Resumo dos contos de MORANGOS MOFADOS | Caio Fernando Abreu | vestibular UNICAMP

2.11k views4661 WordsCopy TextShare
Professora Isa Novas | Literatura
📚✏️Material de estudo Fuvest, Unicamp e outros: https://hotmart.com/pt-br/club/resumao-das-obras-l...
Video Transcript:
Olá pessoal eu sou professora is novas criadora deste canal aqui do YouTube e também do Instagram @ isan novas Rodrigues além do YouTube e do Instagram você também me encontra no tiktok e também lá no Spotify se você é um vestibulando da Fuvest da Unicamp lá no Spotify e aqui no YouTube também você vai encontrar um projeto chamado clv que é o clubinho do livro velho e nesse projeto eu faço a leitura integral mas não é um audiobook não tá é uma leitura explicada comentada de obras que estão em domínio público e que estão nas
listas da Unicamp da Fuvest atualmente você vai encontrar nós estamos fazendo a leitura de a ilustre casa de Ramirez que está na Fuvest mas tem lá já a casa velha da Unicamp tem quin casas Borba da Fuvest Então você vai encontrar outros que já estão lá prontinhos tá bom então vamos agora neste vídeo para A análise dos seis contos do livro morangos mofados do Caio Fernando Abril dos seis contos que estão na lista de leitura ória da Unicamp Então vamos [Música] lá e para você que é vestibulando da Fuvest e da Unicamp você também vai
encontrar os links estão aqui embaixo ou no Q code aqui na tela você vai encontrar material de estudo gente análise ebook uma análise bem completa das obras que estão nas listas desses vestibulares o veste Unicamp e tem outros também tá bom dá uma olhadinha lá entra nesse link você vai ver todos os materiais disponíveis e nesse material tem lá a análise completa da obra bem detalhada no caso de morangos mofados tem A análise dos seis contos cobrados e também questões de vestibulares anteriores todos os materiais T isso tá essas questões de vestibulares anteriores e gabarito
comentado e aliás eu quero deixar aqui o meu muito obrigada Unicamp por escolher seis contos da obra e não a obra inteira tá Apesar que não se assustem se você não conhece ainda esse aqui é um compilado de todas as obras do Caio Fernando abril de todas as obras que ele fez ao longo da vida dele todos os contos que o Fernando Abreu escreveu o livro morangos mofados Ele é bem menorzinho é um dos livros desta coletânia tá agora dentro do livro morangos mofados há diversos contos e a Unicamp escolheu se pra gente então é
sobre isso que a gente vai falar aqui tá bom nós vamos então trabalhar A análise desses seis contos eu apresentar tudo bem detalhadamente aqui para você então vamos iniciar agora os três primeiros contos selecionados pela Unicamp estão dentro de uma parte chamada mofo e o que que significa isso né Os Contos dessa parte vão refletir sobre a vida da população num período de ditadura porque é esse o contexto de produção tá então o mofo vai simbolizar toda a podridão existente nesse período né por conta da falta da liberdade e da do excesso de repressão então
o primeiro conto se chama diálogo e aliás é um título já muito irônico Porque apesar dele ser construído em forma de diálogo não há entendimento então o que que adianta né um diálogo sem entendimento Então as personagens não TM nomes e também nós não temos um narrador a existe apenas a identificação pelas letras A e B Então o a aparece a e fala b e fala não a narrador tá então eles vão conversando é um diálogo bem truncado e eles não se entendem então é interessante a gente observar que começa o conto com a dizendo
você é meu companheiro e o outro não entende e eles utilizam muito essa palavra companheiro fazendo referência Tanto à questão da homossexualidade um companheiro afetivo e amoroso quanto também na questão política e é muito interessante que e faz muito sentido isso porque tanto os homossexuais eh tanto aqueles que iam contra a ditadura eles recebiam severas punições tá então tem também nesse conto a utilização da função fática isso é excessivo no conto em o que né E essa função fática ela é ela reforça a falta de entendimento porque um fala o outro não entende e daí
