Oi gente boa noite a todas todos e todos salve todas as vidas porque todas as vidas importam Espero que esteja a transmissão super tranquila deixa eu tocar aqui o Maracá n homenagem aos povos indígenas e cabel aos povos negros sejam bem-vindos aqui ao canal por favor digam aí da onde vocês são consegui entrar aqui finalmente de eu ainda vou apreender esse negócio direito né mas pelo jeito Deixa me ver aqui tô achando que eu tô tô vendo vocês tá tudo bem aqui Ah sim acho que tá transmitindo né Caramba que legal tô vendo muita gente
aí deixa eu ampliar aqui um pouquinho esse e esse link aqui para eu deixa me ver Pronto né boa noite boa noite deixa eu ver caramba gente para caramba é que legal verem todos aqui no canal né deix aqui ver quem tá presente ih cara tem muita gente gente de São Paulo diz aí dua cidade Minas Gerais BH é muito legal muito bacana E então estamos aí viva lélia Gonzales É isso aí Carlos Alberto colocou aqui viva lélia viva lélia muito né e enfim uma intelectual da melhor qualidade para todos nós pô tô muito feliz
em poder dar essa Live aqui que eu queria dá muito tempo para vocês né e gente Belém do Pará que legal Belém do Pará presente São Pedro da Aldeia você mais deixa eu ver quem mais aqui is se eu falar nome de todo mundo a gente vai ficar aqui até amanhã né tem aqui médica professora da wer Brenda Uberlândia soland vou pular aqui os que estão com nome né Opa querida Sulamita dos Fix presente Osvaldo de Itaboraí deixa eu ver quem mais Ih Tem muita muita gente pô que legal gente que legal muito feliz de
ver todos vocês vocês aqui vamos começar a nossa aula preparei aqui uma reflexão Espero que seja muito útil para todos nós pensarmos sobre esta intelectual assim eh não tem nem palavras para dizer o que que é lélia González assim o que que foi lélia Gonzales que que ela pode representar para o movimento negro né E tudo que enfim que ela eh pensou por nós né por nós por movento negro por movento indígena nesse país Tá vamos começar com a aula eu preparei aqui deixa-me ver agora deix ver como é que eu faço aqui agora as
transições rapidinho eu vou conseguir fazer essas coisas opa não era isso não Ah isso aqui sim Beleza deixa eu me ver aqui daqui a pouco eu volto para este este slide então aqui hoje né Quilombo da UFRJ estão todos vendo aí direitinho Quilombo da UFRJ aprendendo com Léia Gonzales por uma filosofia dos quilombos né no nosso coletivo aula também que tá associada a unabi tô aqui hoje com dois botei logo dois cordões legais para caramba lá do de de Belém do Pará que aliás comprei com com com os indígenas de Belém do Pará né então
tô aqui inaugurando os dois hoje aqui nessa Live nesse momento tão importante eu acho para mim para minha história particular poder discutir aventar um pouco sobre o pensamento de Léia Gonzales e eu espero que seja que possa contribuir para todos nós aqui da da UFRJ né da da UFRJ daqui da da enfim de todo o Brasil né de professores de todo Brasil que aqui estão presentes ok Deixa me ver deixa eu passar aqui então o que que eu tô pensando que eu pensei pra aula de hoje eu preparei na verdade fiz um um um esquema
de um mapa mental eu vou prisar dois slides depois eu vou pro mapa mental pra gente poder discutir juntos com vocês conceitos né mas fundamentalmente o que que nós temos aqui hoje quero justificar para vocês é uma justificativa né que atende atender as demandas de negros indígenas por valorização dos seus saberes e culturas do nosso curso de modo geral objetivos da nossa aula de hoje colaborar para a construção de uma educação antirracista e necessidade né combater diversas formas de manifestações dos racismos né institucional epistêmico social territorial ambiental religioso E por aí a gente vai né
diferentes maneiras de eh várias formas de racismo não se expressa de uma única maneira né E a nossa hipótese é que é possível materializar uma filosofia quilombola a partir das experiências negras indígenas Tudo bem então o que que eu fiz eh deixa ver ver mais o que aqui eh o seu último slide depois vou paraar pro pro mapa mental Esse é acho que a a que que eu penso de modo geral Léia Gonzales traz uma guerra conceitual que tá dentro num contexto que eu tô tentando trazer aqui com vocês ao longo do curso que é
do eurocentrismo versus uma filosofia quilombola né então o eurocentrismo e todas suas formas de universalismo de racismo de patriarcado de Capitalismo de opressão de imposição de um estado opressor né Eh que racista portanto e toda uma outra perspectiva que a lélia González vai contribuir para combater isso né uma das que contribui e veementemente né é muito importante dizer isso aqui para vocês Tá bom então eu vou deixa mudar aqui agora eh para passar o que que eu tô pensando pra aula de hoje gente a gente poder eh discutir né Eh fazer aqui um todo um
uma uma discussão sobre lele vou apresentando alguns conceitos e depois eu vou no chat tá para ver o que que vocês estão debatendo para responder perguntas então Eh eu a aula que eu preparei eu quero até falar um pouquinho aqui deixa eu mudar de câmera deixa eu ver se vai dar certo essa câmera aqui né Opa beleza vamos lá então o que que eu pensei hoje paraa gente debater aqui eh para essa aula a Len gozá tem uma obra extrema enorme muito e muitos conceitos muitas contribuições das mais diversas mais diferente não dá não eu
eu vou tentar mas eu acho que eu não vou conseguir né abordar todos os conceitos Tod pensamento e uma única aula isso é impossível acho que impossível para mim para todas e para qualquer outra pessoa tá mas para mim eu acho que até porque a gente teria que dar uma aula aqui de 5 6 horas e não é o caso a nossa ideia é fazer uma aula de 1 hora e meia então assim o que que eu vou propor vocês vamos desenvolvendo tá de qualquer forma tá preparada a aula né não toda porque ainda tinha
outras coisas para acrescentar também não cons se queer tempo mas eu separei em dois em três momentos vida da lélia né vida a obra dela a experiência porque é importantíssimo entender como que tá a vida dela como é que funciona como é que se eh como que os conceitos não surgem do nada quero que a gente compreenda isso toda conceito toda forma de filosofia toda forma de construir uma ideia da sociedade elas deve ser entendida como entrelaçada pelas relações étnicos sociais que aquela pessoa que tá ponto tem isso vai ficar muito eh espero que fique
muito transparente AES vão ver aqui do curso então Eh vou por isso é importante enter a obra dela com que ela tá se relacionando o que que ela tá fazendo Então essa é a primeira parte do curso vou fazer isso vou abordar e depois eu vou pro chat e no segundo momento eu e Criei um segundo eh aspecto geral que é sintomas que eu denominei como sintomas da sociedade brasileira tá tendo em vista que Ela utiliza muito Freud muito lacam muita psicanálise então tô interpretando como Thomas muito Fran fanon né embora não S totalmente Fran
fanon o tempo todo mas Fran fanon parece me pareceu que está muito na obra da da lélia Então a gente vai entender os sintomas da da sociedade brasileira e o que que ela vai identificar né esses sintomas né fazer um diagnóstico né E todos os problemas daquela vai chamar de neurose cultural que eu vou explicar para vocês já já Então esse é o primeiro então vou abordar isso e eu tô pensando em deixar para uma para outra aula pra semana que vem falar do eh daquele que eu tô chamando de guerra conceitual ou seja os
conceitos propriamente que ela vai propor em função do sintoma que ela vai fazer análise que eu vou aecar para vocês como sintomas de análise hoje tudo bem Tô pensando com isso vamos ver vamos desenvolver né pra gente também não ficar uma coisa muito extensiva de 3 horas 4 horas de Live E aí acho que não vale a pena de repente vale a pena a gente dividir quero até ouvir a opinião de vocês coloa no chat O que que vocês acham Mas vamos desenvolver isso um pouquinho dessa maneira Tá bom então então ou seja três partes
da aula vida é influências enfim confluência etc depois análise dela do sintoma da sociedade brasileira que ela viveu na década de 70 né quer dizer n viveu na década de 70 nasceu na década de 30 mas década de 70 e 80 foi o o período que ela mais produziu né Principalmente 88 anos de 88 então que foi o a Centenária da Abolição da a da escravidão no Brasil né foi que ela mais produziu tem livros textos espetaculares né E muito Pioneiros né pra gente poder entender muitos dos quais inclusive Nós pensamos hoje muita gente fala
