Igreja pode se assentar. Convido-vos a abrir em suas Bíblias no segundo livro dos Reis, capítulo 14, versos 23 a 29. Terminando o capítulo 14, Segunda Reis.
Crianças, vocês estão decorando a lista dos reis? Vocês sabem todos? Difícil, né?
Termina com ã, termina com ias, termina com as um mais maluco que o outro. Eu também acho difícil lembrar todos. Hoje vamos ver sobre um homem chamado, Eita, Jeroboão de novo.
Hum. Segundo livro dos Reis, 14 23 a 29. crianças ajudem a achar e vamos ver que história é essa.
Se você nos visita, saiba que é costume da nossa igreja, seguindo aí uma longa tradição na história protestante, fazermos pregação expositiva em série. O que significa isso? Nós pregamos livros inteiros da Bíblia de forma sequencial, sempre indo e parando.
Semana seguinte a gente continua de onde parou e assim vamos. Estamos já há um tempo no segundo livro dos Reis e hoje chegamos a essa história que começa aqui no capítulo 14 versos 23. Assim diz a palavra do Senhor.
No 15º ano de Amasias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em Samaria Jeroboão, filho de Jeo rei de Israel, e reinou 41 anos. fez o que era mal perante o Senhor. Jamais se apartou de nenhum dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel.
restabeleceu ele os limites de Israel, desde a entrada de Ramate até o mar da planície, segundo a palavra do Senhor, Deus de Israel, a qual falara por intermédio do seu servo Jonas, filho de Amitai, o profeta, qual era de Gate Refer, porque viu o Senhor que a aflição de Israel era muit amarga, porque não havia nem escravo, nem livre, nem quem socorresse Israel. Ainda não falar o Senhor em apagar o nome de Israel de debaixo do céu, porém os livrou por intermédio de Jeroboão, filho de Jeová. Quanto aos mais atos de Jerobão, tudo quanto fez o seu poder, como pelejou, como reconquistou Damasco e Ramate, pertencentes a Judá, para Israel.
Porventura não estão escritos no livro da história dos reis de Israel? Descansou Jerobão com seus pais, com os reis de Israel, e Zacarias, seu filho, reinou em seu lugar. Até aqui a palavra de Deus.
Oremos. Senhor, nós pedimos que hoje, ao considerarmos o reinado de Jeroboão II, o Senhor nos instrua e nos ensine sobre a vida cristã. Aponta-nos para Cristo, Senhor.
Pedimos no nome dele. Amém. É algo que nós fazemos, não é?
Julgamos a qualidade de uma pessoa e até a qualidade moral dela pela qualidade do que ela produziu. Às vezes é justo, às vezes nem tanto. Veja, mesmo que a gente não esteja falando da qualidade moral, todos sabemos que homens perversos podem ser excelentes em suas profissões, não podem?
Mas mesmo falando de algo mais básico, que é o senso que nós temos às vezes de avaliar a qualidade de trabalho de alguém pelo resultado do seu trabalho, como se o resultado justificasse toda e qualquer coisa que ele fez. Por exemplo, se um treinador ganhou um título de futebol, seu trabalho é inquestionável, certo? Não.
Talvez ele tenha vencido, porque o seu elenco é tão superior, é tão bom, que apesar dele, a coisa andou bem. Você já viu esse tipo de coisa? Veja, por exemplo, trabalhos na escola.
Lembra dos famosos trabalhos de grupo na escola? Vocês gostavam? Se era do tipo de gente que gosta de trabalho em grupo ou do tipo que não gosta?
Atenção, vai dizer muito sobre você essa resposta. Tô te julgando daqui de cima. E aí?
De repente, um dos cinco do grupo era tão bom e tão dedicado que o trabalho ficou ótimo e nota 10 pro grupo. Mas quem avaliasse a qualidade de todos do grupo baseado na nota poderia se enganar. No ambiente de trabalho assim também, não é, irmãos?
Quantas vezes foi um gerente que levou a fama, mas o trabalho foi feito é pelos outros. Um diretor ficou famoso por um certo resultado da empresa, do setor público, seja o que for. Eh, mas quem fez mesmo foram outras pessoas.
Acontece demais. Pode ser que sob a liderança de pessoas ineptas, imaturas e até ímpias, coisas boas aconteçam. Não, crianças, imagina só se uma professora usasse só as notas para dizer se alguém é um bom aluno, seria justo?
Não seria, né? Porque ser um aluno é mais do que tirar boas notas. E tem mais.
