[Música] Quando cheguei no sítio da minha avó foi a maior alegria Fazia tempo que não vinha a ver meus avós conversamos muito colocamos o papo em dia atualizei sobre nossa família tudo na cidade grande e que no dia seguinte iria chegar as coisas que eles mandariam pro barco o sítio fica um dia de viagem de barco descendo o Rio Negro entrando em alguns braços de Rio até chegar na comunidade e de lá segui viagem Canoa dentro por alguns minutos a Remo eu comi de tudo até quando já estava bem cheio meus avós traziam mais comida
era só uma risada só eu entendo eles sozinhos ali sem ver seus netos e filhos dá essa alegria Instant neles quando a noite cai o único meio de iluminação é uma Candeia o que chamamos de lamparina feita com querosene feita de latas recicláveis e o pavio de tecido ou algodão meus avós e eu sentamos na varanda com uma camisa de manga comprida e calça jeans VGA para se proteger do frio e dos carapanãs foi aí que veio a parte mais legal do interior as histórias de terror de fantasmas minha avó foi a primeira a falar
quando eu era pequena morava no interior assim como aqui em uma casinha feita de barro e tado de Sapé era bem arrumadinha morava com minha mãe meu pai e irmãos nós adorávamos escutar esses causos de visagem mas isso aconteceu quando estávamos morando lá minha mãe dizia que toda a noite a meia-noite escutava um grito de mulher que parecia que estava correndo dentro da Mata fugindo de algo era um grito bem alto esses gritos arrepiavam os cabelos do corpo o meu coração chegava palpitar de medo encolhiam nas cobertas e rezávamos muito para aquilo o pai de
vocês dizia para não abrir a casa e nem tentar ver pela brecha o que ela quil pois poderia ser uma visagem e isso assombrar nós por um bom tempo ele nem precisa de falar Nunca qu iríamos abrir a janela isso se prolongou por bastante tempo até que um dia do nada parou enquanto ela contava essa história macabra eu já estava me cagando de medo aí fui me aproximando deles me sentia seguro perto deles o meu avô tomou a palavra eu lembro de algo parecido do finado Zé Raimundo ele me diz que no começo deste ano
ele escutou uma mulher gritar não muito longe da casa dele e ela gritava correndo como se estivesse correndo de um bicho quando ele faleceu perguntei curioso mês passado disse meu avô mesmo que seja apenas histórias ou real melhor não olhar essas muras da Mata Deus me livre disse minha voz se benzendo o relógio deu 19 horas e o sono veio como pedra rápido e pesado era costume dormir nesse horário no interior já que na cidade dormimos muito tarde meus avós falaram então que era pra gente ir pra cama e já estava tarde e que tínhamos
muita coisa para fazer no dia seguinte Minha avó me deu um lençol Grosso feito de remendo uma rede para atar na cozinha da casa e uma pequena lanterna para quando eu quisesse urinar fora lá no passeio da casa urinar pelo cercadinho mesmo aei a rede me ajeitei e cobrir-me com aquele lençol quentinho dei boa noite a eles e eles foram pro quarto fez-se um maior de todos os silêncios na casa e apenas pude ouvir o som de grilos sapos e corujas do lado de fora e eu fui dormindo naquele mantra natural acordei no meio da
noite no susto de ter ouvido alguém gritar estava muito frio e o som dos Grilos continuava lá fora junto com os do sapos eu não sabia que horas eram eu peguei a lanterna e liguei saía a fumaça da minha boca estava um frio sinistro isso explicou ganol Grosso que minha avó me dera quando desliguei a lanterna ouvi novamente O Grito o grito de uma mulher em desespero o meu coração acelerou de aflição e se for uma mulher pedindo ajuda de fato mas então lembrei da história da minha avó o medo me dominou eu comecei a
tremer de medo e não mais de frio ouvi novamente o grito da mulher desesperada dessa vez o meu corpo tremeu não de medo e sim de aflição podia ser alguém sim querendo ajuda a mulher gritou novamente e percebi que ela passaria por detrás da casa passando próximo da cozinha onde eu estava alojado fui até a janela de correr da cozinha peguei minha lanterna e assim que iluminei o lado de fora vi aquela mulher sair do meio do mato completamente nua correndo sem cabeça eu fechei a janela e dei um grito muito alto que meus avós
