Leitura, suas mediações, seus mediadores| Marisa Lajolo

16.48k views4578 WordsCopy TextShare
SisEB São Paulo
Marisa Lajolo participou do 8˚ Seminário de Bibliotecas Públicas e Comunitárias em 2015 e falou sobr...
Video Transcript:
[Música] o tema proposto para a mesa é do que falamos quando falamos em mediação achei extremamente interessante o caio recorrer um pouco e tecnologia questão da metade da divisão não é a questão a mediação está na moda ea mediação está na moda na área da leitura ea mediação é quando eu digo que ela está na moda é porque até você tem certas identificações profissionais pessoas que se definem como mediadores de leitura você tem uma série de eventos atualmente a leitura eu nem sei se a gente pode acreditar que ela está em crise portanto evento tanta
festa tanta feira tanta palestra tanto encontro ninguém é que realmente nós somos completamente incompetentes e com todos esses encontros nós somos incapazes de transformar o país num país de leitores o efetivamente a gente lê muito mais do que se pensa que se lê atualmente eu tendo a acreditar que a gente lê mais do que se pensa do que nós pensamos que se lê então eu queria tomar a noção de mediação a partir de uma noção a de literatura cultura suas mediações e seus mediadores eu só queria chamar a atenção que eu vou particularizar a questão
da leitura literária embora isto vale também para qualquer tipo de leitura a minha dúvida atual é sobre o que é mesmo a leitura literária que mesmo a literatura o que diferencia um livro de literatura de um livro de auto ajuda a bíblia é ou não é a literatura até interessante porque eu ganho a vida sou professora de literatura então supõe se que haja alguma coisa chamada literatura específica que esta coisa possa ser ensinada que deva ser aprendida atualmente tenho minhas dúvidas se a literatura em toda essa especificidade esse charme esta glamour que se atribui a
ela todas as vezes em que o caio se referiu a uma questão da assimetria social no brasil único campo em que a autoridade o autoritarismo não são comentados no campo estético é porque eu não posso dizer que eu gosto de a ser difícil dar um exemplo mas o meu próprio livro porque eu dizer que eu gosto de um livro que eu escrevi que o melhor livro do mundo e dizer que eu acho chatíssimo de machado de assis que eu nunca sei quando acaba o que acontece se traiu ou não traiu eu gosto de saber romance
de amor se a mulher trai o marido não porque é melhor o machado de assis do que o que eu leio nos sabrina do que o livro o sonho do que eu nem qualquer revista semanal se uma coisa interessante que a mim me preocupa muito porque eu tenho certeza que os meus alunos os verdadeiros né porque aqui hoje vocês são todos muito gentis bem comportados realizá-los verdadeiros que a gente dá nota que na hora do café de cinema mas ela não gosta que diga isso eles não dizem aquilo que ela não gosta eu acho que
esses alunos eles gostam muito mais dele sabrina porque machado de assis mas eles jamais terão coragem de conversar comigo eles com certeza serão muito mais harry potter do que eles leram qualquer um dos livros que eu peço que eles leiam mas eu sou incapaz de transferir para o red potter que eles gostam de ler aquilo que os treinei a dizer quando eles lêem maria rosa então é um pouco a partir dessas noções que eu vou entrar na noção de mediação eu vou puxar a noção de mediação a partir de uma fala do professor antônio cândido
neves de uma fala é de um texto de um livro deles da formação da literatura brasileira onde ele deixa de lado essa questão muito chata do que é literatura é para a realidade a contra a realidade a sobre a realidade disse olha é o conjunto de produtores literários mais ou menos conscientes do seu papel eu adoro esse mais um menos né um conjunto de receptores formando os diferentes tipos de público olha que plural simpático o uso de diferentes tipos de público nos alunos eles podem gostar de ler harry potter até o fim da vida é
