Presidente da Semana - Ep. 10 - Artur Bernardes, o país sob sítio

a se carado fre Júnior e Lu Nunes Sampaio eram dois amigos músicos que queriam compor uma marchinha para animar o carnaval de 1922 a can falava de um tal de que segundo eles não haveria de os pés no Palácio das Águias idha porque ele não iria a Catete os músicos também diziam pro seé que um certo queijo de mina já deu bicho e que o povo queria outra coisa a qualidade do áudio quase Centenário não é a melhor do mundo mas dá para entender o principal escuta [Aplausos] [Música] só a música Foi um sucesso danado

mas o tempo passou e umaora Freire Júnior e o Sampaio foram chamados PR se explicar na polícia completamente apavorado o Sampaio tirou o corpo fora isso foi tudo obra do Freire Júnior Ô Sampaio você tem coragem de afirmar isso Juro pela Santa Maria Madalena você fez a letra chamou o homem de mé e de rolinha E a música Sampaio e a música a música não é minha um pedaço é do abajur outro pedaço é da Mimosa sabe que abaju e Mimosa o qu Sampaio mas o terror do pobre do compositor se explica Quando os dois

amigos compuseram e escreveram a canção o tal do seu mé era apenas um candidato a presidente era o mineiro Artur Bernardes que ganhou apelido porque tinha um rosto fino e longo o que obviamente remete a cara de um carneiro o que o Freire e o Sampaio talvez não imaginassem é que o Bernardes ia ganhar a disputa do Palácio do Catete conhecido como Palácio das Águias ia se revelar um presidente vingativo autoritário brutal e odiado pela população um presidente que foi um dos seres humanos mais detestáveis a ter usado a nossa faixa presidencial mas que hoje

não carrega tão merecida ma fama você por exemplo tem alguma raiva do Artur Bernardes ele governou o Brasil de 1922 a 1926 e é o protagonista do Episódio número 10 do presidente da semana o podcast da folha sobre os presidentes brasileiros eu sou Rodrigo Vizeu e volto [Música] já trabalhador do Brasil Brasil tem instituições democráticas sólidas a epopeia da construção desta Nova Capital o vice-presidente um homem com grande capacidade de dialogar repito não renunciarei não há razão para ser absoluta convicção eu digo este país vai dar certo recapitulando como eu contei no episódio anterior o

Brasil parecia que estava ficando grande e complexo demais pra velha dança das cadeiras das mesmas elites polític de sempre Agora tinha Operário classe média e militar querendo ter voz e poder mas que bobagem pensavam os oligarcas de Minas e São Paulo pelo rodízio do Café com Leite era vez de Minas e o Arthur Bernardes um sujeito criado em Viçosa que tinha sido governador do Estado tinha que Virar presidente uai e não teve quem impedisse isso nem estados mais fracos como rio bahir Rio Grande do Sul se unindo para formar uma oposição organizada nem a fama

injusta de ter escrito umas cartas falando mal dos militares nem a revolta dos Jovens tenentes no Forte de Copacabana Bernardes venceu e tomou posse o que não quer dizer que tenam passado a gostar dele eu voltei a conversar com o jornalista escritor Pedro dor que me contou como foi que o Artur Bernardes Foi recebido no Rio de Janeiro quando ainda era candidato a presidente o o Bernardes primeiro ele não é um político que imponha respeito quer dizer você vê o o o Bernardes tinha apelidos como seu mé assim como rolinha você percebe já pelos apelidos

dos sambas que tocavam no Rio de Janeiro do tempo como que não era um cara que impunha respeito tem um momento de campanha dele no no Rio de Janeiro que choca todo mundo e isso ele ainda na campanha eleitoral no qual ele vai fazer uma visita ao Rio de Janeiro então ele desembarca na na na na estação de trem e e vai cruzar a vinda de central com caminho a cete que era o caminho que sempre se fazia para esses filhos oficiais e ele é vaiado mas ele toma uma vaia da população do início ao

