[Música] Un [Música] [Música] [Música] e fala, galera! Muito boa noite! Sejam todos bem-vindos a mais uma transmissão do Estratégia Concurso. Mais uma noite, aula especial; aquela aula que o pessoal que estuda para concurso já fica esperando, né? Na semana da prova, ali perto da data. Exatamente porque é uma aula que tem ajudado muito concurseiro em muitas provas. Sejam bem-vindos ao nosso Apostas para Disciplinas! Como eu já respondi aqui a Raisa Silva no chat, essa aula, gente, é uma aula especialmente voltada para quem vai prestar a prova de técnico. Tá? Já vou explicar; até vou
mostrar o edital aqui antes da gente iniciar a gravação, exatamente por quê: ó, porque nós estamos aqui, ó, na prova de analista. Você vai ter uma questão de conhecimento específico aí, que é a galera do direito, né? É o seu estudo pra parte específica que vai ajudar. A nossa parte aqui é a parte da dissertação técnico-judiciária, o tema da atualidade. Tudo bem? Boa noite pra Jéssica Cristina, boa noite pro Felipe Ribeiro, pra Luciana Silva, Leonardo Dolácio, Viana, Cidneia Nunes. Para analista, não, Cidneia. Então, essa aula não te ajuda para analista, tá? E já vou pontuar
aqui porque analista é uma prova específica, né? Específica do que você estuda lá na área do conteúdo específico. Tudo bem? Bom, antes da gente começar, deixa eu lembrá-los, né? Quem ainda não é nosso aluno aqui, ligado nas nossas dicas, nas redes sociais, o convite aqui. Eu até, ó, ontem mesmo, eu postei. A gente fez uma revisão de véspera pra prova do Conselho Federal de Biomedicina, sábado. Ontem, eu recebi uma mensagem de uma aluna; até repostei ela, né? "Professor, caiu o tema que estava lá na aula de revisão de véspera." Semana passada, retrasada, a gente fez
uma aula pro TRF6. Os dois temas cobrados estavam na nossa aula; até compartilhei aí também nas minhas redes sociais. Então, essa aula aqui, gente, esse formato de aula, Apostas para Disciplinas, Apostas Finais, acaba tendo um custo-benefício muito grande, né? Porque a gente vai fazer aqui as nossas apostas com base no domínio da banca, tá? Boa noite pra Poliana, boa noite pra Sandra Dória, pra Amora que chegou aí, já deu boa noite pra galera! Boa noite pra Jéssica; a Jéssica tá falando de Cerejeiras, Rondônia. Que massa, muito bem-vinda! Tatiana Almeida tá aí também e quem vai
chegar, bora chegar aí, pessoal! Bom, que mais? O material, pessoal, já disponibilizei aqui. Nossa equipe já deixou disponível para vocês aqui na descrição do vídeo, então você consegue baixar esse material sem as anotações, tá? Quem quer acompanhar a aula com material, quem quer fazer o rabisco em cima do meu material, tá tudo certo; tá? O material já está aqui. Nossa aula vai ser assim, ó: nós faremos o bloco 1, nós faremos o bloco 2, nós faremos o bloco 3 e aí a gente roda o nosso intervalo. Depois, a gente volta para uma parte mais curta
da aula, que é o final, o bloco 4 e o bloco 5, para você organizar a bagunça em casa. A gente começou às 19 horas; agora, nosso intervalo acontece perto das 21 horas e a nossa aula vai até às 22 horas e 30 minutos, tá? Então, é uma noite, gente, que se a gente pegar a experiência dos últimos concursos, aí, é uma noite que pode mudar sua redação, né? É uma noite que pode mudar o rumo do seu resultado final no concurso. Eu sei dos compromissos, né? Segundona, hoje; eu sei das outras matérias, mas a
discursiva, né? Todo mundo sabe, tem um peso muito grande. Boa noite para G. Machado! É isso aí, temas da atualidade! E pro João Santos, nosso monitor, que vai ajudar vocês aí, ó, já avisou: papel e caneta na mão! Bom, que mais? Pessoal, fez alguma prova recente de redação? Questões de atualidades sempre peço para que me enviem aí; eu uso como material de estudo. Só mandar pro meu e-mail: rodolfo.graciola@gmail.com. Se for sua redação mesmo, não vou divulgar; só para ter mesmo material de banca pra gente ir aperfeiçoando as nossas aulas. Eh, para você aproveitar essa transmissão,
pap! Rascunho, seu caderno, sua anotação. Gente, nada substitui a sua própria anotação, vai por mim! Quando você registra, você fixa melhor; isso é científico, tá? Do seu jeito. Depois, você vai ter acesso ao meu material com as anotações, ó. O material com anotações, com rabiscos, eu vou disponibilizar no meu Telegram depois que a aula acabar. É só você entrar no Telegram que ele vai estar lá. Mas a sua anotação é sua, né? Na hora que você for fazer uma revisão ao longo dessa semana, lá na hora da prova, né? Antes de entrar pra prova, você
vai olhar o seu rabisco, vai lembrar da explicação e sucesso! Tá? Só lembrando que nosso intervalinho ali perto das 21 horas, quem tá ao vivo, como a Poliana ou a Raíza, cara, fiquem à vontade para tirar as dúvidas. Eu tô de olho no meu chat aqui, tô de olho no meu chat ali na frente para não perder nenhuma dúvida. Rodolfo, fiz a pergunta e você não respondeu de imediato? Ato! Talvez eu vá responder no transcorrer do bloco ou no bloco seguinte. Pode acontecer de responder no bloco seguinte ali, tá? Depende da dúvida, eu trago pra
aula, eu tento responder sempre na hora, tá? Sempre trazer ali. Não vou falar o seu nome; fiquem atentos também que tem alguns segundos de delay, tem um leve atraso. Sandra Lorena, nossa aula aqui é pra prova de técnico; é isso! Porque é temas de atualidade. A prova de analista é conhecimento específico, né? Então, é o conteúdo do edital. O conhecimento específico não tem muito segredo aí, não, fechou? E óbvio, pessoal, fiquem à vontade para interagir aqui no chat mais querido da Coruja. É uma honra tê-los aqui comigo nessa segunda noite, começando! A semana, né? E
lá vamos para cima! Tudo bem, Wallon Ferreira? Cara, a lista... eu não consigo opinar, analista, eu deixo para os colegas das específicas. Então, procure os professores das, né? Geralmente eles lançam aí as apostas. Aqui, como eu trabalho com atualidade, eu vou conseguir ajudar na prova de técnico. Boa noite, Alessandra! Seja bem-vinda. Bom, que mais? Tudo certo? Ah, deixa eu só passar aqui o nosso calendário de aulas. As próximas aulas dessa semana, amanhã mesmo. Pessoal, amanhã, dia 28/1, a gente tem aula às 8:30 da manhã. Falei que esse ano eu ia agendar aulas pela manhã do
nosso curso completo de atualidades. Essa é a nossa última aula do mês; esse curso tá na aula de número quatro. Quem quer engrossar o caldo para essa preparação de redação tem que assistir a esse curso. Na quarta, dia 29/01, às 19:00, nós temos uma aula de redação para o MPU. É muito provável que muitos, né, prestem o MPU, banca FGV. Na quarta à noite, teremos aula. Na sexta, dia 31/01, às 14 horas, sexta-feira à tarde, nós teremos uma aula para o TCE Roraima; uma aula também de apostas finais, outra prova desse final de semana, né?
E é mais uma chance de você se encontrar com alguns temas de redação. Tudo bem? Essas são as nossas próximas aulas. Para fechar esse mês, já tem um monte de evento em fevereiro, né? Tá pipocando de prova por aí, mas aí eu passo mais adiante o nosso calendário, tudo bem? Agora, essa semana já tá garantida. Bom, eu tô pronto, acredito que vocês também. Caderno em mãos, papelzinho aí, o seu rabisco. Não esquece disso! Eu vou rodar uma vinheta; nossos blocos duram entre 25 e 35 minutos. A gente vai do começo ao fim; eu vou dar
a estrutura da redação, as minhas apostas, a nossa sugestão aqui de propostas, né, enquanto tema. Então, uma noite de muito aprendizado, e eu vou virar aqui, rodar a vinheta, começar a aula fazendo um combinado com vocês. Não vou chamar de aposta, não, né? Porque quando fala aposta vem a lance das bets. Tem alguém que pesa aí. É um combinado, nós vamos fazer um combinado legal. Na hora que começar a transmissão, e ela começa agorinha... só não esquece do 'joia', gente, do 'likezinho'. E deixa eu fazer um outro pedido que eu sempre faço nessas aulas: eu
gostaria muito que você tirasse uma foto desse momento, nessa segunda-feira à noite, assistindo a nossa aula. Faz um registro! Tira essa foto, se quiser marcar lá a profe Rodolfo Gracioli, cara, vai ser uma honra repostar. Marca o Estratégia, marca meu Instagram, vou repostar isso sempre. Faz barulho aí para que mais alunos cheguem às nossas transmissões, mas se você não quiser, tudo bem. Só guarda esse momento, tira essa foto e salva o dia de hoje. Hoje, talvez você não esteja na sua melhor condição emocional, física, financeira, mas você tá aqui, firme com o propósito dessa prova,
e esse dia vai fazer diferença lá na frente, na hora que você for aprovado. Você vai voltar para me contar. Salva, faz o registro desse dia. Eu sempre conto a história de um aluno que me mandou uma foto assistindo a uma revisão de véspera da prova da Polícia Federal. Ele tava sem energia elétrica, no 4G, com a luz da tela do celular assistindo a transmissão, e ele registrou aquele momento, né, naquela circunstância. Depois, ele me mandou uma mensagem no dia do curso de formação. Então, assim, é tijolinho por tijolinho, sua hora vai chegar! Só salva
esse momento aí, tá? E vamos lá, é isso que a Jéssica Cristina falou: não esquece do 'like', rodeia a vinheta. Nossa transmissão começa agora. Boa aula para vocês! Bora! [Música] Fala, galera! Professor Rodolfo Gracioli, sejam todos muito bem-vindos à nossa aula de apostas finais, aqui, apostas para a prova discursiva do TJ Rondônia. E lá vamos nós! Primeiro, eu sempre lembro que esse evento aqui, que a gente já faz para diversos concursos, é um evento de um elevado custo-benefício. Isso porque é diferente de um curso completo, exatamente porque a gente vai cuidar do começo ao fim
da redação, usando muito da nossa experiência de prova. Eu sempre digo que aqui na Coruja, né, no Estratégia, a gente tá quase que todo final de semana fazendo gabarito extraoficial, comentando a prova aqui no calor da emoção, diferentes bancas, vários temas. Eu também sempre lembro que eu, Rodolfo Gracioli, sou professor de carreira. A minha vida é dar aulas, né? Então, automaticamente, eu estudo muito as bancas, né? Isso que é meu sustento, meu ganha-pão. Não sou um produtor de conteúdo, né? Não surfo na onda de concursos, mas eu tô aqui, realmente, todo momento lidando com os
temas. Então, tudo que a gente vai falar aqui vem de uma experiência prévia de mais de uma década trabalhando com concurso público e ajudando muita gente. Então, começo sempre lembrando do custo-benefício dessa aula, né, para te convencer a ficar aqui até o final, assistir tudo que vem pela frente, e começo com um combinado. Antigamente, eu falava: vamos fazer uma aposta, mas eu afugento muitos, né, esse lance de bets aí de apostas, vício em apostas, ludomania, né? É um negócio que pega. Então, agora eu chamo isso de combinado. O combinado é: se você não usar nada
dessa nossa sequência de aula, eu te devo um café. Nesse concurso, eu não usei nada, rodou, eu te devo um café! Pode ser o café da máquina, pode ser o café no copo de requeijão, o expresso gourmet, até o jacu, aquele lá do cocô do passarinho, coisa do tipo. Mas se você usar algo da aula, se você se lembrar de algo que a gente falou aqui e levar para o seu texto, você me deve uma mensagem. Precisa ser um café, não só uma mensagem no pós-prova! Rodolfo, o tema foi esse e eu usei isso, tá?
Esse é o meu combinado para deixar a nossa aula mais cheia de emoção e para você entender que, de fato, é muito difícil não usar algo do que a gente vai traçar aqui. E traçar não pela quantidade, mas pelas vias analíticas das últimas provas da sua banca Instituto. Vou até mostrar aqui um tema muito fresquinho do ano de 2024 que apareceu em uma prova de TJ, tá bom? Para a gente começar. Então, pessoal, eu venho aqui rapidamente no edital porque eu preciso lembrar que a nossa aposta aqui, ó, é para esse item 13.2b. Nós vamos
falar do cargo de técnico judiciário. Por quê? Porque aqui você tem uma dissertação, uma redação sobre um tema da atualidade, tá? A prova de analista é uma questão discursiva de conhecimento específico. Aí, você vai usar o seu conhecimento da parte específica. Então, nós vamos falar aqui com a galera que vai para essa prova de técnico judiciário. Bom, você tem que trabalhar entre 20 e 30 linhas. Nós vamos lutar pelo máximo para ter conteúdo para a prova. Ela é avaliada na escala de 0 a 30 pontos e aí tem lá o quantitativo de redações corrigidas. Agora,
o que eu queria lembrar aqui de vocês é esse ponto. Cadê? Tá aqui. Era, tá aqui, ó. Tá aqui, gente, ó! Os itens analisados, avaliados, os critérios da banca examinadora não têm muito segredo, embora seja um quadro mega bonito aqui, né? Você fala: "Nossa, a banca gastou horas aqui", mas isso aqui é o básico, né? De quem estuda redação, inclusive para outras bancas. Se você já tem essa experiência, você vai ver isso aqui talvez modificado ali no termo. Então, a gente tem 10 pontos para argumentação, informatividade dentro do tema proposto, originalidade, suficiência, correção, relevância, por
aí vai. E a banca segmenta aqui, né? As escalas: ruim, regular, bom, muito bom. Nós vamos lutar por isso aqui, ó! Isso aqui é o ponto diferencial, e o conteúdo faz a diferença: coerência e coesão. Vamos lembrar que a coesão tem muito a ver com a estrutura; a coerência, com a maneira como você avança pelo tema. Só a progressão temática, 10 pontos também, irregular, bom, muito bom. A gente vai lutar por isso daqui. E a parte da língua portuguesa, né? Nossa língua materna, que você não pode descuidar, valendo cinco pontos. Aqui, totalizando 10, desconto de
0,1 ponto por erro. Aqui, gente, eu digo: tudo que você usa na prova de língua portuguesa, né? Na sua preparação, você tem que levar para sua escrita. E a gente não pode vacilar também nesse ponto, senão acaba que você perde aqui alguns pontos preciosos, tá? Rodolfo, feito isso, o que é a redação Instituto Consulplan? A redação é isso aqui, ó: são dois momentos que você tem que cuidar, estrutura mais conteúdo. O que a estrutura garante para você? A estrutura, ela garante essa organização das ideias. Então, você vai mostrar para o examinador que você tem, de
fato, vias de organização naquilo que você domina do assunto. E aí, aqui, aquele ponto que você aprendeu lá na educação infantil, gente: introdução, desenvolvimento, conclusão. Só que lá atrás a gente tinha começo, meio e fim. Lembra disso? Começo, meio e fim: introdução, desenvolvimento, conclusão. Aqui, é protocolar do nosso texto. Ah, Rodolfo, mas eu ouvi dizer que o fulano, que o ciclano, que o beltrano fizeram sem introdução e passaram. Que bom! Sorte é deles. Eu também conheço casos desses, mas a gente está aqui para trabalhar com o que é normativo, né? A gente está aqui para
reproduzir aquilo que é, de fato, normativo. E normativo é ter introdução, ter o desenvolvimento, ter conclusão, e cada parte tem a sua característica muito bem marcada, né? Inclusive, quem vai lá para a prova de estudo de caso, né? Conhecimento específico, peça técnica. Você tem que estruturar o texto também, né? Ponto importante: boa estrutura. Feito agora, o grande diferencial do concurso público hoje é o conteúdo, porque no conteúdo você demonstra o quê? O domínio do tema. E o que é o tema? O tema, gente, é o assunto. E o segredo da prova aqui é a maneira
como você faz um detalhamento das informações. Ou seja, a maneira como você descreve aquilo que você apresenta. Posso dar um exemplo simples? Vamos ao exemplo que fica mais fácil de entender: a banca veio falando sobre o eixo temático "tecnologia", como ela fez ano passado. Em 2024, a gente vai ver uma proposta de redação recente da banca, tá? E aí, ela veio falando sobre as fake news sofisticadas, hoje em deep fakes, e como isso impacta a democracia brasileira. Perfeito! Eu quero usar uma expressão que é a expressão "infodemia". Ah, Rodolfo, o examinador sabe que isso aqui
é "epidemia de informações". Ele sabe, mas quem tem que demonstrar que sabe é você. Então, você traz o conceito e fala que isso remete a um grande volume de informações, inclusive com as notícias falsas. Pronto! Entende o que é esse detalhamento? Não é prolixidade, não é encher linguiça, não é inventar coisa. É você trazer um conceito e detalhar. Por exemplo, pessoal, vou apresentar um dado na minha redação. Então, a redação veio falando sobre a temática "urbana", os desafios da cidade na contemporaneidade. E aí, eu vou trazer um dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
sobre as favelas: 16,4 milhões de pessoas vivendo em favelas. Termo que voltou a ser utilizado pelo IBGE: "vivendo em favelas". E aí, eu contextualizo esse dado no sentido de que as favelas, gente, revelam um processo de periferização, desafio urbano, inclusive no que tange à estrutura oferecida para a população que ali vive. Então, entende que não adianta eu gastar um dado como esse sem uma precisão, sem um detalhamento? Esse é o grande segredo do conteúdo, e aqui a gente tem candidato bem preparado que erra porque acha que vai vencer a banca pela quantidade. Né? Sai ali
