Luciano Subirá - A MISSÃO DO ESPÍRITO SANTO | FD#55

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Luciano Subirá
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Seguimos falando a respeito do Espírito Santo e a aula de hoje diz respeito à missão do Espírito Santo. A Escritura usa a expressão "ministério", que fala a respeito do seu serviço, mas eu quero falar tanto do serviço do trabalho como do foco e do propósito que o Espírito Santo tem. Na segunda carta de Paulo aos Coríntios, no capítulo três, nos versos 7 e 8, ele diz: "E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fixar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que fosse uma glória que estava desaparecendo, como não será de maior glória o ministério do Espírito?
" Então, além da ênfase ao ministério, à obra do Espírito Santo, nós também inegavelmente temos essa ideia sendo apresentada dentro de um contexto e o contexto é justamente o contraste entre lei e graça. Esse contexto fica ainda mais claro e evidente quando olhamos o texto no seu todo, porque eu selecionei aqui dois versículos para começar. Mas, por exemplo, no versículo anterior, o seis, o apóstolo Paulo havia dito que Deus "nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, mas o Espírito vivifica.
" Tenho visto muitas pessoas tirarem essa expressão "a letra mata" do contexto, quase como se isso fosse uma condenação ao estudo, que estudar a Bíblia ou mesmo a teologia fosse necessariamente ou em si perigoso. Existem perigos ligados ao coração do homem, ninguém vai negar. O apóstolo Paulo escreve aos mesmos irmãos de Corinto para dizer que a ciência incha.
Então, muitas vezes a pessoa lida com isso de uma forma errada, fica "se achando" porque alcançou algum nível de conhecimento, mas não é porque alguns lidam de forma errada com o conhecimento que o conhecimento em si seja errado. Aliás, o próprio Paulo que estava falando isso era um homem de profundo conhecimento, não só revelado e das coisas espirituais, como também daquilo que era natural e da própria letra da lei. Então, o que nós possamos entender é essa ideia que segue no versículo sete.
"Se o ministério da morte". O que ele está chamando de ministério da morte? É só olhar a expressão "gravados com letras em pedras".
Ele está falando dos dez mandamentos que Deus deu a Moisés e que representavam toda a lei, não apenas os Dez Mandamentos em si. Ele disse "Isso veio numa expressão de glória", e nós podemos olhar tanto para Êxodo 19 e 20, nesses dois capítulos, onde Deus, de uma forma gloriosa, manifesta sua presença no Monte Sinai. A Bíblia fala de fogo, fala de escuridão, fala de um som de buzina, fala de relâmpagos, fala de trovões e que o povo se assustou a ponto de dizer para Moisés: "Que Deus fale com você e você repassa pra gente, porque, senão, nós vamos morrer diante dessa manifestação.
" Então, mesmo depois dessa recusa deles, de ouvirem a voz de Deus e receberem isso por intermédio de Moisés, Deus diz: "OK, eu vou continuar falando e vou fazer isso por meio de Moisés. " Então Moisés é chamado por Deus, e ele passa 40 dias e 40 noites no monte. Êxodo 32 diz que quando ele desce, o povo tinha pecado com o bezerro de ouro, e ele quebra aquelas tábuas da lei e depois Deus o chama novamente, só que dessa vez, Ele diz para Moisés: "Você sobe com tábuas de pedra no lugar daquelas que você quebrou", meio que dizendo: "Você vai me restituir.
" E dessa vez o Senhor fala com Moisés: "Eu vou falar de novo as mesmas coisas e você vai escrever aquelas que eu tinha preparado e aquelas que eu tinha escrito. " Quando Moisés desce a segunda vez no monte em Êxodo 34, a Bíblia diz que seu rosto brilhava. O povo chega a se assustar com a manifestação da glória.
Mas Êxodo 34 diz que a glória não era permanente, e Moisés cobria o rosto com véu até que ele entrasse de novo no lugar da presença de Deus, para dar uma recarga de glória, então ele vinha e aparecia sem véu, mas quando a glória começava a sumir e essa explicação é muito clara aqui no capítulo três de segunda aos Coríntios, ele cobria de novo o rosto com o véu. Toda a construção, ela parte do entendimento do que acontece em Êxodo 34. Tanto que no verso 18, que é algo que daremos ênfase aqui a pouco, o apóstolo Paulo, ele vai fazer a seguinte declaração: "E todos nós, com o rosto descoberto", ou seja, sem véu, ele segue contrastando aquilo que aconteceu com Moisés.