A gente sabe que às vezes as pessoas tiram boas notas apesar de não estudarem porque colaram ou porque chutaram todas as respostas letra C e o professor quando preparou a prova botou as certas todas na letra C. Essas coisas acontecem. Às vezes, até mesmo a própria incapacidade de alguém faz com que ela se dê bem.
Essa é a maluquí desse mundo. Anos atrás, crianças, vocês nem tinham nascido, contei um exemplo aqui num sermão e como já tem mais de 10 anos, o Comitê Internacional de Homilética permite que repita o exemplo, tá? É de um livro interessantíssimo chamado O Andar do Bêbado, uma análise do acaso do físico Leonard Modinov.
Ele tenta mostrar como muitas vezes eventos de sucesso não são causados pelas coisas que nós imaginamos. Muitas vezes são coisas que parecem ao acaso. Claro, o livro é escrito de uma perspectiva discrente, então leva isso em conta.
E ele conta no livro a história de um espanhol que ganhou a loteria. Ganha loteria, ganhou muito dinheiro, se tornou milionário. Aí, claro, foi entrevistado pelos programas de TV.
E aí eu perguntarem como que ele escolheu os números da loteria, ele foi explicando e tal. Esse número por causa disso, esse número por causa daquele outro. Aí chegou nos dois últimos dígitos, quatro e oito.
Aí ele explicou assim: "Sete noites seguidas sonhei com o número 7. 7 x 7". Crianças, tá certo essa conta?
7 x 7 é 48. Ou seja, a incapacidade matemática do espanhol o tornou um milionário. Se ele fosse bom em matemática, não tava.
E parece na vida que muitas coisas andam assim, não andam. Pessoas se dão bem fazendo tudo errado. Coisas que você faz direitinho não resultam em nada.
Igrejas que bagunçam o evangelho, não ligam pra palavra de Deus, pro santo culto do Senhor, crescem, crescem, crescem, fiquem famosas. Algumas vezes igrejas que a gente sabe que são fiéis, estão fazendo um bom trabalho, seguindo a Deus, mas parece ficarem pequenas e às vezes até fecham as portas por falta de recursos. O que que faz o sucesso?
Quando a gente coloca apenas os fatores humanos, a conta não fecha direito, porque tem um fator que é acima de todas as coisas, aquele que, conforme diz o Salmo 1153, faz tudo como lhe agrada o Deus todo- poderoso. Hoje nós vamos ver uma história muito estranha em Israel. Um homem mal, fazendo coisas boas.
Um homem que é deshonrado e que não ama a Deus, fazendo ótimas coisas pro seu povo. Dessas coisas de deixar a gente coçando a cabeça e pensando, será que 7 x 7 agora mudou? Será que 7 x 7 é 48?
Mas hoje nós veremos, em resumo, que o Senhor na sua soberania é capaz de se utilizar inclusive de gente má para avançar os seus planos redentores. Tá bom? Nesse é o resumo.
O Senhor é capaz de se utilizar até mesmo de gente perversa para avançar os seus planos redentores. Vamos ver isso em duas partes. A primeira verdade que eu quero ver com você com mais cuidado é que é enorme tolice nós nos inspirarmos e seguirmos maus modelos.
Veja de novo o começo da nossa história, versos 23 e 24. No 15º ano de Amasias, filho de Joaz, rei de Judá, começou a reinar em Samaria, Jeroboão, filho de Jeá, rei de Israel, e reinou 41 anos. Fez o que era mal perante o Senhor.
Jamais se apartou de nenhum dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate. Aquele, aquele que fez pecar Israel. No último sermão, acompanhamos com o pastor Tarcísio a história de um rei do sul chamado Amasias, desafiando Jeá do Norte.
Amasias teve lá uma vitóriiazinha militar contra Moab e ficou todo se achando, o reizão, e falou: "Sabe de uma coisa? Eu vou desafiar o do norte agora. Vamos medir as nossas forças.
Guerra civil em Israel, que loucura, que tempos sombrios. " E nós vimos, temos visto ao longo do livro todo como é que a vida anda em relação a más lideranças, boas lideranças, as esperanças que nós colocamos em reis e qual é o rei de fato como Davi, que ainda supera Davi, a quem esperamos. Vimos reis, muitas vezes reis bons em tocar obra, mas não bons em amar ao Senhor.
E agora nos voltamos para o reino do norte de novo. Um reinado que é ruim, perverso e dura bastante. Lembra o livro de Reis?
vai alternando entre norte e sul, conta um pouquinho da história do norte, volta um pouquinho pra história do sul e para isso ele vai e volta no tempo. Às vezes fica um pouco confuso, a gente fala: "É, mas esse rei que a gente não tinha morrido já, é porque agora tá contando o que se passou no norte enquanto ele reinava no sul e assim por diante e assim vamos. Fica um pouco difícil manter organizado na cabeça.
