ASMA: A DOENÇA RESPIRATÓRIA LETAL IGNORADA por MILHÕES

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Olá, Ciência!
O que é asma? Qual é a causa da asma? Como começa uma crise de asma? Em que idade a asma aparece? Po...
Video Transcript:
No vídeo de hoje, eu vou revelar os  maiores mitos e verdades sobre asma, a doença inflamatória mais comum nos pulmões. No Brasil, 23% da população tem asma e 1  pessoa morre a cada 20 horas por conta dela. Será que você conhece alguém em risco de entrar nessa triste estatística?
Ou é você  mesmo que precisa ficar atento? Pra começar, eu vou listar 4 afirmações  bastante comuns sobre a asma. E depois do vídeo, comenta aqui quais  delas você achava que eram verdade, e quantas você acertou, beleza?
Número 1: A asma surge apenas na infância 2: O pelo de animais  desencadeia os sintomas da asma 3: Pessoas asmáticas convivem  com os sintomas diariamente 4: Quem tem asma não deve  praticar atividade física Pra checar se essas afirmações fazem sentido,  bora entender o que de fato é a asma. Lucrécio sempre foi um rapaz saudável,  mas no auge dos seus 30 anos, o simples ato de respirar virou um desafio diário. Ele passou a sentir falta de ar, tinha um  aperto no peito e tossia com frequência.
Dava até para ouvir um  chiado quando ele respirava. Como se não bastassem esses sintomas estranhos,  de dia, Lucrécio se sentia cansado e à noite, não dormia direito por causa  do incômodo para respirar. Até que certo dia, o quadro foi ao extremo.
Lucrécio simplesmente não conseguia mais  respirar e teve que correr pro hospital. Lá, ele finalmente teve um diagnóstico: Lucrécio estava com asma e havia  acabado de ter um ataque da doença. .
Mas como um jovem saudável poderia  desenvolver asma ao longo da vida? A asma não é uma doença de  crianças? Hmmm… não necessariamente.
A asma afeta mais de 260  milhões de pessoas no mundo. Ela causa inflamação dos brônquios, os  pequenos tubos que carregam o ar pelos pulmões. Durante um ataque de asma, os brônquios ficam mais  estreitos, rígidos e produzem muco em excesso, o que dificulta a respiração.
É tipo respirar através de um  canudo cheio de algodão por dentro, o que em casos mais graves, como o do Lucrécio,  pode gerar a sensação angustiante de não respirar. Só que ninguém nasce com asma, pessoal. É uma doença que surge ao longo da  vida e que pode durar a vida toda, sendo considerada uma doença pulmonar crônica.
Mas isso não significa que  os sintomas sejam constantes. Em 30% dos casos de asma,  sintomas como a falta de ar, tosse ou dor no peito desaparecem  no início da vida adulta. Em algumas situações, o sumiço dos sintomas  acontece por causa do crescimento dos pulmões, que passam a ter uma maior capacidade pulmonar. 
Mas isso não quer dizer que a asma desapareceu. Os brônquios podem continuar inflamados, e é  possível que os sintomas voltem de forma gradual, ou repentina, como em um ataque. Na prática mesmo, só 10% das pessoas  que tinham asma antes de adultas nunca mais têm sintomas ao longo da vida.
Como geralmente os sintomas da asma surgem  na infância e são mais evidentes nessa fase, é comum que a asma seja considerada  uma doença “de criança”. Aliás, 13% das crianças entre 5 e 9 anos têm asma. Mas ao contrário do que dizia a nossa afirmação 1, a asma NÃO surge apenas na infância.
Foi o caso do Lucrécio e da atriz  Taís Araújo, você ficou sabendo? Quando os sintomas se tornaram muito intensos,  ela precisou precisou de internação hospitalar. Segundo seus próprios relatos, foi um choque, porque ela disse que nunca  teve asma quando criança, mesmo com outras inflamações  respiratórias, como rinite e sinusite.
