando outras dificuldades né muitas vezes dificuldades de classe pessoas brancas ocupa uma posição social de superioridade em relação aos demais grupos sociais eu vou trazer aqui um outro exemplo que vai também eh que casa um Pou que linca um pouquinho com a questão
do racismo reverso que é aquela frase assim ai mas eu sofri muito preconceito na escola porque os meus colegas me chamavam de leite azedo Veja realmente eh você a pessoa que foi chamada de leite azedo na escola passou por uma situação ruim né passou por por uma situação em que a sua estima sua autoestima foi afetada por aquela fala mas entenda não existe um sistema de opressão que vai fazer com que você corra o risco de ser preso quando tá com um celular caro sem nota fiscal ou que você tenha que soltar seu cabelo cansado
o que você não consiga um trabalho o que você tem que alisar o seu cabelo para conseguir um trabalho porque você foi chamada ou chamado de leite azedo na escola muito pelo contrário existe sim um sistema no Brasil que vai conferir a você pessoa que foi chamada O Chamado de leite azedo na escola vantagens em relação a pessoas que são racializadas como pessoas negras e como pessoas indígenas é importante a gente também trazer aqui a questão do indígena no Brasil né E aí eh eu não sei se essa parte A Roberta não viu também né
ou se foi prejudicado aí na hora que caiu porque eu não tô sabendo a hora que caiu nós trazemos então outros exemplos de Privilégio branco né pode correr na rua sem medo de ser abordado por uma policial ou por um policial não corre o risco de ser identificado como criminoso só pela cor da pele pode sair de casa com um telefone caro sem precisar levar nota fiscal pode usar um tênis caro sem precisar nota fiscal não precisa se preocupar se o seu cabelo ou a cor da sua pele vão te pedir de conseguir um trabalho
pode levantar e guardar sua mochila com notebook dentro do compartimento de bagagem do avião sem ter medo de ser retirado de dentro do avião pela Polícia Federal né quando assiste um filme na maioria das vezes se vê esteticamente representado naquele filme porque a maioria do elenco daquele filme e de da maioria dos filmes é composto por pessoas brancas Os filmes são dirigidos por pessoas brancas né a a técnica do filme é toda executada por pessoas brancas enfim Esse é o privilégio branco que tá intimamente ligado a questão da branquitude né branquitude como um sistema ou
branquitude como também eh né como eu disse eh uma mudança e podemos dizer assim um um giro epidemiológico que coloca eh pessoas brancas também como racializadas localizam as pessoas brancas como pessoas que compõe um grupo racial sim né porque Ser branco não é o neutro normal Ser branco é um é é estar racializado e está racializado dentro de um grupo de pessoas que desfruta de privilégios mesmo tendo aí eh sendo afetado por questão de classe né vamos lembrar pessoas negras sofrem mais de um tipo de opressão podem sofrer mais de um tipo de de opressão
opressão de classe e opressão de raça O que que significa eu Sabrina mulher negra eh servidora pública federal eu não tenho eu não vou sofrer eh uma opressão digamos assim de classe né eu tenho estabilidade no meu trabalho né tenho um salário Digno recebo um salário igual às minhas pares e aos meus pares Mas em compensação por exemplo se eu usasse um black power Será que eu poderia eh estar no meu ambiente de trabalho usando um black power Eu já fui chefe de cartório fui chefe de cartório até o ano de 2022 e aí será
que se alguém pedisse para falar com a chefe de cartório e aparecesse uma mulher negra usando seu black power ou usando o seu turbante ou usando sua as tranças em coque Será que eu seria eh reconhecida como chefe de cartório ou será que a pessoa ia falar assim Ah não então eu prefiro conversar com o juiz ou com a juíza eleitoral é sobre isso que a gente tá falando é sobre sofrer mais de um tipo de opressão Bom eu acho que que que ficou aí ficou legal agora né Roberta Depois me conta se você ainda
