Oi oi bom dia boa tarde boa noite dependendo de onde você esteja no mundo aqui a Patrícia Lacerda do portal final outloyas e hoje a gente tem o prazer de ter duas convidadas de honra que a doutora Karen Venâncio e a Doutora Célia Caiubi tudo bem com vocês Tudo ótimo hoje o nosso tema é guarda compartilhada quando os pais Residem em países diferentes Foi um tema que a gente trouxe Numa pesquisa que foi uma decisão recente que a gente teve agora no STJ e que tá gerando uma grande repercussão a gente até fez um Story
no nosso na nossa rede social sobre esse assunto e a gente teve bastante repercussão então a gente resolveu fazer uma live porque a realidade de muitos brasileiros que são casados com estrangeiros ou então de brasileiros que vivem aqui no Brasil se divorciam e cada um acaba vivendo um país diferente mas situação cotidiana na vida de muitos brasileiros e a gente trouxe essas duas autoridades para falar sobre esse assunto a Doutora Célia Caiubi é advogada especializada em direito de família e sucessões ela é parceirista e consultora jurídica membro da comissão de família e Tecnologia do Instituto
Brasileiro de direito de família ela é coordenadora da comissão de tecnologia e inovação do Instituto Brasileiro de práticas colaborativas e ela é membro da International Academy of colaborativo professionals e ela também é pesquisadora do tema metaverso no Instituto de Tecnologia e sociedade ela é mestre em direito pela Escola Paulista de Direito e a gente hoje também tem a doutora Karen venosa que ela é Doutora e mestre em Direito das relações sociais pela Universidade Federal do Paraná com estudos doutorais na universidade ela é pesquisadora do Núcleo de Estudos em Direito Civil constitucional virada de Copérnico e
da rede de estudos de Seguridade e trabalho da UFPR ela também é membro do Instituto Brasileiro de direito contratual e do Instituto Brasileiro de estudos de responsabilidade civil a Dra Karen também é secretária da comissão de exame de ordem da OAB do Paraná é professor em cursos de graduação e pós-graduação é advogada e consultora internacional atuante no Brasil Portugal e Itália meninas muito obrigada por aceitarem o convite e acredito que a gente tem muita coisa que falar muita coisa que esclarecer E aí por favor se vocês puderem compartilhar um pouquinho da experiência do conhecimento de
vocês com o nosso público ser obrigada pelo convite é um prazer tá aqui um prazer conhecer a Karen para falar de um tema tão sensível tão importante então efetivo né que aguarda compartilhada e também Principalmente agora por conta dessa decisão recente do STJ que nem é a primeira na verdade mas o que que a gente organizou que é importante assim conceituar né O que que aguarda esclarecer sempre jurídicas mesmo para vocês que estão aqui assistindo a gente o que que é uma coisa o que que é outra para realmente tirar essas confusões que vem né
de juntar a guarda com residência com tempo de convivência Então a gente vai começar por aí e aí para advogados que estejam nos assistindo e queiram saber né da onde surgiu essa ideia dessa Live é por conta da decisão recente no recurso especial 2038 760 do Rio de Janeiro Então na verdade guarda que é um termo né que ter ouvido para aí o que que é o que que significa guarda em si puramente sem ainda dividir né ah é o poder familiar é o exercício do Poder familiar é o que diz respeito à decisões relevantes
que envolvam questões relacionadas àquele filho comum então o Brasil a partir do Código Civil de 2002 entendeu E a partir de uma lei que mudou também esse código e a gente não vai falar dessas leis mas muito do conceito é entender o que a regra é que essa guarda esse exercício do Poder parental essas decisões relevantes tanto financeiras como da vida dos filhos sejam conjuntas exatamente para tirar aquela questão que vigorou durante muito tempo matriarcal né de que quem decidir a vida do filho era a mãe então ele conferiu também para o papai igual o
genitores nessa situação aí nesse papel de juntos decidirem o futuro o caminho daquele filho então a guarda compartilhada ela pressupõe que todas as decisões relevantes escola para a gente exemplificar aqui se a Karen lembrar de alguma coisa importante escola religião comida alimentação atividade extracurricular programação da vida convivência tudo isso vai ser resolvido de forma conjunta E aí Existem algumas exceções no nosso código civil a regra é essa então aguarda compartilhada é regra e ela tem a ver com decisão não tem a ver com convivência nem com residência mas quando que ela não é utilizada se
um dos genitores abrir mão é um direito dele ele não precisa justificar muitas vezes ele entende que por algum motivo outro genitor é o mais indicado para tomar decisão de uma forma unilateral ou se realmente ele perdeu o poder familiar por alguma ação por alguma conduta normalmente que coloca em risco a vida daquela criança então não basta ter uma conduta errada na mas tem que ter uma conduta errada em relação a paternidade ou maternidade direcionada com aquele filho e aí vem as outras duas questões né a residência que é qual vai ser o endereço daquela
criança que também pode ser decidido com juntamente Qual é aquele endereço que tem realmente condições de garantia aquela criança uma rotina adequada que atenda o melhor interesse dela e depois a convivência que aquele genitor que não vai ter a residência como que vai se estabelecer a convivência dele com filho então esse termo visita já foi abolido da doutrina também tá sendo abolido Deus jurisprudência a gente espera que seja abolido da advocacia porque os pais convivem né eles não visitam os filhos E aí se estabelece de acordo com a rotina com tudo isso que foi falado
sobre a guarda compartilhada essas decisões como que vai incluir a presença do outro genitor ali então assim tipos de guarda não podem ser confundidos a regra compartilhada divisão do Poder familiar nesse julgado especificamente ela é é bem explicada né Para que não seja confundida com a guarda alternada que é quando a criança fica um período com o genitor e um período com outro e durante o período com cada um aquele genitor que está naquela posição física ali de contar é o responsável único por essas decisões Então são coisas diferentes e é bem importante aqui conceitual
que que são cada uma né do tratarem quer falar alguma coisa sobre isso que legal bacana é bom quando a gente começa já o nosso encontro com essa super explicação assim né Muito bem primeiro muito obrigada novamente pelo convite Patrícia é sempre uma alegria estar com você né participando aí acompanhando sempre todo o trabalho que você tem feito com o pai da Flowers que é uma plataforma que está realmente como eu sempre digo revolucionando isso que é tão necessário tão útil para nós né facilitar esse esse acesso essa conexão da pessoa que precisa de um
