A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE | EMANUEL ARAGÃO

46.16k views5903 WordsCopy TextShare
flor e manu
Uma primeira conversa sobre a construção da nossa identidade. Como eu me sinto quando Por que eu me ...
Video Transcript:
oi gente como vocês estão tudo bem espero que sim então hoje a gente vai falar sobre uma coisa que eu quero falar muito tempo aqui no canal eu fico tentando achar um jeito de falar que é sobre essa questão que é assim sobre nossa identidade quem sou eu que que eu que eu sou quem quem que sou eu é onde é que eu tô pronto que eu vou o que eu quero da minha vida é um tema assim muito muito muito importante obviamente né quem sou eu quem sou eu quem sou eu ele aparece em
muitas questões que me mandam e ele aparece com muitas pessoas com que eu tô trabalhando também mas ele aparece escamoteados indisfarçado várias vezes e em termos de em outros termos assim que são eu não sei se eu quero tá na minha relação eu não sei se eu quero ter se emprego que eu tenho eu não sei se eu consigo lidar os eu quero lidar com a minha família eu não sei se eu quero morar nessa cidade onde eu moro eu não sei se eu gosto desses amigos que eu tenho se eu identifico com eles e
por aí vai e essas perguntas todas em última análise elas vão rebater no lugar que é mais quem sou eu eu não sei quem eu sou eu não sei quem eu sou oi e aí eu queria falar sobre isso hoje vai ser um vídeo bastante confuso eu acho eu tento aqui nesse nessa sessão de quarta-feira organizar as coisas assim melhor um pouco mas esse vídeo tem muita coisa para falar eu vou como que jogar aí para vocês as coisas que eu pensei algumas coisas que eu pensei para você poder jogar de volta e para ver
se ajuda alguém a falar tá então isso aí ajuda ajuda a pensar isso aí faz sentido para mim isso aí bate em algum lugar que cole uma coisa que me dá um certo conforto uma certa noção de identidade então vai ser mais ou menos assim hoje tá vou passar por vários lugares mas no final assim eu acho que tem uma pergunta assim uma pergunta que é mais importante da minha opinião mais importante do que as outras e a gente vai chegar ela eu acho que ela talvez ajude mais do que do que o resto mas
não sei cada coisa ajuda para uma pessoa lá lá e aí e aí e aí bom então eu acho que tem muita coisa para dizer sobre isso realmente muita coisa para dizer sobre quem a gente é quem a gente pode ser o que define a gente o quê que diz quem a gente vai ser então na vida muita coisa para dizer mesmo assim de muitos lugares possíveis né discussões de campo social de discussões de campo familiar é de discussão genéticas epigenéticas que são aquelas que esse campo da genética que alterado pelo meio né pelo ambiente
então é uma espécie de campo da genética que faz uma junção com social né cê já falei sobre isso aqui mas isso é uma coisa interessante pensar que é um lugar da genética que junta o campo social e familiar e relacional a gente pode pensar sobre isso a gente pode que pensar sobre as questões do corpo né o que que é o meu corpo que que é o meu nome quem eu sou aqui né mas tudo isso é assim no mundo de hoje posto em questão até certo ponto em larga medida por sim questão assim
a gente tem teoricamente até a hora que a mente poten e outra coisa né nem sempre foi assim a gente já viveu em sociedades mais estamos mais amarrados mas definidas e a gente tinha então lá talvez um casamento uma história uma coisa um lugar social que a gente tinha que viver e hoje em dia até ore camente a gente tem potência de ser outra coisa muito impactante que tem pode trabalhar com que quiser teoricamente muito embora a gente tem aí metade da população brasileira desempregada mas a gente continua nessa impressão de que a gente pode
ser o que a gente quiser isso é muito maravilhoso e muito angustiante né o paradoxo da escolha assim né então quanto mais possibilidade de escolha mas angústia gente tempo que a gente não sabe para onde e a gente não sabe o que fazer porque a gente não sabe como a gente se sente em relação a essas coisas a gente não sabe o que que a gente gosta que que você gosta não fala aí então o que que você gosta então isso é isso tudo que era definidor de quem você é que era muito definido de
