O sol, estrela central do nosso sistema, distante da terra 149. 600. 000 km, ou será que não?
Queria aproveitar esse vídeo para contar para vocês que acabou de chegar uma edição nova do nosso livro principal, carro-chefe, primeiro de todos, 50 experimentos para fazer em casa! Se você não conhece esse livro, eu escrevi junto com o Alfredo que é químico e especializado nesse tipo de experimento, a gente selecionou com muito carinho experimentos que são mais fáceis de fazer, mas que ao mesmo tempo tem um efeito mais bacana, todos os experimentos tem a lista de materiais, tem várias dicas para fazer dar certo! Principalmente, tem uma explicação extremamente caprichada!
Vários desses 50 experimentos a gente ainda não fez em vídeo e essa lição nova tá muito bacana porque ela foi totalmente repaginada, então tem uma diagramação mais moderna e o mais importante de tudo: ela foi feita num formato que fica mais barato nem imprimir e significa que pode sair mais barato para você! Se você não tem esse livro ainda, você pode comprar na loja do manual. O endereço está em baixo do vídeo, ou em qualquer livraria online você vai encontrar, fechou?
Hoje a gente vai mostrar para vocês como fazer, quer dizer, a gente vai tentar fazer e você aprende a fazer ao mesmo tempo uma luminária que imita o sol e esse negócio fica absurdamente realista. É muito legal! Fica tão parecido com o Sol, que a gente convidou o Sérgio, do Space Today, para ele contar para gente algumas curiosidades do Sol, conforme a gente for montando a luminária.
Sérgio Sá Cândido, do Space Today, Até que enfim você tá aparecendo aqui no Manual do mundo em? Opa! tudo bom, Iberê?
Vários vídeos que eu já citei você, que eu falo de você e você nunca apareceu! Quem me contou a historia legal desse foguete foi o Sérgio, lá do Canal Space Today Valeu demais! O que a gente vai precisar para fazer esse negócio?
O sol mesmo vai ser uma bola de isopor e você compra isso aqui em papelaria, tá? E é uma bola, uma bola difícil, espera aí que ela escapa sozinha! Mas é uma bola que ela é oca e a gente vai aproveitar isso para dentro dela colocar uma lâmpada de LED, é importante que a lâmpada seja de LED, porque se você botar uma lâmpada incandescente, daquelas antigas, o isopor derrete, tá?
Então, presta atenção se é de LED , tá? Para ligar lâmpada eu vou usar aqui um soquete comum de lâmpadas, você compra em qualquer loja de material de construção, de ferragens e também um cabo, para ligar na tomada. Eu descobri que esse cabo, você pode comprar pronto.
Já vem aqui com a ponta, com interruptor e com o próprio cabo, acho que eu paguei R$ 7,00 aqui, vale muito a pena, porque você vai ter que ficar mexendo com coisa elétrica e tal. Além de tudo isso, eu vou usar um pouquinho de fibra óptica, "mas Iberê, você vai roubar fibra óptica do. .
. " Não, meu filho! Essa fibra ótica aqui, ela serve para luminária mesmo, essas luminárias que a gente compra, acho que eu tenho um resto dela Cadê as pilhas?
pilhas . . .
pilhas . . .
"Pilhas e Arame" que caixa é essa? O que tem a ver uma coisa com a outra? né?
Mas, vamos lá! Eu não sei vocês mas eu tenho dó, de abrir uma caixa de pilha novinha porque eu só vou usar para mostrar um negócio para vocês depois eu vou colocar de volta aqui e a gente nunca sabe se a filha foi usado ou não fica um negócio meio e o mal feito. Vamos lá, agora sim!
Essa "lumináriasinha chumbreguetes" aqui, você compra pela internet e olha só: a fibra ótica traz a luz que está lá embaixo, transporta até a ponta, a ponta dela tá meio . . .
meio raspadinha e acaba transferindo a luz aqui para cima, mas eu só vou usar essa parte de cima. Eu comprei três luminárias dessas, tá? Não sei se eu vou usar as três, ainda mais estão aqui.