advogado no exterior e que tem tanta dificuldade muitas vezes pelo idioma por questões culturais e tudo mais então o trabalho de vocês Sem dúvida tem sido essencial né eu vejo o cliente chegar e dizer Poxa que bom né que eu tenho uma brasileira que vai poder me atender aí fora que vai fazer tal situação que vai me explicar de uma forma que eu consiga entender né a situação que que envolve alguma questão aí né além de fronteiras e Célia é uma alegria também tá com você aqui né acompanha aí o teu trabalho tô muito feliz
de dividir contigo então esse tema que é tão caro para nós né sério é um tema que nos é caro é a atuação no direito de família como você falou é uma área muito sensível dentro do direito é a mais sensível das áreas Então os profissionais que atuam no direito de família Vocês precisam ter esse cuidado de se colocar de modo muito claro né naquilo que a gente quer explicar para comunidade que a gente quer passar para o nosso cliente como você falou sem o júri de quês mas de uma forma que não perca também
até aqui na cidade que é necessário porque a gente tem que entender que as relações Tem sim que seguir determinadas condutas que são previstas em lei tem determinadas coisas que podem não podem em virtude da Lei e a gente precisa trazer isso de uma forma Clara então é muito bacana essa forma aí que a Célia já colocou que eu acho que é o primeiro ponto é o nosso ponto de partida para conversa de hoje é saber a diferença desses tipos de guarda né porque existe ainda aquela confusão em razão da expressão compartilhada né a Célia
comentava da lei a lei por coincidência não sei escolher o calendário ontem fizeram né completar esse 8 anos da lei da Guarda compartilhada então a gente tá de certa forma que comemorando né os oito anos da lei da Guarda compartilhada foi ontem 22 de dezembro então é muito importante isso a gente deixar bem claro Qual é a diferença de uma guarda compartilhada uma guarda alternada e uma guarda unilateral a gente vem de um histórico cultural principalmente no Brasil nos países latinos mas que se estende ainda bastante em outros lugares aqui pela Europa também de que
diante de uma dissolução de uma de uma união né de um casal os filhos normalmente ficavam com a mãe a gente sabe que isso é muito cultural né nem sem discutia tanto não se discutia nada na verdade era quase que automático e o pai vira a visita aquilo que a Célia falou que nos dói ouvir essa palavra que pai não pode ser visita pai não é visita são os amigos que vêm passar as férias um dia um dia em casa né o pai não pode ser jamais então essa substituição dos termos que estão enraizados de
uma forma muito muito triste né de que pai é visita de não entender as questões da Guarda isso é importante a gente trazer Então essa ideia de guarda compartilhada como o compartilhamento da responsabilidade como a Célia falou não aquela ideia ah guarda compartilhada já ouvi muito isso a Célia com certeza também do cliente né Célia ah guarda compartilhada 15 dias com o pai 15 dias com a mãe não é nada disso é compartilhar responsabilidades estabelecendo uma rotina para essa criança que não precisa ser matematicamente dividida 50% com cada um Aliás nem deve porque a criança
ainda mais numa idade mas tem ela precisa ter um lar fixo ela tem uma noção de qual é o ambiente dela Então o que se precisa é essa noção compartilhada significa compartilhamento de responsabilidade de decisões porque se a gente quer uma criança se desenvolvendo bem no ambiente saudável se a gente quer uma relação familiar aonde esses pais possam pensar o futuro dos filhos como que eu penso o futuro do meu filho se eu não posso discutir como o pai ou a mãe do meu filho mas e qual é a melhor escola O que que a
gente quer para o nosso filho a gente quer uma escola que tenha valores x ou valores y a gente quer que ele Se dedique alguma coisa extracurricular ou música os esportes Isso precisa ser uma discussão que na verdade deveria acontecer diariamente né de pais e mães conversarem o que que nós queremos para o nosso filho queremos o bem mas como que a gente faz isso na prática Então a gente tem que sentar e discutir e decidir e isso é a guarda compartilhada né não é dividir 15 dias na casa de cada genitor e tentar naquele
os dias faz o que bem entender porque o filho tá comigo então agora sou eu que mando né isso acontecia e é a nossa luta né Célia para que se ultrapasse essa visão e que Independente de dissolução de relações independentemente de término de relacionamentos conjugais a consciência de que não tem eis pai eis mãe de que pai não é visita de que mãe não pode ser uma autoridade absoluta de decidir né Eu sou a mãe eu decido a escola eu decido que vai fazer tudo o filho é nosso a responsabilidade é Nossa e é a
responsabilidade pelo futuro dele é Nossa então cuidado com a forma que trata hoje porque lá no futuro é consequência vem essa criança vai externalizar o que ela viveu durante a infância durante o período desse conflito e esses pais muitas vezes lá no futuro se arrependem de dizer deveria ter agido diferente naquela época porque vê o reflexo que isso vai dar numa vida já adulta daquele filho que teve muito conflito nessa nessa situação de regular essa guarda Então acho que isso é é o complemento só porque a explicação da Célia ficou ficou perfeita né E essa
questão legal como a Célia falou a gente tem a legislação que eu comentei são oito anos no ambiente internacional a gente também tem mais umas coisinhas aí que eu acho que a Célia já também retorna aqui a palavra Célia coloca e a gente vai entrar na questão da convivência quando os pais estão em países diferentes que foi né O que levou aí o STJ a preferia a decisão que que deu tanta repercussão né exatamente Por estarem os pais em países diferentes Célia perfeito Karen super obrigada então a gente tem uma experiência né como advogados nessa
área de primaça entre pela autonomia da vontade pelas questões privadas serem realmente decididas para aqueles que vão protagonizar essas decisões que é a família que são realmente os filhos quem vai vivenciar o futuro das escolhas desses pais então muitas vezes várias decisões são tomadas inclusive com orientação de advogados e não são levadas ao judiciário porque aquela família funciona muito bem então a gente tem um termo aqui né a técnica mas que é muito verdade que determinadas decisões e arranjos familiares transitam e julgado e fazem um precedente que nunca é usado porque foi ali no âmbito
privado ninguém tomou conhecimento Exatamente porque não deu problema mas quando dá problema então a gente não tá aqui no mesmo bairro não tá perto para dar um telefonema para sei lá presente né de uma forma realmente possível E aí quando essas decisões que deveriam muitas vezes no Mundo Ideal ser realmente priorizadas né e tomadas no ambiente Privado não acontecem Dessa forma não se chega num consenso não se chega numa um acordo seja pelo método que for práticas colaborativas mediação negociação direta advogado único ou advogadas ali tentando compor alguma coisa não tem jeito a porta de