a a teoria X Y Z produziu isso e aquilo mas muito do que é a gente fala de teoria de Colonial contra Colonial anticolonial a Léia já tinha produzido isso lá na década de 70 década de 80 tá então ela também tá dentro desse contexto que isso que eu vou tentar associar com vocês então qual é o meu papel aqui hoje trazer resgatar a história um pouco né claro não vou aprofundar né sou nenhum nenhum e Historiador investigativo da vida dela muito ao contrário vou só mostrar a vida alguns aspectos que acho importantes que contribuíram
para a formação e de análise sociopolítica dela e filosófica do do Brasil e das suas proposições então vida depois sint toma da sociedade brasileira e por fim a terceira que deve ficar para pra próxima aula é o que que ela tá propondo como solução tudo bem Então é isso deixa eu voltar aqui para essa câmera daqui e a gente vai aí eu vou e apresentar para vocês agora o mar deixa antes de apresentar deixa voltar lá no chat que que vocês acham disso rapidinho e aí depois desse chat a gente vai começar a aula propriamente
e lel é gigante o Fernando da arte tá falando ali Rosemar da Silva de São Paulo seja bem-vinda bem-vindo a todos é o slides pra gente a letra está me Opa Sim vou colocar o slide o Claud tá assistindo aqui a gente vai a gente tá fazendo preparando o site do site do kilombo da FJ e vou disponibilizar para todo mundo o site dessa aula da aula passada e todas as aulas tá a gente vai disponibilizar lá eh Opa k seja P Que bom meu amigo bem bem-vindo aí também eh bom a Mariana acho importante
dividir a Mariana tá propondo dividir sim poste só atualizou para mim agora vou começar a assistir do começo perfeitoos tempo das aulas será mais produtivo para ser o dia melhor ideia com Opa então tá então o pessoal tá concordando aqui com a gente fazer essa divisão né Eu queria falar tudo hoje né mas infelizmente talvez eu não consiga fazer isso né a certamente não conseguirei eu acho que nem produtivo tudo bem Então tá vamos lá já que todos estão agora e deixa me ver aqui fazer uma outra opa não nessa câmera não essa daqui Beleza
então perceba que eu já preparei aí para vocês e uns pera aí deixa eu só Minimizar Esse aqui esse outro só fazer as alterações aqui gente vou poder ter acesso isso Beleza Pronto acho que agora sim agora consegui aqui fazer eh Então deixa eu mexer aqui nesse estão deixa eu acho que é melhor deixa me ver se é melhor eu passar pro lado de cá né e aqui a gente pode a gente vai poder ver melhor pera aí é deixa ficar aqui mesmo mudei de um lado pro outro mas deixa ampar aqui sei se tá
pequeno deixa eu ampliar isso tá então acho que ampliando agora dá pra gente poder ter uma noção melhor então assim só para vocês entenderem deixa só fazer un um Panorama Geral do desse mapa mental que eu mostrei que eu tô criando então aqui primeiro começa Lelia Gonzales mapa mental dos conceitos dos seus conceitos Chaves tá E aqui eu vou começar deixa eu todo mundo conseguo ver então começo vou começar aqui com as vivências né que chamei de vivência mas podia ser vida dela vivências aqui depois eu vou passar pra gente aquilo que eu expliquei para
vocês agora sintomas da sociedade brasileira e aqui tem muitos dos conceitos que eu quero tratar com vocês hoje né esse aqui dos sintomas eh que tem enfim mais diversa deixa eu até recluir isso aqui pô para ficar mais chique né Agora sim agora ficou melhor pera aí pô esse negócio é para sim né Tá então eu vou tratar eh fundamentalmente dessas três partes aqui vivências sintomas da sociedade brasileira depois guerra conceitual e depois tem aqui o feminismo negro que eu tô vai ficar a princípio para a semana que vem e racismo e colonialidade também para
a semana que vem tá eh então esses aqui são os fundamentais que eu quero tratar com vocês hoje tá Na verdade o que eu vou tratar com vocês hoje são os dois primeiros vivências e sintomas da sociedade brasileira e guerra conceitual e feminismo negro e Rac de colonialidade eu vou deixar para e a semana que vem tudo bem Então comecemos a nossa vamos começar aqui a nossa brincadeira então Eh então vivências né então pra gente aquilo que eu expliquei pra gente poder entender como é que ela começa como é que é entender um pouco da
vida dela então abrindo um pouco vivências o que que nós temos assim primeiro eh quem foi lélia Gonzales né Eh primeiro foi lélia Gonzales é uma mineira né nasceu na década de 30 no Brasil eh deixa eu mudar aqui logo pra câmera depois eu volto para lá então uma mineira nasceu na década de 30 no Brasil e veio de uma família com 18 filhos ela foi a 17ª filha dessa família deixa eu apir aqui um pouquinho 17ª dessa família eh então e pai um negro e uma mãe indí né então é isso bem típico brasileiro
assim filho de um negro e de uma indígena 17 filhos ela 17ª então o que acontece com toda a família pobre né Inclusive eu vi até alguns vídeos ela falando sobre isso mesmo acontece com toda a família pobre é nesse país né Principalmente enfim até hoje ó você faz o primário né e vai trabalhar ter que ajudar em casa Alem mais a família com 17 pessoas Então você vai nasceu trabalhou e vai quer dizer nasceu fez o primário vai para pro trabalho então ela disse Poxa eu fui muito privilegiada por ter sido a 17ª e
portanto não ter tido a necessidade de logo sair sair do primário e me formar por quê Porque ela teve um um irmão que foi jogador do Flamengo desculpe perdão a palavra tá seu botafog é esse né mas jogador do flavo aqui no Rio Então esse eh ele ela pode vir para ele com ele pro Rio de Janeiro e pôde continuar seus estudos tá então não precisou seguir aquela mesma tanto é que ela fala que esse esse jogador né foi tipo como se fosse um pai para ela que era o irmão ela mais velho bom então
daí ela conseguiu fazer eh fez todo o primário o fundamental em Minas depois veio pro colégio Pedro I aqui no Rio de Janeiro e foi exatamente quando ela descobriu Porque até então ela em em Minas Gerais e escola pública ela não tinha não tinha uma percepção do que que era racismo porque tinha muitas mulheres negras negras como ela muitos homens negros muitos negros nas suas turmas então portanto a a ideia a ideia do racismo não tava posta para ela de maneira tão fortemente ela foi reconhecer foi perceber o racismo na e no Colégio Pedro I
vou olhar aqui para outra câmera vamos lá então no Colégio Pedro I quando ela tá estudando fo curso Pedro I já muito mais elitizado muito mais branco então embora seja também uma escola pública de altíssima qualidade aliás tem muitos colegas professores segundo muitos amigos n eh mas uma escola hoje o Pedro II tem até eh tem cotas Pedro II tem sorteio então entra muito mais popular na época não na época a escola mais elitizada mas Lelia conseguiu estudar lá E aí conseguiu começou a perceber o racismo e o racismo foi mais forte para ela justamente
Quando ela entrou pra faculdade e na faculdade era um bar segundo ela um mar de brancos e ela como uma das poucas pouquíssimas mulheres negras eh eh na quando ela fez o herge estudou aqui no Rio de Janeiro na Oeste se formou em história e geografia era um curso único né que dava formação para história e geografia depois fez outra graduação em filosofia Tá e depois foi fazer pós--graduação em antropologia né então ela tem toda essa formação assim vamos dizer das Ciências Sociais de modo geral de história é filosofia e eh e antropologia e portanto
Daí ela foi se forma mais tá então esse é um pouco assim então da família dela bem muito R voltando aqui agora para pra pra questão então a família dela essa família que eu já acabei de citar a formação no meio dessa formação dela Ela também tem toda uma formação na psicanálise isso é importantíssimo uma escola aqui no Rio de Janeiro Então ela foi estudou muito Lacan muito Freud né Principalmente o Lacan Lacan com mais ênfase estudou enfim outros outros eh teórico mas se formou muito Lacan tanto é que a gente vai identificar alguns conceitos
dela que ela vai vai criar a partir da psicanálise que eu vou apontar para vocês daqui a pouco tá mas por quê Por conta dessa formação dela Então veja Ampla formação em história geografia filosofia antropologia depois na psicanálise é e Pedro I eu erge tá e militância e caramb eu tô falando tô olhando para uma câmera e falando pra outra pera aí deixa eu olhar para isso aqui mesmo deixa eu ficar mais fácil é que eu acho que era câmera ela fica a imagem melhor e militância assim então é importante entender que a lélia também
