O Filho MORREU Repentinamente Após o CASAMENTO. Uma Semana Depois, A Mãe RECEBEU UMA CARTA DELE E...

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Vivências Narradas
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Video Transcript:
O filho morreu repentinamente após o casamento. Uma semana depois, a mãe recebeu uma carta dele que a fez ficar paralisada. Peço que, no fim da narração, deixe um comentário sincero, dizendo o que achou da história e da minha narração.
O pôr do sol estava especialmente bonito na tarde do casamento de Mariana e Lucas. Os dois decidiram que a cerimônia seria realizada na praia, no fim da tarde, para que pudessem ter o céu como testemunha do seu grande amor. Os dois jovens de 24 anos se conheceram há cerca de 3 anos.
Marta, a mãe de Lucas, não gostava muito de Mariana, e o filho sempre atribuía essa implicância ao ciúme materno. Como filho único, ele sempre foi muito importante para a mãe, que agora precisava aceitar dividi-lo com outra mulher. Sabia que a sogra não gostava dela e, durante algum tempo, tentou reverter essa situação, mas não foi possível.
Walter, o pai de Lucas, diferentemente da esposa, gostava bastante de Mariana e acreditava que ela seria uma ótima companheira para seu filho. Para Mariana, o casamento representava o início de um novo capítulo em sua vida, pois, sendo órfã de pai e mãe, ela finalmente teria um núcleo familiar para chamar de seu. Da família de Mariana, apenas sua tia Felícia compareceu à cerimônia.
A jovem não tinha contato com muitos familiares após o falecimento de seus pais em um acidente de carro. Após a cerimônia, Lucas e Mariana partiriam em lua de mel para Paris; porém, ele disse para a noiva que tinha uma surpresa para ela antes de embarcarem, algo de que ela gostaria muito. Então, quando a festa se aproximava do fim, já no meio da noite, Lucas pediu para que Mariana fosse encontrá-lo em um lugar mais afastado na praia.
Ele disse que precisava ir sozinho antes para organizar a surpresa; quando Mariana chegasse ao ponto de encontro, veria algo que a deixaria muito feliz. Passados os 10 minutos que Lucas pediu, Mariana caminhou sozinha para o ponto de encontro. Porém, havia algo estranho, pois quanto mais se aproximava do local, menos a noiva compreendia o que estava acontecendo.
À distância, ela percebeu que Lucas estava sentado na areia da praia, encostado em uma pedra, atrás da qual as ondas do mar batiam violentamente. Sabendo que o noivo gostava de brincar, Mariana não achou que havia algo errado, mas quanto mais chegava perto, mais aflita ficava. Parecia que o rapaz não se movia e que não ouvia as ondas.
Ao chegar mais perto, Mariana ficou em estado de choque com a cena que viu: Lucas estava inconsciente, encostado naquela pedra. Ela se aproximou e o sacudiu, acreditando que ele havia passado mal, mas ele não respondeu. Quanto mais ela sacudia ele e não obtinha resposta, mais aflita ficava.
Após 5 minutos chamando e sacudindo o rapaz sem resposta, ela finalmente compreendeu que ele estava sem vida. Ela imediatamente se lembrou de quando recebeu a notícia de que seus pais não voltariam mais para casa, pois haviam falecido em um acidente de carro. Isso aconteceu quando ela tinha apenas 8 anos.
Ainda com alguma esperança de poder ajudar o marido, Mariana correu para a festa; seu vestido de noiva estava todo sujo de areia e rasgado, sua maquiagem estava toda derretida pelas lágrimas, e seu arranjo de cabelo havia se soltado. Mariana era a imagem da tristeza e do abatimento. Assim que chegou à entrada da tenda da festa de casamento, Mariana viu todos os olhares se voltarem para ela.
Quando tentou dizer o que havia acontecido, percebeu que a voz não saía. Parecia um grande pesadelo em que ela não conseguia nem mesmo gritar para que alguém a ajudasse. Após um minuto nesse estado catatônico, Mariana despertou com as indagações de Marta, a mãe de Lucas.
A mulher imaginou que havia algo errado com seu filho e tratou de tentar tirar a informação da nora a qualquer custo. Tudo o que Mariana conseguiu dizer foi: “Lucas está morto”, e então apontou na direção em que o marido estava. Marta sentiu suas pernas amolecerem ao ouvir aquelas palavras e, no mesmo instante, soltou Mariana com violência.
