[Música] Olá, amigas e amigos. Muito bom dia nesta sexta-feira. 9 de maio. Nessa semana, o presidente Lula viajou pro exterior e nos próximos dias 12 e 13 de maio, terá compromissos na China. Lá ele vai participar de um fórum de países da CELAC com a China. Selac que é composta por países da América Latina e do Caribe e vai participar também de reuniões bilaterais com o líder chinês Xinping. Shjinping esteve no final do ano passado aqui no Brasil. Na atual parceria estratégica existente entre Brasil e China, há quatro eixos destacados pelos dois lados e um
deles são as chamadas rotas de integração. São rotas logísticas, estradas de ferro, rodovias em construção aqui na América do Sul que no final das contas vão facilitar o comércio da região com a Ásia. Será o futuro do comércio entre Brasil e China? através do Pacífico. Mas qual é o estado atual das rotas de integração? É possível esperar novidades sobre esse tema durante a viagem de Lula à China? É para uma entrevista sobre esses assuntos que eu, André Barrocal, repórter em Brasília, tenho hoje do outro lado da linha, aqui em Brasília também, a Simone Tebet, ela
que é ministra do planejamento e nas próximas horas vai viajar também pra China para participar dessa visita do presidente Lula à aquele país. Então, ministro, em primeiro lugar, eu agradeço a gentileza da senhora de nos atender. Muito bom dia. Bom dia, Barrocal. Bom dia a todos que estão nos acompanhando, né, pelas redes sociais, pelo YouTube. É um prazer poder falar com a Carta Capital, ainda mais um tema que é do meu coração e um tema dos mais relevantes pro desenvolvimento do Brasil. E, portanto, eu é que tenho que agradecer o convite, porque falar de rotas
de integração sul-americana, de integração Brasil China, para mim sempre é um grande prazer. Muito bem, ministra. E para aqueles que nos acompanham nesse momento, eu vou deixar aqui os recados tradicionais do início das nossas transmissões. Gosta aqui do nosso canal no YouTube, mas ainda não se inscreveu nele? Inscreva-se agora. Clique aí no botão, curta, comente, compartilhe nossos vídeos. Gosta do jornalismo de carta capital, mas ainda não é um assinante dosso? Torne-se um agora também. Entre no site www.acinecarta.com.br e se informe a respeito das condições de assinatura. E se você tem interesse de fazer perguntas paraa
nossa convidada, pode enviá-las pela caixa de comentários que existe ao lado do vídeo no YouTube. Então, ministra, eu lhe perguntaria inicialmente o seguinte: nessa viagem do presidente Lula à China, da qual a senhora vai fazer parte nas próximas horas, nós teremos novidades. Esse tema rotas de integração será abordado durante essa visita? Sem dúvida nenhuma. eh, Marrocal. Bom, eh, só para contextualizar muito rapidamente, a gente já tá tratando da questão das rotas sul-americanas e integração com a China desde o primeiro mês do governo do Lula 3, eh, quando o presidente Lula recebeu todos os chefes de
estados da América do Sul, todos, absolutamente todos, a única que mandou representante foi o Peru, porque não podia se ausentar o país. Eles fizeram um pacto no consenso de Brasília, né, que vai ao encontro do que tá exatamente na nossa Constituição Federal, que é a importância da integração sul-americana e integração da América Latina enquanto um só povo, né, na seja integração econômica, integração social, integração cultural. Eh, e nisso eles fizeram um pacto no consenso de Brasília que para se fortalecer a democracia, para se diminuir a desigualdade social, para se erradicar a miséria, era fundamental. que
esses países pudessem se integrar de forma mais eh firme, especialmente no que se refere ao seu comércio. Bom, a partir daí nós desenvolvemos um trabalho no Ministério do Planejamento e Orçamento que foi ratificado pelo presidente Lula e daí saíram as cinco rotas de integração sul-americana. Então, essas rotas elas têm um duplo objetivo ou dupla missão. A primeira aumentar a relação comercial do Brasil com os países da América do Sul e vice-versa. Lembrando, né, que nós temos o outro Brasil do nosso lado. Nós somos 200 milhões de brasileiros e temos 200 milhões de sul-americanos prontos para
fazer turismo no Brasil, comprar os nossos produtos, estreitar as relações culturais e comerciais. E eles têm uma outra América do Sul dentro do Brasil, que somos também 200 milhões de brasileiros. Então assim, eh, tá muito equilibrada essa balança para que a gente possa realmente estreitar essas relações. Lembrando ainda que enquanto o mundo se reúne em blocos comerciais, é assim, na América do Norte, entre os países da América do Norte, que comercializam entre si algo em torno de 40% no seu dos seus produtos, só depois compram do Brasil. É assim mesmo na Ásia com a China,
Índia, Japão, Bangladesh, eh, Indonésia, Coreia do Sul e daí por diante. Eles primeiro comercializam entre si por questão de logística, de proximidade, né? Tudo fica mais barato, mas a proximidade ajuda. Eles passam quase de 60% e só depois compram do Brasil. A Europa passa de 65% o seu comércio entre blocos só depois compram de outros países. Quando a gente olha pra América do Sul, essa relação comercial não passa de 15%. Então, este é um primeiro grande ganho pro Brasil, paraa América Latina. Não há como diminuir a desigualdade, erradicar a miséria, diminuir a pobreza se nós
não fortalecermos a nossa relação comercial em todos os aspectos com os países da América do Sul. Paralelo a isso, nós temos um segundo importante ganho, no caso do Brasil, até economicamente falando, mais importante, socialmente, culturalmente importante, ambas as integrações, que seria e que é o fato de nós, o Brasil está geograficamente muito mais próximo da China pelo Pacífico do que pelo Atlântico. Isso a própria China percebeu quando ela construiu o maior maior investimento privado, maior investimento chinês na América do Sul não é no Brasil, é no Peru, num porto que foi inaugurado agora recentemente em
março, que é o em março, que é o porto de Shancai, que na linha reta é o ponto mais curto entre a América do Sul e a China e que, portanto, diminui em pelo menos 10.000 1000 km marítimos, a distância entre o Brasil, a América do Sul e a China. E nesse aspecto, e agora de forma bem objetiva, já que eu não fui objetiva na na resposta, agora de forma objetiva, dizendo sim, nós vamos trazer, se Deus quiser, na mala, né, notícias boas. Primeiro porque a equipe eh na na primeira reunião que nós tivemos no
Palácio do Alvorada com o próprio presidente Xinimpim, eu tive oportunidade de falar inclusive das rotas, percebi a pergunta que o presidente Xinginim fez paraa nossa equipe e nós podemos responder foi a questão de ferrovia. Eles estão muito interessados em ajudar o Brasil, né, a rasgar o Brasil de ferrovias. A gente sabe que ferrovia não existe dinheiro público suficiente, seja no Brasil, hoje em dia, com exceção da China ou talvez Estados Unidos, não existe dinheiro público suficiente para fazer ferrovia, porque é muito caro. Mesmo os investimentos privados no Brasil, né, eles preferem rodovias, portos, aeroportos, porque
é muito mais barato. Se nós não tivermos fundos internacionais, no caso específico da China, né, ou participação da China, porque tem interesse no Brasil, eh, em, em consórcios, enfim, para que a gente possa construir ferrovias no Brasil, nós vamos ficar aí com essa dívida histórica com o nosso país. Então, sim, eh, tô muito otimista. Ah, eles pediram para colocar as rotas de integração sul-americana como um dos eixos de trabalho. Eh, e por fim, André, desculpa, a primeira pergunta a gente sempre fala muito, mas é para contextualizar todos que estão nos acompanhando, porque você tá careca