a lélia foi eh uma vida inteira militante é uma vida inteira né Depois que ela se reconheceu quanto Negra Aí ela passou a militar né daqu a pouco eu explicar desse reconhecimento del como negra que também é muito importante para uma eh desação da própria perspectiva dela de história de vida e que a possibilitou criar tantas coisas importantes pra gente e pros movimentos dos quais ela participou tá então eh militante a primeiro foi aí foi militante foi uma eh participou do do da eh do PT né Eh logo ali no início do PT no final
da década de 70 e daqui a pouco tem um ela vai criar um conceito que é o conceito de racismo por omissão a partir da sua militância do PT mas daqui a pouco vou explicar isso tá antes de falar dessa formação da militância dela então militou no PT depois rompeu com o PT foi pro PDT militou também foi uma das fundadores do mnu movimento negro Unificado né aqui no teve na Fundação da mnu em São Paulo nas escadarias lá do do do Teatro Municipal né isso em plena ditadura tá eh então foi também uma grande
militante do movimento feminista negro né Não só militante mas propositor e propôs várias questões tá importantíssima criou inclusive o grupo nzinga aqui depois mas isso acho que vou falar só na aula que vem tá toda essa participação dela no movimento feminista negro que é muito foi muito enfático acho que deve ensinar muito a mulheres negras que vivem hoje no Brasil por exemplo né no Brasil na América Latina tudo aquilo que ela trouxe como algo fundamental tá eh Então já falei um pouco da formação da militância dela racismo no casamento então esse racismo que eu coloquei
Como o racismo no casamento foi uma das coisas mais emblemáticas e que ela pode ter na vida assim foi muito chocante Então ela casou com o homem branco né o luí Carlos eh é Gonzales inclusive o nome dela é Lela Gonzales por conta do sobrenome do marido né então ela fez questão de nunca tirar o nome do do sobrenome do marido que ficou para ela assim em homenagem a ele né bom E aí um pouco da história desse casamento então ela casou com com esse homem branco né que eh que tava quando se casaram não
casaram fizeram festa segundo ela casou mesmo na casa dela mesmo né foi uma festa íntima e tudo mais uma coisinha para pouco foi um um com amigo que que que a que os casou inclusive um amigo deles né então não foi festa e tal depois quando eles avisaram pra família do do do homem né do marido né Luis Carlos que era a família toda branca eles se chocaram assim acharam absurdo que ele um homem branco tivesse casado com uma mulher negra né E aí agora você imagina o quanto que isso deve foi dolorido para essa
pessoa né e houve uma rejeição profunda da a família toda dele com relação a ela por E aí ela aí Aí ela começou a identificar não só racismo profundamente como também o sexismo identificar que o o papel que essa que essa família branca e portanto grande parte das famílias brancas pensavam sobre a mulher negra né era uma mulher que enquanto eles foram nabad enquanto eles tinham vamos diz um caso tinham uma relação mas não era casadas não tinha problema o problema foi quando el casou ou seja a mulher preta né segundo a própria lélia dizendo
ela serve muito bem para ser a outra ou ser a mulher eh do do concubinato mas a mulher para ser a mulher oficial não podia né Então aí ela começa a identificar várias formas de racismo isso vai gerar um problema depois o marido se suicidou inclusive né não aguentou muita pressão el né não vou entrar em detalhes mas houve o suicídio dele logo depois e ela ficou com eh até hoje até hoje né durante muito tempo mesmo pós casado ela falava de o marido com muito carinho tá com muito carinho mesmo e enfim e e
tanto é que Manteve o sobrenome então essa ideia do racismo no casamento foi importantíssima para eh paraa formação dela para pensamento dela formação intelectual dela e entendimento do que que era o racismo na sociedade brasileira e daqui a pouco a gente vai ver os os resultados disso eh e ela vai fazer também quer dizer que eu coloquei como descolonização né ela mesma cita com muita ênfase mostrando o quanto que é ela incorporou durante grande parte da sua vida a ideologia do branqueamento Tá o que que é isso então ela mesma falou e e tem livros
tem pesquisas vídeos vocês encontrá dela ela falou não eu inclusive utilizava peruca né peruca para me branquear tentava passei a passava a gostar das músicas clar clas europeias das músicas dos europeus e tudo mais né eu negava todas as minhas raízes negras e africanas né então ela durante muito tempo eles n o alisamento do cabelo ou usar peruca ou fazer coisas assim que era a ideia do branqueamento e ela ao mesmo tempo é importante dizer ela saiu dessa vida pobre em Minas Gerais né Depois conseguiu fazer aqui estudar no Rio de Janeiro e passou a
dar aula em colégios no Rio de Janeiro e depois da aula em universidades particulares e depois na própria wer Então assim Então ela eh na PUC e tudo mais então ela deu aula em colégios n e depois foi dando aula em Universidad e ela virou essa grande referência do movimento Mas ela ao mesmo tempo que ela ou seja ela teve uma ascensão social o que que ela mesmo interpreta essa ascensão social dela estava concatenada com a ideia do branqueamento ou da ideologia do branqueamento ou da assumido a perspectiva colonizador dos colonizadores de toda uma cultura
de curamento inclusive desse processo então é ao longo Depois dessa ideia do depois Fes do racismo e que aí é depois ela vai entrar para mnu fundar mnu vai conhecer Candeia por exemplo né Vai Ser Uma das uma das participantes da escola de samba Quilombo aqui do Jão Olha só nome da escolão Quilombo fundado por Candeia que aliás é aliás eu queria se eu conseguir hoje vou botar até um trechinho de uma música que o Candia fez que acho que influenciou muito a lélia ou vice-versa né é ambas nessa relação então é a é nessa
relação recíproca entre ambas da luta antirracista é pra gente poder entender um pouco que como é que as coisas influenciam ela Aliás quando ela foi para a fundação do mnu ela foi como representante dessa escola de samba que hoje não existe mais infelizmente mas era escola de saba Quilombo né que Inclusive o abid de nascimento também cita no livro dele cita o próprio Candeia pô coisas espetaculares que é importante que a gente compreenda e e consiga montar esse quebra-cabeça pra gente poder entender um pouco lélia deixa eu voltar aqui pro meu Deixa eu lá ver
Opa então era isso a obras né Então as obras dela assim ela tem eh tiveram algumas muitos artigos Deixa eu voltar aqui vamos lá para outra muitos a obra da da L tinha muitos artigos vai escrevendo desde década final de 70 mas ela escreve muito mesmo em 1988 e e que foi exatamente o ano Centenário da Abolição no Brasil abolição da escravidão Então veja então naquele momento Ela escrevia para jornais pro Jornal do Brasil né que hoje não existe mais também mas era um jornal aqui que tinha uma certa abertura vamos dizer assim para as
pessoas mais críticas né não era o Jornal Oficial como como historicamente foi o globo por exemplo aqui então o jornal do Brasil era tido assim como da militância de esquerda então Ela escrevia nesse jornal do Brasil eh escreveu vários artigos e escrevia eh artigos para dierentes revistas nacionais e internacionais tá ela teve o contato lá com Angela Davis nos Estados Unidos foi uma das representantes nos Estados Unidos do movimento negro no Brasil tá do mnu ETC ela foi representar o Brasil não só nos Estados Unidos na África em países da da América Latina né teve
um um congresso sobre feminismo negro por exemplo que ela também foi representante eh nesse congresso na Bolívia né E aí tem uma fase até curiosa para dizer né chegou na Bolívia n ela chegou na Bolívia e aí desse no Congresso dos feministas de feministas né feministas de feministas aí chegou na Bolívia todas as mulheres representantes das das feministas bolivianas eram brancas falou Pô lá fora só vejo índias e aqui só tem representante Branca Então ela causou uma crise éé levou botou o dedo na feridas e falou quanto que o e daí tem inclusive no texto
dela uma crítica profunda ao feminismo que ela feminismo que ela chamou de branco também como out mas isso eu vou abordar talvez na aula que vem e aí por isso que ela vai propor né Por por um e feminismo afro-latino americano que é o que a gente vai abordar depois tá eh Bom enfim é um pouco de deixa eu me ver mais o que daqui a pouco eu vou passar aí pra gente poder a obras tá então aqui tem deixa eu ver se vai dar para aparecer esse aqui então esse aqui é um livro dela