A noiva caiu na areia, correndo o máximo que conseguia. Marta seguiu a direção apontada pela moça; atrás dela, Walter, Felícia e alguns curiosos também foram para ver com seus próprios olhos o que havia acontecido. Quando chegaram ao local, viram a cena que Mariana havia encontrado alguns minutos antes: Lucas estava sem vida, encostado na pedra que recebia o impacto das ondas.
Marta abaixou-se e tocou o rosto gélido do filho. Logo, ela compreendeu que ele não estava mais lá; seu corpo estava ali, encostado naquela pedra, mas sua alegria e bondade não estavam mais lá. Desesperada, Marta o sacudiu e tentou fazer com que ele voltasse à vida, mas foi tudo em vão.
Enquanto mexia no filho na tentativa de reanimá-lo, Marta percebeu que havia um pequeno punhal cravado em seu coração. A tristeza então deu lugar a uma fúria desmedida. A mulher retirou o punhal do coração do filho e, com os olhos cheios de lágrimas, caminhou decidida em direção a Mariana, que a essa altura se reaproximava da cena fatídica.
Marta tinha certeza que Mariana era a assassina de seu filho; a moça teria feito isso para ficar com os bens de Lucas, agora que era sua esposa oficialmente. Quando Walter viu o brilho do punhal ensanguentado nas mãos da esposa e entendeu o que ela pretendia fazer, correu e segurou Marta, indignada. Marta gritou para o marido: “Essa mulher maldita matou nosso filho!
Eu preciso vingá-lo! Me solta! ” Mariana, ao ouvir aquelas frases, entendeu o que sua sogra acreditava que tinha ocorrido.
A jovem tentou ao máximo explicar para aquela mulher ensandecida que ela estava errada. Mariana disse: “Eu matei o Lucas? Eu o amo mais do que qualquer coisa nesta vida!
Jamais faria mal a ele, ainda mais no dia do nosso casamento! ” Porém, Marta não acreditava em. .
. Uma única palavra que fosse dita por Mariana e continuou tentando se soltar do marido. Walter segurou ainda mais forte a esposa e gritou para que chamassem a polícia.
Os policiais chegaram cerca de 20 minutos após a ligação e encontraram um cenário caótico: uma vítima, uma mulher com um punhal ensanguentado, ameaçando outra vestida de noiva. Após conversar com algumas testemunhas, os policiais entenderam o que estava acontecendo e conversaram com Marta. Eles disseram que compreendiam que ela estivesse fora de si naquela situação, mas que não era ameaçando Mariana que ela conseguiria honrar a memória de seu filho.
Com muito custo, os policiais convenceram Marta a abaixar o punhal. Em seguida, eles tomaram o depoimento dos presentes. Mariana lhes contou o que havia acontecido e não demorou a perceber que os policiais, assim como Marta, acreditavam que ela era a culpada pelo crime.
Alguns convidados contaram que, a última vez que viram Lucas com vida, ele estava conversando com a esposa e, então, caminhou sozinho na direção de onde foi encontrado com o punhal no coração. Logo em seguida, a noiva foi vista caminhando sozinha de maneira furtiva para a mesma direção. Passados alguns minutos, ela retornou como se tivesse sido pega por um furacão, para dizer que o marido estava morto.
Algumas testemunhas, provavelmente fãs de livros de mistério, disseram que tinham certeza de que o visual da noiva era resultado de uma luta corporal travada com o noivo antes de lhe cravar o punhal. O detetive Henrique, encarregado do caso, disse que a principal dificuldade havia sido criada pela mãe da vítima, quando tirou o punhal do coração do filho e partiu em direção a Mariana. A mulher colocou suas digitais na arma do crime; agora, seria necessário saber se havia digitais de outras pessoas na arma.
Somente assim, seria possível encontrar o assassino. Mar firme ao dizer que a assassina de seu filho era Mariana, a moça que estava se recuperando do choque de ter perdido seu marido tão repentinamente, não entendia o quanto estava complicada com a polícia por ter sido vista caminhando furtivamente em direção ao local do crime. Ela era considerada a principal suspeita.
As coisas pioraram quando ela disse que os dois tinham combinado de se encontrar a sós naquela praia porque ele tinha uma surpresa para ela. Os policiais vasculharam a cena do crime e não encontraram nada que pudesse ser considerado como um presente que Lucas pretendia dar à esposa. Logo, parecia claro que Mariana era responsável pela morte do marido.