pergunta quê hein Tá então isso mostra e vai re forçar então a falta de entendimento entre as personagens A e B que não possuem nome né então lá no o conto ele vai ele vai terminar do mesmo jeito que ele começou então lá no início do conto a gente vai ter o personagem a que vai dizer você é meu companheiro e no final do conto Isso muda né e o a personagem B vai dizer a mesma coisa você é meu companheiro e termina depois dessa fala tem uma expressão em latim que significa Infinito ou para
sempre que de novo vai reforçar a ideia que essa falta de entendimento né esse problema na comunicação é contínua Vamos pensar na questão da ditadura a comunicação né Ela é uma uma coisa muito difícil de acontecer né as pessoas não têm liberdade de expressão num período de ditadura então por isso que esse conto diálogo acaba ironizando Esta falta de entendimento tá bom ponto número dois chamado além do ponto aqui a gente tem a presença do narrador é um narrador em primeira pessoa então o conto ele é construído ele inteirinho gente ele é construído em apenas
um parágrafo como se fosse um fluxo de consciência desse narrador Há muitas repetições de palavras ao longo do conto todo mas o conto já começa com chovia chovia chovia e essa repetição de palavras ao longo do conto todo reforça uma um caráter né uma carga dramática da do que de tudo que o narrador tá sentindo tá então no conto esse narrador ele vai caminhar na chuva e ele está saindo do seu local ali né para ir em direção à casa de uma outra personagem esta outra personagem a gente não sabe quem é e a gente
só conhece essa personagem por conta das descrições que o próprio narrador faz tá E eles não possuem nome de novo então essa falta de identificação das personagens e e a gente tem então um narrador que caminha de um local ao outro da cidade segurando uma garrafa de conhaque e um maço de cigarros e e na chuva tá caminhando na chuva então a gente observa que o tempo verbal por serem fluxos de consciência também o tempo verbal de algumas passagens desse fluxo de consciência mostram a questão da idealização de um encontro tá e se é um
encontro que se idealiza isso significa que ele não se concretiza então a gente já tem ao longo do conto esse spoiler né de que esse personagem ele Deseja uma coisa mas isso não acontece Então a gente tem a questão da realidade da expectativa e da realidade tá e da não concretização dessa expectativa bem o narrador ele ele não deseja né mostrar aquilo que ele é de verdade e ele prefere então ele vai pensando né que ele prefere esconder eh aquilo que ele é de fato e mostrar apenas o que ele quer mostrar ele não quer
mostrar o lado sombrio da sua existência todas as pessoas têm um lado sombrio e ele não quer mostrar isso na verdade ele quer reforçar e quer ser reconstruído isso é uma expectativa dele também ser reconstruído pelo outro então ele idealiza aqui esse encontro vai vai solucionar os problemas da vida dele tá e o conto termina com esse narrador batendo na porta do outro e finalmente ele chega e quando ele chega eh isso não se esse encontro não se concretiza porque ele bate bate bate bate o outro não atende agora por que é que não atende
a gente não sabe Será que tava lá dentro e não quis atender ou será que não estava em casa tá então a gente tem essa questão da expectativa da realidade que é muito forte nesse conto a expectativa é o acolhimento É o afeto que o narrador deseja e a realidade é que ele não é recebido então ele sai de um local inóspito caminha na chuva e chega em outro local inóspito que Além da Chuva ele se depara também com abandono tá eh e de novo a gente tem a repetição né das da palavra aqui no
final do conto batendo batendo batendo batendo na porta né para reforçar essa carga dramática do conto conto número três da parte mofo o título é terça-feira gorda bem esse conto gente também temos aqui um narrador em primeira pessoa essa terça-feira gorda simboliza a terça-feira de carnaval Carnaval a época de música barulho então eles estão ali né os personagens numa festa de Carnaval dançando com música alta tá e carnaval é símbolo aqui no Brasil de liberdade certo então o rapaz que tá ali nessa festa de carnaval ele consente a a aproximação de um outro rapaz Então
