MEMÓRIAS DO SUBSOLO, DE FIÓDOR DOSTOIÉVSKI (#376)

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Ler Antes de Morrer
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Olá gente estamos de volta hoje para falar de dostoiévis que mais uma vez grande escritor russo aqui no canal e dessa vez com um livrinho pequeno por impotente chamado memórias do subsolo Nossa leitura coletiva do mês de abril e eu sei que eu tô devendo para vocês a Live de discussão final que tinha que ter acontecido na terça mas eu tive alguns problemas domésticos que a minha cozinha alagou a máquina de lavar quebrou Então vou marcar uma nova data agora neste domingo domingo agora é dia 7 de Maio às 20 horas então a gente vai
discutir memórias do subsolo com mais Liberdade Podendo dar vários spoilers e a gente vai analisar os pormenores desta pequena historinha Mas não é isso que eu vou fazendo vídeo de hoje no vídeo de hoje vocês sabem eu gosto de fazer sempre um vídeo sem spoilers para convidar as pessoas a lerem o livro para despertar a curiosidade de vocês e sem falsa modéstia Eu acho que eu desenvolvi uma boa habilidade de curiosidade nas pessoas pelo menos é isso que vocês têm me falado nos últimos anos eu quero começar introduquinho esse livro mais que Mas ele também
não é simples alguns consideram esses livrinhos curtos as melhores portas de entrada né Eu concordo é muito melhor começar pelas novelas né os livros curtos do que pelos grandes romances dos quais todo mundo ouvir falar como irmãos caramazzo ou crime castigo e tudo mais mas isso não significa que ele não tenha né os seus desafios e eu quero começar de um jeito diferente Quero trazer uma tirinha do Calvin Esse é um livrinho que eu tenho ele tá velho mas é porque ele já foi muito lindo muito lindo mesmo eu sei praticamente todas essas historinhas de
cor são muito fã do calvinha do Haroldo viu waterson eu acho esse cara um gênio maravilhoso e bom essa tirinha que tá aparecendo inteira mas eu vou ler cada quadrinho vamos lá chega o Calvin para o seu melhor amigo o tigre Haroldo e diz assim esse livrinho de ligar pontos tá me deixando maluco olha só isso aí o Haroldo responde é um pato Pois é e quem lá quer desenhar um pato eu não quero eles me obrigaram fui manipulado o meu talento artístico foi usado contra a minha vontade para dar forma a ideia que alguma
entidade corporativa impessoal tem de uma aveia aquática é um absurdo mais um duro golpe contra a integridade artística diz o Haroldo com uma certa ironia e o Calvin remata dizendo de agora em diante vou ligar os pontos do jeito que eu quiser por que que essa tirinha sensacional a graça dessa tirinha tá no conceito que o Calvin faz de liberdade por que que alguém compra um livro de ligar pontinhos Se você não se lembra o que quer esse negócio são passatempo que as crianças antigamente brincavam né então passa tempo de ligar pontinhos assim em ordem
numérica e revelar um desenho Calvin não consegue descobrir qual graça existe em fazer alguma coisa que outra pessoa mandou ele fazer mesmo que seja as instruções de um livro não consegue descobrir qual é o divertido de fazer exatamente aquilo que estão mandando ele fazer por mais que essa seja a proposta da brincadeira Calvin não gosta de seguir regras Calvin ficaria mais feliz de fazer um desenho que não fizesse o menor sentido porque assim ele agiu de acordo com a própria vontade com a própria liberdade é uma historinha simples e claro Sem muitas pretensões mas traz
nas Entrelinhas uma filosofia sofisticada ele tá se perguntando assim até que ponto nós estamos dispostos a abrir mão da nossa própria liberdade para conseguir alguma coisa boa alguma vantagem quando a gente tá fazendo uma atividade de ligar pontinhos o objetivo é descobrir a figurinha no final Essa é a vantagem é para isso que as pessoas fazem a brincadeira para descobrir qual é o desenho no final mas Calvin é da opinião de que muito mais vantajoso do que descobrir qual é o desenho escondido por trás dos pontinhos é manter a nossa liberdade de desenhar e de
fazer o que a gente quiser mesmo que seja um desenho sem sentido nenhum mesmo que seja para Contrariar as regras da brincadeira mesmo que seja para ser do contra mesmo que seja para ser desagradável mesmo que seja para ser uma criança chata e enlouquecedora como Calvin é em 100% sua trajetória como personagem de quadrinhos a Calvin é uma criatura de espírito livre mesmo que isso lhe traga consequências negativas como mal relacionamento com os outros colegas na escola e broncas constantes do seu pai e da sua mãe e o mesmo tipo de raciocínio pode ser aplicado