colocando um monte de coisa, mas não explica. E a gente tem candidato, né, que entende o processo, entende a receitinha do bolo. Não é um gênio, né? Não leu 50 livros na vida, não é o Machado de Assis, e consegue mandar bem porque ele entende o processo da escrita, né? Isso aqui é pau latino, né? Isso aqui você vai compreendendo à medida que vai adquirindo experiência de prova. Mas é o segredo. Só que na hora da prova, né, o que acaba acontecendo? Você tem ansiedade, cansaço, exaustão física, emocional, desconcentração, uma pressão, né? Então acaba que
a gente deixa passar alguns pontos importantes. Mas o grande segredo do conteúdo é demonstrar o domínio do tema, sempre com esse nível de detalhamento. Vou dar um outro exemplo para fechar e a gente avançar. Rodolfo, vou citar aqui um autor. Então, vou citar aqui, sei lá, Thomas Hobbes, teoria hegeliana. Porque me falaram que citar autor cai bem, cai muito bem. Eu vou falar já já para vocês. E aí eu vou falar que, para ele, o homem, no seu estado de natureza, é bárbaro, selvagem, antissocial, bárbaro, selvagem, violento, competitivo. Por isso, a gente vai precisar de
leis para organizar a sociedade. Essa teoria é de um dos contratualistas, a teoria hegeliana. Estou usando Thomas Hobbes. Não adianta só eu levar o nome do Thomas Hobbes; eu tenho que levar um nome e, esse detalhamento, preciso colocar a teoria dele entre aspas. Uma frase entre aspas. Não tem que trazer esse raciocínio para ele: "sem leis, no estado de natureza, o homem é selvagem, bárbaro, violento". Eu preciso de leis para trazer organização. No caso, na época, ele vai defender um estado absoluto, um rei com superpoderes, mas um rei escolhido pelo povo. Não é o que
a gente falaria aqui agora, mas é importante resgatar o conceito de estado de natureza. Tudo bem, pessoal? Entendeu? Aqui a gente vai fazer esse exercício ao longo dos blocos para você enriquecer o seu vocabulário, inclusive. Bom, aí a gente vai para o jogo. Né? Mínimo e máximo de linhas que a gente falou, letra legível: pode ser assim, pode ser assim, pode ser assim, pode ser assim. A gente sempre pede que você diferencie a maiúscula da minúscula, no tamanho, e que ela seja legível. Né, gente? Correção humana. O cara não vai ficar quebrando a cabeça para
corrigir sua redação. Tiver difícil ali, filho, ele pula. Ele tem uma pancada de redação para corrigir, né? Então, ele não vai gastar o tempo dele com a cor da caneta. Não esquece da canetinha preta para não pagar caro lá na frente, né? Chegar lá, tem os caras. Né? Brasileiro é genial! A gente vai em porta de prova, os vendedores chegam e colocam: "Ó, a banca informou: obrigatório régua, borracha, caneta vermelha, preta e azul". E eles vendem o kit! E aí o cara só precisa dar uma caneta preta para entrar. Né? Enfim, então é o edital,
né? Lê o edital. Cuidar muito da gestão do tempo, né, pessoal? Por quê? Você tem que fazer uma redação bem feita, cara, em 1 hora, 1 hora e meia, no máximo. Senão, acaba que tem muito concurseiro que simula o que não vai acontecer na prova. Cara, começa a fazer a redação, no dia para, toma um café, volta, escreve mais um parágrafo, assiste a outra aula, volta, termina no outro dia. Chega na prova, não é, né? Dessa maneira. Aqui você vai poder executar, então. Tem sempre que tomar cuidado também com a gestão do tempo. Palavrinhas importantes
para entender a sequência da nossa análise: a sua banca é uma banca de bons textos motivadores, e não é uma motivação do tipo "vença na vida". Você pode não... né? A banca não está aí com você. Na verdade, aqui é a motivação contextualização. A banca traz uma seleção de recortes e pode ser trecho jornalístico, artigo científico, tirinha, charge, gráfico, enfim, para contextualizar a proposta. Todo texto tem uma essência, tem uma mensagem central. Você vai ter que estar atento a essa mensagem de cada texto. O tema é o assunto, e eu posso te garantir que a
sua banca é uma banca de assuntos de relevância. Então, não é uma banca que reinventa a roda. Pra sorte de vocês e pra minha, né? Tem bancas menores, gente, que é desesperador, assim, você trabalhar porque os caras cobram coisas absurdas. Né? Aqui não. Aqui é uma banca coerente. A tese, gente, é o seu posicionamento, então aqui você precisa apresentar um ponto de vista e precisa automaticamente fazer a defesa com argumentos. Já vou te dar o bizu maior: como que eu defendo algo? Para defender algo, primeiro, que não pode ser aquele em cima do muro. "Ah,
Rodolfo, mas eu sou daqui e sou dali." Não cabe no concurso público, não dá! Você vai ter que pular para um dos lados. Aqui você vai sempre pensar na relação causa-consequência. O que causa aquilo? Qual a consequência daquilo? E usar termos que fortificam a sua análise, do tipo: caótico, problema, emergencial, urgente, preocupante, avassalador. Esses termos, a partir do instante que você fala que o problema da segurança pública é de fato resultante de um processo histórico que afeta grupos sociais de maneira desproporcional, você está deixando bem claro, no nível de detalhamento suficiente, que você tem um
domínio do assunto. Se segurança pública é a mesma coisa se eu vou falar de crise climática e levo um raciocínio nesse sentido, né? Se eu falo que a emergência climática é algo que envolve um cenário caótico pra sociedade, entende que eu tô dosando. A gente chama isso de agente modalizador, né? Eu tô mostrando pro examinador que eu não só domino. O assunto, mas que eu consigo fazer uma análise de propriedade, né? Porque assim, gente, falar pro examinador que o Brasil é violento tá errado. Não, mas o que que pega? Pega isso aqui, ó, que eu
mostrei para vocês. Pega que a gente tá brigando por essa nota aqui, ó, essa nota aqui, essa nota aqui: "Brasil é violento". Regular, eu dou regular para você. Esse raciocínio, você desenrolar o seu raciocínio a partir dessa lógica. E não é isso que a gente quer aqui, tudo bem? Então, atenção do começo ao fim nesse ponto de gerar ideias. Isso aqui é o fato gerador de ideias e tá antes de começar a escrever. O comando é aquela frase em destaque que vem depois dos textos. Eu trouxe aqui só para vocês reconhecerem uma proposta do ano
passado. É, concurso aplicado no ano passado, Tribunal de Justiça, ó, TJ Maranhão. E aqui, técnico judiciário, ó, que interessante! Instituto Consulplan, se liga! Ó, aqui vem as orientações, né? O mesmo ponto que tá ali no edital. E aí tem texto um, tá lá retirado de uma publicação de um site; texto dois retirado de um jornal, meio jornalístico; texto três, um gráfico em barras para você fazer a análise do globo. E o comando, só o comando, ó. Depois a gente vai analisar aqui rapidamente essa proposta, mas só para você entender: a gente tem os textos motivadores.
Você não vai extrair nada desse texto. Você não pode usar nada do texto. Se você usar, você está perdendo pontos. Você precisa demonstrar conteúdo. Se você usa o que tá no texto, péssimo para você, tá? Texto um, texto do texto três. Aqui tá o comando. Por que que é importante voltar a todo momento no comando, gente? Porque no calor da emoção, ó, esse tema, ó, "Desafios para a Segurança e a Proteção de Dados no Meio Digital". Então, ele tá falando de segurança e proteção de dados no meio digital, cara, numa era que a gente super
se expõe, né? Uma superexposição da privacidade. Quando eu falo que você não pode citar ou usar nada que tá no texto, não quer dizer que você não vai poder usar aqui, por exemplo, a LGPD. É lógico que você pode, mas eu não posso copiar um trecho; não posso reproduzir na íntegra algo que a banca trouxe nos textos motivadores, tudo bem? Isso é regra. Afinal de contas, você tá ali para mostrar que tem domínio do assunto. Rodolfo, mas tudo que eu sabia tava nesse texto. Cara, que azar! Corre pro curso completo de atualidades aqui da Coruja,
Professor Rodolfo Graciola, ele vai te ajudar. Porque você vai ter que aplicar a lei do desapego. Agora, se caiu tudo que você sabe no texto, é porque você tá sabendo muito pouco, e isso é um risco pra prova de concurso público, hoje, ainda mais pra área de tribunais, né? Provas cada vez mais de alto nível, tudo bem? Bom, então, feito isso, a gente reconheceu os termos importantes que eu preciso que você saiba aqui nesse momento. Aí, o que que eu preciso que você faça na hora da prova? Você vai começar a sua redação lendo, gente!
Essa lei. Salvo o concurseiro, que é lei: leitura, leitura do comando primeiro, depois os textos motivadores, já identificando as palavras-chave. Então, se fosse aqui no nosso exemplo, ó, eu começaria lendo isso daqui, antes de qualquer coisa, ó. Você começa lendo o comando: "Desafios para a Segurança e Proteção de Dados". Aí eu vou nos textos, texto um, já identifico as palavras-chave. Só para fazer esse exercício aqui, ó: "América Latina e o Caribe se destacam como áreas de alta frequência de ataques cibernéticos em todo mundo, enfrentando blá blá blá. Esses dados são provenientes de uma colaboração blá
blá blá. Blá blá, o relatório destaca o aumento preocupante do crime cibernético e ressalta a importância de governos e empresas estarem preparados para prevenir e combater os ataques." Aqui eu já tenho palavra-chave: ataque cibernético, aumento desse tipo de violação, papel de governos e empresas nesse cenário. Saberas, ataques não visam apenas violar empresas, mas também atingir estrategicamente instituições governamentais e órgãos de segurança. Se esses órgãos não forem protegidos adequadamente, isso pode ter um impacto significativo na segurança nacional, proteção civil, por aí vai. Faço o mesmo nesse texto de número dois, tema central: LGPD. Ele traz a
implementação, propósito assegurar o tratamento adequado de informações pessoais e por aí vai. Esse exercício, né, de fazer a leitura. E uma boa leitura, ele já te coloca na frente de muito candidato. E a galera, gente, fica emocionada. E eu falo emocionada de verdade. Tem candidato que chega a ler o tema, o cara fez uma redação sobre o assunto na semana anterior da prova, e ele... ou era o TCC dele quando ele tava na faculdade, ou sei lá, é o assunto que ele mais gosta de assistir em podcasts. E aí ele fica ali preso naquilo e,
quando você vê, cara, acaba que ele escreveu algo distante do que a banca queria. Então, antes da produção, você precisa de uma boa leitura, tá? Isso é um movimento que a gente não pode deixar passar. Fiz a leitura, identifiquei as palavras-chave. Aí a gente vai pro auge da coisa, porque aí nós vamos pra parte da tempestade de ideias. Então, essa daqui, ó, é uma primeira etapa. Você tem que est... com a mente fresca. Rodolfo, faço a prova antes ou depois da prova objetiva? Vai da experiência, né? Esse concurso, acho que a prova é junta, porque
tem concurso que é em períodos diferentes. Mas, quando a prova é junta, o que que oriento? Chegou, recebeu a prova, leia discursiva. Pum! Li, beleza. Tá ali na minha cabeça, eu vou fazer a prova objetiva. Talvez eu lembre de algo para redação. A própria prova objetiva, às vezes, ela dá um auxílio nesse sentido. Acho que não custa, né? Sempre com... Uma boa gestão do tempo tem aluno que já chega e quer fazer a discursiva. Beleza, uma escolha é o que você treinou nos simulados, né? Aqui, eu uso essa estratégia de ler o tema, a proposta
e fazer a prova objetiva, porque isso segura um pouco da sua ansiedade. Talvez você se lembre de algo. Marque lá na folha para fazer depois. Bom, vou para a minha segunda ET, aí é o momento importante. A gente cai aqui primeiro na tempestade de ideias, o brainstorm, que pode ser um chuvisco ou uma chuvarada, depende do repertório do candidato. Eu fico muito feliz quando meu aluno chega e fala: "Rodolfo, tive que aplicar a lei do desapego, né? Tive que escolher o que eu ia usar porque vi muita coisa na minha cabeça." Perfeito! Isso é o
ideal, porque tem gente que fica com duas ideias ali e não consegue sair mais. E aí o cara vai falar mais do mesmo, o texto fica superficial. Não fica errado, gente! É muito difícil zerar o texto. Concurso público é muito difícil. Você tem que se esforçar muito, assim, tem que chegar a escrever o hino do Palmeiras, a receita do miojo, cara! Você tá ali, você quer o cargo. Ninguém tá de bobo ali, né? Ninguém tá obrigado ali, ou pelo menos é muito raro isso. Então, o cara vai se esforçar. Só que talvez o limite dele
seja aquela informação rasa. É até por isso que eu comecei a trabalhar com concurso. Eu dava aula de atualidades para a prova objetiva, né? De redação objetiva de concurso. E aí vem o pedido de alunos: "Rodolfo, a gente quer repertório para escrever redação." Então, isso há mais de 10 anos já pintou a necessidade de oferecer esse repertório para os alunos. Então, tomara que seja uma breve, breve não, uma grande tempestade. E aí você vai topicalizar em alguma parte da sua folha. É a segunda etapa. Por quê? Porque aí você olha: "Isso eu sei falar, isso
eu acho que dá para juntar com isso. Esse é um exemplo legal para esse tópico." E eu não tenho muita segurança nisso. Não tem a ver com o comando, aí, gente! Você já está indo para o que a gente chama de projeto de texto. Um momento muito importante do seu texto. Antigamente, isso os meus amigos mais velhos falam, tá? Eles dizem que o pessoal chamava isso aqui de rascunho. Só que o rascunho era o texto na íntegra. Separava e produzia o texto na íntegra, mesmo assim, por completo. Hoje, acaba que a gente não tem tempo
para isso, né? Então, você vai fazer um projeto de texto. É uma montagem, assim, né? Bem, bem, bem interessante. Vou dar um exemplo simples do nosso projeto de texto. Você já replica isso quantas vezes você quiser: "Ó, vou começar pela introdução." O que você faz na introdução? Você começa com uma afirmação geral relacionada ao tema, qualquer afirmação geral. Na sequência, você vem com a citação da tese. "Ah, não, Rodolfo, eu gosto de fazer mistério. Vou deixar para apresentar minha opinião só lá no final do texto." Esquece isso! Tá? A tese já tá aqui, o seu
ponto de vista com relação ao tema já tá na introdução. "Quero citar os meus argumentos." Pode! Mas eu acho que você perde linha e não precisa citar o argumento um e o argumento dois, ou quem faz três parágrafos do desenvolvimento. O argumento três também eu paro na tese, sendo que isso é um período. Isso é um período! O que é período mesmo, Rodolfo? Comecei um ponto, isso é um período. Continuei na frente. Ponto, isso é outro período, tá? Período! Cuide do período! Tem o candidato emocionado também que chega lá e fala: "Nossa!" Ele se empolga
no tema. Acontece com bons alunos até, de repente ele escreveu um parágrafozão. O parágrafo começou e foi até o fim, sem período, sem pontuação. Tem muito conteúdo, mas fica uma bagunça, né? Fica uma bagunça gigantesca! Isso é introdução, gente! Protocolar. Vamos à conclusão. Conclusão você não começa fechando o texto. Você traz a retomada da tese. Então, ó, a tese tá lá na sua introdução, a tese tá aqui na sua conclusão. Já vou falar do desenvolvimento, tá? Segura a emoção, porque o desenvolvimento é o auge! É a hora de separar o menininho do homem e a
garotinha da mulher. Tô falando das duas partes mais simples do texto. E aí eu faço o quê? Eu apresento a minha proposta de solução, que é o que a gente chama de intervenção. Já vou também te dar um bizu de ouro pra intervenção, né? Que serve para vários temas, mas isso é protocolar. Eu resgatei a tese, não tem nada de novo na minha conclusão. Tem gente que se empolga e aí, de repente, o cara, na hora que ele vê, tá desenvolvendo na conclusão, porque faltou alguma coisa, ele não fez um bom projeto de texto e
ele quer levar para a conclusão. Não dá certo, pessoal! Não dá certo, porque não dá! Tá? Não é feito para isso. Esse é um ponto importante. Cheguei no auge do meu texto. O auge do texto, você pode ter certeza que é o desenvolvimento! Aqui é a grande parte da sua nota. Eu, Rodolfo, gosto de trabalhar com dois desenvolvimentos. Por quê? Porque dá para você escrever mais! Tá? Dá para você desenrolar mais. Desenvolvimento um, desenvolvimento dois. O desenvolvimento um eu gosto de procurar uma causa. No desenvolvimento dois eu gosto de procurar uma consequência, por essa lógica
de causa e consequência. Porque isso aqui tá atrelado ao que a gente dizia do texto. O que é coerência do texto? É o que a banca vai avaliar como progressão temática. Entende? Que tudo, para você entender se você entende a causa, você muitas vezes compreende a consequência. É como se fosse um raciocínio linear. Você racionaliza a análise. A causa e a consequência: me faltou causa, Rodolfo, ou eu não tive, né, uma análise de consequência? Sem problema, duas causas ou duas consequências, mas geralmente, se você consegue assinar e dar um exemplo, a violência contra a mulher.