acesso à justiça é o judiciário que é uma porta excelente a legítima mas deve ser a última né porque é muito melhor quando os vínculos e as questões emocionais são tratadas realmente outro ambiente mas quando isso não é possível Qual o critério do Judiciário para se me excluir uma questão que é totalmente privada e única de uma família que funciona de uma determinada forma que tem uma realidade que é dela e ninguém sabe né o que se vê no judiciário nos tribunais são fatos relatados pelos advogados e as várias de família peculiaridade acredito que no
mundo mas no Brasil principalmente que se esquece o código de processo civil porque o que tá em jogo ali não é o número de recurso ou o que que vai transitar em julgado primeiro ou o que que pre-cluiu mas é realmente o melhor interesse daquela criança que tá ali e quando a gente escuta isso as decisões são tomadas no princípio da supremacia né do interesse do menor ou do melhor interesse da Criança é muito genérico para quem não é da área do direito então parece Como que o juiz vai saber qual é o melhor interesse
do meu filho eu sou a mãe eu sou o pai quem sabe o que é melhor para ele sou eu é muito natural esse tipo de questionamento e de às vezes até angústia né nosso juiz vai decidir mas isso só acontece nesses casos excepcionais quando os pais não entram no consenso eles sim são autoridade máxima mas quando acontece tem que ter critério porque senão realmente Como que o juiz vai saber o que é melhor para aquela criança então Esse princípio do melhor interesse ele é um princípio universal ele faz parte de uma declaração internacional dos
Direitos da Criança ele tem ali conceitos e regras muito bem definidas e objetivas que primam exatamente para que a criança cresça no ambiente seguro saudável que ela tenha todas as necessidades dela atendidas na medida do possível e da realidade de cada família então aqui a gente também não tá falando de poder financeiro se sobressair sobre qualquer outro os pais e a realidade daquela família olhada num contexto no conjunto e de acordo com que é possível para aquela realidade então com base nesses princípios é que essas decisões são tomadas então quando a gente escuta ah guarda
é compartilhada porque a regra ah como que vão morar em países diferentes e aí lendo o voto que também não foi simples teve uma sentença teve parecer de frio o juiz Não seguiu os parecer teve estudo social estudo psicológico isso é super importante falar porque o juiz não sai ali com esse princípio da cabeça dele ele vê realmente profissionais para au nessa questão para chegar ao máximo possível na realidade né do que aquela família faz no dia a dia quais valores ela pratica com aquela criança como um pai fala do outro porque quando a gente
entra nesse processo judicial litigioso para um terceiro desse dia eu pelo menos vejo que brotam processos vão nascendo filhotes alienação parental porque a quebra da confiança naturalmente independente do ambiente gera muita desconfiança e muita reação então assim você já se defende do que você nem foi atacado a criança falou uma coisa que você não entendeu a culpa é do outro olha tá botando contra mim e tem vários exemplos tanto na ficção né que imita a realidade ou a realidade que imita ficção mas que realmente a barrocam O Poder Judiciário com questões relativas a guarda e
quem é a parte mais indicada para prover tudo isso que é necessário para essa criança crescer o adulto né que seja o suficiente que seja saudável realmente cons somar na sociedade realmente a família é a base da sociedade então por isso essa proteção do estado e essa preocupação Então na verdade falar sobre princípios e sobre o melhor interesse da Criança é todo um contexto E aí cara que você quiser falar sobre isso que a vontade também depois a gente entra na decisão propriamente que tem várias doenças perfeito Célia Eu acho que isso que a Célia
tá colocando é muito bom né quando a gente sabe que a gente está conversando dentro de uma Harmonia de ideias essa noção eu acho sempre essencial somos advogadas mais quando você está diante de um processo judicial a gente tem que ter uma noção que na verdade o que a gente está fazendo é terceirizando a decisão que não conseguimos tomar ou que não conseguimos chegar a um consenso eu acho que quando a gente consegue absorver essa ideia tem isso com clareza aquilo que se tornou uma demanda judicial é algo que não não discutindo a que culpa
de quem mas é algo que não conseguimos resolver sozinhos você já vai ter uma visão diferente é de querer evitar que isso precise porque o que eu tô dizendo é o seguinte eu não fui capaz de resolver a situação do término do meu relacionamento da minha situação de familiar do pós de vosso coração enfim de um filho avido Aí em algumas circunstância Então como eu não fui capaz de resolver isso me resta que um terceiro resolve e o terceiro judiciário em todo o país a gente tem uma estrutura para que se possa colocar então uma
solução de um conflito quando as partes sozinhas não conseguem solucionar e como a Célia falou uma vez que eu tenho um terceiro que precisa desse dia aquilo que eu não consegui resolver ele precisa ter critérios né o juiz não vai olhar um Você tem cara de boa mãe eu vou dar Guarda para você você tem cara de bom pai a criança eu acho melhor isso não Aí sim é que a gente tem que ir para parte que é totalmente técnica o juiz está diante de uma situação onde ele precisa de elementos objetivos concretos que vem
de uma situação que é totalmente subjetiva que é a relação familiar mas ele precisa transformar isso em contextos mais objetivos que permitam ele aplicar a lei aplicar princípios para que possa ter validade aquilo precisa fundamental que ele tá decidindo porque afinal ele tá decidindo a vida de terceiros mas eu acho que nessa noção como eu falei Eu repito muitas vezes existe eu vejo até algumas reações né da pessoa falar assim você está terceirizando que você não foi capaz de resolver você tá terceirizando a vida do seu filho prejuízo você tá literalmente dizendo olha resolve como
que vai ser a vida do meu filho porque eu não consigo como eu falei não estamos discutindo Ah mas eu não consigo porque o problema na verdade é que tem o conflito e o pai não tô falando nesse sentido mas que é um terceiro que está resolvendo a vida é então se a gente absorve bem essa ideia a gente se empenha mais em querer trazer essa solução e não deixar que o juiz decida não calma aí então deixa que eu vou né Vamos ceder aqui cada um pouco vamos chegar num consenso e vamos nós decidir
o que nós queremos para o nosso filho e não ter que deixar na mão do juiz né então isso é muito importante e o juiz no momento em que necessária essa atuação ele vai precisar então desses elementos como a Célia falou e quando se fala no bem-estar do menor como se quando se falam em princípios tantos que a gente tem a gente vai buscar aí né da forma técnica constituição Código Civil As convenções internacionais o juiz ele precisa ter isso como base da decisão dele o problema é o seguinte no fim de toda essa situação
