Arquivo A: Povo nômade (ciganos)

E aí [Música] a uma vida livre despendida de muitas mudanças música e alegria mas também uma vida de preconceitos o povo cigano é um dos mais Discriminados do mundo tem hora que assim como a gente vai no supermercado não fica olhando entendeu que nós é uma loja comprar uma coisa fica aquela coisa estranha assim que a gente não se sente bem é muito preconceito a gente enfrenta o preconceito da hora que a gente sai de casa a hora que a gente volta então assim mais sempre eu tenho a minha cabeça erguida na escola quando eu

estudei ele eu não brincava no intervalo quando era pequeno não brincava no intervalo e um dia professora chegou para mim porque você não brinca eu falei porque os meninos ficavam nele Cigano ela é minha mão e a minha mochila por exemplo eu colocava nas costas eu levar minha mochila para onde ir porque tudo que sumia na escola e já tá na bolsa da cigana eu já saía com a minha bolsa porque eu tinha medo que alguém colocasse alguma coisa na minha bolsa por malva o que foi que falar se você foi ela que pegou apesar

de ser cidadão brasileiro Essa é sua cidadania ele volta tem seus documentos mas tô lugar que você chega é Cigano não conheço você da onde vem para onde vai e ninguém função da importância para saber quem é ele quem não é para saber quem a gente faz que nós o muito grande eles como a gente como se fosse ladrão bandido mas pelo contrário nós não estamos nas mídias não tô roubando Thomas turbando mas vem mais em comunidade nosso povo em grupo mesmo para poder se apoiar no outro que a gente não tem muito apoio que

o pessoal de fora não esse preconceito tá ligado diretamente a diferença de Cultura os ciganos tem origem indiana e depois de uma invasão islâmica fugiram para o Oriente Médio e Europa no período das grandes guerras Eles foram perseguidos por causa da diferença de Cultura idioma e religião chegaram no Brasil por volta de 1570 e o primeiro estado a receber essa população foi ah e também era o principal destino dos portugueses depois disso se espalharam por outros estados do país mas até hoje sofre por terem hábitos tão diferentes Existem poucos registros que contam a história de

ser etnia a tradição entre eles sempre foi passada de geração em geração de forma oral por isso a origem deles também é incerta o que se sabe com certeza é que são pessoas desapegados e que prezam pela família nós Cigano Quando faz uma comida nos convida a todos que tá para comer junto nós não gosta de comer sozinha nossa comida Nossa mesa sempre é uma comida farta mas gosto de muita corrida não faz comigo a mudança frequente de lugares para morar nem sempre foi opcional na maioria das vezes foi forçada pela violência preconceito e rejeição

a cultura diferente e por isso as barracas se tornaram a moradia ideal na verdade os povo denominou os ciganos como nome Ademar e não era não é isso porque quer não e hoje em dia não resistem ao tempo sedentários né que já fica fixo no lugar não aqueles que se denomina nome não é porque eles querem é porque o nomadismo é imposto por ciganos meu avô ele contava que chegou já chegou várias vezes em determinados lugares que as autoridades da cidade chegar para vocês não pode ficar quente não quer Cigano aqui então eles eram obrigados

a levantar o acampamento isso aí a vida nossa é isso aí é viajar entendeu mesmo trabalho nos leva a viagem também entendeu porque os que eu não chega discriminado também nunca gente tá enxerga e não tem nem possibilidade de trabalhar porque se é Cigano então o nosso destino é viajar porque às vezes não é tanto que a gente quer viajar porque nós somos curso de muitas vezes dos lugares é isso que nos levam mais viajar você muita oportunidade de estudar de trabalhar e se informar então chegando até nessa demanda E aí o seu direito não

