Será que a Igreja Católica financiou E autorizou a escravidão na África na aula de hoje nós conheceremos mais esta história Então se inscreva no canal Ative o Sininho de notificação e venha comigo caçar mais esta inquietante [Música] história nossa história de hoje começa no Estreito de Gibraltar a Estreita passagem marítima que separa a Europa da África e conecta o Oceano Atlântico ao Mar Mediterrâneo é aqui no extremo norte do território africano que se encontra a cidade de cuta que apesar de estar localizada no território africano é uma cidade autônoma espanhola localizada na península tingitana é
uma das mais antigas cidades do mundo existindo desde o Século IV antes de. crist e entender a história desta pequena cidade é crucial para compreendermos como a escravidão se tornou um negócio para os portugueses e também para a igreja e para a expansão do domínio português sobre a África veja só em 319 AES de. CR Cartago tomou o controle da cidade tornando-a parte do seu domínio após a Segunda Guerra púnica em 2011 a de CR a cidade foi cedida ao reino da numídia que era um antigo reino africano em 47 aantes de crist passou a
ser domínio da mauritânia no ano 40 depois de Cristo o Imperador Romano Calígula a anexou a cidade integrando-a ao império romano como parte da província da mauritânia entanacional estratégica tem sido crucial ao longo dos séculos influenciando os movimentos comerciais culturais e militares entre essas duas regiões distintas no século VII a península ibérica era dominada pelos visigodos que eram um povo germânico os visigodos estabeleceram um reino na península ibérica após a queda do império romano do ocidente eles governaram a maior parte da península a partir do século V até o início do século VII quando foram
conquistados pelos muçulmanos africanos durante a expansão islâmica os visigodos inicialmente professavam o cristianismo Ariano era uma forma de cristianismo que divergia do cristianismo niceno especialmente nas crenças sobre a natureza de Cristo durante o século vi os visigodos gradualmente se converteram ao cristianismo nisseno que era a forma de cristianismo aceita pela igreja católica essa conversão teve implicações significativas pois fortaleceu os laços Entre a monarquia dos visigodos e a Igreja Católica através dos concílios de Toledo a igreja consolidou sua influência sobre assuntos seculares unindo o poder político e religioso as medidas que foram estabelecidas pelos concílios Elas
acabaram adquirindo estatus de legalidade sendo que o rei assumia a responsabilidade pela aplicação efetiva da legislação imposta por eles eles tinham legislações proibitivas inclusive contra judeus quando os visigodos conquistaram a península conquistaram também a região de cuta deixaram ali um governador que lhes fosse o nome dele era ouan conhecido também pelo seu nome Latino Conde Dom Julian naquele momento o Islamismo se expandia por todo o norte da África através do califado omíada e ia absorvendo os povos africanos do norte da África no ano 710 eles conquistaram a Fortaleza de seuta e o conde Dom Julian
de acordo com a tradição se aliou ao califado seuta então sob domínio islâmico desempenhou um papel crucial na história da conquista da Península Ibérica pelos mouros a cidade se tornou um ponto de partida estratégico para os africanos muçulmanos e facilitando a conquista e também estabelecendo um domínio que durou aproximadamente oito séculos o porto de CTA localizado no Estreito de Gibraltar foi o principal ponto de embarque utilizado pelos muçulmanos durante essa invasão histórica entre os séculos 9 e 15º os reis cristãos foram aos poucos reconquistando Os territórios da Península Ibérica esses Reis cristãos eram descendentes dos
antigos povos visigodos germânicos em 1415 Dom João I liderou uma armada de 270 navios e cerca de 30.000 homens para atacar a cidade de ca a frota era comandada por Dom João I que estava acompanhado pelo príncipe herdeiro Dom Duarte e pelos infantes Dom Pedro e Dom Henrique no dia 21 de agosto de 1415 um contingente liderado por Dom duar e pelo Infante Dom Henrique desembarcou na praia de Santo Amaro nessa praia que você vê agora nas imagens o cronista português do século XV Gomes Eanes de azurara ele narra os acontecimentos em seu livro crônicas
da tomada de cuta pelo Rei Dom João I veja o que diz já passavam de 7:30 depois do meio-dia quando a cidade foi de todo livre dos mouros as outras companhias de soldados portugueses não tinham cuidado doutra coisa que de apanharem o esbulho os que se acercaram-se depois que foram calcadas pelos pés da multidão das gentes que por cima delas passavam e de si com fervor do Sol que era grande davam depois de si mui grande odor o Infante Dom Henrique ele foi o grande vencedor com a conquista de CTA os poderes que recebeu naquela