Então, quando olhamos nessa perspectiva, a Bíblia está enfatizando que o ministério do Espírito, ele tem uma glória maior do que aquela que foi manifestada na ocasião em que a lei foi dada. Aquela glória que Moisés experimentou, ela sumia, ela desaparecia, ou seja, ela era desvanecente, e ela não era permanente. Agora, o que eu e você precisamos entender é que a glória do ministério do Espírito, não só ela não é desvanecente, mas, mais do que apenas permanente, a Bíblia sinaliza que ela é uma glória progressiva, que aumenta.
Em segunda aos Coríntios, no capítulo três e no verso 18, o apóstolo Paulo diz assim: "E todos nós, com o rosto descoberto, contemplando a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória". Aqui eu imagino os degraus de uma escada, uma manifestação progressiva de um nível de glória a outro nível de glória; "de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, que é o Espírito. " Então, o verso 18 nos sinaliza não apenas que a glória do ministério do Espírito é maior, porque, em vez de desvanecente, mais do que permanente, ela é progressiva, mas porque ela faz aquilo que a lei não podia fazer.
Nós precisamos ter esse nível de entendimento. Qual é o ministério do Espírito Santo? Qual é a obra do Espírito Santo?
Qual é a sua missão? Qual é a sua importância? Podemos dizer que, olhando para a própria Escritura no dia de Pentecostes, Pedro nos levanta apenas para pregar uma mensagem evangelística.
Ele está pregando o que hoje nós poderíamos classificar com uma mensagem apologética e ele defende a doutrina do Espírito Santo, o cumprimento da promessa feita por Deus em Joel no capítulo dois, versos 28 e 29, e a sua manifestação na Nova Aliança, no formato em que aconteceu no dia de Pentecostes. Não apenas com as pessoas falando pelo Espírito, por inspiração do Espírito, mas inclusive a manifestação do falar em línguas, que será assunto de uma próxima aula nossa, que ela é inaugurada, não existe na antiga Aliança, ela é inaugurada a partir de Pentecostes. Então, ao olhar para isso, nós precisamos basicamente compreender que o que vamos pensar e crer sobre o Espírito Santo não pode ser baseado no achismo: "Eu acho que"ou "eu sinto isso" e nem só nas experiências como alguns pentecostais carismáticos fazem e nem tão pouco na ausência das experiências como alguns que se denominam mais tradicionais ou de igrejas históricas conservadoras, acabam fazendo.
O que é que a Escritura fala sobre a obra do Espírito Santo? Então, o nosso ponto de partida é observar que o apóstolo Paulo está direcionando a missão do Espírito Santo, a obra que ele tem a realizar, a cumprir, a executar com aquilo que é o propósito ou, eu diria, até mais o foco da Nova Aliança. Então, quando falamos sobre a lei, um ponto inquestionável é que a lei não pôde, ela não podia aperfeiçoar ninguém.
Hebreus capítulo sete, verso 19, diz: "Pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma. " Não só não aperfeiçoava pessoas. A Bíblia diz que não aperfeiçoa nada, coisa nenhuma.
Em Hebreus, no capítulo nove, no verso nove, referindo-se aos ritos cerimoniais da lei, o escritor diz que eles eram ineficazes para aperfeiçoar aquele que presta culto. Aliás, Paulo, em Romanos, no capítulo oito, no verso três, ele começa dizendo: "o que fora impossível à lei por causa da fraqueza da carne, Deus fez enviando seu Filho. " Ou seja, Cristo veio manifestar a graça, e por meio da graça nós experimentaríamos aquilo que a lei nunca pôde fazer, que significa o quê?
Aperfeiçoamento, transformação, mudança de vida. Então, a essência da obra da Nova Aliança é uma obra de transformação. Nós precisamos entender que essa glória, ela não vem para ser experimentada para a gente dizer:.
"Uau! O rosto brilhou" e daqui a pouco some. Ela também não vem só em caráter permanente.
Ela vem dentro do plano e do propósito de Deus, com uma ideia: para que ela se manifesta de forma progressiva, porque a transformação é igualmente progressiva. Nós não vivemos uma transformação completa na conversão. Nós deixamos isso claro numa outra aula, onde falamos a respeito dos tempos da salvação.
