Deficiência e Diferenças | Izabel Maior

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Café Filosófico CPFL
Pessoas com deficiência sofrem uma exclusão imposta por um mundo feito para os “normais”. Pode repar...
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ae joel a diversidade humana sempre existiu ea história revela os percalços da difícil convivência entre os diferentes hoje numa sociedade democrática que pressupõe liberdade e igualdade de direitos e existe efetivamente interação integração adversidade o que nos leva a classificar pessoas produzirem hierarquias e diferentes atribuições de valor esta série do café filosófico traz reflexões sobre discriminação e preconceitos ainda muito arraigadas seja nas relações raciais nas questões de identidade de gênero ou no descaso coletivo em relação às pessoas com deficiência e nos leva a rever as noções de normal e patológico de certo e de errado na
busca do valor das diferenças em um mundo compartilhado escolhemos trazer pessoas que representam esses universos de dentro pessoas que falam em nome próprio nós que estamos de certa forma de fora não somos negros no brasil não somos deficientes no brasil e não somos tão sexuais etc nós precisamos ouvir das próprias pessoas que vivem essas condições e têm essa identidade e os conflitos inerentes a ela numa sociedade como a nossa para que a gente possa mudar nossas posições eu não comecei a minha vida como uma pessoa com deficiência sabendo que eu pertencia a uma cultura a
cultura brasileira não imaginei como é que eu defenderia deixar de participar de toda a vida do meu país em especial na vida universitária que eu já levava estando cursando a medicina na universidade federal do rio de janeiro não é fácil se abdicar de alguma coisa e ainda bem que os nossos sonhos permanece o que é possível é possível ir adiante ajustes são feitos correções de rota percebem-se novas capacidades habilidades e competências sem dúvida o ser humano tem o potencial de se reinventar sem tragédias mas eu vinha de uma cultura e venho e todos nós aqui
de culturas que têm na característica do desconhecimento do outro um forte traço e infelizmente nem sempre as pessoas estão dispostas a conhecer aquilo que não é espelho a diferença nem sempre valorizada do que nós tentamos aprender a cada dia há diferenças existem tantas que não existe uma homogeneidade imaginarmos que somos normais quando somos todos iguais e somos patológicos quando algumas coisa alguma coisa no diferencia é um pensamento ainda muito atrasado se nós utilizarmos a fala da questão racial e transformando para a questão da deficiência a luta é a mesma é contra a discriminação é contra
o apartheid é quanto à falta de oportunidade é contra a reiterada posição de discriminar parecendo que não está discriminando querem ter um exemplo em relação às pessoas com deficiência se eu entro seja com hoje vocês aqui da platéia qualquer um o vendedor ou a vendedora vai se dirigir à essa pessoa perguntando o que eu quero por favor não responda dia não fale com ela é a maneira que nós temos de mostrar que as pessoas com deficiência têm autonomia tem direito de fazer suas escolhas tenha possibilidade de gerir as suas vidas agora vamos pensar isso não
comigo que aos 22 anos passei a ser uma pessoa com ele o medo lá vamos pensar nisso uma família que de repente tem a notícia de que seu filho nascerá ou acaba de nascer com algum tipo de limitação muitas pessoas se assustam e à natural é natural que se assustem mas não é natural que profissionais que lidam com essa situação assustem as famílias e por que ainda continua acontecendo porque nós somos muito resistentes às mudanças e que somos muito resistentes a mudar de posição e insistimos de acreditar que pessoas merecem rótulos e que esses rótulos
em grande parte das vezes são rótulos que as inferioriza e nós estabelecemos escalas de valor para as pessoas mais importante ainda é nós lembrarmos que essa questão ela permaneça enraizada nas comunidades partindo de uma premissa de que se não é capaz de fazer tudo por si mesmo e depende em algumas situações de cuidados de apoiadores é alguma pessoa que vai trazer despesas para os seus países eu acho que está na hora de todos nós damos despesas nossos países e não pagarmos a conta que colocam dos nossos países sobre nós temos o direito de merecer toda
e qualquer política pública de bem estar social de saúde de educação de acesso ao trabalho de acesso à cultura de acesso a todos os recursos que nos são caros ao longo da história as pessoas com deficiência física sensorial ou cognitiva sofreram e ainda sofre muita discriminação a exclusão imposta por um mundo feito para os normais é imensa a questão das pessoas com deficiência está revestida de diversas dificuldades e ainda de muito desconhecimento pode reparar você costuma encontrar cadeirantes cegos pessoas com algum tipo de deficiência transitando por aí em doha cinema teatros circulando pela cidade freqüentando
os mesmos lugares que você com facilidade só no brasil são milhões de pessoas onde elas estão e como vivem seu dia a dia nós somos hoje habitando o planeta terra em torno de 7 bilhões e 300 milhões de pessoas e esse conjunto corresponde a 15% do total ocupa a posição de ar maior das minorias do planeta isso não é um problema nem na vida das pessoas que apresentam essa situação nele suas famílias nem de seus amigos e não deveria ser na nenhum problema do ponto de vista social mas acontece que é tão perguntas onde estão