que eu vou discutir harry potter para enganar os 19 primeiros ele harry potter depois ele graciliano ramos eu tenho todo direito de preferir graciliano ramos qualquer um tem mas assim como eu tenho esse direito ele também tem e nesse momento toda fala isso da instituição que o caio levantou é isso a literatura é uma instituição do chamado cânion da literatura aquelas obras que estão a cair no vestibular as pessoas têm que ler fazer em tese a respeito etc são quase como uma instituição tão diferentes tipos de público e um mecanismo transmissor de modo geral uma
linguagem traduzida em estilos bom então eu vou ficar com essa noção de literatura porque ela tem uma vantagem que é a gente representa ela bonitinho como um triângulo então eu tenho uma literatura é um conjunto de obras um conjunto de públicos e um conjunto de autores caprichei nessa setas com duas pontas porque aí existe uma questão talvez tão importante quanto a noção de mediação que a noção de interação ea noção de aproximação então os autores interagem para produzir obras estas obras elas nasceram pra ficar no fundo da gaveta da casa do escritor nem apenas na
estante da biblioteca essas obras são escritas com a intenção e com o desejo de que as pessoas leiam essas obras então eu tenho um outro momento de interação que a interação entre as obras e os públicos e também e cada vez mais eu tenho um terceiro tipo de interação que é a interação dos públicos com os autores e vejam que todas essas feiras literárias festas literárias passeio na biblioteca de 60 e tal tem algum escriba que até lá sentado conta como ele escreveu eu fiz então pensei um dia o professor aí o aluno ninho ou
da própria cabeça o teleguiado pela professora pergunta mas o senhor acha mesmo que é possível que os jovens mudem o mundo aí o autor de cinco claras porque como vai por aí adiante eu gostaria de propor que a nossa discussão com literatura de literatura ela abra um pouco mão daquele otimismo que nos batiza todos que somos profissionais de alguma forma ligados a isso e nós pensarmos as formas pelas quais tudo isso se institucionalizou e num certo sentido eu também gosto de pensar que esse triângulo é que representa o sistema literário e ele não é um
triângulo embora ele seja que lateral ele tenha lados iguais o vértice é mais importante que os outros é claro que seria muito interessante eu nunca consegui ninguém que me ajudasse a fazer um triângulo que se movesse é que de vez em quando as obras estivessem lá no vértice superior de vez em quando os públicos e de vez em quando os autores e é curioso que quando eu penso no ensino da literatura quando eu penso nesses eventos de literatura eu geralmente privilegiou obras e autores é dificilmente o público tem muita vez hoje tem hoje fala se
muito de público existem tendências dos estudos literários que trabalham com a noção de estética da recepção com a noção de história social da leitura e vai por aí adiante mas tradicionalmente a gente sabe que é para dizer que olavo bilac é parnasiano que o parnasianismo gostava de palavras difíceis que o modernismo rompeu o convencionalismo do parnasianismo aí depois eu também aprendo que o console os dias era um escritor mestiço porque a mãe dele era negra era filha de uma negra com índio pai dele era português então a poesia indigenista do gonçalves dias tem a ver
com a sua etnia a questão de obras de autores é uma questão que já está mais ou menos mapeada do que a gente diz relativamente a esses assuntos o que falta agora talvez é aquilo para que nós possamos contribuir mais é a discussão do que o público como é que ele se comporta o que ele faz ele fica contente com o que a gente faz e vai por aí adiante é interessante a pensar que essa obra esse público e esse autor aqui graças ao meu aluno guilherme eu conseguir fazer um pouquinho de movimento não é
a idéia de que todos trocam de posição é claro que eu nunca vou agredir uma pessoa que vai estar com o meu livro que diz alguma coisa nova iguaçu rj você não entendeu o que eu quis dizer eu digo que são idiotas as pessoas em geral que não entenderam a profundeza do que eu digo pra machado de souza machado de assis mas esta inversão de papéis ela não costuma acontecer com muita facilidade mas o que eu queria dizer que eu passo aqui já para a segunda e penúltima parte da minha fala é que esta relação