Mesmo que você não tenha asma, ela pode ser  uma surpresa para qualquer um, a qualquer hora. Então eu vou te contar como você pode saber  se você corre risco de desenvolver a doença. Mas antes, o que realmente causa a asma?
O que define SE e QUANDO a asma vai  surgir é um conjunto de fatores. Se tem algum familiar com asma, é um primeiro alerta de que você  tem genes que predispõem à doença e que outros da família podem ter também. Mas a genética, pessoal, não atua sozinha.
Alguém geneticamente propenso à asma pode  ter os sintomas agravados devido ao ambiente e aos hábitos de vida. O risco de ter asma em algum momento  da vida começa ainda no útero. Durante a gravidez, a exposição a  poluentes, inclusive à fumaça do cigarro, aumenta as chances do bebê nascer com  com pulmões que inspiram pouco ar.
Se o contato com a poluição  continua depois de nascer, o surgimento de asma ao longo da  vida se torna ainda mais provável. Os poluentes causam irritação nos  brônquios, o que dificulta a respiração. Por esse motivo, a poluição dos carros nas  cidades já é relacionada a 14% dos casos de asma desenvolvida na infância.
Mas a poluição só explica parte da história. Na verdade, a asma que surge na infância  geralmente está relacionada com alergias. Quando alguém desenvolve uma alergia, acontece uma resposta exagerada do sistema  imune contra a substância considerada estranha.
Esse processo é capaz de inflamar os  brônquios, que se tornam mais estreitos. Isso dificulta a respiração e aí  que pode causar a asma alérgica. A alergia geralmente é devido à inalação de pólen,  ácaros que ficam na poeira ou pelos de animais.
Então, a afirmação 2 infelizmente é verdadeira. Em algumas pessoas com asma, o pelo  de animais, como cães ou gatos, pode desencadear os sintomas da doença. Ou seja, esse é um bom motivo para você  deixar sua casa bem ventilada e limpa.
Mas tem um fator que contribui para asma  que surpreende muito mais do que esses aí. Por incrível que pareça, existem  vírus respiratórios capazes de acelerar o desenvolvimento da asma. Ou piorar os sintomas já existentes.
É o caso do vírus sincicial respiratório,  rinovírus e até o vírus da gripe. São vírus que infectam todos nós, mas algumas pessoas têm um sistema  imune que não responde bem contra eles, por questões genéticas. Esse é um excelente exemplo  de como uma questão ambiental, ou seja, a infecção pelos vírus, interage com a  sua genética, para disparar ou piorar uma doença.
Agora, para pessoas que nunca tiveram asma  na infância e a desenvolveram na vida adulta, um fator que contribui com a  gravidade dos sintomas é a obesidade. Ainda não está claro o porquê disso, mas  cientistas acreditam que o excesso de gordura pode aumentar a produção de  substâncias que inflamam os brônquios. Os brônquios inflamados dificultam a  respiração e desencadeiam os sintomas da asma.
Mas será que a asma é sempre preocupante? Uma pessoa com asma vai conviver todos os dias com os sintomas e a qualquer  momento pode ter um ataque? Quando que a asma se torna um problema?
Como qualquer doença crônica, a asma precisa ser bem controlada para  não gerar impactos negativos na saúde. E uma forma fácil de entender como fazer  isso, é dividir a asma em três grandes áreas. Quando a asma está bem controlada,  ela está na “área verde”.
A pessoa tem asma, mas não tem sintomas. Respira bem, não tosse, nem sente dor no peito. Ela consegue dormir, trabalhar e  fazer outras atividades do dia a dia.
Tudo que precisa é tomar os  remédios que vão reduzir o inchaço dos brônquios quando a asma aparecer. Por exemplo, muita gente usa aquela “bombinha” para aliviar os sintomas da  asma antes de se exercitar, se essa atividade for um gatilho para a doença. Ou seja, é possível ter asma e conviver com a doença sem sintomas.
Por  isso a afirmação 3 é falsa. Não é normal ter conviver  com sintomas diariamente. O problema galera, é que só 12% dos brasileiros  com asma estão nessa “área verde", controlada.