quem você é a sua família por exemplo a sua religião por exemplo né o seu corpo o seu sexo seu gênero é isso tudo era definido quem você aí hoje em dia não necessariamente é mas pode ser que muitas pessoas podem ser mas não necessariamente é o seu nome agora me chamo manu não mais emanuel como me disseram que que eu ia chamar por exemplo hoje a gente que faz mudanças radicais não é mesmo agora eu quero chamar sei lá o livro e não mais cláudia e assim tudo bem me sinto olívia e assim me
reconheço sim né e assim isso segue isso é muito delicado porque isso a sua liberdade dá uma sensação de instabilidade e de não saber para muita gente e e essa sensação de não saber ela se espalha por ela meio que gruda em todos os campos da nossa vida e parece que tudo é um processo de diz reconhecimento assim né então qualquer exercício simples de se apresentar numa uma mesa de bar não tem medo de bar mas o gente na pandemia mas assim e se apresentar no lugar a escrever sua bildo do instagram ou do linkedin
ou do facebook quem sou eu que vou me definir nessas nesses 140 caracteres quem sou eu caramba de você faz uma linha uma bio para o instagram que é totalmente diferente da bio do linkedin que é diferente da piu do facebook que é diferente da bill não sei se tem esse no twitter e assim vai você vai se definindo que foto que me representa que imagem que sou eu sou eu é uma outra coisa é um desenho é uma cor ou é uma pessoa todo chapéu outro de óculos eu tô disfarçado de costas ou de
lado tá pela metade o que que é que vai conseguir me definir dizer quem eu sou ou pelo menos me fazer perceber é algum grau de reconhecimento ali isso tudo é parece piada mas gente muita gente passa por momentos bastante e angustiantes com essas pequenas escolhas por exemplo eu tenho essa experiência muito forte de ter uma dificuldade de preencher que coisa hein hotel às vezes o coisa assim que tem que dizer qual sua profissão eu viu como eu já tive várias profissões e o cada dia eu coloco uma assim e vai variando isso é difícil
assim falo minha profissão com a minha profissão aí hoje eu falo terapeuta tá bom terapeuta é batendo as pessoas do trabalho com as pessoas é justo há pouco tempo atrás do descritor o tempo atrás eu dizer ator no meu no meu na minha carteira de trabalho consta ator meu drt de formação profissional é ator e não consigo dizer filósofo acho estranho dizer filósofos uma coisa assim que profissão é essa enfim então você vai se estendendo parece uma piada assim uma fala assim de muito muito privilégio no final das contas ele é mesmo porque tem gente
que não tá passando por essas angústias tá passando pela gosto de ter simplesmente eu entrei para conseguir algum dinheiro consegui pagar as contas eu consegui comer mas é considerando tudo isso e isso é uma é uma coisa que faz parte da nossa vida hoje a mente e eu fico muito pensando sobre isso porque me dá a impressão que isso gera muito sofrimento para as pessoas em muitas áreas então por exemplo eu não consigo mais isso é um assunto que a gente pode desdobrar em outros vídeos outro dia vocês quiserem não consigo saber se eu conseguir
o que eu quero terminar não quero terminar relação eu não consigo saber se eu sou realmente é tudo isso que ele tá dizendo que eu sou que ela tá tendo que eu sou seu sou agressiva se eu sou maluca se eu sou tudo isso porque eu não sei muito bem quem eu sou então eu fico aqui porque me parece que muito embora o olhar dele sobre mim será terrível ele é o único que eu tenho sem esse olhar eu não tenho nada então fica aqui porque eu tenho impressão de que isso vai garantir algum grau
de verdade de existência para mim isso é muito angustiante né a gente pode pensar em alguma medida que as memórias de fininha eu tô jogando muita coisa eu sei mas vamos lá vamos juntos que enfim as memórias definem a gente né memórias eu quero dizer as memórias episódicas autobiográficas né os episódios os episódios que a gente fugiu definir a ah mas isso também é muito complexo porque a gente esquece né a gente esquece as coisas a gente sabe que a gente esquece a gente sabe que a grande maioria das coisas que a gente vive a
gente não lembra a gente esquece de algum jeito então as memórias definir a gente sente começar a esquecer e se a gente tiver alzheimer eu não vou mais ser eu e aí entro ao saber entre outras coisas né que não é só não são só as memórias episódios que vão desaparecendo um pouco mais complexo do que isso mas você começar a esquecer coisas assim como é que vai ser essa história eu vou continuar sendo eu se eu assim eu eu sou eu esse meu corpo as minhas células não são as mesmas que eram lá atrás
