o Olá tudo bem o objetivo da aula de hoje é tratar sobretudo da segunda parte da obra cultura um conceito antropológico de Roque laraia e [Música] tá bom essa obra ela é dividida em duas partes Como eu disse já no anúncio né dessa aula é o objetivo principal naturalmente é tratar como também já dito da segunda parte e aí só começa simplesmente falando do que se trata a primeira parte para daí né tratado aquilo que nos interessa de Fato né que é o nosso objetivo é a primeira parte da obra vai discutir sobre tudo a
natureza da cultura e é essa passagem da natureza para a cultura né então uma discussão aqui de roque laraia discutir é basicamente a situação do que é cultura e para isso ele vai discutir partindo de um pressuposto das duas chamadas os determinismos então ele vai começar a falando sobre o determinismo biológico que seria uma discussão que acredita que somos de algum modo determinados pela pelo nosso aparato ideológico né então que há uma determinação dos nossos comportamentos por exemplo homens agem de tal modo e mede seus corpos dos seus hormônios enfim do seu determinismo biológico a
qual mulheres crianças e assim por diante na sequência o autor discute também a possibilidade e as renda né a possibilidade de haver determinismo geográfico SUS é também uma discussão que ele só perpassa para mostrar na que há diversas formas de conceber o nosso comportamento modo como Agimos em sociedade e por fim Claro ele apresenta sua tese Central ainda na primeira parte da obra a respeito da cultura então é possível dizer que o Roque laraia dialoga como espécie de determinismo cultural Claro que ele não Vai admitir em última em única Instância Cultura como elemento formatador de
nossos comportamentos ele parte de um pressuposto que a também o aparato ideológico mas em última instância todo esse aparato biológico ele é atravessado pela situação cultura nerd claro que isso vai o presidente na segunda parte da obra que é o nosso objetivo principalmente para aula de hoje quando ele vai ainda na primeira parte né só finalizando essa essa explicação discurso a respeito da cultura ele vai pensar na como que esse elemento de definição daquilo que produzimos e que também nos produz já entendendo ela vê cultural é se instituir o dentro da antropologia então de uma
espécie de um antecedente histórico de si mesmo conceito e depois das reflexões modernos ou dos pensadores modernos Ou pelo menos mais contemporâneos a respeito tá vendo que seria cultura Então essa é a primeira parte da outra a segunda parte da obra ele vai discutir exatamente como a cultura altera sobre nós então é Como opera a cultura é exatamente o segundo momento de sua obra e é nestas nessa parte da obra em específico em que ele vai aprofundar o app e fala demais concorda né que é exatamente de como a cultura ela dá sentido e valor
para nossa resistência né ele parte do pressuposto bem claro a respeito da cultura inclusive citando Ruth benedict né dizendo que é uma espécie de lente que transpassa nossa forma de enxergar o mundo então a cultura já né nessa primeira abordagem ela só como se fosse uma espécie de óculos né que está entre o nosso olhar e que nos permite né então entre o olho EA realidade que nos permite a partir dessa lente significa essa realidade então para áudio Mariah tudo o que diz respeito ao nosso aparato cultural é o que também reverberam a situação de
como compreendemos o nosso entorno né então é como se fossemos numa relação circular produzidos pela cultura na medida em que a gente a aprender o mundo EA nós mesmos por esse aparato cultural mas também produzimos cultura uma vez que atravessados por essa lente a gente enxerga a realidade desse modo e claro que também Altera a realidade altera o meio né interage né a gente interagem uns com os outros também por essa via né então é a primeira base e que basicamente vai estar presente inclusive ao longo de Toda obra nessa ideia da importância da cultura
e o quanto ela de algum modo determina as nossas relações embora como eu disse né determinismo talvez nesse caso seja uma palavra um pouco pesado mas ela serve também para compreender e nesse sentido ainda O rottweiler ai vai apresentar que essa cultura ela vai tratar de alguns pontos e atravessar como lentes né a nossa relação de comprei nossa realidade de mundo e contexto de quem somos a partir de alguns itens específicos dos Pais ele vai escrever um pouco mais de profundidade a começar ter uma visão de mundo né Então essa é bastante Evidente o modo