de saber, né, ou, enfim, né, você já tá cansado de saber da rota, porque gosta muito inclusive desse projeto. Mas é importante só a gente mencionar que é uma coisa assim eh importante. No passado era chamado essas rotas de integração como uma coisa utópica, né? Uma merutopia. Imagina se isso vai sair do papel. Eu era adolescente, criança, ouvia falar nisso há mais de 50 anos. O Lula 1, ele ele ele sonha com esse projeto. E hoje a gente pode dizer seguramente que até o final do mandato presidente Lula, pelo menos uma das alças, uma das
pernas de cada uma das cinco rotas de integração sul-americana vão ser entregues e com isso a gente vai ter aí condições de exportar ainda mais pro nosso maior parceiro comercial também trazer produtos, estreitar relações e daí por diante. Nós vamos abordar, ministro, ao longo da entrevista aí cada uma das cinco rotas. Vamos falar aí dos prazos, do estado atual de cada uma delas. Mas antes de detalharmos o os projetos em si, queria fazer uma uma pergunta aí que eh de alcance de mais longo prazo, digamos assim, olhar bem lá paraa frente. Nós temos visto nas
últimas semanas uma guerra comercial entre Estados Unidos e China por iniciativa americana. E apesar de ser algo com impactos no curto prazo, ela tem premissas que são de maior alcance também. O que os Estados Unidos miram hoje é uma China rival, economicamente falando, talvez até maior em termos de PIB do que o próprio eh país Estados Unidos na próxima década. Tendo isso em vista, a grande ascensão chinesa, o futia que essa essa integração da América do Sul com a China através do Pacífico é o futuro? Precisa, requer investimentos e planejamentos desde já, requer que de
fato esses projetos todos saiam do papel mais brevemente possível? Não tenho dúvida nenhuma, Barrocal. Inclusive, eu aproveito para convidar a todos que estão nos acompanhando, eh, para participar, inclusive, pelo modo virtual, da estratégia do Brasil que nós queremos próximos 25 anos, que vai ser entregue pelo presidente Lula até a COP 30 agora final do ano. O ano passado nós fizemos um trabalho interno com todos os ministérios, né, em todas as áreas. Estamos com uma equipe muito grande. Agora estamos percorrendo alguns estados brasileiros, ouvindo as academias, ouvindo do sindicalista ao grande empresário, ouvindo do jovem ao
aposentado, ouvindo todos os setores da sociedade. Tem sido muito bom. E nós estamos construindo o Brasil que nós queremos pros próximos 25 anos. Nós já temos o raio X do Brasil de hoje. A questão é o que queremos e como fazer para chegar lá. dentro dessa estratégia, tô dando essa volta porque é importante, nós temos entre os guarda-chuvas o da macroeconomia, óbvio, né? Sem desenvolvimento, crescimento, não tem não tem geração de emprego e renda. Nós estamos colocando, não falar em PIB, mais mas em PIB per capta, porque é isso que a gente mede a desigualdade
social. Eu quero saber quanto em média cada cidadão brasileiro ganha e estabelecer uma meta, quem sabe, de dobrar esse PIB nos próximos 25 anos, PIB per capta, se assemelhando a outros países europeus, por exemplo. Eh, o outro guarda-chuva é o guarda-chuva da mudança climática e o terceiro guarda-chuva, são mais de três, mas esse que me importa, que é a questão demográfica. O Brasil está envelhecendo, mas lamentavelmente está envelhecendo mal, porque está envelhecendo antes de ficar rico, antes de garantir essa distribuição de riqueza pro seu povo. Então, dentro desse cenário, tem um capítulo muito forte e
que envolve não só a demografia, como envolve a macroeconomia, é como vamos aumentar as nossas relações comerciais. E quando a gente vê o eixo eh econômico do mundo, ele está mudando paraa Ásia por uma entre outras coisas por uma grande razão. Onde está a maior população do planeta, né? Indubitavelmente está na China, na Índia, a população, inclusive porque os países europeus ou mesmo nós estamos começando a ter um problema, né? Eh, que as mulheres ou mesmo o casal não está querendo ter filhos. Então nós temos caindo a taxa de natalidade. Dentro disso, o que nós
temos? Nós temos uma mudança do econômico no mundo. Ele tá se deslocando pro Pacífico, ele está se deslocando pra Ásia. E o único exemplo é esse. Qual é o maior parceiro comercial hoje do Brasil? É a China, depois os Estados Unidos e depois a Europa e a Argentina. Então, dentro desse aspecto, a importância dessas rotas, ela fica ainda maior se nós quisermos realmente garantir eh taxa de desemprego praticamente zero. Se a gente quiser tirar a população da miserabilidade, quisermos fazer com que índice desenvolvimento humano do Brasil cresça e daí por diante. Então, eu entendo que,
sem dúvida nenhuma, o futuro é esse, né? O Brasil tem essa consciência também. H, o próprio agronegócio, né, que tinha às vezes muito receio, hoje fala disso, né, que sabe que hoje o maior parceiro comercial é a China e que a gente tem que, portanto, mirar todas as nossas energias para aproximar e nos aproximar nessa relação. Início, a senhora destacou que a China é o principal parceiro comercial do Brasil e nós daqui para lá mandamos mais produtos primários, mais commodities do que produtos industrializados. Comércio com os Estados Unidos, desse ponto de vista, é de pouco
maior qualidade pro Brasil. As rotas de integração tem condições de ajudar a mudar isso, a qualificar o comércio brasileiro com a China? Eu diria, Marrocal, que mais o que pode qualificar é o bom relacionamento do presidente Lula com o governo chinês. E nós temos que aproveitar isso e estamos aproveitando. Eh, o que vai qualificar e o que vai fortalecer essa relação, porque a pergunta que você me fez anterior, né, essa briga, né, do governo americano ajuda o Brasil? E eu respondi pela metade que sim, né? Mas também nos ajuda nessa nessa questão, eh, inclusive em
relação a outros parceiros comerciais, né? Porque os outros parceiros comerciais vão olhar pro Brasil e falar: "O Brasil também tem o que os Estados Unidos têm". Então, já que lá tá muito caro, né? Eu levar produtos para lá, né? Eu vou comercializar com o Brasil. Mas dentro da sua pergunta, eh, agora também agora, eh, eu não tenho dúvida nenhuma que a o que vai realmente qualificar o nosso comércio, ah, fazer com que o Brasil deixe de exportar só soja, grãos, carne e pelo menos exportar produtos semi-elaborado, por exemplo, ao invés de exportar a madeira, exportar
o e, portanto, o eucalipto, exportar a celulose, ao invés de de exportar sua carne, exportar pelo menos o blue, que é o ou semiacabado, eh, no caso do da da do couro do boi ou mesmo calçado, porque eu já vi que nessa nessa nessa guerra comercial aumentou o número de exportação de calçados brasileiros, né, pro mundo, começou a ter abertura do do comércio calçadística calçadístico por conta dessa crise americana. Eh, o que vai mesmo mobilizar e qualificar. E é isso que nós queremos, porque isso que traz valor agregado, né? É a questão do fortalecimento da