esse conto vai fazer referência à homossexualidade então eles começam a dançar Juntos eh tem uma questão ali das de uma sensualização de um desejo que surge entre eles eles ainda não se conheciam Mas eles estão ali aproveitando aquele momento tá eh sabemos que são dois homens mas eles também não tem nomes né e a música tá alta tem um excesso de barulho e Eles não conseguem se comunicar direito também então aqui também aparece a questão da falta de comunicação eles precisam gritar né para poder eh para que um possa escutar o outro bem também nessa
festa a referência a consumo de drogas num primeiro momento eles consomem algumas pílulas depois num segundo momento eles consomem provavelmente eh um um cocaína porque é uma droga inalada né Eh mas a gente percebe que esta aproximação entre eles acaba gerando uma hostilidade pelo consumo de drogas não é isso as pessoas não se escandalizam com isso as pessoas se escandalizam na verdade por por eles representarem a homossexualidade Ah é um casal homossexual e a presença deles naquela festa e a afetividade entre eles ali incomoda os outros tá E eles começam então a escutar ofensas das
outras pessoas eles então se retiram da festa e vão para um isolados né pra beira da praia e lá eles vão curtir eles vão inclusive ter relação sexual ali na areia da praia tá até que ele começa a chegar uma quantidade enorme várias pessoas chegam várias e várias pessoas chegam e eles são atacados de uma forma covarde por quê Porque são dois homens contra vários Então esse conto mostra muito a questão do preconceito e da hostilidade mesmo né então o narrador ele diz que ele conseguiu fugir mas o outro Ficou ali estatelado no chão né
ele foi espancado e o narrador foge agora quant termina com esse outro personagem no chão né Cheio de sangue então a gente não sabe na verdade fica um indício de que ele foi morto nesse espancamento Tá mas é um indício né isso não tá claro aqui no no conto né Então vamos pensar o seguinte esse conto ele suscita várias reflexões né quem Quem que é o verdadeiro criminoso desse conto será que as pessoas acham que eles são os errados ali por por estarem mostrando né na frente dos outros um afeto entre dois homens só que
qual é o verdadeiro crime né o verdadeiro crime é agressão física é a violência é a homofobia e esse é o verdadeiro crime aqui então esse conto ele vai gerar esta reflexão Ok e agora vamos para os três contos da parte do morango tá então os contos dessa parte eles são mais melancólicos porque as personagens estão buscando uma transformação interior então o primeiro conto dessa parte o título é pera uva ou maçã que faz referência àquela brincadeira que eu conhecia quando era jovem de perira uva maçã ou salada mista né mas aqui é só pera
uva ou maçã a pera é um aperto de mão a uva um abraço e maçã é o beijo na boca tá então o a gente tem aqui um narrador em primeira pessoa e ele e esse narrador é um psicanalista e que está atendendo um uma paciente né uma mulher Então a gente tem um diálogo Eles não têm nomes de novo né eles não são nomeados a gente só os conhece pelas suas funções um é o psicanalista o outra e a outra é a paciente tá e a paciente ela frequenta esse consultório duas vezes por semana
sempre no mesmo horário ela tem sempre o mesmo comportamento senta na mesma poltrona antes de falar ela suspira daí ela espera o primeiro cigarro acabar daí ela começa a falar ela não costuma sorrir então ela tem certas atitudes que são rotineiras no entanto nesta sessão descrita aqui ela tá agindo de modo diferente das outras tá e o psicanalista que é o narrador ele estranha essa essa mudança de comportamento então Logo no início ela diz pro analista que ela não quer perder tempo né da análise ali para ficar buscando significados interiores aquilo que eles fazem em
todas as análises ela quer na verdade falar sobre um acontecimento importante né um algo específico Então ela começa a contar que ela acordou tarde eh e ela tava um pouco sonolenta e caminhando em direção a esta consulta né E quando ela estava caminhando ela se deparou com um cara vendendo a meio e ela decide então comprar essas ameixas ela compra utilizando o dinheiro da passagem Quer dizer é como se comer aquelas ameixas tão lindas e suculentas e acabou sendo mais importante do que depois ter que voltar a pé porque ela não ia ter o dinheiro