essa interação da obra com o autor e do autor com a obra esta relação da obra como público do público com a obra e essa relação do autor como público do público com o autor ela é com seguida ela é produzida é feita eu tendo a achar que 'mês cauta velmente ela precisa de mediadores por exemplo quando a gente escreve um livro e aqui vários são editores não é e você chega lá no escritório do editor com a sua obra que você acha que é a quinta maravilha do mundo por maravilha vai virar o mundo
a editor de ler o seu livro se você tem essa sorte né mas ele pode dizer assim olha mas você tem aqui umas passagens que sugere uma questão de aborto e se o seu livro para jovens adolescentes a gente não pode tratar disso você então por favor você tira isso tem duas alternativas ou eu tirei meu livro editado eu não tive talvez meu livro não seja editada a uma mediação entre o escritor o autor e obra eu dei um exemplo radical de média são mas claro que eu tenho aqui o ilustrador eu tenho cá pista
eu tenho quem dá o nome do livro eu tenho a discussão do tamanho do livro se vai ter capítulo numerado capítulo com o nome ou seja uma obra literária é uma certa ingenuidade a gente acha que ela sai da cabeça do autor e vai transpor os olhos do eleitor não tem toda uma cadeia que vai da cabeça do autor até o objeto livro que esse autor escreveu e essa mediação é feita por diferentes profissionais da mesma maneira a relação entre a obra eo público ela também uma relação é uma interação que exige mediadores e aqui
é que nós nadamos de braçada porque eu tenho claro alguns mediadores são mediadores como é que eu vou dizer - lisonjeado socialmente por exemplo o vendedor de livros por exemplo o distribuidor de livros por exemplo aquela delegada criatura que no começo do ano vai para a sala dos professores levam sacolas e pastas de livros e conversa com os professores de porque que aquilo é para para adaptar a este mediador vai falar com o professor e depois é essa mediação que ele faz vai transformar o professor no mediador mais ou menos competente em relação aos alunos
o livro que esses alunos vão ler eu tenho entre a obra eo público eu tenho também é completa mediação do professor e do bibliotecário é é sempre interessante é saber quais são os livros que estão expostos na entrada da biblioteca quando é sempre interessante pensar quais são os livros que estão no cantinho de leitura da sala ou quais são os livros que são dados de prêmio para os alunos quando eles fazem alguma coisa boa então esta mediação é extremamente importante e nós temos aqui aqui é se eu você e eu gosto de pensar as coisas
historicamente muito antigamente essa mediação não era muito profissional nos termos do público e da obra antigamente estou pensando brasil século 19 eu tinha famílias leitoras e que num certo sentido os as práticas de leitura o gosto pela leitura as opções de leitura ocorriam no ambiente doméstico eu tenho hoje uma situação completamente diferente eu eu quase que várias quase não várias vezes fala-se na escola como sendo como necessitando usar as reuniões de pais e mestres para tornar os pais leitores e dessa forma favorecerem o trabalho da leitura no ambiente familiar que onde num certo sentido ele
ocorre ele ocorre historicamente com mais naturalidade em relação da obra como público é extremamente interessante e de novo nós temos agora alguns estudos muito otimistas em relação a isso porque claro eu tenho um lançamento de livro então eu vou lá a sua fila comprou o livro o escritor proen para marisa lajolo com um abraço agradecendo a presença de 60 e tal motores mais modernos ele já tem dedicatória no livro só falta o nome da pessoa então assim para o espaço em branco e sem com a admiração do e assina ele vai para um evento de
literatura em que por exemplo vamos supor que machado de assis fosse vivo estivesse aqui a ele todo respeitoso de baixarias exposto de oferecer o meu livro claro que machado de assis já está com a mala cheia de 60 vai dizer não meu banda pra minha casa aqui no endereço diz claro sim a pessoa abre o livro e só pois o nome machado de assis por uma dedicatória que ele já pois nos 100 exemplares que tem naquela mochila que ele tem pra fazer farta distribuição ao público mas essa relação da obra como o do público com