época lhe concederam uma enorme força militar e amplos rendimentos em moeda e também em gêneros com a decisão de manter CTA sob o domínio português em 1416 Dom Henrique então recebeu o cargos de vedor e de superintendente de negócios de ca e também de defesa marítima então em 25 de maio de 1420 o Papa Martinho v emitiu a bula in apostolis detis specula pela qual nomeava o Dom Henrique como administrador geral da ordem de Cristo após a morte do grão mestre Dom Lopo dias aqui duas questões são importantes Quem era Dom Henrique mais conhecido como
Infante Dom Henrique e o que era a tal ordem de Cristo o Infante Dom Henrique era um príncipe da casa real do reino de Portugal a ele é atribuída uma nova concepção de exploração veja só naquele período as explorações eram quase sempre particulares mas o Infante Dom Henrique torna estas explorações um negócio de estado mas o reino de Portugal e a igreja não escolheram Dom Henrique apenas porque era um príncipe ou mesmo porque era inovador mas porque ele teve experiências como a conquista de cuta como falamos anteriormente ou seja o Infante Dom Henrique era um
homem que tinha ousadia poder e capacidade bélica o que era interessante para os objetivos da igreja e do Estado naquele momento mas o que era então a tal ordem de Cristo eu explico o Papa João 22 atendendo aos pedidos do Rei Dom Dinis de Portugal ele emitiu a bula pontífica AD EA exibo culto agator criando assim a ordem de isto que Originalmente era uma ordem religiosa e militar era também conhecida como ordem dos cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo ou ordem da milícia de Nosso Senhor Jesus Cristo e foi herdeira das propriedades e também dos
privilégios da Ordem do templo e vocês sabem o que foi a ordem do templo foram os templários Ou seja a ordem de Cristo era como se fossem os templários portugueses ou seja o que houve foi uma refundação de uma ordem templária sabe aquelas Cruzes que nós vemos nas velas das caravelas Pois é aquele é o símbolo da ordem de Cristo inclusive alguns governantes portugueses também a usavam oficialmente e ainda usam a ordem de Cristo tratava-se então de uma ordem religiosa no seu mais estrito sentido tendo o Papa como soberano e sendo os grão Mestres da
ordem Cavaleiros professos com voto de pobreza mas aqui tem uma questão pois o Infante Dom Henrique ele não podia fazer voto de pobreza pois ele também era o Duque de viu e sem senhor de muitas terras assim o Papa criou então um novo cargo para acomodar o príncipe e qual cargo Era este o de Governador e administrador da ordem de Cristo a ordem de Cristo era uma instituição poderosa e influente e tinha um importante patrimônio e também muitos rendimentos ou seja muitas riquezas E foi com estas riquezas que o Infante Dom Henrique e a igreja
financiaram as primeiras expedições de exploração colonização e de captura de escravizados na África na Ásia nas Américas entendam a escravidão ela é um processo ela não é um ato Para que houvesse captura era preciso um grande financiamento em indústria naval tecnologia homens e muitas outras coisas era preciso muitos recursos o que nós temos aqui é o primeiro financiamento de estado para a captura de Africanos em massa para serem escravizados a ordem de Cristo foi a grande financiadora das expedições do seu governador geral o Infante Dom Henrique que promoveu a primeiras capturas de escravizados Inclusive a
primeira expedição Portuguesa de captura de escravizados aconteceu no ano de 1444 os portugueses foram os primeiros a chegar à costa leste africana com o objetivo de exploração e de escravização e quem foi o homem que estava à frente da expedição de captura exatamente o próprio Infante Dom Henrique sobre isto eu já falei na minha aula que eu deixo na descrição do vídeo sobre como foi a primeira captura de africanos na África para serem escravizados e que foi feita por Portugal eu deixo na descrição do vídeo para vocês conferirem o reino de Portugal tinha o controle
administrativo da ordem de Cristo Mas quem era então o soberano da ordem de Cristo a Santa Sé o Papa fruto da união entre o poder político e religioso mas a igreja católica ou a Santa Sé não apenas participou do financiamento das expedições de escravização na África ela também criou o arcabouo jurídico para que isto fosse possível a ordem de Cristo e o Infante do Henrique ou seja o reino de Portugal precisavam de legitimação da igreja o instituto nacional do arquivo nacional da torre do Tombo em Lisboa Portugal se encontram as três bulas ou as cópias