é reconhecido mas a tradição aos poucos vai perdendo o lugar e as conhecidas barracas vão se transformando em casas ou quase casas e tem uma tradição que vem de muitos anos entendeu antes você não que meu avô falar que não tinha oportunidade não tinha condição então eles Barracão fazer as barracas deles e/cavar e hoje em dia a maioria de nós mora em casa devido à violência Você viu que por aqui tem tem barracas mas é todo murado e antes não antes fica no bairro acaba chegar na Barra acaba no meio de uma de uma estrada

tinha aquela segurança e hoje não devido ao preconceito o povo né foi começa no ouvir caso de colocar o fogo nas barracas dos ciganos pessoal entrar saquear até de matar os próprios as perseguições a esse povo sempre existiram na segunda guerra mundial a ideologia nazista matou Quase meio milhão de se Oi e esse também foi outro motivo para que ele se dispersassem pelo mundo é [Música] e as ciganas por anos foram vistas como Feiticeiras ou Bruxas inclusive muitas foram perseguidas e queimadas em fogueiras na época da Inquisição por causa do colorido das roupas da língua

tão diferente das músicas essa população foi se fechando cada vez mais no seu próprio grupo dessa forma a tradição foi se enraizando Por isso os costumes são levados à risca desde os mais velhos até os mais novos as mulheres só podem utilizar vestidos nada de calças shorts ou bermudas ai quanto mais colorido melhor sobre os nossos investimentos é uns 10 tradicionais né e a gente procura se está alegre de cores alegres bonita para nós mesmo para os nossos esposos para toda a família para enfeitar com o meu tio fala sem alegria de uma comunidade cigana

é ver as mulheres todas bonitas todos bem arrumada a nossa cara de tentar sempre método bonitinho tudo arrumadinho sempre tem que ter enfeitado não é o enganar sem brilho que a nossa tradição cigana não sei roupa tem que ser bem colorida bem enfeitada que é o segmento da nossa tradição era nossa cultura é essa aí quanto mais enfeitado melhor Conta mais colorido mais bonito e E aí e em algumas comunidades as próprias ciganas confecciona os vestidos nessa daqui no litoral baiano Elas compram prontos mas não perdem a oportunidade de se reunirem para bordar colocar as

pedrarias o que vira uma oportunidade também para conviver em aliás todo mundo na comunidade é meio parente de alguém isso porque os casamentos estão bem fazem parte da rigorosa tradição cigana o nosso costume nós o nosso tá cuidar de 12 e 13 anos se aproxima um rapaz pede o pai da mãe a gente aí se os pai querer marca o compromisso aí quando é a época e reúne aquela multidão decepcionando para fazer aquela festa bonita dois três dias de festa Neon em todos os que dá nada para beber dançar comer normal a gente não namora

os nossos pais escolhe o nosso independente a gente noivo e depois casa antigamente desde a barriga a gente já era comprometido mas hoje não hoje a gente já pode escolher com que a gente quer casar eu casei com 12 anos namorar a gente não pode só namora depois que casa aí eu casei estou vivendo com ele tem 26 anos tenho cinco filhos é a minha menina eu queria que ela estudasse mas como a lei da gente só estuda a quinta série aí ela só foi até a 5ª série como foi para o colégio já não

já tirou já da escola e ela também já tá noiva e noivo dela nem conhece tão bem aí tá aqui para casar também no ano que vem ela casa a menina depois da primeira menstruação já tá pronta para assumir o compromisso de um lá em muitos casos ela não conhece o pretendente que é um primo alguém da própria comunidade essa é uma maneira de preservar o núcleo familiar e assim permanecerem Unidos e e por se casarem ainda muito jovens na lei dos ciganos as mulheres só estudam até os 12 anos depois disso saindo da escola

já os meninos tem a opção de escolherem se conclui ou não ensino médio a Dinha como é conhecida pela sua comunidade foi uma exceção entre as ciganas eu nasci em uma barraca né a época era bem de barraca mesmo nascido de barraca convive no meio do meu povo com 12 anos de idade que eu fui morar com minha madrinha que não era cigana mas o motivo não foi nada da comunidade foi porque eu queria estudar e a cigana só estuda até os 12 anos por questão cultural aí eu convivi com a minha madrinha um tempo

mas mesmo assim ela morava perto da comunidade meu avô morava em fazenda nessa época e tinha uma comunidade na rua então eu não deixei de viver a minha cultura ela é bisneta de uma cigana que veio da Romênia e neta de uma indiana avó ficou preso em um a concentração da Alemanha durante a segunda guerra mundial e a bisavó foi queimada na fogueira da Inquisição a Dinha decidiu que queria um futuro diferente estudou e o conhecimento que conseguiu é utilizado inclusive para o benefício da própria comunidade se engajou nas causas sociais em busca da melhoria

