Como enfrentar a TIMIDEZ?

346 views2136 WordsCopy TextShare
Sabonet
Vou te mostrar como eu ando enfrentando a timidez (uma vez por todas). Espero muito que esse vídeo t...
Video Transcript:
Ser tímido está acabando com a sua vida. Talvez pareça exagero, mas pensa comigo. Caramba, quantas conversas você deixou de ter?
Quantas vezes você queria falar algo e acabou não falando porque acabou travando ou fingiu que tava tudo bem para não parecer estranho? A timidez ela vai roubando a gente aos poucos e a gente nem percebe. Eu sempre achei que ser tímido era só o meu jeito, que era só ah, ele é mais quietinho ou ah, ele mais na dele.
Mas esses dias eu parei para pensar e será mesmo que eu sou tímido? Quando eu era criança, eu conversava com todo mundo, chorava na frente de todo mundo quando minha mãe não vinha me buscar na escola e também fazia piada com xixi, cocô, bumbum, um complexo sem vergonha. Mas com o tempo eu fui ficando mais calado, mais inseguro, talvez medo de incomodar ou de ser zoado.
Na real nem eu sei o motivo. Só sei que esse medo foi moldando tudo. Meu jeito de ser, meu jeito de falar, meu jeito até meu jeito de pensar.
E talvez tenha sido assim com você também. real que você não nasceu tímido, você foi aprendendo a se esconder e hoje eu vou te ensinar como eu comecei a sair disso. E não, não envolve você virar estorvertido da noite pro dia ou você abrir uma live no Instagram, mas primeiro você precisa entender porque ela tá ali.
Tá, mas de onde vem toda essa timidez? É como se tivesse uma barreira dentro de você, evitando que você converse com as pessoas. E eu pesquisei, essa barreira tem nome.
Infelizmente você não pode matar ela porque senão você literalmente morre. E é teu cérebro ou seo mais específico para nerd, amídala cerebral que fica no meio do cérebro. Então essa amídala cerebral, ela é responsável pelo medo e outras emoções que eu não vou explicar hoje no vídeo.
E ela tem uma espécie de sistema de defesa. Ele evita situações que parecem arriscadas. E o mais doido é que ele é meio burro.
Ele não sabe diferenciar um risco real, que é tipo um palhaço assassino correndo atrás de você, um risco social, que seria tipo falar em público. Então, por isso falar em público para algumas pessoas é como se fosse uma situação de morte. Falar em público é como enfrentar um palhaço assassino.
Não porque realmente é, mas porque o seu cérebro entende que é. E aí o que acontece? Você começa a evitar.
Você evita puxar assunto, evita conversar com alguém, conhecer novas pessoas, evita dizer o que pensa, porque o seu cérebro ele acha que vai te machucar. Mas na real isso só te isola mais. O medo começa te protegendo e começa te prendendo.
Ele te convence de que é mais seguro ficar quieto. Só que toda vez que você foge, você confirma para ele que sim, era perigoso mesmo. E aí vira um ciclo vicioso.
Às vezes tem a ver com o passado. Pode ter sido algum trauma, humilhação que você sofreu no passado, algum momento em que você sentiu rejeitado, ridículo. A sua mente ficou esperta demais, tipo, opa, da última vez que você fez isso, deu tudo errado, então nem vamos arriscar.
Às vezes você nem tem tanto medo assim do presente, mas ainda sente o eco do passado. E isso vai sabotando seus passos hoje. Você pensa em falar algo, mas já pensa em tudo dando errado.
Você pensa em se abrir, mas pensa na vez que te ignoraram. É como se você tivesse criado um filme ruim na cabeça e assistindo ele antes mesmo de viver. E quando você vê, já deixou de puxar assunto com alguém que você queria conhecer, já perdeu a chance de se abrir numa conversa sincera ou deixou de brilhar onde a sua presença podia fazer diferença?
Talvez até de falar das suas crenças não é só timidez, é o medo disfarçado de personalidade. E o problema é que quanto mais você se esconde, mais parece que é só o seu jeito. Mas não é seu jeito.