como nos é basicamente compreendemos e nos apropriamos da realidade né então vou dar um exemplo né que é bem problematizado pelo autor mas né sim o modo como a gente compreende nós aqui então ocidentais compreendemos por exemplo a natureza numa visão que para nós é muito natural né digamos assim naturalizando aqui só por uma questão de costume não que haja uma natureza de fato porque faz isso né Eh também cultural mas a gente consegue a natureza de um modo que a gente acha muito natural Museu vê-la por exemplo como um objeto um lugar de extração
de recursos é uma fonte de matéria-prima Não tô dizendo que a gente concordo com isso que você e eu necessariamente pensamos dessa forma mas eu nesse vídeo como o acidente né concebe A natureza é isso a gente confrontar a nossa visão de mundo por exemplo a concepção de termos da natureza com relação ao modo como os indígenas né nas suas culturas enfim concedem enxergam a realidade enxerga o mundo a gente vai perceber uma concepção de um mundo absolutamente diferente né então porque a cultura atravessa os nossos olhares e o modo como compreendemos também o mundo
que nos cerca é o segundo. Né que que enfim o Roque laraia vai trabalhar aqui também diálogo com essa perspectiva de que uma cultura né interfere sobre nós é uma moralidade na valoração das coisas na Itaú é claro que aqui ele tá numa situação inclusive bastante próxima discussão de um autor bem anterior que é o dia unlock que refutou né enfim em seus escritos a ideia de fazer qualquer valor inato mostrando que o valor tem a ver muito com as experiências de cada povo no Roque laraia é muito nessa condição mostrando que o modo como
vai moramos né EA moral que instituímos ela é também produto de nossas culturas então é difícil a gente admite haver algum valor Universal porque no fundo no fundo os valores só faz um sentido e tem de fato o valor no interior de cada cultura Mas então essa relação também valor ativa e moral né ela perpassa naturalmente por essa além de também Além disso né o autor vai discutir a situação de comportamentos sociais do modo como na interagimos diretamente o papel que Assumimos dentro de cada sociedade a partir de cada Cultura né é e inclusive em
relação a essa questão dos papéis sociais eu me fale aqui até de uma relação de uma outra obra que a da Margaret Smith a adolescência em Chamou só para mostrar aqui uma condição do quanto é uma greve Snap Roque laraia tinta numa mesma linha da Margaret Smith então por isso eu me Vale aqui de uma de uma reflexão né e uma experiência da droga Margareth mídia não porque né ela esteja necessariamente na obra mas porque ela corrobora essa mesma ideia do comportamento né não que não faltam exemplos também no livro do autor é uma grande
mente então foi analisar algo que por exemplo era visto como natural uma sociedade norte-americana que era a crise da adolescência então sobretudo de meninas é o recorte que a autora seis e aí eu a parte da seguinte questão Será que a crise na adolescência femininas sobretudo norte-americanos do recorte além da pesquisa de campo que ela fez Será que essa crise é natural Será que tem a ver com todo esse discurso né de as é uma massagem biologicamente que justifique essa crise E aí né ao pensar a realidade por exemplo das meninas em SA e nem
então ela vai estabelecer-se pesquisa de campo a Margaret e percebe que lá essas crises não existe e o jeito como né o comportamento dessas meninas no interior daquela comunidade é absolutamente diferente o que produz uma forma de interagir mas não só com os outros mas com próprio corpo também de modo diferente então voltando para a obra do Roque laraia quando a gente pensa sobre comportamentos sociais a gente tá falando absolutamente de comportamentos culturais e interessante pensar que por mais que nós ocidentais modernos tecemos algumas coisas como extremamente naturais em relação aos nossos comportamentos eles não
