e fala rapeize professora Bruna Oliveira história e o nosso bate-papo de agora eu gostaria de começar uma outra forma de quando a vocês uma música da Bia Ferreira chamada cota não é esmola tá então eu vou recitar alguns versos existem muitas coisas que não te disseram na escola cota não é esmola Experimenta nascer preto pobre você vai ver como são diferentes as oportunidades e nem venha me dizer que isso é vitimismo não põe a culpa em mim para encobrir o seu racismo dito isso vamos falar aqui das desigualdades raciais e o movimento negro especificamente movimento
negro no Brasil tá bom e para que nós consigamos entender isso é nós precisamos voltar um pouquinho é entender o que é o racismo estrutural nós vivemos numa sociedade racista e esse racismo ele dura estruturalmente o que eu quero dizer o racismo ele tá um engendrado ele tá tão grudado dentro da nossa sociedade vendo a nossa República né que é muito difícil aí as pessoas que têm os seus privilégios verem agora negros né é ocupando o cargo de poder por exemplo isso surdo de se pensar né então assim a gente tem a gente tá aqui
no movimento a desigualdades raciais em já tá dizendo há uma desigualdade certo nós vamos pensar nas palavras eu estou dizendo para vocês afirmando nós estamos falando de uma desigualdade racial o racismo construído estruturalmente aos pensando precisamos lembrar o 4900000 negros foram trazidos para o Brasil a força para serem escravos né então naquela questão da diáspora né diáspora é um movimento migratório forçado certo Então nesse movimento migratório forçado dos negros nós tivemos exatamente 4900000 pessoas que vieram para cá para ser escravizados em são os números oficiais Fora as pessoas que morreram né porque o translado digamos
assim para poder chegar até o lugar no Brasil para poder vindos Tu tá ficando os vinhos para o Brasil para poder chegar até aqui a viagem não era de primeira classe eles eram colocados no fundo do navio né deixados lá para morrer não tinha comida não tinha nada quem sobrevivesse chegava e quem não sobrevivesse era jogado dentro do Maro tá E aí inclusive sugiro a vocês um filme chamado a mista é hum e s t a di tá que o de mundo é a mistura então por favor Assista esse filme para poder entender o que
que foi né a violência o que acontecia a escravidão muito antes dos das pessoas que foram escravizados chegarem ao Brasil tá nós estamos falando aí então de um movimento de racial movimento extremamente desigual certo quando eu falo para vocês de medidas afirmativas estão nós precisamos partir aí na questão da morfologia males a palavra por palavra afirmativa Ou seja eu estou dizendo para você estão afirmando que sim a uma desigual o que não podemos esquecer entre brancos e negros isso é um fato e o que é um fato um fato não é então uma coisa que
foi estudada por diversas pessoas várias pessoas construíram ali suas visões contribuíram com recortes históricos para poder então que nós tivéssemos esse tipo de dado Entendi então assim quando nós quando começou-se a questão das cotas associa-se muito as cotas a um governo outro Isso deve ser absolutamente banido da sua mente porque embora é o governo não tenha dado ouvidos né ah ah essa população a população negra né vem lutando desde o fim das da escravidão no Brasil que ocorre em 1888 como a gente Visa que o nosso primeiro tópico dormimos um país escravocrata e acordamos uma
república e isso essa Já pensou em inserir a todos muitíssimo pelo contrário era uma república que trazia dentro de sim a questão da desigualdade a questão é da misoginia a questão de achar que a vida Negra Vale menos a questão de não enxergar ao negro como pessoa continuar vendo ele como um objeto como coisa uma das coisas uma das falas mais frequentes e que eu imploro que a gente pare de falar sobre é sobre assim você ver uma pessoa negra e tal aí um homem negro não porque o homem Nega eu tenho órgãos é muito
mesmo mais avantajado do que isso aqui esse objetificar uma pessoa isso é tornar uma pessoa um corpo e isso não nós não podemos fazer nós devemos olhar esse parar de fazer isso e é justamente esse movimento né de não tem fim que faça um que tudo isso aqui vira uma grande bagunça toda cês vão e aqui vamos voltar em 1917 quando Abdias Nascimento um grande da madama dramaturgo nasci ele vem aí com tem que é o Teatro Experimental do Negro que vai se desenvolver um pouquinho mais lá para frente em 1937 44 se não me
