Olá pessoal bom dia e pessoal aqui do YouTube pessoal do Instagram eh mais uma pergunta como eu tinha comentado com vocês eh que me fizeram que eu acho uma distinção importante o ideal do Eu o Eu ideal né Quais são as distinções Entre esses dois conceitos né e queria falar um pouquinho dessa distinção né que em Freud pelo menos não se apresenta né curioso né ah os termos ideal is e is ideal né ou seja o ego ideal ideal is né e o ideal do Ego is ideal eh em Freud são meio que sinônimos isso
aparece em 1923 no texto das is das is né que é o o eu e o isso né eh então lá em Freud eles são absolutamente né intercambiados assim sem uma distinção teórica firme conceitual né de que o Eu ideal né é algo a a ser distinguido do do ideal do Eu né então primeiro o mais simples né o ideal do Eu né Isso é absolutamente simples uma um conceito que ao mesmo tempo da pela sua simp sociedade inclusive né é genial né primeira grande distinção né Eh que o Freud vai introduzir n no campo
do eu né Eh num certo sentido o eu ele não é unívoco eh em si mesmo né se ele não não forma uma estrutura única né então o Freud vai começar a pensar nessas distinções do Campo egóico né Uber is esse is ideal né Eh o o super eu né esse o esse ideal do Eu eh para fazer distinções mas claro ainda aproximações né são distinções mas que tornam ainda de alguma maneira próximos né Eh esses campos todos eles presentes no próprio eu tá então bem importante situar essas o Eu ideal o ideal do Eu
o super eu no campo do processo secundário né são por assim dizer variações derivações né do campo do eu tá então H Claro aspectos inconscientes né dessas instâncias o Eu ideal ideal do Eu superu mas o aspecto inconsciente eh dessas instâncias faz referência ao pré-consciente tá então do ponto de vista econômico dinâmico né claro a gente vai falar do inconsciente né da presença inconsciente dessas eh instâncias mas do ponto de vista sistêmico né ou seja topológico mesmo né Essas instâncias não pertencem elas mesmas ao inconsciente tá o sistema primário né do processo primário então super
o ideal do Eu Eu ideal é processo secundário né não é processo primário né do inconsciente propriamente dito Beleza então acho que isso é uma uma né situar isso né topograficamente aqui em Freud é bastante importante então mais simples o ideal do Eu como o próprio nome indica são os ideais que se colocam eh pro eu ideais né a gente ao longo do século xx2x Estamos vendo né ideais que são ideais sociais de classe raça gênero né Eh são ideais que obviamente se estabelecem a partir disso que ah se colocam como um eh eu ideal
na Cultura né então é interessante que essa relação né entre o ideal do Eu e um Eu ideal né já se estabelece pelo próprio pela própria ideia do conceito né do do ideal do Eu né então o ideal do Eu de cada sujeito é o Eu ideal que tá lá na Cultura né como tipo ideal para pensar numa eh noção importante do Max Weber né É um tipo ideal que que tá ali flutuando na cultura mas que a gente sabe tá nas engrenagens mesmo da linguagem né nas engrenagens mesmo ah dos discursos e das práticas
que vão produzindo esse Eu ideal né que aparece como o tipo ideal né na na televisão na propaganda no Instagram né enfim que que eu o ideal que ise não é o ideal do corpo é o ideal de beleza o ideal da profissão né mas da raça do gênero da classe enfim o ideal né que vai sendo colocado como um um eu perfeito né uma perfeição narcísica né que se estabelece portanto algo diferenciado do eu mas que com o qual ele pode se relacionar ele pode se comparar etc o Freud ele vai colocar o ideal
do Eu eh muito próximo também mais uma vez quase como sinônimo em algumas passagens do suere eu né do famoso super ego eh exatamente por isso porque existe uma dimensão do ideal do Eu que por ser inalcançável vai sempre ser muito punitivo né o ideal do Eu vai nos punir eu não sou bonito suficiente eu não sou inteligente suficiente eu não sou branco suficiente eu não sou né então é algo que aponta sempre para Essa insuficiência tá o ideal do Eu vai ter essa dimensão né super egóica violenta agressiva né a gente tá sempre em