mesmo que eu tenho uma sentença que diga expressamente guarda compartilhada o desafio que nós temos ainda é entre aquilo que ficou escrito no papel e aquilo que está se efetivando eu acho que esse vai ainda vai ser Célia né por muito tempo o nosso desafio porque muitas vezes o que a gente vê é o seguinte os pais por conta do conflito por conta de sermos seres humanos cheios de emoções e de sentimentos que muitas vezes a gente tem dificuldade de lidar e que a gente acaba transferindo para o outro né as nossas frustrações pelo término
do relacionamento por ele questões mais que ao final a gente muitas vezes ficou brigando né eu digo das experiências de processos né das experiências com clientes que é o final de uma longa demanda judicial de tanto conflito aquele pai aquela mãe nem tá exercendo efetivamente aquela guarda que ele brigou tanto para ter porque no fundo que ele queria era só que tivesse escrito no papel a guarda é compartilhada mas ele não tá interessado em exercer efetivamente aquela guarda é uma questão de um orgulho é uma questão de poder muitas vezes até para poder se justificar
com os outros com a sociedade com família com tudo né Não mas a guarda é compartilhada então isso também eu acho que é o grande desafio nosso o judiciário vai sempre priorizar guarda compartilhada porque é lei no Brasil é lei em alguns outros países também mas eu acho que a gente vai vai para a próxima etapa que é OK Decisão foi de guarda compartilhada mas e agora encerrou o processo como é que tá sendo o dia a dia dessa criança tá vendo efetivamente esse contato essa preocupação do pai da mãe vamos conversar vamos dialogar Vamos
decidir Vamos pensar ou assim não me pronto me basta que eu queria era a decisão dizendo que a guarda é para eu me sentir nesse poder de que eu também decido embora eu não faça isso na minha prática né acho que a gente ainda ainda tem esse esse desafio que daí foge é meta jurídico né ele foge do nosso alcance porque nós fazemos o nosso melhor né Célia quando a gente tá perante o cliente somos advogadas colaborativas exatamente por isso porque a gente a gente quer buscar a solução da forma menos gravosa possível menos menos
é traumatizante possível que muitas vezes caso judiciário submeter uma criança perícias é psicológicas tanta coisa que se torna tão traumatizante dentro de um processo muitas vezes e a gente faz o máximo para evitar essa situações e chegar no acordo qualquer acordo é melhor do que um processo né a gente sempre diz isso né Qualquer cor da melhor do que própria para uma decisão judicial mas o que a gente vê aqui na prática às vezes não é não é o resultado em si de vivência mas somente de ver aquela aquela sentença escrita dizendo determinada e Doutora
Karen desculpa já fazendo uma interrupção mais uma das questões né a gente acabou abrindo uma caixinha de perguntas no nosso na nossa rede social comentando que a gente teria abordaremos esse assunto e uma das questões foi se o pai deixa seu pai ou a mãe né quem tá no caso morando em outro país com a criança né E aí o pai teria o direito a ficar com a criança durante as férias se a mãe acaba descobrindo essa decisão e não envia a criança para cá Como que o pai poderia se resguardar de uma situação assim
né se essa se houve um acordo judicial em que foi regular foi regulamentada essa situação como que a mãe e o pai deveriam proceder nessa situação em que a mãe de repente não cumpriu aquilo que estava acordado Existem algumas questões aqui Patrícia que são as questões realmente técnicas né Por exemplo se a gente tá falando de uma demanda judicial Vamos pensar aí uma situação de guarda de um filho através regulamentada através de decisão judicial mesmo e o processo correu no Brasil então eu tenho no Brasil todo meu instrumento para poder pedir cumprimento dessa sentença né
seja em relação a essa convivência aos períodos que a criança deveria estar na companhia ou do pai ou da mãe e que aí de repente a mãe não enviou a criança o pai não buscou quando deveria buscar enfim né seja em relação aos próprios alimentos né que é normal que as ações que a guarda também já já fixam alimentos e tudo então se eu tenho uma decisão de um processo que correu no Brasil no Brasil mesmo eu já tenho a definição pelo pelo código de processo civil de que eu posso pedir a execução né daquela
daquela sentença daquilo que foi daquilo que foi determinado o que acontece muitas vezes é se faz a homologação dessa sentença que foi proferida no Brasil no país é estrangeiro Aonde a criança tá para que também se tenha a colaboração do Judiciário do outro país para que se efetivo e o cumprimento de alguma ordem judicial né porque a gente ainda tem aquelas questões de Óbvio mudou muita coisa já com as novas regras do próprio processo civil Brasileiro né O Código de Processo Civil de 2015 já trouxe novas regras de cooperação internacional né as formas como a
gente pode fazer o trâmite process internacional porque antigamente tinha aquela questão Ah mas eu vou depender de uma carta rogatória a criança vai completar 18 anos e a carta rogatória não chegou né então a gente tinha muito também essas questões a gente tem já hoje instrumentos que ajudam muito isso mas aí no fim a gente acaba voltando para aquela para aquela situação eu preciso mais do que a preocupação de o que eu vou fazer se natural a gente vai pensar o que eu faço se o pai ou a mãe não cumprir mas é antes disso
é não eu vou me esforçar para cumprir né E os dois cumprindo porque também é um pouco é isso que a gente percebe na prática que a Célia creio que que também vive essas experiências é os pais vão começando a cometer pequenas falhas diante daquilo que foi acordado E aí um que cobrar um pouquinho ah mas você aquele dia atrasou com isso então hoje eu também tenho direito de atrasar com aquilo lá mas você não fez aquilo então eu também não vou fazer e aí começa aquele jogo né de um querer vingar cobrar do outro
às vezes alguns pequenos detalhes que não se cumpriram talvez aí vem um papel de nós advogados familiaristas de que a gente não tem somente aquela atuação que é estritamente judicial de a eu acompanhei sentenciou então acabou meu trabalho mas você ter muitas vezes eu tenho isso com vários clientes de você manter um diálogo um relacionamento ali de contato né você se manter como que tá indo o acordo como que tá a criança agora que foi fixada dessa forma a criança tem manifestado que tá bem tá gostando de ficar né nessa situação muitas vezes dividindo um