o autor ela é importante porque o público sas pessoas se sentem importantes de ter livros autografados as pessoas se sentem importantes de tirarem retrato junto com o autor de quem elas gostam e o autor precisa deste desta classificação da sua fama para que os seus livros continuem sendo vendidos e sendo lidos né devem achar que meu horóscopo e hoje dizer que ia dizer que eu devia ser pm está etc e tal não é mas não é nada disso acontecendo só realista tudo bem agora parece que empacou aqui em castigo da minha e do meu mau
humor é um é o que eu já disse as várias medicações que ocorrem entre esses três vértices do triângulo eu queria agora é pensar estou na terceira e última parte da minha apresentação que basicamente a dois tipos de mediador é um tipo de mídia pra gente não pensar que o mediador é sempre do mal o que o mediador ele sempre tá tá por fora do livro vários autores como narradores ou como poetas eles fazem a mediação entre aquilo que eles estão escrevendo e o público aquilo que eles acham que o público queria ler ou aquilo
que eles temem que o público não tenha entendido então vejam muitas vezes eu tenho três trechos de livros nos quais vai sempre ficar com o romance com poesia nos quais o marcador ou seja o autor pela voz do narrador se dirige ao leitor e quando ele se dirigia ao leitor mesmo que ele diga leitor por esse pedaço que é muito chato ele tá mostrando o leitor que é solidária que ele está ali tô contigo meu é chato mesmo vamos lá ver o que a gente faz eu queria pegar dois grandes autores um deles ao pedro
bandeira é o autor de larga leitura espontânea além da leitura indicada pela escola e memórias póstumas de brás cubas de machado de assis que é um clássico é uma obra do cano brasileiro o comecinho do feiurinha que é um belo livro do pedro bandeira começa assim você se lembra não é quase todas as histórias antigas que você leu terminavam dizendo que o príncipe encantado casava com a princesa etc e tal pois fique sabendo que mesmo sem querer eu tive essa oportunidade e é isso que eu quero contar pra você vejam que coisa fantástica de propaganda
e de difusão da história que começa dentro desse livro então há uma pressuposição de que o leitor tenha um cacife de leituras ou de conhecimentos de histórias de fadas de princípio de casamento então esse narrador ele já longe o leitor de sua irmã nós somos da mesma família você como eu sabe que nas histórias são assim mas vejo a minha sorte eu vivi uma situação dessas e agora eu vou contar pra você esse leitor está sendo puxado para a dimensão do narrador que conhece as coisas tudo bem isso é pedro bandeira fim do século 20
uma obra em infanto-juvenil machado de assis brás cubas começo do livro que me conste ainda ninguém relatou seu próprio delírio faço eu ea ciência agradecerá se o leitor não é dado a contemplação desses fenômenos mentais pode saltar o capítulo vai direito a narração mas por menos curioso que seja sempre digo que é interessante saber o que passou na minha cabeça durante uns 20 a 30 minutos vejam que danado em bem que eu queria ser uma professora dessa saída está chata aula eu sei vai tomar seu café depois e volta que melhora mas veja que enquanto
estiver tomando seu café talvez a gente discuta uma coisa que te interessa que é exatamente o que o velho bruxo faz ele faz isso em toda obra dele é das coisas mas é aquilo que a gente chama de metalinguagem de ideologia nem vários nomes técnicos para isso mas o eleitor ele se sente amarrado nessa história independente de toda a análise que a gente venha a fazer então vejam que me conste ainda ninguém relatou o seu próprio delírio faço eu ea ciência agradecerá mesmo que aqui uma certa é vaidade não é eu sou o único eu
sou o primeiro ninguém fez isso a ciência vai me agradecer porque eu faço isso eu sou bom mas se o leitor não é dado a contemplação desses fenômenos mentais pode saltar o capítulo mas vejam que se o leitor não é dado a contemplação desses fenômenos mentais esse eleitor não tem dia com a ponta da ciência que a ciência está interessada no que ele vai dizer se o leitor popular leitor um bom como está fora do jogo leitor não tem cacife pra ler aquilo mas e aqui vem o golpe de mestre por menos curioso que seja