de vida para o seu povo eu quero muito ver homem Cigano trabalhando no trabalho mesmo formal não informal que eles vão obrigado a trabalhar informal porque não tenho oportunidade eu gostaria de ver mulheres ciganas trabalhando em uma farmácia em uma loja que eu como eu trabalho ali na prefeitura boa parte da renda das famílias ciganas vem do trabalho das mulheres algumas fazem os crochês bordados panos de prato saem às ruas para vender E aí essa renda contribui para as famílias um exemplo é a Daiane que faz os panos de prato para poder também tem alguma

renda para casa né queria me falar um pouquinho dos seus panos de prato se você faz esses panos de pratos eu eu faço assim naturalmente esses aqui são para a gente ciganos e as filhas mulheres assim a gente já acostuma a juntar enxoval né para ela sair esse daqui mesmo são para ela são que eu tô começando a juntar para ela mas eu faço sim às vezes as pessoas me comenda eu faço tem outras pessoas que fazem também eu faço um dia eu faço um ponto de Patrícia e aí essa renda também ajuda aqui para

você ajuda e aí você tava me contando então a cigana quando ela nasce quando a mulher a mãe já vai desde pequena preparando o enxoval desde as crianças fiquei com seis sete anos a gente já tem costume de juntar as coisas já foi engajamento Dadinha começou a inspirar outras mulheres da comunidade a Simone mesmo se tornou uma micro-empreendedora para contribuir com a renda da família e mesmo que ainda tenha dado os pequenos Passos é um grande avanço dentro das tradições e cultura do seu povo e ainda tem traços fortes do machismo Meu marido tá parado

agora sim ele tinha o carro bem mas aí parou ele tava trocando e negociando aí tá parado a minha renda só é a minha mesmo que eu tô ganhando agora só minha renda eu faço meus tapetes eu vendo meus tapete Vendo Meus perfumes o que der eu vou na roça de café pegar café também Nos Tempo da das Colheita do café já tem o nome da gente lá vai eu e outra cunhada minha que mora em monapo essa comunidade Dadinha tem cerca de 40 famílias que totalizam quase 200 pessoas todos moram em duas próximas e

já estão fixos na região há uns 20 anos apesar do Elo das Comunidades serem bem fortes tem outras que fogem à regra e escolhem uma vida completamente livre sem moradia fixa E aí [Música] E aí e enquanto Muitas comunidades ao longo dos anos foram se estabelecendo em certas regiões do país algumas famílias quiseram de fato seguir pela estrada e não cria raízes é o caso da família Piemonte aqui todo mundo tá ligado a música uma filha dança a outra canta e assim a família segue pelo caminho da arte A música faz parte do sangue do

povo cigano não tem uma comunidade que não tem um cantor sabe todos têm eu acho que é um dom que Deus me deu e me deu o privilégio de dar os cinco filhos depois mais dois metros que eu fiz todos os cantores a música cigana foi um resgate do nosso povo quando nós saímos do Norte da Índia que nós somos pulso para a Europa de modo geral é é a gente chegou a Espanha chegou em Portugal a Itália e assim França né e assim por diante Bom dia já o Flamengo né com na levando a

arte a cultura com sapateado e o grupo de psique bom sistema de cantar a música dipsy com o bailado Flamengo sem o sapateado mas se [Música] o que com esse ritmo bem característico da música cigana as letras passaram a traduzir a real vida cigana falamos muito do nosso povo né Muito do nosso povo falamos de amor né o carinho que a gente tem pelas mulheres né nós homens né então e o respeito né acima de tudo então as letras muito legal basta você parar para prestar atenção nas letras você vai entender a família Piemonte viajo

o Brasil todo levando o conhecimento da cultura cigana eles chegam com equipamento de som e qualquer lugar vira palco qualquer mesmo entretanto como as apresentações são lugares públicos as reações são as mais diferentes possíveis projeto que se beija né mas quando as mulheres chega que é o problema as melhores chegou aí com as vestes aí depois eu me troco também de Sandra Rosa Madalena e ficou tem alguns que olha torto né nome não aceita muito não e Cigano ladrão de galinha de criancinha mula-sem-cabeça saci-pererê ou 300 mais né não é só escolher artística que diferencia