pouco em casa passou as férias lá no outro país com o pai ela voltou como que ela voltou né E aí quando se é bem esses pequenos conflitos já busca resolver não deixa se tornar o grande conflito para não chegar nesse ponto a mãe por exemplo né dizer ah mas nas últimas férias meu filho voltou reclamando nas próximas eu não vou deixar aí não calma Vamos sentar e vamos conversar por que que a criança voltou mal dessas férias O que que a criança reclamou do período que ela esteve lá com o pai o que que
não tá legal então vamos resolver antes de chegar as próximas férias e aí essa mãe não querer né deixar a criança sair Porque nas últimas não foi legal não mas se não foi legal deveria ter conversado primeiramente porque aí vai ter o descumprimento e se a gente tá falando da da sentença ou do acordo que enfim foi homologado judicialmente é decisão judicial do mesmo jeito é título judicial vai ser executado vai ser executado no Brasil se por exemplo foi feito fora né Digamos que foi aqui em Portugal o processo de divórcio de regulamentação de guarda
e um dos cônjuge foi para o Brasil e agora essa criança vai transitar aí entre Brasil e Portugal mesma coisa a sentença proferida pelo tribunal português pode ser homologada no Brasil para que também se tenha a colaboração do Judiciário no momento de executar uma decisão em razão do acordo ou da própria sentença judicial que não está sendo cumprida né então a via judicial a execução da sentença é o caminho podendo digamos isso sem um ou outro país e com essa ideia de cooperação internacional através de homologação de sentença estrangeira Em ambos os países que a
criança frequenta só fazendo um adendo concordo plenamente no Mundo Ideal né os pais têm consciência e quando você tem consciência você se compromete e cumpre aquilo que você ajudou a construir então muitas acordos colaborativos envolvendo guarda exatamente nesse caso né de países diferentes e guarda compartilhada quando tem problema é endereçado exatamente por série da questão que muitas vezes é relacional é emocional ou já tem uma nova família em algum dos países e aí aquele acordo aquele ajuste não atende mais aquela nova realidade E aí muitas vezes tem que viver também que foi combinado tanto financeiramente
não é nunca só um problema específico né sempre um contexto que envolve a realidade daquela família E também muda a realidade mas não tem do jeito que o ideal é sempre tentar um jeito e a minha experiência Cara eu não sei se é a sua mas assim quando teve litígio nessa questões de guarda a criança foi crescendo né só o estudo social estudo psicológico demora mais ou menos uns dois anos quando é muito rápido porque é uma demanda gigante e por mais que os tribunais estejam até muito evoluídos nessa questão o etique os centros específicos
para realizarem os estudos psicológicos e Estudos Sociais tem muita demanda e pouco pessoal mesmo então ali a criança que tinha três já tem 5 então ali já mudou também a realidade do início do estudo para depois já é outra e muitos desses casos depois de anos de litígios advogados suspenderam o processo e resolveram imediação e num deles especificamente e não era mudança de país Na verdade nesse caso a mãe estava em São Paulo com a filha e o pai em outro estado né no Rio e o que foi muito legal foi que nessa mediação as
partes tiveram a oportunidade de ver que tudo aquilo era um cuidado né de ambos os lados e de reconhecer na verdade valida essa paternidade essa parentalidade do outro e esse e essa vontade de estar ali exercendo porque muitas vezes sim é só no papel É só uma questão sei lá de Ah eu preciso desse nome eu preciso mostrar sei lá para quem mas o exercício de fato aquela consciência aquela validação daquele papel né parental não tá ali e nesse caso isso foi muito legal assim depois muitos anos de litígio aí advogadas a cenaram a bandeira
branca e aquele casal teve oportunidade de se ouvir de fazer uma Catarse em toda aquela briga de anos que parecia impossível mas a criança também já tava bem maior e validar ali o papel do outro né Principalmente esse de não abrir mão porque quer estar presente então isso também é algo que tem assim faz todo sentido agora como compatibilizar isso e talvez essa seja a maior assim finalidade né dessa Live desse bate-papo é que apesar de muitas vezes ir para a justiça e a gente tá aqui para falar de esses critérios então assim vê que
as coisas não são antagônicas e elas podem conversar logicamente de acordo com a realidade de cada um e pensando exatamente o que é melhor para criança porque para os pais é lógico que em tese né ah o melhor do que se vê do que foi construído não necessariamente que a gente tenha essa consciência de que isso pode não ser o melhor mas o que todo mundo fala não é melhor ficar com o pai é melhor ficar com a mãe é Melhor dividir o tempo igual é melhor Lógico que todo mundo tivesse casado feliz e a
família fosse aquele núcleo que foi idealizado no início isso é o melhor com certeza e todo mundo vivendo feliz em harmonia mas se já não vive junto é porque algo já saiu ali do que foi imaginado e idealizado Mas não é por isso que vai ser o fim do mundo né não tem ex filho e como que a gente compatibiliza isso E aí eu acho muito importante que é uma coisa que eu falo muito para os meus clientes assim a minha advocacia totalmente não adversarial extrajudicial E colaborativo então eu só vou judiciário hoje para homologar
acordo mas tem um trabalho enorme para se chegar num acordo né não é assim eu concordo Ah porque Ah vamos ver se isso aqui não é melhor você já pensou em tal decisão E aí se inclui exatamente uma equipe multidisciplinar para poder ajudar e talvez ali saída daquela barreira né que é muito mais emocional até não mas eu vou ficar longe tudo bem mas o que importa é o tempo de qualidade Só que quem somos nós para falarmos sobre isso sobre aquela pessoa que tá passando por aquele momento de conflito mas assim o livre convencimento
informado Sabendo de que se ela não resolveu se ela não conseguir passar né desse momento difícil quem vai decidir um terceiro é o judiciário e que isso vai demorar anos muitos anos até essa decisão Exatamente isso até uma sentença Nossa demorou séculos e depois ainda teve um recurso para o tribunal de origem e depois para o Tribunal Superior Até que enfim de acordo com tudo aquilo e muito da experiência de cada jogador porque a Rela nesses casos feministas que já tinha dado uma decisão um anuante também favorável a guarda compartilhada em Estados diferentes então assim
no fim das contas esse tempo de qualidade e as melhores oportunidades para os filhos é que devem nortear as decisões né tantos judiciais quanto a extrajudiciais e cuidando sempre de não excluir ninguém e aí entra uma outra questão super sensível que é o direito a convivência familiar plena que também tá lá na Constituição E aí num livro que eu tive oportunidade de coordenar muito feliz com pessoas incríveis tem um artigo específico sobre convivência familiar online que fala exatamente sobre isso como isso foi possível e o quanto se desmistificou e o quanto a tecnologia Pode ajudar