da passagem de volta tá então ela compra essas ameixas tá se deliciando comendo ameixas e tudo mais ali distraída e até um pouco sonolenta e ela então ela tropeça num caixão é isso mesmo tá saindo um cortejo né de uma casa então tem um caixão fechado com corpo dentro e ela Dobra a esquina e dá de cara com esse caixão ela não consegue desviar e tropeça no caixão tá então é algo muito inusitado que aconteceu ali com ela é todas as ameixas caem no chão e ela fica ali tendo que recolher essas ameixas né então
a gente pode pensar numa questão de uma metáfora por tropeçar no caixão como se tivesse tropeçando na morte ali né e os enlutados todos aqueles que estavam ali daquele e velório eles ficam paralisados olhando para ela recolher as ameixas no chão e ela então o que que ela faz ela se lamenta por isso por ter atrapalhado aquele momento de luto não ela recolhe as ameixas guarda as ameixas e segue segue em frente tá então é metaforicamente é como se ela tivesse tropeçado na na morte mas ela decide seguir em frente então depois de contar esse
fato para o psicanalista ela relembra a brincadeira pera uva maçã e com conta para ele como era essa brincadeira na fase da Juventude dela que é uma brincadeira com uma conotação sensual né porque é uma brincadeira que faz com que duas pessoas se toquem nem que seja num aperto de mão ou no abraço ou num beijo na boca né E ela conta inclusive aquilo que era muito comum na época sabe de um cutuca o outro na hora que chega na hora que chegar aquela pessoa você me cutuca Porque daí eu vou falar maçã né então
mas aqui a gente não tem nem Pera nem uva nem maçã a gente tem ameixa Então ela tá encantada com aquelas ameixas e ela abdicou de ter a passagem de volta para comer aquelas ameixas então o que que essa mecha representa né Essa meixa representa algo que vai além da do beijo na boca da maçã é um pouco mais sexualizado é como se saísse da superficialidade da pera UV da maçã e fosse para algo mais profundo né porque ela diz para ele que ela sente falta das brincadeiras da Juventude dos bailes do físico Então ela
Faz algumas insinuações para esse psicanalista e o conto termina eh ela na verdade antes de deixar o consultório antes de ir embora ela dá uma mexa de presente para esse analista né então Eh e diz Para Ele Feliz Ano Novo e sai do consultório Só que ainda é setembro então a gente tem aqui algumas representações né disso por quê Porque o desejo de seguir em frente né ter novas Ambições encontrar alguém para partilhar esses prazeres da vida tá muito vivo nela os olhos dela brilham né descreve aqui no conto e esse alguém para partilhar esses
desejos e esses Prazeres pode ser o próprio analista no entanto Gente esse analista é um bocó porque ele não entende essas insinuações tá ele tá mais preocupado com a cor da meia tá mais preocupado com o horário Ele fica o tempo todo olhando um relógio ele tá mais preocupado com outras coisas do que com que ela tá falando então ele não percebe essas insinuações Então olha só a questão da reflexão desse cono o quanto as nossas preocupações rotineiras né Eh nos desviam de tudo aquilo que é mais importante então ela faz insinuações para ele ele
não entende e ela vai embora tá agora vamos para o próximo conto que é um conto chamado o dia que Júpiter encontrou Saturno e que tem um subtítulo que é nova história colorida tá então a gente tem aqui um narrador nesse caso em terceira pesso pessoa e ele vai narrar é ele é muito interessante a construção dessa narração porque a gente tem um narrador que começa e vai contar a história na perspectiva de uma mulher daí no meio do conto a gente tem diálogos entre essa mulher com um homem e depois volta o narrador e
quando o narrador volta ele vai narrar na Perspectiva desse homem tá então o tudo o mesmo fato então assim essa mudança de perspectiva do narrador Ela é bem interessante nessa construção Então essa moça ela chega e ela fica encantada por um moço né que é esse cara e só que ela eh é como se fosse assim um encontro casual né Por quê Porque ela não costuma ir a festas e ela vai nesse dia neste sábado resolve participar de uma festa e encontra esse cara tá E daí começam os diálogos e eles falam sobre John Lennon