fim e e quer dizer ele já se sente no Rio de Janeiro extremamente mal recebido ele já se sente acuado desde o início com isso você tem em mente com quem estamos lidando aqui o Arthur Bernardes era um cara sistemático como dizem os mineiros nasceu de uma família que não era pobre mas não tinha tantas Posses ele ralou bastante e teve que trabalhar para conseguir estudar e se formar Bacharel em Direito em São Paulo a sorte veio a calhar com o casamento com a filha de um senador o que abriu pro Bernardes as portas da

política aí ele foi subindo os degraus do poder em Minas O Bernard tinha uma personalidade muito fechada fria e austera além do rosto comprido de que eu falei tinha uma cabeça meio pequena pro tamanho do corpo e tava ficando careca o sujeito era a própria imagem da seriedade gostava de falar muito corretamente sabia e ensinava latim ele não tinha senso de humor e era muito religioso era tanta sisudez numa pessoa só que deve ter sido bem fácil para ele se olhar no espelho pensar eu nasci para ser presidente da república você imagina para um cara

com uma mente dessas ser tão ridicularizado e mesmo quase impedido de assumir o cargo Bernardes respirou fundo e empossado prometeu o presidente esquecerá as injúrias feitas ao candidato hum não foi o que aconteceu até porque os tenentes e os críticos de forma geral continuaram a não dar paz ao presidente na presidência da república ele se torna um homem muito isolado e e amargo e e e o Bernardes Vem de um sistema no qual o jogo é muito simples ele é o governador de Minas Portanto ele tem o direito de ser o presidente da república como

assim você vai questionar isso Como assim Pernambuco e Bahia e Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro cogitam que não vá ser assim dá para perceber em todo o movimento do Bernardes ao longo do governo dele que por trás daquilo tem um homem meio estupefato com Como assim tudo isso tá acontecendo Como assim o país está derretendo ao meu redor ele é um cara que por conta da personalidade dele fica acado ele fica com medo ele tem realmente medo de de ser morto de ser deposto de ele tem medo agora ele é daquelas figuras

com uma personalidade Aí sim realmente muito autoritária que a reação dele ao medo é raiva então ele fica com raiva e ele se TNA torna um presidente Imperial um presidente que se agarra o comando ele não é um negociador e e o que acaba acontecendo é que todas as situações tensas que ele vai enfrentar se tornam situações ainda mais complexas e e e e pioram então pelo jeito que você tá me falando é como se o Artur Bernardes fosse e como aquele chefe que muita gente tem não é o meu caso todos meus chefes são

são muito afáveis eh mas aquele chefe que não é respeitado mas se impõe pelo medo pelo terror né é exatamente isso Bernardes começou se vingando de geral passou a falar mal do ept pessoa antecessor que cogitou impedir a posse dele arquitetou derrotas eleitorais pros adversários dele nos estados e puniu os tenentes de 22 muita gente achava que seria melhor ser conciliador e dar Anistia aos revoltosos mas não teve papo os tenentes rebelados foram punidos e quem não estava preso ficou escondido para conseguir fazer tudo isso o presidente usou o estado de sítio que é uma

medida bem excepcional em que o governo suspende com o aval do congresso direitos e garantias dos cidadãos durante uma situação emergencial e excepcional no caso do Artur Bernard não teve Nada de excepcional e ele passou quase todo o mandato dele com estado de sítio em vigor a polícia do Distrito Federal que era o Rio foi entregue a um general e não a um bacharel de direito como era o costume com o poder do estado de sítio o governo perseguiu a adversários prendeu e torturou no atacado fossem os alvos jovens militares ou Operários anarquistas uma nova

Lei de Imprensa facilitou o processos contra jornais críticos ao governo o Bernardes também conseguiu aprovar uma revisão da constituição que restringiu o direito a obas Corpus e aumentou o poder do Governo Federal para intervir nos Estados Ah e Vale ressaltar tudo isso aconteceu com aval do congresso nacional o governo Bernard chegou ao ponto de montar um campo de concentração para prisioneiros no extremo norte do Amapá em Clevelândia o lugar no meio meio da mata amazônica ganhou o apelido de inferno verde dos 900 e poucos presos que foram enviados para lá quase 500 morreram quem sobreviveu

