[Música] e a gente vim para um lugar cheio de barro né lama água difícil e trabalhar no lixo né que a gente não tinha costume eu sofria demais [Música] [Música] Já vi muitas mortes carreta passando por cima da mesa trator muita Fatalidade [Música] a gente pensar que Brasília né Tem 62 anos ainda é uma cidade recente e como é que o Lixão da Estrutural se tornou segundo maior do mundo perdendo só para o de Jacarta né na Indonésia e a população de Jacarta na Indonésia seis vezes maior que a nossa ele era um segundo maior
do mundo e o maior da América Latina a gente pensar que o nosso lixão chegou a ser maior que o de São Paulo de Rio de Janeiro de cidades muito maiores que a nossa o Lixão da Estrutural surgiu de forma irregular mas foi oficializado pelo governo do Distrito Federal a 40 anos ocupa uma área de 200 hectares o que equivale a 243 campos de futebol faz divisa com o Parque Nacional de Brasília e fica apenas 15 km do congresso nacional acumula mais de 40 milhões de toneladas de lixo e inúmeras histórias de vida a gente
ia pra escola voltava e subia para trabalhar aí meu pai minha mãe é de manhã às 6 horas da manhã e a gente chegava da escola e ia trabalhar pegava levava o almoço para eles e começava a trabalhar junto com eles tomava café da manhã em casa Aí enquanto os meninos era pequeno aí eu levava o almoço né esquentava lá mesmo no fogãozinho fazer um fogãozinho e esquentava lá no álcool né aí depois que os meninos começou a estudar aí eu ia 5 horas da manhã aí vinha 10 horas da manhã arrumar almoço e os
meninos para ir para escola Aí voltava às 5 horas da tarde eu vinha para casa a estrutural quando eu cheguei era barraco de madeira puro barraco de madeira o esgoto corria a céu aberto mas difícil era nessas época de seca Muita poeira aqueles vídeo muito né que dava Então tampava tudo de poeira as vezes a gente tinha alguns problemas até de respiração lá modo de o acúmulo de poeira demais lá e na época da chuva também muita lama né por dia mais de duas mil toneladas de lixo eram despejadas aqui além de 5.000 toneladas de
Entulhos de construções era só vai chegar para a multidão de catadores começaram o trabalho de separar o material reaproveitável o que sempre foi descartado por muitos como lixo virou sustento de gerações antes eu trabalhava na roça fazendo né trabalhava como lavrador labrador e aí era a minha vida era era essa aí aí os meus filhos vindo lá para cá com a minha família trabalhava eu e minha mãe e meu pai e meus irmãos são três irmãos tudo na reciclagem minha vida era chorar chorar chorar com vontade de voltar para trás mas não podia porque eu
tinha um irmão aqui também né que tava doente aí a gente tinha que ajudar ele né E aí com duas crianças pequenas aí a minha solução era trabalhar no lixão entrevistas com algum desses catadores em 2007 dizia para alguns o que é lixo para gente é dinheiro é fonte de renda claro que era um dinheiro e condições precárias até em termos de saúde pública Mas eles tinham a vida dependente daquelas sobras brechas do nosso sistema social de alguma forma e durante muito tempo estavam atuantes lá e trabalhavam lá de manhã de tarde de noite horas
jornadas longas de trabalho uma vida de trabalho com mais que a gente soubesse que na estrutural tinha um lixão tinha um catadores que viviam do Lixão as condições de vida deles em geral foi muito invisibilizada durante esses Quase 60 anos de existência do Lixão o lixo da Estrutural Ele criou problemas estruturais né Os catadores acharam uma solução para sua vida Naquele lixo estrutural então a solução eles criaram esses postos de trabalho eles não existiam Os catadores foram lá e criaram um posto de trabalho Tiraram um material e revender esse material sem nenhuma apoio do Estado
eles eram Fantasmas eles estavam ali de forma oficiosa no lixão aquele tempo lá era muito difícil uma porque tinha muito os guardinha né que não deixava trabalhar mas a gente ia escondido a trabalhar e depois quando eu completei uma idade ali de 15 anos aí que oficializou mesmo da gente trabalhar que ele tava dava mais para a gente trabalhar mais lá que no começo mesmo os guardinha a gente ia mas eles pegava e tirava a gente a gente de novo e tirava a gente ia e tirava o Lixão uma área que não tinha muito controle
