e é nossa analistas temos uma formação lacaniana ou seja que pensamos na nossa prática que obtemos orientações para a nossa prática a partir do diálogo estabelecido entre lacan ea obra de freud nós temos um elemento fundamental que nos auxilia a pensarmos assim não seria mapearmos auxilia escutar a relação de cada um de nós com os outros e bem como a relação de nós conosco a relação de cada um em relação ao quanto a si próprio este elemento dentre outros mas especialmente este elemento ele é chamado de estádio do espelho é como eu disse é o
elemento fundamental que nos ajuda a discernir melhor e ficamos relações não é o único elemento que nos auxilia no que diz respeito à relação do sujeito com a coletividade do sujeito com o outro do sujeito consigo próprio mas é um elemento muito importante o elemento né de base da clínica nakane ano e esta o estádio do espelho é oriundo ele vem de uma argumentação é desenvolvida pelo psicanalista jacques lacan a partir de outros desenvolvimentos é que também foram realizados em outras áreas por outros pesquisadores por outros profissionais né lacan ele ele se ampara nem alguns
estudos de outras áreas importa né essas argumentações importa estas observações para o terreno da psicanálise ea partir daí ele estabelece o que vem a ser conhecido desde então desde os anos 30 do século passado como o estágio no espelho e o estádio do espelho fundamentalmente ele fala sobre o que ele nos orienta quanto aqui e nos fala sobre o momento de construir não doeu né não só do eu mas daquilo que tem muita relação com o rio é o momento de constituição do eu da identidade é um momento em que se estabelece a distinção entre
o eu e outro essa distinção fundamental é um momento também em que há a demarcação das bordas dos limites do nosso porto em relação aos outros corpos né o corpo do outro o próprio corpo da realidade o corpo dos objetos então é um momento em que se estabelece a borda do corpo junto disso tudo que eu falei de identidade junto né da distinção entre o eu eo o outro e nesse sentido então estágio do espelho de uma proposta de lá campo é uma proposta muito frio e diana por assim dizer porque floyd é em mais
um momento sua obra ele chegou a dizer bem né é bem claramente de maneira bem precisa que o eu isso tudo que acabei de falar o heu aborda do corpo a nossa sensação de identidade né é ou seja uma coisa fundamental é o acordo nós acordamos todas as manhãs pode se olhar no espelho e lá estou eu né gente sabe né mostra a fotografia para uma pessoa das férias isaac estou eu então essa sensação muito íntima de que eu sou eu né isso que me dá identidade isso que me dá uma impressão de estabilidade nem
eu sou eu sento pelo menos em termos gerais claro que pode passar por oscilações algumas situações muito específicas mas o que pode nos dizer é que o eu não é um dado novo ponto de partida é por mais que eu tenho essa sensação de que eu sempre fui eu né o que pode nos dizer é que o euro é um ponto de partida mas o eu há de ser constituído então essa é a base para diana e o estádio do espelho assumir esta perspectiva floridiana o heu há de ser constituído e o que lacan vai
nos apontar na argumentação do estágio no espelho é que como eu ele não se constitui a partir de um amadurecimento biológico é tudo bem eu há de ser construído mas como lá começam nos mostra que não é a partir do amadurecimento biológico não é a ideologia que magicamente produz mil e essa sensação de identidade nós próprios mas é o que ela vai nos dizer é que o eu se estabelece o eu se apresenta como por intermédio de uma relação ele é o produto de uma relação então é bem da biologia não é uma coisa natural
mas é por intermédio de uma relação que o eu se apresenta como precipitado como resultado e o estádio do espelho é exatamente a argumentação que vai nos mostrar um campo em que esta relação o melhor essas relações que constituem é que produzi lo eu é o campo que essas relações se dão então estádio do espelho ele demarca um campo né e nesse campo que se estabelece que se nem podemos verificar algumas relações que produzem o eu o estádio do espelho ele aponta para um campo onde nós vemos os elementos participam de uma relação que vai