né que organizado pela Flávia rios e Márcia Lima livro maravilhoso com vários e vários artigos muito bons aqui porque tá todo anotado né mas livros muito bons esse outro livro aqui também Opa Deixa eu tirar aqui para não tirar a marcação tem esse outro livro também lugar de negro né ela com Carlos alzenau que depois foi o copeiro dela livro aqui também é muito bom recomendo demais a leitura que aliás passei pra turma para que vocês possam ler Vamos colocar no site lá do Quilombo em PDF do Quilombo da UFRJ é para que vocês possam
ter acesso também bom Enfim então um pouco disso de vida e obra dela eh é assim Claro bem rapidamente né pra gente poder ter Opa Fui para outro lugar não pera aí Opa isso vida obra e agora A ideia é um pouco que a gente fale da dos sintomas que eu tô chamando de sintomas da sociedade brasileira Tá mas antes de falar isso tendo vista essa questão Vou vou lá no chat ver se vocês estão colocando Alguma coisa Alguma contribuição alguma outra questão ou alguma dúvida sobre isso e depois pra gente passar pra segunda parte
Ok então deixa me ver aqui deixa eu ih rapaz caramba fiz alguma besteira aqui não era nada disso Ih ai ai ai ai ai cadê o negócio ué caramba Pera aí Ah tá agora achei ai meu pai era só que me faltar bom então deixa me ver aqui boa noite chamando cada aula Opa legal linda moça Janaína boa noite confluência entre Leila e Candeia Ô legal Marcela é importantíssimo a gente poder tratar essas questões deixa ver se tem alguém mais Opa tem gente lá de Manaus Amazonas andr que legal André Nascimento seja bem-vinda de Manaus
Que legal né o nome homônimo aí de uma das minhas orientas abraço diretamente e Sergipe que legal Melhorou a visualização Wallace vão ser disponíveis para nós posso disponibilizar sim o esquema também para que vocês tenham acesso né opa marl resido opa grande marl marl do pelo segundo minha amiga Tomara que sim né bem-vindo educação sugestão deixa eu ver se colocaram aqui é também o livro ah festas populares sim sim festas populares eu tenho PDF então não dá para mostrar aqui para vocês outros livros eu tenho em PDF tem uma biografia dela também muito bom é
muito bom sou uma mulher negra que passei por esse processo de descolonização quando adolescente tentei me enquadrar sim Carla Ferreira Sim todos nós eu acho que em aluma medida tentamos nos enquadrar para essa perspectiva e ela criou um conceito para isso que eu vou abordar já já tá eh uf ABC Natália da uf ABC Que legal né no Sesc Vila Mariana e São Paulo tá rolando a exposição sobre lele Espero que vá para outra cidade Opa que legal Natália Trazer isso tomara que venha para cá pro Rio Juliana Martins recentemente assistiu uma entrevista em que
ela explica sobre como as mulheres pretas African Aram a língua portuguesa eles cham português e não portug isso eu vou explicar esse conceito de português também hoje para vocês aí é fundamental Juliana Trazer isso a gente estava anoso por essa aula está sendo maravilhoso trilhar os caminhos de lel ofer important para as mulheres negras pô que bom Irene Santos Nara Sacramento é da Bahia Opa Santa Catarina também presente Daniele Delino e o texto que mais amo da lel é o discurso da constituí Opa muito bom L muito bom vamos tratar dele também exatamente caer de
forte do Iguaçu que legal gente Brasil todo presente aí eentão mais deixa eu voltar aqui pra gente avançar na aula depois eu volto para cá para ver mais os comentários de vocês Beleza então Eh feito isso quer dizer então sintomas que que eu vou vou apresentar para vocês agora sintomas da sociedade brasileira E aí eu já quero eh vou ampliar aqui a gente vai ver Opa rapaz negócio aí ver se ficou legal Caramba sintomas é muita coisa hein então começa os sintomas eu quero e assim pra gente entender e aí eu quero um pouco eh
deixa eu até falar com aquela câmera lá com a câmera câmera m né só pra gente poder entender o que que eu quero que vocês compreenda todo intelectual ou todo intelectual intelectual eh ou enfim Pensador etc né ele escreve a partir de um determinado lugar territorial geográfico a partir de um determinado momento histórico tá ou conjuntura histórica ou de um tempo histórico vamos chamar assim né então assim e e obviamente que aquelas relações sejam territoriais de amizade do contexto social político econômico racial do Qual Aquela pessoa vive influencia diretamente a constiuição do seus conceitos ou
seja pel na verdade seguinte os conceitos de um determinado Pensador adora ele é produzido fruto dessa relação de diferentes interações e sociais tudo bem ou seja por que tô falando isso porque PR você para que você possa entender que não ficar noção abstrata muito acontece nos cursos de filosofia né Alia L fez um curso uma crítica profunda curso filosofia as pessoas vão lá vão pegar um autor x a Maquiavel aí vão dar aula sobre Maquiavel a Kant V dar aula sobre cant a reg vou dar sobre e não contextualiza nada sobre o autor nada não
o que que o que que reggo aonde vivia aonde qual S de influência qual que classe social ele pertencia qual era a raça dele qual era a etnia Qual língua falava qual sabe qual lugar se o lugar frio quente qual se tinha natureza em volta se não tem se é urbano você é Campo você percebam todos esses aspectos eles influenciam na formação do da criação determinados conceitos eles não são absolutos abstratos ou universais é esse é uma crítica de todo o pensamento de Colonial contra Colonial anticolonial etc ao ao aquilo que caracteriza o eurocentrismo então
se você é professor de Filosofia professor de história Professor sociologia ciência políticas o que for então assim o fundamental é pegou um autor X tem que contextualizar esse autor tem que entender aonde ele tá vendo nesses aspectos que eu citei para vocês então é isso que eu quero situar um pouco aqui para a gente poder entender lélia Gonzales Tranquilo então lélia Gonzales viveu o quê nasceu Como já falei década de 30 Mas ela tá produzindo Teoricamente ali no final década de 70 que é o momento que ela tá se reconhecendo enquanto Negra passou por esse
traa do racismo né de perdeu o marido que ela eh enfim por racismo da família e ela começa a participar da construção do movimento negro etc se Recando enquanto Negra inclusive se descolonizando né então mas o que que vivia o que que tinha no Brasil na década final da década de 70 início e na década de 80 então perceba tá passando tá tendo uma a transição do final da ditadura né ou que eu chamo de plutocracia eh da plutocracia militar né ou da ditadura militar final da ditadura militar início no processo chamado de democrático né
embora eu tenha muitas crítica essa ideia de democrática gente vai isso fica para uma outra aula então assim só pra gente poder então final da ditadura início da da chamada Nova República eh bom então ainda tem o resquício da ditadura tanto é que movimento negro vai ser proibido de fazer a passeata né lá em São Paulo pelo exército né Tem perseguição ela foi fichada no dops inclusive importante dizer isso né quanto militante que era perigosa né não foi chegou a ser presa mas foi fichada no no dops tem documento sobre ela então é é um
momento com bastante dificuldade mas também a mes tempo de muita ousadia de muita esperança tá então esse momento é daund fundação do PT parti dos trabalhadores na época né criado aí em São Paulo né Por operários no ABC Paulista tendo Luiz Inácio Lula da Silva um ex Operário como grande liderança e formado por outros vários intelectuais né intelectuais que vinham do movimento estudantil que vinham da un Como José Liceu outros que vinham do pcd B com enfim de vários outros intelectuais pelo Brasil a fora que vinham do do exílio inclusive que estavam exilados que vinham
para cá para formar o PT tá aquele PT era muito diferente do que o PT de hoje embora as figuras praticamente sejam as mesmas né mais de que estamos 80 30 80 20 mais de 40 anos né as figuras são quase as mesmas as grandes figuras são quase as mesmas e e também tem formação do PDT né também vindo com Brisola Darc Ribeiro né numa outra perspectiva aqui formada aqui no Rio de Janeiro é momento portanto de efervescência social né então é clod de movimento negro ou ganha mais força movimento negro ganha força movimento feminista
ganha força movimento de classe social dos trabalhadores ganha força é movimentos políticos mais diversos com almejando o Fim da Ditadura e o início de um período democrático Então esse momento de efervescência que no qual em 1988 por exemplo tem aquilo que eu falei anteriormente 100 anos de abolição da da da escravatura no Brasil e aí nesses 100 anos há muitos comemorações sobre o 13 de Maio ainda era o 13 de Maio embora o movimento de Palmares o grupo né Palmares do Rio Grande do Sul já tivesse defendido né já tivesse defendido a ideia de que