badíssimo e infelicíssimo narrador de memórias do subsolo novela escrita e publicada por Doutor eves que no ano de 1864 lá em Moscou na Rússia esse era um período da vida do dostoiéps que quando ele já tava mais ou menos na casa dos 40 anos uns 43 mais ou menos que ele já tinha vivido o suficiente por várias vidas o drives que já tinha se formado em Engenheiro já tinha tido carreira militar já tinha abandonado essa carreira começado uma carreira de escritor publicando diferentes livros já tinha tido participação em grupos políticos clandestinos subversivos já tinha sido
pego e condenado pela justiça condenada Inclusive a morte já tinha passado pela horrível sensação de estar no corredor da morte de estar literalmente na fila da por fuzilamento e ele já tinha visto a sua pena ser transmutada a ser substituída assim no último segundo Essa era uma prática do império Russo né no último segundo substituir a pena de morte por pena de trabalhos forçados ele viu tudo isso acontecer foi mandado para cumprir quatro anos de trabalhos forçados na Sibéria depois dos quatro anos cumprindo trabalhos forçados ali naquele naquela lonjura naquele frio vocês viram stranger things
né ele ainda teve que cumprir mais cinco anos de serviço militar como soldado Raso E aí finalmente ele está liberado e você pensa que ele acalmou Claro que ele não acalmou ele resolveu viajar pela Europa viver uma vida assim extremamente desregrada abandonou a esposa né deixou uma mulher longe e foi viajar para Alemanha para França foi viver uma vida louca arrumou uma amantes aí ele ficou viciado no jogo e ele perdeu muito dinheiro colunas por causa do vício dele nos jogos de azar e finalmente quando ele tinha uns 40 anos apenas depois de ter passado
por tudo isso dos talheres que está de volta à Rússia e aos seus problemas muito reais familiares a família tava toda passando necessidade irmão doente esposa doente sobrinhos para ajudar a criar muitos parentes que dependiam Dostoiévski Esse era o estado de coisas quando ele resolveu retomar sua atividade como escritor e dizem que memórias do subsolo é o primeiro um dos primeiros trabalhos da nova fase de dostoiévs que como escritor depois de tudo isso que ele passou a atividade dele como escritor se dividir entre antes e depois da prisão essa daqui é a primeira grande obra
depois da prisão ele está desesperado para ganhar dinheiro a partir daí tudo que ele vai escrever Ele tá sempre desesperado para ganhar dinheiro ele resolve publicar a novela em duas partes e por isso o livro tem uma estrutura interessante ele dividido em exatamente duas partes que são muito diferentes uma da outra a primeira parte se chama do solo e ela se encarrega de fazer uma espécie de exposição da filosofia de vida do narrador o narrador escreve ele não tem nome né a gente nunca descobre muitos detalhes da vida dele mas ele é um homem de
40 anos e ele escreve em primeira pessoa nessa primeira parte uma espécie de defesa muito apaixonada da sua própria visão de mundo das suas filosofias E o que mais chama atenção nessa parte é a retórica apaixonada virulenta desafiadora é como se o narrador imaginasse que ele tivesse falando por uma plateia de interlocutores que desconfiassem dele que o detestassem que o considerassem uma pessoa queirosa um rato é contra essa plateia imaginária que ele vai expor a sua visão das coisas e sua visão de mundo é uma parte muito pouco narrativa muito mais expositiva e que eu
li grifando e fazendo comentários porque quando você de fato entende os argumentos desse narrador você acaba entrando no diálogo com ele acaba escrevendo nas margens dizendo que você concorda o que você não concorda Essa é apenas a introdução ela dura um pouquinho menos que a metade né da espessura do livro E aí você tem a segunda parte na vida real isso foi publicado lá em 1864 em uma revista literária então primeiro no mês saiu a primeira parte né E no mês seguinte no número seguinte da revista saiu a segunda parte que se chama propósito da
neve molhada e que vai ser mesmo uma parte dedicada à memórias do narrador e ele vai contar não a sua vida inteira desde que nasceu até os 40 e poucos anos mas ele vai se concentrar em três episódios que ele acha muito importantes da sua vida três Episódios que aconteceram quando ele tinha mais ou menos uns 25 anos e que estão mais ou menos interligados uma coisa leva a outra uma coisa leva outra E aí que ele vai no Tom também apaixonado também emocional também patético e melodramático ele vai fazer uma espécie de confissão dos