sempre digo que é interessante saber o que se passou na minha cabeça durante uns 20 a 30 minutos então digamos que o eleitor vai dar um crédito de confiança o narrador e vai pra página seguinte tudo bem bom aí é interessante eu pensar que na passamos agora para a iconografia vejam que o que aqui a gente viu foi uma linguagem verbal foi a representação da mediação da leitura do leitor inscrita dentro do texto literário aqui eu vou ter dentro de uma outra linguagem que é constante também na literatura eu ter diferentes representações de leitura eu
tenho é aqui uma adulta lendo com uma criança eu acho extremamente interessante a diferença entre libertar uma criança ler como uma criança já é ótimo ler para uma criança não tô falando mal mas vejam que eu tenho a atitude das duas adultas representados nessas figuras elas estão a próximas das crianças de olhar de todos está voltado para o livro que está na mão dela então eu tenho aqui a noção de uma mediadora a noção de mediadora esqueçam que criam coletividades de leitura e aqui uma fase a minha propaganda feminista é muito raro a gente encontrar
exemplos de mediadores masculinos de leitura na tradição ocidental geralmente ele o livro quando está nas mãos do homem é esse homem uma autoridade pegue retrato de tudo supremo tribunal federal e hoje é ótimo que todo jornal por mais amplo que seja entrevista o promotor alguém tem sempre uma estante de livros por trás presidente da república então instante completa né eu gosto muito de uma de um quadro que tem do dom pedro que ele estava com a mão zona apoiada no livro assim olhando pela janela ou seja a representação da leitura masculina é uma leitura de
poder social e político ea representação da leitura feminina é uma leitura de lazer é uma leitura de sonho de escapismo claro que eu sou suspeita pra dizer isso mas eu acredito piamente que isso é assim e aqui pra chegar o meu querido monteiro lobato nós temos aqui é por excelência a mediadora de leitura tradicional da nossa cultura literária que é a dona benta não é eu tô aqui me aproveitando um pouco de uma pesquisa de uma aluna minha patrícia geraldo romano professora da universidade federal do pará no campus de marabá ela estava estudando no doutorado
dela figura da dona benta estou passando tempo 5 bom então é a se graças à patrícia a gente está estudando diferentes formas pelas quais a dona benta faz a mediação de uma coisa extremamente interessante é que em nenhum momento a dona benta se nega e se a esse papel ea gente lendo a obra de lobato mais ou menos uma forma seqüencial a gente vai perceber que a dona benta tanto conta histórias que ela conhece como ela conta histórias às crianças querem saber alguma coisa sobre peter pan ela manda comprar o livro é o livro a
emília derrubou do quixote da estante a dona benta começa a ler dom quixote com as crianças as crianças acham correm não entendem nada linguagem difícil aí a dona benta está bom então vou contar a história com as minhas palavras similares com as suas não com as suas mil minhas o pedrinho da tia nastácia da narizinho ea dona benta de cineminha vou fazer isso mas quando vocês forem grandes você já tá de lewy o história conservante escreveu etc e tal então ea quem se interessar por discutir questões de mediação formas e modalidades de mediação dona benta
é uma mestra maior e aqui a gente tem duas situações típicas de mediação de leitura a de cima é numa escola na de baixo é de uma biblioteca então eu tenho situações em que eu tenho profissionais encarregados da produção da organização e do desempenho de eventos e de atividades voltadas para desenvolver o amor os livros o amor à leitura o legal é que a pessoa goste de ler e não leia por obrigação se ela não gostar de ler também não vai pro inferno por causa disso tem gente boa que não gosta de ler mas a