indústria. E a indústria começa a se fortalecer especialmente a partir de 2027. Em 202 nós temos a primeira etapa da reforma tributária sendo valendo, que é a unificação dos impostos federais. Então, a partir de, e nós sabemos que a reforma tributária é chamada a mãe da indústria, ou seja, é a reforma da indústria, porque ela desburocratizou, ela unifica impostos, ela diminui a carga tributária, né, essa quase que bitributação na cadeia de produção que a indústria sempre que é a mais é hoje a mais penalizada. Então, a reforma tributária 2027 tá logo ali, né? brasileiro é
muito imediatista, mas a gente dorme quando acordado tá em 2027. A partir de 2027 nós vamos ver já um fortalecimento da indústria no Brasil que a partir do ano que vem já tem que começar a contratar financiamento, a dobrar a produção, a construir uma nova sede, né? não só no Sudeste, mas levar a sua filial pro Norte, pro Centro-Oeste, pro Nordeste. Então, eh esse fortalecimento da indústria com a reforma tributária que visa desburocratização, diminui o custo de produção, né? Há estudos que falam, né, em algo em torno de 50 biano, é o custo a menor
que as indústrias vão ter só por essa desburocratização e essa unificação de impostos. Em 2032, ela definitivamente entra na sua inteireza, porque aí a unificação dos impostos estaduais com impostos municipais. Eh, esta sim vai permitir com que a indústria brasileira se torne competitiva. Paralelo a isso, desde agora, não vamos nos esquecer, nós temos algo que o mundo não tem. Nós temos a energia mais limpa do mundo e nós temos condições dessa nova indústria Brasil que também foi implantado pelo governo do presidente Lula, pelo vice-presidente da República, que a nova indústria Brasil traz esse componente climático,
esse componente eh de sustentabilidade no processo, porque nós podemos oferecer isso, porque temos energia limpa, eólica, solar, eh vinda das águas, né, eh das hidrelétricas e consequentemente eh isso também é um ativo pro mundo que agora precisa comprar crédito carbono para poder eh avançar, já que polui, né? Eles poluem, agora vão poder comprar comprar crédito de onde com a nossa nova lei do do crédito carbono do Brasil, né? Então nós podemos também trazer eh eh recursos eh investimentos e também eh de eh dólar, o que todos nós sabemos o que significa isso, né? termos reservas
eh cambiais, isso ajuda a impactar, a baixar o o dólar, a fortalecer a nossa moeda, consequentemente a termos quedas de juros e daí por diante. Ministra, gostaria agora então de entrar individualmente aí em cada uma das cinco rotas, né, do grande projeto Rotas de Integração. E começando pelo por aqueles dois projetos que numericamente na apresentação de do governo são os dois últimos que me parecem os mais charmosos, as as ferrovias bioceânicas, né, os corredores bioceânicos. Eu queria começar pela rota de número cinco, que é conhecida como a bioceânica de Capricórnio. Ela que atravessa, basicamente, sai
da São Paulo, Paraná, vai atravessar a Argentina e vai desaguar no Chile. Eu queria que a senhora explicasse para quem nos assiste o qual é essa rota, qual é o estado atual dela de investimentos, de financiamentos e quando a gente pode vê-la sair do papel, tá certo? Bom, eu não sei se o Kaká consegue colocar na tela. Eu tenho tudo de cabeça, até porque corta o meu estado, mas assim, só para que as pessoas possam ver, é a importância dela. Eh, na realidade, ela é chamada rota bioceânica porque ela une o maior porto da América
do Sul, né, que tá no Brasil, que é o porto de Santos, atravessa um grande um grande estado produtor de alimentos, que é o estado de São Paulo, passa por Mato Grosso do Sul, pelo Paraná e também por Santa Catarina. Ela entra no Paraguai, pega um pedacinho da Argentina e chega nos três principais portos do Chile. Esta rota, primeiro, ela integra a América do Sul, permitindo com que o Brasil possa chegar mais rápido e mais barato os nossos produtos pro Paraguai, Argentina e Chile e trazer produtos de lá também para cá. Aí vocês podem falar
assim: "Mas do que que nós estamos falando, né? Se a gente pegar, por exemplo, o Chile, né? O Chile tem o que nós não temos. Pescado barato. Hoje o salmão chega caríssimo. Quem é que pode comer salmão hoje no Brasil? Porque a gente tem que dar a volta. Para ter uma ideia, o salmão que sai do Chile dentro dessa rota aí, ele vem pelo mar, ele desce ali no estreito de Magalhães, lá no sul, lá na Patagônia, ele vem pro porto de Santos e depois ele entra, vai pro Nordeste, pro Norte, pro Sul, para Mato
Grosso, para Mato Grosso do Sul. Com essa rota, ele vai vir muito mais rápido e mais barato. Como é que ela está? Do lado do Brasil, ela faltam duas coisas que estão em execução. Uma ponte binacional que interliga o Brasil ao Paraguai pelo meu estado. Essa obra já está quase 70% pronta, pronta para ser inaugurada no ano que vem pelo presidente Lula. e uma alça dessa rota de 13 km que está no PAC, que também eh vai estar pronta até o final do ano que vem. Então, do lado do Brasil, até o ano que vem,
o presidente Lula inaugura com alfândega já, portanto, com Aduana, com com Receita Federal ali entrando para pra saída e término do eh paraa entrada e saída dos produtos. Isso acontece no pelo estado de Mato Grosso do Sul e pelo estado do Paraná, porque pelo estado de Santa Catarina não há necessidade. pelo lado do Paraguai, como nós sabemos que os nossos parceiros, irmãos, vizinhos, é, como é o caso do Paraguai, são países muitas vezes mais pobres, nós fizemos uma carteira junto com países em que eu sou a governadora representando o Brasil, eh, de alguns bancos de
financiamento, leia-se, CAF, Fonplata, BID. E o BNDS também entrou com uma carteira para financiar o Brasil, estados brasileiros e municípios que queiram. O Brasil não precisa de financiamento, o Brasil não vai se endividar, o Brasil não vai ter problema fiscal porque nós colocamos essa obra dentro do PAC já. Mas o Paraguai pegou um bit de dólar só como título de exemplo, só vou dar esse exemplo. Eh, e tá terminando a sua rodovia. Eu não me lembro quantos quilômetros são, mas é uma rodovia que passa de 400 km e ela também termina no início do ano
que vem. No lado da Argentina já tava tudo pronto. E do lado do Chile eu tive com o presidente Boret aqui no Ch aqui no Brasil até assim uma quebra de protocolo. Eu disse paraa equipe: "Olha, eu não posso sentar à mesa com o presidente Boret porque não tem o vice-presidente ou presidente, nós vamos estar numa mesa de trabalho conversando, é público e tal". ele fez questão de de ir para mostrar o interesse do Chile na na rota e já anunciou que no projeto lá do governo, né, eh já tem 12 projetos em andamento. Mas
o que é importante é o seguinte, pelo lado do Chile tá tudo pronto. Eles só vão precisar aumentar os o, vamos dizer assim, melhorar e ampliar a os investimentos nos três portos que já existem para suportar o tamanho do aumento da carga que vai chegar do Brasil ou mesmo do Paraguai para que possamos exportar pra China. Então assim, o que a gente pode dizer dessa rota que é uma das mais importantes? E por que que é uma das mais importantes? porque ela está exatamente no celeiro do Brasil, nas grandes produções agrícolas do Brasil e pecuária,
seja da agricultura familiar, seja do grande, né, do agronegócio, está no interior de São Paulo, no Mato Grosso do Sul, no Paraná e no e no Mato Grosso, porque essa rota também beneficia o sul do estado do Mato Grosso, que significa aquilo que era utopia quando eu era criança. O meu estado de Mato Grosso Sul, eu já ouvia falar, portanto, há 50 anos atrás, hoje e a gente pode dizer que já é uma realidade. E eu informo aqui para quem nos assiste que o presidente chileno Gabriel Boret esteve no Brasil no mês passado, no mês