Táí um bom exercício, criançada, tentar fazer uma uma tabelinha dos reis do norte, do sul, quando um morreu, quando o outro nasceu, é tarefa para ocupar crianças muitas tardes, pais. Só deixando a dica aqui para vocês. No norte Israel, Jeovoás morreu e assume seu filho Jeroboão.
I, lá no sul ainda é o Amasias, que depois foi substituído por Osias. Terminou a sessão com a morte e o sucessor é esse homem Jeroboão. E como diz a Bíblia, ele é mau, ele é perverso.
Ele é que nem tinha sido, claro, o primeiro Joroboão, que foi quem mesmo? O texto te dá uma dica no verso 24. aquele, o filho de Nebat, que fez pecar Israel.
Como foi isso mesmo, pastor? Vamos lembrar disso. É muito importante, porque foi no reinado desse Jeroboão, a essa altura, séculos antes, que o reino de Israel começou a desandar para valer.
Jerobão foi o primeiro rei de Israel do reino dividido. Lembra? Debaixo de Salomão era um único reinado.
Depois de Salomão rachou norte e sul. E Jeroboão foi o primeiro rei do norte. E ele justamente porque não contava com Jerusalém, o templo, os sacerdotes, a religião oficial, por assim dizer, e ele sabia que isso era muito importante para manter um reinado coeso, ele resolveu inventar uma religião alternativa, que nós chamamos aqui nos sermões de de religião de Jeroboão.
Ele criou em outras cidades falsos santuários concorrentes ao templo que Deus tinha instituído lá em Jerusalém via Salomão. Ele estabeleceu uma linhagem de sacerdotes que não era autorizada. Ele parecia ter a fé verdadeira, mas era um simulacro, era uma imitação, era uma falsificação.
Sacerdotes espúrios, santuários não autorizados e tudo isso. Se tem um cara, se tem um homem que é o próprio protótipo de um rei mal, é o tal de Jeroboão. Isso é alguém admirável para ser homenageado.
Imagina você escolher homenagear esse cara quando você é o rei, tem um filho que vai te suceder. É um mau sinal, não é? Uma nação, em geral, quando vai escolher seu rumo, o faz pensando no passado.
Escolher um governante passa por olhar para trás e ver o que nós queremos pro futuro. Queremos mais daquilo ou mais daquilo outro? Alguém como aquele?
Alguém mais desse jeito. Alguns vivem no saudosismo, não é? Ah, que a gente precisa mesmo é de um novo Getúlio Vargas.
Outros dizem: "Não, não, a gente precisa de um novo Jcelino com sua visão empreendedora e tudo mais". E outro rebate: "Que isso? A gente tem que voltar para Dom Pedro.
Aqueles eram os tempos bons e assim vamos. " A gente faz isso até com o treinador da seleção, não é? O Brasil vai mal e vai mal e vai mal e a gente vai alternando.
Não, temos que voltar alguém que ensine o futebol arte, que é a nossa marca registrada, voltar a alguém como Telê Santana, aí não anda bem. Aí a gente fala: "Não, não, não precisava era de um disciplinador no estilo Felipão, no estilo esses caras assim. Aí muda para um desse, aí não dá certo de novo e a gente vai assim jogando e aí vai essa bagunça.
" Claro, em Israel não tem eleição, é uma dinastia por nascimentos, a não ser, claro, de vez em quando que tem uma rebelião, tal, um motim, alguma coisa, e matam o rei e assumem o trono. Aconteceu algumas vezes. E a história nos conta, então, sobre um novo rei, Jeroboão I.
E o nome dele indica bem o que o seu pai tinha em mente. Você lembra quem era o pai dele? Jeá.
Lembra da história dele? Tem várias histórias, mas uma que eu contei para vocês foi aquela da ocasião da morte de Eliseu. Aquela história das flechas que Eliseu fala para ele dar as flechadas e as flechadas mostrariam se ele crê mesmo na palavra do Senhor ou se ele tá.
E Eliseu ficou totalmente triste, decepcionado ao ver que Jeoás, embora reconhecesse algum valor na palavra de Deus, não acreditava assim. E quando vem a hora de dar o nome do filho dele, ele mostra realmente o que ele pensa. Meu filho vai se chamar Jeroboão.
Talvez fosse um saudosismo acima de tudo. Às vezes a gente tem umas umas visões meio bestas, meio ilusórias de como eram os bons velhos tempos. Talvez na cabeça de Jeá.