essa família de outras comunidades ciganas a Bárbara filha da Maura e do Carlos scalon casou-se com um homem não Cigano uma verdadeira exceção nessa cultura terminei o colégio a distância e depois eu falei para minha mãe agora eu vou quero fazer faculdade resolvi encasquetei que queria fazer faculdade e E aí entrei para faculdade de direito comecei fiz o primeiro semestre EA início eu conheci o meu marido a gente fazer a parte de grupo de estudos e aí a gente acabou se conhecendo gostando das mesmas coisas do meu marido também é professor de dança a gente

se conheceu na faculdade direito né ambos estávamos fazendo faculdade de direito só que até então e ela não mostrava aquela cigana nem nada então a gente tinha um convívio normal né Não que seja normal depois que ela tenha falado mas a gente se conheceu lá aí fomos montando o grupos de estudos fomos ficando amigos gostávamos de muitas coisas em comum e aí a gente começou a namorar mas é claro que no começo ninguém sabia que a Bárbara era cigana nem a família do William foi só uma super as nossas cigana William Bahia minha mãe sempre

falava assim olha cuidado com chegando né meu bem você vai lá então aí a gente conheceu a Bárbara e foi muito bom sei sabe assim a gente aceitou todo mundo você tá de boa né Que aprendi tudo com eles né assim de dar o dia a dia todo dia junto né então é correria deles né Cada dia uma coisa a gente vai descobrindo né eu pedi para que não não contar se ainda até eles aceitarem a ideia pô O que é uma família diferente eles têm uma religião pouco mais restrita E aí eu falei bom

vamos esperar um pouquinho Enquanto isso vamos deixar ele se simpatizarem comigo foi bem difícil mas depois que o Guilherme nasceu todo mundo eu acho que a parte dos ciganos para quem não é Cigano é mais fácil aceitação de quem não é Cigano para um Cigano só porque as pessoas são condicionadas Eu tenho um preconceito muito grande ninguém se dispõe a conhecer a cultura Ninguém se preocupa em saber como pessoal vive acha que é todo o Bicho de Sete Cabeças vai é muito condicionado a que a mídia passa é complicado já dos ciganos para gente que

não é eles querem acolher para eles é festa é bacana Tem bastante gente em volta é bacana tudo então para eu fazer parte né é da família assim como toda a família normal né É ela é a moça da casa então o pai coruja é normal o namoro virou casamento e logo veio o primeiro filho o casamento não cigano foi ensinando que mesmo em culturas diferentes a convivência leva ao aprendizado alguma coisa que a gente que não é que Foge bastante assim todo mundo que não é Cigano ele é condicionado a viver totalmente regulado né

Ah eu tenho hora para tenho que trabalhar tem hora para fazer a senhora fazer aquilo já o povo da cultura cigana ele sem o compromisso com eles e é eu acho que é por isso que eles vivem super tranquilos assim não tem vamos vamos colocar assim não que não tenha preocupação só que é mais é mais tranquilo entendeu o dia a dia porque eles trabalham com cultura trabalham com música trabalhando com o arte eles são sua ferramenta de trabalho né não são e as pessoas não ciganas eu tenho muito orgulho disso bastante porque uma cultura

diferente é uma cultura rica e é o que me torna diferente das outras pessoas é o que me torna mais rica não financeiramente mas sim de caráter de moral me enriquece a E aí E aí [Música] e a Bárbara se casou teve o pequenininho aí e foi morar em Atibaia no interior de São Paulo com a família do William apesar de não seguir com os pais e irmãos pelo país levando a arte a dança ainda é o que faz o coração dela para usar a dificuldade que ela encontrou é que comem Praticamente todo município do

País Aqui não tem incentivo nem promoção da cultura e acolhimento Cigano infelizmente alguma uma política exclusiva para o público cigano nunca ocorreu o nosso maior incentivo foi através da dança cigana mesmo a Bárbara participou de alguns projetos culturais através da difusão cultural como entidade que contratava também dá aula em outros projetos e academias também e a gente observa que através do trabalho dela né a dança cigana em Atibaia ficou muito conhecida o incentivo para que os preconceitos possam ser quebrados tem que partir dos mesmo é da Bárbara que ainda hoje dá aulas na cidade Um