de abril. Ministra, a segunda rota bioceânica agora, a rota de número quatro, que é conhecida como a bioceânica do Sul, ela também sai do da costa atlântica brasileira e termina na costa do Pacífico, justamente no Chile também. Que rota é essa e qual é o estado atual dela? Desculpa, Barracal, você falou rota Capricórnio, então eu falei da rota 4. A rota Capricórnio é é a rota quatro que eu mencionei. Isso. Agora a gente já fala da rota C. Agora agora é rota cinco. É isso. A rota cinco das rotas era que já existia de forma
muito precária. Por que que ela era precária? Ela precisava muito de um investimento feito no mapa, talvez não dê para ver, mas ali na Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, para interligar e ter um fluxo de comércio ainda mais forte com o Uruguai e a partir do Uruguai chegar em Coquimbo aqui na região lá no sul do Chile, nesses nesse porto porto que à esquerda, pelo menos da minha tela, as pessoas poderão ver. Eh, lamentavelmente, com o episódio do Rio Grande do Sul, eh, e assoreamento inclusive ali da Lagoa dos Patos, a gente
teve que interromper essa obra que tava começando. Agora a gente vai ter que estar redesenhando o projeto, porque é outro projeto, é outra grandeza, né? Houve um estrago ali, mas de qualquer forma já tá sendo feito esse estudo. Esta rota de alguma forma já se transita por ali. A o já existe um comércio ali entre o Rio Grande do Sul mesmo, Santa Catarina, especialmente com Uruguai e com a Argentina. O que a gente tá fazendo é fortalecendo essa rota para que ela também seja uma rota ainda mais forte para que a gente não só forneça
produtos paraa América do Sul, Leia Cile e Argentina e Uruguai, mas também que essa frota e houve um pedido inclusive eh da dos governadores ali do Chile que estavam conosco pra gente poder também exportar por coquimbo. Eh, e esse é o objetivo. Essa rota, de novo, ela existe, ela ainda comercializa pouco, mas ela é interminando em final de 2026, algumas uma das pernas e a outra perna mais pra frente, 27, 28, ela também vai fortalecer o fluxo comercial, especialmente pro mercado asiático. É verdade, ministra, sobre os números aqui, nós falamos primeiro da rota de Capricórnio,
que é de número quatro, e agora falamos da Biocênica do Sul, que é a rota de número cinco. Mas ministra, sobre essa rota de número cinco, que tipo de comércio já existe nela e o que que a conclusão dessa rota no ano que vem pode vir a transformar nesse comércio já existente? Perfeito. Eh, esse comércio é basicamente sul-americano, né? O a, por exemplo, Rio Grande do Sul exporta muito pro Uruguai pela proximidade e vice-versa. A gente compra também muitos produtos pro Uruguai e a e Argentina. Então, esse tri esse esse trio, né, Argentina, Uruguai e
sul do Brasil, ele já existe. Eh, mas normalmente, eh, no caso do Paraná, por exemplo, leva é pelo porto de Paranaguá, portanto é pelo Atlântico que faz o quê? Para chegar pro mercado asiático. Ele desce pelo estreito de Magalhães. O que acontece quando a gente tá falando da Patagônia? a gente tá falando de de muita neve, né, de muito gelo. Então, é uma eh fazer esse trajeto pelo Atlântico em determinados meses do ano, diria que quase metade do, né, mas pelo menos 4ro meses do ano, é muito complicado. Eu não sou especialista, né, no assunto
aí da eh no que se refere a esse esse tráfico, mas é o que falam. Então, o fato de termos, podemos fazer primeiro pela parte terrestre rodoviária e depois pela parte marítima pelo Pacífico, nós estamos falando diminuir o tempo, a distância, o tempo e consequentemente o custo, né, no que se refere à logística, tornando os produtos brasileiros ainda mais competitivos para alcançar o mercado asiático, porque para alcançar os países sul-americano, eh, continua da mesma forma, porque esse esse tráfico aí já existe. Essas duas bioceânicas, elas eh saem do Brasil e terminam no Chile e nos
dois casos passando pela Argentina. Nós temos atualmente um governo na Argentina de um alinhamento ideológico, digamos assim, diferente daquele que existe aqui no Brasil. Uma visão ideológica um pouco diferente daquela que existe aqui no Brasil. Essa diferença de posicionamentos entre os dois governos atrapalhou de alguma forma ou essas rotas têm ido adiante apesar dessas diferenças? É, eh, nós tivemos no meio dessa discussão das rotas um processo eleitoral na Argentina. Então, eu, eh, dos países da América do Sul, praticamente eu análise eu não fui em três, não fui na Venezuela, no Equador e na Argentina. Eh,
a o resto eu já andei, fui paraas guianas, viajei toda a América do Sul mais de uma vez, fui pro Peru conhecer o maior por investimento da China, como eu mencionei, na América do Sul, que é o port de Shancai. Eh, mas eu tive a oportunidade de ter dois encontros já com o ministro eh de fazenda da Argentina, que se mostrou absolutamente entusiasmado eh com o projeto, porque assim, vamos ser sinceros, assim, tirando um pouco a formalidade da nossa conversa, ninguém rasga dinheiro, né? Argentina sabe a importância do Brasil. Se ela não querer ter inflação,
né, pro seu povo, que já não é pequena, que é muito alta, se ela quiser ter desenvolvimento, né, se ela quiser avançar enquanto país, ela precisa do Brasil. Como o Brasil precisa da Argentina, somos países irmãos, né? Recebemos quantos turistas argentinos. É, a gente só tem briga com a Argentina, a questão do futebol. Aí a gente tem, né, essa questão aí de fazer falar quem é quem foi melhor, Lula ou Maradona. é uma discussão para mim que é uma não discussão porque não há nem o que se comparar, mas deixando isso de lado, né, a
gente na na realidade a gente tem na Argentina um grande parceiro comercial que qualquer governo que entre tem que respeitar o tamanho do Brasil, né, a importância do Brasil, como nós temos que respeitar a importância da Argentina. Eh, poderíamos falar de inúmeros produtos que a Argentina compra do Brasil e vice-versa, a parte de turismo e tudo mais. Eh, e tive uma conversa muito boa com eles. E tem um detalhe, eles têm interesse em eh reativar ou ativar a aquela reserva de de gás de vaca morta, que eles têm uma grande reserva de gás, que eles
querem que entre esse gás. E o Brasil precisa de gasto para produzir fertilizantes. Por que que o ovo, a gente fala assim, o ovo, a carne, o café, por que que os alimentos tão caros no Brasil, além da questão climática, que teve uma quebra de safra muito grande no Vietnã do café e a gente acabou tendo que exportar muito café, o café ficou caro no Brasil, mas além da questão da das questões climáticas, nós temos um problema no Brasil muito grande do custo da produção. E uma das partes, né, um dos componentes que encarece a
produção da agricultura familiar ao agronegócio chama-se adubo, né, fertilizantes. Dependendo da cultura, seja o café, o arroz, eu não saberia dizer qual é a soja ou o milho, o o custo da da produção eh com fertilizantes chega a 1/3, ou seja, 1/3 do custo para eu plantar determinada cultura, ela vem do custo dos fertilizantes. O Brasil só produz 15% de fertilizantes no da necessários e importa de onde? Da Rússia e da Ucrânia que estão em conflitos. Então imagina além da distância, paga em dólar, vende longe o custo do frete, imagina comprar da Argentina, da Bolívia.