seus erros e dos seus pecados é um livro portanto que tem esse tom um pouco confessional mas ele não é um tom de quem pede desculpas Este é um narrador que tem muita convicção das próprias ideias que tem muita certezas e que já refletiu muito a respeito delas e que sabe que se manter firme as suas próprias ideias e lhe custa um papel de excluído da sociedade um papel de alguém que vive no subsolo das coisas e quais são essas ideias especificamente que filosofia são essas que custam tão caro para o escritor que custa uma
ele uma vida tão infeliz então a margem da sociedade se sentindo tão desprezado por todo o mundo se sentindo um rato no meio de leões poderosos eu vou ter que entrar um pouquinho em filosofia Talvez eu seja até genérica demais mas é que eu quero que todo mundo entenda mais ou menos né a ideia geral em 1864 a Rússia estava passando por um processo de modernização muito rápida a Rússia Era um país considerado atrasado medieval Agrário considerando assim quase um terceiro mundo dentro do contexto da Europa enquanto países da Europa Ocidental como a Inglaterra a
França eles estavam se industrializando estavam investindo em ciência e fazendo grandes descobertas a Rússia permanecia mais ou menos como tinha sido ao longo dos últimos séculos um grande império Claro com enormes extensões de terra como é até hoje mas com a economia totalmente baseada na terra na agricultura e cujo o trabalho cuja base do trabalho não era o trabalho livre mas o trabalho serviu que é uma modalidade de escravidão considerado muito atrasado e por causa disso a Rússia Sofia pressões para se modernizar rapidamente para abolir o trabalho serviu para se industrializar para se urbanizar para
adotar um modelo político e social mais adequado ao capitalismo burguês ao capitalismo industrial do século XIX Essas eram as pressões que vinham que estavam entrando na Rússia com muita força e que estavam dando certo na medida que o sarce viu Obrigado a abolir mesmo o sistema de Servidão isso ele tinha feito uns três anos antes da publicação desse livro e ao mesmo tempo que a Rússia estava sendo pressionada por pensadores escritores intelectuais filósofos adotar o modelo capitalista burguês de Inglaterra França e Alemanha também já estava começando a ter uma certa pressão para adotar um outro
sistema um sistema novo que tava começando a ser gestado naquele momento certas ideias socialistas era época em que o Marcos estava escrevendo lá na Alemanha era a época que começava a falar em socialismo e tudo mais então também tava tendo uma certa pressão ali na Rússia uma certa ideia de que a gente não deve passar pelo pelo capitalismo a gente deve pular direto para o socialismo E ao mesmo tempo ainda existia uma estruturas do passado ancestral Russo aquelas estruturas meio medievais ainda baseados no trabalho serviu ainda baseados na tradição na religião era como se a
Rússia fosse Três Mundos que convivessem e se digo adiar sem hora se aliassem hora se contrapusessem com muita violência Esse era o contexto em que o doutor eves que escreveu nessa Rússia de 1864 e qual era a posição dele como escritor que eram homem depois tudo que ele passou na vida né vai saber quais foram todos os caminhos os biógrafos é que vão explicar melhor mas depois de tudo que ele passou na vida dostohevis que acabou nessa fase da maturidade se consolidando como um homem é mais ligado às tradições um homem de sincera devoção religiosa
a Igreja Ortodoxa russa então mais do que um cristão ele era um cristão nacionalista Russo ele passou a ser uma pessoa que começou a ver com desconfiança todas essas Invasões de ideias estrangeiras a sua terra natal e que não aceitava assim de antemão que assim tudo que é vem de fora tudo que é em inglês alemão ou francês é melhor do que a gente ele não tinha esse complexo de vira-lata que muitos dos seus contemporâneos tinha quando ele escreveu Memórias do subsolo Portanto ele estava tentando reagir a essa razão de ideias estrangeiras então assim ele