autênticas das três bulas papais que legitimaram a escravidão Portuguesa e Espanhola na África e também nas Américas são elas a bula dun diversas de 1452 a bula Romanos pontifex de 1454 e a bula Inter caetera com nobes de 1456 mas o que era uma bula papal a bula papal era um documento oficial emitido pelo líder da igreja o papa o termo bula vem do latim bullla com dois Ls que se refere ao selo de chumbo ou de cera que era usado para autenticar documentos oficiais era um documento que emitia uma importante permissão proibição autorização através
de decreto público carta patente alvará por exemplo quais foram Então as autorizações que a igreja concedeu para que Portugal pudesse explorar e escravizar povos africanos Vamos então conhecer estes documentos a primeira bula é a dun diversas uma bula que foi emitida em 18 de junho de 1452 pelo Papa Nicolau v e dirigida ao Rei Afonso V de Portugal ou seja 8 anos depois da primeira captura de Africanos pelos portugueses que foi em 1444 a princípio esta bula é considerada como uma resposta à ameaça sarracena dos mouros após o conflito da reconquista da Península Ibérica do
domínio dos africanos muçulmanos na bula dund diversas de 1452 o sumo pontífice o papa não só autorizava o monarca português a conquistar e submeter sarracenos pagãos e outros Inimigos de Cristo como também autorizava a capturar seus bens e territórios além de submetê-los a escravidão veja o que diz a bula outorgamos por estes documentos presentes com nossa autoridade Apostólica permissão plena e livre para invadir buscar capturar e subjugar sarracenos e pagãos e outros infiéis e inimigos de Cristo onde quer que se encontrem assim como os seus reinos ducados Condados principados e outros bens e para reduzir
as suas pessoas à escravidão Perpétua nós lhe concedemos por estes presentes documentos com nossa autoridade Apostólica plena e livre permissão de invadir capturar e subjulgar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo é isto que a bula diz autorização para capturar e submeter todos os inimigos de Cristo todos aqueles que eram pagãos e não professassem a fé católica ou seja todos aqueles que estavam na ác que não tiveram contato com este cristianismo Mas no ano de 1454 depois de perceber os primeiros resultados das expedições capitaneadas pelo Infante Dom Henrique e pelo
reino de Portugal financiados Claro pela ordem de Cristo e apoiados pela Santa Sé o Papa Nicolau V emitiu uma nova bula em 8 de janeiro de 1454 esta bula é conhecida como romanos pontifex e o que dizia esta nova bula em linhas Gerais ela confirma as autorizações concedidas pela primeira bula e concedeu ao rei de Portugal e ao Infante Dom Henrique a exclusividade de Navegar comercializar tomar posse das regiões ao sul do cabo bojador prevendo ali Inclusive a excomunhão a todos que não respeitassem isso e onde fica o tal cabo bojador cabo bojador ele está
localizado na costa Noroeste da África especificamente no território da Saara Ocidental este local é considerado caminho para a exploração da da Costa africana obter do Papa uma declaração que só os portugueses eram autorizados a Navegar ao sul deste lugar do cabo bojador comercializar e tomar posse foi um passo decisivo na promoção da exploração e também da escravidão de africanos e um Claro incentivo à sua continuação utilizando o argumento de luta contra os sarracenos as autorizações papais se estenderam para a costa ocidental da África principalmente e primeiramente para região da senegâmbia de forma que as viagens
de colonização escravização e exploração do reino de Portugal na África foram também viagens para evangelização e um projeto de extensão da própria Igreja Católica Vamos ler agora um trecho da bula Romanos pontifex nós portanto pesando tudo e especiais premissas com a devida meditação e registrando que desde que nós tínhamos formalmente por outras cartas de nossa concordância entre outras coisas livrado E ampliado a faculdade para o já citado Rei Afonso para invadir procurar capturar conquistar e subjulgar todos os sarracenos e pagãos quais sejam e outros Inimigos de Cristo onde estiverem e os reinos ducados principados domínios
possessões e Todos movía bens quais sejam guardados e controlados por eles e reduzi-los à Perpétua escravidão e aplicarem e apropriarem para si mesmo e para seus sucessores os reinos ducados países principados domínios concessões e bens e convertê-los para seu uso e lucro por terem assegurado a citada faculdade o citado Rei Afonso ou pela sua autoridade o já citado infante de maneira Justa e Legal tem adquirido e tomado posse dessas Ilhas terras portos mares e eles de direito fazem pertencer ao citado re Afonso e seus sucessores e o Infante não sem especial permissão do Rei Afonso