são bem assim né a própria margarene que tem outras análises como por exemplo a percepção de comportamento que são ditos masculinos igualmente femininos e o como esse relativo dependendo de culturas na então nessa perspectiva antropológica né voltando mais uma vez a obra ela que varais o nosso comportamento e também atravessado pela estrutura social e pelas lentes da sociedade da socialidade né enfim que nos é absorvida por meio no nosso convívio e por fim né o autor vai tratar dentro dessa Perspectiva da de como a cultura na interfere a nossa visão de mundo de quem somos
e de como interagimos na Perspectiva também das posturas corporais Não no sentido de interação de comportamento mas daquilo que não sou a como natural por exemplo e como que a cultura atravessa essa natureza significando por exemplo o fato de sorrir vamos lá então o sorriso ou né é uma expressão absolutamente natural mas o modo como sorrimos e sobretudo sorrir o motivo que gerem sorriso já é cultural inclusive o aturar por exemplo fala da etnia cartório e de como que não é sentiria é o riso e significado de o som da minha diferente de como estamos
habituados por exemplo a naturalizar e achar né que ele serve para isso aqui no nosso caso está ligado a uma felicidade mas no caso por exemplo dos daí tinha cá porta mais relacionado a um grito de guerra uma situação que os indígenas se sentem inseguros e quase como uma resposta é sim Segurança ao riso então entenda que o riso é um dispositivo natural mas que o modo como ele é significado e é o sentido nessa aqui que lhe é atribuído é absolutamente cultural e aí um outro exemplo que Roque laraia dentre né um leque de
várias reflexões também é cito e aprofundar o da alimentação né mostrando o quanto por exemplo sentir forma natural e agora o que eu quero comer para saciar essa fome já é cultural dele e não a um discurso necessariamente biológico que seja completo o suficiente para justificar que a nossa alimentação é tão natural assim a gente tem forme e o que a gente vai usar para saciar essa fome já perpassa por uma situação absolutamente cultural né então por mais que a gente pensa assim não é para no mérito aqui naturalmente tá que não é discussão do
autor né mas só dando um exemplo de a comer carne natural para que o horário para vezes nem tanto talvez a necessidade uma proteína seja biológica Mas qual recurso para buscar essa proteína já é uma situação que culturalmente a gente vai significar dental os instintos eles também são de algum modo domesticados ou caneta analisados Por que não sei se é necessariamente uma domesticação aqui mas há uma canalização também para Esse aspecto cultural né então quando a gente tá falando em toda essa perspectiva de Cultura naturalmente o autor né É tá no fim tratando diretamente também
dessas situações em uma segunda parte da segunda parte da obra que vai discutir exatamente como a cultura interfere na discussão já tá inclusive anteriormente né é dada mas que agora vai ser aprofundada como a cultura interfere diretamente nesse plano biológico é o Aguilar Vai começa a discutindo que se de um lado existe esse aparato cultural né que atravessa o nosso olhar isso está absolutamente dentro de um campo que é conceituado como a etnocentrismo o que que seria etnocentristas essa lente que nos permite enxergar a realidade Então somos etnocêntricos na medida em que enxergamos a realidade
pelas lentes da cultura que participamos e o Edson centrismo se manifesta sobretudo quando nos defrontamos com sujeitos que tem outras lentes de enxergar a realidade então é de você tipo e quando por exemplo eu percebo que o se concebe o riso livraria agora daquele Exemplo né É de um modo diferente e é isso etnocentri etnocêntrico na medida que eu tenho certo estranhamento Pelo modo como ele significa o riso de tal né diferença que que é em relação ao modo como nós por exemplo significando sorriso e como a gente achava que era tão natural assim então
é que você trismo como a própria palavra demonstra É pensa a realidade tomando a minha etnia ou a minha visão de mundo ainda minha cultura como centro né E como referência para perceber as demais nessa situação ainda né é interessante pensar que vai ter uma centrismo não é então toma como referência humanidade né então não somos humanos que temos a nossa perspectiva a partir de nosso caráter humano não é de nossa condição humana para com relação a um olhar sobre o mundo na verdade nosso grupo a nossa referência né porque dentro da comunidade humana a