Eu estive na Bolívia três vezes. Duas dessas vezes eu tive eh conversando com eles, porque ali eles a gente a Bolívia tá com dificuldade, né? inclusive com dificuldade de fazer seu seu eh financiamento. E a gente discutiu isso como a Petrobras, como nós podemos eh fortalecer essa essa essa essa relação, eh ajudar a a Bolívia a produzir fertilizantes, porque o Brasil também precisa de fertilizantes. Então, quer dizer, uma é uma via de duas mãos, né? E comércio é isso, tem que ser bom, é uma estrada de duas mãos, tem que ser bom para quem vai
e tem que ser bom para quem tá trazendo, né? E é isso que nós estamos também fazendo com a Argentina, independente de ideologia, independente de partido. Do nosso lado, né, nós não temos, quando se fala de comércio, nós não temos nenhum problema com a Argentina. Acredito que a Argentina agora que está sentado na cadeira há mais um tempo, né, que as coisas se acomodaram, né, conseguem também perceber isso por parte do ministro da Fazenda, pelo menos eu vi essa essa boa vontade, né, e em breve vamos tá indo à Argentina também, porque de novo a
gente precisa eh fortalecer essa parceria. Mas em relação ao tráfico, em relação a essa coisa, né, de de de ter que passar por território argentino, isso não tem absolutamente nenhum problema. Ministra, o André França, meu xará, que nos assiste, diz, pergunta o seguinte: "Vai ter rota paraa região norte?" E antes da ministra responder, eu digo sim, os próximos três eh mapas que nós mostraremos aqui relativos das próximas três rotas que a gente vai abordar na entrevista são justamente na região norte. Ministra, vamos começar então aqui pela rota um, conhecida como rota das guianas. Ela também
tem uma previsão atual de conclusão no ano que vem. Que rota é essa? Ela liga o que até o que e que tipo de comércio passa por ano? Perfeito. Antes me permita fazer uma correção, Barrocal, eu tô tantas com tanta coisa com o presidente Lula que diz que eu comparei o presidente Lula ao Maradona. Eu tava querendo comparar o Pelé, né, que é incomparável. É isso que eu quis dizer. Maradona. Mas eu peço desculpa, eu sempre que eu falo com sobre futebol, eu dou uma escorregada assim, mas mas tá tudo bem. Ou falo alguma coisa
errada, mas enfim. E eu entendo de futebol assim, não como a maioria dos brasileiros, mas eu entendo e gosto muito. Então peço desculpa. A senhora tem um time de futebol do coração? Ah, eu tenho. Eu vou perder muito eleitor por isso, mas não tem problema. Meu time de coração é o Corinthians por São Paulo por conta assim, olhando pela por conta do meu pai, não tem a ver com o presidente Lula e sou vascaína pelo Rio por conta do meu pai também. Então, e é, parece que os mesmos times do presidente Lula, mas é em
função assim, eh, aprendi a gostar de futebol com meu pai e aí, enfim, eh, acabei assim, eh, são dois times que mexem com o meu coração. Eh, mas sobre a rota só, ministra, esse esse entrevistador também é um torcedor do Corinthians. Agora pode falar da rota um. Vamos lá. Ah, ótimo. Sofremos um pouquinho última nos últimos tempos, mas tudo bem. Não é preciso ter emoção na vida. Eh, a rota um é a rota assim pelo lado esquerdo do meu vídeo, que é a rota de Roraãima até Aguiana, é a mais demorada. Essa não fica pronta
até 2026, porque do lado do Brasil tá tudo pronto. Inclusive o linhão de energia de Tucuruí vai ficar pronto até o ano que vem. O problema é que a Guiana, que é a antiga guiana inglesa, que hoje tem o maior crescimento de PIB do mundo, que não é nem a China, é a Guiana, que em função ali da descoberta de petróleo e tudo mais, ela tem um problema ali de de reserva ambiental por essa estrada que tá em e eles têm dinheiro até para financiar, tem muitos bancos que querem financiar e eles estão eh trabalhando
no projeto, mas é um trecho muito grande de rodovia que levaria de 2 anos e meio a 3 anos. Então, pelo lado da Guiana, antiga Guiana inglesa, é um projeto extremamente necessário que permitiria usar o canal do Panamá para alcançar o nosso segundo parceiro comercial também, que é os Estados Unidos, ou ir pro mercado asiático. mais do lado direito da minha tela, que é ali no Amapá, sentido guiana francesa, a o trecho que faltava já está em andamento, que é o que tá em pequeno ali, são quase 100 km, que é uma rodovia que tá
sendo pavimentada pelo PAC, pelo governo federal e vai permitir com que o Brasil também ajude a região de Suriname e da Guiana, porque hoje o calado que a profundidade que a gente fala ali do mar, do porto da Guiana, ele é muito baixo. Então, muitas vezes a os produtos que chegam de fora, especialmente da França paraa Guiana Francesa, já que Guiana Francesa, né, eh eh tá ligada à França, eles têm que fazer uma rota enorme. Se a gente, a hora que nós terminarmos essa rota, não só para turismo, não só para integração mesmo, as pessoas
até esquecem que a Guiana faz parte da América do Sul, né, o Brasil muitas vezes nem conhece, nós vamos poder ajudar os países vizinhos no que se refere ao nosso porto. Nós temos um porto muito próximo ali, eh, que pode fazer com que os produtos cheguem mesmo da Europa para as para Guiana Sturinami, é mais rápido, mais fácil. E também, né, fazer a integração do Brasil com a Guiana, Surinami, Guiana Inglesa e Panamá. Essa rota, eu diria que é a rota hoje da economicamente falando, a mais frágil em se refere a valores, né? A números,
não a importância porque todas elas são importantes. Mas a pergunta é do norte, a rota mais importante do norte. E aqui vai a notícia boa para quem fez a pergunta sobre o note, que deve ser morador do Amazonas, de Roraima ou mesmo do Pará, não sei quem quem fez a pergunta, é que a primeira rota a ser inaugurada pelo presidente Lula ainda esse ano é a rota dois, que é a rota cor de rosa ou lilás aí do mapa e que interliga com a rota um que na ministra, ministra, antes de então justamente a gente
vai mudar de rota aqui, vou fazer essa pergunta enquanto vai o meu preâmbulo, o Kaká vai botar a rota dois no ar, mas ministra, então a rota Rota dois, para quem nos assiste, é a rota amazônica. Mais uma vez, a senhora disse que ainda esse ano ela deve ser inaugurada, né? Ela liga o que até o que e que comércio passa nela? Tá perfeito. Ela liga lá Belém do Pará, lá o Pará, porque a gente tá colocando aqui para porque a rota eh nós dividimos, né? Amarelinho e e e lilás, mas ela pega todo pedaço
amarelo também. Ela pega o porto do de Belém, Santarém, inclusive antes e lá em Belém. Portanto, ela também é bioceânica. Ela pega o Atlântico, ela passa pela zona franca de Manaus, não vamos esquecer que aqui tem produto industrializado para levar pra América do Sul também e para outros países no mercado asiático. E ela passa por toda o estado do Amazonas por Rio. Ela é a única rota que ela é toda fluvial, não passa a rodovia, nós não estamos derrubando árvore. Ela, pelo contrário, é uma forma, inclusive de gerar desenvolvimento econômico pra região mais pobre do
Brasil, sem causar impacto ambiental. Nós estamos fazendo dragagem no rio Solimões e ela chega até a tríplice fronteira do Brasil, que é a fronteira do Brasil aqui no finalzinho com a Colômbia, né? E aqui, ó, se todos olharem com a Colômbia e com Peru. Então, nós temos uma tríplice fronteira. E pelo lado da Colômbia, o presidente da Colômbia inclusive nos pediu para, olha, coloca essa rota. E foi até o presidente mesmo da Colômbia que nos pediu, falou: "Ela tá toda pronta pelo lado da Colômbia para por paita na Colômbia". E nós colocamos a pedido ali
ali em cima a pedido dele. Eh, então ela nos interliga ao a Colômbia, ao Equador, ao Peru. E é o que mais importante, ela nos liga ao porto de Shangai no Peru, que vai nos legar levar a Shangai na China. Esta rota, ela sozinha o ano passado, o ano passado, o comércio dela, porque a gente já começou a ativar assim, ainda que não da forma eficiente, ela já aumentou o comércio dela em sete vezes ou melhor, ela ela nós já exportamos e ou esta rota, o que não fizemos nos últimos 7 anos. Então, em único
ano, nós já comercializamos o que não comercializamos uns 7 anos para trás. Imagine agora, né, com alfândega 24 horas por dia. Ali tem um trabalho, já já conversei com o ministro da justiça em relação a segurança de fronteira. Ali nós temos Forças Armadas, nós temos a Marinha, nós temos a Polícia Federal, a já com o ministro Hadad, com a Receita Federal, nós já estamos com o servidor pronto para assim que terminar ali a parte de aduana colocar mais efetivo, ou seja, mais servidores para para poder ah tá atendendo mais de forma mais equilibrada essa rota.