e tal tudo isso mudou o que que sou eu onde é que eu tô então talvez a pergunta quem sou eu talvez seja mais razoável que a gente faça ela assim quem sou eu hoje quem sou eu agora quem sou eu agora e aí vou contar uma história e rápida sobre mim assim sobre meu processo de não saber quem eu sou é que continua mas então é e no segundo grau eu era bom no latão aquela coisa aí eu tinha que escolher o que faculdade que vai fazer e um enorme privilégio um colégio particular e
tal e eu tinha possibilidade de escolher o que faculdade que vai fazer e e aí nesse momento minha mãe era para ficar na lista meu pai e antropólogo e meu irmão estudava cinema e essas eram por acaso as três coisas que eu queria fazer eu queria ser outro polo gol psicanálise trouxe nessa e aí eu falava mais ele já fazem isso que estranho porque eu queria fazer junto essas três coisas e eu não posso porque já faz o que eu não quero ser igual a ele e aí ficava com essa angústia e aí pensei uma
boca que eu quero ser eu quero ser melhor que eles então eu vou fazer filosofia porque filosofia me vai fazer se mais inteligente do que ele e entra na filosofia e aí logo que eu entrei na filosofia eu então entende entre aspas que eu ia ter uma carreira acadêmica que eu estudar e tal e virar professor tal fazer doutorado as coisas assim como meu pai que era a universidade e aquilo foi seguiu só que na verdade e aquilo me dava tanto prazer e aí é um ponto importante eu queria muito ser reconhecido como professor e
tal doutorado na sua bom não sei lá na frança como meu pai te doutorado na frança e aí né eu queria fazer isso tudo isso mas eu é esse processo de estudo acadêmico me dava muito desprazer e eu achava que talvez fosse uma fase então dá um monte de fazer eu era muito curioso eu gosto da sua eu gostava de pesquisar coisas descobrir coisas e tal estranhamente na faculdade fui percebendo que eu vou fazer mais matérias de psicologia do que de filosofia o que era estranho para mim então tudo que tinha de psicanálise eu estudar
mas eu não queria de jeito nenhum fazer mesma coisa minha mãe de jeito nenhum então é é brasília não sabe pequeno então todos professores né que se conheciam né conhecido por em cima e tal e aquilo tinha uma também uma estação é o filho da fulana filho não sei lá o quê e aquilo foi ficando meio assim meio angustiante para mim eu resolvi que eu como eliminar aquilo ali terminar a faculdade terminei ia fazer outra coisa é ver a documentarista resolvesse documentarista e isso então foi a minha questão assim então você documento aqui está eu
vou conversar com as pessoas que eu queria saber da vida das pessoas descobrir coisas sobre a vida começa a corrida com as pessoas sobre a vida delas que é o que eu faço hoje basicamente mas naquele momento dentro do em quase do documentário tá aí eu fui aí eu fui parar de trabalhar com meu irmão né e aí o meu irmão era o meu irmão era referência não queria aquilo aí eu tive uma ideia brilhante que então eu ia ser diretor e vice-diretor e e como é que vai fazer isso eu ia fazer teatro eu
estudar teatro vejam só eu estudar teatro porque é estudante ato eu poder ser o melhor diretor de cinema e por que vejam bem meu irmão era muito tímido ainda é e eu sabia que ele não será capaz de estudar teatro então ser uma vantagem que eu tenho em relação aí eu estou aqui abrindo uma história estúpido mas vamos lá uma vontade de ter relação a ele tá vivo entre no teatro tudo isso e no teatro um belo dia que eu entrei para cima para provar uma série de coisas e tentar ser sei lá o quê
para ser lá quem um dia fazendo um exercício específico no teatro é numa aula do primeiro semestre do curso de formação de ator eu tinha que dançar um haicai haicai aquela estrutura de poema assim estrutura literária muito curta eu tinha que dançar um haicai era isso tinha que fazer e aí o recado que eu escolhi era assim wake in the night the lamp is low and will freeze acordar de noite a lâmpada está fraca o óleo congelando que é do baço baixou uma tradução para o inglês mais de uma sub achou que é um cara