nesse período de isolamento que era um período de exceção como é que faz era uma medida sanitária nem os órgãos públicos funcionavam então não era uma picuinha não era um problema nem imagina no vizinho você podia abrir a porta no caso no mesmo prédio sei lá e para academia ali De onde você mora Imagina aí para o tribunal e Imagina ficar transitando com criança que era um super vetor de contaminação com idosos Mas e aí faz como para efetivar esse direito a convivência familiar e é impressionante porque com essa questão do híbrido né que é
também um ponto aqui para reflexão e o futuro com certeza vai ser muito melhor do que agora né com esses desenvolvimentos de possibilidades remotas é como que faz e a realidade hoje nas próprias empresas né como é que você mostra ali aquela presença física e aquela produtividade que eram a feridas ali junto cara nossa teve que ter muito da confiança e da tecnologia para poder ajudar e para o mundo não parar tanto judiciário quanto setor privado quanto as famílias quanto tudo casamento online E aí surge essas questões minha conversa mas o fato é que a
presença hoje o conceito de presença a possibilidade de interação de criação de vínculo de criação de memória de Realmente você poder ter uma comunicação efetiva e cada vez a tecnologia vai permitir que isso seja feito de uma forma muito mais agradável que com certeza não é agradável para ninguém ficar no Zoom 500 horas falando mas assim se não temos outro jeito Esse é o possível então vamos organizar o que é possível e aproveitar o que virá de melhor né dispositivo metaverso conversas imersivas e talvez games que as crianças realmente consigam ali ser super-herói tem memórias
muito boas e uma convivência que Preserve esse direito sem excluir logicamente nada presencial mas assim ajudando quando o presencial não se fizer possível né então é muito sobre isso essa decisão né no fim das contas assim depois de passar por muitos estudos psicológicos sociais é que a guarda compartilhada não é incompatível não pressupõe essa divisão de tempo mas essa melhor interesse da criança E logicamente preservando as férias compensando aquele período mas nunca privando de uma boa oportunidade e nem vendo ali que é o melhor ou pior em relação aos pais mas o que é melhor
para criança o fato de escolher ou de priorizar um genitor não quer dizer nunca que o outro não seja tão bom quanto mas que naquele momento específico diante daquelas circunstâncias se mostra melhor para criança seguir por determinado caminho e o ideal seria que isso fosse resolvido dentro daquela família né observando já que um terceiro vai ter que fazer isso então se não conseguimos conversar vamos usar esses critérios e já vamos prever porque senão resolvemos aqui é isso que vai acontecer tudo bem Estamos ciente Queremos continuar tudo bem mas é assim que pelo menos faz parte
conseguem já prever o futuro e talvez fazer até um acordo judicialmente muitas vezes acontece também eu acho que são os dois pontos né Célia de um lado e que para mim é essencial e digo isso muito exatamente em razão dos processos onde eu atuo primeiro ponto em relação a nós profissionais advogados a nossa postura na advocacia familiarista faz toda a diferença Nós não somos meramente os intermediadores do nosso cliente com o juiz só para entregar um resultado nós temos uma responsabilidade muito grande porque a nossa postura é que vai conduzir esse cliente a ser mais
flexível ao acordo ou vai ser mais resistente é o diálogo com o outro colega advogado e eu digo isso de uma forma assim muito feliz mesmo por ter vivido experiências principalmente como você falou desde aí do período de pandemia né Que tantas coisas aí que que a influenciaram essa vivência das famílias né que os pais são são separados são divorciados e esses filhos tem essa situação de convivência que tiveram que se estabelecer no ambiente online e como eu fiquei feliz durante esse período de ter colegas advogados aonde a gente conseguiu realmente ter uma conversa muito
tranquila muito séria é muito consciente de que nós estamos diante de uma pandemia a gente não tem o que fazer então assim eu preciso eu aqui sentar conversar com meu cliente você senta conversar com o seu nós precisamos ter esse compromisso de conscientizar os nossos clientes que não adianta Agora querer discutir judicialmente disse que nem o juiz não vai conseguir resolver essa criança vai ter que ficar um tempo afastada de um ou de outro e a forma de manter uma Constância do contato vai ser online eu fiquei muito feliz com demandas aonde a gente conseguiu
isso eu evito obviamente falar muito sobre caso de cliente Porque mesmo não dizendo o nome muitas vezes a gente acaba até identificando a situação né então é bom sempre evitar falar demais mas eu tive clientes nesse período né que a criança permaneceu no Brasil com a mãe e o pai estava aqui em Portugal Né o filho ficou com a mãe aqui na Espanha e o pai no Brasil a filha ficou no Brasil com a mãe e o pai estava aqui na Itália né esse inclusive é um caso que quando a gente falava sobre a questão
de definir a guarda compartilhada tive agora recente essa esse acordo felizmente né conseguimos fazer o acordo a mãe brasileira e o pai italiano a criança foi no Brasil com a mãe fizemos o acordo judicial lá no Brasil numa numa tranquilidade é bem bem bem agradável mesmo ali de que esse pai ele ele em momento algum ele questionou ele não tava nem um pouco preocupado como que estava definido que nome nós vamos dar isso aqui guarda compartilhada guarde na lateral guarda alternada ele só disse o seguinte bom eu tenho consciência de que ela vai ficar no
Brasil com a mãe eu também acho melhor né que ela tenha o ano letivo dela ali né que ela tem esse convite até porque uma criança ainda é bastante pequena que o pai mesmo disse que ele sabe que ele não teria condição de sozinho hoje na Itália gerir a vida dessa criança e a única coisa que ele preocupava realmente era o seguinte ele falava Olha eu vou organizar minha vida para que todo ano quando chegar exatamente na época agora né quando for 15 de dezembro eu vou para o Brasil e eu vou ficar 60 dias
direto no Brasil eu vou organizar com a empresa que eu trabalho eu vou te dar as férias mais longas que eu puder vou fazer tudo que eu puder e eu vou para o Brasil enquanto ela é pequena e Quero passar todo esse período com ela e quero que combinar com a mãe que na medida em que ela for crescendo me tiver a idade que ainda realmente não tem que ela possa vir passar também períodos na Itália e aí ele comentou um detalhe que que emociona né quando a gente fala ele disse eu tenho meus pais
muito idosos aqui na Itália e ela é a única neta Ele é o único filho ela é a única neta ele falou assim meus pais são realmente muito idosos e eles são fascinados pela neta Só que eles nem eles vão conseguir para o Brasil até pela razão da idade não tem condição de fazer essa viagem e ela também tá pequenininha ainda ele foi então eu queria que uma vez eu a mãe viesse junto com ela traga ela junto Eu eu ajudo financeiramente a gente se organiza com tudo isso né ela venha pelo menos uma vez