Ah, bom. Era a época de Jeroboão lá, aquele rei. Como as coisas eram boas naquele tempo.
Talvez fosse uma homenagem, um anseio de voltarmos àqueles tempos. Israel não anda bem. Derrotas militares a torto e a direito.
Aqui a colá um avanço, mas quem sabe meu filho Jeroboão, restaure Israel aos seus tempos de glória. Cuidado com quem te inspira. Quem escolhe o nome escolhe quem está homenageando, certo?
Ainda mais em situações de realeza e tal. Pense, por exemplo, quando uma família real escolhe nomear seus filhos, ela está pensando em quem veio antes. Os ingleses, por exemplo, ao escolherem que um principezinho vai se chamar ou George ou Henry ou Elizabeth, são nomes bonitos e sonoros, mas estão pensando em mais do que os nomes.
Estão pensando na linhagem, na história, no que veio antes, quando o último Papa escolheu ser chamado Francisco I. Ele estava com isso dando um recado pro mundo todo, de que linha ele esperava seguir ao escolher o nome de Francisco, suas intenções, suas direções. Quando a gente dá o nome às vezes pras crianças, às vezes a gente só gosta do nome mesmo, mas às vezes a gente homenageia também, não homenageia.
Poxa, meu nome é literalmente Emílio Neto. Tem tem outras que vieram antes aí. Mas vocês sabiam que Tércio, meu irmão, também é uma homenagem?
Pergunta por aí, depois você vai descobrir a quem. Agora imagina colocar o nome de um filho de Jerob. No mínimo é entender que o primeiro foi um homem bom e que fez coisas boas, um modelo a ser seguido.
E a gente olha isso, a gente tá lendo reis e a gente fala: "Como pode ser tão iludido acerca de alguém? Como pode achar que Jeroboão é um bom exemplo? Deveria ser um nome pra gente jogar no esquecimento da história, fingir que não aconteceu.
Não, não sei do que você tá falando, não. Gerobão, quem mesmo? Não, não.
Vou homenagear esse homem botando o nome do meu filho, o próximo rei, o nome dele. Como é possível admirar Jeroboão? Bem, basta você passar um tempinho nas redes sociais e você vai ver que sim, é possível pessoas admirarem homens péssimos.
Cuidado com quem te inspira. Aliás, tantas vezes tomamos nossas inspirações, nossos modelos a partir de pessoas que nunca deveriam estar sendo imitadas. A gente gosta de uma coisinha, um aspecto deles que talvez a gente se identifique com essa coisa e a gente vai atrás disso e e é tão tolo.
Porque veja, do ponto de vista político, OK, Gerobão primeiro foi grande, mas do ponto de vista daquilo que de fato importa para o Senhor, Gerobom primeiro foi horrível. O que você admira nas pessoas e o que te inspira? O texto nos diz que esse reinado foi longo, não fez, não foi?
Ele fez o que era mal perante o Senhor. Jamais se apartou de nenhum dos pecados de Jeroboão e reinou 41 anos. Ah, então ele fez mal que nem que nem o primeiro.
É, quem diria, né? Que coisa. Imagina isso, gente.
Ficar debaixo de um reinado perverso por quatro décadas, 41 anos, décadas debaixo de um reinado que aponta para longe do Senhor, que não se importa com os mandamentos do Senhor, com a lei do Senhor, com arrependimento, com fé, com culto verdadeiro, com nada disso. Pense todos vocês, muitos aqui abaixo de 40 anos, imagina a vida inteirinha de vocês do nascimento até hoje ter sido debaixo do governo de um homem perverso, de um mesmo rei que insiste em fazer mal que nem o outro rei séculos antes que levava o nome dele. Que tristeza, né?
Chega a tua vez de viver e calha de ser debaixo de um rei porcaria. Não podia ter, puxa vida, logo eu só tenho uma vida, vou gastar inteirinha debaixo de um rei porcaria, um rei que guia o povo para longe de Deus, um rei que não ama o Senhor. É fácil nós olharmos as circunstâncias e esquecermos que que há um Deus sobre todas as coisas.
Porque veja a mão do Senhor. Não nos esqueçamos de que mesmo debaixo de governos péssimos, o Senhor Deus segue agindo e o Senhor segue falando. Aliás, a história humana, uma grande grande parte do nosso povo, da nossa história, foi vivida debaixo de homens perversos, não foi?
Pense nos cristãos no início da da igreja, na império romano. Pensant os cristãos hoje são cristãos verdadeiros, mas vivem debaixo de governos de pessoas ímpias que odeiam ao Senhor, muitas vezes de estados oficialmente ateus ou de estados islâmicos, nações que abertamente perseguem, oprimem, querem destruir o nome de Cristo. Essa é a realidade de muitos de nós na história, mas para todos esses era nesse tempo e é sempre.