Eu conheço, eu já tive lá e vi que assim a estrutura tá muito avançada e o presidente pode a partir de salvo engano, outubro, salvo engano agora deste ano, eh o mais tardar novembro, enfim, ele pode tá fazendo a inauguração aí simbólica, porque ela já tá começando a operar mesmo sem a inauguração. Você me perguntou sobre produtos, né? São infinitos. Acho que a gente tem condições de preservar a Amazônia exatamente com esta rota, porque assim, não só a Ásia, mesmo a Europa, né, o mundo, né, tem muito também tá crescendo essa coisa da pegada da
sustentabilidade. Quantos produtos amazônidas, né, eh, com com carimbo da sustentabilidade podem sair, né, atendendo as populações ribeirinhas, as mulheres de cooperativas, né? Eh, isso é importante, mas nós temos já a zona franca de Manaus que produz, vai haver um fortalecimento inclusive eh, de dessa dessa zona em função da ativação definitiva. Você pega com a Colômbia de novo, já, ó, eu querendo brigar com todos os países, eu que sou a favor absolutamente da integração, né? Eu não vou discutir também qual é o melhor café do mundo, se é colombiano ou se é brasileiro. Até porque nesse
caso eu não posso opinar mesmo, porque eu não tomo café, mas enfim, como bairrista que sou, tenho que defender que é o Brasil. Mas se ainda que a gente não importe café da Colômbia ou a Colômbia não queira comprar o café do Brasil, né, a Colômbia compra carros do Brasil, né, e que que é uma que é indústria, que foi a sua pergunta, como agregar valor, né? Como tornar a esse comércio com qualidade, que é o que gera emprego, né? Que a indústria que mais gera emprego paga melhores salários, né? Então, a gente tem condições
de fortalecer a indústria automobilística e a relação comercial com a Colômbia e comprar da Colômbia também produtos, minérios, eh, e certos tipos de alimentos e grãos que o Brasil eh não produz. Eh, e a a por conta das codilheiras, enfim, por conta da do solo e tudo mais, a América do Sul também tem certos tipos de minerais nobres que às vezes o Brasil ainda não descobriu que a gente tá podendo pode adquirir é assim com a Bolívia e com Chile em relação ao lítio que tão necessário paraa indústria hoje, né? Ministra, a senhora mencionou em
uma de suas respostas iniciais que o porto de Shankai no Peru é o maior investimento de capital chinês na América do Sul, né? A senhora mencionou agora ao abordar rota dois, a rota amazônica, que é possível, em tese, que haja uma integração dela ao porto de Shangai. O que esse existe uma negociação para isso, para que isso aconteça? Existe um projeto físico desenhado? Eh, o que é preciso ser feito para que essa integração ocorra? Então, Barrocal, pela parte rodoviária, eu eu até agradeço porque eu não tinha completado a minha fala, pelo lado do Brasil, ela
é toda fluvial, né? Pensando no Norte, pensando de Belém, no Pará ou mesmo Nordeste, o Nordeste vai ser beneficiado por essa rota. Depois eu conto uma história muito rápida, muito interessante sobre essa rota, muito rápida mesmo. Mas pelo lado do Chile, ela tá pronta pelas cordilheiras no aspecto rodoviário. Então assim, a rota final do ano, ela tá pronta inteira para fortalecer esse comércio. O que a China quer do Brasil é pela dificuldade, pela demora de um caminhão que vai perdendo o fôlego, né? A medida que vai subindo as codileiras, vai faltando oxigênio na máquina, então
a o carro vai andando muito devagar, eh, é complicado passar pelas codilheiras, já passa. Eles estão com estudo, eles vieram, nós tivemos há um pouco mais de um mês no final de semana aqui com um grupo eh chinês que representa a estatal ferroviária na China. Conversamos muito sobre um possível traçado ferroviário que saia do porto de Shancai. E vocês sabem que a China faz 3 km de ferrovia por dia, o que significa, né, que eh 300 km faz em 100 dias, portanto em 3 meses. Eh, mas a ideia deles é sair do Porto no Peru,
ver qual é o traçado, aí eu não sei, sei qual é o traçado em outros países e entrar no Brasil. O que a gente foi muito muito assim incisivo e eles entenderam o recado, é que não dava passar pela rota que eles queriam, eles queriam passar pela Amazônia. Fal, falamos: "Ó, isso é impossível. Aqui nós temos a floresta, nós temos povos originários. Eh, e eles acabaram entendendo depois de toda uma análise, foram dois dias intensos de trabalho, foram 8 horas de trabalho e a ideia é fazer um traçado por baixo, pegando ali a região do
Acre, descendo, podendo pegar ali por Tocantins para que essa ferrovia possa ser acessada e chegar até Bahia, na Fiol. Então assim, o estudo que tá sendo, é, aí é mero estudo aqui, é um estudo, vai levar um tempo, você pode táar falando em 5 anos, pode táar falando em 8 anos para ver de repente uma obra dessa concluída. Ela não é impeditivo para ah o início dessa rodovia, dessa rota. A rota começa esse ano. Agora, que seria e que será algo extraordinário no sentido de desenvolvimento econômico pro interior do Brasil, paraas regiões mais pobres do
Brasil, eu não tenho dúvida nenhuma. Ecologicamente é mais sustentável, é mais seguro, eh é mais barato, né? Ferrovia, nós sabemos todos os benefícios. Mas a história que eu ia contar muito rápida é a história da azeitona. E eu acho que você já me ouviu falar dessa história, porque nós já conversamos sobre isso lá na carta capital, no evento, não foi? Acho que eu contei a história da azeitona. Hoje a azeitona que nós comemos, que é essa, sim, nós temos que reconhecer que é uma das melhores, se não for a melhor do mundo, não é a
nossa, porque a gente produz muito pouco, mas é a do Peru. Eh, a gente, eles vão até o Porto de Lima. Se você for olhar no mapa entre o Peru e o Acre, a distância é muito curta, rodoviária, né? Nós estamos muito próximos, nós fazemos ali quase que, né, tá muito próximo de Lima a a a ao Acre ou ao Brasil, mas ela não vem por terra porque não tem a duana. Nós não temos Receita Federal e tínhamos um problema com duas pontes que agora já foram resolvidas. Então essa azeitona esperava juntar carga no navio.
Ela saía pelo Atlântico, pelo Pacífico, ia pelo canal do Panamá, dava a volta pelo litoral nordestino, chegava no porto de Santos para depois andar rodoviário, né? alguns sei lá quantos quantos quilômetros, 1000, 1500, 2000 km, por exemplo, para chegar nesse mesmo estado chamado Acre, que faz divisa com Peru. Então, meio que dava fazia aí uma um um círculo aí de de quase 360º para poder chegar e agora não vai haver essa necessidade, né? Então acho que essa história acho que é emblemático para mostrar o quanto nós estamos atrasados nesse processo. Miní sobre ferrovias, malha ferroviária.