Os policiais conduziram o interrogatório de forma a incriminar a jovem. Ela, que estava completamente abalada pela situação, não percebeu as armadilhas colocadas no caminho. Quando deu por si, Mariana estava recebendo voz de prisão pelo assassinato do marido.
Incrédula, a jovem tentou argumentar que era inocente, mas já era tarde demais. E, ainda com o vestido de noiva, ela foi levada a uma cela da delegacia. As outras mulheres presas na carceragem estranharam a roupa da nova colega de cela e, além de estar tendo o dia mais longo e terrível de sua vida, Mariana se viu sendo alvo de uma série de brincadeiras desagradáveis.
No dia seguinte, Felícia, a tia de Mariana, conseguiu que um advogado assumisse o caso da sobrinha e ela saiu sob fiança. Já em casa, Mariana pôde finalmente tirar aquele vestido de noiva que se tornou um trapo. Após um longo banho quente, em que ela caiu aos prantos, decidiu que iria ao velório do marido, que aconteceria ainda naquele dia.
Ao chegar ao velório, Mariana foi recebida com olhares maldosos e sussurros. Assim que viu a nora entrando na capela, Marta soltou a mão de Lucas em seu caixão e correu para expulsar Mariana do local. Era uma audácia que aquela mulher tivesse ido ao velório depois de tudo o que ela fez.
Marta começou a gritar para Mariana: "Você é uma assassina! A assassina do meu filho! " Embora daqui a viúva tentasse comentar que tinha direito de se despedir do seu marido, Marta respondeu que, se Lucas estava morto, a culpa era única e exclusivamente de Mariana; ela foi a responsável.
A jovem argumentou com a sogra que era impossível que ela realmente acreditasse que ela era culpada por aquele crime. Como uma pessoa que ama tanto outra pessoa poderia tirar assim a sua vida? Era claro que ela não era responsável por isso.
Marta disse que não queria Mariana rondando o velório. Walter, que assistia ao destempero da esposa sem dizer nada, resolveu que era hora de agir. Ele se aproximou de Marta e disse que era o direito de Mariana se despedir de Lucas.
Ao que parecia, Walter não acreditava que a nora havia matado o seu filho. Com a ajuda do sogro, Mariana se aproximou do caixão e se despediu de seu grande amor. As lágrimas rolavam pelo rosto copiosamente e ela só conseguiu dizer para Lucas que o amava, e que desejava que ele nunca tivesse se afastado dela para lhe fazer aquela surpresa.
Se ele não tivesse ficado sozinho naquele momento, poderia estar vivo. Ela nunca se perdoaria por ter deixado que ele fosse àquele lugar ermo sozinho. Após o fim do velório, Lucas foi cremado e suas cinzas foram jogadas no oceano.
Três dias depois, chegou o momento da leitura do testamento de Lucas. Mesmo tão jovem, o rapaz havia deixado um testamento, e o documento dizia que ele deixava boa parte de seus bens para a esposa. Mariana não podia acreditar que Lucas tinha feito um testamento e, ainda mais, que tinha colocado ela como principal beneficiária.
Assim que ouviu os termos do testamento, Marta ficou revoltada, pois não podia admitir que a nora, que ela acreditava ter tirado a vida de seu filho, recebesse aquele dinheiro. Mariana ainda estava muito abalada por ter perdido seu grande amor e não conseguiu ter reação. Marta jurou que faria de tudo para tirar a herança de Mariana.
Sentindo-se sem rumo e sem perspectivas, Mariana foi. . .
Para a casa de sua tia Felícia, de um dia para o outro, a sua vida mudou completamente. Ela estava muito feliz por se casar com o seu grande amor e agora estava sofrendo, tentando encontrar uma forma de provar que era inocente de um crime. Mariana começou a se sentir muito mal, com muita tontura e enjoo.
A moça disse para sua tia que acreditava estar tendo reações por estresse; no entanto, Felícia não achou que era esse o problema da sobrinha e então lhe disse que iria a uma farmácia. Quinze minutos depois, Felícia entregou um teste de gravidez para Mariana, com dúvidas no olhar. Mariana olhou para Felícia, sem acreditar que a tia estava cogitando uma gravidez.