O que causa a violência contra a mulher? Isso é um fenômeno histórico, né, que faz a gente entender o quanto as mulheres foram subrepresentadas, foram marginalizadas, excluídas de processos decisórios. Pronto! Qual a consequência disso? Estatísticas de violência, crimes passionais, relacionamentos possessivos, feminicídio, violência doméstica... Aí você tem uma infinidade de recordes, né? Essa é até uma análise que a gente tem que sempre levar em consideração. Qual a abordagem que a gente faz com relação ao conteúdo? Tem que selecionar o melhor conteúdo. Eu tô lutando, gente, por cada parágrafo, linha, palavra; essa que é a verdade no
concurso hoje. Então, se eu consigo levar o melhor termo, expressão, vocábulo para minha redação, melhor! E aí eu trago a causa e a consequência. Só que eu preciso fundamentar pelo menos três subtópicos. Ah, lembrei de um dado estatístico, lembrei de um exemplo, lembrei de um conceito aqui. Eu comecei fazendo uma alusão histórica, aí eu fui para uma abordagem jurídica, citei a constituição; vou falar disso já já. E sei lá, trouxe um autor, um teórico. Rodolfo, eu poderia citar um dado aqui também, tendo citado. Aqui já poderia! O texto não deve ser inado, tá? A verdade
é essa! Mas você tem que sempre buscar esses três subtópicos alinhados com o tópico maior. É como se fosse um funil, assim: do todo para a parte. A mesma coisa aqui, esses três subtópicos alinhados com essa causa. Essa é a diferença! Por isso que o desenvolvimento é o grande auge do texto, porque é ali que você vê quem tem repertório e quem não tem, né? E, de novo, gente, hoje tirar 65% a 70% da nota não é difícil. Não é difícil, de modo geral, não é só Instituto Consulplan. Não! Agora, acima disso, o diferencial tá
aqui, e cada ponto aqui é um período. Um período aqui, um aqui, um aqui, um aqui, pelo menos quatro períodos no parágrafo do desenvolvimento. Rodolfo, eu tenho mais para citar, né? Eu tenho outro repertório aqui para trazer. Pode ser quatro subtópicos, pode cinco, só não deixe os parágrafos muito desequilibrados. Tem que ter uma certa simetria, né, até de tamanho, para questões estéticas de um desenvolvimento com o outro. Tudo bem? Mas óbvio, desenvolvimento são parágrafos maiores do que introdução e conclusão. Fechou. Fecha comigo aqui antes da gente girar o bloco. Só para você entender: então, que
a gente falou da estrutura, né? Um parágrafo aqui, dois ou três aqui, um aqui. Eu gosto de dois, mas se você treinou a sua vida inteira com três, não vai mudar o jogo agora. Você tem que buscar a inteligibilidade, ser claro, direto e objetivo. Isso tem muito a ver com a coesão! De novo: coesão e coerência, clareza e objetividade, buscando o encadeamento das ideias. Não esquece de fracionar em períodos e fazer o seu projeto de texto. Não dá, gente! Isso não dá! Hoje, concurso de altíssimo nível, não dá para você iniciar o texto sem saber
o que você vai escrever na sequência. Isso é roleta russa! Você tá se lançando a uma sorte, e é muito difícil conseguir fazer essa montagem, essa arquitetura. Tem candidato que acha que tá perdendo tempo, né, fazendo um projeto de texto, mas, pelo contrário, o projeto de texto ele otimiza sua preparação. Ele dá velocidade para as próximas etapas. E aí você flui, sempre atento, principalmente quando a gente fala de coesão, ao uso de conectivos e conectores adequados, né? Para concluir, para iniciar um parágrafo, para trazer um exemplo, para trazer uma conclusão, enfim, sempre cuidando, zelando disso.
Isso é língua portuguesa! Bom, fechei. Vamos adiante, falar agora mais de conteúdo, né? E já trazer as nossas apostas de tema e de repertório para você usar e detalhar na sua redação. Bora! [Música] Comigo! Deixa eu já responder aqui o Jonathan Franklin: posso citar a CF ou a Lei como um argumento? Cara, eu vou falar já nesse próximo bloco; só que a gente chama de abordagem jurídica, cai muito bem, só que não é o "jurid case" que você vai usar, tá? Vou dar, mostrar aqui a diferença, como você usa, e cai bem demais! Só que
tem que saber usar, porque não é prova específica de técnico. Tem gente que chega lá e vomita a constituição e se dá mal, né? Sai todo cheio de orgulho e, de repente, veio a nota, o cara entra em choque, né? Porque não era aquilo que a banca esperava. Pessoal, bloco um, só para a gente marcar aqui, deixar certinho. Inclusive, boa noite para quem chegou depois do início da nossa transmissão. No bloco um, então, a gente falou aqui de aspectos gerais da redação, aspectos gerais da redação. Só lembrando, pessoal, que nós temos cinco blocos hoje. Então,
se você chegou, tem muito conteúdo ainda! Só que eu sempre faço, no primeiro bloco, né, uma retomada da estrutura para trazer aqui essa linha de raciocínio pros alunos do início da redação. Agora, do dois até o cinco, é conteúdo. Agora a gente faz apostas, trabalhando em cima daquilo que mais cai, da nossa sensibilidade de tema atual e por aí vai. Então, é hora de, né, ser esponja! Agora você tem que absorver o maior número de informações possível, e como a prova é agora domingo, qual que é a minha orientação? Folheie esse material todo dia à
noite ou todo dia de manhã, né? Até depois eu vou deixar no meu Telegram, é o material com as anotações. Ó, se você não pegou o Telegram, só digitar Rodolfo Gracioli lá. Rodolfo, não tem o Telegram? Cara, tá perdendo muita coisa! Telegram é uma ferramenta muito legal, a gente usa de um modo muito proveitoso. Exclui o Tinder e baixa o Telegram! Telegram: Rodolfo, concurseiro não tem Tinder, verdade? Exclui o Eood, baixa o Telegram. Depois que você passar, você volta pro iFood. Enfim, eu vou divulgar lá esse material com as anotações, né? Tem gente que gosta
de relembrar, né? Gente, é memória curta! Vocês vão usar domingo isso aqui. E ó, eu vou estar aqui. Eu acho que eu vi aqui, vou até confirmar, eu vou estar aqui no gabarito dessa prova. Então, eu tô fazendo a minha prova hoje, né? Vou estar no gabarito para avisar: ó, gente, eu avisei vocês: dia 2, cadê? Dia 2, às 19 horas, eu vou abrir o evento do gabarito extra oficial. Então, vou estar para falar da redação. Estou fazendo a minha prova, por isso que tô concentradinha aqui. E chegou a Rejane, seja bem-vinda, Reane. Boa noite
para você! Bora lá, então, pessoal! Vamos pro bloco dois, conteúdo agora na veia. Deixa eu só ver onde eu parei, exatamente aqui: 3, 2, 1, valendo! Bloco dois começa agora! Lembrando que a gente faz o dois, o três, aí eu rodo um intervalinho, então o intervalinho vai ser ali perto das 9. Tem muita coisa ainda e, depois do intervalo, mais dois blocos até 10:30. Rodolfo, tô cansado. Cansado hoje! Já tô no terceiro tomo de aula, sendo que amanhã vou dar aula em colégio, inclusive para o oitavo ano! 32 moleques! Vocês não têm ideia do que
é isso, rapaziada. Bora lá, então, vem comigo! [Música] E vamos lá, então, pessoal! Estrutura é legal, amo de paixão, mas o meu gosto maior é o conteúdo. Até aqui, eu sou professor, né? Falei aqui para vocês, só dou aula e a minha atuação é na área de sociologia e filosofia. Então, sou professor de Educação Básica e muitos dos temas dialogam diretamente com essas questões, sejam abstratas, filosóficas, subjetivas, comportamentais, atitudinais ou mesmo sociais, né? Não à toa, nós vamos bater em cima de alguns eixos aqui recorrentes, porque são desafios da sociedade. E o que é o
tema de redação? Já te falei que é o assunto, né? Mas o tema... Então, esse assunto de relevância que o Instituto Consulplan vai trazer é algo que a gente precisa problematizar. Então, uma problematização pensando nisso vai ser um desafio da sociedade. Algo que gera uma inquietação, algo que traz efeitos para determinado setor. Pode ser um recorte mais... ou seja, algo mais do momento, por exemplo, a proibição do uso de celular na Educação Básica. Pode ser algo mais atemporal, ou seja, que não é necessariamente de hoje, mas que continua relevante, exemplo a problemática da insegurança alimentar,
problemática da fome. Isso é um tema histórico! Então, o que a banca faz? Ela pega uma questão que impacta a sociedade, por isso que a gente tem que olhar sempre o todo, o coletivo, e traz enquanto efeito problematizador. Sim, concurseiro, você já tem pouco problema, a banca vai trazer mais. Como que a gente trabalha os nossos recursos de fundamentação? Você já sabe que, para gerar ideias, a gente pensa em causa e consequência. Agora, gente, o grande destaque, a diferença de um candidato pro outro tá aqui: no conceito, no seu exemplo, no seu dado, na referência
teórica, na abordagem jurídica, na alusão histórica que você faz, sempre com aquele devido detalhamento. Vamos ao exemplo: a banca trouxe um tema falando sobre a era da condomização. Então, por que que a gente tem isso hoje? Cara, você tem que entender que a alta dos condomínios tem muito a ver com o cenário de violência das cidades e aí as pessoas se segregam, se separam socialmente, espacialmente. Óbvio que isso não é para toda a população, isso tem uma faceta socioeconômica de impacto. Ótima análise! Estou usando o conceito de segregação socioespacial. Ah, vou trazer um conceito que
é o direito à cidade tratado por geógrafos, ou vou falar da gentrificação, quando o empreendimento imobiliário chega em determinada localidade, hipervalorização e extirpa aquela população que viveu originalmente ali. É esse tipo de raciocínio que a gente traz nesse nível de detalhamento. Ah, vou falar sobre a questão climática, crise climática, os eventos climáticos extremos. Trago, por exemplo, a definição de desenvolvimento sustentável que está ancorada num tripé: a questão ambiental, social e econômica. Esse é o ponto que vai ser o destaque dentro dos meus recursos de fundamentação. Tudo bem? Isso a gente adquire com tempo, com a
vivência, com as aulas de atualidades. Para o seu conteúdo, você precisa selecionar os melhores argumentos, trazer detalhados, sem prolixidade, sem encher linguiça. Gente, tem gente que fala: "Posso inventar um dado, professor?" Cara, é cada absurdo que a gente ouve dando aula que tem hora que você fala: "Não é possível que alguém caiu nessa!" É possível! Sempre fazendo uma abordagem de relevância social. O que isso quer dizer? Olhar pro coletivo. Para tudo que... A chance de você usar um desses termos aqui, ó, pum, na sua redação é muito grande. Quando você leva conceitos, termos, expressões como
equidade, justiça social, ações afirmativas, políticas públicas, cidadania, democracia, isonomia, direitos humanos... Cara, isso leva o seu texto para um ponto de destaque porque você está trabalhando com termos específicos, não técnicos necessariamente, mas que permitem uma abordagem concreta, né? Uma abordagem com bastante sapiência pro tema, né? E fala a verdade pra mim, gente. A questão da democracia da cidadania, isso cabe em muito tema! É esse o efeito Coringa que eu gosto de destacar: quando você tem o domínio do recorde, você consegue usar em vários temas. É óbvio que falar de letramento racial, de representatividade, de empoderamento,
falar de relativismo, de aculturação são conceitos mais pontuais que também exigem aqui um domínio da discussão e da criticidade do tema. Mas, por exemplo, a desigualdade, eu consigo levar o conceito de desigualdade para diferentes temas de redação. É só a gente pensar: o Brasil é um país historicamente desigual. Isso permite que eu raciocine criticamente. Desigualdade como um fenômeno: concentração de renda e por aí vai. Num tema que fale sobre violência contra a mulher, sobre a insegurança alimentar, sobre a crise de representatividade feminina, diferentes recortes. Então, tenha muito esse olhar pro todo. Ah, Rodolfo, a banca
é ideológica? A banca é de esquerda ou de direita? Cara, não é sobre isso, é sobre a banca seguir sempre o que eu chamo de C. Grava C! Ó, o que que é C? C é a perspectiva científica, acadêmica e legal, de legalidade. A banca é isso. Você não vai ver banca de concurso, a sua nem qualquer outra, defendendo, por exemplo, uma temática que avaliza o negacionismo climático. Então, esse é o movimento: olhar e tentar, aqui, né, criar uma sensibilidade no aluno. Eu falo: humaniza o tema! Como a banca falou da fome, cara, pensa na
pessoa que passa fome. Aí você faz um caminho inverso: qual é o papel do Estado? Por que que essa pessoa tá ali? É uma escolha? Óbvio que não. Pensa na pessoa que está hoje exposta a uma situação de risco, vivendo numa área de provável deslizamento de terra. Humaniza o tema! A pessoa tá ali porque ela quer? Porque tem gente que fala: "mas também vai morar lá e não quer que caia", como se fosse uma escolha, né? Isso é fruto do racismo ambiental, vou falar já já. Então, olhe pro aspecto coletivo, pro seu exercício mental, humanize
o tema! Você vai ver que fica mais fácil de entender, por exemplo, um tema que fale sobre intolerância. Cara, a gente vive uma sociedade plural aqui no nosso estado democrático de direito; até a garantia constitucional da pluralidade em todos os aspectos, não só político-partidário, mas isso se tornou um grande problema, no ponto de que a gente vive pensamentos binários, dicotomias, uma polarização. Esse é o grande ponto. Bom, fiz isso, quero muito que você agora grave essa outra parte do conteúdo. É muito importante você garantir uma boa abordagem jurídica, que é diferente do juridiquês. Como professor,
pessoal, digo que a gente busca de tudo pela didática, né? Às vezes a gente até se submete a umas situações ridículas, né? Mas tudo pela didática. E, mais uma vez, aqui eu uso o meu recurso, né? É uma gravata aqui das mais consagradas internacionalmente, né? Tem uma grife que eu não vou revelar aqui por questões de patrocínio, mas por quê? Na redação de atualidade, o juridiquês não é legal. Vou transcrever o parágrafo, artigo, inciso, a súmula, jurisprudência, a norma técnica. Não! No texto de atualidade isso não é bem visto. Só é legal em peça, estudo
de caso, conhecimento específico. Aqui a gente para na abordagem jurídica, que é uma referência a determinado documento, a determinada questão de ordem constitucional. Então, não tem juridique aqui, tá? Esquece. Cara, aqui, nunca esqueça: um aluno, né, ele saiu de uma prova muito feliz, entusiasmado. "Professor, fui muito bem!" Cara, era uma prova de TRT na época, e ele não. Cara, eu já levei a CLT de cabo a rabo, né, porque eu gosto muito das normas de Direito do Trabalho. Usei os termos em latim. Bom, fiquei em silêncio, né? Falei: "Não vou desmotivar o aluno." Mas, enfim,
deixa ele voltar. Falei: "Quando sair o resultado, me fala." Aí veio a frustração, né? Ele teve a redação corrigida, mas muito mal avaliada. Por quê? Porque o examinador de atualidades não quer o juridiquês, né? E, aí, entender esse processo, principalmente para quem tá muito ligado ao direito, é mais difícil, né? Bom, exemplo: Constituição Federal. Cadê? Deixa eu só achar aqui... Aqui, Constituição Federal é a rainha da abordagem jurídica, né? Você já consegue falar que é uma Constituição cidadã, que amplifica direitos. Já consegue fazer uma abordagem histórica, ó, uma alusão histórica, porque de 64 a 85
o Brasil viveu uma ditadura. Em 85 começa a redemocratização, que vai se concretizar em 88. Você consegue citar até o filme brasileiro que tem ganhado destaque por conta das indicações e premiações, ainda estou aqui como uma referência para analisar esse contexto de ditadura, caso o tema permita. Né? Por exemplo, tema: fale de liberdade de expressão. Cara, se você não colocar a Constituição Federal, você tá moscando muito, né? Tá deixando de pontuar assim, a rodo, Constituição Federal para falar sobre o racismo, crime não afiançável, imprescritível, que vai ser regulamentado em 89 com a Lei Kó. Isso
é abordagem jurídica. Eu não tenho que trazer o artigo 5º, 6º na íntegra. Não cai bem trazer na íntegra. Eu faço uma referência à Carta Magna, cito a nossa Constituição cidadã como um movimento, né, em um momento da nossa história importante para amplificação de direitos pro nosso estado democrático de direito. Pronto. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Gente, falar de direitos humanos hoje é um esvaziamento desse conceito, ainda que a Constituição ela date de 48. Nós estamos falando daquilo que é intrínseco ao ser humano. Deixa eu até fazer um paralelo aqui que sua banca gosta disso,
hein? ONU, esse ano, completa 80 anos. Grande objetivo da ONU: alcançar a paz. E a gente tem mais de 130 conflitos, e em 2024 mais de 200.000 pessoas mortas em conflitos no mundo, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos. Mais de 200.000 mortes em conflitos. Então, a gente tá longe da paz e tá longe da garantia de direitos humanos, seja por perseguições étnicas, políticas, religiosas mundo afora, um amplo cenário de violação de direitos humanos. Super recorte aqui pra redação: a LGPD tá sempre nas aulas. Ó, tava no tema do ano passado e tava na nossa
aula do ano passado. Por quê? Porque a gente fala muito sobre os dados pessoais hoje, né? Gente, numa era de superexposição da privacidade, o ciberespaço hoje é um espaço de vulnerabilidade. A nossa noção de privacidade e intimidade foi alterada. Só lembra, né? Não existe barreira física hoje no ambiente virtual. Não existe. Desconexão não, à toa a gente fala tanto hoje de detox digital, né? A gente fala hoje de aplicativo para você se relacionar com pessoas. O cardápio humano não, não, não, não, não! Mete! Tinha até, né, o Tinder, que era o Tinder do PT para
quem é de esquerda, e o B, solteiros, um grupo para quem era de direita. Tem o Hater, que era um aplicativo para você se relacionar com quem odeia a mesma coisa que você odeia, tipo, odeia uva passa no arroz, sem encontrar pessoas desse, né, mesmo gosto. Tem lá aplicativo para você se deslocar, pagar a conta, pegar informação, tomar água; ele te avisa que você tem que tomar água. Então, uma vida de ampla conexão. E nessa, a gente vai se perdendo nessa exposição de dados, né? Vamos falar já já sobre homofobia, vamos falar sobre FOMO, vamos
falar sobre "brain hot", podridão cerebral, mas segura aí que é o eixo temático tecnologia. Só lembra que o Marco Civil da Internet, em 2024, completou 10 anos, e ele é um primeiro grande movimento pra gente falar de organização, né, dessa interação servidores provedores, né? E como a gente lida com o espaço virtual. Lei brasileira de inclusão, aqui a gente discute muito no Brasil a ideia de inclusão, de acessibilidade, e muitas vezes as ocorrências de capacitismo, preconceito contra pessoas com deficiência, são múltiplas, das mais evidentes às simbólicas. E o grande ponto é, pessoal: a acessibilidade não
é só arquitetônica, a acessibilidade passa por questões atitudinais, comportamentais, educacionais, comunicacionais. A gente tem um longo caminho para, de fato, garantir a inclusão das pessoas com deficiência no Brasil. Esse é um tema muito negligenciado, com exceção da banca SESG Rio, que cobra mais essa discussão. Todas as outras, né, negligenciam um tema importante. Então, sempre deixo aqui também pros alunos: é o estatuto da pessoa com deficiência, aqui, né, Código Penal. Geralmente a gente vai usar em temas da segurança, né, 1940. A gente costuma utilizar para falar de criminalização de novas condutas ou endurecimento penal. Lembrando que,
no Brasil, existe muito essa ideia da violência dentro daquele aspecto de repressão. E tem que ter repressão, né? Lógico, mas a gente esquece da via preventiva. Lembra que eu falei que dá pra usar desigualdade em tudo para discutir, por exemplo, a violência? Violência fruto de um cenário de desigualdade que se agrava, que não é reparado, e que afeta desproporcionalmente a população, com destaque para os grupos minoritários. Esse é o grande ponto. Estatuto da Criança e do Adolescente, pessoal! Documento de 1990 que passa a tratar criança e adolescente como sujeito de direitos. Hoje é um desafio
ser criança em meio a essa exposição de telas, à falta de controle parental, à crise de representatividade, né? Porque pensa aí: uma criança hoje, muitas vezes, tem como idolatria os influenciadores, os YouTubers, os gamers, né? Isso é muito difícil de você se tornar. Eu sempre falo, hoje, cara, a regra de Educação Básica, o ensino superior e o ensino técnico é muito trabalhosa numa era imediatista e aceleracionista. Tanto é que a gente chega num momento de ver coachings infantis vendendo cursos e descredibilizando a educação. A escola, pra que estudar? Pra que o Enem se você pode
investir, se você pode fazer marketing digital? Cara, bizarro esse tema! Já caiu em prova, caiu no finalzinho de 2024. Não foi a banca de vocês, mas é uma pauta muito em alta. Influenciadores mirins, tem alguns que chegam a dar aquele nojinho mesmo, sabe? Aquela ânsia! Como educador, não é nem como, né, Rodolfo Gracioli, como educador, mais do que professor, né? Porque dar aula é fácil, educar é difícil! Você vê lá o vídeo do menininho que fala, menininho, sei lá, deve ter uns 10, 12 anos, ou menos: “Até você se relacionaria com alguém que tem Android?”