Desafio imenso onde não a abertura da população uma cidade conservadora bastante antiga e às vezes é difícil inserir outros outras públicos outros linguagens de Cultura mais por exemplo através de discussões através da gente tem que escola Legislativa acredito eu tô trazendo o público Cigano por exemplo para câmara municipal para trazer uma palestra para se falar sobre a cultura para quebrar esse preconceito é difícil não ser aceite filha é muito difícil é muito doloroso e eu luto por isso eu só quero que as pessoas respeitem o povo cigano como ser humano a gente tem dor a

gente precisa de médico a gente se vê na escola tudo a gente precisa igual a qualquer cidadão brasileiro o racismo é muito forte em cima do povo cigano preconceito também muito forte eu o povo indígena tem a Funai deu o povo negro está bem unido bem fortalecido E os ciganos continuam aderindo o mesmo com pouco incentivo a dança foi a maneira que a barba encontrou para continuar mergulhada na sua própria cultura além de Claro e mostrando para a sociedade o seu valor né então o que você vê o que você assimila pelas redes assim ou

rede social ou televisão o cinema tem um Florido não é agora com ela vem autenticidade o dia a dia os costumes as posturas o próprio temperamento Então tudo é muito diferente do nosso então a gente acaba aprendendo muito também a respeitar esse esse perfil de Cultura dança cigana ela é única e no caso depois ela ter tomado assim uma proporção tão grande no mercado no caso que hoje muitas pessoas trabalham mesmo não sendo Cigano trabalha com a dança cigana elas foram não digam [Música] perdendo no caso o sangue que sendo foram misturando com a dança

do ventre com o Flamengo foram juntando elas e criando essa miscigenação dessa cultura Tão misteriosa tão mágica sempre me despertou muita curiosidade e as músicas principalmente pela energia pela vibração eu sempre adorei Mas eu tinha uma vida muito muito intensa com consultório com criança pequena então eu não consegui avisei dedicar efetivamente a dança depois as crianças crescendo tendo mudado de cidades em São Paulo e vim para Atibaia aí sim eu pude cuidar um pouco mais de mim desengavetar sabe os projetinhos e uma um desses projetos realmente foi de conhecer melhor a cultura dança talento artístico

é algo muito presente na cultura cigana e um dos motivos é a origem indiana as letras das músicas não é muita saudade das paixões e da Alegria da vida cigana já a dança tem influência da dança flamenca dança do ventre e é aqui que as mulheres têm a oportunidade de se sentirem livres e [Música] é a dança cigana não influencia muito na autoestima da mulher é aqui mesmo com as Minhas alunas aqui é um momento onde as vezes algumas moças venham até aqui e ela se encontram no caso porque não é Que Eu exijo eu

proponho a ela um momento delas em casos há uma maquiagem colocar uma roupa bonita colocar as bijuterias joias até mesmo e vire o zap para ela ela dá coreografia que é uma forma de Educar de conduzir os movimentos os rios são mais depois o que é muito marcante pelo menos nas aulas da Bárbara é que tem o solo então cada uma vai despertar tentar despertar com todas as dificuldades mas aquilo que toca a música sabe então ela fala assim aluna minha não fica presa na gaiola e [Música] E aí e hoje muitas pessoas da cidade

e sabem das aulas da Bárbara e o quanto ela tem feito para mostrar o valor da sua cultura cada apresentação cada aula é um grito de liberdade primeiro para ela que se viu fixa em um lugar depois de se acostumar a não ter raízes Hoje eu fiquei mais velha que eu tenho meu filho por incrível que pareça eu sinto falta de tá você veja que hoje eu fico um presa Então para mim é ruim porque às vezes eu falo Nossa de menina dois tal lugar tô lá do outro lado do mundo Ah tá então eu

tô aqui ele vai tô aqui eu que realmente sempre me chamou a atenção foi da luta que eles tinham preservar a liberdade de abrir mão de bens materiais de formar raiz de conquistar bem por um caminho totalmente livre Então isso sempre me chamou muito mais atenção porque numa cultura com uma nós a lição de eu ter o ter o ter que você de repente se depara no grupo que eles querem só vermelho Sabe eles só querem viver e ser feliz e e [Música] o número atual de ciganos no Brasil ainda é incerto entre os fatores

para imprecisão de dados estão a falta de políticas públicas específicas para essa população além dos próprios cigano se mudarem constantemente entretanto as pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de geografia e estatística apontou que vivem no país de 600 há 800 mil ciganos mas as comunidades acreditam que esse número seja ainda muito maior de acordo com o IBGE dos 5.570 Municípios entrevistados apenas 195 declararam executar programas e ações para ciganos 337 municípios confirmaram a existência de acampamentos a região do Brasil que mais abriga a comunidade cigana e com registro em 1794 municípios seguida da Sudeste com 1668