Mesmo contrariada, ela decidiu fazer o teste e quase caiu sentada ao ver as duas listras rosa aparecerem. Além de viúva e acusada de assassinato, Mariana estava grávida. O que ela faria agora que estava esperando um bebê e estava completamente sozinha?
Felícia abraçou a sobrinha e garantiu que ela não estava sozinha no mundo. Embora a moça tivesse perdido seus pais, sempre teve sua tia e continuaria tendo. Mariana decidiu esconder a gravidez dos sogros, pois não sabia qual seria a reação de Marta.
A investigação do crime prosseguiu; o detetive Henrique parecia inclinado a manter o foco apenas em Mariana como suspeita. Ele não fazia perguntas sobre os outros convidados, se alguém havia se ausentado da festa ou se algo suspeito havia chamado a atenção. Felícia, que estava disposta a tudo para salvar a filha de sua irmã, decidiu fazer uma investigação por si mesma.
A tia de Mariana entrou em contato com alguns convidados da festa para perguntar a eles se tinham visto algo suspeito, se alguém tinha se ausentado da festa ou se alguém tinha visto algum convidado se aproximando do local em que Lucas foi encontrado sem vida. Quase todos os convidados disseram a mesma coisa: que só perceberam que algo estava errado quando Mariana apareceu na porta da tenda. Quase desanimando da investigação, Felícia ligou para Valquíria, uma prima de Marta, a mulher que tinha por hábito observar a vida alheia.
Logo saiu contando tudo o que tinha visto e ouvido para Felícia. De acordo com Valquíria, algo fora do comum havia, sim, acontecido: uma pessoa havia saído da tenda e seguido na mesma direção de Lucas antes de Mariana. Valquíria garantiu para Felícia que, quando lhe dissesse quem era essa pessoa, ela não acreditaria.
Obviamente, Felícia fez de tudo para que Valquíria contasse, mas ela disse que preferia fazer isso pessoalmente. Para salvar a sobrinha, Felícia marcou um encontro com a prima de Marta em um café. Fazia exatamente uma semana que Lucas havia morrido repentinamente em seu casamento.
Quando Marta recebeu uma carta que tinha o filho como remetente, assim que leu o nome do filho no envelope, Marta sentiu seu coração acelerar. A emoção foi enorme por uma impressão de que aquele pesadelo iria acabar e Lucas voltaria para sua vida. Contudo, assim que abriu a carta, ela levou um choque de realidade, pois estava registrada a data em que ele havia escrito aquelas linhas, um dia antes de sua morte precoce.
Ela então leu a carta que dizia: "Querida mãe, eu sei o quanto para você é difícil ver seu filho único se casar, mas eu gostaria que você reconciliasse a implicância com Mariana. Ela é o amor da minha vida, a pessoa que escolhi para ser minha companheira, e desejo do fundo do meu coração que vocês duas se deem bem. Bem, provavelmente estou na minha lua de mel com minha esposa amada agora, mas quero que você saiba que te amo muito.
Além disso, a essa altura, você já está sabendo da surpresa que preparei para a Mari. Foi genial o que preparei na praia no dia do casamento para ela, não foi? Espero que você tenha se comovido também com o conteúdo do envelope que entreguei para a Mari depois do casamento.
Para mim, foi simplesmente incrível ter conseguido organizar tudo isso. Te amo, até a volta da lua de mel. Seu filho amado, Lucas.
" Assim que terminou de ler a carta, Marta ficou confusa, perguntando que surpresa era aquela de que seu filho tanto falava na carta. Foi então que ela se deu conta de que Mariana não havia mentido sobre isso. Lucas realmente havia dito que tinha uma surpresa para ela e que envelope seria aquele que ele mencionou na carta.
Marta, pela primeira vez desde a perda do filho, cogitou a possibilidade de que Mariana não fosse culpada. Com a necessidade de saber a verdade, ela foi até a casa de Felícia para conversar com a nora. Assim que Mariana abriu a porta e viu Marta, ficou na defensiva.
No estado em que ela estava, não tinha condições de brigar com aquela mulher horrível. Antes que a moça dissesse qualquer coisa, Marta disse que estava ali em missão de paz e que precisava conversar com ela sobre uma coisa importante. Mariana convidou Marta para entrar e as duas se sentaram no sofá da sala.
A moça decidiu atender sua sogra em consideração ao falecido marido. Marta mostrou a carta para Mariana, que leu com grande emoção tudo o que Lucas escreveu sobre ela. Ao terminar a leitura, Mariana esclareceu que não havia recebido nenhum envelope do noivo.