não cita nominalmente quem são esses pensadores Mas pelo teor do que ele fala principalmente nessa primeira parte a gente consegue entender que ele tá questionando certas doutrinas e filosofias conhecidas como utilitarismo e positivismo elas são representadas por gente como o John Stuart Milla na Inglaterra um cara chamado bem também lá na Inglaterra que é um grande nome do utilitarismo o Adam Smith o pai do liberalismo econômico e na França um filósofo muito famoso por ter criado essa filosofia chamada positivismo chamado Augusto isso só para citar alguns filósofos todos esses pensadores eles eram considerados muito modernos
muito científicos muito avançados no século XIX porque eles faziam leituras modernas avançadas científicas e Racionais das coisas ao seu redor da sociedade em que eles viviam eles acreditavam que a ciência explicava tudo inclusive todo o comportamento humano eles acreditavam que se a ciência avançasse a ponto de conseguir reduzir a números e estatísticas todas as ações humanas os comportamentos as decisões econômicas seria possível prever tudo que as pessoas fariam bastaria colocar tudo em inúmeros e algoritmos Pois é a ideia dos algoritmos prevendo o comportamento dos seres humanos como se Nós seres humanos Agimos de acordo com
critérios matemáticos esses filósofos achavam que era muito fácil educar a sociedade se você convencesse as pessoas desde o trabalhador mais humilde até aquele mais sofisticado que ele precisava agir de acordo com o seu próprio benefício ninguém em sua consciência vai agir de acordo com o seu próprio malefício seu próprio prejuízo os seres humanos buscam benefícios para si mesmos logo bastava você educar todas as camadas da população sobre quais eram os comportamentos mais benéficos trabalhar muito pagar impostos não roubar não cometer crimes não brigar no bar essas coisas que todos nós seres humanos seres Racionais que
somos adotaremos estes comportamentos não infringiremos as leis de convívio da sociedade e seremos harmônicos e felizes Gerais Essas são as ideias né que circulavam entre as mentes pensantes da Europa Ocidental lá na Inglaterra lá na França lá na Alemanha e que achava absolutamente patética ultrajantes todas estas suposições ele meio que se projeta neste narrador Claro que não é uma história autobiográfica Este narrador não é o dostoiévsk mas o narrador reflete coisas que pensam quando ele diz que é absolutamente estúpido imaginar que seres humanos agem de maneira racional porque nós Agimos de acordo com os nossos
próprios desejos vontades Caprichos e acima de tudo Agimos para proteger a nossa própria liberdade de fazer aquilo que nós queremos determinado momento aqui na primeira parte do livro o narrador personagem diz o seguinte se você afogar um ser humano de cabeça na felicidade no mundo perfeito no Mundo Ideal no mundo todo arrumadinho com todo mundo agindo de maneira previsível como se todos nós fossemos máquinas né que ninguém faz nada que não seja Lógico que não seja beneficiar nós mesmos afoga em um ser humano de cabeça na felicidade de modo que só os burbulhas apareçam na
superfície da velocidade forneçam a ele tamanha satisfação Econômica que já não lhe reste mais nada a fazer se não dormir comer pão de mel e cuidar da continuidade da história Universal ah mundo perfeito né façam isso e então mesmo nesse caso o senhores vão ver lembra que ele tá sempre falando com uma plateia imaginária né uma plateia de inimigos então mesmo nesse caso o senhor eles vão ver como o tal ser humano por pura ingratidão por pura chacota vai fazer as suas porcarias vai pôr em risco até os pães de mel e vai desejar de
propósito o absurdo mais pernicioso a besteira mais anti Econômica só para misturar com toda a sensatez positiva o seu elemento Fantástico e pernicioso ele vai querer conservar justamente os seus sonhos fantásticos a sua tolice mais vulgar só para afirmar a si mesmo como se isso fosse muito necessário que as pessoas ainda são gente e aí que mais para frente na medição na página 63 ele fala de mais uma vez para essa plateia imaginária de inimigos que segundo ele todos eles acreditam nessas teorias positivistas utilitaristas cientificistas do comportamento humano ele diz assim o narrador E por
que o senhor se mostram convencidos de maneira tão firme tão solene de que só o normal e o positivo em suma de que só o bem estar É vantajoso para o ser humano Afinal quem sabe o ser humano não gosta de só do bem-estar Quem sabe ele não gosta do sofrimento na mesma proporção quem sabe o sofrimento é tão vantajoso para ele quanto Bem Estar em outras palavras o narrador aqui tá fazendo uma defesa apaixonada da ideia de que o ser humano é um animal que tem capacidade de raciocinar sim tem capacidade de saber o