e de seus mesmos sucessores perceba que não somente ela autorizou a escravidão mas autoriza exclusivamente a Portugal a posse também o terceiro documento a terceira bula que a igreja concedeu para explorar e escravizar os africanos é a bula Inter caetera coobis de 1456 Veja só essa esta bula ela na verdade é uma confirmação da bula anterior em que o Papa Calisto i concedia a ordem de Cristo a da qual Dom Henrique era administrador e mestre jurisdição espiritual sobre todas as regiões conquistadas pelos portugueses do presente ou no futuro do cabo bojador por via da Guiné
e mais além para o sul como está dito na bula Agora eu preciso de sua atenção nesta leitura o que esta bula diz depois de o referido rei João ter submetido à cidade de cuta em á áa ao seu domínio aquele Infante Em Nome do referido Rei travou muitas guerras contra os mesmos inimigos e Infiéis por vezes com sua própria pessoa com grande trabalho e despesas e com muito perigo e perda de pessoas e coisas e muitas mortes de seus nativos não se deixando derrotar ou aterrorizar por tão grandes perigos trabalho e Danos antes pois
bem tornando-se cada vez mais ardente na prossecução deste propósito piedoso e louvável ele povoou com fiéis certas Ilhas desabitadas ao mar do oceano E ordenou que igrejas e outros lugares piadosos fossem fundados e construídos nelas Além disso quando chegou ao conhecimento deste Infante que nunca antes ou pelo menos não havia memória humana disso o Oceano Atlântico havia sido navegado em direção às costas sul e leste tal fato era tão desconhecido para nós ocidentais que não tínhamos informações precisas sobre os povos dessas regiões acreditando que estavam assim prestando serviço a Deus com seu esforço e diligência
tomaram o mencionado mar navegável para os índios que dizem adoram o nome de Cristo desejavam estabelecer relações com eles e mobilizá-los para ajudar os cristãos contra os sarracenos e outros Inimigos da Fé além de travar uma guerra constante contra os gentios ou pagãos que ali vivem profundamente influenciados por pela seita do nefasto Maomé também almejavam pregar o Santíssimo nome de Cristo entre eles que ainda não conhecem portanto há 25 anos sempre sob autoridade Régia com muito esforço perigos e despesas quase todos os anos são enviadas Caravelas navios muito leves com o exército de pessoas dos
reinos mencionados para explorar o mar e as províncias marítimas em direção ao sul e ao Polo Antártico e assim aconteceu que depois de estes navios terem avistado e descoberto muitos portos Ilhas e mares chegaram Então à província da Guiné e ocuparam algumas Ilhas portos e mares adjacentes à mesma província continuando a navegação que faziam chegou a Foz de um certo grande rio que comumente se considera ser o Nilo e contra os povos daquelas partes em nome deste Rei Afonso e do Infante durante alguns anos foi travada uma guerra e nela foram subjugados e possuiu pacificamente
muitas ilhas vizinhas que ainda estão possuídas pelo mar adjacente depois disto muitos guineenses e outros negros capturados a força e também alguns em troca de coisas não proibidas ou por outro contrato de compra legítimo foram trazidos para estes referidos reinos dos quais neles um grande número se converteu à fé católica espera-se com ajuda da Clemência divina se o progresso continuar com eles desta forma essas pessoas se converterão à Fé ou pelo menos as almas de muitos deles serão salvos em Cristo ele continua Mas pode acontecer com o tempo que as pessoas de outros reinos ou
Nações movidas pela inveja Malícia ou ganância contra a referida proibição e Sem Licença ou pagamento de tributo de alguma forma cheguem às referidas províncias e tentem Navegar alugar pescar nas províncias portos Ilhas e mares assim adquiridos e disto entre o Rei Afonso e o Infante que de modo algum sofreriam A Ofensa e aqueles que ousassem fazê-lo muitos ódios ressentimentos dissensões guerras e escândalos poderiam plausivel seguir-se e derivar com a maior ofensa Deus é o perigo das Almas refletindo com a devida moderação sobre cada uma das questões mencionadas e considerando que anteriormente concedemos ao mencionado Alfonso
Rei Alfonso por meio de outras de nossas cartas entre outras coisas pleno e gratuito poder para invadir conquistar combater derrotar e subjulgar a qualquer sarraceno Pagão ou outro inimigo de Cristo onde quer que estejam e para tomar posse dos reinos ducados principados domínios possessões bens móveis e imóveis que eles detenham ou possuam reduzindo suas pessoas à Servidão Perpétua e concedemos a ele e a seus sucessores o direito de se apropriar usufruir ir e utilizar para si e para os seus sucessores os reinos ducados Condados principados senhorios possessões e bens desses inimigos tendo obtido esse poder