Após conversarem um pouco sobre o que estava na carta, elas chegaram à conclusão de que, provavelmente, o tal envelope estava no cofre de Lucas, no apartamento onde ele iria morar. Felícia chegou ao café em que tinha marcado o encontro com Valquíria com meia hora de antecedência, porque não queria ter a mínima chance de se atrasar. Contudo, o tempo foi passando e a mulher não chegava nunca.
Valquíria já estava uma hora atrasada quando Felícia viu uma viatura da polícia passando a toda velocidade em frente ao café. Duas mulheres entraram no café comentando que a polícia foi chamada porque uma mulher havia sido encontrada morta. Nos arredores, a coisa curiosa sobre a vítima era que ela tinha cabelo de um tom de ruivo muito laranja.
Ao ouvir isso, Felícia sentiu um frio na espinha. Afinal, essa era a cor do cabelo de Valquíria. Tensa ao pensar que a testemunha que poderia salvar sua sobrinha poderia ter sido assassinada, ela decidiu ir até onde os curiosos estavam aglomerados.
Chegando à cena do crime, Felícia se deparou com a figura de Valquíria sem vida, estirada no chão. A mulher não teve nem chance de defesa; também foi morta com uma apunhalada no coração. Dessa vez, Felícia pode ver o punhal mais de perto e percebeu que, na verdade, se tratava de um abridor de cartas, daqueles antigos e elegantes.
Felícia ficou se perguntando quem teria o hábito de receber cartas redigidas ainda hoje para ter um abridor desses. Difícil saber, mas essa era uma prova involuntária de que sua sobrinha não era a assassina; se o modus operandi foi o mesmo e ela não estava naquela região, como poderia ter sido ela responsável pela morte de Lucas? No apartamento que Lucas havia montado para viver com sua esposa, Mariana e Marta encontraram o cofre.
A primeira senha numérica que as duas tentaram foi o aniversário de Marta, e não conseguiram abrir o cofre. Em seguida, elas tentaram o aniversário de Mariana e também não conseguiram. Por fim, Mariana sugeriu que elas tentassem a data em que ela e Lucas se conheceram.
Dessa vez, o cofre abriu; além de alguns documentos e joias de família, o cofre guardava um envelope pardo com o nome de Mariana escrito nele. A letra era de Lucas. Marta disse que o envelope era para Mariana e então era a jovem quem deveria abrir.
A moça abriu o mais rápido que conseguiu o envelope e não pôde acreditar no que viu. Felícia tentava argumentar com Henrique, o investigador, que a morte de Valquíria estava ligada à morte de Lucas. A mulher contou em detalhes a conversa que teve com Valquíria enquanto tentava convencê-lo.
Felícia pensou: o detetive era até bem charmoso, mas teimoso como uma mula. Por fim, Henrique precisou admitir que aquilo que Felícia dizia fazia bastante sentido. Realmente, a morte de Valquíria parecia ter conexão com o que aconteceu na praia, mas quem teria interesse em eliminar o rapaz?
E o que teria Valquíria visto que resultou em sua morte? Felícia então sugeriu ao detetive que ele olhasse quem Valquíria havia falado antes de sair para encontrá-la. Certamente a mulher tentou conseguir alguma vantagem com a pessoa que pretendia denunciar.
Embora não conhecesse Valquíria intimamente, Felícia sabia da fama que ela tinha na família de Marta; Valquíria era da parte menos afortunada da família de Marta e, assim, era vista como a que mendigava favores e dinheiro. Certamente, uma mulher tão valiosa como aquela teria procurado o assassino para tentar alguma vantagem financeira. Nos registros telefônicos, o detetive descobriu que Valquíria ligou para o número fixo da casa de Marta logo após ter desligado a ligação com Felícia.
Tendo essa informação, Felícia decidiu ligar para a sobrinha e só então viu que a moça tinha mandado uma mensagem algumas horas antes: "Tia, estou indo com a Mara no apartamento, precisamos buscar uma coisa lá. Não devo demorar, não se preocupe, ela está tranquila. " Ao ler aquilo, Felícia estremeceu, pois ao saber que Valquíria tinha ligado para a casa de Marta, presumiu que a mulher poderia ter alguma conexão com o ocorrido.