Continua havendo algo a nosso favor, continua vendo a palavra do Senhor. Lembre-se de que nesse tempo desses reis maus, o Senhor tinha seus profetas falando. Eliseu já morreu a essa altura, mas Eliseu não era o único profeta.
Você viu aqui uma rápida referência a quem? No verso 25, um outro profeta que você já conhece, não conhece? Quem é?
Acharam aí, crianças? O profeta Jonas. Opa!
Era nessa época que Jonas estava profetizando. O texto aqui não faz referência a isso, mas nós sabemos pela comparação com de outros textos que não só Jonas, mas Amós, Oséias, Miqueias, todos eram profetas no norte de Israel nessa época, trazendo a palavra fiel do Senhor, apesar do rei mal. Muitas e muitas vezes o povo do Senhor vai andar a si mesmo.
Péssimos governantes, mas a palavra do Senhor segue viva, ativa, mudando, proclamando, condenando, transformando as pessoas. Pense, por exemplo, em Amós. Vou ler um trechinho da profecia de Amós que se dá nesse contexto aqui, capítulo 2, verso 6.
6. Amós traz a seguinte palavra: "Assim diz o Senhor: "Por três transgressões de Israel e por quatro, não sustarei o castigo". E aí, olha o estado da nação.
Os juízes vendem o justo por dinheiro e condenam o necessitado por causa de um par de sandálias. Suspiram pelo pó da terra sobre a cabeça dos pobres, pervertem o caminho dos mansos. Um homem e seu pai coabitam com a mesma jovem e assim profanam o meu santo nome, se deitam ao pé de qualquer altar sobre roupas empenhadas e na casa do seu Deus bebem o vinho dos que foram multados.
Então, quando você lê Amós, quando você lê Miqueias, Oséias e todo aquele trecho pesado de Oséias falando da infidelidade do povo do Senhor, lembre-se, é nessa época aqui, esse rei aqui. Então, sim, tem um rei mal fazendo suas maldades, mas o Senhor não está calado. A palavra do Senhor segue viva, segue ativa, segue transformando, segue chamando ao arrependimento.
Nunca se esqueça disso, cristão. Talvez nós venhamos a viver tempos horríveis, debaixo de governos horríveis, como muitos dos nossos irmãos na história e no presente. Mas olhe o favor do Senhor para conosco.
Assim, procure pela palavra do Senhor. Muito pior do que ter um rei ruim é ter fome da palavra de Deus. É procurar a palavra de Deus e ela não ser encontrada.
E isso ainda estava em favor de Israel. Israel continuava tendo vozes clamando no deserto, chamando as pessoas ao arrependimento, chamando-os a voltar ao bom caminho. Isso é misericórdia do Deus bom.
Isso é um sinal maravilhoso de graça. Israel estava em péssimo estado. Um rei que, assim como aquele que inspirou o seu nome, não ligava nadinha para para a palavra do Senhor.
Como é viver assim? Tendo a palavra de Deus, a gente precisa se lembrar, estamos relativamente bem. E veja como as coisas andam.
O texto então dá uma rasteira na gente. Segundo ponto, a misericórdia do Senhor é capaz de se valer de homens maus, governantes perversos, para cuidar do seu povo. Sério?
É. Olha comigo, verso 25. Reestabeleceu ele os limites de Israel, desde a entrada de Ramat até o mar da planície.
Segundo a palavra do Senhor, Deus de Israel, a qual falara por intermédio do seu servo Jonas, filho de Amitai, o profeta, o qual era de Gate, refera. Por quê? Porque viu o Senhor que a aflição de Israel era muito amarga.
Não havia nem escravo, nem livre, nem quem socorresse a Israel. Ainda não falaram o Senhor em apagar o nome de Israel de debaixo do céu, porém os livrou por intermédio de Jerobão, filho de Jeá. E aí ele fala mais sobre os atos de Jeroboão e sua morte.
O texto dá uma rasteira na gente. A gente lê sobre um homem tão mal, uma homenagem ao próprio rei ruim que fez pecar Israel. Imagina se a Alemanha elegesse um presidente agora chamado Adolf II.
Você ia ficar de cabelo em pé, não ia? Você pera aí, pera aí, pera aí. O quê?
O nome dele ou a Rússia escolhesse um Stalin do Seia falar assim: "Ã, que tá acontecendo ali? Esperaríamos algo de bom? Claro que não.
Ficaríamos de cabelo em pé. Claro, conforme imaginávamos, Jeroboão 2 é mau. Porém, quem diria?