dívida né sempre devendo alguma coisa pro ideal então ele tem mais essa dimensão super egóica pode ter essa dimensão super egóica mas atenção ele pode também né aproximar né o o eu e o ideal podem se aproximar é quando a gente se sente bem se sente feliz né Eh quando o eu se sente próximo a esse ideal ou se reconhece aí ou é reconhecido né pelo outro próximo desse ideal né então os momentos de eh né de narcisismo reconhecido por assim dizer o sujeito que se reconhece né Eh como próximo desse ideal tá feliz fiz
ele tá alegre consigo mesmo ele tá eh ele se ama ele se né Reconhece enquanto eh próximo e desse ideal isso vai desde a felicidade comum de tá bem consigo mesmo né até Os Delírios megalomaníacos né que seriam aí a fusão por assim dizer entre eh o eu e o e o seu ideal né então quanto mais próximos né mais megalomaníacos mais eh narcisistas no sentido Popular aí do termo a gente ficaria né Quanto mais tensionados né Essa as duas instâncias super eu e o Eu ou o ideal do Eu e o eu quanto mais
tensão quanto mais conflito mais culpa mais melancolia mais depressão né mais complexo de inferioridade Enfim tudo isso que a clínica vai mostrando pra gente como agressão né do ideal do Eu então ideal do Eu isso o Eu ideal a apesar de não aparecer como conceito formulado em Freud foi ganhando uma conceituação ao longo da história psicanalítica eh e alguns autores né começaram a dizer pô mas quem sabe a gente não pode né retirar aí dessa troca de palavras que o Freud fez um pouco para brincar com os sinônimos né is ideal ideal is né foi
só uma brincadeira né um pouco semântica né um pouco eh da linguagem mesmo que o Freud fez mas quem sabe a gente não pega esse termo e conceitualiza também então foi isso que aconteceu né começou a acontecer ao longo ah do século XX né com os pós fredi anos então o Eu ideal nesses pfr deanos vai fazer referência a uma a em primeiro lugar primeira grande leitura tá eh que vai aparecer eh com um tal de nunberg tá eh e esse nber vai fazer a primeira leitura que é assim o Eu ideal é aquele eu
que tá em contato com a ah a sua própria onipotência né então é aquele aspecto muito Imaginário do Freud eh de que o eu no início da sua configuração eh era habitado por um sentimento de onipotência né então é o eu do início do início ainda onipotente que se acha pleno que se acha eh né portador de todo o mundo de todo o sentido né unido ao isso tá então é o eu unido colado ainda ao inconsciente ainda muito misturado tá essa concepção né que vai ser muito criticada depois pelo laplan Mas enfim não vou
entrar nesse ponto mas primeira grande definição seria essa é um eu né coladinho ao isso o Daniel lagash um tempo depois eh vai falar eh é mais ou menos nessa direção mas eu diria que é o eu eh próximo a identificação com a mãe né Eh Ou seja um eu eh investido ainda da sua onipotência né mas é um eu que ainda se mistura o outro e que tá né absolutamente se sentindo né ali num na nesse tempo que o Win chamaria de objetivo objetivo subjetivo objetivo onde essas coisas estão totalmente misturadas onde o eu
se sente né onipotente então ah e o Lacan né no no estádio do espelho por exemplo vai eh designar esse processo assim de ah né idealização máxima do eu né Eh uma imagem plena eh do Eu também ele vai associar essa imagem né Muito imaginária né da plenitude da forma ação homogênea né de uma eh formação unitária muito consistente ele vai associar isso também ao Eu ideal né e obviamente né o Lacan vai dizer que isso tem que ser desconstruído que isso tem que ser desmontado por assim dizer né então o Eu ideal eh ele
ganha uma história né ao longo da da da teoria psicanalítica mas que não tá presente no Freud insisto nisso né não tem essa distinção teórica no Freud Mas é uma é uma distinção são interessante assim pra gente conversar né assim é é preciso manter né esse Eu ideal já que né só entrando um pouquinho na nas críticas do laplanche né aqui eh a gente sabe que o eu né ele eh não se forma Né desde o início por assim dizer como onipotente né ele não tá lá presente misturado ao isso né Isso é uma concepção