municípios da Região Sul tem registro de ciganos em 1191 municípios as regiões com menor número de acampamento são centro-oeste e norte e apesar de serem muitos existem segmentos diferentes Figueira é uma etnia que se divide em alguns segmentos no Brasil nós temos os Roms calons que é da minha do meu segmento e os Roms se divide em dois subtipos Calderari temático ano e tem sinte rola haney tem uns com os outros grupos Velho São culturas diferentes nós temos um dialeto diferente os sons caldeiradas macho ano falam Romani os Calam falou Chile a cultura um pouco

diferenciada também tem uns rolos e os calos né no caso o meu irmão calon é casado e a gente se assim se diferencia no caso pelo dialeto pelo pela língua que a gente fala mas não tenho muita diferença uma coisa que também marca é o poder aquisitivo né os bons são os mais ricos são um pouco do dinheiro escala ou não a gente trabalha a gente vive da rua cartomancia vender pano de prato vender cobertor e nós que somos muitos cantores dançarinos é assim que a gente vai mudando se o segundo eles cada um com

as suas características vai enfrentando também os desafios de ser cigano em Ambientes diferentes do que eles estão acostumados ou cetonas são um Cigano tropeiro o serviço Lara bota o chapéu somos ciganos Ferreiro também sigam O Cauã é um outros anos atrás aí aquele viajado de Tropa cavalo Hoje não tem não tem é viajar não tem mais estrada para viajar a cavalo o dia do carro mas nosso povo se os Calam se dentro piru na escola os meninos vai deste por isso que discriminado tem um impacto grande o menino chega lá com chapéu uma bota os

outros militar detém no shortinho aí todo mundo vai olhar então discriminação vai Começando na escola porque eles não têm o costume de ver quem são nossos com a carência da atenção do poder público em executar programas que garantam os direitos aos ciganos e diminua um preconceito a população Aguarda a aprovação de um estatuto que está para ser votado no senado tá sendo criado o estatuto do Cigano lá em Brasília tá tendo uma luta para a gente ter esse estatuto e até o momento ainda não foi aprovado vai aí fala que não tem coro a depois

volta eu acredito que se usa os governantes nos 10 seu direito como seres humanos como cidadãos principalmente direito a trabalho a estudo é dito que isso aí seria quebrado nós somos brasileiros de origem cigana agora esse estatuto é um trabalho de um Cigano que está lá em Brasília que é o seu Vanderlei o que tem lutado muito por isso ele tem uma associação que é a Nec que é que está responsável pelo estatuto do povo cigano lá no Senado que já foi várias vezes que a gente tira que seja aprovado que o direito à saúde

direito à educação sabe é um direito que nós pela constituição brasileira Deveríamos ter e não temos então estatuto vai nos ajudar nesse sentido entre os principais pontos para o estatuto se tornar lei federal estão a inclusão de políticas públicas de Desenvolvimento Social e econômico EA promoção do combate à discriminação além disso eles querem direitos eficazes de educação tão precária nos acampamentos e saúde a gente ser reconhecido é muito bom porque a gente ia poder ir e vir e sem ninguém olhar para a gente diferente saber que nós somos gente nós somos humanos e existe pessoas

erradas número de ciganos existe mas do mesmo jeito que existe em qualquer outra em qualquer outra cortou-me qualquer outra nação né então que eles olhasse para gente como nós somos a gente precisa conhecer as pessoas para depois julgar e os povo julga demais o povo cigano esse um acaso um Cigano faz alguma coisa errada ele só os ciganos rotula Coloca aquele rótulo os ciganos e ciganos é uma pedra de diamante bruta que precisa ser lapidada para mostrar seu valor EA lapidação para mim nos ciganos EA escola a educação em Muitas comunidades quem passa a assumir

a responsabilidade da busca por direitos dessa população é a própria igreja a igreja católica é um é uma porta que nos abre para tá quebrando o preconceito como inimigos seus que a oi oi tem Padre tem Paróquia que ele sacode a gente então o pessoal lá os outros visitantes de haver a gente com outros olhares olhar da igreja em relação aos ciganos foi aumentando principalmente depois da criação da Pastoral dos nômades na década de 80 foi realizado o 1º encontro nacional dos ciganos a partir daí as questões sociais foram sendo mais amplas e criou-se o