o rei Afonso ou mencionado Infante sob sua autoridade adquiriu possuiu e possuiu Justa e legitimamente as Ilhas terras portos e mares que legalmente pertencem ao Rei Afonso e a seus sucessores nenhum outro nem mesmo Cristão sem a permissão especial deste Rei Afonso e de seus sucessores poderá até agora interferir legalmente nisso para que este Rei Afonso seus sucessores e o Infante dediquem-se com maior fervor a obra tão piedosa notável e digna de memória no qual se busca a salvação das almas o aumento da fé e o desânimo dos inimigos e que trata da Fé de
Deus e dos assuntos da República Universal da igreja e também para que suportem com mais ânimo as despesas maiores caso sejam distinguidos e agraciados com favores e Graças por nós e pela cé católica nós plenamente informados de cada uma dessas coisas acima por nossa própria decisão não a pedido deste Rei Afonso e do Infante ou de outros Que nos tenham solicitado em seu nome tendo previamente deliberado maduramente pela autoridade Apostólica e com plena certeza com a plenitude do poder apostólico decretamos que as cartas que foram concedidas às faculdades já citadas cujo teor queremos que aqui
Se considere inserido palavra por palavra com cada uma das cláusulas nela contidas estendem-se tanto a ca e à referidas terras como a quaisquer outras que tenham sido adquiridas antes da emissão das referidas cartas de poderes também se estendem as províncias Ilhas portos mares e tudo que no futuro Em Nome do referido Rei Afonso seus sucessores e do Infante nesta e noutras partes circ an próximas ou remotas possam adquirir de infiéis ou pagãos Além disso declaramos que sejam incluídas nas mesmas cartas em que são outorgados esses poderes tanto Os territórios já adquiridos em virtude dos mesmos
poderes e das presentes cartas como os que vierem a ser adquiridos no futuro após terem sido conquistados pelo referido Rei seus sucessores e o Infante e a conquista que se estende dos cabos bojador e n por toda Guiné e mais além em direção à praia do Sul declaramos pelo teor do presente que também corresponde e pertence e corresponderá e pertencerá no futuro a este Rei Afonso seus sucessores e ao Infante e a nenhum outro assim o determinamos decretamos e concedemos como a plenitude do poder apostólico a igreja que não somente concedeu a eles o poder
e autorização sobre o que tinham conquistado mas ainda sobre o que iam conquistar ou iriam descobrir para conquistar em suma ao explorarmos o papel da Igreja Católica na autorização e financiamento da escravidão na África é essencial reconhecermos sua participação histórica nesse sistema brutal desde as bulas papais que legitimaram a captura e a escravização dos povos africanos até o apoio material e ideológico fornecido através da ordem de Cristo a instituição eclesiástica Igreja Católica ela desempenhou um papel significativo na perpetuação da escravidão através das bulas como aum diversas romanos pontífices e Inter citera quain noobs a Igreja
Católica não apenas endossou mas ela incentivou diretamente a exploração e subjulgação de populações não cristãs em nome da expansão territorial e do enriquecimento material essas ações elas não podem ser dissociadas da história do colonialismo europeu e das Profundas cicatrizes deixadas nas sociedades africanas alguns tentam argumentar o contrário sobre essa bula a bula foi escrita pelos Papas foi decretada pelos Papas historicamente é inegável a participação da Igreja Católica na autorização na legitimação e no financiamento das primeiras expedições de captura de africanos na África o objetivo principal desta aula é discutir o papel da Igreja Católica através
da ordem de Cristo na autorização e também no financiamento das primeiras expedições de exploração e captura de escravizados na África pelos portugueses a igreja não apenas participou ativamente dessas iniciativas mas também forneceu a leg intimidade moral e o verniz jurídico através das bulas papais que foram emitidas pelos Papas daquele período o fato da igreja apoiar escravidão não significa que todos os seus membros ouos religiosos que eram membros dela apoiassem isso é um fato também ao longo da história esta posição inclusive foi Mudando da própria igreja católica e no domingo 23 de junho Portugal está sediando
uma cerimônia especial para honrar as vítimas do tráfico Transatlântico esta data marca os 580 anos desde o início da escravidão por Portugal este evento ele é parte de um projeto que foi iniciado em 2017 e é liderado pelo escritor e produtor cultural Aristóteles candimba também conhecido pelo seu livro os nomes da Angola nestes últimos 580 anos milhares de vidas foram ceifadas pelo Cruel sistema da escravidão mas nos unimos aos irmãos africanos na memória da luta pela sobrevivência e também pela vida porque tudo tem história tudo é história a África tem muita história e vim aqui
contar para você [Música]