Sara mencionou há pouco aí que a China consegue construir 3 km por dia, né? uma pessoa que nos assiste e se identifica como EAS, pede para lhe perguntar e eu vou sintetizar a pergunta dela aqui. O noal chinês em ferrovia, em malha ferroviária, não poderia ser mais bem eh apreendido pelo Brasil? Nós não poderíamos ter também uma malha ferroviária muito mais ampla. Nosso país é grande como é a China. E aqui eu não me refiro apenas à ferrovia para transportar carga, mas inclusive para transportar passageiro também. Sem dúvida. Eu eu sou filha eu sou filha
de eh sou da época da geração em que a gente ainda teve o privilégio, né, de ter pegar o trem de passageiros, esse mesmo trem aí que leva até o porto de Santos na minha no meu estado. Eh, transporte mais barato, mais seguro, enfim, ecologicamente mais sustentável, né? o a pessoa, não sei se é um homem ou uma mulher, mas que me fez a a pergunta, sem dúvida, o noal eh ele pode ser compartilhado, acho que a China não teria problema nessa n em compartilhar esse expertise. Eu só faço duas ponderações fundamentais, né? Nós temos
um problema no Brasil, que não é um problema. A gente tem que preservar os biomas brasileiros. Nós temos que fazer o dever de casa e cuidar do pulmão do mundo, que é a Amazônia. Nós temos o cerrado, que é um bioma muito frágil, né? Nós temos regiões ali que requerem sim licenciamento ambiental. A gente tem que tomar todo um cuidado com isso, né? Então assim, não é tão fácil os licenciamentos, mas isso é superável porque assim, não dá para passar aqui porque tem reserva, eh tem povos originários, a gente dá volta, passa por outro lugar,
isso não é a questão, faz o traçado correto, preservando o meio ambiente. Então esta é eh uma questão a ser colocada. A segunda é capital, né? investimento. Eu comentei mais ou menos no início dizendo o seguinte: eh embora o Brasil não tem investimento, não tenha recurso público, né? não há dinheiro é suficiente para fazer resolver ferrovia porque é muito caro e um país com tantas desigualdades, com tantas necessidades, precisa eh realmente ah cuidar de outras prioridades. Nós precisamos dessa parceria com investimento privado brasileiro e investimento estrangeiro. Quem hoje tem interesse em fazer isso no Brasil?
o nosso maior parceiro comercial, porque a China também ganha com isso. Então, trazer a China os ou grupos chinês, empresários chinês enquanto consórcio, é um belíssimo negócio pro Brasil. A gente precisa avançar nesse sentido, porque só a expertise e, né, EAS, eh, que me perguntou, não é suficiente porque vai faltar o principal, que é o capital, né, que se que nem o capital privado no Brasil. O Brasil não tem eh os investidores privados que preferem fazer investimento em aeroportos, em portos, em rodovias, porque eh não tem capital suficiente. Então, essa parceria eh público-privada ou privada
de investimentos privados no Brasil com investimentos chineses, eu acredito que é um bom negócio e e que seria e que é o caminho. O Ministério dos Transportes Brasileiro, hoje capitaneado pelo ministro Renan, a Casa Civil hoje com o ministro Rui, eles estão em tratativas com com a China e com grupos chineses e poderiam depois dar melhores esclarecimentos sobre o assunto. Perfeito, ministro. Aí sobrou mais uma rota pra gente abordar de forma individualizada, que é a rota de número três, conhecida como Vond. E essa ministra é a que tem a previsão de conclusão um pouco mais
distante, né? previsão aí de 2027. Mas mais uma vez explica, por favor, para quem nos assiste, essa rota liga o que até o quê e que tipo de comércio passa nela? Essa é a rota do futuro. Mas se você olhar em cima pelo Acre, fruto do PAC, o presidente Lula já só não foi lá para inaugurar. Ele tem que ir para inaugurar, senão alguém vai falar que é dele. Porque tem isso também, eu tenho percorrido os estados, eh, e vou em todas as plenárias. fala assim: "Ah, porque não sei que aí eu vejo lá placa
de governo de estado. Falou: "Gente, eu ainda cobrei aqui no governo, falou: "Ó, gente, a gente vai ter que falar pro presidente também ir para essas regiões, inaugurar essas obras, porque senão alguém vai falar que é que, né, que que é ou do município ou do estado." A no mais ao norte ali, passando pelo Acre, a essa rota verdinha que é a rota três, ela já tá pronta. Acabamos de inaugurar as duas pontezinhas que faltavam, falta ainda fortalecer e a Receita Federal fez concurso agora para chamar e nós vamos chamar eh servidor para ficar, né?
Porque a pessoa ali vai e volta, então ela trabalha e depois ela ela ela mora distante. Então nós vamos colocar servidores que sejam realmente eh para cumprir a missão na no município. E essa rota ela já tá pronta por cima, mas é uma rota que também chega no porto de Shancai. Mas a o forte dessa rota, ela ajuda já, mas o forte dessa rota é a rota que vai nos interligar e nos ligar a Bolívia e ao Chile via China também, ou seja, vai nos levar a China através da Bolívia e e através do Chile,
mas pelo lado do Brasil, porque que ela é rota do futuro? Se nós olharmos hoje Mato Grosso sozinho, não o meu estado, o estado do norte, Mato Grosso sozinho, ele é responsável hoje por mais de 22% de toda a produção agrícola do Brasil e consequentemente das exportações. Não é pouca coisa. 1/4 dos alimentos, né, que são exportados praticamente saem de Mato Grosso. Mato Grosso é o segundo maior estado do Brasil. Eu não sei quantas Europas ocidentais cabem dentro de Mato Grosso, mas uma com certeza vai caber. Só para ter uma noção aí da, né, geográfica
da distância. Mato Grosso dá para usar a rota 4, dá para usar eh eh outros outros caminhos que seria o Atlântico, mas o ideal para ela, para ela também se tornar continuar se tornando competitiva e tudo mais, essa rota três. Qual é o grande gargalo hoje? Não é pelo lado brasileiro, porque é fácil colocar o Fândig aí na fronteira com a Bolívia. O problema é que a Bolívia hoje passa por uma dificuldade econômica financeira muito grande. Os bancos de fomento não têm condições de financiar. Vamos aguardar aí a próxima eleição. O Brasil tá procurando ajudar
para que nesse que aparece ali, nós temos dois trechos, eles já estão fazendo projetos, eles estão fazendo projeto inclusive ferroviário, estudos ferroviários, Santa Cruz de La Serra, a Cotiabamba, eh ali também no em asfalto. Se a gente asfaltar esses dois trechos em aí a rota tá pronta, só que o projeto ainda tá sendo elaborado. Por isso que eu acredito que nós estamos falando aí de algo em torno de 3 a 4 anos. Qual a importância da nossa proximidade com a Bolívia, né? A Bolívia, como eu disse, tem o gás para fertilizantes, mas tem minerais nobres
pra nossa indústria, né? Poder começar a produzir também eletrônicos de forma mais com maior robustez, né? E pelo lado da Bolívia, né? O Brasil tem comodes, né? Tem carne, tem grãos, né? Tem alimentos, tem semielaborados, né? Então, ao invés da Bolívia comprar produtos semielaborados dos países muitas vezes vizinhos ou fora, né, pode comprar no Brasil. É assim, só título de curiosidade, né? Quando você fala, olha ali por Roraima, que era a rota um via Venezuela, via Guiana, né? Nós exportamos colchão, nós exportamos camas, nós exportamos esses produtos. Muitas vezes deixamos de exportar algo que parece
assim que é indústria, mas não é uma indústria elaborada, porque não tem às vezes uma alfândiga, uma segurança na fronteira, uma rodovia, uma cabotagem que às vezes é um é eh na realidade é trafegar pelo rio, né? No caso da Bolívia com Corumbá, que é ali a região do Pantanal no meu estado mesmo, né? né? Às vezes o que falta é uma cabotagem ali, ali, uma um alfândica com navios que possam estar de barcaças ou de barco levando produtos semielaborados pros países vizinhos e vice-versa. Ministra, para terminar, a gente já tem quase uma hora de
entrevista aqui que era a duração máxima combinada. todos esses projetos aqui das cinco rotas de integração, quanto já foi investido neles e quanto ainda falta investir para concluir todos os planos? Por incrível que pareça, Barrucal, do lado do Brasil, eh, os investimentos estão todos previstos no PAC, porque nós fizemos concomitantemente com PAC no início do governo do presidente Lula. E falta muito pouco. Quando eu falo muito pouco é muito pouco mesmo. Eu dou exemplo da rota 4. Na rota 4 eh nós temos ali algo em torno de 300 a 400 milhões do PAC. É isso
que tava já tá sendo executado, o dinheiro já tá, o orçamento já tá reservado, né? Do lado ali da rota um, só falta aquele, do lado do Brasil, aquele trecho ali no Amapá, são 100 km, que é um pouco menos que isso em valores. Então, se você for olhar o custo benefício, que significa no aspecto cultural, né, e a própria Constituição brasileira, ela escolheu em 1988, ela colocou lá num dos primeiros artigos, né, que a questão da integração latino-americana, econômica, social, cultural é princípio básico, né, da da determinação, é objetivo, um dos objetivos principais eh
do Brasil dentro desse custo benefício, em menos de um ano, a gente tem a reposição desses valores no que se refere a turismo, né, a a UNI, no que refere a gastronomia, a geração de emprego e renda para ambos os lados. Agora eu tô falando basicamente só de América do Sul. Que dirá, né, do fortalecimento da balança comercial? Você me fez a primeira pergunta e eu concluo então com ela, né? Quando lá atrás você falou assim, nessa crise aí, né, nessa nossa nova mudança geopolítica mundial, né, com esse posicionamento de Trump, eh, mais ainda ficou
importante essas rotas de integração sul-americana, elas ficaram estratégicas pro Brasil. O Brasil agora tem condições de oferecer pro mundo o que os Estados Unidos hoje estão se acusando a fazer ou colocando barreiras alfandegáas. E não só alfandegaras, é importante se dizer, né? Porque não é só barreiras fandegaras, são barreiras humanitárias. E isso ainda é mais grave, né? Eh, barreira humanitário, que se refere a a reconhecer a cidadania de outros países, né? A reconhecer que não há hierarquia entre um americano ou um chulo-americano, americano e um chinês. Entre um chinês e um africano, não há hierarquia.