uma série de diferenças inclusive brutal Esse é um modo como significando seca analisamos nossos 20 centímetros então partir o centrismo é o conceito-chave da obra né E nessa segunda parte da obra inclusive o autor vai dizer povo e qual é o oposto das sete uma centrismo no sentido de uma situação contrária ao Edna centrismo é apatia porque quando você retira toda a visão e toda significação de realidade né de um sujeito de modo brutal desfazendo de sentido então ele vai dar exemplo por exemplo né da situação dos dos africanos que foram trazidos na condição de
escravos e de como eles foi negada cultura de como a religiosidade eles foi proibida E como que isso literalmente esvaziou o mundo desses indivíduos né desses sujeitos é porque eles foi tirar da própria identidade e não é uma identidade só que me disse quem eu sou o que já é muita coisa mas também que me diz absolutamente tudo sobre não só quem eu sou mas o que são os outros o mundo como as minhas relações devem acontecer como eu devo me comportar já que Inclusive a religiosidade também os comportamentos foram absolutamente essencial e controlados né
eu não colonizador enfim é debaixo de muita violência Então essa discussão né Ela é demonstra uma situação de ausência désert uma centrismo né mas numa ausência for xhosa e absolutamente forçada né É No Fim de como que essa cultura negada nesse caso nega também o próprio indivíduo né e ele vai dizer essa cultura inclusive não contexto africano também era Fortíssimo era uma visão de mundo né inclusive tão forte que essa crença né que que tá no bojo desse aparato cultural no fingir inclusive em situações de por exemplo levar ao óbito assim ele dá um exemplo
de feitiçaria e ele vai ser diferente do médico aqui tá crença o que a gente sabe é que alma e de aceitação tão grande né a uma internalização tão grande por exemplo que tinha feitiçaria funciona no interior havia né pelo menos no interior dessas culturas que de fato não é que ela funcionava no sentido Místico aqui mas o sentido dele dela e vontade de fato no corpo daquele indivíduo vítima do feitiço né determinados resultados porque ele acreditava nisso E e essa criança de algum modo levava né de determinados comportamentos né e inclusive situações assim nem
fim de seu corpo e né e e por fim né aí o objetivo aqui é tratar em linhas Gerais ainda os três primeiros pontos da segunda parte né o autor vai discutir o fato de que apesar da cultura ser tão importante assim se essa visão de mundo nenhum sujeito é sim por cento a própria cultura na verdade a cultura é uma espécie de lente que nos permite significar realidade a nós mesmos nós temos graus de participação nessa Cultura a inclusive sujeito que são também meio que excluídos dessa própria cultura que o exemplo por exemplo de
sociedades patriarcais e a presença de mulheres né que acabam sendo desprovidos direito Mas é interessante pensar é aqui mesmo no caso de uma por exemplo né uma mulher que é excluída de uma sociedade patriarcal enfim que né acaba de negando direitos é que se ela é de algum modo aceita essa inferioridade claro que a gente não tá dizendo que é vítima é culpada né discussão aqui é só numa situação de Cultura né mas se ela também tem internalizado essa cultura é seis exclusão vai ser também para ela uma sim vai ter também para ela uma
consideração e uma significação cultural né Então essa participação ainda que aconteça por meio da exclusão quase sempre se dá a partir desse conjunto que também é é fornecido pela cultura né e a presença de indivíduos que De algum modo não se a DECO necessariamente essa cultura por exemplo pessoas que não se sentem confortáveis em determinados padrões de sua cultura inclusive normalizados pela sua cultura esses provavelmente também vão buscar subterfúgios em outras situações dessa mesma cultura bem então é como se fosse um no círculo tão grande né de possibilidades que uma cultura nos fornece que mesmo
A negação dessa cultura ou a exclusão dessa cultura de algum modo vai ser respondida também né a partir de algum outro elemento presente nessa Cultura E aí [Música]