Swami Vivekananda - Domine o Ego

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Corvo Seco
Trechos do livro “Inspired Talks”, de Swami Vivekananda. Swami Vivekananda (1863 - 1902) foi um mon...
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Não obteremos a liberdade enquanto  não tivermos domínio sobre nós mesmos. É o Eu quem salva o eu, ninguém mais. Nenhuma crença cega pode nos salvar;  conquistemos nossa própria salvação.
Tenham somente a ideia de Deus;  que Ele é uma ajuda eterna. Despojem-se deste mesquinho eu,  matem este demônio que os habita. Não mais eu, mas Ele; digam, sintam e vivam isto.
Até que nos livremos do  mundo manufaturado pelo ego, não podemos entrar no reino dos céus. Ninguém o conseguiu e ninguém o conseguirá. Abandonar o mundo, é esquecer o ego, desconhecê-lo inteiramente, viver no corpo, porém não ser dele.
Este ego inflado deve ser extinto. Todas as lutas pela preservação dessa  personalidade ilusória são, realmente, vícios. Todas as lutas para perder  essa individualidade, são virtudes.
Tudo o quanto existe no universo, está  tratando de destruir esta individualidade, seja consciente ou inconscientemente. Toda moralidade está baseada na  destruição da separatividade ou falsa individualidade, porque esta  é a causa de todo o pecado. Conquistem a vocês mesmos e  o universo inteiro será seu.
Domine o Ego.  Swami Vivekananda. Evitem as más companhias, especialmente no princípio.
Evitem as companhias mundanas porque elas distraem suas mentes. Abandonem todo eu e meu. O Senhor se  apresenta para aquele que nada tem no Universo.
Cortem as ligações de  toda afeição mundana; superem toda a preocupação, toda inquietude  sobre o que será de vocês. Cortem a árvore do desejo com  o machado do desinteresse. Tudo é ilusão.
Este universo é nosso, para que o desfrutemos, mas não devemos desejar coisa alguma. Desejar é fraqueza. A necessidade faz de nós mendigos, quando somos, em verdade, filhos de um rei.
Não desejem nada; pensem em  Deus e não busquem recompensas; é o homem sem desejos, que obtém os resultados. Todos os prazeres dos sentidos  e até os da mente são fugidios, porém dentro de cada um de nós está o único verdadeiro prazer sem vínculo, que não depende de nada. É inteiramente livre, é a bem-aventurança.
Quanto mais interior é a nossa  felicidade, mais espiritualizados somos. Todos os poderes trazem consigo  maiores sofrimentos, portanto, matem o desejo. Ter um desejo é como introduzir  um graveto num ninho de abelhas.
Vairagya (desapego / renuncia) é descobrir  que os desejos são pílulas douradas e envenenadas. Tenham vairagya. Este é o sacrifício real, e sem ele torna-se impossível obter espiritualidade.
Nunca voltem o rosto para ver  o resultado do que fizeram. Entreguem tudo a Deus, e sigam adiante sem pensar em mais nada. Renuncia aos frutos da ação, faz o bem por amor, só então chegará ao desapego, assim se romperão as ligaduras do coração  e realizaremos a liberdade perfeita.
Tratem de que haja ação sem reação; a ação é agradável; todo o padecimento é reação. A criança põe a mão no fogo, isto é prazer, mas quando seu organismo reage, então vem a dor da queimadura. Quando podemos deter esta reação, já não temos que temer a nada.
Controlem o cérebro e não  o deixem ler as impressões; sejam testemunhas, não reajam, só assim poderão ser felizes. Governem os órgãos dos sentidos e  controlem a mente. Suportem todos os sofrimentos, sem sequer saber que estão sofrendo.
O cadáver de nada se ressente; façamos como se nossos corpos estivessem mortos e paremos de nos identificar com eles. Não busquem, nem recusem, aceitem o que vem. A liberdade consiste em não  ser afetado por coisa alguma.
Não se contentem em suportar,  mantenham-se desligados. Lembrem-se da história do touro - Um  mosquito, pousou durante um longo tempo sobre o chifre de um touro, porém, lhe  doeu a consciência e disse: “Senhor touro, eu permaneci muito tempo sobre o seu corpo, talvez o tenha incomodado, sinto muito, estou partindo”. O touro replicou: “Oh, não, absolutamente. 
Pode trazer também toda a sua família e viver com ela no meu chifre.  O que isso pode me importar? ”.
No mundo, tomem sempre a posição daquele que dá. Deem tudo e não busquem recompensa. Deem ajuda, deem amor, deem serviço deem qualquer coisa que possam dar, por pequena que seja, porém, evitem traficar.
Não imponham condições e nenhuma lhes será imposta. Damos, porque é próprio da  generosidade, como Deus dá a nós. O Senhor é o único Doador, todos os demais são só guardiões.
Aprendam a ajudar sem se compadecer,  nem sentir que há qualquer infelicidade. Aprendam a ser o mesmo, tanto para o  amigo quanto para o inimigo, e quando puderem fazer isso e já não tiverem  desejo algum, terão alcançado a meta. Abandone nome, fama, dinheiro;  é uma escravidão terrível.
Sintam a maravilhosa atmosfera  da liberdade. Vocês são livres! Vocês são o infinito!
Na minha alma, não posso achar princípio nem fim. Tudo em mim é o Eu. Repitam isso, incessantemente.
Temos que combater todos os prazeres  dos sentidos, matar as coisas com as quais mais estamos ligados. Devemos  manter-nos isolados; somos Brahman, todas as outras ideias devem estar contidas nesta. Controla-te a ti mesmo e escuta  a voz do teu verdadeiro Eu.
Eu sou livre, livre, livre! Ó, eu sou abençoado! Eu sou o Infinito!
Minha alma não tem começo nem fim!
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