contou que as condições eram completamente insalubres e os presos penam com torturas fome trabalhos forçados e doenças o então comunista Maurício de la Cerda pai de Carlos la Cerda assim definiu o presidente não exagero chamando de criminoso comum o presidente que pretendo por ódio ou interesse pessoal incidia não somente na lei de responsabilidade mas principalmente no código penal em cujos artigos O Ditador andou saltitando de um para o outro segundo os stream lix o seu pavor ou de seus incuráveis rancores outro ou não ter naquela época uma opinião muito Nobre sobre o presidente era o

jornalista S atrian assim como os escorpiões moram na humidade dos porões abandonados a vermin dos prejuízos do Dr Artur Bernardes se Aninha no misticismo tenebroso de sua alma que deles fez uma divindade negra em obséquio a qual celebra as missas do terror o ódio é nele como no Sertanejo uma força inextinguível que o acompanha com a Fatalidade de uma tara só porrada né mas como a folha pra muito em ouvir o outro lado das pessoas vamos escutar o que dizia o próprio Arthur Bernardes vim pro governo da república com um propósito inabalável de servir a

nação e de assegurar-lhe a paz e promover o progresso dentro da da ordem e da Lei mas os políticos ambiciosos e os maus cidadãos não me têm deixado tempo para trabalhar obrigando-o a consumi-lo quase todo em fazer política Além disso Justiça seja feita algumas coisas o Bernardes fez além de passar o tempo promovendo repressão o governo dele lançou embrião do que seria previdência social no Brasil também restringiu o trabalho infantil ordenou que as empresas dessem assistência em caso de acidente de trabalho que não existia e criou férias de 15 dias pro trabalhador a questão é

que naquele início de anos 20 muito disso foi meio lei que não pegou sabe não era seguido pelos patrões nem fiscalizado pelos governos por isso o que mais marcou a gestão Bernardes foram as revoltas militares mais jovens se rebelaram em vários estados do país e foram reprimidos pelo Governo Federal dois episódios conectados se destacam entre as insurgências contra o Arthur Bernardes em 5 de Julho de 1924 dois anos depois da Revolta do Forte de Copacabana foi a veja os tenentes se rebelarem em São Paulo e a cidade virou um cenário de guerra que parece acreditável

hoje em dia esse levante em São Paulo é muito mais grave do que o Levante de 22 muita gente chama de o Levante esquecido a guerra esquecida há uma aliança entre o os tenentes de 22 Um dos principais líderes desse levante de 24 é o Eduardo Gomes eles se juntam à Força Pública de São Paulo o que que é a Força Pública é o que a gente chama hoje de PM né a polícia militar então há uma união entre esses militares foragidos no entanto com alto preparo militar e o grupo da Força Pública de São

Paulo eles se levantam e Eles tomam o governo de São Paulo eles literalmente ficam sitiados na cidade agora você imagina São Paulo em em 1924 ao longo desse mês uma das coisas que essa turma começa a fazer é o seguinte eles começam a tirar os paralelepípedos que calçam as ruas para formar trincheiras quer dizer eles estão preparando para uma guerra como a primeira guerra mundial uma guerra de trincheira que era como se pensava em guerra nesse nessa época e e Os oficiais a essa altura eles são liderados por um por um cara que era um

dos líderes da Força Pública que é o Miguel Costa eles eles se organizam mesmo para olha tomamos São Paulo vamos descer para Santos e marchar contra o Rio de Janeiro e depor o Presidente da República Eles não conseguem fazer isso mas ao tomar o de São Paulo o que eles acabam enfrentando e isso faz muito bem a imagem deles é uma reação completamente destemperada do governo federal porque aí o Artur Bernardes o que que ele faz ele dá ordens para que o exército avance contra São Paulo quer dizer repentinamente você tem aviões do exército bombardeando

a cidade de São Paulo tem fábricas que são destruídas você tem você começa a ver uma São Paulo que vira cena de primeira guerra mundial mesmo que são cadáveres espalhados por n ruas e depois de sobrevoar com com Aviões eles botam os tanques nas colinas atirando contra São Paulo eles botam tanques no Ipiranga e e atiram contra a cidade chega tão longe quanto a liberdade as bombas e eles botam os tanques de guerra para avançar contra a cidade e eh e aí é aquela barbaridade né Tem estupro tem mortes violentíssima pessoas que perdem membros quer