Então também compreendemos o processo de santificação da mesma forma. Há uma santificação inicial, há uma santificação progressiva e há uma santificação final que se dará no clímax da redenção com a vinda do Senhor Jesus. A pergunta é: Qual é o foco?
Para onde Deus deseja nos levar? Em Romanos, no capítulo oito, no verso 29, nós temos algo que mostra o plano e o propósito eterno de Deus. O texto refere-se primeiro à presciência de Deus, mas fala também do seu claro propósito em dar destino de antemão àqueles que na sua presciência conheceu.
O texto diz: "Pois aqueles que Deus de antemão conheceu ele também predestinou" para quê? Para que ele dê o destino de antemão e qual era ele? ".
. . também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele", seu Filho, "seja o primogênito entre muitos irmãos.
" Algo que eu e você precisamos entender é que o cerne do Evangelho diz respeito à transformação das pessoas na imagem do Senhor Jesus. Eu fico admirado, pasmo, quando vejo as pessoas fazendo do Evangelho algo que parece consertar todas as áreas da vida de alguém, menos aquilo que é, em essência, transformar o homem na imagem do Senhor Jesus. Muitas pessoas estão enfatizando um evangelho que melhora apenas a qualidade de vida terrena, que traz cura e saúde, e eu não nego esses benefícios ou efeitos colaterais, por assim dizer, um evangelho que pode mudar a sua condição familiar e financeira.
De novo eu vou dizer: eu não nego essas consequências ou efeitos colaterais, mas o apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, disse: "Se é só para essa vida que esperamos em Cristo nós somos de todos os homens os mais infelizes. " Outra tradução diz "os mais dignos de lástima", porque o plano e o projeto de Deus não é apenas melhorar a nossa qualidade de vida terrena, é produzir na minha e na sua vida um impacto eterno de transformação que também seja permanente, ou seja, transformação na imagem de Jesus. Nós fomos chamados por Deus para sermos semelhantes a Jesus.
Então a obra da cruz, a morte e a ressurreição de Nosso Senhor, toda a obra da redenção não é apenas para que o homem seja perdoado dos seus pecados, sejam aqueles herdados por meio da natureza adâmica ou aqueles praticados por meio da execução dessa natureza pecaminosa que está em nós, mas o plano e o projeto de Deus é muito mais do que perdoar pecados. A Palavra de Deus nos mostra que Cristo veio ser o modelo e o padrão. Ele vem ser o cabeça de uma nova linhagem e Ele se torna o modelo de comportamento.
Ele se torna o padrão ao qual todos nós devemos nos ajustar. Então, em primeiro de João 2. 6, a Bíblia diz: "Quem diz estar nele", nele ali é em Cristo, "deve andar como ele também andou.
" Em primeiro de Pedro no capítulo dois, no verso 21, a Bíblia diz que ele nos deixou exemplo, a fim de que a gente siga as suas pegadas. Em primeiro aos Coríntios, no capítulo 11, no verso 1, Paulo diz: "Sejam meus imitadores, como eu sou de Cristo. " Ele está enfatizando que Cristo segue sendo o padrão, a referência, o modelo a ser imitado.
Em Filipenses 2. 5, a Escritura aponta na mesma direção: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus. " Em Efésios, no capítulo quatro, no verso 13, falando de crescimento espiritual, a Bíblia diz: "Até que todos cheguemos à estatura do varão perfeito, Cristo Jesus.
" Ele segue sendo o padrão a ser alcançado. Em primeira aos Coríntios, no capítulo 15, o apóstolo Paulo, falando a respeito do primeiro Adão, aquele que se tornou um padrão que reproduziria a sua natureza, a sua imagem . .
. eu creio que a melhor palavra aqui a ser usada é natureza, a sua natureza pecaminosa. Ele faz um contraste e ele fala do último Adão.
Quem é o último Adão? É só você olhar a comparação que a Escritura faz. Então, por exemplo, no versos 48 e 49, do primeiro aos Coríntios 15, nós lemos: "Como foi o homem terreno, assim também são os demais que são feitos do pó da terra; e como é o homem celestial, assim também são os celestiais.