Coisas boas acontecem no seu reinado. Ele restaura os territórios perdidos de Israel. Ele faz coisas muito boas pração.
Embora seja um homem mau, que também faz coisas más pra nação, mas algumas coisas muito boas ele faz. E a vida é confusa assim, não é? Como é?
sempre mesmo homens maus no poder, muitas vezes fazem obras que beneficiam muita gente, beneficiam público, às vezes conseguem reais avanços pra sociedade na educação, na saúde, na diplomacia, na infraestrutura de uma nação. Estranho, não é? Seria mais fácil ser assim: "Todo mundo que é mal só fizesse coisa ruim e todo mundo que é bom só fizesse coisa boa.
" Seria mais fácil pra gente lidar com as coisas, não seria? Mas não é assim que a vida funciona. É.
Muitas vezes pastores ímpios são capazes de levar coisas boas paraas suas igrejas. Muitas vezes pais que não valem nada provém paraos seus filhos alimento, cuidado e proteção, mesmo tendo corações perversos. A vida é confusa assim.
Veja, Israel vinha, conforme a gente vem lendo nos nos capítulos anteriores, vinha perdendo territórios. Isso era parte da punição de Deus para eles, por sua infidelidade. Cortava um pedaço ali, perdi uma cidade a colar, um trecho grande ali e gerou bom.
Segundo, claramente alguém bom nessas coisas de estratégia militar conseguiu recuperar tanto para Israel como para Judá. O homem mal foi usado por Deus para restaurar o território da nação. E mais confuso ainda, diz o texto, segundo a palavra do Senhor, por intermédio de Jonas.
Sim, aquele Jonas. Sim, crianças, o que foi engolido, ele mesmo. A gente não sabe de tudo que eles fizeram, né?
Esses profetas certamente fizeram mais coisas do que nós temos registrados nas escrituras. Aqui a gente não aparece essa história exatamente lá no livro dele, mas aparece que ele fez isso. Deus usou Jonas para falar que Israel seria restaurado a sua território e que seria por meio de Jeroboão.
E Deus fez. Curiosamente, nós estávamos então na época de Jonas, que não queria a graça de Deus para os ninivitas, mas Deus é gracioso para com quem deseja o seu evangelho e segue soando pelo mundo. Deus foi gracioso para com os ninivitas e foi gracioso para com Israel também.
Israel não merecia nada mais do que Nínive merecia. Sempre a graça do Senhor. Israel teve um tempo bom, apesar do rei mal.
De novo, a gente tende a avaliar se o resultado foi bom por coisas como o coração do rei, mas é mais confuso assim. É um mau aluno, é um aluno perverso, é um cara que apronta, é um cara que mente, é um cara que faz um monte de coisa errada na escola, crianças, mas as notas deles são excelentes e todo mundo olha e fala: "Ai, deve ser ótimo aluno, né? " Aí você fala assim: "Hum, você não vê como ele é lá na sala, mente pra professora, faz maldade com os colegas, inventa coisa, desrespeita a mãe, faz todo tipo de maldade, mas tira a nota boa, cara.
Que que a gente faz com isso? Queridos? A palavra do Senhor é final sempre.
Ele é quem faz tudo conforme o seu bom propósito. E se ele deseja usar o reinado de um homem mau para melhorar a vida da nação, ele é livre para fazer isso. Nós é que somos de pensamento pequeno e achamos que só debaixo de homens de do governo de homens de coração correto é que Deus vai ser capaz de cuidar de nós.
Veja a história de Jeroboão. Aliás, pense na própria expansão do Evangelho nas primeiras décadas, quando o Israel do Novo Testamento, a igreja expandiu seu território, por assim dizer. Ou seja, quando o evangelho, a verdade foi avançando pelas nações.
Não foi em grande parte nos valendo da Pax Romana, do sistema de estradas que o paganíssimo império romano construiu? Deus usou a obra de homens maus e perversos como imperadores romanos para criar as estruturas pelas quais a igreja espalhou suas fronteiras. O verdadeiro e novo Israel cresceu.
Segue sendo assim. Homens que não amam a Deus criam meios de comunicação, meios de transporte, ferramentas disso ou daquilo. E a gente usa pra glória de Deus para expandir o seu reino.
A gente segue fazendo isso. Quem criou a internet não estava pensando em expandir o reino por meio da internet. Estava, não.
Tinha seus usos diversos, acadêmicos, militares, etc. A gente pega e a gente faz isso para expandir as fronteiras do reino, fazer chegar boa teologia, o evangelho, tantas coisas, a gente que não teria acesso a isso de outras formas. Mesma coisa com tantos e tantos e tantos outros avanços ao longo da história.