dizer é uma situação de Terra muito violenta e além das vidas perdidas Pensa no que o Artur Bernardes destruiu bombardeando São Paulo São Paulo era o grande poder industrial brasileiro boa parte do PIB do Brasil já dependia de São Paulo São várias as fábricas que ele põe no chão com bomba de canhão isso é essencialmente ignore o fato de que havia uma rebelião e havia isso é burro porque você tá botando abaixo a cap de produção do país por alguns anos e no entanto ele não hesitava em Tomar esse tipo de decisão quer dizer você

percebe nitidamente que por mais que exista Tecnicamente uma personalidade que transmita frieza você tá vendo alguém que não está fazendo um cálculo mesmo que fosse uma alguém eh que parta do princípio que matar alguns brasileiros não tem problema e obviamente era o caso ele sequer tá fazendo um cálculo estratégico de eu não posso ferrar economicamente com o país no tempo eh E no entanto ele faz isso ele não pensa ele simplesmente reage e e reage muito em face dessa característica dele que era de como assim eles não compreendem que eu sou presidente da república e

eu que mando e pronto derrotados em São Paulo os jovens militares iriam pra próxima etapa de sua tentativa de tomada de poder essa sim muito conhecida até hoje e o que eles fazem os tenentes é eles se levantam então e decidem marchar para fora vamos deixar São Paulo porque se a gente continuar aqui o governo federal vai destruir a cidade eles estão armados porque eles pegam todas as armas que o exército e a Força Pública tinham em São Paulo eh eles são numerosos eles são alguns milhares de pessoas eles não sofrem baixos a o o

todo bombardeio que morre é Gente Pobre o os rebelados de fato não morrem então eles levantam e eles descem em direção ao sul eles vão na direção do Paraná na verdade eles sorem pegam o Mato Grosso eh dão uma volta pela Bolívia e e descem no Paraná O problema é que quando nesse período em que eles estão sitiados há a sugestão a de se fazer um segundo levante para conseguir distrair o exército brasileiro então no Rio Grande do Sul histora em outubro de 24 um segundo levante esse levante se se o primeiro era liderado pelo

Miguel Costa que era esse cara da Força Pública Paulista e pelo Eduardo Gomes esse levante curço é liderado pelo Sequeira Campos e pelo luí Carlos Prestes eles fazem um levante juntam todos os quartéis quase do Sul e vão subindo ao norte nessa marcha de forma que as duas colunas a vinda de São Paulo e a vinda do Sul se encontram em Foz do Guaçu ao se encontrar em FZ do Guaçu há uma redivisão o Miguel Costa fica no comando o principal estrategista porque era o cara que tinha de fato a melhor cabeça como estrategista o

preses é o segundo em comando eles essencialmente forma um exército e eles decidem fazer uma marcha por todo o país nós vamos subir ao norte eh e aí vamos descer pelo nordeste a gente vai nesse caminho juntar gente que não acaba mais vamos chegar ao Rio de Janeiro e vamos depor o Presidente da República Esse é o que a gente chama de coluna [Música] Prest nem o Levante em São Paulo nem a marcha tenentista pelo país derrubaram Artur Bernardes olha não era nada fácil marchar por esse país nos anos 20 as estradas eram ruins a

logística dificílima começou a faltar munição comida e a coluna Prestes foi se desfazendo o problema maior dos tenentes nem foi o ainda frágil exército brasileiro mas Os capangas dos coronéis que eram chefes políticos locais que eles foram encontrando pelo caminho os jovens oficiais sonhavam em atiçar o povo pela derrubada da República o que não aconteceu pode ter influenciado que em alguns casos segundo relatos os próprios revoltosos cometeram crimes contra as populações que encontraram enquanto isso está acontecendo a maneira como a imprensa lida com a coluna prees nas principais capitais em particular no Rio e São