né era uma área que você podia chegar no portão o portão não tinha um grande controle da da entrada dos caminhões e a entrada de Pedestre não tinha controle nenhuma então você não tinha certeza de quantos captadores e quais captadores estavam lá naquele momento na entrada como eu falei era um quase 6 km de perímetro de cerca abertos Então os catadores entravam na hora que eles queriam trabalharm da forma que eles queriam também um bocado de roupa comprida igual a essas aqui assim né e a calça da mesa a gente disse umas duas calças uma
mais apertada e arruma mais folgada sempre por fora assim quando era de tarde era quase a mesma coisa e você tirar a base de cima embolava e trazer para casa já lavava na época da chuva que suja mais né aí já descia para casa e lavava ela no outro dia já ia com outra e era assim a vida de lá o risco era grande sim porque a briga pelo material a gente é tinha eu tinha o outro aqui do lado quem fosse mais rápido pegava Pet quem fosse mais rápido pegava a latinha em cima do
montanha de lixo de 60 metros de altura convivendo com os gases e os líquidos poluentes ali que fazem mal à saúde entre máquinas né tratores caminhões tinham na faixa de 2 a 4 acidentes fatais por ano e dezenas de assistentes graves todos os anos envolvendo catadores naquele local não usava esses epi né de máscara aí ela falou que nós usava mesmo era as luva é um risco grande que a gente podia lá também era isso que não usava as máscaras né E aí a gente não usava máscara mas as luvas sempre nós usamos lá Trabalhei
esses 20 e Poucos Anos lá mas ela fala a verdade não era fácil para você dizer assim não eu acostumei tô acostumada a gente é leva né mas a gente não acostuma porque você vê muita coisa né Muito difícil muita muita lama tá chovendo é lama né tá sol é sol e poeira entendeu Então você leva na fé e na precisão foi uma vida difícil ao mesmo tempo muito bom porque daí dinheiro lá também com graças a Deus tem algumas condiçãozinha aí não tanto assim mas umas boas condiçãozinha um carrinho para tá andando aí foi
dinheiro de lá né do lixo não veio só o sustento veio uma cidade inteira estrutural nasceu em função dessa questão do lixo que passou a ser depositado nessa região e as pessoas em busca de sobrevivência com muitas cidades nas terão perto de Rio perto de indústrias perto de local de trabalho as pessoas foram criando moradias improvisadas em torno do Lixão justamente para tê-lo como fonte de renda e foi aí que nasceu estrutural o espaço de uma de uma economia né Qualquer lixão Então isso é comum sim nos outros lixões que a gente trabalhou acho que
quanto maior o Lixão maior era essa circulação de riqueza que acaba formando ao redor essas essas estruturas assim de bairros né de moradia muitas famílias né vieram de fora por causa da situação né da crise Então você adaptou ele no chão começou pelas barraquinhas né de lona todo mundo que vinha de Fora começou pelas as casinhas de lona e depois foi fazendo de madeirite aí depois foi legalizado aí começaram a construir mas infelizmente foi pela necessidade do Lixão mesmo e do sustento né hoje em dia tem uma população grande que mora na estrutural e alguns
estudos até mostrando a questão do lazer para os jovens na estrutural a participação política dos jovens na estrutural foi fundado também um polo da UnB na estrutural então foi o espaço que foi se consolidando apesar da situação meio precária e vulnerável ligado à questão do lixo e a questão da saúde pública também que era considerado desaconselhado as pessoas ficarem vivendo lá por uma questão sanitária mas como o lixo virou uma fonte de renda e as pessoas foram se consolidando naquele espaço o espaço acabou se fixando não tinha né o asfalto também não tinha e tudo
barraco de Oi como já pode ver tem várias construçãos lá né de até de apartamentos prédiozinhos né então melhorou bastante a estrutural em 2018 a principal fonte de renda da cidade mudou de endereço por determinação do Tribunal de Justiça do DF e para atender a política nacional de resíduos sólidos o Lixão da Estrutural foi fechado e passou a receber apenas entulho de construção da Estrutural ele ficou aberto antes porque não tinha onde colocar o resíduo aqui em Brasília então só foi solucionado no dia que se criou uma solução para o resíduo foi Um aterro sanitário
e nós só somos catadores foram um Centro de Triagem 50 anos foram 50 anos para achar uma solução né e a política de resíduos Nacional de Jesus ela facilitou muito que os governos buscassem essa solução e foi deixado um passivo ambiental enorme lá você tem aproximadamente 25 milhões de toneladas de resíduos enterradas naquele local que continuam gerando passiva mental impactos ambientais no solo na água e no ar importante que a gente frise e para ter para que quando falarmos né como tá na própria legislação que cuida aí do tratamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos no