E, assim como trouxemos a imagem do homem terreno, traremos também a imagem do homem celestial. " Nós sabemos que o pecado de Adão afeta o curso de toda a humanidade. Em Romanos 5.
12, a Bíblia diz: "Por meio de um só homem entrou o pecado no mundo, através do pecado, a morte e a morte passou a todos os homens. " Dois versículos depois, no 14 de Romanos cinco, Paulo deixa claro que ele se referia a Adão. Adão se tornou um padrão, um cabeça de raça, um protótipo, uma matriz reprodutora, e nós todos nascemos semelhantes a Adão.
Salmo 51. 5 diz: "Eu nasci em iniquidade, em pecado me concebeu a minha mãe. " Salmo 58.
3 enfatiza a mesma coisa: "Os ímpios se alienam desde a madre, desde que nascem, proferem mentiras. " O nosso problema é um problema de nascimento. É por isso que a proposta de Jesus em João três, apresentada a Nicodemos, mas ofertada a todo o ser humano é que nós temos que nascer outra vez, de novo.
Porque no primeiro nascimento, onde deu ruim, recebemos uma natureza pecaminosa. No segundo, recebemos uma nova natureza a natureza de Jesus Cristo. Não vamos nascer de novo, literalmente, segundo a carne.
Jesus explica: "o que é nascido da carne, é carne, o que é nascido do espírito, é espírito", mas recebemos uma nova natureza. Quem está por trás de toda a obra do novo nascimento? O Espírito Santo.
Sem Ele não temos arrependimento, sem Ele não cremos. E arrependimento e fé são os primeiros rudimentos da doutrina de Cristo, apresentado em Hebreus no capítulo seis. Aliás, essa era a essência da mensagem de nosso Senhor que veio pregar o Evangelho.
Aliás, o livro de Hebreus diz que a salvação foi inicialmente anunciada por Jesus e continuada pelos seus apóstolos. Então Jesus dizia; "Arrependei-vos e crede no Evangelho. " Tanto o verbo "arrepender" como o verbo "crer" foram conjugados no imperativo.
Com isso, Jesus está dizendo: "É responsabilidade de vocês tanto arrepender como crer. " Ou seja, não é algo que nós podemos dizer: "Ah, o homem não tem participação. " Por outro lado, Deus não deixou o homem sozinho.
Romanos capítulo dois diz: "A bondade de Deus conduz ao arrependimento. " Conduz, não arrasta, não obriga mas Deus está sempre oferecendo recursos. Em João, capítulo 16, verso oito, Jesus, falando da vinda do Espírito Santo, diz: "Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.
" Então eu e você temos a responsabilidade de arrepender, mas Ele trabalha em nós, oferecendo recursos e condições para que a gente consiga dar a devida resposta. Temos a responsabilidade de crer, mas, em segundo, aos Coríntios 4. 13, ele é chamado de "o Espírito da fé".
Então o Espírito Santo não começa a trabalhar na nossa vida a partir da conversão. O que acontece a partir da conversão é que então ele passa a habitar em nós. Então nos tornamos, como diz Efésios 2.
22, morada de Deus no Espírito, como diz primeiro aos Coríntios 3. 16, santuário de Deus. O Espírito Santo passa a habitar em nós e, a partir do momento que Ele vem habitar em nós, Sua presença está relacionada ao quê?
À Sua missão. Por que é que o Espírito Santo veio habitar dentro de mim e dentro de você? Não é porque faltou lugar para Ele no céu e Ele descobriu que podia morar de graça em você sem pagar aluguel.
Obviamente, a habitação dele em nós faz parte do seu propósito, da sua missão que eu quero destacar. Agora, embora no processo, a gente tenha que reconhecer que a obra do Espírito Santo envolve arrependimento, envolve a fé, Ele participa do novo nascimento, mesmo depois da conversão, quando vem habitar em nós e manifesta a natureza de Cristo. E, aliás, o novo nascimento não seria possível sem a obra do Espírito Santo.
Em Tito 3. 5, além de Jesus em João 3 falar sobre nascer da água e do Espírito, em Tito 3. 5 e 6, a Bíblia fala que Deus nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que Ele derramou sobre nós ricamente por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador.