acordaram no susto e foram correndo me ver na cozinha eu estava em posição fetal embaixo da janela minha avó escutou o grito da mulher mas dessa vez já estava longe menino teimoso eu te disse para ter cuidado com essas muras da Mata brigou meu avô minha avó fez o sinal da cruz na minha testa e n minhas costas também foi quando o medo daquilo que vi foi passando mas o terror em meu coração ficou eles me levaram pro quarto deles e deitei no meio deles minha avó colou um crucifix fixo debaixo da cama pegou um
óleo da bolsa e passou no meio da minha cabeça e começou a rezar junto com meu avô o medo passou e eu dormi ali com eles para que no dia seguinte eu recebesse a minha esculhambação mas também depois disso nunca mais eu abri a janela independente do barulho que fizesse lá fora meu pai nos contou que quando era um rapazinho ainda nos seus 16 17 anos morava em uma fazenda no interior de São Paulo onde sua mãe trabalhava um dia ao voltar do centro da cidade para casa a pé por uma longa estrada de Barro
uma distância bem considerável segundo ele já era perto do meio-dia um sol de rachar quando mais à frente do nada ele viu uma mulher que caminhava cabelos longos bem pretos uma pele clara e muito bem vestida aparentemente era bem diferente das moças da cidade o porte as roupas e a elegância com que caminhava parecia uma Madame ele andava a uma pequena distância atrás dela só dava para ver de costas não via o seu rosto e ela continuava a caminhar ele tentava alcançá-la mas quanto mais apressava o passo parecia que mais se distanciava não conseguia alcançá-la
até que ao chegar a uma pequena ponte a mulher simplesmente sumiu meu pai a perdeu de vista Ele olhou da ponte para ver se havia caído olhou ao redor do mato que a circundar dava e nada a mulher havia desaparecido disse que a partir dali sentia o seu redor um forte cheiro de bode estrume de cabritos e também de vacas o cheiro era muito forte a partir daquele momento meu pai referiu não se lembrar mais de nada só se lembra que acordou em casa em sua cama e com muita dor de cabeça e febre e
ficou muito doente acamado por dias segundo Ele conta foi encontrado desmaiado sobre a ponte por uns vizinhos que o levaram para casa ele contou para a mãe dele no caso minha avó o que tinha havido e sobre a mulher que tinha visto ela só se benzeu e rezou na hora ela o aconselhou séri para que se algum dia ele sentisse novamente aquele cheiro de bode não era para referir em voz alta o que sentia e sim dizer imediatamente em alto e bom Tom que cheiro de ágio pois o ágio espanta tudo que é ruim Que
por ventura queira chegar perto de nós e vocês já sentiram cheiro de bode e vezes de vaca em algum lugar do [Música] nada foi há muitos anos em Uma cidadezinha do interior de São Paulo onde se deu ess socorrido entre os colonos e funcionários de uma fazenda de café morava Maria Ana que estava noiva de Genésio os dois de família humilde de colonos da Fazenda Maria Ana muito caprichosa preparava com esmero e z Enésio reformava um casebre em um pedacinho de terra que havia comprado Com muito sacrifício eles se casaram então em uma festa simples
mas com muito amor tudo corria muito bem os anos iam se passando e não vinham os filhos Maria Ana se entristecia pois via todas as amigas engravidando e tendo suas pencas de filhos e ela nada ficava triste também pois todos indiretamente a cobravam conta a maternidade até que seu marido o Genésio começou também a cobrá-la tornou-se impaciente com ela dizia que era seca que se não desse um filho a ele que arrumaria uma mulher que lhe desse Maria Ana ficava arrasada insegura triste e frustrada pois queria também ser mãe Maria Ana tornou-se uma mulher amarga
mal humorada e ranisa o marido já não lhe respeitava mais e todos os dias jogava alhe na cara que não podia dar-lhe um filho também seguiam-se as ameaças de deixá-la devido à sua incompetência como mulher até que um dia em mais uma discussão do casal sobre esse motivo após ele ter saído e batido porta Maria Ana gritou em alto e bão eu vou ter um filho Nem que seja para ser amante do diabo Depois dessa discuss seu marido não voltou mais para casa D em diante Maria Ana só vivia blasfemando contra Deus e dizendo que
teria o filho que o marido tanto lhe cobrava nem que para isso tivesse que ser do diabo quem ouvia aquilo fazia o sinal da cruz e saía de perto em um final de tarde armou-se um temporal o céu ficou muito escuro e uma ventania como nunca Vista se deu durante a noite na manhã seguinte foram ver os estragos feitos pelo temporal visitando uns as casas dos outros para ver se estavam tudo bem ao chegar em casa de Maria Ana a encontraram com suas vestes rasgadas toda machucada e arranhada como se houvesse sofrido agressão após ser