faz ali uma referência sobre esse assassinato Ela escuta tiros Então essa referência aparece no conto duas vezes uma lá na na lembrança da moça né na parte do narrador na lembrança na Perspectiva da moça e outra vez na Perspectiva dele quer dizer os dois escutam esses tiros tá ela escuta eh quando ela escuta uma música do John Lennon e ele ele tá escutando uma outra música uma música da ritali e na sequência ele também ouve os tiros lá no final tá então o primeiro a a moça escuta quando o narrador tá narrando na Perspectiva dela
e depois aparece de novo na Perspectiva do rapaz tá bom daí a gente começa uns diálogos e nesses diálogos entre esse moço e essa moça que também não tem nomes tá não são identificados eles são identificados por ele e ela né Eh o moço A moça tá então eles falam em determinados momentos sobre esse encontro do dos astros de Júpiter e Saturno que faz referência então o título do conto né que é o quê essa junção né do de Júpiter e Saturno eh é uma conjunção dos astros que favorecem certos encontros Então como se fosse
um Marco né um encontro que aconteceu entre eles que é algo raro porque essa conjunção entre Júpiter e Saturno esse encontro desses dois astros ocorre só a cada 20 anos e então simboliza o encontro desses protagonistas desse moço e dessa moça moça tá E eles então falam sobre esse encontro casual simbolizando o próprio encontro entre eles claro que são diálogos um pouco apesar de serem diálogos que eles se comunicam e eles se entendem né se complementam mas são diálogos recheados de silêncio tá E esses silêncios eles vão aparecer vai aparecer o silêncio a palavra silêncio
mesmo entre parênteses em Itálico como se fosse uma rubrica teatral então Vai representar ali a busca por palavras então o silêncio é as personagens param de falar mas não querem parar de conversar então eles buscam um novo assunto buscam palavras para continuar o diálogo e para continuar o encontro né para que esse encontro dure mais bom eh assim como os astros eles só se encontram por alguns instantes esses protagonistas também e Então mostra nesse conto essa estabilidade de um encontro marcante mas fortuito quer dizer o encontro que acaba que é efêmero é passageiro e o
narrador ele volta então Depois desses diálogos eh e na Perspectiva do rapaz como eu falei para vocês as descrições são muito semelhantes ao início do conto então tudo aquilo que foi narrado na Perspectiva dela o narrador narra na Perspectiva dele e ele vai embora e ela fica na janela olhando ele embora e ela aceita e ele também os dois aceitam que na verdade cada um precisa seguir esse caminho foi um encontro marcante foi um encontro importante foi um diálogo que vai ficar marcado neles pro resto da vida né E eles vão lembrar disso né vai
ecoar neles por muito tempo aquele diálogo né aquele encontro no entanto cada um precisa seguir o seu Rumo então é um conto que vai falar sobre os encontros e os desencontros da vida que é algo muito natural e muito comum né E vamos agora então para o último conto selecionado pela Unicamp chamado aqueles dois que também tem um subtítulo que é história de aparente mediocridade e repressão é um conto dividido em partes Então como você dentro desse contto a gente tivesse alguns Capítulos tá então nós temos um narrador em terceira pessoa que vai contar a
história de dois colegas de trabalho aqui eles TM nome olha só que interessante o Raul e o Saul então a gente uma letrinha que muda o r pro pelo S né então o Raul ele tem 31 anos e vende de um casamento fracassado não tem filhos o Saul também não tem filhos e vem de um noivado fracassado tá E eles começam a trabalhar numa repartição no mesmo local de trabalho iniciam o trabalho no mesmo dia e eles se encontram ali e logo eles percebem que possuem muitas coisas em comum tá então eles são dois homens
muito bonitos chamam atenção são das moças da repartição só que as outras pessoas não e não encanta nenhum deles né Então na verdade eles se encontram e eles percebem que eh eles passam a gostar um da companhia do outro e e começam a passar mais tempo juntos tá eh ao longo do conto em diversos momentos eles comparam o local de trabalho com uma prisão ou com uma clínica psiquiátrica isso também é muito interessante apesar disso eles sempre anseiam Pela chegada da segunda-feira porque é quando eles vão conseguir se reencontrar Então passa um pedaço do conto