que escreve vai escrever ae casa e eu tinha que dançar isso por um tempo de uma música e aí o que que eu pensei essa parte importante da história para que eu tô falando tudo isso para isso que eu pensei eu falei assim quê que é isso ao a lâmpada e tal tinha conseguir dançar representar eles fazem algum jeito curso de teatro né e aí eu coloquei uma a novela na frente assim a 5 metros de mim a música que o deus a tia 4 minutos e tal e aí eu pensei que eu queria conseguir
caminhar até aquela vela naquele tempo e apagar a vela com meu dedo só que para isso eu tenho que tá muito suado porque não consegui apagar a vela se não tivesse molhado e aí eu pensei que eu ia fazer isso no porque nessa época eu pensei que a maior disposição para mim você fazer isso no eu tirei a roupa e eu caminhei até o diabo da vela e quando eu cheguei na vela estranhamente era o momento que a música estava acabando e eu tava pingando de suor que eu fiz um a uma caminhada muito concentrada
é muito lenta e respirando e tal e por alguma razão estava suando muito naqueles cinco metros de deslocamento teatro essas coisas estranhas você quem já fez teatro dança e tal tem coisas que acontecem e aí apaguei a vela no momento que a música acabou e aquilo aconteceu como espécie de epifania para mim assim tão acontecimento real o crescimento talvez que esta primeira vez fora do campo do apaixonamento que eu tenho me sentido presente vivo e isso foi muito forte se muito muito forte é a partir daí o meio que entende que eu ia trabalhar com
isso foi estranho e aí eu nunca li tanto e nunca estudei tanto quanto este usei teatro na no curso de teatro que não era me de manuel mera demandado ler estudar teoria e tal de fato eu estudei muito mais lhe muito mais do que no na faculdade de filosofia e como é que pode isso né porque talvez se tivesse realmente uma relação com desejo né e comigo me sentir confortável encaixado ali naquele lugar é muito estranho mas ali tem uma experiência de estar e aí tu queria chegar de estar lá estar lá eu tava lá
naquele momento andando ali e tal naquele percurso eu tava lá eu me sentia ali nos momentos de apaixonamento na vida também me sentia como muita gente se sente presente um presente estando é só que o apaixonamento é atravessado por coisas muito terrível de projeções e fantasias e coisas e quebras enfim ali era mais simples então eu entendi que ali tinha uma uma uma experiência de estar e isso me parecia ser mais importante do que qualquer outra coisa então isso tudo é para dizer que será que é possível aí na sua vida diferenciar essa diferenciação entre
o que que é essa idealização de você é o quê que vocês como é que você quer ser visto pelos outros e como é que você se sente bem essas vezes é uma diferenciação que é muito complexa de fazer não é muito difícil de fazer muito não mas eu não sei mesmo de verdade a gente que não sabe mesmo e em última análise é o a maneira como você se sente na vida bem ou mal tem também muito a ver com o que você é recolheu ao longo do caminho qual suas relações né é e
eu queria indicar alguns textos para vocês sobre isso sobre esse processo de falar um pouquinho sobre eles agora mais teórico um pouco sobre essa história primeiro um texto do minecraft que é especialista em inglês que se chama distorções do ego em termos de verdadeiro self ou falso e falso self vou botar o pdf tem um pdf desse texto em inglês acho que em português também ele escreveu em inglês tão ser em inglês é legal porque é o como ele escreveu a original né mas é distorções do ego em termos de verdadeiro self self verdadeiro e
falso e falso self self falso é muito legal esse texto é muito bonito assim é bastante teórico mas que dá para ler para quem não é da área assim dá para ler curto dá para ler oi e ele tá lá lidando abre a mente com a tradição que veio antes dele como ela nicklen e com freud né e ele tá tentando entender por que que tem gente que não se sente verdadeiro porque que nosso tem gente que não sente de verdade ali porque que tem tanta gente que não se sente presente mesmo que não se
sente existindo de fato tem gente que fala eu não sinto que eu tô aqui eu sinto que eu não tô aqui simples assim eu não me reconheço em nada do que eu faço não me reconheci nada do que eu digo sobre mim eu não me reconheço eu finjo eu tô fingindo que eu tô fingindo é a tal da síndrome do impostor tem muito a ver com isso né eu tô fingindo aqui eu não sou isso não sou eu vai descobrir uma hora que isso não sou eu e aí o trabalho dá muito medo pode dar