ser crucial para a vida de nós todos e nesse sentido também nós podemos dizer que o estágio do espelho ele indica uma experiência então enquanto experiência o que se passa nesse campo é pode ser percebido pode ser notado pode ser constatado nós podemos verificar tal como ainda vou argumentar mas podemos acompanhar podemos ver algo desta é desse campo dessa experiência mas vale ressaltar também que o estádio do espelho ele não se reduz a uma experiência não é necessário que essa experiência seja vista percebida é seja constatável ele tem a ver com a experiência mas ele
não se reduz a essa dimensão empírica propriamente a experiência é mas não podemos também deixar de falar é que a experiência é quando ela se apresenta é importante porque é por meio da experiência que nós podemos ver os elementos que estão em jogo no estádio do espelho sendo assim então vamos pensar um pouco pelo menos nessa experiência vamos nós vamos aqui tentar discernir falar mais sobre experiência e aquilo que se mostra ao nosso olhar nessa experiência né então partimos um estágio um ponto básico dessa experiência como está no próprio título no próprio nome estádio do
espelho temos um espelho então pensemos uma criança numa idade bem inicial de vida seis sete oito meses antes de um ano de idade uma criança colocada na frente de um espelho do que se passa aí então nós podemos é organizar essa experiência é a partir de grandes tempos em tempos que são ritmos não gostaria que passar a ideia de que esses tempos são necessariamente tempo cronológico que vão seguindo linearmente mas são ritmos e eventualmente um ou do tempo pode se repetir alguma coisa pode voltar que antes estava conquistada aquela maneira nós pensarmos no fluxo na
direção da experiência então primeiro tempo nós temos a criança diante do espelho e inicialmente um espelho ele se apresenta de maneira indistinta e viveu para crianças esperamos ps nada ou seja não ao espelho pra mim por mais que o espírito esteja lhe o espelho a cadeira o pai a mãe a chupeta os objetos que estão ao redor da criança o espelho não se distingue como objeto separado objeto especial né então nesse sentido é que o espelho é uma coisa a mais não há uma diferença não há nada que chame a atenção da criança diante daquele
objeto onde nós adultos olhando a experiência nós já verificamos um reflexo da criança no espelho só que do ponto de vista da criança ela a olhar para o espelho ela não vê nada tão diferente quanto a bola o chocalho né a fralda é certo esse é o primeiro tempo um segundo ritmo no segundo tempo o segundo momento é nós já vimos exatamente alguma coisa surgir neste espelho que surge no espelho do ponto de vista da criança na perspectiva da criança o que surge inspiram coleguinha é uma outra criança é um semelhante então surgiu o corpo
diante do corpo da criança por assim dizer né porque o corpo da criança ainda vai ter de marcar o que surgiu inicialmente é um outro ea criança ela tenta pegar vai gerar ela vai bater ela vai chorar ela vai interagir com isto que surge no espelho da mesma maneira como ela interage por exemplo os seus coleguinhas quando ela está no grupo quando ela está brincando com os seus seus coleguinhas seus irmãos seu irmão dela tá né uma festa quando está na escolinha por exemplo então aquele tipo de reação que a criança nessa idade tem com
qualquer outro colega da sua idade próxima à cidade ela vai ter esse tipo de relação com o espelho então nesse momento a criança interage com aquilo que surge no espelho na condição de um semelhante na condição de uma companhia na condição de uma outra criança então neste tempo é fundamental em que a criança é reagir à em relação ao que surge no espelho tal como se ali né tivesse um outro não é tal qual só porque é um outro aí que é o ponto fundamental é desse momento o estádio esteve o que surge para a
criança lhe semelhante a uma reação de qualquer animal diante do espelho então naquele momento a criança e um animal quanto a essa experiência pelo menos eles estão no mesmo nível um animal posto diante do espelho ele vai ter reações também de aproximação de afastamento de estranheza na medida em que o que surge não é o reflexo dele mas é uma outra presença nesse momento quanto a criança é isso que se passa a criança reage tal qual o animal né é ali onde ainda surgirá o seu próprio reflexo nesse momento não aos não ao reconhecimento do
ponto de vista criança de que aquela aqui de um reflete e muito menos que é uma imagem porque o que surge é tomado como uma realidade um outro concreto daí a pouco né o que vai aparecendo ali é a imagem de um outro mas fundamentalmente o que surja o que temos ali temos aí o outro e esse ponto é fundamental para que daí um pouco depois no outro ritmo no outro tempo esse outro ele vai perdendo um certo interesse mas embaralhando mulher enquanto alguma coisa mais apagada e também a imagem de um outro já não