a comemoração do do do movimento negro deveria ser 20 de novembro e não 13 de Maio como eu falei para vocês na aula passada né e t movimentoo já estava encampando essa perspectiva e não 13 de qualquer forma havia ainda toda uma uma eclosão social sobre 88 88 por exemplo é o é o aqui no Rio de Janeiro que é muito importante né a Vitória da do Samba da Vila Isabel Valeu zumbi do gritos fortes dos Palmares né enfim que é uma homenagem a asomi das Palmares mon Vito negro o samba da Mangueira daquele ano
também era um samba muito revolucionário né Muito crítico da questão racial importante dizer isso ou seja tem o o da formação aí do do da escola Quilombo né Quilombo dos Palmares aqui no Rio de Janeiro escola de samba também com Candia com música Tem efervescência do samba né ganhando novos contores enfim esse o contexto da llia Gonzales tudo bem o que eu quero dizer também lélia foi uma mulher que é impressionante como é que é a atividade dela ela ao mesmo tempo a partir dessa dessa década de 80 princialmente 70 né 80 ela tá não
só ela tá escrevendo tá dando aula participava do movimento da formação de uma escola de samba que era o kilombo participava passou como ela se descoloniza ela passou a gostar do Samba aderiu o samba quanto né também entrou pro candomblé naquele momento ou seja ela tá num processo de efervescência que ela tava em quase todo lugar construindo o partido político PT depois ela rompe vai pro PDT enfim tá foi e deputada e tudo mais foi lei e é uma mulher assim a 50.000 por hora tá para fazer tudo que ela fez queria que vocês compreendessem
esse processo pra gente poder agora avançar um pouquinho mais eh Então esse mais ou menos o contexto que eu queria contar para vocês da década de 70 80 90 infelizmente ela vai pra ancestralidade na década de 90 né é onde ela já tinha também diminuído um pouco só e aí o que que eu quero o segundo aspecto Quero tratar com vocês é essa frase que tá aqui a África é um continente deixa eu ver tomara que vocês estejam estejam tá estando para vocês verem é com facilidade pera aí deixa eu ver aqui deixa eu tentar
ampliar essa visão porque tá pequeno né Eh mas a África enquanto um continente ác um continente sem história disse o He gente rapidinho só tentar ampliar aqui sei por que eu não consigo ampliar isso não é não sei se essa imagem tá pequena enfim eu acho que eu conseguiria até mas teria que fazer alguma coisa aqui que eu não sei deixa eu ver se é isso aqui Ah não acho que já tô no limite mesmo acho que o limite é esse Esse aqui é mais beleza então é a Por que eu escolhi essa frase da
lélia a verdade está no livro dela tá no capítulo dela a me africanidade que ela vai discutir ela coloca a África um continente sem história e cit regg né por que isso tá aí neste nesse nesses termos por quê Porque esse é mais é um dos ectos deixa eu ampliar aqui para vocês a ideia de que África é um continente sem história e que quem tem história é Europa é um dos aspectos daquilo que ela vai chamar daqui a pouco de neurose cultural eu tô querendo começar por aí bora não ter dito diretamente não neuros
contra o conceito que ela vai criar Tá então não só regg mas os filósofos os pensadores europeus estavam nem aí seja pro colonialismo seja para a escravização seja para é o assassinato de negros indígenas Américas e na África dado esse processo então ela vai então ou seja isso vai construir uma uma ideia de Brasil que ela vai identificar como neurose cultural que vou explicar para vocês agora né ah antes disso deixa eu dar o segundo aspecto aqui né então eh deixa eu ver aqui Opa botar aqui tá então regão estão vendo aqui né aí outro
aspecto a razão é branca tá ver se dá para ler aí a razão é branca e a a emoção é africana a mer índia porque quando o reggo diz que a África é um continente sem história Ele tá dizendo assim olha lá não tem racionalidade não tem razão quem tem razão som aqui os europeus os europeus ocidentais tá então assim como é que você vai tratar aí O Grande Desafio para sobretudo porque tem muitos professores aqui como a gente vai tratar isso em sala de aula com nossos alunos tem que tentar aí eu acho que
uma é trabalhar com eles de uma maneira muito simples quer dizer poderia começar até com própria ideia de Pedro oves Cabral chegou aqui no Brasil e começar a questionar houve descobrimento a primeira pergunta esse descobrimento e as crianças vão dizer que não foi descobrimento porque aqui tinha indígenas as próprias crianças vão dizer isso tenho certeza ou se nem todas falarem Mas algumas vão falar né as que não tiverem ainda sido completamente colonizadas vamos falar e vamos dizer assim ó não hou descul e a partir daí você começa pera aí mas as pessoas negras são diferentes
das brancas enfim Eh Ou são iguais né iguais nos seguintes termos todas vão morrer nascem e morre todas podem pensar raciocinar EV pensar e você a gente vai podendo combater e depois vai desconstruindo tudo isso que que o pensamento euro centrado e pôs pra gente né é um dos caminhos aí pra gente poder pensar Então essa ideia de que a razão é branca a emoção é africana é uma perspectiva muito colonialista né Muito colonialista e op deixa inu deixa eu recar aqui as coisinhas para F mais fácil pra gente poder ver belza tá então a
já tratamos aqui a ideia do Contex dasc 70 80 África um continente sem história vocês querem comentar alguma coisa querem que eu a para ouvi-los Escreva aí que eu vou falar um pouquinho da neurose cultural E aí a gente e aí eu vou volto para ouvi-los Beleza então assim a partir dessa ideia Deixa eu botar aqui Opa beleza A partir dessa ideia de que África continente sem história de que a Europa que tem ela vai produzir o conceito de neurose cultural que que neurose cultural ela tá obviamente aí aquilo que eu expliquei para vocês baseada
Deixa eu botar aqui pra gente para viver inteiro baseada na ideia do Lacan né Freud na psicanálise em maneira geral entendimento que que neurose é e uma neurose cultural não é uma neurose qualquer tá não é uma neurose qualquer ela é cultural e deixa eu até botar aqui pra gente poder e ela vai estar composta mostrar para vocês aqui vai est composta por aspecto de quê racismo tá E principalmente que que essa neros produz wace que que essa neros vai produzir uma subjetividade subalternizada Negra e o narcisismo branco em que sentido isso acontece agora agora
a gente vai deixa pr pra câmera lá porque quando é quente a gente pra câmera lá neur cultural produz e dois aspectos dois efeitos eu fal não também fala disso tá é mas foi importante que trouxe isso de uma maneira bem particular e associando com o Brasil F tá falando disso mas associando lá com a França na Martinica que é da onde el origem produz o quê o uma uma a neurose cultural do racismo né é o racismo Ou seja a discriminação do outro pela cor da pele pelos fenótipos etc né pela sua cultura aí
o racismo cultural e isso produz no negro uma subjetividade subalternizada uma inferioridade e leva que é um terreno fértil para que a ideologia do branqueamento seja posta Ou seja que o branco queira que o negro queira se desencilhar da sua raça da sua etnia da sua cultura da sua história etc para adotar a perspectiva do Branco do colonizador Então essa neurose ou seja essa subjetividade subalternizada do negro gera por outro lado no branco o narcisismo ou seja uma exaltação de si mesmo e procurar olhar no outro é procurar encontrar si em todos os outros espaços
e aí cria a ideia do outro evidentemente ou seja então o narcisismo é tudo que é branco é positivo tudo que é igual a mim ou tudo que é culturalmente igualmente os meus valores é são positivo todos né são positivos e tudo que não é é negativo né dentro daquela daquele dualismo eurocentrada então percebam então essa a ideia de da negação do negro da subjetivação e da da subalternização do negro ao mesmo tempo gera uma valorização e faz com que desse narcisismo chamado de narcisismo Branco tá esses dois conceitos vão compor o conceito de neurose
cultural e vai fazer com que é o o branco no caso o branco tenha é o gozo em subordinar subiz o negro segundo andia Gonzales é segundo franch fanon vocês estão fazendo entender então essa é neurose cultural que tem um sintoma maior a ideia do racismo perceba vocês então ela vai identificar isso na sociedade brasileira essa neurose cultural tudo bem tomara que tenha me feito entender aí para vocês eu vou lá no chat já já pra gente poder eh compreender isso deixa logo no chat agora Deixa eu aproveitar beber uma aguinha aqui e no chat