tiver assistindo né Tem mais mensagem deixa eu ver aqui ah Roberta agradece uhum Jéssica Cunha palestra sensacional muito obrigada Sabrina Obrigada Jéssica eh a CMA agradece a do Paraná por nos deixar ver essa introdução não conhecia a professora Sabrina agora já sou fã Obrigada Selma obrigada agora vocês já sabem aí já tem os meus contatos minhas redes sociais a gente para quem não vai poder né participar desse curso aí da eg do Paraná a gente tem a possibilidade de continuar essas conversas nas redes etc Domício vou vou voltar a palavra para você obrigado D Sabrina
eh queria só informá-la que além do chat nós temos obviamente grupos né internos de servidores Então os elogios também não se resumem apenas ao chat do canal do YouTube tá Doutora Sandrina depois a gente repassa pra senhora né Então realmente o pessoal gostou muito do tema tem temas que são realmente marcantes né e e um conteúdo como a senhora bem falou para algumas pessoas parece tão distante da realidade mas estão próximos né de todos nós de alguma maneira dout Sabrina nós passamos então a uma fase de agradecimentos eu vou iniciar então passando a palavra ao
gilam servat que é o coorden coordenador da escola judiciária aqui do TR Paraná né ele ainda não fez menção não agradeceu ainda a sua presença então por favor gilan vou deixar a palavra com você PR seus agradecimentos eu acho que bastaria aqui fazer o mantra né né racismo reverso não existe eu estava conversando com a Sabrina desde de manhã né conversamos também aqui na antala né mais de uma oportunidade de agradecer e é uma satisfação imensa que esse momento é realmente de gratidão nós estamos nesse desdobramento daquele da magnitude do evento que foi o nosso
seminário eh trazer de volta né aquela atmosfera potente que foi criado naquele dia a os temas enfrentados aqui eles são ásperos né são soco no estômago e e tem que ser mesmo mas é o muito bacana disso é que você consegue trazer com uma docilidade com uma presença muito forte mas com um Carisma muito gostoso né então torna isso tudo ainda muito mais potente eh eu tentei colocar no no no no chat ali também a indicação Então acho que vou reforçar do podcast projeto Querino então quando eu não estiver entonando esse mantar estarei ouvindo esse
podcast tenho certeza deve ser muito interessante Muito obrigado obrigado gilan pelas palavras agora eu com muita honra anuncio a as palavras e despedidas aqui do nosso Presidente O desembargador Coimbra de Moura por favor Presidente eh professora Sabrina eu fiquei com água na boca eu queria muito mais É uma pena que o tempo é exíguo eu não consegui tirar os olhos aqui da linha porque é sempre bom ter o conhecimento e o conhecimento realmente nos nos transforma o Tribunal Regional Eleitoral é o tribunal da Cidadania e desde que assumi aqui todos nós sabemos nós sempre buscamos
eh a inclusão fos em direção a indígenas Caiçaras quilombolas aos jovens aos idosos e todos aqueles que efetivamente nós temos contas a prestar e Eu Estive conversando com com o cidadão 92 anos numa casa de longa permanência onde nós colocamos algumas urnas eletrônicas facilitando a o exercício ao direito de voto ele me asseverou olha nós somos todos iguais e essa é a grande verdade mas nós não podemos ficar só na teoria nós temos que executar colocar em prática é por isso que dizem que a a democracia ela realmente se aperfeiçoa quando o verdadeiro protagonista é
o cidadão é isso que nós procuramos pouco importa as diferenças os credos as culturas não nós temos que efetivamente nos dar as mãos para construir um construir um país melhor então meu muito obrigado professora Sabrina a o Tribunal Regional Eleitoral aqui do Paraná eh fica muito feliz e tenha certeza que aqui é a sua casa Muito obrigado Presidente pelas palavras carinhosas né em breve teremos a Dra Sabrina conosco né mais esse curso Então aí a gente já não precisa nem divulgar mais Doutora Sabrina viu vai vai faltar vaga e 40 vagas serão muito pouco né