é tão concreto e isso é meio oscilante né mas para que daí ele chega em um tempo fundamental aí sim que é um passo um salto melhor dizendo em que é a criança e qualquer animal já não mais se equiparam o animal fica para trás e aí sim nós temos algo que é é intrinsecamente humano ali onde havia o outro estamos diante do espelho a criança num dado momento ela sorri e ela não mais interage com isto que surge antes dela como se fosse um outro é como se fosse um coleguinha como se fosse um
semelhante nesse momento em que a criança sorrir é muito interessante porque ao sorrir ela imediatamente ela tira o olhar no espelho e se direciona para fora do espelho ela usualmente ela dirige o olhar dela que até então estava fascinado pelo que surge na esteira quando ela sorrir e esse sorriso é a marca de uma conquista é a marca de um salto mas é interessante que assim que ela conquista um passo a mais no espelho ela tira os olhos do espelho e ela se volta para fora do espelho usualmente para um adulto que está próximo dela
para o adulto que de certa forma a sustentar essa experiência é nesse instante em que ela sorri para o espelho em que ela tira o olhar no espelho então a um corte dessa imagem um como se fosse uma piscadela não é um corte dessa imagem ela se volta para um adulto é nesse instante que então com esse corte da imagem é que ela vai olhar para o olhar do adulto verificando se o adulto ver que ela criança está se vendo então é interessante porque não basta para que a criança nesse momento é um momento de
a criança reconhece eis-me alina mas não temos havia um outro tanto que ela tentava pegar mas no momento em que ela se reconhece ela tira o olhar no espelho e imediatamente pra daqui a pouco voltar para o espelho mas o que ela busca nesse nesse movimento e até no próprio espelho é o olhar de um outro que reconheça esta experiência dela essa conquista reconheça que naquele momento ela ela ali no espelho claro que sim é só que eu também surpreso com essa conversa vou voltar não não deixa é tão esquisito assistindo assim como se ainda
tivesse aqui ela costumava olhar sim pra mim desse jeito assim esse olhar de verdade e eu sabia que estava na que existia é interessante que esse momento é um momento que o eu a identidade a borda do corpo a diferença entre o outro é nesse momento que isso surge é nesse momento que é selado mas não sem esse sutiã o movimento de um fascínio pelo que surge um espelho um sorriso que indica o reconhecimento mas ao mesmo tempo a busca de um aval à busca de uma autorização quanto a esse reconhecimento então nesse sentido a
gente pode dizer que a experiência ela diz respeito ao espelho mas há um momento que para que esse espelho eo que surge dele se sustente ela tem que deixar de olhar para o espelho ela tem que buscar algo fora do espelho e esse fora do espelho diz respeito a uma outra dimensão que não necessariamente aquilo que surge no espelho onde antes havia um outro e agora a nénão bem o outro né a eu próprio é interessante que a criança vai reconhecer a partir dessa confusão a partir desse embaraçamento com o outro com esse coleguinha com
esse semelhante então ao espelho é o momento de um certo embaraço uma certa confusão uma confusão constitutiva mas nós temos que é necessário que a criança ela pisca pisca nesse sentido o olhar diante do espelho tem que se fechar para quem direciono para uma outra direção um outro ponto até para que ele volte com algo a mais esse algo a mais é o que é o reconhecimento de que aquele conhecimento que a criança tem esse sou eu é um reconhecimento que sustenta esse conhecimento então temos ali um riso que a criança e bossa e esse
movimento é que faz com que a criança busque o aval o motivo do seu sorriso fora do espelho temos a linense sorriso experiência de juno né lacava dizer que nós temos a constatação de uma conquista é a marca de uma conquista nem ainda que necessite desse reconhecimento dessa autorização que eu mencionei estaria fora do espelho é interessante a autorização a sustentação né de que você é você por assim dizer que aquela imagem é sua é uma imagem ea sua o reconhecimento disso aval disso vem fora do espelho então temos aqui né nessa experiência que é