Depende, se ela tiver uma mentalidade de iOS, né? Mas tem o Android e tem uma mentalidade de iOS. Talvez seja um negócio bizarro! E aí tem até intervenção do Ministério Público do Trabalho para a provável situação de trabalho infantil, porque eles falam: “Clica aqui e compra o meu curso”, né? Enfim, mas é desafio de ser criança hoje. Eu, Rodolfo, que trabalho com adolescentes de 15 a 18 anos, ensino médio, eu já peguei intervenções como essa, né, de alunos repetindo esses discursos que ouvem por aí. Estatuto da pessoa idosa. Gente, esse é um baita de um
tema, né? Tem caído muito, de modo geral, aqui. O grande debate é sobre o etarismo, o ageísmo, o idadismo, preconceito pautado na questão etária, quando é com quem tem 60 anos ou mais, que é o que o estatuto, documento de 2003, define. A gente tem uma violação a ser tratada na perspectiva da legislação, tá? Mas, por exemplo, eu posso sofrer esse tipo de situação, né? Eu, Rodolfo, se alguém falar: “Você não vai conseguir fazer isso!", meus alunos, mesmo. Mas a situação grave é com quem é idoso, né? Lembrando que o Brasil, segundo IBGE, tem mais
de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. E a gente vive uma transição demográfica, vive o envelhecimento. Qual que é o grande X da questão? Cara, a gente precisa cuidar da medicina, atendimento à saúde, envelhecimento saudável e aposentadoria, combater o etarismo. Então, nem se fala, porque muitas vezes o idoso é taxado, um estereótipo como um peso social. Esquece a riqueza que uma pessoa idosa pode ter para acúmulo de conhecimento, para transmissão do conhecimento, né? A gente olha muito pro idoso como essa pessoa que é um peso pra sociedade, tanto é que a taxa
de suicídio entre pessoas idosas é alta, gente, com pessoas acima de 70 anos, mais precisamente porque tem lá uma restrição física e ela começa a se entender como um problema pro fluxo da família; e, aí, atenta contra a própria vida. Bem, é muito importante ser discutido o Estatuto da Igualdade Racial, um documento de 2010 super importante para a gente falar de discriminação, para a gente falar de racismo e injúria racial em um país que tem mais da metade da população, segundo o IBGE, composta por pessoas negras: 55,5% de pessoas negras. Lembrando que os negros são
pretos e pardos; quem se autodeclara preto e pardo deve olhar para um Brasil que necessita urgentemente de uma educação antirracista. Você conseguiria utilizar aqui a ideia de Jamila Ribeiro, principalmente porque não basta ser contra o racismo; a gente precisa ser antirracista. Isso não quer dizer que eu vou chegar na voadora no racista, mas vou procurar os caminhos de denúncia, né? Os caminhos de auxílio para aquela pessoa que sofreu. Pegue, por exemplo, o esporte, com grandes atletas, inclusive atletas consagrados, em situações que se repetem num país que tem a população negra como uma das nossas matrizes
identitárias, da nossa identidade, do nosso DNA enquanto brasileiros. É o país fora da África com a maior comunidade negra do mundo, né? E a gente encontra situações cotidianas de preconceito racial. Infelizmente, a abordagem jurídica é isso: você pega emprestado o documento, a normativa, e você leva com esse raciocínio; você atrela a sua explicação. Eu gosto muito de deixar aqui o artigo sexto, não para você reproduzir na íntegra, tá? Porque ele fala de direitos sociais e os direitos sociais flertam com a maior parte dos temas de redação. Antes disso, deixa eu só aproveitar aqui: eu acho
que eu coloquei para vocês o Thomas Marshall em algum lugar. Ó, alguns autores para a gente usar na redação. O Marshall, que é um sociólogo britânico, vai cunhar o conceito de cidadania, falando que a cidadania está muito associada à obtenção de direitos, graças à luta de movimentos sociais ao longo da história, né? É legal para a redação. E, para ele, os direitos são alcançados em três vias: primeiro, a conquista de direitos civis, como a vida, liberdade de expressão e liberdade religiosa; depois, os direitos políticos, como votar e ser votado; por fim, os direitos sociais, como
acesso à educação, trabalho, moradia e lazer. Os temas de redação geralmente trabalham com desafios nessa lógica, então acaba que o Thomas Marshall é uma boa análise para fins teóricos aqui, tá? Um autor para você levar para a sua redação. Mas eu gosto de trazer um exemplo para cada tema, ó. Para cada um desses tópicos, melhor dizendo: educação. Hoje, eu traria como tema o veto ao uso do celular na escola. Cara, coisa linda! Vou falar como professor: sempre usei a via da instrução, da conscientização, da construção com os alunos, mas o celular era uma derrota. Não
dá; celular é um agente de distração muito grande. O veto faz-se necessário, com orientações acompanhadas, né? Mas esse veto, essa lei federal, é importante. Saúde é um grande tópico aqui. Desafios da saúde mental: falar hoje de depressão, o mal do século; falar hoje de burnout, de estresse crônico, de ansiedade e consumo de ansiolíticos é muito necessário. Alimentação: a persistência da insegurança alimentar é um tema atemporal, gente. Vamos lá: crise climática, efeitos da pandemia, inflação, conflitos globais; tudo isso leva milhões de pessoas à situação de insegurança alimentar. Só para vocês terem uma ideia, o dado da
FAO, que é uma entidade da ONU que lida com alimentação e agricultura, é de que mais de 700 milhões de pessoas, quase 800 milhões de indivíduos, passam fome no mundo, mesmo com nanotecnologia, revolução ética e turismo espacial. Tem pessoas passando fome no mundo; é uma grande contradição. Expansão científica, excesso da racionalidade na ciência e pessoas passando fome. Um tema social ainda muito evidente. Trabalho: gente, hoje a gente fala muito sobre burnout, que é esse estresse crônico oriundo do trabalho. Mas, escala seis por um, reduzir a semana laboral; impactos da tecnologia no trabalho, por aí vai.
Moradia: gosto muito do tema gentrificação. Quando chega um empreendimento imobiliário, alguma área hipervaloriza, né? Um tópico aqui de destaque. Transporte e mobilidade urbana: pensando no desafio das grandes cidades e na impermeabilização das cidades. Chove e não tem para onde a água ir, vide aí os grandes centros urbanos e todos os seus problemas. Lazer, acesso à cultura: como esse é um desafio num país que desvaloriza a cultura, desvaloriza a arte, e que isso se reflete, né? Na nossa formação crítica limitada, porque a arte é mobilização, a arte é resistência, a arte é contemplação. A arte é
um elemento de ganho para o indivíduo, e a gente perde muito, né, nos últimos tempos, com essa desvalorização ou com uma arte mercantilizada, uma arte para venda. Segurança pessoal: qualquer tema que fale sobre violência contra alguma minoria, por exemplo, Rondônia tem um problema em destaque que é o número de mortes no campo, de conflitos no campo, né? Pode ser que a banca explore a violência contra os povos originários indígenas; a violência racial, violência policial, violência contra a comunidade LGBTQIA+, a violência contra a mulher, que é um tema também histórico. Previdência social: aqui, o envelhecimento da
população, essa transição demográfica como desafio, proteção à maternidade e infância, desafio de ser criança. Então, o artigo sexto dá pra gente uma vazão muito grande, né, para essa aplicação aqui em vários temas. E como um dos eixos temáticos mais recorrentes, ao meio ambiente, nós vamos falar já. Eu também gosto de deixar o artigo 225. Você não vai usar na íntegra; lembra disso aqui, ó? Então, já vou nesse slide; a gente já mata esse daqui. Ó, existem dois eixos do que são cobrados a rodo nesses últimos tempos: um é o eixo temático meio ambiente. Vou colocar
aqui em cima e embaixo eu escrevo "meio ambiente". E não é à toa, nós vivemos uma crise climática, uma ebulição global. Antônio Guterres não chama nem de aquecimento. Global é um termo que ele tem utilizado. A ebulição global é um outro eixo temático, que é o eixo tecnologia, redes sociais. Todos os desafios que a tecnologia provoca numa ditadura do algoritmo, em onda de fake news, de fake crimes, cibernéticos, excesso de crimes de ódio no ambiente virtual, muitos recortes que afetam o nosso cotidiano. O subtópico do meio ambiente, se a gente tivesse que elencar um subtema,
é a ação antrópica, a ação do ser humano. Que vocabulário bonito para você levar para a redação! E a ocorrência de fenômenos climáticos extremos, a maior parte da comunidade científica concorda com a ideia de que temos uma maior ocorrência de fenômenos extremos por conta da ação do ser humano, principalmente pela emissão de gases de efeito estufa. Essa crise, essa emergência, que a gente já discute há algum tempo, não é de hoje. No eixo tecnologia, o grande subtópico envolve os impactos do uso da inteligência artificial, seja no mercado de trabalho, seja na cultura, com direitos autorais
de músicas produzidas. Na educação, com trabalhos que se aproveitam desse tipo de recurso. Enfim, esses são dois eixos destacáveis. A gente vai detalhá-los separadamente na sequência deste nosso trabalho. Mas, aqui, falando da abordagem jurídica, a nossa Constituição Federal, no artigo 225, é muito clara: todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo, sadia, essencial à qualidade de vida, e o poder público e a coletividade têm a responsabilidade de defendê-lo e preservá-lo. Aí vem um conceito: para as presentes e futuras gerações. Já grava esse conceito! Quando falamos de desenvolvimento sustentável, estamos
falando do quê? De um tripé: é uma questão de caráter ambiental, obviamente, né? Isso talvez seja mais fácil de entender, há todo um apelo ambiental. Mas é uma questão, ao mesmo tempo, econômica e social. Ou seja, garanto o progresso econômico e social sem colocar em risco os recursos naturais das gerações futuras. Esse é o grande entrave, esse é o grande desafio. Não à toa, nós vamos ter os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que dialogam exatamente com esse conceito. Mas isso vamos falar em um bloco mais adiante, quando entrarmos na questão ambiental. Tá na hora que
a gente for explorar a questão ambiental. Bom, o que mais eu apostaria aqui como eixos além de meio ambiente e tecnologia? Tem uma outra questão, pessoal, que a gente sempre precisa ter o nosso radar ligado. Eu chamo esse eixo de questões sociais e vou dar um exemplo: como estamos falando de uma prova de TJ, não podemos esquecer do eixo justiça. Justiça, por quê? Porque diretamente você atuará no órgão da Justiça brasileira. Questões sociais podem envolver desde um tema que fale, por exemplo, sobre xenofobia, até discutir a fome no Brasil ou no mundo, e a insegurança
alimentar. Entende por quê o aspecto social são temas de apelo social? Quando falo de justiça, há dois tópicos que vamos destacar: o acesso à justiça como um grande desafio e a sua morosidade, que gera descrédito. Daqui a pouquinho nós vamos falar dos temas metalinguísticos, isso vai ficar mais fácil na sequência do trabalho. Por que é importante compreender os eixos? Primeiro, porque minimizamos o risco de ser surpreendido, né? E segundo, porque você monitora tendências. Eu poderia ficar aqui três horas em todos os blocos falando de um único assunto, mas isso é ilusão. Eu preciso te preparar
para não ser surpreendido. Então, vamos, no avanço dos blocos, detalhar um pouco mais cada um desses apontamentos já feitos aqui. Bora comigo na sequência e vamos lá, meu povo! A galera tá voando aqui! A violência urbana também tá pegando. Violência é um tema que a gente nunca tira do roteiro, né? Mesmo porque o Brasil é um país que a gente aprendeu a lidar com a violência. A nossa sociedade do medo, o medo como forma de controle social, a arquitetura da insegurança: vi câmera, grade, cerca de arame farpado. Tem todas as estratégias hoje para você se
blindar. O alarme... A Gace Machado falou da seca do Rio Madeira e a Janete, do uso de agrotóxicos. Super temas, gente! O apelo para a questão ambiental é muito grande. Nós vamos detalhar ainda hoje, vai ficar para depois do intervalo, mas vamos detalhar um pouquinho dos 17 ODS. E aí é o elemento coringa para usar dentro desse raciocínio. A Jéssica falou que gostou da gravar vata e a Raíza falou dos influenciadores mirins ricos, né? É, cara, eu até um dia parei para receber um vídeo desse de um aluno, e parei para pesquisar o perfil do
menino, era absurdo, assim, né? Uma coisa assim... E hoje eu não sei qual que é o limite do absurdo. A gente tem que duvidar de tudo a todo momento. Mas essa questão aí tá assim no top cinco dos absurdos: esses vídeos de crianças descredibilizando a escola, a educação e vendendo curso. Só para a gente organizar, aqui, nós fizemos então o nosso bloco de número um da noite. Já vamos avançando aqui na nossa aula, a gente falou do conteúdo. Queria destacar aqui a abordagem jurídica na sua redação. Bloco um e bloco dois encerrados com sucesso. Nós
vamos fazer o três. Aí, pessoal, vai ser aqui perto das 9 horas, então fazemos o três agora, depois roda o nosso intervalinho, e aí a gente volta para o quatro e para o cinco, ainda. Então, tem muito conteúdo. Tá lembrando que eu tenho mais aulas essa semana. Quem não pegou, cadê? Tá mais para a frente. Amanhã a gente já tem aula de novo às 8:30. Curso completo na quarta: redação MPU às 19 horas e, na sexta, TCR, horário às 14 horas; uma aula de apostas finais. Tudo bem, Jerry? Lerta Cosmi, muito bom conteúdo! Mais conhecimento,
boa cara. Conhecimento aqui nunca é demais. É isso, vou rodar a vinheta. Então, nós vamos para o próximo bloco. Nesse próximo bloco, eu vou falar um pouquinho do tema metalinguístico. Vou falar um pouquinho de Justiça aqui com vocês; a gente vai avançar nas metas da Justiça. Agora, será que agora sai a parte que você vai usar? Lembrando que eu fiz um combinado com quem estava no começo da aula: se você usar alguma coisa da aula, você me deve uma mensagem pós-prova. Eu vou estar no gabarito aqui à noite, domingo, hein? Domingueira, 7 horas da noite,
eu abro o gabarito extraoficial de estratégia comentando o tema. Vou falar, pessoal, que na segunda eu falei que, se você usar algo da aula, se você não usar nada da aula, eu te devo um café que você quiser: café expresso, café no copo, requeijão, café gourmet, ou café com espuminha e chantilly. Tô confiante que você vai usar. Rodeia a vinheta! Bloco três, começando! Vem [Música] comigo! [Música] Vamos lá, então, pessoal. Eu queria deixar aqui para vocês uma análise que eu, Rodolfo, chamo de tema metalinguístico, usando até a licença poética da Língua Portuguesa. Quando a gente
fala de metalinguagem, o que é o tema, na verdade? E eu gostaria muito que as bancas facilitassem o meu trabalho; assim, eu envelheceria menos, teria mais cabelo, menos cabelos brancos e teria o rostinho de pele de bebê para sempre. Queria muito que as bancas trouxessem no edital qual o conteúdo da redação, com relação à atualidade, de preferência que fosse ligado à área de atuação. Vamos pensar aqui; aqui a gente está falando de uma prova de TJ, Tribunal de Justiça. Nada mais justo do que o tema Justiça. Mas as bancas não fazem isso, tá? Não é
regra, mesmo porque elas gostam desse efeito de imprevisibilidade. Mas, vira e mexe, a gente tem o tema da área. Eu digo que luto por uma regulamentação disso, né? A partir do instante que você fala que tem que ser da área, cara, facilita muito. O Cebrasp tem feito muito isso em algumas provas. Prova do Ministério do Meio Ambiente, em anos anteriores, tema ambiental; prova da segurança, tema da segurança. Isso facilita, tá? Aqui, se a banca selecionar o eixo Justiça, o que a gente teria como grande destaque? Gente, primeiro, o grande x da questão é o acesso
à Justiça, exatamente porque a gente vive em um país marcado por uma ampla desigualdade, um país desigual. E falar de acesso aqui é falar de mecanismos que possibilitem tal acesso. Mesmo porque, muitas vezes, a gente olha para a Justiça e vê uma Justiça muito morosa. Essa morosidade, essa lentidão da Justiça resulta, para muitos, em um descrédito institucional. Então, as pessoas deixam de acreditar na Justiça. Então, ó, vai comigo: falta o acesso, por uma desigualdade, sobra a morosidade. Não à toa, a gente busca caminhos que viabilizem essa celeridade, né? Que potencializem as estratégias de celeridade, celeridade,
velocidade. É, de alguma forma, que a gente busca nessa esteira. Nós temos que observar o efeito da virtualização, digitalização. Ó, eu estou citando em específico virtualização que você vai levar para sua redação. Existe, gente, um programa chamado Programa Justiça 4.0. CNJ está à frente do Justiça 4.0 desde 2020, para vocês terem uma ideia, que vem com esse propósito de ampliar a experiência, adoção de IA, por exemplo, na Justiça. E hoje, todo o incremento tecnológico é muito bem visto, muito bem ISO, muito bem tratado, porque muitas vezes é o que viabiliza o próprio acesso. É o
que desburocratiza a Justiça. Qual que é o grande x da questão? Para muitos, há uma impunidade, e isso é um problema. Se há uma lentidão, há um outro problema. E a Justiça compõe uma parte importante da segurança jurídica no nosso país. Até fazendo um paralelo aqui, pessoal, queria deixar esse bizu para você usar em qualquer tema, tá? Eu falei lá na conclusão que você tem que apresentar uma proposta de solução, certo? O que é uma proposta de solução? É algo exequível; não é nada mágico. Então, você precisa de uma proposta de solução, não pode ser
nada mágico, tem que ser algo executável, aplicável, tá? Rodolfo, tem dois caminhos: um caminho é você usar os três poderes; o outro caminho é você usar a via da Educação como elemento transformador. Não vai pensar em nada mágico, tá? Educação não é mágica. Nos Três Poderes, aqui você vai trabalhar com uma ideia de curto e médio prazo. Curto e médio prazo, aqui você já trabalha com médio e longo prazo. Mudar a educação de uma localidade é mudar um projeto educacional; isso envolve tempo. Rodolfo, onde que eu quero chegar? É onde tá a Justiça. Aqui a
gente tem o poder executivo, aqui a gente tem o poder legislativo, e aqui a gente tem o poder judiciário. Como que eu apresento intervenção com esses três poderes? O Executivo, gente, ele é responsável por políticas públicas. Os ministérios, por exemplo, as pastas ministeriais da Saúde, Educação, Ciência, Tecnologia e por aí vai. O legislativo, a gente pensa numa saída com ato legislativo, a lei, porque a lei nasce de uma demanda da sociedade. Tarefa do Poder Legislativo atuar nesse encaminhamento. O Judiciário, por sua vez, garante a segurança jurídica. Por isso que eu falava: se você tem uma
Justiça frágil, você gera uma insegurança jurídica. Isso fragiliza o nosso próprio estado democrático de direito, e isso cria problemas, né? Uma fragilização para a nossa vida coletiva. Então, os três poderes, eu consigo usar aqui para um tema de saúde, educação, ciência, cultura, lazer, moradia, transporte. Grava isso, tá? Já a educação, ela permite que a gente faça uma associação com determinados encaminhamentos. Então, por exemplo, violência no trânsito: educação no trânsito é uma boa sacada. Entender o nosso sistema político e romper com polarizações: educação política. Compreender o uso do dinheiro e evitar endividamento: educação financeira. Saber fazer