será muito pouco e bom agora desfecho para para o desfecho aqui nós vamos passar a palavra ao Dr Thiago Paiva que é o diretor executivo da eg realizou inclusive esse projeto então Dr Thiago por favor suas palavras finais aqui a d Sabrina Obrigado mich Muito obrigado Sabrina que espetáculo que foi a sua apresentação e o sucesso disso são os servidores que acompanharam com uma grande audiência participando efetivamente no chat aqui no YouTube que acompanhei eh lendo mensagem por mensagem foi muito expressiva a participação também do nosso presidente dos membros da corte eu não havia feito
menção ao Dr Rodrigo inicialmente que agradeço por ter participado também do nosso curso integralmente nós temos esse compromisso Dora Sabrina de promover discussão eh de temas que precisam ser discutidos e que normalmente muitas pessoas acabam esquecendo nós já fizemos isso o seminário Foi algo Espetacular não esperava o resultado eh sensacional que foi o nosso seminário Foi mesmo O Despertar um Abrir eh de olhos para esse tema tão importante né nós tivemos ali aquela mesa das mulheres pretas que foi que foi Espetacular aquela aquela a mesa foi Olha foi foram tantos elogios de tantos servidores tantos
colegas de trabalho falando a respeito eh daquela mesa que que deixa a mesa boas lembranças para todos e é mais uma marca do TRE trazendo temas tão importantes para serem discutidos paraa nossa sociedade nós esperamos como outros projetos da casa serem exportados para também outros tribunais este tema foi muito brilhantemente trazido aqui pela Dra Sabrina Muito obrigado Mais uma vez Dora Sabrina obrigado pela audiência expressiva que foi dos Servidores juizes eleitorais de primeiro grau também de da administração do tribunal eh e também toda a equipe da escola que também está sempre pesquisando trazendo temas importantes
e cursos eh eh sempre muito indispensáveis para a administração da nossa Justiça também muito obrigado a nossa equipe aqui em nome do gilan toda a equipe da escola também tem trazido eh sempre boas notícias para nós esse mês será um mês muito intenso de atividades aproveitando a nossa audiência no dia dia 22 teremos início também a um projeto que talvez seja um dos grandes projetos da escola também para esse ano que é o estágio visita um programa de imersão para universitários de qualquer curso acadêmico para que eles conheçam a justiça eleitoral na prática um curso
de segunda a sexta-feira em que todos os setores do tribunal estão envolvidos para apresentar o melhor de si o melhor do seu setor para despertar vocações eleitorais quem sabe os universitários que irão participar do curso bom feito essa propaganda aqui muito breve agradeço uma vez Dra Sabrina e toda a audiência Muito obrigado Doutora Sabrina agora então a senhora como a nossa convidada né deixamos para encerrar com a sua despedida também eu até breve né sim bom eu vou comentar aqui rapidamente algumas coisas né o gilan falou da minha vozinha assim tranquila Calma né eu tô
muito honrada eh com o convite que recebi para ministrar alguns módulos na pós-graduação da PUC do Paraná né que eu acredito que é uma mata aí de muitas pessoas que estão nos assistindo hoje né você colega do Dr Tiago e de outros outros e outras servidoras e servidores do TRE Paraná Frederico Tatiana que tá lá no TSE Mas enfim e aí eu coloquei nas minhas redes sociais que pros alunos da p se prepararem que a professora de voz Mansa tá chegando a voz é mansa Mas fica a mansidão fica só na voz né mas é
bom para fazer esse esse eu acho que faz assim mistura e o resultado Fica bom né porque eu trago esses temas que são realmente são ásperos eles incomodam mesmo né E infelizmente tem que ser assim né mas com essa vozinha tranquila então acho que talvez Por isso as pessoas consigam aí eh me escutar e e trazer E introjetar essas questões refletir um pouco mais né E e aí eh O desembargador Coimbra de Moura falou né sobre outros grupos minorizados e eu acho que é muito importante a gente aplaudir e enaltecer né a nossa justiça eleitoral