dia nacional dos ciganos dia 24 de Maio a igreja abriu as portas para receber essa população isso contribuiu para diminuir o preconceito da sociedade a Pastoral dos nômades é de grande ajuda para toda a comunidade de Cigano não só aqui no município né nas redondeza por fora o dom Edson ele tem um aquele carinho com a gente de nos ajudar digitar nos acolhendo principalmente por conta o preço do frete conceito que a gente sofre EA Pastoral entra nesse na comunidade para ajudar uma Pastoral dos nômades eu quero ser sua presença da igreja primeiro para escutar

e o que é que você faça ser fazer isso não chegamos com uma mala pronta em um projeto que respeitamos a sua cultura devemos está inserido a conhecer amar ser um Cigano entre os ciganos para compreender a sua mentalidade o sujeito de seu ser família a luta da pastoral nome é de começou depois de um incentivo do Paulo Papa sexto há mais de 50 anos não Edson Santana é o atual Bispo referencial da pastoral aqui no Brasil e por ser Bispo da diocese de Eunápolis na Bahia tem um contato quase diário com as comunidades que

estão ali próximas nessa região a presença dos ciganos é bem forte e fiquei muito feliz do nosso outro encontro com o Papa quando ele fala numa igreja em saída se vemos em Roma um encontro estava presente em mais de oito mil ciganos do mundo inteiro com o Papa celebrou os 50 anos do 1º encontro de um papa com um grupo de ciganos foi para o sexto hoje sábado Oi e ele dizia para nós padres e bispos estavam presente aprendo com eles a sua igreja Peregrina Não espere que venha mais vão encontrar nessa de ir ao

encontro então Edson encontrou com a Rosa cigana e que se tornou o catequista o filho tinha morrido há pouco tempo a igreja foi o conforto espiritual e o lugar onde encontro o espaço para servir vai quando isso aconteceu eu eu senti que eu precisava dar um salto na minha vida até mesmo para poder continuar E aí a tua igreja é da perto as missas serão 64 horas da tarde aí eu comecei aí tem um padre aqui que era ser Geraldo ele a vão para igreja sempre me chamar Vamos para igreja aí Eu começo aí ir

lá eu gostei fui continuei ele hoje é tanto que hoje ele foi embora daqui não tá mais aqui vai ser continua lá o incentivo da pastoral para a participação dos ciganos na igreja foi aumentando e o reconhecimento dessa população pela sociedade local também cresceu com o auxílio do trabalho de Dom Edson hoje nós somos reconhecidos por conta desse trabalho dele porque ele vem constantemente e voltando a nosso favor ele viaja para todo o país estado ele gasta tudo quanto é encontro e um for conta dele quebrar esse preconceito ele não é apenas um bispo e

não é o nosso disco ele é assim o nosso pai espiritual um pai que está constantemente tentando colocar o filho e o trabalho da pastoral é também ser intermediário entre os ciganos e os não-ciganos isso vale tanto para abertura para a participação Direta em celebrações na igreja quanto para questões sociais e necessárias a serem resolvidas possível nós temos faculdade resultar os filhos a novinha não tem registro era conseguimos povo daí todo Cigano tem direito de registrar seus filhos em cartório e muitos tem as crianças e acampamento não tinha testemunho como a roxa e verifica vai

olha tá aposentadoria de muitos idosos E aí a matrícula nas escolas o seu problema de hospitais têm dificuldade quando vi que um doente era um Cigano já estão hoje graças a Deus ele já tem chega na repartições pública eu já tenho direito registro dos seus documentos é a sua dignidade mas o trabalho da pastoral não tenta mudar as tradições culturais dos ciganos pelo contrário existe um respeito mútuo é o caso dos casamentos precoces mas todos os jovens que casam com 14 15 anos da lei da igreja dele depois do 16 da Lei civil depois das

dezoito horas e tem um cronista e nem o do vezes o próprio direito canônico dos autoriza eles casaram com essa idade primeiro é um pacto entre família e depois quando nós e nos casamos cada um forma sua família longe dos pais que os caso e continua sendo família está em torno mais velho dele para perceber neste acampamento tem a figura do mais velho onde o são casados tem sua casa mais convive EA tão falada sorte lida na mão pela ciganas também ganha uma explicação assim como o ouro utilizado por eles seu bebê com a cigana