Primeira coisa que eu vou fazer é um buraco em cima dessa meia esfera e para passar o fio que vai até a lâmpada. Eu vou tentar fazer esse buraco o menor possível, para o fio passar bem apertado. Vamos tentar com uma chave Philips, aqui.
Vamos ver se passa assim . . .
Ah, passou! Olha só! Eu não vou colocar a lâmpada aqui embaixo, porque eu preciso pintar isso antes e se eu pintar com o fio, vai ser meio complicado.
Eu não sabia que tinta usar no isopor, então a gente fez um teste com 4 tintas diferentes aqui, as 4 funcionaram no isopor mas tem um detalhe que você só percebe quando você coloca o isopor contra a luz e o isopor vai ficar contra a luz. A luz vai ficar aqui por trás, olha só que legal! A acrílica acabou ficando muito fraquinha, muito amarelinha, ao mesmo tempo latex PVA ficou com muita marca de risco né?
A tinta marcou demais o isopor. Eu gostei bastante do tecido e do guache, como guache é muito mais barato do que tinta de tecido e mais fácil de encontrar . .
. Vamos usar guache! Essa tinta deve estar aqui faz uns 10 anos, sério!
O cheiro tá bom, então deve funcionar! acho que era legal pintar também um pouquinho por dentro, aqui porque essas boas não vão encaixar, 100% perfeito, esses hemisférios não vão encaixar perfeitamente. E aí, é legal que por dentro esteja um pouquinho amarelo também para não mostrar o isopor.
Chegamos na superfície do sol, a gente está terminando ali aquela parte de fora, existe assim uma casca mesmo no Sol como que funciona? Não tem muito uma superfície, né? Tem a região ali externa né?
Dessa bola, Dessa esfera de plasma aí, que a gente está falando, né? Que o pessoal chama de superfície, daí a medida aqui você vem andando ali né subindo do núcleo para fora a temperatura, obviamente, já vem caindo então ela sai de 15 milhões chega na superfície e ela já está na casa dos 5. 500 graus Celsius.
Aí já está geladinho, né? Já, já! Está tranquilo!
De 15 milhões para 5 mil é uma bela de uma queda, mas ainda assim se a gente derrubar alguma coisa lá, tem alguma coisa do planeta Terra que a gente conseguiria jogar no sol e ela resistir a superfície solar? Então não tem, aqui na terra, eu até pesquisei, o material que resiste a maior temperatura é o tal do carbeto de tântalo, que o pessoal usa nos foguetes e nos motores de avião e ele resiste até 4. 000 graus Celsius por aí, ou seja você jogar esse elemento, que eu tenho algum composto né?
De carbono e tal coisa, super bem feito para resistir mesmo, se você jogar no sol não vai resistir porque é 5. 500. Até esse material que resiste a temperaturas de foguete, e de motor de avião não aguentaria na superfície do sol, não aguentaria.
O sol tem um negócio ao redor dele, vamos dizer que uma atmosfera, que os astrônomos chamam de coroa solar e a coroa solar, a temperatura na casa dos milhões de graus. Como que você explica que a temperatura sai dos 15 milhões chega no 5. 500 e depois da coroa que tá mais longe que era para ser intuitivamente mais frio a temperatura vai para casa dos milhões de graus de novo?
Esse é o fenômeno que os astrônomos tentam estudar e entender de todas as maneiras e não conseguem, o aquecimento da coroa solar. E a gente não vê a coroa ajudar que a gente não consegue o que a gente enxerga do sol não é a coroa é a superfície mesmo? Isso, a coroa solar a gente só vê em ocasiões especiais, eclipse do sol.
Então quem já viu um eclipse total do sol, se você já viu alguma foto do eclipse total do sol, aquilo que você vê em volta, aquilo ali se chama Coroa do Sol. É o único momento que tem a gente tem condição de ver a coroa solar A gente deixou secando de um dia para o outro e percebeu que esse amarelo ficou muito fraco, então misturei um pouquinho de corante cor de abóbora aqui na tinta amarela e ficou assim e contra a luz está bem mais bacana! Então vou pintar o segundo hemisfério aqui, de abóbora também, abóbora ou laranja?
O hemisfério está seco, a gente já consegue colocar fibra óptica. E aí que a porca torce o rabo! Vou pegar uma agulha grossa e começar a fazer uns furinhos bem aleatórios no isopor.