Muito preocupada, Felícia exigiu que Henrique a acompanhasse até o apartamento da sobrinha. Os dois se apressaram para o local. Felícia temia o pior.
Assim que chegaram ao apartamento, Felícia e Henrique encontraram Marta sentada no sofá, bebendo uma dose de uísque. Parecia que Mariana não estava lá. Quando Felícia perguntou para Marta o que ela tinha feito com sua sobrinha, a mulher pareceu não entender.
Felícia então disse que tinha recebido uma mensagem de Mariana, lhe dizendo que iria ao apartamento em sua companhia. Marta, com muita calma e frieza, olhou dentro do bolso da sua blusa e disse: "Mariana não está aqui. " Felícia estava muito irritada e aflita, quase partindo para cima de Marta, quando Henrique interveio e solicitou que a mulher respondesse onde estava Mariana.
Marta então apontou para um envelope pardo em cima da mesa. Felícia pegou o envelope com o nome da sobrinha e de dentro dele caíram várias fotos. Ao analisar o conteúdo das fotos, Felícia não podia acreditar no que estava vendo: a mulher que aparecia nas imagens era sua irmã Débora, a mãe de Mariana.
Porém, Débora parecia mais velha do que quando havia falecido. Como isso era possível? Felícia então leu um relatório que estava dentro do envelope.
O texto parecia ter sido escrito por um detetive. O fato de ter encontrado Débora viva? Lucas havia iniciado uma investigação particular para tentar saber como havia sido o acidente que vitimou a mãe de sua amada.
Na busca por respostas, o jovem descobriu que sua sogra na verdade estava viva e bem. Felícia não conseguia entender como aquilo era possível e por que Débora fingiria ter morrido. Ao ler mais um pouco do relatório, Felícia entendeu que Débora e seu marido, Artur, o pai de Mariana, haviam testemunhado contra colegas de trabalho corruptos.
Os dois trabalhavam juntos em uma empresa responsável por fiscalizar obras públicas, e alguns colegas estavam recebendo propina para fazer vista grossa para algumas irregularidades. Então, quando o acidente aconteceu e vitimou fatalmente Artur, percebeu que seria melhor sair de cena para proteger sua filha. Se ela não tivesse fingido a própria morte, certamente Mariana teria o mesmo destino de Artur.
Por esse motivo, Débora fingiu sua morte e se escondeu, deixando sua filha aos cuidados de sua irmã, Felícia. Essa era uma história extraordinária, mas ainda não respondia onde estava Mariana e nem por que Lucas foi assassinado. Então, disse que poderia esclarecer a primeira pergunta facilmente: Mariana havia ido atrás da mãe assim que leu esse relatório.
Final, da última página, estava o endereço dela. Débora estava morando na cidade há dois anos; aparentemente, ela gostaria de ficar perto de Mariana, ainda que não pudesse se revelar. Lucas a encontrou antes do casamento e a convenceu a comparecer na festa como uma surpresa para Mariana.
O filho de Marta pretendia promover o reencontro entre mãe e filha naquela fatídica área isolada da praia; no entanto, não foi isso o que aconteceu. Infelizmente, Marta parecia ainda mais abatida do que quando percebeu que seu filho havia sido assassinato. Ela então olhou para Henrique e disse que, se ele olhasse com um pouco mais de atenção o relatório, perceberia algo que talvez Lucas também tivesse percebido.
Em algum momento, o policial então olhou para o texto e identificou um nome familiar entre os nomes dos denunciados por Débora e Artur. Enquanto Henrique pensava em uma forma de prender o culpado pela morte de Lucas, mesmo sem uma prova efetiva, seu telefone tocou. Um dos agentes que estavam na delegacia avisou o detetive que havia uma testemunha ocular do assassinato de Lucas o aguardando para prestar depoimento.
Henrique se preparava para ir à delegacia quando Felícia disse que iria junto. Os dois então partiram rumo à delegacia. Felícia estava nervosa, pois tinha medo que Marta tivesse pago alguém para mentir que viu Mariana cometer o crime.
No entanto, Henrique disse para Felícia que Marta não era mais uma ameaça e que, provavelmente, a vida daquela mulher estava destruída permanentemente. Quando entrou na delegacia, Felícia viu Mariana e questionou o que a sobrinha estava fazendo lá. Mariana então respondeu que foi acompanhar uma pessoa que prestaria depoimento para o delegado.