porque os pais só tinham visto a criança muito pequena mas que ela possa ter as conversas por vídeo ali no WhatsApp no FaceTime porque os pais se dedicaram quando quando teve divórcio e a separação do casal que a mãe voltou para o Brasil disse que os próprios pais Falam assim a gente vai aprender a usar isso para poder ver ela porque a gente sabe que a gente pode ver ela e aquilo foi tão emocionante né de ver tão bonitinho porque ele contando detalhes pais realmente idosos pessoas com quase 90 anos de idade que nunca usaram
celular na vida são pessoas de interior e também pessoas muito simples né e ele dizendo que os pais tiveram a ideia a gente vai aprender a usar Porque daí a gente vai fazer ligação aquela de vídeo que a gente vai ver ela lá no Brasil então essa disposição sabe muitas vezes esse pai tudo bem coloque o nome que você quiser para guarda entendeu aguarda colorida do nome não me interessa o que me interessa é eu vou poder fazer a ligação de vídeo para minha filha para os meus pais verem minha filha quando eu for para
o Brasil eu vou poder ficar todo tempo que eu tiver porque eu não vou conseguir ver minha filha com frequência durante o ano mas eu vou organizar minha vida eu vou ficar 60 dias Brasil eu só quero estar com ela nesse período e foi tudo muito bonito né e a gente fica feliz uma criança que na verdade o que a gente tem é uma disputa de pessoas que só querem dar amor para aquela criança né você vê que a disputa no fim e até nos conflitos mais pesados como a Célia falou o que a gente
o que muitas vezes a gente vê é que esses pais só querem mostrar que eles são ainda pais né não é porque o meu filho não tá morando comigo que eu sou menos ou mais pai ou menos ou mais mãe né É quase uma disputa de quem dá mais amor então vamos fazer isso de uma forma que essa criança Receba essa essa informação realmente dessa forma e não como se ela é um problema para esses pais né porque senão a criança muitas vezes ela percebe uma situação eu sou um problema na vida dos meus pais
porque eu vejo eles brigando por causa de mim então é trazer o outro lado não meus pais me amam tanto que os dois estão aqui ó quem que vai ficar mais comigo e trazer isso de uma forma diferente né então é muito bacana então advogados né a gente precisa desse diálogo Nós dessa postura colaborativa a gente precisa transmitir isso para o cliente e a gente precisa essa compreensão de que na verdade o nome que vai se dar como a gente falou o juiz precisa ter isso porque ele tem que fundamentar ele precisa ter técnica para
poder decidir mas na prática pouco interessa se o nome da guarda foi compartilhada foi unilateral ou for o que eu preciso é como que eu vou exercer na prática isso aqui para que quando meu filho for adulto ele tem a boas memórias daquela infância dele dizer ah então quando eu era criança eu morava no país x com a minha mãe mas eu lembro que todo dia eu conversava com meu pai e daí meu pai vinha nas férias e a gente fazia isso fazia aquilo no fim é isso que vai valer para essa criança no futuro
né E se tá na mesma cidade no mesmo estado no mesmo país se eu tô falando contigo no WhatsApp agora por exemplo faz diferença né eu tô hoje aqui em Lisboa Patrícia tá em São Paulo Célia tá no Rio Célia isso né estamos juntas né e a gente consegue também Óbvio é isso não substitui uma convivência física mas a gente tem meios de transmitir afeto de transmitir amor de transmitir carinho nas palavras nos olhares e tudo mais né então eu acho que essa tecnologia que a Célia é super entendida né porque a Célia é estudiosa
das tecnologias também mas a tecnologia favorece muito isso Célia e a gente tem que usar isso ao nosso favor né a gente tem que usar isso nosso favor no sentido de mostrar para o pai para mãe que dá para manter uma Constância criar boas memórias criar a intimidade que é necessário porque uma coisa que a Célia falou também é importante enquanto esses pais estão no conflito judicial aguarda essa decisão do juiz essa criança muitas vezes fica isolada da convivência do outro genitor porque se criam esses conflitos e aí passa um período que que não volta
que esse pai perdeu aquele ano daquela briga aquele pai aquela mãe perdeu aquela convivência e para criança para uma criança de 5 anos de idade seis meses é muito tempo para uma criança de cinco anos de idade e seis meses é uma vida dentro do período dela então aquele pequeno período que ela ficou longe do pai e da mãe esperando a decisão judicial é o que vai destruir muitas vezes a possibilidade de se criar realmente as relações de afeto porque esse pai essa mãe vai ter que estar sempre recomendo reconhecer o filho né fiquei um
ano sem ver meu filho porque tava com disputa judicial e agora teu filho nem te reconhece porque é uma criança ficou um ano sem te ver como que você você começa de novo do zero uma relação né então isso é muito prejudicial então manter a Constância através das vias online se pode fazer mesmo os países em diferentes países e não dá para engessar quando saiu a decisão do STJ que houve muita repercussão aí na mídia eu via muitas vezes comentários né as opiniões né a gente gosta de ler os comentários quando se fazem publicações né
Eu gosto de lá e por exemplo o conjunto tinha publicado né uma uma nota sobre a decisão do STJ eu vou lá nos comentários o que as pessoas estão falando e aí muitas vezes você que absurdo a pessoa dizendo mas por que que absurdo calma primeiro ler o processo se interior do que que era a situação ali né Você sabe qual é a realidade daquela família como que é absurdo Ah mas não pode uma guarda compartilhada em países diferentes porque não pode se para aquela família se mostra ideal pode o que não pode é você
criar uma regra é você engessar uma situação porque não se a guarda compartilhada tem que estar pelo menos no mesmo estado não não o que tem que ser feito é o que é melhor para aquele contexto familiar e família é única é a convivência mais íntima e mais sensível que nós temos o que a forma como eu vivo a minha relação familiar de frente da Farma com Marselha a vida dela é diferente da forma como a Patrícia a vida dela então eu não posso eu dizer o que que é o melhor Patrícia olha naquela situação
com teu filho melhor você é quem sente qual é a situação de bem-estar para você né dentro do teu contexto então engessar o direito de família é a pior coisa que a gente faz colocar uma regra dentro do direito não guarda compartilhada tem que ser tem que ser sempre no melhor interesse da criança no melhor interesse de boa convivência de todo o contexto familiar para criança crescer no ambiente saudável acho que é mais ou menos esse contexto né a tecnologia para deixar esses pais em países diferentes em contato com os filhos né Célia imagina a