cuidada referiu não se lembrar de nada não havia sido o marido que a agredia pois este já a tinha deixado enfim ninguém soube o que realmente aconteceu passado um tempo Maria Ana começou a enjoar e engordar a até que se confirmou o que ela e todos suspeitavam estava grávida mas de quem seu marido havia deixado lembrar então daquelas palavras maledicentes que proferia e se benzi os meses se passaram chegando a hora do parto Dona zega a Parteira da região fora chamado foi um parto difícil Mas nasceu um menino que não chorou e mantia seus olhos
bem abertos e penetrantes e encarava a quem o olhasse Aquela criança não chorava de forma alguma todos estranharam no quarto dia de nascido a criança já sentava no berço e ria e olhava fixamente para as pessoas encarando-os todos que iam visitá-los ficavam perplexos com uma semana de nascido a criança já tinha os dentinhos e ficava de pé no berço numa dessas visitas das vizinhanças aconteceu o Improvável so os hores incrédulos das vizinhas o bebê com 10 dias de nascido desceu do berço e certeiros e contados sete passos vagarosos e pesados como som de cascos de
cavalo saiu da casa e foi em direção à mata ele nunca mais foi [Música] visto foi o meu pai que me contou essa história quando ele era novo e morava em uma fazenda no interior do Rio de Janeiro um dia quando tinha por volta de 13 anos estava ajudando o meu avô no campo Quando viram um homem se aproximar ele era alto mais alto que o meu avô que tinha 1,80 m e parecia ser bem forte veio cambaleando até que as pernas cederam e ele se espatifou na grama meu avô mandou meu pai ir buscar
uma garrafa de água e foi até o homem quando voltou o homem já tinha retornado meu avô o ajudou a ir até o nosso sofá Onde ele adormeceu de imediato quando acordou o homem que se chamava Paulo contou que havia se perdido ele contou que era de um Município próximo ele falava de um modo muito simples com um vocabulário muito limitado meu avô o convidou para jantar e passar a noite em nossa casa no dia seguinte Paul fez questão de ajudar nos aeres para mostrar sua gratidão e ele acabou ficando ele tinha a força de
um touro o que era muito útil Em uma fazenda meu avô deixou que ele morasse num casebre que pertencera a um antigo ajudante uma semana depois em um sábado Choveu bastante logo que os primeiros pingos caíram bateu p do meu avô ele praticamente implorou para dormir no sofá meu avô cansado e sem entender muito bem deixou meus avós haviam ido dormir e meu pai ficou na sala com pau você tem medo dos trovões perguntou meu pai que havia notado que a cada trovoada Paul tinha um sobressalto Paul lançou um longo olhar sobre os ombros antes
de responder não dos raios por quê eles não são o que aparentam não não disse balançando a cabeça o que são então Paulo coçou a cabeça procurando as palavras certas Minha avó me contava uma história sobre monst que viviam em um outro lugar diferente do nosso Quando chove eles vê para o nosso lugar caçar o raio é a arma deles meu pai não sabia se acreditava naquilo mas estava achando a história fascinante E como eles são Paulo eles voam a cabeça parece uma lâmpada e embaixo tem ele esticou os dedos e começou a balançá-la [Música]
você foi atingido por um raio sim sim anos atrás desde então eu fui marcado e eles me procuram cerca de dois meses depois minha avó passou mal enquanto PED Durava a roupa no varal e desmaiou meu avô a levou ao médico na cidade vizinha meu pai foi junto Paulo ficou tomando conta da Fazenda quando nos preparávamos para começou uma tempestade sabendo que as estradas viravam lama e ficavam intransitáveis quando chovia meu pai nos levou pra casa de um amigo e por lá passamos a noite durante a noite foram acordados por um trovão que soou como
uma trombeta do Apocalipse deve ter caído aqui perto disse meu avô meus avós voltaram a dormir de forma rápida Mas o meu pai Demorou a pegar no sono novamente ficou pensando na história contada por Paulo na manhã seguinte a chuva tinha ido embora o caminho de volta foi demorado a estrada ainda estava um pouco inada quando chegamos meu avô saiu correndo do carro e meu pai correu até ele o que foi Pai perguntou o meu avô não o meu pai seguiu seu hogar o cazebre de pau a porta do cazebre estava aberta o telhado havia
sido arrancado pela Ventania não havia sinal de Paulo nunca mais o viram