Brasil a 12 3 x 5 nós interpretarmos né a regra que menciona essa obrigação que a gente concorda né os lixões tem que ser digamos todos assim exterminados mas com cuidado de fazer com que essas pessoas é sejam realocadas no sistema de coleta seletivo de ficar reversa Ou seja que não fiquem é de uma hora para outra Sem o sem a sua de onde tirar a sua a sua subsistência sempre foi um embate muito grande entre a população local e o estado tanto que houver algumas tentativas de remoção da Estrutural dos moradores da estrutura inclusive
algumas em governo que entraram na estrutural à noite tentaram desmantelar os barracos e tentaram desmantelar o espaço mas o espaço aos poucos foi criando movimento associativos comunitários e muito movimento de resistência também dos moradores locais e algumas lideranças para o espaço permanecer quando a gente começou a trabalhar lá que tá esse tiro e não tira tira não tira tira não tira eu acho que ficou plantado na cabeça de todos os catadores aquele dia hoje é cooperado né mas Naquele tempo era catador de não ter de acreditar né que ia sair o Lixão Então acho que
já tinha isso na cabeça não sai não sai então eu dei uma hora para outro saiu muito dono de mercado que tinha seus mercados virou catador de matéria reciclado também porque o que gerava economia da Estrutural era um antigo lixão o antigo lixão ele gerava a economia aqui na cidade estrutural mas depois do fechamento a economia caiu para muitos foi uma perda de renda muito grande então teve um impacto porque a gente tinha gerações tinham pessoas que estavam lá desde os 12 anos e diferente gerações e pessoas estavam mais de 30 anos vivendo a coleta
do lixo era um trabalho como outros tipos de trabalho mas mais estigmatizado mas degradante e a gente pensar um pouco qual é as representações sociais do lixo na nossa sociedade eu quase como se o lixo também fosse outro lado da moeda da nossa sociedade de consumo e é um lado que fica geralmente invisibilizado na nossa sociedade o aterro sanitário de Brasília foi construído entre as regiões administrativas de Ceilândia e Samambaia para receber os Descartes e as cooperativas de catadores espalhadas pela cidade precisaram se adaptar a nova realidade no começo não cabia todo mundo até porque
a quantidade de material que vinha e até hoje não atende a quantidade de pessoas que tem uma esteira precisava de mais quantidade de material e aí no começo muita gente desistiu até porque o ganho era pouco os galpões eram tinha que pagar passagem E aí muita gente desistiu por causa disso aí quando fechou para mim foi um motivo assim um pouco de tristeza porque que era para nós ir aqui para os galpão e nós não tinha conhecimento como nós ia conviver aqui nos galpão nós não tinha certeza como ia ser lá no lixão nós já
sabia que era nós tirar o nosso materialzinho e vender para os comprador lá e pegar o nosso dinheirinho na hora e aqui é muita coisa mudou de lá para cá então aí já até aí então a gente não sabia como ia ser é o andar como diz o ditado aí dos pessoal aí não tá carruagem aí mas graças a Deus que aqui tá dando pra gente sobrevivendo Acho que depois nos primeiros meses ainda não caiu na realidade né aí depois de uns dois três meses caiu na realidade então foi aonde começou a bater a dificuldade
porque pegou todo mundo de surpresa e ali no começo ele tem uma dificuldade para todas as cooperativas não tá se adaptando ainda não tava se adaptando não tava levando aquele dinheiro necessário para casa porque no lixão da estrutural ali mesmo a gente levava dinheiro por semana por mês o jeito que você quiser se fazer o seu dinheiro você fazia e na cooperativa não E já começou naquela necessidade ainda além de ganhar pouco né que no começo ninguém tava tirando nem o seu sustenta ali eu mesmo cheguei a ganhar 59 reais por mês na primeiro mês
depois 110 então para se adaptar foi difícil a gente passou muito aperto muito a precisão sabe se a gente não tivesse uma pequena economia a gente tinha passado fome e quem teve não passou mas quem não tinha passou fome falar a realidade para você passou fome que tinha dia da gente levar r$ 28 para casa dia não meses entendeu porque a gente pagava o transporte né E quando fechar o final do mês a gente tinha que pagar o ônibus e chegava em casa que suava para a gente era r$ 28 foi difícil a gente reciclável