nossa função é fazer as pessoas lerem gostando daquilo que elas mente geralmente dá certa maior parte do mundo gosta de ler né então a gente pode ser mais ou menos otimista relativamente à função que a escola que a biblioteca como instituições maiores da leitura estão desenvolvendo mas vejo que é curioso que se tivesse mais que cinco minutos eu ia voltar para aquele primeiro slide tem o texto de pedro bandeira da feiurinha e o texto de machado de assis onde a mediação está dentro do próprio história não é uma nota de rodapé não é nada mas
vejam que hoje nós estamos num momento em que existem suplementos de leitura então aquela editora sensacional e sintática para qual eu fui levar o meu livro que me sugeriu que eu tirasse as ervas que sugeriam aborto eu tirei as verbas que surgia serras que sugeria um aborto mas a editora quer fazer um suplemento de trabalho o suplemento de leitura então se por exemplo na história vai ter um campeonato concurso de músicas eu vou ter um suplemento de leitura que vai sugerir que os alunos façam panfletos e folhetos para divulgar uma música daquele consulta daquele concurso
então vale a pena você observar um pouco conhecido que aparece nos suplementos de leitura por um lado o suplemento de leitura e aqui de novo voltar meu mau humor ele supõe que o professor em capaz de adaptar aquilo que está sendo lido a realidade da classe que está lendo aquilo mas isso é absolutamente essencial hoje né não é isso mesmo o que eu preciso pensar e quais são os bons suplementos de leitura e condição os maus suplementos leitura se eu digo assim ora direis ouvir estrelas e fazer uma pergunta o que é que ele ouve
ouve borboletas corujas ou estrelas é um mau suplemento de leitura porque isso é absolutamente óbvio e repetitivo e não perde nenhuma nenhuma interação efetiva nem aqui eu gostaria de pegar aquela média se onu é que faz um trocadilho mas pensar numa interacção que é o leitor agindo naquilo que ele lê e aqui para chegar ao fim eu pensaria que num certo sentido o livro digital contemporâneo eo livro digital contemporânea ele vai muito bem obrigada no mundo infantil juvenil e no mundo de ensino no mundo didático né e aqui é interessante a gente pensar que esses
que bons livros digitais com esses três que estão aqui eles são todos premiados pela feira internacional de bolonha e eles são livros que pedem uma interação muito forte com a do leitor com aquilo que ele está eu já nem sei se a gente usa a palavra lendo para isso ele está navegando naquele e-book naquele e hipertextos então por exemplo e sidão réver é um livro de poesia onde os poemas são perfeitos são problemas tem só três versos só três linhas ea ilustração da página é um desenho que tem digamos três planos ou superior ou médio
inferior o leitor mexe o verso e com isso mexe ilustração o méxico ilustração e com isso mexe o verso então digamos que é um livro que te torna junto a partir de um conjunto de dados que são fornecidos que torna um co-autor do poeta e um co-autor do ilustrador o livro mais de baixo aqui é droid of police é uma odisséia para crianças eu vou descer e book aonde você tem vento que leva o barco você tem um cavalo de tróia que você abra barriga do cavalo saem os soldados tocam fogo em tróia os guerreiros
lançam setas mas é claro que você tem que fazer uma porção de coisas para que isso tudo aconteça e você constantemente chamado a participar e dizer o que você está achando de tudo aquilo que está acontecendo e último comentário é um livro brasileiro foi também premiado am em bolonha quem soltou o thun é claro que a gente já ri a partir deste título até descobrir que tudo é o nome de um cachorro e que esse cachorro faz várias travessuras o texto é narrado por uma voz infantil e as travessuras o leitor complementa as travessuras que
o cachorro faz digitando ou mexendo escorrendo de de 60 e tal então eu acho que a gente tem a questão da mediação ela é uma questão que tanto é externa ao texto e ao livro como no caso dos professores bibliotecários e mediadores de leitura quanto ela pode ser interna ao livro como é no ibook como ela pode ser interna o texto como ela é no pedro bandeira e machado de assis muito bem ponto final
Related Videos
Notícias Univesp - Racismo em Monteiro Lobato - Marisa Lajolo
13:36
Notícias Univesp - Racismo em Monteiro Lob...