Ao olhar para dentro da sala do delegado, Felícia viu sua irmã, Débora, sentada, aguardando para prestar uma declaração. Mesmo com a aparência mais velha, Débora continuava igual; estava com o mesmo olhar doce, mas decidido, que sempre teve. Ao avistar sua irmã, Débora se levantou da cadeira e correu para abraçá-la.
Aquele reencontro foi emocionante, mas as duas não tiveram oportunidade de conversar. Débora tinha um dever a cumprir; Mariana e Felícia precisaram aguardar do lado de fora da sala. Foi então que Mariana contou para a tia o que sua mãe estava contando ao delegado naquele momento.
No dia do casamento, Lucas pretendia fazer uma surpresa para sua esposa e, para isso, havia levado Débora para a cerimônia. Contudo, a mulher havia dito a Lucas que precisava se manter escondida porque o perigo para ela não havia acabado. Infelizmente, Débora estava certa, pois o mais poderoso entre os colegas que ela e Artur denunciaram no passado ainda estava impune e faria de tudo para evitar o testemunho dela.
Lucas ficou extremamente desapontado quando se deu conta de que o colega a quem Débora se referia era seu próprio pai, Walter. No passado, Walter havia atuado como fiscal de obras públicas e sua fortuna foi construída a partir das propinas que recebeu. Foi ele o responsável pelo acidente que tirou a vida de Arthur e fez com que Débora precisasse se esconder.
Era uma ironia do destino que Lucas houvesse se casado com Mariana. Ao descobrir que seu pai era desonesto e responsável por essa tragédia familiar, Lucas o confrontou. Walter fingiu estar arrependido e disse que se entregaria para a polícia logo após o casamento; contudo, Walter não cumpriu sua promessa e, naquele dia, foi atrás de Lucas para tentar chegar em Débora e silenciá-la.
Lucas, ao perceber o intento do pai, gritou para que Débora não saísse de onde estava escondida. No meio de uma briga corporal, Walter, que ameaçava Lucas com um abridor de cartas, acabou o apunhalando no coração. Walter não tinha a intenção de matar o próprio filho, mas o fato é que isso aconteceu.
Mais uma vez, Débora foi testemunha de um crime cometido por Walter; desesperada, ela fugiu da praia por medo de ser vista, mas quando soube que sua filha estava sendo acusada, decidiu que daria seu depoimento para a polícia. Mariana chegou à casa de sua mãe quando ela estava saindo para ir à delegacia. Quanto a Marta, ela soube que Walter era o culpado pela morte de seu filho assim que leu o relatório.
Valquíria viu Walter seguir seu filho e depois voltar de maneira furtiva para a festa, com uma mancha de sangue no punho da camisa. Após o contato de Felícia, Valquíria percebeu que poderia chantagear o marido da prima; para isso, ela ligou para ele. Após desligar com Felícia, Walter disse para que eles se encontrassem, para que ele lhe entregasse o dinheiro.
Como sabia que nenhum chantagista se contenta com apenas um pagamento, Walter decidiu dar um fim à vida de Valquíria. Ele achou que seria morbidamente engraçado fazer isso com um abridor de cartas. Se aquele homem sentia remorso pelo que fez com Lucas, ninguém nunca saberia de Valquíria; ela não teve nenhuma pena.
Mariana decidiu então que contaria para a sogra que estava grávida. Saber que havia um neto a caminho poderia ajudar a deixar a sua existência menos triste e menos sofrida. Dito e feito, Marta ganhou um novo sentido para sua vida com a chegada do seu netinho; o menino recebeu o nome de Lucas.
Walter foi condenado pelos crimes do passado e do presente. O mais engraçado é que ele foi preso enquanto tomava banho; a polícia invadiu sua casa em um momento íntimo, juntamente com um repórter investigativo de um jornal famoso. Ele ficou sendo alvo de risadas pelo país inteiro, inclusive dentro da prisão.
As pessoas fizeram chacota dele durante anos nas redes sociais e nunca se esqueceram do mico que pagou em rede nacional. Mariana passou a usar a herança deixada pelo marido para criar seu filho e fazer obras de caridade. Débora pôde finalmente conviver com sua filha e sua irmã.
Felícia e Henrique começaram a sair; o detetive reconheceu que a ajuda dela foi essencial para desvendar aqueles crimes. Espero que você tenha gostado desta história cheia de reviravoltas. Reviravoltas e emoções!
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Até a próxima!
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