dificuldade né descaso e de tantos que são levados ao judiciário em que o juiz do Ministério Público assistente social tem que dar um parecer ali decidir a rotina na vida tendo ali lógico duas teses que são muito legítimas né querer estar presencialmente fisicamente com a criança muito legítima a mãe querer oportunizar uma nova experiência em outro país com uma nova família também é então assim a gente não tá aqui dizendo que isso não é fácil é bom é muito difícil é independente do contexto né se é judicial ou se não se é extrajudicial mas o
fato é possível e sempre é o contexto em si né O que é mais importante para aquela família para aquela criança dentro daquela realidade e comemora atrito para Exatamente isso para a família conseguisse misturar ter novos combinados e Renascer ali diante daquele Fato Novo que vão existir vários e depois é o pai também que pode querer se mudar isso é super interessante trazer essa reflexão porque às vezes os próprios pais engessam e se apegam numa realidade que nem eles sabem que não vai ser a deles sei lá um mês teve a pandemia quem imaginou que
ficar isolado em casa que ia mudar tanta coisa na vida a forma de se relacionar em tudo né profissional pessoal familiar e muitas vezes sei lá tem uma proposta de emprego eu tenho uma oportunidade eu tenho alguma coisa maravilhosa e você privou tentou privar aquele seu ex companheiro dessa possibilidade e agora é você que precisa Então assim isso também é importante porque a gente não sabe no futuro mas com certeza que você faz vai gerar um reflexo para você também então no mínimo tentar entender se colocar naquele lugar ver se aquilo ali realmente faz sentido
ou se aquilo fosse uma possibilidade sua Como você gostaria que olhasse para aquilo e como tratasse disso Por mais difícil que seja ninguém tá aqui minimizando a dificuldade disso não é essa questão mas assim muito prazer para reflexão de que temos um problema e se resolvermos né dentro da família melhor para todo mundo e fica essa porta aberta para um futuro também o mundo hoje é globalizado né tanto por conta da tecnologia importante tudo trabalho híbrido permite que sei lá a gente contra as pessoas na Índia assim da pura para qualquer tipo de questão então
é muito importante isso não aperta para oportunidade eu acho que até dentro do contexto da própria decisão né do STJ ali que era da mãe que ia para Holanda né me recorda o país é para Holanda é veja como é interessante né às vezes é só você mudar a perspectiva ali o modo de ver uma briga que se cria de repente mas na verdade olha oportunidade que a criança tá tendo né de ir para um outro país de quantos pais que gostariam de poder né enviar o filho para um outro país estudar fora ter essa
vivência como você falou a gente está no mundo tão globalizado a gente tem tanta coisa tantas oportunidades no mundo e eu vejo tantos pais que falam mas eu gostaria do meu filho fora aí aqueles que tem a possibilidade estão discutindo Porque não não quero que meu filho vá Será que de repente não é melhor exatamente como você falou é ver isso como uma oportunidade para o filho pensar mas poderia ser eu a estar mudando de país e de repente querer levar meu filho junto e aí esquece o sentimento um pouco da posse do filho e
pensa eu tô levando meu filho para uma oportunidade não é que eu tô levando meu filho porque ele é meu eu tô levando meu filho para viver uma oportunidade uma oportunidade de crescimento de desenvolvimento de conhecer um outro país uma outra cultura de estudar fora coisa que todos na verdade queremos para os nossos filhos e aí a oportunidade surge E aí agora a gente não quer mais mas porque é porque é com a mãe só se for para ir comigo né ou ao contrário né então eu acho que isso é importante também a gente pensar
essa situação vai ser importante para o futuro do meu filho a experiência do outro país então Que bom vai filho legal ó a gente vai ter que ficar um pouco mais longe mas vamos lá vamos manter as nossas vídeos chamadas vamos combinar todas as nossas férias para a gente usufruir o nosso tempo mesmo que pouco mais usufruir ele ao máximo ter qualidade nesse tempo mas o importante é você tem uma experiência que vai te fazer crescer evoluir E isso é o que importa né então acho que que tem tem coisa bacana Acho que tudo é
uma questão de você como a gente falou não é fácil de jeito nenhum a gente tá querendo dizer aqui que as coisas são fáceis Se a gente pudesse hoje talvez dar um conselho né Patrícia os colegas existem né eu tenho bastante ex-alunos aí que no decorrer da semana conversava Ah que legal esse tema interessa eu tenho conhecidos que vivem situações parecidas né Se a gente pudesse dar muitas vezes um conselho né para as vezes uma família que tá vivendo essa angústia né tira um pouco essa essa preocupação da posse do filho tira um pouquinho da
tua frente essa preocupação de que nome que nós vamos dar para guarda que será exercida como que eu explico como os terceiros e pensa o que que isso vai refletir no futuro do meu filho será que o meu sacrifício de hoje de ficar longe do meu filho ele não vai me agradecer falar poxa que legal pai que legal mãe a gente ficou distante mas olha quanta coisa legal aconteceu na minha vida em razão disso né então talvez com essa mudança pensar um pouquinho do olhar e com os colegas advogados familiaristas dispostos a buscar o Consenso
a buscar o acordo Acho que não que fique fácil mas menos difícil da gente ajudar essas famílias Nessas questões que envolve os filhos em países diferentes no ambiente é internacional né nossa Doutora muito obrigada Dra Célia Dra Karen que aula maravilhosa que a gente teve eu não tenho nem palavras para agradecer aí vocês terem dividido esse conhecimento a experiência de vocês na prática dessas situações que realmente são muito delicadas né E que são muito individuais muito particulares de cada família muito obrigada mesmo mais uma vez em nome do pai da floyers em nome da plataforma
por vocês terem cedido esse tempinho para a gente tratar esse assunto foi um prazer a gente que agradece né Karen e até a próxima e qualquer dúvida também podem falar do nosso Instagram né Qualquer questão que tenha surgido estamos super à disposição muito obrigada Célia Muito obrigada que prazer que alegria né encontrar pessoas assim que alegria poder saber que a gente tem nessa essa esperança de que a gente consegue buscar um direito de família mais colaborativo mais harmonioso né E que o desafio é grande mas a gente mas a gente segue e também à disposição
para o pessoal que tiver dúvidas sempre né Patrícia sempre Muito obrigada querida sucesso para você Célia Para ti também sucesso tudo de bom prazer gente um ótimo Natal e Feliz aqui na descrição do vídeo os contatos das doutoras para caso alguém Queira entrar né em contato queira tirar alguma dúvida tá bom gente obrigada gente tchau tchau vamos ano novo grande beijo tchau tchau