Então um novo nascimento só é possível pela obra do Espírito Santo e a partir desse momento, Ele vem habitar em nós para continuar trabalhando no processo de transformação, de glória em glória, na imagem do Senhor que é feita pelo Espírito Santo, nós seguimos precisando Dele. Em Gálatas, no capítulo cinco de 16 a 18, nós vemos enfaticamente a missão do Espírito relacionado com nos levar a andar em vitória sobre a carne e o pecado. Então Paulo diz, em Gálatas cinco, 16 a 18: "Digo, porém, o seguinte: vivam no Espírito", outra tradução diz: "andem no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne.
Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne, porque são opostos entre si, para que vocês não façam o que querem. Mas, se são guiados", conduzidos, se deixam levar por tudo aquilo que falamos nas aulas anteriores sobre interação, "pelo Espírito, vocês não estão debaixo da lei", aquele lugar onde não tinha transformação e éramos escravos do pecado. Hoje a Bíblia diz: "O pecado não mais terá domínio sobre vós", Romanos 6.
14, "porque não estais debaixo da lei, e sim debaixo da graça. " Aqui existe transformação e não mais o domínio do pecado. E enquanto somos aperfeiçoados, Ele ainda nos capacita para o serviço, dispensando a unção, o poder que necessitamos para ser testemunhas de Jesus.
Mas tudo isso sempre é parte de um trilho que nos leva numa direção. Qual é a direção? A transformação do ser humano na imagem de Jesus.
Então, para a pessoa que já foi alcançada pelo Senhor e está sendo santificada, a transformação é para que ele seja parecido com Jesus. Quando o Espírito nos capacita a pregar o evangelho e levar a salvação aos que não foram alcançados, a ideia de que esses, sendo alcançados, também sejam transformados na imagem do Senhor Jesus. Ou seja, o projeto final é sempre a transformação na imagem de Jesus.
Mas para isso nós precisamos entender que Ele age em nós. Quando Paulo diz: "Ele nos capacitou para sermos ministros na Nova Aliança", é indiscutível que há uma capacitação. E aqui eu quero, em segundo lugar, fazer de forma breve uma distinção entre unção externa e interna.
Unção na Bíblia está relacionado com capacitação. Nós precisamos reconhecer isso. Então, por exemplo, em Lucas quatro, citando lá o livro de Isaías, Jesus, em Lucas quatro, nós temos o registro em que Jesus lê essa porção do livro de Isaías que diz o seguinte, eu vou ler os versos 18 e 19: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e proclamar o ano aceitável do Senhor.
" "Ele me ungiu para". Você pode trocar a expressão "ungiu"por "capacitou". "Ele me capacitou para evangelizar os pobres.
" Como Ele capacita? Com o poder do Espírito que é liberado sobre as nossas vidas, como foi liberado sobre Ele. Então nós podemos seguir lendo aqui: "Ele me enviou para proclamar libertação aos cativos.
" Como os cativos podem ser libertos? Pela unção, capacitação do alto. "Restauração da vista aos cegos", como isso pode acontecer?
Capacitação sobrenatural, que é unção. "Para pôr em liberdade os oprimidos" e, por fim, "proclamar o ano aceitável do Senhor. " Então, o que nós precisamos entender é que a Bíblia está falando de uma capacitação, ela se manifesta pelo poder do Espírito, e a Bíblia fala de um poder que vem sobre nós.
Jesus diz: "O Espírito do Senhor está sobre mim. " Agora, Lucas 24. 49, Jesus diz: "Eis que envio sobre vocês a promessa do meu Pai; permaneçam, pois, na cidade, até que vocês sejam revestidos", revestido fala de algo externo, "do poder que vem do alto.
" Então, de novo, Jesus está falando do poder, mas está falando de algo que nós podemos chamar de uma unção externa. O Espírito do Senhor está sobre mim do lado de fora, não do lado de dentro. Revestidos, do lado de fora.
Atos capítulo um, verso oito, Jesus diz aos discípulos: "Vocês receberão poder ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra. " Poder. Quando o poder vai se manifestar, capacitando vocês para pregar o evangelho?
Aliás, Jesus disse: "Fiquem na cidade, não vão a lugar nenhum", nos versículos 4 e 5 de Atos um, Ele já tinham dito: "Permaneçam em Jerusalém até que vocês sejam revestidos do poder. Receba o batismo no Espírito Santo. " Ele está dizendo: "Vocês precisam primeiro da capacitação para depois realizar a minha obra" e aqui Ele está dizendo: "Vocês vão receber poder ao descer sobre vocês.