E aí? Você sente arrepio com esse barulho? Você pode imaginar que vai ficar difícil de enxergar, mas quando a gente coloca contra a luz os furos ficam bem evidentes.
E essas manchas solares, Sérgio? O que que elas são exatamente? Parecem umas casquinhas de feridas que tem em volta do sol.
O sol gira, ele tem rotação, a rotação do sol ela não é igual, então, tem região que gira mais rápido e tem região que gira mais lenta. Eita! Como se fosse um redemoinho?
Assim . . .
é o os polos de ligeiro numa velocidade, o meião dele ele gira numa outra velocidade. Então é meio bagunçado, como se fossem correntes marítimas? Exatamente, como se fosse mesmo!
e é isso aí que nós vamos entender depois, da onde que vem a tal da erupção ali depois. Porque vem dessa bagunça, mas olha só aqui na terra a gente tem um núcleo da terra né? E o que que acontece na terra?
O núcleo está girando e esse efeito dele girar, que o tal do efeito dínamo, que a gente fala, causa o campo magnético da terra que protege a gente tudo mais. Bom, agora imagina o sol, ele é só um núcleo, né? O Sol é só que aquela esferona, de plasma, girando isso gera o campo magnético do Sol que é muito intenso, o campo magnético do Sol é muito intenso, porque ele é uma estrela, só que o sol, ele não é homogêneo.
Então você tem região tem mais concentração, de plasma outro que tem menos, e por aí vai em regiões e tem esse problema da velocidade ser diferente também, tudo isso, somado, faz com que você tenha regiões no sol que você tem uma maior concentração de linhas de campo magnético. Então as linhas de campo magnético aqui na terra ela sai de um polo e o liga no outro. Simples, o campo magnético ali, bipolar, que a gente conhece do ímã e tudo, mais no sol não é assim!
Lá você tem um monte de polos misturados? É tudo misturado e então vai ter regiões onde você tem uma maior concentração de linhas de campo, esse local e as linhas de campo, elas saem do Sol e fazem que a gente chama de loop, elas saem e voltam para o sol, então nessas regiões aí, de maior concentração de linhas de campo magnético, é onde aparecem as manchas solares. E por que que ela parece uma ferida?
Por que ela mais escura nas imagens que a gente vê? Porque ela é uma região relativamente mais fria do que está ao redor dela ali, o próximo passo é pegar a fibra cortar e colocando esses furinhos de fora para dentro e para aprender é meio chato. Eu tenho que dispensar um pouco de cola quente, esperar ela esfriar um pouco, aí eu venho com um palito, passo na ponta da fibra ótica e puxo um pouquinho lá para fora .
. . Que trabalho "desgranhento"!
Eu vou confessar que eu fui ajudado pela equipe de produção do manual do mundo que isso aqui leva horas para fazer. Uma coisa legal que a gente fez aqui, as fibras não tem sempre o mesmo comprimento se não ia aparecer uma cabeleira e não o Sol, então várias são cortadas bem curtinhas né, com alguns centímetros e outras tem o cumprimento total e isso que vai dar assim um desenho mais solar negócio. Esses rabichos de fibra ótica, vão representar as erupções Solares.
O que são as erupções Solares? Aqueles ela tipo jogam jato de alguma coisa no céu? A gente vê as fotos, claramente tem uns jatos, assim para fora, o que é?
Por isso que é importante estudar as manchas, o que acontece? Então, a mancha é aquela concentração de linhas de campo né? Linhas de campo magnético.
Quando essas linhas arrebentam, que às vezes arrebenta essas linhas, você tem o que a gente chama de erupção solar, então arrebentou ali, você abriu aquela linha ou seja o sol é como se tivesse abrindo uma janela ali do Sol, o material é liberado para sair pelo pelo sistema solar ali, vai embora, dependendo da violência dessa erupção, o você está muito material do Sol e esse material está vagando pelo sistema solar. Uma hora ele vai chegar aqui na terra. O que é esse material?