Deixa me ver que que vocês acham dessas explicações é o chat tem que tá aqui com a câmera ó tô aprendendo esse negócio na câmera já tô melhor que na semana passada Hein gente então deixa eu ver aqui ah tem aqui perguntando se tem como fazer a inscrição ainda a ideia da An cultural da lélia pode ser comparada à ideia do complexo neurótico colonial do Fran farão Sim é nesse sentido que eu tô tentando né Black minama não sei se como é que você pronúncia tá É sim Marcela Botelho Tavares O terreiro e l de
chum a a Pará está numa briga Intensa com FGV pois eles estão guardando um grande acero que é lele doou para o terreiro FGV pretende deixar o material na geladeira é Rapaz isso é uma tristeza Marcela é sempre assim né é normalmente é assim né eles querem se apropriar doqu daquilo que é nosso nosso povo que cheg que se formado de apresentação para tpic flutuante obrigado valeu tamamo junto é boa noite como marcar a presença Ah daqui a pouco vou botar a presença tá gente a gente começou 6 horas Ah o Ana pode colocar então
a presença para eles de vou pedir Ana Carolina que é bista vai colocar a presença para vocês Tá mas tomara que vocês não saiam da Live depois da presença né ao meu entender é que a observação tanja no sentido que a África país colonizado tudo fora imposto à cultura europeia tudo fora enfim induzindo a toda a superioridade Branca acima da raça Branca la é entender que verção no sentido que a África país colonizado Deixa eu ver se eu consigo Será que eu consigo Ah não sei se eu consigo compartilhar né ah o ideal eu ainda
tem que aprender isso Se eu conseguir compartilhar o que tá no chat Seria ótimo né É mas acho que isso não vou conseguir hoje não vou preparar pra próxima Live que aí fica todo mundo lendo junto com comigo exatamente o que eles queriam era gerar esse processo de ruptura com as nossas raízes africanas gerando essa ideia de subalternidade e assim eles puderam inclusive fizeram né puderam com racis científico disse a Carla Ferreira né Maso é o que vem acontecendo hoje com Candé Opa Mar também falando nso confirmar essas questões ótimo gente então tá então deixa
eu voltar aqui para é o restante da Live PR gente continuar Maravilha bom bom ouv vocês aí eh eu esqueci a presença Tá beleza então então já entendemos aqui um pouco o conceitos de eh racismo de neurose cultural da lélia tá acho que é importante pra gente poder pensar e do do conceito de neurose cultural é surge outro conceito que ela propõe que eu vou mostrar agora para vocês aqui com a câmera né que é o de opa Deixa me ver aqui uma coisa que tá errada Opa aqui aqui aqui acabou que é esse aqui
agora deixa até ampliar Deixa eu ver se eu amplio racismo por delegação É esse aqui eu você deve ter ouvido também bastante então delegação é uma palavra eh é um conceito na verdade freudiano né que a lélia vai trazer conceito freudiano que diz mesma forma que nega está afirmando percebe então bom vamos entender a sutileza desse conceito então ela vai entender duas formas de racismo o racismo Opa deixa mostrar de novo Caramba saiu o racismo por denegação e o racismo por omissão tá são dois tipo são dois conceitos diferente para vocês não confundirem Tá Mas
vamos falar do denegação Depois eu falo do racismo por omissão tá então esse racismo por denegação ele traz é aí que eu olha agora vamos ver aqui pera aí deixa eu botar aqui coisinha para ficar bonito o negócio que vou abrir vamos ver se vai fica legal opa sai aí ah não apareceu tudo caramba pera aí aí vem mais dois outros braços né que ela chamou de vai acontecer diferença dos racismo anglo saxão para o ibérico Né e e depois a teoria da binação e da assimilação vou explicar primeiro é o como que ela faz
veja só pra gente poder entender que que a é uma intelectual de altíssimo nível Ah tá tem outra coisa Ah vou falar pret daqui a pouco né Depois eu falo prug que falar um pouco do vocabulário dela mas então a l ela vai falar desse racismo por denegação e vai fazer uma a partir dele vai fazer uma diferença entre a duas formas de racismo uma do anulo saxão e a outra do ibérico né o Latino aqui então ulo saxão né pensando aí Inglaterra Alemanha Holanda né Principalmente aquilo que aconteceu no Estados Unidos Por exemplo aqui
então é um que ela vai chama de racismo aberto racismo aberto né então aberto descarado sem nenhum nenhuma nenhum milind racismo direto de exclusão meso mesmo das mais diversas c não que aqui no Brasil não tenha tido isso tá só pra gente poder entender todavia aqui no Brasil ela vai identificar um racismo por é denegação que é a que ao mesmo tempo que afirma o racismo Nega tenta busca negar o racismo né E aí como é que ela vai construir esse histórico Primeiro ela vai na história de Portugal da da Península Ibérica na verdade Portugal
Espanha que foi ocupada pelos mouros ou seja pelos árabes que não eram brancos Né desde do século vi né século vi do do do Então os mouros ocuparam principalmente o sul da Península Ibérica né e fizeram vários sultanatos né aliás tem um vídeo inteiro Eh meu sobre isso aqui apresentando a aula do do texto do Ramon Gross fogio explicando esse processo com mais detalhes mas aqui eu vou falar bem rapidamente a partir do que lel porque lel também trouxe isso acho que legal ela ter trazido né então assim eh Então esse Então essa ocupação dos
moros fez com que eh na na península Ibéria o racismo fosse um racismo que era um racismo meio que negociado com os moros até depois teve a expulsão dos moros e dos judeus aí logo no século eh x né Logo pouco Poucos Anos Antes da Conquista das Américas né da da invasão que eles fizeram aqui na nossa na nas Américas então Eh esse processo faz com que os na verdade os ibéricos já tinham um contato mais profundo com outras raças ao longo do tempo e aqui ele eles vão Claro Patrocinar o tráfico negreiro vão fazer
tudo que fizeram que a gente já sabe que fizeram é todavia vão impor um racismo que não é um racismo explícito tá é um racismo que vai estar preocupado com teoria com duas teorias uma da miseração e outra da assimilação ou seja da da bgen Nação ou seja o homem eu vou falar Branco né mas eu eu tenho utilizado o termo bege né Eu não sei se já expliquei isso para vocês tá porque ninguém é branco mas é é longa história eu acho importante usar mais e v usar branco para ficar mais didático o homem
branco ele tinha toda uma relação com a Eh claro de casamento com as mulheres brancas mas tinham relações extras conjugais com mulheres negras e indígenas então daí muita a ideia da miseração e isso era eh sem né não era um problema pra sociedade Colonial é é portuguesa aqui né então Eh então essa teoria da m generação e da assimilação se de que os E aí os colonizados Vão buscar para sua sobrevivência assimilar as culturas do colonizador tá pela sua sobrevivência tanto é que sim o histórico enorme de de muitas pessoas que foi que a própria
lélia fez a teoria do embranquecimento tá associada a isso a essa teoria da aminação e da assimilação né Por quê al falou olha eu durante muito tempo tentei me fazer Branca né né tentei negar todas as minhas Raizes meus fenótipos etc negros por quê para ser mais aceita que é um pouco essa teoria da assimilação então É nesse sentido é vai haver uma diferença né nesse racismo que racismo Por denegação que vai ser um racismo tipicamente que ela que ela ela vai dizer que tipicamente aqui do Brasil e e tipo da América Latina e do
Brasil em particular tudo bem o segundo conceito é o de racismo por eh Cadê Deixa me ver Pera aí que fugiu um pouquinho racismo por omissão Tá vou botar subir pra gente poder ver tá então esse racismo por omissão aí isso é muito muito importante porque eu quero isso aqui tem um um um contexto histórico vou explicar para vocês deixa eu mudar de câmera aqui para explicar isso para vocês vamos lá o conceito de racismo por omissão da lélia Gonzales foi criado tem que entender historicamente quando que ele foi criado então ele foi criado ali
exatamente quando ela rompe com o partido dos trabalhadores ela era uma militante do PT ela escreve esse texto para romper com o PT na década de 80 por quê Porque ela dizia o seguinte que e sobretudo com o programa né quando o PT soltou um programa político na televisão tá a ministra década de 80 soltou um programa político na televisão amplamente aquele programa obrigatório né programa eleitoral obrigatório só pra gente poder ter ideia naquela época não tinha M não tinha redes sociais não tinha internet não tinha nada então a televisão era principalmente comunica de massa