eh ruim né Eh de pensar a Constituição da subjetividade de imaginar que o eu tá presente desde o início né o eu tá presente desde o início lá na na vida psíquica do bebê não o eu vai se formando aos pouquinhos né ele eh vai de alguma maneira eh se arregimentando a partir dos né do Olhar do outro das excitações que são provenientes do outro essa constituição essa integração né psicosomática Essa eh formação né das suas fronteiras são muito l né E muito provavelmente esses sentimentos de onipotência né isso que o Freud né apontava Assim
como algo provável ali eh na no infantil né Muito primitivamente eh Isso deve ser coisas posteriores né Isso deve ser eh não Não no momento da formação do eu né mas Sensações posteriores né que tem a ver exatamente com esse aspecto defensivo do eu que já tá mais consistente é aí que o sentimento de onipotência pode aparecer né É aí que essa sensação né de que o eu é onipotente pode tudo né um Eu ideal né que ele pode aparecer Então a partir do La plan a gente teria mais dificuldade de situar né esse Eu
ideal Ah no início do início né Eh a gente poderia pensar aqui né como um o Eu ideal como um certo resultado né Eh dessas defesas narcísicas muito próximas daquilo que o winicott eh desenhou né Eh sobre da diferenciação entre aquilo que ele pensou do ã dessa sensação de onipotência eh que a criança vai ter pro sentimento de onipotência né então uma coisa é a gente eh de alguma maneira sentir que e é onipotente mas porque o objeto vai lá e oferece o seio quando o bebê tá criando o seio né então o o bebê
quer o seio né eh e aí a mãe aparece então ele vai ter essa ilusão de onipotência né Essa ilusão de onipotência Como inicot desenha eh é é uma cena que tá que faz o outro aparecer muito né A mãe tem que tá lá e ofereceu o seio naquele momento né Então essa ilusão de onipotência Claro pode ser lida né eu tô lendo sempre com la planche a posteriore né então né assim quando eu se constituo e tá todo bonitinho essa sensação constante que o bebê teve de da ilusão de onipotência São esses restos né
dos bons encontros com o outro né da sensação de que eu criei aquilo que eu encontrei né eu crio aquilo que eu encontro esses restos dessas experiências das experiências prazerosas esses restos formam o Eu ideal A posteriore então não é que né o Eu ideal já tá lá presente né misturado ao isso o eu já tá né tendo Sensações e podendo experimentar essas coisas tá então o Eu ideal ele apresenta muito mais dificuldade para ser né formulado pensado mas em resumo né é isso o ideal do Eu é muito tranquilo da gente formular né Eh
livros aliás como da Neusa Souza Santos eh tornar-se negro um livro maravilhoso né para deixar bem desenhado assim o que que é o ideal do Eu quando a autora né de forma precisa assim muito inteligente diz que o ideal do Eu das pessoas negras no Brasil é o branco é o é o homem branco é a pessoa branca né são é a branquitude né como a gente e diria hoje né Então hoje eh a gente consegue perceber por exemplo que esse ideal do Eu né traz e os eu ideais né o Eu ideal que tá
aí pairando na cultura na mídia na televisão no Instagram na propaganda etc então o ideal do Eu não apresenta um problema né de definição é o que o próprio nome diz mesmo né são os ideais propostos pela cultura que o eu fica ali tentando né alcançar às vezes se aproximando às vezes em conflito tensionado culpado né sempre em dívida com relação a esses ideais que como os próprios Como o próprio nome indico é ideal nunca vai ser alcançado né Eh o Eu ideal é que vocês estão vendo é é um conceito mais problemático né então
eu ficaria aqui com a o a observação do laplanche né de que o eu não existe desde o início né E que portanto um eu né ideal né ele só poderia aparecer enquanto resto a posteriore né daquilo que eu poderia por assim dizer imaginar né Eh de uma ótima situação né de proximidade né entre o eu e o outro o eu e o isso o eu e o desejo então um lugar psíquico onde o eu não tá eh tão em eh conflito assim né não estaria tão conflit estaria tão tensionado né esse é o Eu