muito medo porque uma hora vão descobrir que mais você o amor pode dar muito medo porque uma hora vão descobrir que não é você aquilo tudo eu vou saber o que que você é de verdade enfim a família muito assustadora porque te vejo um jeito isso também nos reconhece mas aí ele vai discutir esse essa formação o texto é muito mais complexo do que eu vou colocar aqui tá mas há mais ou menos assim ele vai dizer que nessa formação da criancinha do bebê assim ele ele começa a ele vai atuando de maneira sally com
a relação com a mãe está falando da mãe mas a figura que tá maternando né a função materna por assim dizer e essa mãe aí ela pode ele esses primeiros gestos desse bebê de colocação que são impulsos de coisas que vem assim desse desses impulsos internos dele que seriam o verdadeiro self né esses impulsos internos que estariam lá para nossa nosso querido panksepp já falei tantas vezes aqui ligados a esses a esses esses esses afetos básicos né esses impulsos básicos que estariam ligadas funções para os olhos né esses impulsos esses primeiras coisas que são gestos
espontâneos do ine colateral desse gestos espontâneos que o bebê faz a mãe pode dar contorno para isso entender isso e dá sentido para isso ou ela pode fazer uma outra leitura uma desconsideração é uma pagamento um achatamento desse gestos de modo que esse bebê não vá reconhecendo uma relação entre o dentro eo fora né dentro deles impulsos dele e o fora então assim não vai conseguir construir uma realidade construir uma realidade que se relacione né o fora e o dentro-fora eu dentro eu imagino sinto isso eu coloco lá e sistema correspondência com lado de fora
isso é muito complexo na verdade que tá falando e aí da da formação da subjetividade do psiquismo e tal como é que isso surge que é uma questão muito importante para melanie klein também ela fala sobre isso em muitos lugares aliás basicamente em todos os lugares mas tem um texto dela que eu acho super interessante para ler também que se chama sobre a identificação onde a identifiquei isso né é original em inglês é eu vou botar para vocês também mas vou botar tudo isso aí embaixo tá mas quais são os processos que vão construindo a
gente então voltando ao indico ele vai falar que esses esses e o então o o bebê pode muito rapidamente essa criancinha beber mesmo sentindo descompasso ali entre esse esse isso que vender e isso que é como a recebi do lado de fora e aos poucos na vida um pouquinho mais para frente ele vai fazendo adequações disso e diz reconhecimentos entre a atuação dele e o que ele sente diz reconhecimento uma distância uma quebra entre entre o que é que seria o que vem dele e o que ele sente e aos poucos ele vai modulando como
é que ele atua no mundo como é que ele se coloca para essa mãe ali porque ele quer ser aceito por ela eu entendi o contorno dela como a garantia de vida dele o amor dela e bom se ela não se ela não tá dando é esse retorno para ele um retorno é suficientemente bom bastante como diria o iníco é um retorno de uma leitura de acolhimento esse bebê vai passar até formar uma espécie de falso self para ser aceito para ser amado desde muito cedo ea criança essa criança é muito muito bem educada essa
criança é muito muito legal essa criança e essa criança que parece muito brincar muito bem e tal que não tem uma criança que não tem agressividade é uma criança que não tem raiva é uma criança que não tem desejo que não poderia ter porque ela entendeu ali que ela tem que ela tem que performar isso daquele jeito para que ela seja aceita estou simplificando as coisas é óbvio mas então nesse sentido você vai construindo um grande falso self porque você não teve tempo e possibilidade de experimentar esse seu verdadeiro self é o que seria esse
verdadeiro certo que seria estaria ligada a esses impulsos originais né a esses desejos originais essas raiva se originais essas ambivalências originais lá também lá de trás tudo que se tudo que vem de dentro de você que às vezes não não cabe não cabe lado de fora né isso também tem muito a ver com o que o cláudio vai chamar lados processo de recalcamento de repressão né o que não pode ser para o lado de fora que você faz um processo de repressão de recalque bom mas e nesse sentido você cresce e se desenvolve é per