que é bom para si mesmo que é mais vantajoso mais lucrativo O que é mais lógico comportamento que de fato vai lhe trazer mais vantagens só que o ser humano é um animal que preza muito mais do que qualquer racionalidade ou lógica a sua própria liberdade para fazer o que lidar na telha mesmo que seja para lhe trazer malefício mesmo que seja só para atender algum tipo de capricho de comichão de vontade que vem não se sabe de onde de preconceito advindo de alguma forma de medo ou de tentativa de dominar um outro ser humano
ou de pura maldade ou de pura imbecilidade ou por misticismo e crença no Sobrenatural os seres humanos são muito mais impelidos a agir de maneira irracional porque eles prezam a sua própria Liberdade Os Religiosos vão chamar isso de livre arbí mas ele não vai colocar Exatamente isso nesses termos embora essa questão do livre arbítrio religioso do cristianismo tá meio que subjacente também nas Entrelinhas aqui mas não é citado assim nominalmente mas mesmo quem não é religioso vai valorizar antes de tudo a sua liberdade de fazer aquilo que quer inclusive de se auto sabotar e isso
desmonta completamente completa e totalmente essas visões essas filosofias cientificistas sempre calcadas na lógica sempre calcadas nas linhas frias das tabelas das estatísticas que segundo o narrador personagem e eu desconfio também do autor Dostoiévski são pura tolice e que na verdade são só disfarces para outras ideologias que são as que estes países da Europa Ocidental realmente tem desejos imperialistas de impor o seu modo de vida e a sua suposta superioridade diante dos outros povos na segunda parte da narrativa aquela que é mais né focada nos acontecimentos que é mais focada na vida na biografia do narrador
a gente vai ver estes três episódios esses três momentos que aconteceram quando ele tinha uns 25 anos de idade que vão ser exemplos vão se demonstrativos de como o comportamento humano é antes de mais nada e racional não é baseado naquilo que é mais lógico mais lucrativo que traz mais benefícios toda vez os seres humanos ele inclusive vai tomar decisões que são muito mais baseadas nos seus próprios Caprichos preconceitos medos ansiedades ódios e 10 obsessivas comichões e menos na sua própria racionalidade de maneira geral nós somos como o Calvin aqui estão inocentemente vai colocar nessa
tirinha a gente não tá interessado só em seguir as regras e fazer aquilo que os outros mandam em seguir os pontinhos para chegar na figura que o livro diz que a gente tem que descobrir um pato mas a gente de vez em quando ou quase sempre na nossa vida vai querer agir de acordo com a nossa própria vontade com a nossa própria Liberdade mesmo que isso não nos leve a lugar nenhum ou que isso nos leve como é o caso aqui do narrador a nossa infelicidade ao nosso descontentamento frustração e desamparo diante do mundo então
grosso modo é um pouco esse objetivo do dostoiévis que eu escrevi em memórias do subsolo contra por ideias que são estrangeiras e que estão desvirtuando os valores da sua amada Rússia tradicional mas é lógico que ele não fica concentrado só nisso essa narrativa continua sendo muito pertinente nos dias atuais ela continua falando muito as nossas próprias humanidades Ela traz algumas Chaves de leitura interessantíssimas para questões da nossa atualidade do nosso comportamento nos dias atuais nas redes sociais do nosso comportamento político fanático apaixonado completamente e lógico e que nem sempre nos traz benefício direto então eu
vou trazer mais detalhes dessa discussão lá na nossa Live que vai acontecer no domingo e eu espero que você compareça Espero que você leia também em algum momento da sua vida o memórias do solo do fiador Dostoiévski se você tiver curioso compra o livro usando os links que eu deixo aqui embaixo você me ajuda se você fizer compras lá na Amazon lá você vai encontrar livros novos versões digitais E você também agora pode ajudar o canal fazendo compras lá na estante virtual Inclusive tem um cupom de desconto que vale 7% de desconto em toda a
loja então copia tá aqui embaixo na descrição também se você quiser comprar alguma versão usada desse livro eu li na tradução do Rubens Figueiredo da Penha e companhia e gostei demais inclusive gostei muito do texto de introdução que me ajudou bastante a interpretar esse livro Um beijo grande gente muito obrigado por ter assistido a gente se ver então no domingo com a discussão integral cheio de spoiler de memórias um beijo até mais
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