aquele mão na rua psicóloga de rua o que entrega a mão que está necessitando de uma palavra oi e ela sempre escuta e Diz uma palavra de estímulo de confiança que a pessoa sair tão feliz o e uma maneira dela também dizer para aquelas que o óleo como rejeição comum suja como ladrona Z serdes tudo isso de mim eu sou mais do que você eu sei da tua vida sei da tua sorte então é um auto-afirmação até com o grupo uma cultura milenar é quando nossos antepassados chegaram no Brasil em 1574 E era uma forma

de você guardar o dinheiro se hoje nós já temos dificuldade para ser atendido dentro de um hospital ser imagine 1584 tinha se o ouro na boca porque se precisasse foi uma doença ou até mesmo uma morte você tirava vendia porque o metal que sempre teve muito valor né Tem até hoje é [Música] e até hoje os ciganos são conhecidos por serem pessoas sem Pátria mudando sempre de um lugar para o outro muitas vezes de forma forçada eles nunca estão só sempre vão acompanhados da família a comunidade os laços que constroem é algo de extrema importância

para essa população assim como o respeito pelo líder do grupo do do grupo é o que trabalha mais não ganha nada mas acaba ganhando o apoio dos companheiros dos irmãos todos mas o trabalho é grande por a gente ter várias pessoas muita gente e e nunca acaba o trabalho do líder nunca acaba sempre tá tá de trabalhando com e escolha do sucessor é sempre de forma natural é passado pela responsabilidade eu daqui para frente quando eu for entregar eu vou caçar alguém na família vai entregar entendeu mas a gente vai eu vou escolher aquela pessoa

que quando foi escolhido para mim bom então vou escolher um neto filho algum da família aquela pessoa que tenha mais interesse aquela pessoa que seja mais a sua responsabilidade para poder pegar o movimento não se torna cigano cigano ele é cigano de pai e mãe tem mulheres que casa com Cigano mulheres não cigana de casa com Cigano passa a viver a vida de um Cigano elas passa vestidos vestidos para a senhora tem que se adaptar a nossa vida mas só que ela não é cigana de pai e mãe o Cigano é a pessoa responsável para

garantir que se permaneça organizados e que mostre o valor de estarem Unidos com os desafios milenares de ser quem eles são o povo cigano é um povo muito alegre como você já viu ele assim um pouco muito alegre um pouco multi vertido por mais que a gente passa de simulações coisa tristezas a gente não quer deixar aquela coisa pegar a gente entendeu E a forma da gente dançar ser feliz e alegre toda a gente se uma uma coisa muito boa a dança Nossa e a coisa mais o que tem Nossa casamento é nossa dança ela

só alegria nossa nossas nossas roupas que este mês que fabrica nossas roupas íntimas corta nós faz as rendas prega do jeito que a gente gosta entendeu Não Para a gente é uma coisa muito bom hoje eles têm para ensinar o ser família o valor que eles dão a família os ciganos em família não é seca o carinho que tem pela família esposo esposo os filhos e o primeiro passo segundo o valor que eles dão sacramento do matrimônio e o cigano não entrega nunca sua filha para o matrimónio antes da Benção matrimonial e eles ver com

uma coisa de Deus Deus que abençoe para começar a vida juntos tem um orgulho muito grande você cigana queria muito poder passar o que é cultura cigana para outras pessoas que não são ciganos e para a gente aqui um privilégio ter vocês aqui vem no pouco da nossa cultura não tem um pouco do nosso trabalho um pouco a nossa alegria e assim a gente se é Cigano cada dia onde vai ficar tipo diferente entendeu outro dia você tá aqui outro dia você tá lá se você não pode estar perdendo a crise da da vida né

que eu que faz agente viver seus cada dia que passa cada perto para você mas na frente uma vitória né a gente perde hoje mas vem amanhã e E aí e o arquivo ar fica por aqui Uma boa noite para você e até semana que vem e [Música] oh Mariane Iara [Música] mãe [Música] abençoar cada Brilharei vaco largada cantar Paint Zoom [Música] E aí [Música] E aí [Música]