né praticamente tinha inclusive estud na década de 80 tinham mais televisões tin casas que tinham televisão mas que não tinha geladeira só PR ter noção da importância da televisão e aí opa opa engi desculpa pera a deixa ág a bom voltando E aí na década de nesse momento histórico Então aão tinha um papel importantíssimo na formação da opinião pública tá só pra gente poder entender e aí o que que então quando o PT Solta esse programa o PT falou de várias questões falou de questões de classe social falou de questão Habitacional falou de questão enfim
de desemprego uma série de questões mas não tocou na questão racial em nenhum momento ela e aí a lélia vai escrever um artigo que é inclusive o título artigo é esse racismo por omissão publicou na Folha de São Paulo se não me engano se fo foi Folha de São Paulo foi Folha de São Paulo sim publicou na folha e dizendo assim acusando seu rompimento com o PT e mostrando assim olha é um absurdo que o partido que se prop partido dos trabalhadores Não trate não leve em conta a questão racial por quê Porque as questões
de classe meramente luta de classe que o petismo trouxe importou do Marxismo e do Marx em particular pro Brasil não se adequava especifica não seava perfeitamente a Brasil por quê Porque aqui as questões raciais eram pautadas e quem tava mais excluído da sociedade que estava nos piores empregos piores moradias etc eram corpos negros então ela falou assim é um absurdo que não se Contemple negros e ela falou uma outra coisa nem favelados Então seja então o programa do pt não tratou nem dos negros nem dos moradores de favela que eram milhões né já na década
de 80 e aí ela ficou indignadas questões raciais o PT está fazendo um cumprindo um papel de racismo por omissão ou seja o racismo é exatamente é um racismo daquele que você não trata do assunto quando ele é evidente aliás agora se essa moda pega vocês imaginam quantas pessoas nós intelectuais e partidos no Brasil que continua at hoje sem tratar da questão racial né Sem tratar das questões raciais veja é isso é muito emblemático que ela fez na década de 80 e como isso ainda predomina até hoje como é que a gente tem aulas e
as pessoas ignoram né todas as questões diferenças não só com relação às mulheres negras aos homens negros também e por aí vai né indígenas das as mulheres indígenas os homens indígenas né e as comunidades indígenas como que não se trata disso nesse país ainda sabe então por isso o texto da lélia Gonzales é muito atual muito atual pra gente poder pensar e saber assim não veja e não e aí que tá o que aí ela faz uma crítica profunda à esquerdas por quê Porque as esquerdas incorporaram e portaram uma um discurso que só leva em
conta a classe social mas não leva em conta a questão étnico-raciais tá bom Então esse é o conceito de racismo por omissão queria que vocês compreendessem eh voltando aqui eh bom E aí tem aqui a ideologia do branqueamento né Deixa eu ver ih gente já são 711 né então vamos lá vou tentar avançar e o que que essa ideologia do branqueamento significa Vou botar aqui já para vocês já né uma super que incorpora algumas premissas fundamentais uma superioridade Branca europeia dos Estados Unidos tá dois reproduzida pelos meios de comunicação e três internalização do Desejo do
bloqueamento pelos colonizados tá então é ess essa esse termo já a gente já falou algumas vezes mas vou só marcar aqui pra gente é fechar direitinho Então deixa eu falar logo lá na outra câmera também depois vou pegar esse aqui vou pedir a a Ana Carolina que tá assistindo a gente pra gente fazer uma edição desses vídeos da das partes que eu olho para celular ali pra gente colocar no no Instagram e nas redes sociais Então vamos lá vamos tentar lá falar um pouco da ideologia do branqueamento eh então a ideologia do branqueamento o que
que ela significou primeiro é primeiro parte do princípio da superioridade da raça branca primeiro ponto segundo parte do princípio da superioridade da Europa e dos Estados Unidos tudo bem Então esse é o e e terceiro sim parte do princípio de que é não só de país do ponto de vista econômico político também cultural daí o termo da lélia terd dito é e falei ol eu começava eu não gostava da música popular brasileira não gostava de S não gostava das cois porque eu tentei assimilar a cultura europeia eu tentei gostar de música clássica e curiosamente isso
também aconteceu não quer dizer eu nunca gostei dessa música Tá mas assim que eu entrei para FJ já fale em outros vídeos assim qu entrei no frj Alguns falam P se você tem que gostar de música clássica você tem gostar de rock rock internacional etc você tem que gostar ou se você tem que gostar da cultura externa da cultura estrangeira da cultura europeia então isso era uma forma de assimilação que significa a cultura do branqueamento que é o que o conceito que Lea Gonzales está trazendo né então Eh isso essa é uma forma de impor
a todos sobretudo a todos os negros indígenas que conseguem ascensão social consegue dar um passo Zinho a mais aí há uma cobrança sobre ele sobre esse processo não ou então no caso da no meu caso não não corre né porque meu não dá para pedir para eu alisar cabelo né no caso das mulheres não você tem que alisar o cabelo seu cabelo não pode ser assim etc etc e tal perceb então isso é uma ideologia do branqueamento tá Nenhuma crítica mulheres só pra gente poder pensar e entender como é que isso é Colonial tá eh
tudo bem então acho que eu expliquei espero ter explicado isso aí deixa eu voltar aqui deixa eu tá Deixa eu voltar aqui gerar essas [Música] coisinhas beleza Qual é o próximo ideologia do branqueamento lugar de negro Opa beleza então eh lugar de negro é outro conceito que a lélia vai trazer aqui pra gente de jogar para cá para ficar bem aqui no cantinho fic aqui baixo de mim vamos ver se vai dar certo né E aí o que que eu preparei aqui para vocês que eu coloquei coloquei outras divisões que vocês est para vocês lerem
lugar de neg então por exemplo o que que é lugar de negro né E aí o que que a lé E aí lugar de negro A lélia tá falando fundamentalmente neste livro aqui tá Aliás o nome do livro título do livro lugar de negro né Eh esse livro Pô muito bom muito bom mesmo vale muito a pena ler mas vou vou tentar resumir aqui para vocês o que que ela tá que que ela falou né e tudo mais então primeiro ponto né É sobre a divisão territorial e social entre as raças tá eh a deixa
eu mostrar para vocês caramba divisão territorial e social entre as raças o lugar natural do Branco né dominantes são moradias amplas situadas no mais nos mais belos Recantos ih rapaz agora já não dá para ver pera aí Opa aqui deixa eu botar aqui para vocês poderem ler Recantos eh mas Recantos da cidade né ou do campo devidamente protegida por diferente diferentes tipos de policiamento desde os antigos feitores capitães do mato e capangas até as polícias estaduais existentes né o lugar do negro É oposto desse favelas cortiços lagartos porões invasões ocupações etc tá então eh em
resumo vou falar aqui para vocês agora um pouco se olhar pra outra Câmara pra gente poder tratar disso vamos lá só pra gente poder entender então quando a l tá falando aqui a o lugar do negro tá todo dentro desse contexto eurocentrismo ideologia do branqueamento neurose cultural e toda uma diferença é importantíssimo a lel começa esse livro aqui ela começa fazendo toda uma crítica profunda com os números da ditadura Então veja ela não não constrói lugar de negro à toa ela constrói a partir da análise de números e percebe assim que a maioria dos negros
está tem os piores empregos os piores salários as piores moradias são mais presos mais assassinados p pela polícia mas perseguidos pelo Estado tá ou seja estão na base da pirâmide dos piores lugares é o é o são quase considerada como as excrescência entre mil aspas aqui social tá então o lugar do negro aí ela indetifica aqui a dois lugares fundamentais um primeiro lugar do branco branco dominador do Branco filho do Colonial e lugar do negro branco do colonizador Branco dominador né não Branco pobre que tá nas favelas ISO Não ela tá falando do Branco dominador