Você não nasceu para viver apagado. Se quando você foge de tudo que assusta, você tá fugindo de tudo que importa também. Se o medo te moldou, calma que você pode meio que reprogramar sua mente.
E eu vou te mostrar nesse vídeo. Mas antes, me promete uma coisa. Não existe uma fórmula mágica que vai te deixar issvertido da noite pro dia.
Vencer a timidez não é você virar o centro das atenções, nada disso. É ter a liberdade de ser você mesmo quando a o nervosismo bate. E tudo começa com passos pequenos que todo mundo pode dar e que são reais, tá?
E eu vou ser bem realista aqui, sem papo de coach. Bom, não é mágica, mas eu separei cinco passos que pode te tirar da caverna, assim como funcionou para mim. Eu acho que vai funcionar para você também.
Então não vou nem rolar. Vamos lá. [Música] Primeiro passo é parar de acreditar na mentira de que você é inferior.
Muita gente cresce achando que ser tímido é ser menos que os outros. É como se fosse um fracasso social. Mas essa ideia entra na nossa cabeça aos pouquinhos, sem a gente perceber.
Na escola você percebe que quem fala alto é mais elogiado e quem é mais quieto é o sem graça. Às vezes alguém fala até sem maldade: "Ah, você é meio tímido, né? " Mas aquilo te marca como se ser tímido fosse um defeito.
E sinceramente ser tímido não ajuda mesmo. Eu direto pensava: "Poxa, eu queria poder conversar igual todo mundo conversa". Daí você olha para si e pensa: "Caramba, eu sou muito travado, eu sou menos".
Mas na real, ser tímido não te torna inferior. Você tem que entender que você tem valor e muito. Quando eu era pequeno, minha mãe falou um negócio que eu nunca esqueci.
Você tem que parar de pensar que as pessoas não gostam de você. Todo mundo quer te conhecer. Pode parecer simples, mas aquilo virou uma chave para mim.
Eu comecei a enxergar de outra maneira aquilo que antes me fazia se sentir pequeno. E uma coisa que me ajudou muito foi entender isso pela Bíblia. Ela fala que a gente foi feita a imagem de Deus.
E para mim isso já mudou muita coisa. E eu sei que isso talvez não faça sentido para todo mundo e tá tudo bem, mas para mim faz toda a diferença saber que Deus não errou quando me fez assim do meu jeito. Daí você pode até pensar: "Tá, eu sou a imagem de Deus, mas e daí?
" É, não vai tirar sua timidez, mas vai tirar aquele peso de que você é inferior aos outros. E esse é o segundo prazo prazo passo. A está que errar faz parte.
Parece óbvio, né? Mas na prática a gente odeia errar, ainda mais quando tem gente olhando. Quando você é tímido, parece que errar é o fim do mundo.
Aquele erro que te deixou envergonhado te persegue o tempo todo. Eu mesmo já quis enfiar minha cabeça na parede, literalmente. A gente acha que tem que acertar tudo, tem que fazer tudo de primeira, mas se você coloca essa pressão em si mesmo toda hora, você nunca vai sair do lugar.
Porque pensa comigo, se você tem medo de errar, como é que você vai dar o primeiro passo? E aí o que acontece? Você se acostuma, aceita que é o esquisitão que não fala nada e pronto.
Só que isso é uma mentira. A real é que ninguém nasce sabendo conversar bem. É tentativa e erro.
Mais erro do que tentativa às vezes. E aí você pode até falar: "Ah, mas fulano fala bem desde criança. Amigo, você ainda tá se comparando?
Foca em você, cara. No começo vai parecer estranho mesmo, mas aí que tá o segredo. Errar é o sinal de que você tá [Música] tentando.
E já que a gente tá falando de errar, o terceiro passo é você falar do seu jeito e não do jeito certo. Tem gente que fica travada só porque acha que tem que falar igual fulano, tem a mesma energia, a mesma segurança, o mesmo jeito de contar a história, o mesmo jeito de puxar assunto, mas cara, você não precisa virar outra pessoa para ser interessante. na real é justamente o seu jeito de falar, talvez meio pensativo, meio quieto, que fazem conectar com as pessoas.