o uso ético das redes sociais e não cair em golpe: educação midiática. Falar aqui da educação voltada para o meio ambiente: educação ambiental. Educação para a diversidade, por aí vai. Educação envolve muito do aspecto da população, comportamental, comportamental e atitudinal. Esse é o grande movimento que a educação provoca. Todo e qualquer modelo de desenvolvimento de nação, dos últimos tempos e décadas, passa por um projeto revisitado da educação. Educação é investimento e não um gasto; a gente tem que tratar em vias qualitativas e não apenas quantitativas. Tudo bem, aqui só para aproveitar a nossa conversa sobre
a justiça, para você conseguir balizar, então, essa sua análise. Então, feito isso, gente, eu queria fechar a nossa análise sobre a justiça falando aqui também do papel da justiça para as minorias sociais, que são aquelas parcelas vulnerabilizadas e que, de alguma forma, têm um maior desafio com relação ao acesso à justiça. Vamos só lembrar que minorias sociais não têm nada a ver com a quantidade de pessoas; a gente está aqui diante de um conceito sociológico que olha para parcelas vulneráveis, invisíveis, marginalizadas, excluídas, que sofrem violência, preconceito e discriminação. Negros e mulheres, por exemplo, são a
maior parte do Brasil. Lembra que eu falei: 55,5% da população, segundo o IBGE, e há 6 milhões a mais de mulheres do que homens no Brasil. E são grupos minoritários por conta dessa vulnerabilidade histórica, um processo histórico que explica isso. A própria escravização no Brasil detalha muito bem a não inserção da população negra na sociedade e o quanto isso reverbera até hoje, com crise de representatividade e com a necessidade de políticas públicas e ações afirmativas para amplificação de pessoas negras em cargos, por exemplo, de gerência de empresas. Então, a gente vê o descompasso entre a
estatística da sociedade e, por exemplo, cargos de gerência. Por isso, ações afirmativas são importantes; isso é diversidade. A própria educação para entender a diversidade: pessoas idosas ou o etarismo, pessoas com deficiência ou capacitismo, crianças e adolescentes. Povos indígenas: 1,7 milhão no Brasil. Pessoas em situação de rua: 327 mil; aqui, é segundo o IBGE. Olha, dos indígenas e da comunidade LGBT, quilombolas: 1,3 milhão. O IBGE também traz essas informações. Aqui, a gente tem parcelas vulneráveis e olha-se muito para o papel da justiça para a garantia dos direitos. Justiça, gente, não tem como a gente não associar
direito; não tem como a gente não olhar para o direito. E hoje, se eu tivesse que produzir um tema agora, pensando numa prova de TJ, seria o papel da justiça no atendimento a esses grupos vulneráveis. Eu até fiz questão de lá no site do TJ Rondônia e peguei aqui para vocês a missão, visão e valores, que eu sempre acho muito interessante para entender aqui o que você vai fazer. E até outro ponto, gente: se não tiver correndo alguma coisa diferente agora, se não der uma arrepiada, aí, cara, nem vai fazer a prova; vai para o
concurso bancário. Você vai trabalhar com a justiça, você vai lidar, por mais administrativa que seja a sua função, você vai lidar com isso, né? Você vai ser um servidor. Então, você tem que correr alguma coisa diferente na hora que você tem que estar aí. Não, você tem que se ver já no TJ. Esse é o ponto. Isso é legal; é um movimento, um exercício mental legal. Você já se vê lá, trabalhando com isso: oferecer à sociedade efetivo acesso à justiça, acesso, independente de classe social, orientação sexual, religião, localidade geográfica. A gente precisa garantir acesso, direito
da população. Visão de ser uma instituição que promova a justiça com celeridade, qualidade e transparência: o fim dessa morosidade. Gente, por quê? No Brasil, infelizmente, há um amplo processo de judicialização; tudo vai para a justiça. E aí, óbvio, vão faltar braços para você conseguir resolver todo esse movimento. Só lembrar, até, gente, que o TJ Rondônia é referência dentro dessas estratégias de inovação tecnológica. O TJ Rondônia está à frente de muitos outros tribunais de justiça. Então, você já vai pertencer a um tribunal de justiça com uma visão muito bem avançada com relação a esse debate. Agora,
olha os valores: acessibilidade, diversidade e inclusão, cooperação, ética, imparcialidade, inovação, integridade e governança, probidade e sustentabilidade. Eu preciso te falar agora do ESG; não posso deixar isso escapar. O ESG hoje é uma máxima muito comum no mercado privado, no setor privado, mas que já ganha a esfera pública. A gente já tem aí o segmento público se fazendo valer desse uso, em inglês. O "E" do ESG é de environmental, que é a questão ambiental. Então, aqui é a questão ambiental: responsabilidade socioambiental da empresa. Isso é até um diferencial para a pessoa escolher entre uma ou outra
empresa. Qual é o compromisso socioambiental? As práticas sustentáveis desenvolvidas; os riscos que ela reduz de agressão ao meio ambiente. Hoje a gente fala muito de redução, adaptação e mitigação quando discute meio ambiente. É isso. O "S" do ESG: a questão social, aí a diversidade de inclusão. O quanto a empresa promove os direitos humanos, tem um quadro diversificado de funcionários, viabiliza estratégias de acessibilidade. Está vendo que é um valor do local que você está indo? Se você é uma pessoa que tem algum pensamento ou comportamento homofóbico, de intolerância religiosa, cara, você não vai, não passa nem
no concurso, né, pelos critérios básicos aqui de prova. Mas, enfim, você não deve estar numa instituição como essa, né? Porque é uma instituição que entende a diversidade como elemento positivo. E o "G": questão de governança. Muito de como a empresa está atrelada a diretrizes, leis, enfim, gestão transparente, acesso, né, a tudo que se compartilha por aí. Então, essa ideia hoje do ASG é muito alta, muito forte, né, está muito em alta e teria um peso legal aqui também para a análise de vocês. Bom, por fim, então, depois de a gente ter falado aqui da Justiça
dentro dessas vias e ter dado essa ênfase às minorias, eu trouxe aqui até esses dados, né, que eu pontuei para vocês. Ó, negros, pessoas em situação de rua. Gente, esse é um dado muito interessante hoje, porque é uma parcela que cresce muito e que precisa da Justiça para garantia da cidadania, né, para reconhecimento da sua cidadania. Há um movimento aqui, né, até de ações estratégicas por uma política de trabalho digno em cidadania para pessoas em situação de rua. Sabia que a pessoa em situação de rua está lá, principalmente, por problemas familiares e pelo desemprego? Então,
é uma questão social muito forte, né, de muita relevância. Aqui, idosos, né? 32 milhões. Indígenas, quilombolas e mulheres. Mas eu queria ir agora para isso: ó, isso é o que a gente tem de mais recente, que são as metas da Justiça 2025. Aqui, pessoal, é o que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), todo ano, elabora; algumas delas vêm se repetindo nos últimos anos. Aí eu, né, falo para vocês: nós já tivemos uma prova em 2025, que era uma prova de outra banca, mas de um tribunal, um TRF, sexta região, banca Cebrasp. Um dos temas falava
sobre acesso à Justiça, uma prova de Tribunal Regional Federal. E caiu assim: ó, estava na nossa aula, divulguei, compartilhei, tá no YouTube, aí quem quiser ver, do Estratégia. Por quê? Porque as metas da Justiça dialogam com os problemas da Justiça. Vou dar um exemplo: A1, ó, julgar mais processos que os distribuídos; julgar os mais antigos; estimular conciliação e reduzir taxa de congestionamento. Cara, todas essas metas têm uma relação direta com isso que a gente falou, que é a busca pela celeridade. Essa celeridade passa muito pela desburocratização e o próprio uso das inovações tecnológicas. Gente, hoje
nós temos softwares que viabilizam muito desse trabalho, muito desse movimento, né? São recursos sofisticados que potencializam o trabalho dos tribunais. Isso tem sido aí muito bem tratado, né, até por estudos. Nós tivemos, e quando eu falo recentemente, é 2025, o primeiro congresso de inovação em inteligência artificial no Judiciário. Inteligência artificial que vem como uma bomba, né? Inicialmente, todo mundo falando: "Ah, vai acabar com as profissões". E, cara, na verdade, toda inovação tecnológica, quando ela surge, vai exigir uma adaptação e cria um medo, né? Mas tem lá aqueles que vão se aproveitar. E o próprio sistema
Judiciário já faz um uso, né? Vou dar um exemplo aqui para vocês: ó, só para vocês entenderem os números. Cadê números, cadê, cadê, cadê, cadê? 66% dos tribunais do Brasil usam IA. Isso é um dado divulgado lá em junho de 2024. Foram mapeados, na época, 140 projetos e a gente tem um outro levantamento sendo feito agora em 2025. Agora em 2025. Por quê? Porque isso aqui é o encaminhamento futuro. Não adianta, pessoal, a gente olhar para um movimento de negligência, né? Não adianta achar que esses incrementos tecnológicos vão retroceder, porque não vão. Isso aqui, a
tendência é só expansão. O que a gente fala hoje é de regulamentar, é de monitorar, é de incentivar, né? Sempre um uso ético. Então, os tribunais já usam a tendência de expansão. Mas voltem comigo para as metas, porque daí a quatro é muito específica, né? Ela fala de processos e determinados crimes. Agora a seis, que olha para ações ambientais, ou seja, aquela ideia de que a política ambiental é branda, a Justiça com relação às tratativas ambientais limitadas, isso tá superado, né? A gente não pode, você tem que priorizar isso. É uma resposta do Poder Judiciário
pro problema ambiental, pra crise climática. Independente de qual seja o processo. Sete, priorizar o julgamento de processos relacionados a indígenas e quilombolas. Olha o grupo vulnerável aqui como uma das metas da Justiça, sendo que há pouco a gente falava de, falava não, fala de marco temporal, demarcação de terras indígenas, um embate entre Judiciário e Legislativo, crise na reserva indígena Yanomami. Só em 2024, o primeiro indígena eleito para a ABL (Academia Brasileira de Letras); só em 23, o primeiro Ministério dos Povos Indígenas com açaí na Guajajara, que ganhou um prêmio da ONU no final do ano,
um prêmio de referência. Questão indígena muito forte, a questão quilombola a mesma coisa. Ligada à ancestralidade, a ligação com a terra foi o primeiro levantamento do IBGE que contabilizou o número de quilombolas: 1,3 milhão. A gente não tinha esse dado. Então, nós estamos falando de grupos, né, vulnerabilizados que ficam à margem de políticas de fato efetivas de reconhecimento, de valorização da identidade e por aí vai. A oito, tão importante quanto... E aí eu sempre uso o espaço que uma aula de atualidades me dá para falar sobre esse problema: priorizar o julgamento de processos relacionados ao
feminicídio e violência doméstica familiar. Muitas vezes um caso de violência doméstica pode terminar em feminicídio se não for interrompido. Se a Justiça não for célere. E, cara, a gente precisa discutir os relacionamentos hoje possessivos, né? As pessoas se tratam como objetos. A experiência do Violentômetro é muito clara: "Você não vai em tal lugar, você não vai falar com tal pessoa, você não vai usar tal roupa". Isso já é forma de violência. Se você, mulher, conhece alguém que esteja em um relacionamento desse, já é hora de romper o ciclo de violência. Vai fazer o agressor mudar
o comportamento, né, tentar enganar, mas a violência vai voltar e ela se agrava essa a experiência acadêmica do Violentômetro e o quanto hoje a sororidade, que é quando as mulheres se unem em... Prol dessa causa não é suficiente; a gente precisa da sociedade unida nessa causa. A gente precisa de representatividade feminina na política para que essas bandeiras sejam levantadas. Gente, banheiro feminino no plenário do Senado! Primeiro banheiro: data de 2016. Ou seja, como se a mensagem fosse política, não é para mulher; política não é para mulher estar inserida. Então, a gente tem muito a debater,
inclusive na hora que eu falar aqui sobre os 17 ODS. Vou até colocar aqui para vocês: o ODS de número 5 é igualdade de gênero, né? Então, para a gente chegar ao desenvolvimento sustentável, a gente precisa alcançar igualdade de gênero em um país onde a violência doméstica é um problema e onde uma lei de 2006, que é a Lei Maria da Penha, não conseguiu superar. A lei do feminicídio de 2015, que faz 10 anos esse ano, não conseguiu pôr fim a esse crime por motivação de ódio. Então, a gente tem muito que discutir sobre os
resquícios de uma sociedade machista que inferioriza a mulher. Isso tem que ser tratado em todas as esferas, né? Esse é um tema aqui de muita relevância, né? E muito caro para o Brasil, um país que vê estatísticas. A média de feminicídios dos últimos anos, segundo o Fórum Segurança Pública, é de 100 a 400 feminicídios, né? Então, um número assim exorbitante! Se a gente for pensar, voltamos para as metas da justiça aqui, e aí a gente tem essa nove. Eu gosto bastante também porque acaba que ela dialoga com a tecnologia, né? O que a gente falou
um pouco aqui: meta nove, estimular a inovação no poder judiciário. Tô falando de inovação, Justiça 4.0. A justiça não pode ficar para trás, até porque, pessoal, se a gente for pensar, a engenharia social e o crime organizado sofisticam as suas práticas de delitos no ambiente virtual. Eu falo muito para a galera que vai para a área da segurança, né? Tem gente que não entende: "Rodolfo, por que a informática é tão pesada nas provas de segurança?" Porque, hoje, o policial, independente de qual esfera ele esteja, ele também atua com uma preocupação do ciberespaço. Até tem setores
especializados em crimes virtuais. Hoje você fala de criptomoedas, né, como meta. Então, inovação aqui, imagina um tema que fale sobre tecnologia na justiça. Você leva uma meta do CNJ que fala de estimular a inovação. Por fim, pessoal, a meta 10 é promover os direitos da criança e do adolescente. Também é uma meta importante, né? Novamente, a gente volta na criança e no adolescente. Lembra que eu falei do ECA de 1990? Cara, e segundo o ECA, a responsabilidade é do Estado, da família e da sociedade a garantia dos direitos. E hoje, cara, ser criança é um
desafio, né? Em meio a todas essas demandas, em tudo isso que a gente vê. Tanto é que você vê com muita facilidade as pessoas falando: "Na minha época, infância..." Mas as coisas mudaram, o mundo se transformou. E não há como a gente discutir, né, com tamanho evidência, a importância desse debate aqui como um todo. Então, as metas da justiça para FS de prova somam muito para esse nosso rápido roteiro e rascunho tratado. Cadê aqui? Aqui, ó, no nosso esboço da Justiça. Vai cair? Não sei. Por via das dúvidas, a gente sempre pensa no tema da
área de atuação. Eu queria fechar aqui só falando de outros autores que cairiam bem nessa EEM, outras discussões. Então, eu trouxe aqui já o Marshall, que fala de cidadania. Eu queria falar de John Rawls. Gente, John Rawls é o cara da teoria da justiça. Teoria da justiça, e ele vai propor um exercício mental que é o exercício do véu da ignorância, que é bem interessante. O véu da ignorância, só que é um exercício, né? Não é algo que aconteça na prática. Mas é como se você colocasse um véu e voltasse a uma posição original, uma
posição zero. Eu não sei se eu sou homem, mulher, se eu sou adulto, idoso, criança, se eu nasci no Brasil, na Índia, na China, não sei a minha idade, não sei nada. Quando eu me proponho a esse debate, eu consigo entender que existem disparidades rompendo com o discurso, por exemplo, de meritocracia. Vou dar um exemplo: o Donald Trump, ao assumir, ele acaba com as políticas de diversidade em um discurso de meritocracia validado. É por mérito que a questão racial de gênero não influencia em quem você vai ser e o que você vai alcançar. Cara, isso
é mais do que debatido na perspectiva acadêmica e científica de que nem todo mundo tem o mesmo ponto de partida. E não é só ter vontade ou só querer; posso te garantir. Para todos os temas que eu vi nos últimos 20 anos de concurso público, nenhum tema valoriza a meritocracia. Pelo contrário, e aqui a gente fala de justiça social. Aí vem a noção de equidade, o senso de justiça como reparar essas desigualdades, né? Você acaba sendo o grande movimento. E o Habermas, um senhorzinho aqui, também traz uma contribuição acadêmica muito interessante que vai falar da
razão ou ação comunicativa. E o que é isso aqui? Isso aqui, na verdade, é o poder do diálogo para alcançar um consenso. Então, para ele, na democracia deliberativa, você precisa estabelecer o diálogo. Você precisa criar essas proposituras, essas circunstâncias de conversa com base no contexto que você está, com base na veracidade, falando sempre de modo claro, né, com inteligibilidade. Isso vai gerar uma democracia de vias de fato. Hoje, a gente vê o contrário: as pessoas se fecham em suas bolhas, elas se limitam ao que o algoritmo entrega, tratam tudo aquilo como uma verdade máxima e
absoluta. Em algumas circunstâncias, valorizam ainda fake news, acreditam na pós-verdade, que é quando a objetividade da informação não é levada em consideração. Só vale o que eu quero acreditar, o que eu quero consumir, e está feito, né? Essa escassez. Do diálogo, gera um grande atrito, né, pra comunidade, pra sociedade, pra democracia, né, e pro próprio exercício da cidadania. Deixei, então, três autores aqui, ó, para usar se o tema for Justiça e outros, né? Porque, assim, gente, só para fechar agora de fato, sempre que a gente fala de justiça, volta aqui, cara: Justiça existe para fazer
justiça, né? Então é natural que a justiça esteja atrelada aqui, mesmo que ela não queira, ela se faz presente nas temáticas sociais. Então, todo tema que envolve uma questão social vai ter alguma relação com a justiça. É que, no tema metalinguístico, a gente pensa mais numa parte de operacionalização, né, como isso de alguma forma se valida na prática. Bom, feito isso, nós vamos para mais um bloco aí na sequência, para falar de mais conteúdo para sua prova. Bora [Música]! Comigo, vamos lá, meu povo! Chegamos perto das 9 horas. Sant, chocado com esse dado do banheiro
feminino no plenário do Senado. Cara, em 2016, para você ver, ser mulher é um... né? Eu sempre faço esse exercício na aula com os meus alunos adolescentes: falo, meninas, quantas de vocês já sentiram ameaçadas, né, vigiadas, já sofreram algum comentário, assédio? 90% levanta a mão. Meninos, vocês sempre têm um ou outro que levanta ali para fazer graça, um ou outro que talvez até foi, mas, cara, é o desafio, né? Por isso que a gente precisa conversar sobre esse assunto. Bloco TR: no bloco TR, a gente falou sobre Justiça e as metas do CNJ para 2025.