e esse Branco ela entende também essas questões de classe é importante para ela então esse o branco colonizador o branco dominador ele tá no topo e tá no topo desde desde a época das casas grandes então vem das casas grandes dos cortiços das melhores moradias até que vai passar por casas espaçosas com muitos cômodos etc nos bairros nobres os bairros justamente são os mais assistidos pelas pelas políticas públicas né do estado onde tem asfalto da melhor qualidade onde tem policiamento onde tem enfim policiamento nem algo Positivo né mas onde tem e escola de boa qualidade
onde tem comércio enfim onde tem que que puder do bom e do melhor produzido pelo Estado né e o lugar do negro desde as sadas aí é importante ter esse história das calas as favelas passando por cortiços passando por cortiços não passando por eh palafitas passando por enfim por diferentes lugares dos mais eh pior izados possíveis mais insalubres possíveis vamos chamar assim que é o lugar do negro Mor e o que que e e ao mesmo tempo o lugar do Branco ele é todo protegido seja pelos capangas ou desde a época pelos feitores da época
colonial pelos feitores pelos capitães do Matos depois pelos capangas pelo segurança e pela polícia e pelo Estado de forma geral o lugar do negro não o lugar do negro é onde a polícia acoa essas pessoas e não deixa essas pessoas e saírem dali da maneira muito tranquila porque senão ela pode causar um problema para esse lugar do Branco percebe então o ou seja ela tá ali embora não tenha utilizado o terma a gente tá falando de um racismo territorial espero que vocês tenham compr o racismo territorial que é isso essa divisão é territorial é étnico
racial no Brasil tudo bem então vamos lá eh deixa eu voltar aqui e como é que vocês estão aí às vezes eu fico Ih caramba deixa eu ver aqui tudo bem com vocês eh deixa eu ver se tem alguma deixa eu ir agora um pouquinho na Live de novo para aqui no que eu não consigo ver eu não vejo vocês Automatic simultaneamente né Eh então deixa me ver Opa colocou a Márcia colocou sensacional botou um coraçãozinho Obrigado Márcio que legal éé para você também é mas foi descaracterizada a sua origem muito obrigada por prolongar o
tempo para responder a lista lel é fantástica se Que bom L visionária sempre as maras empurrados que aula Opa Cristiane Pereira Obrigado crti coraçãozinho para você também nson afirmação de identidade crítica colidade ao racismo afric indígena tá botando não tô entendendo pergun alguma coisa florest Fernand Inclusive defendi a ideia de que a questão racial seil na luta de classe na medida que o país se tornasse Urbano industrial e consolidasse a luta de classe trabalhadora é também discordo disso né o o Eu posso um dia dar uma aula sobre o florestan sabe o florestan também tem
um livro tem alguns livros muito interessantes que a gente precisa ter muito eh precisa tratar assim com todo cuidado assim ele eu no no livro que eu eh num dos livros que eu li mas enfim a aula hoje não é sobre florestano Tá mas ele traz a questão ele tenta buscar e valorizar a organização social Negra porque eu eu não socialista revolucionário tem gente como luta de classe MTE dele Central mas ele entende que nessa luta de classe os corpos negros os homens e mulheres negros são a base desse proletariado que vai ser revolucionário para
ele mas isso não é um outro debate pra gente poder fazer aí no futuro tá sobre florestão que acho também super interessante Então andr André Nascimento lá do do de Manaus né e passa essa exclusão também nas unidades de conservação onde os quilombos não foram considerados fundamentais para proteção e Conservação do território exatamente André muito bom né É muito bom J Opa meu amigo J como é que vai amigo tranquilo aula boa obrigado jo é manda coraçãozinho eu devolvo o coraçãozinho aqui também Gustavo Opa boa noite sou estudante terceiro ensino médio de Minas Gerais Júnior
abordando a questão de filosofia africana brasileira Opa que legal Gustavo seja bem-vindo a respost ah gente outra coisa se pedi nunca ped não pedi nas outras de um like aí no vídeo se vocês estão gostando da aula dê um like senta o dedão no like aí que isso ajuda a Compartilhar esse vídeo para outras pessoas tá eu esqueço de pedir depois quem quiser quem tá gostando da aula compartilhe também para no grupo de sala de aula grupo de professores acheo legal interessante para dar uma difusão e nós estamos chegando quase 10.000 inscritos no canal a
gente pode entrar nessa campanha se puderem ajudar vou agradecer também muito tá muito agradecimento aí beleza então vou voltar lá porque conversa diz é Como dizia aqui tem na Quadra do Salgueiro aqui né então o o apresentador do s do salgueiro na quadra Salgueiro eu assim conversa de de sambista é samba Então conversa de de professores é aula então vou voltar aqui pra aula agora pra gente poder e terminar isso no prazo né previsto Deixa me ver paramos onde lugar de negro né Deixa eu voltar aqui beleza então aqui a gente já foi e agora
nós vamos voltar L para divisão racial Ah tá então isso aqui é muito rápido né então a lélia e é importante assim Às vezes as pessoas não tem muita noção é muito é importante entender que a lélia Gonzales fazia uma crítica já na década de 70 80 sobre divisão racial do trabalho racial enquanto as esquerdas estavam falando de divisão social do trabalho ela já está falando sobre divisão racial do trabalho tá então é importante compreend Ender isso né porque os piores empregos eram destinados aos corpos negros Então ela já utilizava esse conceito de visão racial
do trabalho tá eu aliás esse conceito sobre esse conceito eu tenho uma aula aqui sobre o eurocentrismo né a partir do do texto do anano que eu aprofundo ele faço n um destaque bem grande para esse conceito mas o que que eu tô querendo firmar aqui com vocês é que a lélia já estava falando sobre esse processo tamb deex 7080 tá e voltando divisão racial trabalho situação da mulher negra né então esse aqui eu tô eu tô eu eu vou fazer o seguinte eu acho que eu não vou abordar essa situação é vou abordar log
assim vou abordar não ia abordar a situação da mulher negra eu i deixar PR aula que vem porque na aula que vem eu vou falar do do conceito dela por um feminismo e e Afro latinoamericano né então mas eu vou vamos falar um pouquinho do feminismo negro dela E aí a gente vai ah não feminismo vou ficar PR semana que vem mesmo Pera aí caramba me perdi aqui agora gente rapidinho ah lugar de negro a gente parou antes tava divisão racial trabalho né isso ah situação da mulher negra beleza V falar situação da mulher negra
depois a gente vai caminhando pro final da aula tá gente e aí aa fala da divisão deixa eu ver se dá para aparecer as duas coisas juntas isso deixa eu ver se dá isso dá sim situação da mulher negra ela fala do a tripla opressão cara isso é fantástico né vamos lá pra camerazinha da boa tripla opressão quer dizer a situação da mulher Negro PR lélia primeiro existi uma tripl opção de raça de gênero e de classe social para essa mulher tá então essa mulher ela segunda L vou aprofundar isso na semana que vem ela
era Prime primeira coisa que ela diz n que as mulheres sentem opressão é racial primeira opressão é racial tá segunda é llia falando L tá isso escrito no texto dela segunda opressão de gênero n patriarcal terceira opção de classe n Então ess mas essas supressões elas elas confluem juntas e atentam contra essa mulher negra de modo que essa mulher negra é um um ente n uma pessoa é um um um ela pode compor um grupo social que é revolucionário natureza por isso por sentir várias opressões tá então ao mesmo tempo eu vou aprofundar isso na
aula que vem ela não se sentia contemplada nem no feminismo Branco porque não cons não consegui contemplar a questão racial tá E só pra gente frisar né as mulheres brancas estão normalmente acima dos homens de negros em todos os estratos sociais e todas as questões ela também não sentia contemplada no próprio vento negro porque os homens tentavam incorporar um patriarcado que é branco e adotar esse patriarcado junto eh nos movimentos sociais Então as mulheres normalmente eram mais secundarizados todavia quando a lel disse aqui com todas as letras isso muito bacana caso acabasse tanto movimento feminista
quanto movimento racial né movimento patriarcal então elas se e ela a lélia González ela se entenderia muito mais pertencente ao movimento negro né do que ao movimento feminista Então isso é algo importante B todavia a confluência é que ela vai criar um feminismo afro-latino-americano né Eh nesse processo para se libertar dessa questão e portanto é uma crítica também do regime capitalista de produção