e nós servidoras servidores magistradas e magistrados que somos a justiça eleitoral e como temos atuado né Eh em em direção a fazer da nossa justiça eleitoral realmente a justiça da Democracia a justiça da inclusão E com isso temos que eh realmente reconhecer né alguns Marcos que aconteceram na justiça eleitoral que foram eh aquela decisão na consulta né que determinou as cotas raciais para o financiamento eleitoral né e uma decisão tão bem fundamentada e tão icônica do ministro Barroso temos que enaltecer a criação da comissão de promoção da Igualdade racial dentro da Justiça Eleitoral né Eh
quando o ministro faim decidiu criar a comissão e colocou com o ministro Benedito Como o coordenador né da comissão E aí em seguida temos eh Ministro Benedito como corregedor geral eleitoral e todas as medidas que foram tomadas para fazer para levar para o elo para levar para o nosso dia a dia né da Justiça Eleitoral o que já vinha sendo determinado pela resolução 23659 então quer dizer agora temos Campos para eh quilombolas né para para para que o eleitor ou eleitora se defina como quilombola se defina como indígena e de qual eh povo indígena que
aquela pessoa faz parte se fala uma língua indígena e qual língua fala e isso e com isso a gente consegue então pela primeira vez dentro da Justiça Eleitoral definir né dentro do nosso eleitorado Quem são pessoas racializadas como negras Quem são pessoas racializadas como indígenas o número de pessoas né e e toda uma riqueza de informações que agora O Elo pode trazer pra gente né E aí eh eu pude contar com a presença da Roberta gresta que é secretária da CGE e que com certeza junto com o ministro Benedito encampou eh a a a ação
do Elo para que isso estivesse lá né Ainda temos também eh e alguns tribunais estão oferecendo uma capacitação que eu eh sou uma das capacitadoras junto com o professor Elder Maia goldsman que é de comunicação inclusiva porque a comunicação ela pode ser um entrave a presença dessas pessoas de grupos minorizados na justiça eleitoral então a justiça eleitoral realmente precisa comunicar-se de forma a trazer essas pessoas para esse primeiro ato que é o alistamento ou que é a transferência né de institução eleitoral enfim precisamos trazer as pessoas paraa justiça eleitoral né e e a justiça eleitoral
tem feito sua parte em relação a isso capacitando servidores né seja por mim o Hélder ou Outros tantos servidores tão competentes e capazes de oferecer essa capacitação nos vários tribunais regionais né e por fim que sorte desse esses universitários aí do Paraná de poderem participar de um projeto tão legal num tribunal que que dá a devida importância eh a participação de pessoas de grupos minorizados isso é muito importante eu gostaria mais uma vez de agradecer ao TRE Paraná de agradecer eh a eg do Paraná pelo convite né me desculpar de novo por não ter podido
eh ministrar essa aula presencialmente eu acredito que teria sido uma experiência fantástica mas acredito também que esse tempinho aí que decorreu entre o dia 22 de Março e hoje acabou fazendo com que essa aula ficasse ainda mais interessante porque algumas coisas que Eu tratei aqui hoje eu não teria tratado naquela aula presencial Então nada é por acaso acho que a aula ficou muito boa e enfim agradeço deais audiência a presença das servidoras e servidores da Justiça Eleitoral das outras pessoas que não são da Justiça Eleitoral e que eventualmente possam ter assistido esse vídeo eh espero
por por todo mundo aí no curso vou tá lá no Moodle falando nos fóruns conversando com quem conseguir se inscrever e nos veremos de novo na nossa última aula no nosso último módulo que vai ser ao vivo Obrigado Doutora Sabrina então agradecendo a presença de todas as autoridades que compuseram aqui esta mesa virtual também a todos os colegas servidores servidoras aqui do TR Paraná e de outros tribunais que acompanharam nós damos por encerrada essa palestra e reiterando o nosso convite aqui para novas oportunidades de ouvi-la Tá bom uma boa tarde a todas e todos
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