É o Senhor na sua graça se valendo do inesperado. Por que que ele fez isso? O texto nos explica porque viu o Senhor que a aflição de Israel era muit amarga.
Porque Deus teve piedade do seu povo. É simples assim. Deus olhou pro seu povo e quis fazer o bem.
Aliás, esse é um bom ponto para falarmos um pouco sobre uma doutrina muito querida de nós reformados, que é justamente a graça comum, que a linda noção de que Deus usa pessoas ímpias para produzir coisas boas para o mundo. Muitos dos avanços tecnológicos, culturais, artísticos, científicos foram trazidos pra humanidade por meio de pessoas que não amam a Deus. Isso faz deles boas pessoas?
Não, só mostra que o Senhor é livre para usar os instrumentos que ele desejar. Vamos ler de novo Gênesis 4, trecho que lemos no culto. Queria que você visse isso de uma forma bem bem marcante aqui em Gênesis.
Gênesis 4, quando fala da linhagem de Caim, lembra de Caim? Ele era do maligno, como a Bíblia o descreve. E Caim começa a trazer de si uma linhagem de homens perversos que odeiam ao Senhor.
Chega um ponto que surge um tal de Lameque, um dos piores homens que jantou sobre a face da terra. Um homem que conforme as suas próprias palavras faria a vingança de Caim parecer pequena. Se Caim era sete vezes, a dele era 70 x 7.
Lamec tem uma ideia que a ideia de tomar para si duas esposas, contrariando diretamente a ordem criacional do Senhor. Mas ele quis fazer e ele não liga pro nome do Senhor. Ele pegou para si duas mulheres.
Tá aí no verso 19. Lameque tomou para si duas esposas. O nome de uma era Ada e da outra Zilá.
Só que aí algo estranho acontece. Ada, uma das mulheres, deu a luz a Jabal. E este foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado.
Ou seja, desse filho de Lameque chamado Jabal, também um homem que não ama a Deus, surge um desenvolvimento cultural importantíssimo, que é a habitação em tendas e também a todo o todo o trabalho da direção da pecuária, coisas sem as quais hoje a nossa civilização não existiria. Desenvolvida por um filho de Lamec, fica pior. O nome do seu irmão era Jubal e esse foi o pai de todos os que tocam arpa e flauta.
Ou seja, um desenvolvimento importantíssimo na história da humanidade. Os instrumentos de sopro, os instrumentos de corda, foram dados por meio de um filho de Lamec, tataraneto de Caim. Foi o primeiro que um dia pegou talvez um pedacinho de bambu, ficou soprando.
Ou uma Coca-Cola vazia, talvez a garrafinha de vidro, né? Pegou, sabe quando você fica soprando assim? percebeu que se você tapasse aqui mudava o barulho e tal, o outro pegou alguma coisa esticadinha e ficou tocando.
Seja como for isso surgiu, homens ímpios desenvolveram algo que é extremamente caro pros nossos corações, precioso pra gente. Para aí não, não para aí porque tem a outra esposa. Zilá, por sua vez, deu a luz a Tubal Caim, artífice de todo instrumento cortante de bronze de ferro.
Ou seja, pela outra filha filho, vem todo desenvolvimento metalúrgico sem o qual não existe a nossa sociedade. O trabalhar nesses metais, o bronze, o ferro, fazer instrumentos cortantes, seja para guerra, seja para o que for. Ou seja, quando você tá fazendo um churrasquinho, ouvindo uma música gostosa lá, cortando a carninha, agradeça a Caim, certo?
Claro que não. Agradeça ao Senhor que é capaz de usar homens maus para trazer coisas boas, porque ele é soberano sobretudo e é capaz de de gente ruim fazer reais avanços para a sociedade, inclusive para nós, povo do Senhor. Nós nos valemos de todas essas coisas, não das habitações, entenda, dos instrumentos de metal e de bronze e, claro, dos instrumentos musicais paraa glória do Senhor.
Quando a gente vê avanços acontecendo, nós podemos louvar ao Senhor pelas contribuições culturais, reconhecendo os dons e talentos artísticos, tecnológicos, científicos dados pelo Senhor. E com isso nós não estamos falando nada sobre o estado do coração ou da salvação de quem trouxe essas coisas. Porque homens maus que odeiam ao Senhor pela graça comum, como nós chamamos de Deus, muitas vezes são instrumentos para fazer coisas boas nesse mundo.