Fechamos aqui, então, a primeira parte da aula. Ainda temos pela frente mais dois blocos, tá? Obrigado, Jéssica, um beijo para você! Maravilhosos são todos vocês que estão comigo aqui nessa segunda à noite, que estarão comigo na terça pela manhã, na quarta à noite e na sexta à tarde. Ó, só lembrando, pessoal, que esse material, sem a anotação, tá aqui na descrição do vídeo. É só você descer, você pega ele limpinho e, com a anotação, eu disponibilizarei no meu canal do Telegram assim que a nossa transmissão chegar ao fim, tá? Vou gerar um PDF, você pega
ele, tem mais alguns dias, né, até a prova. Vai consumindo! Não esquece do seu joinha na nossa aula, ele é muito importante para nosso conteúdo chegar em mais e mais alunos. Certeza que essa aula vai chegar! Falei que eu vou no Gabarito aqui domingo à noite e agora é o seguinte: nós vamos fazer 20 minutinhos de intervalo e a gente volta no segundo tempo, tá? Segundo tempo, fechar com mais dois blocos. Vou aproveitar e ver quem tirou foto. E, gente, lá agora, fechou pouquinho, então a gente volta. Hora do bolo de fubá, do café, do
pão de queijo, do cuscuz, do chá! É hora de repor as energias! Bora [Música]! [Música] E lá vamos nós! A Jéssica e a Cristina já estão no jeito aí. Eu vi a Poliana lá no meu Telegram, fez uma foto maneira assistindo à aula. Muito obrigado, Poliana! Obrigado pelo carinho da Sandra Dória, que tá sempre com a gente! A Amora que tomou o chá de erva-doce... e vamos lá, pessoal! Nós vamos para a parte final, são mais dois blocos para fechar aqui nossa transmissão. A gente acaba com esse projeto, né? Deixa eu ver, a prova de
analista segue a mesma estrutura da redação: introdução, desenvolvimento, conclusão. Essa estrutura se mantém para a prova de conhecimento específico, com a diferença que o desenvolvimento vai ser o conhecimento técnico que você vai apresentar. Bora! Mais uma horinha, Amora! Uma hora, Amora! Até rimou! Uma horinha de aula e a gente fecha a nossa transmissão, tá? Só lembrando, pessoal, que essa semana, amanhã, tem aula às 8h30 da manhã, então vai dormir aqui sonhando com a aula de hoje. Acorda, amanhã cedo já tem aula de novo! Amanhã é curso completo, a última aula do mês, aula de número
qu... do nosso projeto. Na quarta à noite, uma aula muito maneira pro MPU, redação banca aqui FGV, e na sexta tarde TCE Roraima também, uma prova de apostas finais! Preparados? Materialzinho da aula no Telegram, daqui a pouco, tá? Assim que a aula acabar, vou rodar a vinheta. Nós vamos, então, para nosso penúltimo bloco do projeto: apostas para discursivas. Vem comigo [Música]! E lá vamos nós, pessoal! O que nós vamos fazer aqui agora? Nós vamos falar um pouquinho sobre um dos eixos de maior destaque em Rondônia, né? A questão ambiental é muito forte! Então, se a
banca, de alguma forma, quiser explorar um pouco dessa temática local de repercussão, ela também tem esse direito, né? É um tema aqui de repercussão nacional, internacional e, inclusive, de muito alcance local. Bom, o que que eu sempre apresento para os meus alunos para a proposta meio ambiente? Os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável. Lembrando que eles nascem em 2015, compondo a chamada agenda 2030. A agenda 2030 é quando as nações vão se debruçar sobre como ficaram as 169 metas, distribuídas entre eles, com o grande propósito de alcançar aqui o desenvolvimento sustentável. Deixa eu lembrar que lá
em 2023 o Brasil apresentou um 18º ODS de modo voluntário, que é o ODS da Igualdade Étnico-Racial. Voluntário, o Brasil apresentou, tá? Até colocou junto à comunidade internacional a importância desse ODS! Esse ODS se preocupa muito com a população negra e com os povos indígenas. É o grande propósito do 18º ODS! Só lembrando que aqui o Brasil apresentou, de modo voluntário, os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável. Eles estão ancorados em cinco P's: planeta, pessoas, paz, parcerias e prosperidade. Só que é certo, pessoal, que lá em 2015, né, há 10 anos atrás, praticamente ontem, para a
nossa história, não se imaginava uma pandemia oficialmente decretada em 2020, uma inflação resultante dessa pandemia... Não se imaginava essa própria crise climática nessa proporção, tantos conflitos globais afetando a população mundo afora. E aí a gente tem hoje um grande desafio em torno dos 17 ODS. Tanto é que, no relatório da ONU, ano passado, apenas 17% das 169 metas haviam avançado. Deixa eu crescer para você ver: metas de avanço, as outras ou estavam estagnadas ou retrocederam. Por que a gente tem esse tema ocupando uma agenda importante hoje? Porque a gente vive essa crise climática e por
fenômenos climáticos extremos que acontecem com mais frequência nos últimos tempos, como estiagem, ciclone, tempestade... Aí vêm deslizamento de terra, alargamento de regiões e por aí vai. O grande xis da questão é que a gente precisa discutir hoje a importância do conceito de Justiça Climática, porque as nações que mais poluem não são necessariamente as mais afetadas pelos extremos climáticos. As mais afetadas são as nações mais pobres, e elas não têm condições financeiras de se reestruturarem. Vejam o que aconteceu na COP 29 em Bacu, no Azerbaijão, quando foi estabelecido o valor de um fundo para socorro às
nações mais afetadas. Esse fundo ficou em 300 bilhões de dólares até 2035, mas com fortes críticas de ativistas da causa. O valor esperado era de 1,33 trilhões de dólares, porque os 300 bilhões não vão ser suficientes diante do drama hoje assistido por grande parte da população. Quando a gente olha para a questão ambiental dos países mais afetados, e aí a gente começa a interagir com os ODS. Então vou dar um exemplo: para falar desse grande movimento de mudança climática, dessa grande busca pela redução da emissão dos GES (gases do efeito estufa, dióxido de carbono, metano,
óxido nitroso), o ODS 13 é o ouro para sua prova, ação contra a mudança global no clima. Por quê? Porque hoje é o grande esforço da comunidade internacional. E lembra que o Brasil tem um grande protagonismo. Mas se liga no ODS de número 10, redução das desigualdades. Veja o quanto esse ODS cabe em vários temas, porque aqui é tanto a desigualdade entre as nações quanto a desigualdade interna. E minimizar a desigualdade é promover o enfrentamento efetivo a uma série de desafios: na educação, na saúde, na segurança, na cultura, na ciência. Porque a desigualdade provoca uma
discrepância no que tange ao acesso a bens e serviços, e aí que a gente vê uma sociedade realmente em sua pior versão: a concentração de renda, enquanto muitos não têm nada, poucos têm muito. Então, o ODS 10 é maravilhoso. O ODS 16 fala sobre paz, justiça e instituições eficazes. Justiça, né? A gente falou no bloco anterior da importância da justiça, do acesso à justiça. Mas olha a paz aqui, no mundo de conflitos, de novos conflitos, de conflitos históricos surgindo, né, ressurgindo novos capítulos de violência, disputas religiosas, territoriais, econômicas, políticas, sociais. Esse ODS 16 talvez assinale
o grande movimento de frustração da atuação da Organização das Nações Unidas, por não alcançar seu objetivo maior, que é a busca pela paz. Aí a gente vai para o trabalho decente e crescimento econômico. Queria muito falar sobre o trabalho, um tema muitas vezes explorado em algumas provas. Eu sempre deixo essa listinha aqui. Qual é o grande debate hoje com relação ao trabalho? É muito sobre a condição de trabalho, né? Você vê uma discussão sobre semana de quatro dias, você vê uma discussão sobre escala 6 por 1 sendo substituída pela escala 4 por 3, que é
o que propõe a PEC aqui no Brasil. A gente fala muito hoje sobre o conceito de sociedade do cansaço. E aí eu preciso lembrá-los do filósofo Byung-Chul Han, que deve estar aqui, não está? Byung-Chul Han é o filósofo sul-coreano que criou o conceito da sociedade do cansaço e, para ele, qual é o grande problema da sociedade? O grande problema é esse excesso de produtividade. A gente vive a ditadura da produtividade, inclusive, você tem que se frustrar se não estiver produzindo. É uma sociedade multitarefa: você assiste a essa aula com duas, três janelas abertas, respondendo WhatsApp,
ouvindo um áudio, e coisas do tipo. Isso gera uma fadiga não só sua. A gente tem falado tanto de questões emocionais na esfera do trabalho, e o trabalho decente passa desde o enfrentamento ao trabalho análogo à escravidão até condições de trabalho minimamente saudáveis. A ideia do ban para essa sociedade que experimenta hoje a busca pelo acúmulo, que trabalha com esse excesso de produtividade, cairia muito bem aqui como referência. Gosto bastante dessa análise. E aí vem o desemprego associado à tecnologia, essa busca máxima por encontrar a sua melhor versão, hipervalorizar a criatividade, empreender, e o peso
das habilidades socioemocionais. Hoje a gente fala muito das soft skills, as habilidades que não são as hard skills. Hard skills é aquele conhecimento técnico; antigamente, se você fosse hábil em um conhecimento, teria uma inserção no mercado de trabalho. Hoje já não é mais suficiente. Hoje a gente precisa de, de alguma forma, tolerância, frustração, adaptação, trabalho em grupo, tomada de decisão. Enfim, essas são habilidades mais valorizadas. Até coloquei aqui soft skills e o profissional do futuro. Então, de alguma forma, falar sobre o mundo do trabalho é falar sobre algo que está na nossa realidade, até porque
é algo que gera muita insatisfação nas pessoas. O conceito de "trabalho criativo" é um conceito de Domenico De Masi, sociólogo italiano que faleceu recentemente, e que também promove essa reflexão. A gente precisa trabalhar, se divertir e aprender sem segregar esses momentos, sem promover essa separação, que é um tanto quanto desafiador pensando no modelo contemporâneo. É uma obra do início dos anos 2000, mas que faz muito sentido hoje, quando a gente passa a olhar para o significado do trabalho. É o que eu falei para vocês. Nós tivemos... Recentemente, a questão que tratava sobre influenciadores mirins, né?