formando e não percebendo uma identificação entre o que você perform o que você sente porque o que o iníco tu vai dizer em certo sentido é que se você tiver tido tempo para experimentar esse seu verdadeiro self para ter reconhecimento dele você vai poder depois fingir de uma maneira mais razoável que uma maneira é encontrada com esse seu com esse seu verdadeiro self que isso que eu acho que é tão difícil porque em certa medida a gente performa sempre na vida a gente vai sempre performar na vida mas tem algum encontro entre a sua performance
e o que existe dentro de você em e como você se sente ou não tem pode ser uma grande pergunta né as vezes não têm e às vezes é muito duro por isso se não tem você consegue separar isso do que é você do que você sente dentro ou não consegue se você tem que ter formar uma coisa que é evidentemente falsa você consegue diferenciar isso o olhar do outro do que você sente ou não ou não dá é impossível então esse é uma pergunta que tem a ver com esse texto do iníco assim que
é assim ó onde é que ficou esse seu esse seu verdadeiro self por assim dizer e quando você teve como que começar a performar esse falso céu será que foi cedo demais será que não foi há tempo de você construir uma vida interna suficientemente estabilizada para você entender quem você é e então poder ir para o mundo para formando essas falsidades de você essas essas essas adequações modulações de você não pergunta muito interessante para se fazer né essa pergunta também leva ao lugar que é assim eu não não reconhecimento uma relação também por exemplo relacionamento
né que você tá tão preocupado com essa performance então não reconhecido de você de como você sente que você então é é esse outro que vai te faltar esse outro que vai te orientar você vai fazer tudo que ele quer é dito que ele quer e tal porque você não sabe como é que é que você quer você não sabe como quem não sabe o que é querer nesse sentido mais profundo você não sabe como querer você não sabe o que é querer então é qual que é o caminho para isso pra gente tentar chegar
o que eu tô querendo dizer eu tô querendo dizer que mais importante do que dizer quem eu sou é entender como eu me sinto agora como eu me sinto agora em relação a isso quem eu sou vai mudar eu já fui 10 coisas ao longo da vida agora eu tô aqui fazendo isso que eu tô fazendo e aqui eu me reconheço em algum grau estranho que aqui eu me reconheço falando isso nesse momento agora hoje por exemplo você não tive que mudar a cor dos livros aqui atrás porque aqueles livros pretos aqui atrás não tava
me reconhecendo não tava nem reconhecendo mais neles eu mudei eu virei outra pessoa até certo ponto sim tá certo ponto não mas eu me reconheço aqui agora falando isso com vocês entendeu é possível me reconhecer é possível me entender aqui então por que que é possível reconhecer aqui porque em alguma medida a desejo de falar isso e a um rebatimento sim entre isso que estou falando e esse espécie de coisa que tem aqui dentro de mim só que a construir isso você consegue tem que conseguir perceber o que você sente e não é fácil perceber
o que você sente porque talvez esteja tão pautado pelo fora desde tanto tempo que é muito difícil de perceber o que você sente então repetindo mais importante do que é dizer quem eu sou seu sou advogado tributarista pai de família e tal então é entender como eu me sinto e porque eu me sinto como eu me sinto como eu me sinto quando e porque eu me sinto como eu me sinto entendi naquele momento esse processo é muito delicado na verdade parece simples mas não é simples é de entender que você se sente assim em relação
a isso será e assim também eu me sinto assim e assim muitas vezes a gente se sente de dois jeitos em relação ao mesmo você gosta ou não gosta eu gosto e não gosto não é um discurso assim o nivo eu gosto e não gosto eu gosto por causa disso e não gosto por causa daquilo olha que louco então vamos entendendo né eu não conseguindo entender para aí eu consegui retornar as experiências de sentir de sentir e entender por que que você se sente como você se sente se tentando ser honesto com você é claro
que o processo terapêutico é quase que fundamental nesse caso que a gente tá falando de alguém que vai te ajudar a se perceber que não vai te julgar isso é muito importante alguém que não vai te julgar alguém que vai fazer um espelho razoável para você poder se ver no espelho razoável para você poder se ver isso é muito importante você poder então reconhecer como você se sente ali no espelho bom né talvez eu não tenha tido lá atrás um espelho bacana assim você falar é assim caramba mas alguém que não precisa de dizer é