o próprio material da gente a gente mesmo tirava o dinheiro da gente porém não tinha infraestrutura tipo igual hoje hoje a gente é amparado pelo INSS caso eu me machucar eu vou ser amparado só que compensação o dinheiro é pouco se eu chegar adoecer também o dinheiro talvez não seja suficiente para mim comprar medicação Só que lá no lixão também eu poderia ter dinheiro mas não seria amparada pelo INSS a grande mudança que aconteceu esses catadores foram colocados em galpões centros de triagem onde você tem um piso embaixo do pé um telhado em cima da
cabeça estavam dando no chão que era em cima do lixo quando anda com gás combinando com um chorume comendo com os tratores os caminhões com acidentes graves e fatais acontecendo assim anualmente naquele local hoje eles estão em galpões com condições mais dignas de trabalho mais seguras Mas em compensação eles ficaram uma perda de renda tenta ser tiravam o lixo do lixo de toda a cidade dá mais ou menos 3.000 toneladas por dia tirava o material reciclado Hoje ele só consegue tirar o material da coleta seletiva que é o que é entregue nesses galpões que não
chega a 300 toneladas por dia a criação de cooperativas de associações ajudou eles a melhorarem a autoestima e criar uma ideia de uma identidade profissional também por mais que fosse um trabalho precário estigmatizado masionalizado mas ajudou a ter uma profissionalização E qual é desestruturação com desmantelamento do Lixão da Estrutural e a criação do aterro sanitário em Samambaia os projetos do governo eram bons mas ainda eram pequenos para quantidade de pessoas que dependiam daquele lixo para sobreviver essa relação do da questão social da questão dessas trabalhadoras e desses trabalhadores retiram sua subsistência do Lixão a legislação
não deixou também de perceber isso então é importante que esses processos de encerramento sejam acompanhados ou tem uma ETA inferior de transição aí tem a questão da qualificação E tem também a questão da idade né E também muitas mulheres muitos idosos é diferente gerações pessoas que é 40 anos tinham a vida ali então para elas terem uma nova reinserção eu acho que as cooperativas a capacitação são saídas sim mas precisam ser ampliadas em termos de oportunidades para marcar mais pessoas e para dar conta da heterogeneidade dessas pessoas que viviam dessa coleta do lixo lá na
estrutural na realidade precisa o governo cumprir com que ele prometeu que ele falou o material selecionado não vem vem material mais lixo às vezes de que material então preciso de verba para poder manter cooperativa né que nós Depende de ônibus e aí às vezes não tem né precisa de dinheiro para abastecer E é isso que precisa preciso de assistência precisa de melhorar melhorar os materiais né uma coisa melhor para nós a legislação que o estado brasileiro reconhecer o trabalho da catadora e do catador e a importância da sua permanência no processo pós tratamento mentalmente adequado
dos resíduos sólidos então a legislação em si ela já empresta esse desenho O problema é a vontade política no cumprimento sobretudo encarando essa política como uma política pública inclusiva não do ponto de vista de um assistencialismo que também isso acostuma a acontecer mas ponto de vista de um resgate de uma dívida histórica e foi feito pela legislação mas precisa ser executada pelo estado brasileiro no lixo é estrutural e a gente pensar como a gente tem desigualdades estruturais na nossa sociedade e como é que quem vai trabalhar com esse lixo muitas vezes está numa situação de
vulnerabilidade precariedade social muito grande mas fala o que para a gente é trabalho para os outros é lixo né então para essas pessoas elas foram através das cooperativas e das capacitações e tem muitas cooperativas e muitas lideranças importantes que surgiram na estrutural inclusive com muito papel também protagonismo das mulheres que vieram mostrar a importância de uma identidade coletiva para melhorar a questão do associativismo da Solidariedade da capacitação dessas pessoas e pensar as perspectivas de empregabilidade dessas pessoas né 34 contratos com cooperativas de catadores do Distrito Federal são 11 contratos de coleta seletiva com cooperativa de