" De novo, o Espírito sobre. A unção externa, ela sempre tem a ver com Deus, nos capacitando para fazer alguma coisa para Ele. Isso significa que nós seremos instrumentos de Deus para tocar a vida de outras pessoas e realizar o trabalho que Ele tem em prol de outras pessoas.
Mas a Bíblia também fala de uma unção interna, que é diferente da externa, no seu propósito, na sua forma de trabalhar. Primeiro de João, capítulo dois eu vou ler primeiro verso 20, depois o 27. Primeira de João 2.
20 diz: "Mas vocês têm a unção que vem do Santo e todos têm conhecimento. " Até aqui ele só falou "têm a unção", ele não fez distinção. Verso 27: "Quanto a vocês, a unção que receberam dele permanece em vocês", "em" aqui e do lado de dentro, não "sobre", do lado de fora.
Ele vai mostrar a distinção da unção externa para a interna. ". .
. e não precisam que alguém os ensine. Mas, como a unção dele os ensina a respeito de todas as coisas, e é a verdadeira, e não é falsa, permaneçam nele, como também ela ensinou a vocês.
" Aqui nós temos a ênfase de unção, mas diferente dos versículos anteriores, essa unção não está relacionada com aquilo que Deus fará por meio de nós na vida de outras pessoas. Tem a ver com aquilo que Ele quer fazer na nossa própria vida. Aliás, o apóstolo Paulo diz, em segundo aos Coríntios, no capítulo um, no verso 21: "Mas aquele que nos confirma juntamente com vocês em Cristo e que nos ungiu é Deus.
" E o verso 22 ele diz: "que também pôs o seu selo em nós", do lado de dentro, "e nos deu o penhor," garantia "do Espírito em nosso coração. " Então a ideia de "nos ungiu", ela está relacionada aqui com o selo, com o penhor, a garantia, já falamos disso em aulas anteriores, e está relacionado com a presença do Espírito Santo em nós. Então, a unção aqui não tem ênfase externa, ela tem ênfase interna.
E o que nós vemos em comum nos dois textos de primeira de João 2. 20 e depois o verso 27, e aqui, em primeiro aos Coríntios um, 21 e 22, é que a unção, quando é enfatizada do lado de dentro, ela fala do que Deus vem fazer em nós e não através de nós. Então, o selo do Espírito é a garantia do desenvolvimento da salvação e da nossa permanência no Senhor.
Quando olhamos para essa unção que permanece em nós, como João diz, ele diz "essa unção, ela vos ensina, ela orienta vocês, ela conduz vocês a um lugar de resposta para Deus debaixo da orientação e da liderança do Espírito Santo. " Feita essa distinção da unção externa e interna, eu quero chamar a sua atenção para quando falamos da obra do Espírito Santo a importância de valorizar o todo. Porque eu vejo em segmentos diferentes da Igreja meio que uma disputa.
Então você tem crentes que advogam a importância dos dons de um lado, e outros que advogam a importância do fruto do Espírito. A turma do poder, dos dons, da unção: "Nós não podemos viver sem os dons do Espírito Santo. Isso é essencial, é vital".
Doutro lado: "Não, vital é o fruto do Espírito. Uma vez que o Espírito Santo veio para nos transformar na imagem de Jesus, nós temos que ser parecidos com Ele. " Eu digo: "É, mas ser parecido com Ele envolve manifestar o seu caráter, mas envolve também reproduzir o seu estilo de ministério.
" Jesus disse: "Quem crê em mim, fará as obras que eu faço e até maiores. " E ele teve um ministério marcado pelo poder. A questão é que a gente não tem que escolher entre dons e fruto.
Nós já apresentamos isso em aulas anteriores, a ideia da visão de equilíbrio no candelabro. A gente tem que ter tanto um quanto o outro, ou seja, valorizar o todo. Eu vejo igrejas que ficam nessa disputa: "Não.
Nós somos a igreja da Palavra. " - "Nós somos a igreja do poder. " A pergunta é: quem foi que disse que a gente tem que escolher entre uma coisa e outra?