Você sabe disso. Às vezes a gente rejeita algumas coisas porque foram criações ou ideias de gente perversa, mas a gente usa coisas assim o tempo todo. Quando você vai voar num Airbus A320 da Latã para ver vovó, qualquer coisa assim, você não faz uma pesquisa antes para saber se os projetistas do da Airbus eram cristãos ou não.
Faz quando você vai tomar sua amoxilina para resolver essa faringite que não te deixa comer, você vai tentar descobrir se os pesquisadores que levaram a descoberta desse antibiótico eram cristãos. Não vai. Por quê?
Porque você sabe que os dons artísticos, que os dons e talentos do Senhor estão sobre a humanidade toda. A humanidade não reconhece isso, não reconhece que veio dele paraa sua própria condenação. Mas é Deus fazendo coisas boas pra humanidade e pra sua igreja por meio de mãos inesperadas.
Ao mesmo tempo, a gente tem que reconhecer. Se você olhasse apenas os resultados do reinado de Jeroboão, talvez você concluísse: "Puxa, deve ter sido um ótimo rei, um dos melhores. " Mas a gente não pode julgar pelo resultado.
Pode. Julguemos pela régua da lei. Apesar de fazer ótimas coisas, ele foi um vilão.
O verso 26 diz claramente: "Foi Deus que fez isso por sua bondade, não porque ele era um homem bom e não porque o povo merecia. Foi só Deus olhando para seu povo e vendo: "Não tem ninguém que faça nada por eles. Servos livres, ninguém, ninguém, ninguém pode ajudar nessa terrível situação.
" Como Deaves bem coloca, o sucesso de Jeroboão não era o indício do favor de Yahé de maneira alguma, apenas da sua misericórdia. Não é porque Deus se agradou de Jeroboão, é porque Deus é misericordioso mesmo. Por vezes acontece com todos os tipos de liderança, lideranças nacionais, civis, lideranças eclesiásticas, lideranças familiares.
Deus usa, é capaz de usar na sua soberania homens que não deveriam estar na liderança porque os seus corações são ímpios, seja na família, na igreja, na nação. Mas Deus usa porque ele tem misericórdia da família, da igreja e da nação. Isso não é para desculpar a pessoa.
Apenas há evidência clara de que há um Deus soberano que nos ama apesar de nós mesmos. Deus vem em resgate do seu povo e para isso se vale até das ações de homens maus. Aliás, essa é a própria história da cruz, não é?
Um governador, ah, era um ótimo governador, Pôcio Pilatos, né? Talvez fosse tenha construído ponte, sei lá. Fez uma obra lá para drenar água numa região de Jerusalém que sempre enchia quando chovia na dois da de Jerusalém lá ou qualquer coisa assim.
sei lá o que que ele fez, mas que se acovardou e não fez o que ele sabia que devia fazer no julgamento de Jesus Cristo. Lavou as mãos e ficou na dele. Um rei, o rei dos judeus, um fantoche que ativamente tramava o mal e que não valia nada.
sacerdotes, os líderes dos sacerdotes malignos, homens maus, que não reconheceram o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Os doutores da lei, cegos, que não enxergavam aquele que veio para cumprir a lei. A liderança de Israel e de Roma era uma tragédia.
Tudo isso debaixo de um imperador romano pagão, que com alegria servia falsos deuses. E o Senhor se valeu de tudo isso para fazer algo muito superior a meramente alargar fronteiras territoriais. Não.
O Senhor se valeu dessa estrutura horrível de poder pra grande vitória do evangelho. Por que que Deus fez isso por nós? Porque viu o Senhor que a nossa aflição era muit amarga e não havia nem escravo e nem livre quem nos socorresse.
E aprouve a Deus que debaixo do reinado de gente ímpia, o maior bem que já foi feito acontecesse. E ele enviou seu filho para fazer o que nenhum de nós, rei ou plebeu, escravo ou livre, seria bom o suficiente para fazer. Viver a vida perfeita, morrer uma morte vicária, vencer a morte ao terceiro dia.
Só ele mesmo, só o Senhor. Sempre o Senhor merece nossa adoração, não merece? Oremos.
Então, louvado seja, Senhor, por tua soberania gloriosa que se mostra em em situações como essa, que se mostra de maneira tremenda o Deus que vence os homens, o Deus que vence os governantes, o Deus que sobrepuja as nações e que faz conforme ele apraz. Nós te louvamos, Senhor, porque podemos ter essa tranquilidade de saber que mesmo debaixo de de condições ruins, de família, de nação, de igreja, temos tua palavra e teu favor, isso supera qualquer condição. Louvado seja o teu nome em Cristo.
Amém. Vamos ficar de pé e cantar e convido nossos oficiais à frente.