bastante ampla nós temos aqui existe nessa experiência uma espécie de intervenção é como assim então vamos voltar froid que é a base de toda essa argumentação sustentada por lacan e encontra se em frente é em um de seus textos por hoje vamos falar de um momento que se chama alto erotismo esse momento dentre outras coisas nós podemos de certa forma equivale lo a essa criança que está diante do espelho antes de se reconhecer o momento uma certa em diferenciação em que incluiu o outro se misturam se confundem o corpo da criança é a própria realidade
não há uma distinção este momento dentre outras características hoje o chama de altura do tchizo o momento portanto nesse sentido de indiferenciação porque não aborda do eu ou ele construída e não há diferenciação entre um e outro e o que pode dizer é que para que a criança supere esse momento é necessário o que ele chama de uma nova ação física tem que acontecer alguma coisa que venha de um outro lugar porque se a criança for deixada por si só nesse momento é esse momento ele se perpetua então uma nova ação psíquico é uma espécie
de atravessamento uma intervenção que é algo muito próximo ao que nós podemos equivaler a isso que eu mencionei está fora do espelho então tem que ocorrer alguma coisa que venha de um outro lugar que repete luta tekken intervenha nesse alto erotismo e aí sim nesse instante como estava mencionando que a criança supera qualquer experiência de um animal né é aí sim que um outro registro uma outra dimensão se introduz e uma vez introduzido faz parte da nossa vida o tempo todo nesse momento que nós podemos da tabela na experiência na infância ele não fica só
lá a cada relação que eu venha depois de estabelecer comigo com o meu corpo com o outro com o corpo do outro é essa base essa matriz crucial esse campo de experiência que o estágio espelho estará comigo e essa confusão é essa confusão é fundadora essa confusão constitutiva eu estou ali mas não nos esqueçamos antes havia o outro nesse sentido é que ela quer dizer que o eu ele é produto de uma identificação com o outro de um reconhecimento né de uma posição que antes era a posição do outro então nesse sentido que também é
continuando a argumentação da carne ano nós podemos é pensar que isso está fora do espelho que é fundamental tem muito a ver exatamente a dimensão da linguagem não é necessariamente o pai ea mãe da criança que pode podem estar lá mas mais do que o pai a mãe da criança é a linguagem como espaço de onde a criança obter o reconhecimento e espaço onde a criança obter um sim porque o que precisa existir fora do espelho ao sim e esse sim ele vem da linguagem é nesse sentido que nós podemos dizer que a linguagem é
a relação nós o fato de sermos seus falantes e podemos obter uma dimensão de onde vem o sim sim é você sim este é seu nome sim né isso aí você é isso que sustenta a experiência do espelho e é interessante porque eu falei da experiência o estágio espelho não se reduzem a experiência porque o ponto fundamental da experiência está fora do espelho está fora portanto nesse campo experiência é e nesse sentido concluindo que nós podemos dizer que o espelho dessa experiência não é simplesmente um espelho né não o objeto chamado espelho espelho é tudo
aquilo que é capaz de devolver para você a sua imagem no espelho essa superfície que possibilita que você reconheço que vocês se distinga do outro então nesse sentido o espelho é também o grupo espelha o olhar do outro toda a superfície que devolve por assim dizer que te apresenta é um espírito é assim que nós podemos aqui fazer uma ponte dessa perspectiva neves canal indicou a literatura até temos elementos muito ricos na nossa literatura eu me lembrarei aqui fundamentalmente de dois contos que tem o mesmo nome o espelho é um conto de machado de assis
assim nomeado e um conto de guimarães rosa também chamado espelho especialmente nesse contigo guimarães rosa vale a pena visitar os dois que estabelecem diálogos muito ricos com a psicanálise mas guimarães guimarães rosa começa seu conto dizendo algo muito rico pra nós mesmos na clínica na experiência analítica e com a licença poética no dia seguinte o espelho são muitos ele conhece acontecendo isso o espelho de lula são muitos e é isso que nós vemos na psicanálise então é esse momento do espelho a experiência do espelho isso se desdobra em muitas situações o espelho não é exatamente
um espelho o espelho então tomando emprestado as palavras de guimarães rosa o espelho são muitos