Então, dentro desse processo, eu eu acredito realmente que o Brasil vai ganhar de ambos os lados, né? Mesmo com essa crise, nós podemos ainda vender mais, não só pra China, mas mesmo pros Estados Unidos, né, dentro de desse processo, porque o mundo vai ficar mais caro no que se refere ao seu comércio. Então assim, eu sou uma eterno otimista e sou apaixonada pelo Brasil, né? Então eu eu eu vejo sempre nas crises, né, sempre oportunidades. Acho que o Brasil tá vivendo um bom momento. Não posso encerrar ao agradecer a carta capital para dizer que, lamentavelmente,
o grande problema do nosso governo é a questão da comunicação, porque a gente não consegue e não é, e o Sidôio tem feito um trabalho belíssimo, mas a gente não consegue mostrar nesse país polarizado, né, que nunca eu não não vou comparar o governo do presidente Lula do um e dois com esse, mas assim, nunca nós tivemos condições tão favoráveis e a gente não consegue mostrar pra população Acabou de sair um número, né? Nós estamos no menor índice de desigualdade social dos últimos mais de 20 anos. A gente tá com uma média salarial eh acima
da inflação, com crescimento real. Nunca há quanto tempo? Não é que nunca, quanto tempo o Brasil não crescia 2 anos consecutivos com PIB acima de 3%. E olha o que eu tô dizendo, nós vamos surpreender no crescimento do PIB esse ano. Provavelmente podemos não chegar a três, né? Mas vamos surpreender eh todas as análises feitas aí. Eh, enfim, né? Nós estamos com programas sociais que geram renda, fazendo investimentos na educação como pé de meia. Então, a gente tem tantos números positivos que eu não vou me delongar mais porque o tempo acabou, né? e a gente
não consegue, lamentavelmente, chegar assim numa conversa racional com as pessoas, né, com equilíbrio e moderação, mostrando eh todo o lado eh positivo da do avanço dessas políticas públicas. Mas eu acredito que temos aí mais um ano para fazer esse trabalho e a população eh sempre ter esse otimismo que é fundamental eh com o Brasil, né? Porque nós podemos, temos que acabar com esse complexo de viralata que de que só, só lá fora é melhor, tudo é melhor. No comparativo, ninguém compara o que o Brasil tem de melhor. Esquecem, só compara o que o Brasil tem
de pior. Então essa essa essa comparação aí, essa injustiça tem que terminar, né? Perfeito, ministra. E para encerrar aqui a nossa entrevista, eu vou fazer um comentário aqui, vou ler um comentário que vou resumir um comentário que chegou do público. Tivemos gente que elogiou a sua entrevista, gente que criticou, mas o Vladimir, a pessoa que se assina como Vladimir Silva diz que para pensar essas rot, para tirar essas rotas de integração do papel, foi preciso muita inteligência. E ele diz que considera a senhora muito inteligente e merecedor, inclusive ser presidente do Brasil. Não, vamos vamos
reeleger o presidente Lula, né? Temos um grande trabalho, assim, mas agradeço muitíssimo o carinho, né? Assim, como mulher, procuro sempre representar as mulheres brasileiras, né? Assim, acho que ainda temos muito que avançar, inclusive e nessa pauta de gênero, né? E fico muito feliz, se me permite aproveitar para dizer que quando fui apoiar o presidente Lula, eu fiz praticamente alguns pedidos de políticas públicas e dois já estão implantados, né? Um é o pé de meia, que era que eu tinha prometido como candidato a poupança jovem, mas o segundo era igualdade salarial entre homens e mulheres. Então
a lei que há há 10 anos a gente lutava no Congresso Nacional como senadora, foi aprovada. Hoje a lei já existe, lamentavelmente, né? A Confederação Nacional das Indústrias judicializou, tá na justiça questionando que não podia dar essa transparência, que a gente exigia a transparência, que a gente quer saber quantas indústrias pagam para um homem e para mulher que estão com o mesmo currículo, claro, né? no mesmo emprego, com o mesmo tempo de serviço e tudo mais, mas assim, eh, isso avançou, então, que é mais um exemplo de avanços que a gente não consegue, né, depois
capitanear no sentido de ganhar eh reconhecimento, o governo reconhecimento por isso, mas assim, estamos no caminho certo. Vamos mirar aí a uma possível candidatura, né, não podemos falar ainda no processo eleitoral pela lei eleitoral, mas a uma pré-candidatura aí do presidente Lula. Acho que temos muito que trabalhar juntos pelo Brasil. Mas agradeço realmente o carinho e agradeço as críticas construtivas, porque democracia é isso. É por isso que eu gosto tanto da democracia, né? Tudo seia que nada sei. A gente tem sempre que aprender e ter a humildade e reconhecer também eh não só que não
sabe nada, não só que nós não, realmente não sabemos nada, mas também reconhecer eh que não temos a as jamais, né, a as verdades, as verdades absolutas. Então, muito obrigada, Barroca. Obrigada a carta capital por, né, encampar essa causa. Eu falo que eu sou ministra do planejamento e orçamento, as pessoas me apresentam assim agora com a palavra, ministra do planejamento se monite. E aí começa a fazer só perguntas sobre orçamento, que é importante, mas ninguém faz perguntas sobre planejamento. E você me permitiu aqui falar das duas, vamos dizer assim, dos dois carros chefes do nosso
ministério, né? planejamento de médio prazo, que é a estratégia, as rotas de integração sul-americana e planejamento de longo prazo, que depois o conselhão vai ratificar agora lá para setembro, outubro, pra gente poder entregar o Brasil, o Brasil que nós queremos pros próximos 25 anos. Perfeito, Ministro. Então, com essa sua resposta, gostaria de encerrar a nossa entrevista e de mais uma vez agradecê-la pela gentileza de ter atendido aqui ao nosso pedido. Muito obrigado. Eu que agradeço. Obrigado. E para aqueles que nos acompanharam até agora, eu vou repetir os recados de início da transmissão. Gosta aqui do
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