Eu mesmo passei um tempão achando que você tinha que ter mais confiança, mais energia para conversar com as pessoas, mas isso só me deixava mais inseguro. Até que eu comecei a falar do meu jeito, com pausa, com uma voz baixa, com o tempo que eu preciso para falar. Por exemplo, a gravação desse vídeo tá uns 32 minutos agora.
Eu erro tanto que colocar 1 trilhão de corte. Deve ter uns 7 minutos de vídeo. E sabe o que acontece quando você começa a conversar do seu jeito?
A conversa começa a fluir. Não porque eu melhorei, mas porque eu parei de tentar forçar. Quando você força ser aquilo que você não é só para se encaixar com as pessoas, as pessoas não vão gostar de você, elas vão gostar da sua máscara.
E quando eu comecei a falar do meu jeito, foi estranho no começo. Parecia que eu estava falando menos que os outros. Tipo, será que alguém ainda vai querer conversar comigo desse jeito?
Mas aí eu percebi uma coisa, eu nunca ia me sentir pronto se eu não começasse, mesmo com medo. E foi aí que eu entendi que o problema não era falar do meu jeito, era não treinar o meu jeito. Esse é o quarto passo, treino o desconforto aos pouquinhos.
Eu lembro de uma vez que eu fui pedir informação numa loja e eu lembro que eu tive que falar umas três vezes pro cara, pro cara entender, porque eu gaguejei pra caramba. Eu saí de lá pensando, cara, meu, nunca mais vou fazer isso na minha vida. Mas sabe o que aconteceu?
Uns dias depois eu tive que pedir outra coisa. E cara, foi um pouco mais fácil e um pouco mais confortável também. Outro dia eu queria mandar um áudio para uma amiga pela primeira vez, então eu treinei 10 vezes mandando áudio para mim mesmo antes de mandar para ela.
Fiquei gravando para mim mesmo como se fosse uma um ensaio de apresentação. E no fim mandei um áudio super simples, mas foi um passo. Depois do primeiro áudio, eu quis mandar outros áudios e acabou que a conversa foi só de áudio depois.
O nosso cérebro é muito doido. Lembra no começo do vídeo que eu falei da mídala cerebral? Aquela parte que funciona como se fosse um sistema de segurança que evita que você entre numa situação arriscada.
Então você pode treinar ela para encarar também a invés de fugir. Mas isso não acontece de uma vez. É igual ir pra academia.
Você não entra na academia já ainda levantando 50 kg no supino. Você começa com cinco, depois vai 10, depois vai 15, depois vai 20. Até que um dia aquilo que parecia pesado fique leve para você.
Até bab aqui. O mesmo vale por desconforto social. Hoje você pede informação na loja gaguejando mesmo.
Amanhã pede com mais naturalidade. Naturalidade. Ainda tô gaguejando, gente.
Daí depois de um tempo isso só vira mais uma coisa do seu dia. Então, por último, quinto passo, é você continuar mesmo que não esteja pronto, até porque você nunca vai se sentir 100% pronto. A verdade é que a confiança ela não aparece do nada.
Ela é construída quando você age mesmo se tremendo por dentro, quando você fala em um palco mesmo com medo, quando você se apresenta para alguém mesmo gaguejando. No meio disso tudo, você percebe que o mundo não tá acabando, que você não é estranho nem quebrado. Você só tá aprendendo, como todo mundo.
Se você chegou até aqui, é porque você realmente entende que você tem defeitos e quer melhorar isso, que é muito raro para falar real. Não é todo mundo que enxerga seu dragão e ainda tenta enfrentar ele, mas olha que legal, agora você tem um mapa não para mudar quem você é, mas para você começar a andar do seu jeito. Claro que esse vídeo não tirou sua timidez, mas ela te ajudou a você dar o primeiro passo.
E eu espero de coração que tenha te ajudado, porque no fim não é sobre você se livrar do medo, é sobre andar com ele mesmo assim e descobrir que ele não era tão grande quanto parecia assim. É isso.
Copyright © 2025. Made with ♥ in London by YTScribe.com