assim que você se sente hoje eu não quero te dizendo como se sentisse passa querer até que corresponder o que essa pessoa te dizendo-se um terapeuta precisando você se sente assim muito problema é que você vai ter que corresponder a esse discurso dele é você volta para estaca zero da história né eu estava lá da mãe que te dizia como se sentir entendeu então talvez não seja uma boa parada assim um bom caminho mas alguém que o espelho para que você aos poucos consiga e reconhecendo como você se sente e por que você sente assim
ou assado para que aos poucos talvez você consiga tá menos investido nessa garantia do amor do outro desse retorno né que vai te dar né que tá lá desde o falso self que tá nessa nessa nesse performar para o outro se não posso que esses eu perco desapareço eu não posso perder o olhar do seu perco desapareço para que você possa aos poucos e retornando para si para si lá no sentido essencialista assim o sentido lá me quem é a minha essência não é isso para mim não é isso para si o sentido da sua
experiência de sentir da sua experiência de sentir que tá sempre em relação ao outro tá sempre introjetado de uma série de histórias ao longo da vida mas que a sua experiência de sentir em relação àquele momento ali que tá acontecendo né então é isso é um processo de idade leve aos poucos com amor com você é retornando para esse quem eu sou hoje agora como eu me sinto agora por isso que eu tô o autoconhecimento um problema nesse sentido porque eu me conheço agora não é para ver se conhecer se não é pesquisar se né
cuidar cuidar desse né pesquisar assim mesmo o autoconhecimento é um texto muito bom do tem um texto muito bom do focou que a ré neutro do sujeito hermenêutica do sujeito que botar embaixo também que ele faz uma diferenciação dessa dessa ideia do conheça-te a ti mesmo conhecer-se tal e pensa na ideia de cuidar desse né do cuidado de si e enfim eu acho muito interessante mas então dia aos poucos esse percebendo né disse percebendo se cuidando entendendo que esse sujeito que você é que se sente agora como se sente é ele muda então essa identidade
que a gente tá colocando desde o começo desse vídeo ela não é unívoca e continuada a absoluta ela é uma identidade com o agora que se refere ao passado se projeta no futuro mas que pode ser o agora que pode não ter nada que ver com que foi ontem o que vem no sentido de que hoje eu posso gostar de uma coisa que eu não gostava ontem mas é preciso que você consiga se aproximar dos seus campos de sensação para isso eu me sinto aqui como eu gosto disso eu quero ser visto como uma pessoa
que gosta disso essas coisas vão se separar facilmente várias vezes tá mas aos poucos a gente pode caminhando para isso espero tá me fazendo entender e eu queria propor para vocês uma leitura de um texto é do guimarães rosa que se chama o espelho que tá no primeiros histórias é um sujeito que resolve descobrir quem que com a imagem dele de verdade sem nenhuma interferência então ele vai tirando tudo tudo na imagem dele que lembra alguma outra coisa que ele quer saber quem ele é mesmo a imagem dele e bom leia o texto lá não
vou dar spoiler o texto que o texto é muito lindo esse livro de modo geral muito lindo mas leia esse texto de verdade ou botar embaixo também tá no primeiro os stories o e então quem eu sou de verdade talvez seja melhor você perguntar como eu me sinto hoje em relação a isso porque meus poucos e fazendo esse caminho para entender eu me sinto presente aqui eu me sinto bem aqui eu me sinto mal aqui eu me sinto bem e mal porque como de onde vem eu quero ser acadêmico mas eu gosto de estudar desse
jeito eu gosto de que a eu gosto de mexer em madeira mas você vai ser marceneiro talvez talvez eu gosto de fazer o quê que me dá prazer nesse sentido o trabalho não vai dar sempre trazer mas ele pode dar um pouco mais de prazer então o que que eu gosto de fazer a onde eu me sinto como como eu me sinto onde e por aí a gente vai aos poucos espero muito ter ajudado desculpa pelo vídeo confuso tá gente mas isso era mais uma conversa mesmo hoje tá semana que vem tchau tchau [Música] e
aí e aí
Copyright © 2024. Made with ♥ in London by YTScribe.com