ideal é o eu que tá empoderado o eu que tá hiper investido pelo outro né pelo seu próprio inconsciente pelo seu próprio desejo tá um conceito por assim dizer menor na história da psicanálise ess esse conceito do Eu ideal mas né ajuda a gente a pensar né assim no que que são os investimentos narcísicos né de como que esses investimentos narcísicos não formam um todo então queria só concluir dizendo isso né Essa multiplicidade de eus que o Freud vai formulando ao longo da obra dele né então tem o próprio eu o ego né das is
eh tem o super eu né e tem esses dois aqui né que formam um par né is ideal ideal né o Eu ideal ideal do Eu né Eh que h também mostram essa pluralidade de eus né que é uma das grandes consequências da da teoria psicanalítica né Eu acho que esse é um é um ponto a ser ressaltado não somos eh unidades né unidades estáveis unidades não conflitivas tá então a gente sempre vai ser eh uma multiplicidade e uma multiplicidade conflitiva não é não é só ah somos multidão né meu nome é Legião né não
é isso não é só isso é ser Legião em conflito né em tensão né com essas partes essas partes estão brigando estão eh tensionadas entre si tá então é é mais trágico ainda né então o Freud eh não só tá retirando a unidade do Eu a consistência né do narcisismo né a consistência do Senhor da sua própria casa el não só apenas tá tirando essa eh mestria do eu sobre si mesmo como tá eh né dizendo que o eu na verdade é uma pluralidade tensionada né então estamos lá tensionados um para cada lado existe então
quando a gente sonha né o desejo que se realiza né pode ser de qualquer Parte dessas dessas múltiplas partes que vão compondo eu ao longo da nossa história né então tem uma parte que deseja a tem outra parte que deseja b e outra C enfim Enfim então nunca tem um eu que vai desejar né todas as partes desejar junto a mesma coisa e encontrar o mesmo objeto e tal né o Eu ideal seria essa sensação assim de que finalmente eu poderia encontrar tudo e realizar tudo e ser tudo né o que eu quero e tudo
que eu posso enfim é o encontro máximo entre o eu e o seu ideal isso seria o Eu ideal né é um Superman né o superhi tá muito eh baseado nesse eh né nessa ideia assim de que em algum lugar né o eu efetivamente pode ser o Eu ideal né Ou seja eu colei né eu fiz Numa articulação plena né com o eu com o ideal do Eu tá Então essa é a distinção aí conceitual eh que vocês me pediram Eu ideal ideal do Eu se estiverem interessados em mais H diferenças dessas me pediram uma
outra uma terceira que era sobre perversão e sexualidade perversa Qual que é a diferença né sexualidade perversa infantil e a psicopatologia perversão né Por que que tem esse nome né sexualidade perversa infantil sexualidade perversa infantil já indicaria perversão né me pediram também para falar dessa distinção então vou fazer um outro vídeo Em outro momento eh para falar disso para vocês aqui do Instagram eh já tem uma assinatura disponível no Instagram para que tá no YouTube também Ah para se tornar membro do canal ou Ah só se inscrever né Eh eu divulguei recentemente aqui no YouTube
que eu tô com deixa eu ver aqui achar o número 29.2 inscritos então Obrigado pela pelo apoio aí no canal 292 ou seja falta 800 para para 30.000 então deem uma força se você não é inscrito ainda no canal do YouTube se inscreva lá a gente vai crescendo aos pouquinhos eh se você quiser assinar ou no YouTube ou no Instagram e apoiar o projeto eh é bem-vindo também deixem suas dúvidas né suas questões eu gosto desse tipo de conversa porque eh é legal pra gente né ir ir definindo né assim esses conceitos e esclarecendo as
coisas então agradeço ah pelas questões isso me faz trabalhar e faz a gente conversar é o que é o que importa Então Valeu bom final de semana até Ah obrigado Elisa Elisa tá aqui no no Instagram recomende recomende obrigado bom te ver por aqui eh Bom boa semana para vocês até breve