falha a memória certo Teatro Experimental do Negro ele tinha por objetivo colocar negros cena teatral né ou seja dar espaço para pessoas negras aparecerem falar enfim interpretarem e esse movimento foi abafado né E só vamos falar disso novamente em 1978 com o movimento negro Unificado que o M1 né o movimento negro Unificado ele quer ele luta pela igualdade racial E aí uma coisa que gostaria de falar com vocês que há uma diferença a igualdade e Equidade certo não adianta a gente continuar nessa imaginação de quem estuda num colégio particular em que a mensalidade custa 14.000
5.000 enfim tem a mesma oportunidade o negro vai ter a mesma oportunidade estudando na escola pública não vai E por que não vai porque os professores que trabalham para essa rede eles ganham muito mais todos os professores que trabalham na rede estadual Então na verdade é Paulo Freire vai dizer muito isso né a educação ela é um projeto feito para dar errado porque porque é um projeto feito para que as pessoas continuem exatamente um lugar em que elas estão então assim seu nego a informação entre Tude de informação pô muitas escolas escola pública não tem
computador de informática essa sala de informática não tem sabe assim umas é os cursos que outras pessoas vão ter falar mas é meritocracia não existe meritocracia e um país desigual ou seja o que é meritocracia conseguir as coisas por mérito né e uma outra coisa que é muito importante é que as pessoas vêm as cotas elas falam assim ah mas é cotista isso aí é desigualdade não primeiro porque a cota uma cara não chega e fala assim oi tudo bem eu quero minha vaga aqui vim buscar o seu cotista não ele passa por um processo
de vestibular como qualquer um A diferença é que o caminho é dele foi um pouco mais difícil E aí vocês Imaginem que nós estamos aqui numa corrida nós temos uma Ferrari e um Fusca quem vai chegar primeiro no final da linha bom então nos ofusca no caso infelizmente é colocado Como o povo negro porque é muita desigualdade e essa desigualdade que acontece desde que o Brasil é Brasil certo então assim nós estamos falando eu quero comentar com vocês nós estamos falando de a cada 23 minutos então estamos aqui com nós estamos conversando a uns 10
minutos então daqui a um pouco mais de 13 minutos um jovem negro vai ser morto no Brasil porque segundo as últimas estatísticas a cada 23 minutos morre um jovem negro no Brasil percebem que há uma disparidade e toda Todo o estado toda máquina estatal toda a máquina pública é voltada para deixar essas pessoas no lugar em que elas estão então só para finalizarmos aqui ó igualdade a Equidade é reconhecer que essa pessoa está em um nível de desvantagem muito maior então não adianta somente produzir igualdade igualdade de que igualdade com quem não tem que ter
uma Equidade ou seja um algo a mais você tem que dar essa pessoa as ferramentas necessárias para que ela consiga sair da sua situação é para que ela consiga não para que nós consigamos mudar a visão que temos sobre o um fato de negros e escravo o fato de jovens periféricos continuarem sendo assassinados no Brasil a torto EA direita é a polícia não chega da mesma forma que chega no Morumbi que chega na sua velas invadindo entenda uma coisa é enquanto nós vivemos num país que carrega dentro do seu bojo vamos ver assim dentro da
sua configuração uma desigualdade TAM e a gente não vai conseguir de fato fazer com que negros e pobres tenham as mesmas negros e brancos tenham as mesmas oportunidades isso é importantíssimo para você saber então assim a provocação que eu deixo para você de fato você ser contra as cotas é algo positivo porque as cotas existem hoje porque elas são necessárias para igual a 1 número de pretos na universidade Pelo menos é mais e nos outros aspectos sociais Será que de fato nós estamos nós conseguimos Comper com pensamento escravocrata que conduz que compôs não é por
muito tempo toda a história do Brasil não nós não conseguimos Mas uma coisa tenho certeza nunca mais conseguiram calar a nossa voz porque a voz preta Continuará e quando a todos esses vamos bradar e Vamos gritar a fazer a diferença até que todos tenham as mesmas oportunidades negros e negras não deve se sentir inferiores por nada muito pelo contrário não cale a sua voz não deixa sua voz ser abafada nós podemos mais sim yes we can do it Sim nós podemos O Mundo É então nós falamos aqui nesse nosso bate-papo valiosíssimos agora sobre as desigualdades
o movimento negro explicamos sobre a questão da cota na medida afirmativa falamos sobre a luta para alcançar espaço lugar de fala né o lugar de fala ou seja negro ele tem que quando e quando a gente fala de Equidade né ou é negro ele tem que ter direito de falar sobre sim não ter só ser estudado como se fosse um ser exótico Ok sugiro que vocês Tirem uma foto da Lusa luza bom e que vocês estudem é para você estudar onde vocês tiverem para vocês debaterem com outras pessoas espero que vocês tenham gostado É isso
tamo junto e até a próxima E aí E aí