Que é uma versão de trabalho diferente do que a gente tinha até então. Então, trabalho decente está aqui: indústria, inovação e infraestrutura, cara. Não existe modelo de país que se desenvolve sem o setor industrial, sem inovação, sem tecnologia, né? Esse é um ponto importante. Na pegada mais ambiental, gente, na pegada ambiental, a gente cai aqui: ó, energia limpa e acessível. O Brasil é referência em uma matriz energética, por exemplo, energia solar e eólica. Matriz renovável, o Brasil é referência, né? E essa é uma busca: a substituição do combustível fóssil por gás, carvão, petróleo é o
que agride, né, o nosso meio ambiente, o que gera poluição e o que intensifica o efeito estufa, causando todos os desdobramentos, inclusive esse daqui: ó, 2024, o ano mais quente já registrado e o primeiro a superar 1 grau. Minha fonte: Vozes da Minha Cabeça e o Observatório Europeu Copérnico. Você vai levar a fonte na sua prova e vai mostrar o quanto esse tema se apresenta como um drama e o quanto isso tem a ver, gente, com a ação do ser humano. Tá aqui: ó, emissão de gases do efeito estufa, atividade antrópica. Então, a parcela de
responsabilidade está nessa conta aqui: ó, nos últimos 10 anos, de 15 a 14, é um dos 10 anos mais quentes já registrados. Cada um desses últimos 10 anos, essa conta é nossa. Essa responsabilidade é nossa. Ah, Rodolfo, mas a culpa não é minha porque tem o setor do agro, porque tem o setor industrial que consome muita água. Aqui, lógico, mas nós, enquanto sociedade, no campo individual, temos a nossa parcela de responsabilidade sem sombra de dúvidas. Volta comigo aqui, ainda falando da pegada ambiental. Aí você cai aqui na vida terrestre, por exemplo, desmatamento. Cara, é um
problema evidente, né? Falar da nossa biodiversidade. O Brasil é um dos países com a maior biodiversidade do mundo. A gente vai discutir a preservação por todo o tempo. Vida na água, poluição, né? Gente, de oceanos, só aqui hoje é tanto quanto importante. O Brasil... Então, se a gente for olhar aí pra seca de rios, a própria questão do Rio Madeira. Aqui, quando a gente fala de escassez hídrica, de seca de rios, você fala de uma série de vidas impactadas, né? Do transporte, acesso à alimentação, trabalho, o fluxo econômico, deslocamento de pessoas. Então, é muito mais,
né? Do que uma mera seca na ótica ambiental. Segue comigo: cidades e comunidades sustentáveis. Esse é o grande esforço hoje, né? E tá aqui, de novo, o conceito de desenvolvimento sustentável. Deixa só lembrar vocês que, lá em 2022, a ONU passou a reconhecer o meio ambiente saudável como um direito humano. É lógico que é uma estratégia que não tem caráter vinculativo, né? É algo de caráter simbólico, mas de muita repercussão, né? Por quê? Porque viver em um ambiente saudável é viver no meio ambiente saudável, é viver com segurança e com aquilo que é intrínseco ao
ser humano. Vou dar um exemplo: a justiça da Suíça foi condenada pela primeira vez, ano passado, por um tribunal de direitos humanos, tribunal europeu de direitos humanos, porque um grupo chamado "Vovós pelo Clima", idosas de mais de 70 anos, moveram uma ação porque o governo da Suíça não agiu para mitigar as mudanças climáticas. Isso afetou a vida delas. Então, assim, a gente vê o aquecimento global afetando a qualidade de vida, gerando mortes, né, por conta da temperatura, por aí vai. Então, a busca é de fato por comunidades sustentáveis, assim como a gente pensa muito no
nosso consumo. Esse é um tema que tem faltado também, né, porque o consumo é um ato político. Consumir é necessário, agora a discussão é sobre o consumo em excesso, né? Esse é o grande ponto. Consumismo, quando o consumo transita pelo excesso, o quanto isso se torna desafiador. Aí a gente tem ainda aqui: ó, água potável e saneamento. Gente, saneamento é um dos movimentos que a gente mais vê desigualdade no Brasil, né? Porque há estados com perto de 100% de tratamento de água e esgoto, e há estados ainda com um pouco mais de 50%. Então, é
o desafio. Aí a gente vai aqui: ó, parcerias e meios de implementação. Hoje não existe avanço, progresso coletivo, se você não estabelece parcerias, né? A gente tem um desafio muito grande porque o mundo, né, em alguns momentos, vivencia facetas protecionistas. Isso agrava a interação entre os países, né? Isso cria problema efetivo mesmo para trocas. Enfim, e aqui a gente sabe que não existe evolução sem, né, parcerias. Tanto é que é um dos ODS aqui, né, do próprio dos 17 ODS. Bom, aí nós temos os cinco primeiros, que têm muito um apelo social. Erradicação da pobreza,
Fome Zero são até pautas muito parecidas, né? Porque se você tem um cenário de pobreza, é muito provável que você experimente situação de insegurança alimentar. E aí a gente tá falando de uma questão socioeconômica. Pessoal, segundo o FMI, Fundo Monetário Internacional, o Brasil terminou 2024 considerando o ranking do PIB como a décima maior economia. A gente termina na décima posição, enquanto as maiores economias. Considerando o PIB, que é uma métrica questionada, etc., mas é uma métrica, ainda assim, o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. Então, há uma concentração de renda. Isso vai
afetar o acesso à alimentação, por exemplo. Tanto é que, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Pecuária (Embrapa), o Brasil alimenta 10% da população do planeta, cerca de 800 milhões de pessoas, com grãos e oleaginosas, por exemplo, commodities, né? Que o Brasil é destaque: café, laranja, soja, etc. Só que a gente ainda tem pessoas em situação de insegurança alimentar no Brasil. Paradoxo, né? A gente alimenta o mundo, mas tem pessoas passando fome aqui. Então, esses são dois desafios históricos, né? Erradicar pobreza e fome zero, sem contar o desenvolvimento de agricultura sustentável, né? Porque a agricultura... O
agronegócio. Vamos dar um exemplo aqui, ó, do Matopiba. Matopiba, que é o quê? Uma região de expansão de fronteira agrícola nos últimos anos. Tô falando aqui do Maranhão, Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. E hoje, qual é o grande plantio aqui? Soja. Para quem? Para vender para... Nosso principal parceiro comercial, que é a China. E nós estamos falando de uma área de Cerrado, né? Por isso que a Comunidade Internacional, a todo momento, tá de olho nos nossos biomas, né? Nas estatísticas com relação aos nossos biomas: floresta amazônica, Cerrado, Amazônia, né? Cerrado, Caatinga, Pampa, Mata Atlântica, porque
há essa evidente preocupação, né? Afinal de contas, a política ambiental do Brasil sempre vai ser observada pela Comunidade Internacional. Mas um recorte de caráter social, ó, saúde, bem-estar. Aqui tem meta para doenças, né? Das mais variadas. Erradicação, enfrentamento, até saúde mental. Falar de saúde também é falar de um desafio num país em que sete em cada dez pessoas dependem do SUS, que é referência a nível internacional, mas tem as suas dificuldades e limitações, né? E falar de saúde aqui, até, sempre gosto de trazer a própria definição da OMS, né? Porque a OMS define saúde como:
não é só você não ter enfermidade, não é só não estar doente. É você ter o bem-estar físico, mental e social. Cara, saúde hoje é campanha de vacinação, é valorização da ciência, pesquisa. Pega aí a vacina brasileira da Butantã contra dengue, que solicito autorização junto à Anvisa, que é uma vacina em dose única, né? As que a gente tem aqui hoje não são em dose única. Uma vacina de dose única viabiliza muito mais o enfrentamento. Então, esse é Ciência. Saúde. Por fim, pessoal, eu sempre exemplifico aqui o quatro, que é educação de qualidade. Lembrando que
não há país que alcançou ou alavancou-se economicamente que não tenha revisitado o seu plano educacional. Educação de qualidade não é uma transformação mágica, mesmo porque não é do dia para a noite, né? Isso aqui é um projeto. Educação sempre envolve um projeto, né? E aí que tá o grande ponto. Esse projeto precisa ser estruturado, pensado a nível de investimento, né? Que é o que muitas vezes acaba faltando. E a educação é o agente de transformação. Ela é um encaminhamento para um cenário, obviamente, de ganhos: igualdade de gênero, né? Que a gente pontuou anteriormente. A ONU
fala em 300 anos para alcançar a igualdade de gênero e esse é um movimento, né? Desafiador. Por quê? Não há país que vá conseguir o desenvolvimento se você não garante para as mulheres a representatividade que elas necessitam, né? A gente sabe aí que esse, sem sombra de dúvidas, é talvez um dos maiores desafios. Não à toa, né? Eu tava aqui fazendo essa aula ao vivo, tô fazendo ao vivo. No intervalo, fui ler uma notícia, um caso de feminicídio. Um personal acabou violentando a mulher, tentou simular um suicídio no Rio de Janeiro, e ela foi encontrada
morta, né? E a investigação vai pelo caminho do feminicídio. Então, até curioso isso. A gente vivencia tantos casos de violência que há uma certa banalização, como se a gente não se assustasse mais, né? Infelizmente, não deveria ser assim, né? Casos de violência deveriam gerar toda essa reação, mas são tantos casos... A gente tem, né, esse movimento de naturalização que a gente já... Olha que efeito, né? Um tanto quanto problemático aqui para nossa atual realidade. Você falar que a gente se acostumou com um cenário de violência. Eu queria terminar aqui, gente, falando sobre o conceito de
racismo ambiental, porque ele tem uma abordagem também social, né? Primeiro que ele é um conceito da década de 80 dos Estados Unidos. O autor, Benjamin Franklin Chaves Júnior, foi assessor do Martin Luther King. E como que ele, né, cunha esse conceito? Ele olha para como as políticas ambientais, regimentos e leis, enfim, afastavam a população negra de decisões e até de um cenário minimamente humano, né? Então, resíduo tóxico, presença de veneno, poluentes. Geralmente, afetavam quem? Pessoas negras, pessoas pobres e negras. E aí a gente vê, não é uma escolha, é fruto de um processo histórico. E
eu sempre somo, né, esse conceito com o conceito de Seccional da Kimberly Crenshaw, também cunhado na década de 80, porque aqui a gente soma marcadores sociais. Uma coisa é a pauta da mulher branca, outra coisa é a pauta da mulher negra, outra coisa é a pauta da mulher trans negra. E como que eu entendo isso aqui? É teoria dos conjuntos, matemática. Isso aqui, ó, é quando a gente tem a zona de intersecção. Quando você interseciona, você soma aqui encontros, né? Soma marcadores sociais. Você entende uma maior ou uma menor vulnerabilidade. E é muito isso, né?
Pega lá as pessoas mais afetadas pelas chuvas lá em Porto Alegre, a maior parte, pessoas negras, pobres e negras. Isso é uma mera coincidência? Não, isso é um processo histórico. Por isso que aqui a gente, de alguma forma, enfrenta um conceito de meritocracia, né? Esse discurso da meritocracia se esbarra, ó, o racismo ambiental. Aqui, ó, Paraisópolis, uma área de favelas em São Paulo, é até 9 graus mais quente do que o Morumbi, uma área nobre. Isso por conta de número de árvores, densidade populacional, veículos, etc. Nós estamos falando de bairros vizinhos e uma discrepância de
caráter ambiental que vai afetar a vida, logicamente, né? Pensa aí, a própria Organização Internacional do Trabalho já destacou o quanto o aquecimento global, esse aumento das temperaturas, castiga trabalhadores que vivem ao ar livre, né? Que trabalham ao ar livre, por exemplo, na construção civil, muitas vezes. Então a gente tem, né, pela frente, alguns desafios para tratar na questão ambiental. O grande eixo, gente, são os... Fenômenos climáticos extremos, mas aí eu digo, né? A Banca pode explorar lá a banca, né? Tem sempre versatilidade: pode falar do agronegócio por conta do desmatamento, pode falar das tragédias ambientais,
pode falar do reduzir, reutilizar, reciclar, recusar, repensar. Pode trazer aqui a transição energética, pode discutir biopirataria, tráfico de animais, pode falar do ESG. Essa é uma conversa que, cara, ela é muito oportuna hoje, né? A gente conceituou anteriormente, principalmente aqui por conta da responsabilidade socioambiental. Enfim, assim, agora dificilmente ela vai descolar essa análise dela da parcela de responsabilidade dos seres humanos, né? Porque, em regra, é isso que a gente discute hoje: o quanto a sociedade precisa, né, de uma modificação de comportamento para que esse cenário ambientalmente favorável seja construído. No ano de 2024, no Fórum
Econômico Mundial de Davos, foi apresentado um dado de que 14 milhões e meio de pessoas vão morrer até 2050 por conta da crise climática. Então, as implicações são humanas, são econômicas, são ambientais e, obviamente, sociais. Explore muito esse lado se o tema partir aí pra questão ambiental, e não esqueça dos 17 ODS. Feito isso, pessoal, nós vamos seguir para mais um bloco para expandir a nossa visão aqui agora para outras áreas. Começando por tecnologia, já que é também um eixo temático bastante recorrente nesses últimos concursos, mesmo porque, assim como no meio ambiente, né, a crise,
o caos, novas estatísticas, dados, a todos os anos, na tecnologia, muita coisa acontecendo. A gente troca o pneu do carro andando, tem que entender, tem que se adaptar e tem que regulamentar. Bora comigo então pro próximo [Música] bloco? O ruim é que a aula passa, né? Primeiro bloco pós-intervalo é um tiro e a gente já vai pro último bloco agora, pessoal. O que eu ia falar pra vocês? Vamos lá! Queria falar pra vocês que a gente terminou o bloco de número quatro, quatro. Cadê o bloco de número quatro? Tá aqui, cadê? E a gente falou
sobre meio ambiente e os 17 ODS. Agora nós vamos pro bloco de número cinco. Vou falar um pouquinho de tecnologia. Foi um tema do ano passado da banca, né? Como eu já destaquei. E aí, na sequência, a gente vai falar sobre alguns outros recordes: é uma explosão de temas para proteger vocês do que a banca possa fazer. Tudo bem? Deixa eu só abrir aqui onde eu preciso estar. Eu preciso estar agora aqui. Vamos lá! Então, gente, a Jéssica falou que o cafezinho tá salvando. Cara, café! Eu falo como professor: sem café não é vida! Eu
tenho tentado até diminuir, né? Porque acaba que a gente toma muito. As aulas à noite aqui têm tanta luz, gente! Você toma café com esse monte de luz pra dormir depois, e amanhã já tem que acordar cedo, né? Então, tô tentando diminuir, principalmente no tardar da noite, mas um cafezinho é campeão! E sem contar que mantém acordado. Isso aí! Vou rodar vinheta. Ah, eu tinha falado que pra quem dorme às 8 já é madrugada. Eu entendo, Amora! Teve uma época da minha vida que eu conseguia. Hoje, os compromissos, né, assumidos me impedem, mas era uma
delícia, cara! 8 da noite dormir? Só! Só que eu acordo muito cedo, né? Pessoal do Telegram sabe! Tem dia lá que 4, 5 da manhã a gente já tá ali na atividade. Vamos lá! Último bloco da noite, último bloco do Apostas PR discursivas! Agora acabou, né? Talvez você vai embora, agora vai dormir. Aí vai perder a parte da sua prova, talvez a banca fale sobre isso, né? A Renata da Costa Lunas adorando a aula! Vou rever depois, peguei o bonde andando. Boa! Aí, tem tempo, né? Essa aula, como tá sendo segunda até domingo, na hora
de ir pra prova dá pra assistir. Vem comigo! Então, pessoal, último bloco. Bora! [Música] C [Música] E lá vamos nós, gente! Eu vou começar esse bloco aqui falando de um eixo temático de também muito destaque aí nos últimos tempos. É, inclusive, o tema, né, que eu mostrei pra vocês. Vou até voltar aqui: tema de um dos últimos temas da banca de vocês falava sobre a questão dos dados, né? Desafios para segurança, proteção de dados. Só lembrando, gente, quando tem esse "zin" aqui, você tem que falar de mais de um desafio, né? Então, você tem que
falar de uma questão de gestão governamental nessa proteção, nessa condução, nessa regulamentação. Falar, por exemplo, da responsabilidade do usuário, né? Que colocar a senha 1, 2, 3, 4, 5, 6, o autocompletar não ajuda muito também a proteção. Então, um pouco de educação midiática, letramento digital. Eu gosto, aqui, sempre que eu falo de tecnologia, de construir um raciocínio com o meu aluno que é um pouco da linha do tempo, né? De tecnologia nas redações, um dia muito se falou sobre acesso à internet e, automaticamente, a gente falava muito sobre exclusão, né? Aí, muito se discutiu os
benefícios e os prejuízos da internet. Aí a gente passou a tratar aqui o impacto das redes sociais, redes sociais pro relacionamento, habilidade, etc. Aí a gente começa a falar de anonimato. De repente, perfis fakes invadem o ambiente virtual e aí vem o debate sobre fake news e o impacto na saúde, na política, na ciência, na educação, por aí vai. Aí, nessa, a gente fala sobre comércio eletrônico, né? Tem alguns desdobramentos temáticos, mas aí a gente vai sofisticando o nosso debate pra discutir a questão dos dados, dados pessoais. E pra falar aqui sobre a privacidade que
entra num outro patamar. Repentinamente, você tem uma extensão da sua vida e a gente começa a falar de crimes de ódio, de liberdade de expressão. Aí a gente fala de crimes virtuais, crimes virtuais. E hoje, né? Esse por isso que é muita alteração, né? Muita atualização. Hoje... O grande assunto, sem sombra de dúvidas, envolve aqui como a Inteligência Artificial afeta a nossa vida. Seja na geração de conteúdo, seja na própria disposição da sua bolha, naquela realidade que se constrói no seu entorno, na ditadura do algoritmo, no conteúdo e no dado que você gera, né? Para
aquele sistema que capta, que armazena e que vai influenciar no que você recebe depois. Hoje, o debate... nós assistimos, por exemplo, uma disputa entre Estados Unidos e China. Recentemente, mais um capítulo da guerra tecnológica sobre fabricação de chips com tecnologia usando Inteligência Artificial e como isso impacta o mercado. Agora, não posso esquecer alguns debates importantes para os dias de hoje. A gente falou anteriormente sobre infodemia, essa grande epidemia de informações. Esse aqui, pessoal, tô gravando essa aula numa segunda-feira. No último domingo, a gente teve uma prova do Conselho Federal de Biomedicina que caiu nesse tema,
e eu falei nas nossas aulas, inclusive na revisão de véspera, que é o FOMO. FOMO é o "Fear of Missing Out". Isso aqui é como se fosse o medo de ficar de fora. De fora do quê? De não acompanhar tudo que se passa. Você tem que saber, hoje, do conflito, né? Da fuga do Baixada Alçada, da Síria, do cessar-fogo na Faixa de Gaza, do Neymar que volta pro Santos e da polêmica da mulher que não quis ceder o seu assento na janela num voo e viralizou, tá fazendo publis de R$ 3.000. Bom, a gente tem
que... isso gera um consumo, né? Gera até uma situação de muito estresse. Falo eu, como professor de atualidades, que tem que estar acompanhando. Ali, hoje, a gente já tem uma filtragem maior, mas, mesmo assim, cara, às vezes é estressante, né? Então, essa é a questão de ficar de fora. Que mais? A gente tem uma expressão também que já apareceu em prova, que é a expressão "nomofobia", que vem de "no mobile fobia", que, resumidamente, é o medo de ficar sem celular. De ficar sem o celular. Por quê? Porque o celular, gente, ele é uma extensão do
nosso corpo. Hoje, pega aí a restrição do uso no ambiente educacional, Educação Básica. Cara, eu, Rodolfo, que dou aula, né? Já dei aula com alunos agora restritos. É uma outra realidade, assim, é um outro universo, né? Um outro campo de concentração de sociabilidade. Enfim, e a gente sabe que, nesse debate, você vê muitas comparações. Uma ditadura da beleza: aquela vida perfeita das redes sociais, tudo aquilo maquiado e mascarado, né? E o quanto isso fadiga emocionalmente, principalmente jovens. Né? Agora, o debate da vez é esse que foi, inclusive, palavra do ano de 2024 pelo Dicionário Britânico
de Oxford: "Brain Hot". Isso, gente, significa, na tradução e no entendimento, "podridão cerebral". A expressão do ano é a podridão cerebral. Isso se dá por conta de um esgotamento mental em função do consumo excessivo de conteúdo superficial, pouco desafiador, ou seja, futilidades. Futilidades é um conceito que nasceu lá em 1854, com outro propósito, tem uma história aqui, né? Na ocasião, mas que, para a gente, seria essa neblina mental, letargia, redução da nossa capacidade de atenção em declínio, por consumir dentro daquele movimento de até de rolagem infinita, né? Cara, você fica ali, não acaba nunca, não
cessa. O conteúdo vai sendo entregue e, nisso, você tá consumindo um conteúdo fútil, né? Muitas vezes, nem sabe se é, né? Verificado. Vê daí o debate sobre as big techs, né? Que não vão mais fazer... a Meta anunciou que não vai mais fazer verificação profissional. Então, agora depende dos usuários questionarem o conteúdo. E aí você entra num debate muito sobre liberdade de expressão no ambiente virtual, regulamentação de mídias e fake news. A gente sabe que muitas redes sociais engajam, geram os cliques muito por conta desse tipo de conteúdo atrelado a determinado perfil político, partidário, ideológico,
etc. E a gente tem que entender que o ambiente virtual não é uma terra de ninguém. Muito pelo contrário, né? O ambiente virtual é uma extensão da nossa realidade. O que eu curto, comento, compartilho, o conteúdo com o qual interajo é de total responsabilidade. Não posso esquecer disso em momento nenhum. E hoje a gente vive, então, essa condição... até, aproveitando, eu queria deixar aqui os três clássicos. Cara, eles permitem uma utilização muito ampla. Tá aqui, eu vou apresentar para vocês algumas das circunstâncias, né? Só para você entender: aqui, por exemplo, o Sócrates. Sócrates era conhecido
como o incansável questionador, né? Tanto é que a dialética socrática, que é a proposta do Sócrates, ele vai propor na maiêutica, que é o parto das ideias, que ele conseguiria fazer o parto, a formiga de um diálogo questionador. Então, ele cheg... a pessoa tem uma tese, ele apresenta a antítese, a oposição, por meio de perguntas. A pessoa entra em conflito, chega a uma síntese, né? Que é um resumo. E aqui, o Sócrates é o cara do diálogo, que que a gente tem hoje nos ambientes virtuais? Escassez do diálogo. Sócrates é o cara que dizia, né?