UNIVESP
39,485 views
Livros 88: Monteiro Lobato Livro a Livro - Marisa Lajolo
15:44
Livros 88: Monteiro Lobato Livro a Livro -...
UNIVESP
10,454 views
COMO MEDIAR um PAINEL EM EVENTO?
13:49
COMO MEDIAR um PAINEL EM EVENTO?
A Central do Conteúdo
19,723 views
Como ler e se deleitar com o texto?
16:41
Como ler e se deleitar com o texto?
Lara Brenner
72,022 views
Marisa Lajolo - O que é literatura? | Grandes Diálogos no Memorial
1:16:55
Marisa Lajolo - O que é literatura? | Gran...
Unesp Oficial
341 views
Mesa-redonda | Inteligência a serviço da inteligência - As bibliotecas no tempo da IA | 15º SBV
1:06:01
Mesa-redonda | Inteligência a serviço da i...
SisEB São Paulo
844 views
Ciência e Letras - A formação do leitor
26:34
Ciência e Letras - A formação do leitor
Canal Saúde Oficial
17,443 views
Práticas de leitura: mediação de temas fraturantes na literatura
2:00:31
Práticas de leitura: mediação de temas fra...
Companhia na Educação
4,575 views
Raiva de Monteiro Lobato - Mario Sergio Cortella
13:12
Raiva de Monteiro Lobato - Mario Sergio Co...
Canal do Cortella
2,101,354 views
QUEM SOMOS NÓS I Memórias Póstumas de Brás Cubas por Alcides Villaça
1:06:35
QUEM SOMOS NÓS I Memórias Póstumas de Brás...
Quem Somos Nós?
112,135 views
Marisa Lajolo no Globo News Literatura   11/12/2015
8:11
Marisa Lajolo no Globo News Literatura 1...
Editora Unesp
7,166 views
A FORMAÇÃO DO LEITOR LITERÁRIO
1:36:00
A FORMAÇÃO DO LEITOR LITERÁRIO
PalavrasEMmovimento
2,449 views
Depoimento de Antonio Candido no Simpósio Graciliano Ramos - 75 anos do livro "Angústia"
37:21
Depoimento de Antonio Candido no Simpósio ...
TV Cultura
84,642 views
RESUMO DE "COMO LER LIVROS" - MORTIMER ADLER | Insight BP
12:20
RESUMO DE "COMO LER LIVROS" - MORTIMER ADL...
Brasil Paralelo
1,491,168 views
Introdução a DAVID HARVEY — Aula #4: O direito à cidade e as cidades rebeldes | ERMÍNIA MARICATO
1:56:40
Introdução a DAVID HARVEY — Aula #4: O dir...
TV Boitempo
23,482 views
Ricardo Azevedo | Episódio completo: Literatura infantil, a pequena gigante | Super Libris
28:04
Ricardo Azevedo | Episódio completo: Liter...
SescTV
36,669 views
Memória - Palestra da Dra Ana Claudia Quintana Arantes
1:16:39
Memória - Palestra da Dra Ana Claudia Quin...
Ana Claudia Quintana Arantes
501,865 views
O PAPEL DO MEDIADOR DE LEITURA, COM DOLORES PRADES
7:13
O PAPEL DO MEDIADOR DE LEITURA, COM DOLORE...
Lascene Produções
850 views
Leitura e Escrita na Educação Infantil e seus entrelaçamentos com o currículo e a docência
2:07:09
Leitura e Escrita na Educação Infantil e s...
LEEI Sul
70,346 views
Literatura Fundamental 63 - Clarice Lispector - Marília Librandi
28:29
Literatura Fundamental 63 - Clarice Lispec...
UNIVESP
52,194 views
Copyright © 2025. Made with ♥ in London by YTScribe.com