Paulo é completamente diferente as descrições que saem na imprensa são de uma coluna heróica a imprensa é francamente favorável ao movimento da da coluna Prestes e muito de de ganhar alguma coisa tanto que quando a coluna se desmonta aquilo vira uma lenda muito forte e é em cima dessa lenda que o Getúlio vai fazer o movimento de 1930 e embora seja um movimento político em 30 é é um movimento político capitaneado em cima da da boa fama que tinha a coluna PR no fim das contas o Artur Bernardes conseguiu o objetivo central do governo dele

que foi se manter no poder em 15 de novembro de 1926 ele passou a faixa ao sucessor o quase Paulista Washington Luiz Eu acho que o Washington Luiz nunca teve chance a primeira república já tinha acabado no governo Artur Bernardes se o Epitácio conseguisse ter encontrado um caminho mesmo que passado por um tendo passado por um golpe de estado que não pusesse o Bernardes no governo mas pusesse alguém mais negociador você não teria permitido que a crise chegasse a um ponto de tal gravidade mas o problema é Havia duas questões no Brasil uma questão era

a movimentação social que pôs dois grupos com poder político de fato na rua e no entanto sem poder de decisão na República que era essa nova classe média ascendente e e e esse grupo de Operários Essa era uma força com a qual o Brasil ia ter de lidar essas pessoas iam precisar de espaço político era inevitável e número dois você tem a situação de que por conta dessa fragilidade outros estados importantes como Rio Grande do Sul Bahia Pernambuco e Rio de Janeiro queriam mais espaço essas duas coisas esses dois espaços teriam de ser negociados era

fundamental que eles fossem negociados a partir do momento que nesse momento chave da primeira república você bota alguém que sequer cogite a possibilidade de negociar esses espaço vocêe porira repúbl exe alguém que pode responsabilizado sozinho um fim abrupto que a primeira república teria esse cara ber cont da incd endeu aconte no Bras entre beres mais ch n as pontes foram todas dinamitas ber fora da presidência o Arthur Bernardes ainda teria vida agitada claro que com ele recém-saído do Catete o povo tava com a memória fresca aí quando ele foi eleito Senador logo em seguida soldados

tiveram que cercar O Senado para impedir que uma multidão atacasse o ex-presidente o Bernardes Manteve o poder dele em Minas por muito tempo mesmo após a chegada do Getúlio Vargas ao poder em 1930 o que o mineiro inclusive apoiou daí na Era Vargas o ex-presidente fica meio que não vai e vem entre dar sustentação ao Getúlio e bater de frente com o novo líder nessas ele acaba preso exilado aniche vira Deputado de novo e chega a ficar numa espécie de prisão domiciliar durante a ditadura do estado novo do Getúlio a desforra do Bernardes veio um

pouco depois quando Ele apoiou a saída do Getúlio do poder e continuou a ter influência com a democratização do país como Deputado Depois de tanto vai e vem Artur Bernardes enfim morreu em 1955 mas aí ouvinte quase 30 anos já haviam se passado desde a saída dele da presidência e se tem uma coisa que não é o forte do Brasil é memória e a gente tem um monte de Avenida Artur Bernardes espalhado pelo país como Depois de deixar o Catete o senador e deputado Bernardes tinha conseguido incluir no currículo algumas causas nobres com a defesa

da Constituição e o fim de uma ditadura os pecados do presidente Bernard Ficaram para trás o enterro dele em 55 foi um grande evento Que atraiu uma multidão os velhos inimigos do passado tinham Perdoado como os Lacerda ou o próprio Assis atrian na imprensa ele foi celebrado como grande Democrata um adjetivo no mínimo curioso pro homem que pegou um país com militares rebelados quando até se compreende a necessidade de governo ser duro Mas em vez de reduzir os danos Bernard jogou gasolina na fogueira só que pra República Velha explodir mesmo ainda ia ser preciso mais

um fósforo e quem ia jogá-lo seria Washington Luiz o próximo presidente da [Música] semana para esse episódio sobre o seu mé sobre a rolinha sobre o passarinho do mal eu tive as vozes dos meus colegas de F Luc nes como fre joraro Fagundes como Lu Sampaio Dani Caral raael como Mauro de Lacerda e Daniel Monteiro com ur Bernard eu sou Rodrigo vi e pesquiso produzo e apresento podcast o vor parol faz a edição de som até a próxima [Música] o relógio na pedra caiu o dinheiro do bso a mulher que eu gostava