A famosa frase: "Só sei que nada sei". Por quê? "Só sei que nada sei", porque, para ele, para você alcançar o verdadeiro conhecimento, você tem que, eh, reconhecer sua ignorância. E hoje, não! As pessoas acham que já sabem de tudo, inclusive os coaches miring de 7, 8 anos, né? Falam com um currículo, uma biografia muito vasta. Então, a gente tá diante de um cenário inverso do que propõe Sócrates. A mesma coisa, aquela frase do Sócrates: "Conhece-te a ti mesmo", que tem uma redundância, né? Gramaticalmente, é errada, que "conhece" já é a "ti mesmo", mas é
o que, né? Atrelada à figura do Sócrates, e ele fala muito da importância dessa autoavaliação. E olhar pra gente, hoje, é um grande desafio. Se eu falasse, "Liste cinco qualidades"... Você vai ter dificuldade, vai até falar que não tem cinco qualidades, agora se eu falar cinco defeitos, você faz fácil, porque a gente se julga muito, né? Teoria socrática para os dias de hoje de redes sociais. Sabe aquela vida que é perfeita? Seu amigo na vida Instagram que tem a melhor alimentação, o melhor prato de comida, a melhor namorada, a melhor família, a melhor festa, a
melhor viagem? O dele é tudo melhor, né? E a gente nem sabe o quão aquilo é realmente feliz. As pessoas vivem de filtros; até na questão estética há uma procura, muitas vezes, de intervenções cirúrgicas estéticas para ficarem parecidas com filtros. A gente já tem cirurgiões plásticos falando dessa demanda. Platão, gente. Platão foi aluno do Sócrates, né, e professor do Aristóteles. O Platão que eu gosto muito é o do mito da caverna, porque cabem muitos temas, mas na tecnologia cabe bem. Por quê? Porque o mito da caverna fala muito dessa ilusão criada por sombras. Só para
você entender: Platão narra homens que nasceram e cresceram acorrentados dentro de uma caverna, vendo apenas a luz e as sombras e acreditando que aquilo é a realidade. Um dia, um deles é retirado, desamarrado, e tem muita dificuldade de abrir o olho lá fora. Quando abre, ele vê que a realidade não é aquela. Volta para contar, mas eles falavam por grunhidos. Ele tenta contar, mas aqueles que ali estavam acreditam que ele pirou, enlouqueceu, e espancam-no até a morte. Isso mostra o mundo real e o mundo de ilusão. A teoria do mito da caverna fala da teoria
das ideias de Platão, do mundo sensível do erro, da enganação dos sentidos, e do mundo inteligível das ideias. A ideia é perfeita para Platão. O que a gente vê nos sentidos é imperfeito. E o que é uma caverna hoje? Redes sociais. Você fica preso naquilo, cara. Provavelmente você conhece pessoas que acreditam muito naquilo que elas recebem. O mundo delas é aquilo, e o algoritmo faz questão de entregar aquilo. Isso fecha um diálogo, e na bolha se cria a receita da violência generalizada, do ódio, tudo que a gente vê. Então, o mito da caverna é uma
boa utilização na teoria platônica. Agora, no Aristóteles, gente, o que eu mais gosto é a justa medida, o meio-termo. É a ética aristotélica. Você não deve desenvolver nem o vício do excesso, nem o vício da falta. Ou seja, a minha vida que vai alcançar a felicidade é uma vida de equilíbrio. Não posso ter nada em excesso e nada em falta, né? Porque daí eu me coloco em um desequilíbrio. Essa é a grande concepção proposta pela ética aristotélica, que é uma das perspectivas éticas desse momento, mas, para a tecnologia, Sócrates e Platão caem como uma luva.
Só para vocês notarem ao longo dos blocos, a gente falou, então, de alguns autores e dentro dessa concepção a gente consegue aplicar ao Bauman. Bauman você provavelmente ouviu falar, né? Todo concurseiro conhece. É o conceito de modernidade líquida. E aí ele vai falar como as nossas relações se tornam superficiais. Isso se agrava com o advento da tecnologia: aplicativos de relacionamento, tudo muito rápido, como um líquido que escorre pelas mãos. Essas são as relações hoje. Até se a gente for pensar, me propus um debate aí com alguns colegas professores. Pense na ideia do luto hoje, né?
Quando falecem ídolos, há toda uma comoção. Até o luto hoje é muito diferente, né? Quando a gente perde uma figura importante, porque é tudo muito rápido. Até o consumo da notícia vai ser rápido; vai ter aquele apelo, aquela cobertura mediática, aquele hiperfoco naquele momento, e depois desaparece. Foucault, pessoal. Foucault desenvolveu o conceito de sociedade disciplinar. Para ele, os indivíduos vivem condicionados porque podem ser punidos. Lembra da obra dele "Vigiar e Punir"? Ele fala de um estrato do ser humano. Ele compara escola, presídio e hospitais, né, para falar dessa sociedade disciplinar, de como isso se faz
presente e modela a vida do indivíduo. Se a gente for levar à risca, também é um conceito que você consegue aplicar em algumas circunstâncias. Bom, mas voltemos rapidinho à tecnologia. Porque, então, o grande debate é inteligência artificial, né? Inclusive, nessa perspectiva ética pega nas artes, que há sempre polemica. Mas a gente não deixa de discutir fake news, nunca, principalmente por conta das deep fakes. Esse é um ponto importante: falar de saúde mental no ambiente virtual. Hoje há uma positividade tóxica, tanto é que tem o tal do "non-falso-terapêutico," que é você deixar de seguir para ficar
bem. Diante desse nível de perturbação, diante dessa lógica que, em algum momento, coloca o indivíduo a se sentir mal, né? Se comparar e se sentir mal. Nomofobia, que é o medo de ficar sem celular, ou mobile fobia, e crimes virtuais. Foi aí que a banca explorou, no ano passado, falando principalmente da questão de dados. Um ponto importante: eu gosto muito dessa expressão e acho que ela é pouco explorada, até pelos concurseiros, na hora de fundamentar o texto: educação midiática. Alguns vão usar a expressão letramento digital, porque aqui há, de fato, uma transformação de comportamento no
ambiente virtual. Desde você saber não clicar em um link capcioso até entender os limites da liberdade de expressão no ambiente virtual. Aproveitando o ensejo, gente, alguns temas sociais que teriam o perfil da prova: um deles é esse: crise democrática e os limites da liberdade de expressão, usando até a experiência da internet. Por quê? Porque o contexto que a gente vive é de intolerância, intolerância exacerbada. A gente fala muito aqui, nesse tema abstrato, sobre o fanatismo. Uns anos atrás, eu comentei um tema muito legal. Era de uma banca, né, menos conhecida, mas um tema muito legal
que falava sobre o comportamento fanático na política, na religião e no esporte, como ele é irracional em qualquer uma das circunstâncias, né? Isso tá muito dentro do contexto que a gente vive, no contexto que a gente está inserido. Até fazendo um gancho aqui, isso é curioso, né? O que é um paradoxo da informação? Cara, a gente mais se desinforma no contexto em que mais tem acesso à informação. É bizarro, né? A mesma coisa que eu falei sobre as pessoas que vão em busca de um padrão de beleza, de filtro, porque uma ditadura da beleza, muito
mais para mulheres, cresce muito na idade dos homens, mas uma ditadura da beleza é a do imediatismo. Eu gosto muito desse tema. O Instituto Consulplan, em alguns momentos, tem mais essa abstração. Para quem já é mais antigo, o concurso FGV e FCC são bancas que dialogam muito com esses temas mais abstratos, né? O Instituto Consulplan em alguns momentos traz essa cobrança, mas o que é essa era do imediatismo? Cara, é o vídeo acelerado, o áudio acelerado, é trabalhar com projetos de vida para amanhã, né? É isso que a gente assiste, né? Mais uma vez, vamos
falar que eu tô pegando no pé dos influenciadores mirins, mas é o cara falar que não tem que estudar, que com 7 anos ele consegue fazer renda com marketing digital, que ele comprou o iPhone no Pix com 8 anos. Entende? Então, é isso, e é um discurso que ele é bem assimilado para uma geração imediatista. Vou fazer 9 anos de fundamental, 3 anos de médio, 2 ou 3 de curso técnico, 4 ou 5 de graduação para daí talvez me inserir no mercado de trabalho, né? Então, é lógico que essa era do imediatismo acaba pegando muito.
Queria falar aqui ainda, gente, voltando nos temas sociais, sobre a questão da xenofobia, né? Lógico, a gente tem agora, né, no movimento de Donald Trump, um debate mais acalorado, mas é um tema que não sai de moda, né? Xenofobia, que é a aversão ao estrangeiro. E aí a gente vê muito dessa perseguição de pessoas de outras nacionalidades a partir de um choque cultural. Como isso também é uma via de desafio? A questão da segregação socioespacial, que eu falei bastante, né? Isso é uma questão de banca, assim, até como tema clássico. Temas que falem, que flertem
direta ou indiretamente com a cidade, né? Falar do medo, da insegurança, da violência, né? A gente fala hoje de uma arquitetura da insegurança. Hoje a gente aprendeu, internalizou, até por meio de coerção, uma condição de medo. Então, a gente vive com medo. Isso é uma forma de controle social, né? Então acaba que a gente tem também um ponto de relevância na mesma proporção que temas relacionados à cidade são importantes. Como eu falei, as bancas, não só essa, mas todas as principais, gostam muito desse olhar científico, né? Mesmo porque uma banca examinadora vai se ocupar de
temas que estejam bem protegidos pela ótica da ciência, né? E aí a gente adentra esse campo de valorização da ciência e a própria desvalorização. Vamos pensar no Brasil: na fuga de cérebros, pessoal. Por quê? Porque há um movimento de desvalorização. Você, por exemplo, hoje escolher pela pesquisa científica na nossa realidade é um grande desafio, né? Desafio, de fato, de permanência dos estudos, de consolidação financeira, de recursos. Depois, a inserção no mercado de trabalho: você não tem estímulos, né? Por exemplo, que outras nações apresentam. O tema que eu falei que tá escasso é inclusão e acessibilidade,
que, a não ser as Gran Rio, as outras bancas acabam deixando de lado. Na segurança, gente, segurança pública, violência contra a mulher é um tema que, infelizmente, persiste enquanto tema, enquanto problema social, né? A gente não tem aí um espectro muito favorável num curto prazo de transformação dessa realidade. O uso de câmeras em uniformes policiais, Rondônia, né? Não tem as estatísticas mais saudáveis de segurança pública. E o debate muito intenso hoje é de inovações tecnológicas na segurança e uma das estratégias pensadas e discutidas, né, já num caráter de debate a ser regulamentado, enfim, é o
uso de câmeras em uniformes, né? Principalmente para a redução da letalidade policial, né? Que são as mortes por intervenção policial. E a gente sabe, né? Eu acabei de falar: o Brasil é um país violento. A violência no Brasil é um problema histórico, complexo, conjuntural, né, que afeta de modo desproporcional os grupos. Então, a tecnologia é bem-vinda, né? Não pode se criar arbitrariedades, arbitrariedades, mas ela é muito bem-vinda. Reconhecimento facial na área da segurança, né? Acompanha aqui essas inovações tecnológicas. A crise nos estabelecimentos penais. Gente, esse é um tema também histórico, né? Ressocialização, né? Como você
discute hoje a condição da pessoa que está cumprindo pena, do egresso? Esse é um tema meio que atemporal. Direitos humanos, né? Atuação da polícia na garantia dos direitos humanos. Por que que segurança, se a gente for pegar aí, principalmente, a questão do fluxo da Justiça Criminal, segurança acaba sendo um tema também bem explorado, porque tem relação com a justiça aqui, né? É óbvio, a justiça é um organismo complexo, né? Com as suas áreas de atuação, mas num caráter imediato, você fala em justiça, você pensa em segurança, né? Você pensa na efetivação da segurança. Bom, pessoal,
com isso eu fecho aqui o nosso trabalho, primeiro agradecendo muito a participação de vocês aqui, a presença na aula, né? Segundo, parabenizando o esforço em estudar discursiva. Eu falo aqui como um dos professores que iniciou esse trabalho aqui, e vejo a evolução dos alunos quando se predispõem a estudar. Tomara que você passe nessa prova! Nunca mais precisei das minhas aulas, a não ser por hobby, né? Voltar para se informar, mas eu já me coloco aqui à disposição, nos meus canais. Rodolfo, fiquei com dúvida, pensei nisso depois da prova do ANT. Antes da prova, durante a
prova, não posso ajudar, mas antes e depois eu estou aqui. Sempre falo que, na estratégia, a nossa relação é muito horizontal e te convido, né, a invadir esse universo de temas, a se despir talvez de umas convicções. Tem aquele que acha que é muito difícil estudar o tema e deu para perceber que não é, né? Uma questão realmente de processo, de etapas, de metodologia, né? De muita revisão, né? Eu, Rodolfo, que só faço isso, né? Que só dou aula, muitas vezes falta um dado, falta uma referência, e eu estou falando disso a todo momento. Gente,
essas análises aqui eu já fiz algumas vezes, né, com alguns dados que entram novos, algumas coisas novas, mas o grosso aqui, o esqueleto é o mesmo e falta, né? Então, imagina você que está estudando um monte de matéria junto. Talvez algumas novas. Enfim, então o segredo é, de fato, dar esse fluxo, né, e oferecer essa constância para a preparação. E é isso. Uma excelente prova! Vai lá, entrega a sua verdade, faz o que tem que ser feito e segue, né, sem se curvar à banca. Não é a banca que tem que falar quem é você;
pelo contrário, é você que vai executar sua prova dentro daquilo que está preparado para você. E se não for essa, outras provas virão. Eu sempre falo que tudo que aconteceu nesses últimos anos deu a chance, né, da gente perceber mesmo, né, o quanto a vida é maior, dá significado a pequenas coisas. Às vezes a gente acha até que concurso público é o fim de tudo e Nossa, não é para mim. E revisitar o nosso íntimo mesmo, né? Tenho muitos alunos que chegam lá no concurso e se frustram porque imaginavam que era uma coisa. Tomara que
você possa experimentar, né, essa ida e que para você seja o ponto aí de comemoração. Tamo junto! Beijo no coração. Vou falar com a galera do ao vivo agora. Tchau. [Música] É isso, meu povo! Deixa eu agradecer aqui à Gisele. Obrigada! Suas aulas, suas análises foram excelentes. Obrigado, Mar. Obrigado, Jéssica, Thí, Gle, Poliana. Hq tá o nosso vocabulário. E é isso, Poliana. A gente vai crescendo assim, um pouquinho. De repente você está reproduzindo o que eu falei aqui. Obrigado, Renata. Obrigado, Raíza, Jene, Rejane. Pessoal, só para a gente lembrar aqui então, ó, dos nossos recadinhos
finais. Esse material com anotações eu deixarei disponível no meu canal do Telegram daqui a pouquinho. Prometo que eu vou jogar hoje, tá? Eu já libero ele para vocês e tem umas anotações bem legais aqui, ó, principalmente na parte inicial da aula. A gente fez uns esqueminhas que talvez ajude você a entender um pouco dos temas. Tá tudo bonitinho aqui, sem anotação, tá? Na descrição do vídeo, né? Mas olha esse SL aqui, ó. E eu digo que é um pouco de gatilho mental, né? Acaba que você bate o olho aqui, aí você vai lembrar de uma
palavra. Cada um tem um jeito, né? Cada um tem uma individualidade, mas é um gatilho mental. Você lembra do raciocínio, esquematiza lá e usa na sua prova. Lembro vocês também que nós temos... Deixa eu só fechar aqui. A gente falou de Tecnologia e temas variados. Só lembrando, pessoal, que nós temos amanhã... Cadê, cadê, cadê? Amanhã nós temos então uma aula pela manhã, às 8:30, curso completo. No dia 29, que é a quarta-feira à noite, MPU. Uma aula bem legal, né? Provavelmente casa cheia aqui nesse horário, nessa aula. MPU, um concurso que vem forte aí, um
dos maiores, né, nesse ano. E na sexta, à tarde, apostas finais pro TC Roraima. Vai ser uma aula muito parecida com essa aqui, tá? Se você quiser rever, se ficou com alguma dúvida, enfim, beleza. Eh do mais, é isso. Agradeço a paciência, a presença de quem assistiu ao vivo. Eu sempre digo que o ao vivo é diferente, né? O ao vivo, ele é... É a interação diferente, né? Você está assistindo aí na hora que a coisa está acontecendo. Eu digo pro pessoal que eu tenho até dificuldade de gravar. Hoje, né? Eu prefiro muito mais fazer
ao vivo porque você vai sentindo a aula ali. Até as dúvidas, né? Como que o pessoal está? O nível das dúvidas dá para você apertar um pouquinho mais, dá para dar uma afrouxada. Então, é sempre, sempre legal essa participação. Ótima noite! Um excelente descanso! Beijo no coração e a gente se encontra amanhã cedo. Tchau, galera! Fui! K [Música] C [Música] [Música]