que os encontros acontecem apenas durante o trabalho só que conforme o tempo vai passando os meses vão passando eles começam a fazer visitas aos domingos né Por quê Porque a saudade que eles sentem um do outro Eles já não conseguem aguentar o fim de semana todo então eles se encontram também nos domingos eles trocam o telefone fazem visitas eles apreciam as mesmas coisas Eles bebem Eles comem Eles assistem filmes e eles vão se reaproximando cada vez mais no entanto essa intimidade né que os dois criam começa a incomodar os outros funcionários da repartição e eles
começam então a fazer insinuações sobre um relacionamento homoafetivo num determinado momento do conto a mãe do Raul morre e ele precisa ficar alguns dias fora e o Saul como fica sozinho ali na repartição naquele local de trabalho por alguns dias ele fica desorientado com essa ausência tá e quando o Raul retorna tem um Marco muito importante porque eles se abraçam eles se tornam ainda mais íntimos porque começa a existir o toque também né Eh até que chega num determinado momento do conto o Saul e o Raul são demitidos e o motivo é que tinha algum
funcionário ali né da repartição que tava escr vendo cartas anônimas pro chefe falando sobre a relação amorosa entre eles então a gente na questão da homofobia aqui do preconceito Então e o chefe Diz Para eles a gente precisa manter nessa demissão importante porque eu preciso manter aqui a moral e os bons costumes né eu preciso prezar por isso aqui nesse local de trabalho e os dois então são demitidos eles arrumam as coisas deles ali na numa em caixas né e descem aquele prédio e vão embora tá eh então é muito interessante que nessa partida Eles
olham para trás e olham para esse local de trabalho eles de novo falam da prisão e da clínica psiquiátrica tá então é como se relacionando a prisão né os outros trabalhadores Eh que que que são ali sujeitos sociais né eles aceitam essas regras aceitam e vivem né Essas regras ó pela sociedade não questionam essas regras então eles estão presos é uma analogia é uma metáfora né eles estão presos a essas regras tá e inclusive passam a ser fiscais destas regras na sociedade tá e quando faz a comparação da clínica psiquiátrica a gente pode pensar assim
né Será que os loucos da sociedade são aqueles que vivem os seus desejos vivem as suas vontades né aqueles que questionam as coisas ou será que os loucos da sociedade são aqueles que estão preocup mais com a vida alheia e não cuidam da própria felicidade é um ponto de reflexão importante tá e o conto termina com esses funcionários indo embora da repartição e o narrador afirma que os outros que ficaram serão os infelizes né Por e a infelicidade dos outros funcionários da repartição mostra que na verdade os protagonistas o Raul e o Saul apesar de
serem Vítimas da Sociedade sofrerem as consequências disso porque foram demitidos né eles conseguem viver a tão sonhada liberdade viver os seus desejos tá então o título aqueles dois é é uma forma pejorativa que a sociedade fala a respeito deles né aqueles dois ali né Então mostra uma certa segregação o preconceito né e o subtítulo também é importante porque fala sobre a mediocridade e a repressão e a gente entende que essa mediocridade tá nos outros nos funcionários e a repressão é a punição que esses protagonistas sofrem porque eles são demitidos Mas apesar disso eles vão embora
juntos né E quando eles vão embora juntos reforça a ideia de que serão felizes enquanto os outros que ficam cuidando da vida alheia não tá gente finalizamos A análise então desses seis contos se vocês querem um pouquinho mais eu indico que vocês adquiram o material de estudo O link tá aqui embaixo e nesse material de estudo então você vai ter análise completa da dos seis contos questões de vestibulares anteriores e gabarito comentado deixa a sua curtida aqui e para ajudar na continuação desse projeto e dessa entrega que eu faço aqui no canal por favor quem
puder assine a área de membros do YouTube essa essa área de membros é uma maneira de você ajudar no financiamento do canal e gente é um valor ó vai lá dará uma olhadinha tão baratinho e você ajuda tanto e deixo aqui então a minha gratidão para todos que já contribuem beijão tchau tchau e até o próximo vídeo [Música]
Related Videos
Resumo dos contos de OLHOS D'ÁGUA | Conceição Evaristo | vestibular UNICAMP
27:51
Resumo dos contos de OLHOS D'ÁGUA | Concei...