catadores e 23 contratos de triagem para suas cooperativas fazerem o que elas faziam no lixão que é separar o material a diferença que eles hoje separa o material dar coleta seletiva no galpão que tem uma estrela o lixo passa por eles eles não passam mais pelo lixo é grande diferença a renda alguns catadores falam que abaixou um pouco a renda hoje eles têm uma renda média de 1.800 por captador por mês tem que comprar um pouco mais cooperativas ganhar um pouco menos mas é um renda média com o INSS sendo pago isso para mim é
uma grande vantagem se um catador sofreu um acidente ele é considerado acidente do trabalho ou doença do trabalho ele pode se afastar e receber o seguro acidente de trabalho para nós foi uma dificuldade no começo mas eu já vejo um exemplo né que a cidade está se mantendo com essa moto assim com esse com essa necessidade que tinha então a gente que a gente parou para pensar que a gente não podia viver só naquele meio uma que ali não era um serviço Digno né que todo serviço é de mas ele não era ele é um
serviço bem dizer se botar para aqueles tempo das antigas um serviço escravo né a pessoa tinha hoje não hoje eu vejo que a pessoa se adaptou que cada um procurou sua melhor ele tá a visibilidade dessas pessoas ou a não visibilidade é a forma eu acho que é um pouco da forma como a gente enxerga a nossa participação ou não participação para esse resultado que é que são os lixões a gente acaba não percebendo que são muito responsáveis também existe a responsabilidade do poder público do setor Empresarial existe também a responsabilidade da sociedade e como
não enxergamos dessa forma acabamos via de consequência por não valorizar né o labor de da catadores e do catador que nesse processo é tão importante relevante que acaba ainda sem o apoio sem receber né de quem quer que seja fazendo alguma diferença para que isso não seja ainda mais mais drástico para a cidade do estado para o país e do planeta as pessoas não conseguem entender que uma pequena ação que é uma ação cotidiana rotineira ela pode mudar a vida de 1.500 a 3 mil famílias né então qual que é essa ação você tem que
chegar na sua casa todos os dias da semana de segunda a domingo feriado com dor de cabeça gripado de ressaca não interessa você tem que separar o seu lixo em duas frações a fração orgânica né que é o lixo da cozinha junto com o lixo do banheiro que a gente chama de rejeito e um outro lixo Com uma fração seca que as embalagens papel papelão plástico metais você deixa tudo separado e mais importante do que isso é tão importante que isso é você colocar para fora só o lixo que vai ser coletado Naquele dia quando
você separa o material seu na sua casa você tá ajudando na renda de vários catadores e ajudando também para que vários catadores não venha perder o dedo ou se cortar igual aconteceu comigo é importante as pessoas fazer essa separação porque não é só no bem do catador a gente tem nossas gerações que a gente tá deixando aí então a gente Além de pensar no catador tem que pensar no nosso futuro cada vez que você por exemplo né descarta de forma equivocada né um produto e aquele produto vai por exemplo o Aterro vai para um outro
ambiente inadequado do ponto de vista ambiental primeiro né você interrompe precocemente né o ciclo de vida daquele produto né ou seja ele poderia ter circulado mais que ter sido utilizado de outras formas reciclada enfim ele teria um tipo de vida maior e isso é o impacto né e não impactaria na natureza e a gente vê toda a importância que tiveram políticas públicas voltadas capacitação desses catadores e para criação de cooperativas que através desse processo eles se deram conta que também eram trabalhadores e foram buscar maior dignidade uma maior autoestima numa profissão que é extremamente o
lixo extremamente marginalizado na nossa sociedade Quem Vive do lixo também eu vi depoimentos de catadores de ótica que a gente trabalha no com lixo a gente é lixo também e dizendo que é o que para alguns é lixo para a gente é dinheiro para a gente é trabalho lixo para mim a riqueza é dinheiro lixo para mim eu não consigo ver o lixo como lixo eu para mim quando eu vou na rua que eu vejo uma latinha ali é uma notinha de r$ 1 que tá andando entendeu Para mim significa muita coisa mesmo é além
da gente a ajudar o meio ambiente os aterro ter mais um tempo de vida aí com os material que a gente arrecada que Invista aqui para lá minha filha por dentro da gente também é um serviço que eu acho que era um serviço que era para ser reconhecido não só pelo uma das pelos governos pelos órgãos mas sim pela população pela cidadania e querendo não é quantas árvores no salvo né na reciclagem a gente tá limpando o planeta [Música] [Música] [Música]