Em Mateus, no capítulo 22, no verso 29, Jesus diz o seguinte: "Jesus respondeu: O erro de vocês está no fato de não conhecerem as Escrituras nem o poder de Deus. " Então, quando ele se dirige a esse grupo, Ele diz: "Se não conhece as Escrituras e não formos a igreja ou os crentes da Palavra, nós estamos errado. Mas se não conhecemos o poder de Deus, nós também estamos errados.
" Quem foi que disse que a gente tem que escolher entre uma coisa e outra? A ideia é que a gente valorize o todo. Olhe o que o apóstolo Paulo diz em Efésios, no capítulo quatro, no verso seis: "Um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, e por todos, e em todos".
Então vamos lá. Ele fala sobre Deus e ele está falando de um só Deus. Ele vai falar de um só Senhor, de um só Espírito que habita em nós e, obviamente, ele está relacionando a manifestação de Deus com aquilo que Deus quer realizar nas nossas vidas.
Mas ele fala que Deus é sobre, ele fala que Deus é por todos, mas ele também fala que Deus está em todos. Eu sei que algumas traduções em vez de "por todos" dizem: "Ele age por meio de todos", mas essa palavra traduzida tanto pode dizer do que Ele faz por meio como, talvez, a sua tradução mais próxima do original é "por causa", é o motivo. Ou seja, nós somos o motivo pelo qual Deus está se movimentando para cumprir o Seu propósito.
Então, nesse sentido, nós podemos dizer que Deus age em nosso favor, e não só por nosso intermédio. Porque quando a Bíblia diz que Ele é sobre todos, qual a definição de Deus do lado de fora, mas sobre nós? É a unção, é Deus nos capacitando.
Então eu creio que essa ideia, relacionando com o resto do entendimento bíblico, já mostra que ele age por meio de nós enquanto sobre, condição. Quando a Bíblia diz "por todos", eu, particularmente acredito que o foco é Deus em nosso favor, como diz Romanos 8. 31: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?
" Mas a Bíblia também fala de Deus em todos, Ele do lado de dentro. É a obra do Espírito Santo que foca a transformação. Quando olhamos o grande movimento pentecostal e nós estamos vivendo tempos de restauração que preparam a vinda do Senhor, na virada do século XIX para o XX, nós tivemos, podemos dizer restaurada, não que ela desapareceu plenamente, mas havia se tornado rara, nós tivemos restaurada, pelo menos no sentido massivo, a experiência do batismo no Espírito Santo e dos dons, e o movimento pentecostal se alastrou por toda a terra como fogo em mato seco, em palha seca.
Foi extraordinário o que Deus fez e começamos a viver uma grande ênfase de Deus sobre todos. Depois de algumas décadas, nós começamos a ter um ensino forte sobre fé que simultaneamente foi despertado em todo o mundo. Pregadores se levantaram para ensinar a fé, levaram os crentes a um posicionamento, a depender de Deus, a confiar em Deus para que a gente visse o sobrenatural restaurado não só na pregação do Evangelho, edificação de outros, mas naquilo que Deus quer fazer em favor de cada um de nós.
Isso despertou a Igreja para um novo nível de resposta e nós ainda colhemos resultados disso. Mas eu quero que você me ouça com atenção. O grande, próximo e poderoso mover do Espírito Santo na Terra vai nos levar ao entendimento da restauração do terceiro nível.
Não só Deus sobre a unção e os dons, não só Deus por nós, o que tem nos levado em fé a receber Dele, mas nós vamos entender o que é Ele em nós, nós nos transformando na imagem do Senhor Jesus. Vivendo plena santificação, avançando não apenas fluindo nos dons, debaixo da unção e do poder, mas manifestando o fruto do Espírito, vivendo a plena liderança e o controle do Espírito Santo. Essa é a missão do Espírito Santo.
Não uma coisa, não outra. Não um fragmento. Não Ele sobre, não Ele por, é um pacote completo e nós precisamos valorizar o todo e ao valorizar o todo, nós precisamos de fato compreender que o produto final, portanto, eu diria que se tiver que comparar grau de importância, o produto final no qual o Espírito Santo está mirando e trabalhando merece uma atenção ainda maior.
Isso significa que eu e você precisamos ser mudados e transformados à semelhança de Jesus. Eu não posso crer que o poder do Espírito Santo opera milagres, curas, sinais, mas não consegue nos transformar. O que nós precisamos entender é como nos render a esse poder.
E a minha oração é que você compreenda isso e responda a Ele de forma prática.
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