Professora Isa Novas | Literatura
11,894 views
A análise de Morangos Mofados, de Caio Fernando Abreu
1:10:32
A análise de Morangos Mofados, de Caio Fer...
TV Unicamp
4,453 views
Resenha #205 Morangos mofados, de Caio F. Abreu | Com Nicole Moraes, Elizza Barreto e Paulo Lannes
18:59
Resenha #205 Morangos mofados, de Caio F. ...
B de Barbárie
3,363 views
COMO É O VESTIBULAR DA UNICAMP? VERSÃO ATUALIZADA - TUDO SOBRE O VESTIVULAR
10:28
COMO É O VESTIBULAR DA UNICAMP? VERSÃO ATU...
Juliane studies
24,963 views
A sangue frio, Truman Capote
26:37
A sangue frio, Truman Capote
Larissa Duarte | Ano Literário
17 views
Vestibular UNICAMP | Análise e resumo de A VIDA NÃO É ÚTIL | Ailton Krenak
20:29
Vestibular UNICAMP | Análise e resumo de A...
Professor Henrique Landim
3,520 views
morangos mofados - caio f abreu - resumo
21:41
morangos mofados - caio f abreu - resumo
carlos h carneiro
604 views
AUDIOBOOK  - AQUELES DOIS  - de Caio Fernando Abreu
25:36
AUDIOBOOK - AQUELES DOIS - de Caio Ferna...
Carlos Eduardo Valente
3,767 views
Resumo por capítulo do livro CASA VELHA | Machado de Assis | vestibular UNICAMP
28:51
Resumo por capítulo do livro CASA VELHA | ...
Professora Isa Novas | Literatura
3,134 views
Vestibular UNICAMP | Análise e resumo de MORANGOS MOFADOS | Caio Fernando Abreu
15:23
Vestibular UNICAMP | Análise e resumo de M...
Professor Henrique Landim
1,745 views
Racionalidade e ironia em obra de Lima Barreto
53:24
Racionalidade e ironia em obra de Lima Bar...
TV Unicamp
1,996 views
Resumo por capítulo do livro OS RATOS | Dyonelio Machado | vestibular FUVEST
24:10
Resumo por capítulo do livro OS RATOS | Dy...
Professora Isa Novas | Literatura
10,424 views
Diálogo - Caio Fernando Abreu - MM #01 [Contos do Meio-Dia]
6:35
Diálogo - Caio Fernando Abreu - MM #01 [Co...
Imantado de Livros
913 views
Capítulo 8 (parte 1) | Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá | Lima Barreto | CLV | Unicamp
25:39
Capítulo 8 (parte 1) | Vida e morte de M. ...
Professora Isa Novas | Literatura
263 views
Casa Velha, de Machado de Assis: resumo, análise e dicas.
29:42
Casa Velha, de Machado de Assis: resumo, a...
O Magriço Cibernético
7,126 views
Resenha: O CORTIÇO - resumo e explicação (LISTA OBRIGATÓRIA VESTIBULAR)
13:20
Resenha: O CORTIÇO - resumo e explicação (...
Tatiany Leite do @Vá ler um Livro
311,800 views
Olhos D'Água - Conceição Evaristo - Unicamp 2025 - Aula Completa
26:23
Olhos D'Água - Conceição Evaristo - Unicam...
Curso Galileo
5,043 views
A VIDA NÃO É ÚTIL - Ailton Krenak
14:38
A VIDA NÃO É ÚTIL - Ailton Krenak
Acrópole Revisitada | Booktube
8,849 views
Um véu sobre os olhos para não enxergar o casamento falido - SEM CORTES
37:07
Um véu sobre os olhos para não enxergar o ...
Histórias de Divórcios
34,087 views
Obras Literárias Unicamp 2025: Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá
52:46
Obras Literárias Unicamp 2025: Vida e mort...
Determinante Online
785 views
Copyright © 2024. Made with ♥ in London by YTScribe.com