Se os sintomas da asma, como tosse,  falta de ar e cansaço começam a aparecer, entramos na “área amarela”. Se você estiver na área amarela  duas vezes por semana ou mais, é sinal de que a asma não está controlada. Se o Lucrécio soubesse disso, teria buscado  um médico antes e teria evitado complicações.
Sem cuidados, a “área amarela” pode  ser um passo para a “área vermelha”. Na “área vermelha”, a pessoa tem o  ataque de asma, com falta de ar intensa, ao ponto de ter dificuldade para andar ou falar. Mesmo com os remédios de alívio  rápido, a respiração pode não melhorar.
O peito dói e a pessoa pode até desmaiar. São sinais que exigem um atendimento  médico imediato, porque podem ser fatais. Olha a importância dessa informação galera.
Nem todo mundo com asma sabe que tem a doença. E dos que sabem, somente 1 a cada 3 pessoas  seguem o tratamento corretamente no Brasil. Eu já vou te contar o que uma pessoa  pode fazer pra acabar com a asma, mas o que eu te contei aqui é um  baita motivo pra clicar no gostei e compartilhar esse vídeo com aquela pessoa que tá aí com uma falta de ar e nem  imagina que pode ser asma, né?
Inclusive, se você chegou nessa parte  e quer realmente apoiar o Olá, Ciência e fazer parte dessa luta pra divulgar  informações confiáveis pra população, torne-se um membro do canal. A partir de R$2,99 por mês, você  vai ajudar a manter a nossa equipe de pé produzindo conteúdo de qualidade para você. Afinal, será que tem como acabar  com a asma de uma vez por todas?
Não existe cura para a asma, mas o tratamento  contínuo ameniza muito os sintomas. Muita gente acha que o foco é tomar remédios, mas  a chave do tratamento envolve evitar gatilhos, aquelas situações que você sabe que  podem disparar um ataque de asma. E se eles ocorrem, aí sim, é importante ter os  remédios ao alcance para tratar os sintomas.
O tratamento mais comum é o uso da bombinha mesmo. Tem vários princípios ativos que podem  ser usados e o remédio é inalado pela boca e relaxa os músculos dos brônquios  facilitando a respiração. Esse é o caso dos broncodilatadores, mas existem  vários outros tipos de remédios para asma, como os corticoides, que vão  atuar na prevenção da inflamação ao invés de simplesmente relaxarem os brônquios.
Existem também exercícios  de reabilitação pulmonar, normalmente realizados por um  fisioterapeuta especializado, que vai ensinar técnicas  de respiração ao paciente. Essas técnicas aí podem  melhorar a capacidade pulmonar, reduzir os sintomas da asma e  melhorar a qualidade de vida. E claro né, existem hábitos  de vida que podem fazer a diferença na prevenção ou no controle da asma.
Por exemplo, manter um peso saudável, não  fumar, se proteger de infecções respiratórias e ficar em ambientes ventilados para evitar  acúmulo de poeira, pelos e outras sujeiras. Com a asma controlada, pessoal, uma pessoa pode ter uma vida essencialmente  normal e até praticar exercícios físicos. Inclusive, alguns exercícios são  excelentes maneiras de prevenir da asma.
Um ótimo exemplo é a natação. Estudos mostraram que esse esporte não  piora os sintomas da asma, pelo contrário, melhora a capacidade pulmonar. O César Cielo, sabe, aquele  campeão da natação brasileira?
Ele tem asma e leva uma vida completamente normal. A nossa última afirmação de que pessoas com  asma não devem fazer exercícios é falsa. Exercícios físicos podem fazer muito bem não só  pra asma, mas melhoram a sua saúde como um todo, assim como os hábitos poderosos e pouco  falados que eu contei nesse vídeo aqui.
Um grande abraço, eu espero que  esse vídeo completo sobre asma tenha sido um respiro de alivio pra você  e eu te vejo no próximo vídeo. Tchau.
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