Esse material, são partículas carregadas e são carregados pelo que a gente chama de Vento solar. Vento solar é essa emissão de radiação que o sol tem continuamente, só que de vez em quando vem um jato para uma uma grande quantidade de partícula carregada. A gente tem hoje, em órbita da terra um monte de satélite, satélite comunicação e tudo mais.
Se vem uma erupção muito forte, com muita partícula, pode danificar algum satélite , pode causar problemas de publicação e pode até em casos extremos causar problema na rede elétrica aqui na terra. Quando você arrebenta uma dessas linhas e sai muito material a gente chama de ejeção de massa coronal, essa aí, ela pode sim danificar satélite e tudo mais. Por isso que tem observatórios hoje que monitoram o Sol, o tempo todo, por conta disso, a vida que a gente tem hoje, ela depende de satélite, de tudo!
Se não a gente não se comunica, não vai para lugar nenhum por causa GPS, nem liga nada em casa, então precisa ter esse controle. Agora assim, a gente já pode instalar a parte elétrica na nossa luminária. Eu vou começar descascando a ponta dos dois fios, depois eu desmonto bocal e lá dentro tem dois lugares em que eu consigo prender a ponta dos fios.
E aí é só montar de volta. O único detalhe é que eu devia ter feito isso passando o fio por dentro do furo, aqui da nossa luminária solar, se não adianta nada! Parte elétrica está show!
Falta só a gente juntar os dois hemisférios aqui. A gente tá montando aqui o centro do Sol. E o que é que tem dentro do Sol?
exatamente lá no meio mesmo? Muita gente fala que o sol na bola de fogo, né? Não é!
Outros falam que o sol é uma bola de gás . . .
também não é! Então o sol é uma esfera de uma do estado da matéria que a gente chama de plasma, que quando o gás ali fica super aquecido. O sol, basicamente é hidrogênio e Hélio e o que ele está fazendo na verdade, lá no centro, está fundindo o hidrogênio em Hélio, basicamente é isso que está acontecendo ali no núcleo do Sol, né?
O núcleo do Sol é o local mais quente do sol e por consequência local mais quente do sistema solar, então a temperatura lhe chegar na casa dos 15 até mais 15 milhões de graus Celsius que nós estamos falando, então e o interessante do núcleo também, é que quando o sol morrer, daqui cinco bilhões de anos, o que vai sobrar é um núcleo, é o carocinho ali do Sol, e vai virar no caso do sol, por conta da massa dele e da classificação, uma anã branca, que a gente chama, que é um tipo de estrela. Eu vi um vídeo no YouTube, em que a pessoa junta usando ímãs, mas eu fiquei com uma certa preguiça de instalar ímãs aqui dentro, acho meio complicado, eu vou tentar fazer com alfinete mesmo. Então, bora lá!
Primeiro fechar o sol, tomando cuidado para não entortar as fibras, o que é um pouco difícil, mas acho que eu vou conseguir, isso. Depois, pegar um alfinete aqui. .
. No caso, não tem alfinete aqui! Vou ter que procurar onde a gente tem alfinete.
Eu acho que dois alfinetes são suficientes eu vou pregar um de cada lado. Isso já faz com que os hemisférios não se separem. O mais legal é que não dá para a gente ter a menor ideia do que vai sair daqui, mas eu acho que vale um joinha se isso aqui fica minimamente parecido com o sol, porque meu deu um trabalho "desgranhento" e acho que pelo menos você aprendeu algumas coisas sobre o nosso querido astro-rei aqui, se essa luminária não sair do jeito que a gente estava pensando.
Obrigadão, cara! Gostei muito! Ah que isso?
! Obrigado você! Vamos apagar as luzes e testar!
A sorte é que Plutão foi rebaixado, senão a gente não ia ter nove planetas perfeitos. Olha essa luminária é o tipo de coisa que no final do dia a gente tem orgulho de ter feito! Eu vou deixar a indicação de dois vídeos que eu tenho orgulho de ter feito.
São dois relógios Solares O primeiro é um de garrafa PET, que é bem fácil de fazer, mas o vídeo explica muito bem como funciona o relógio solar e o outro é o relógio Solar que ele projeta os números correspondentes ao horário. O efeito é sensacional e a gente foi até Minas Gerais, doar pra uma escola lá no Vale do Jequitinhonha.