essas pessoas e nós arriscamos dizer que elas estão ainda em suas casas ou mesmo instituições asilares institucionalizadas separadas apertadas isoladas da convivência e é bom que se diga que não é por desejo das pessoas com deficiência possivelmente não é por o desejo das famílias mas é por uma grande dificuldade de vencer uma situação chamada discriminação a discriminação nos une a todos aqueles que participando de outros subgrupos como as questões raciais a questão da diversidade sexual é questão mesmo de de faixa etária se encontram cada vez mais propensos a conviver mas precisando que haja no sentido
ainda a seu favor o desejo de a sociedade os incluídos no brasil o conjunto de pessoas com deficiência também é muito grande pelo último censo do ibge foram aferidos cerca de 45 milhões de pessoas onde a funcionalidade determina que são necessárias algumas adaptações mas não é a funcionalidade que vai ser um impeditivo de uma convivência de uma participação social de um crescimento das pessoas com deficiência nem aqui nem no restante dos países não são pelos rótulos que se conheciam pessoas com deficiência antes que nós fazemos a nossa avaliação do censo de gea nós fazemos exatamente
pelas capacidades baseadas ainda um pouco no que é o comprometimento da estrutura do corpo da função do corpo ou da parte intelectual ou da parte sensorial é nós fazemos a pergunta no censo se a pessoa tinha alguma ou nenhuma dificuldade para subir e descer escadas alguma dificuldade ou não de ouvir algumas dificuldade ou não de enxergar e alguma dificuldade ou não de participar de outras atividades ligadas mais a definir a deficiência ou a questão cognitiva mas isso aqui eu só quero dizer que o grupo é muito grande e este grupo pode estar envolvido em todas
as áreas das suas comunidades e eu acho que existem estratégias caminhos políticas públicas legislação e o posicionamento de cada um da sociedade para que isso aconteça mais rapidamente ou até não aconteça porque existe uma ação afirmativa que se transmite costuma dizer como cota porque existe discriminação a barreira mais difícil para uma pessoa com deficiência vencer é a inserção no mercado de trabalho essa é de todas a pior e aí dizem os empresários não existem pessoas com deficiência preparadas no grau de qualificação do mercado brasileiro hoje existe não é verdade o concurso público não se caracteriza
por selecionar pessoas com baixa escolaridade pelo contrário a maior parte dos concursos são para pessoas com graduação completo e todas as vagas de cotas para as pessoas com deficiência e mesmo aqueles concursos de vaga única em que não há obrigatoriedade de quota pessoas com deficiência preenchem essas vagas e é preciso que a gente entenda que quando se fala em cota seja no concurso público ou num concurso de seleção por exemplo a entrada na universidade ninguém está dizendo que uma pessoa com deficiência vai passar com qualquer nota ela tem que obedecer a mesma nota de corte
só que vai estar numa lista em que estarão as pessoas que sofrem grau de discriminação tão grande que precisam ser protegidas de uma maioria que procurará infelizmente deixá-la à margem desse acesso ao trabalho então se existem pessoas preparadas e os concursos públicos federais não são fáceis e elas estão recebendo os salários bons e têm informação como é que a iniciativa privada diz que não há pessoas com deficiência preparadas alguma história muito mal encaixado nesse nessa maneira de de boa parte do empresariado brasileiro é avaliar essa questão das pessoas no mercado ae e o ponto em
que as empresas acabam deixando as pessoas com deficiência fora entrevista a entrevista é o que nos prova hoje que a discriminação existe não há nenhuma outra situação em que prove com mais força a existência de discriminação contra pessoas com deficiência e nós temos que contornar e qual é a maneira que se tem de contornar isso no momento são as leis de cotas é importante é um dia vai acabar cota eu espero que o mais rapidamente possível não sei se envolver na história da humanidade a vida das pessoas com deficiência é marcada por preconceitos e muita
luta mas variou bastante a forma como elas foram integrados à sociedade e dependendo de cada cultura época na grécia antiga por exemplo ao contrário da filosófica apenas o estado espartano lançava o mar ou em precipícios crianças que indicavam um sinal de qualquer limitação física já para os egípcios era diferente suas múmias papiros e pinturas revelam que eles possibilitavam não apenas a vida mas tratamento aos indivíduos com limitação física intelectual ou sensorial a partir do século 4 o cristianismo introduz os princípios da caridade e do cuidado com isso essas pessoas passam a viver em instituições e
hospitais sendo isolados da sociedade durante o século 20 pessoas com deficiência foram submetidas a experiências científicas na alemanha nazista de hitler no mesmo século nos estados unidos mutilados de guerra recebeu um tratamento do governo e honras de herói com as inovações tecnológicas hoje a próteses diversas adaptações da funcionalidade corporal e melhorias da acessibilidade na arquitetura urbana mas ainda assim há muito a se fazer para vencer as barreiras de locomoção e de aceitação social e profissional como as pessoas com deficiência passaram a sociedade nessa fase mais recente mais próxima de nós é todo na questão da
contemporaneidade passaram sobrevivendo a guerras e sempre que algum tipo de grande confronto naturalmente a fragilidade humana aparece e algumas pessoas acabam tendo algum tipo de impedimento o que vocês guardem essa palavra impedimento mas o impedimento do ponto de vista biológico eu estou dizendo alguém que possa ter ficado próximo a um ataque terrorista e no momento como nós vimos na maratona de boston várias pessoas tiveram amputações só que ser pessoas tiveram votações de uma maneira absolutamente inaceitável mas a minha uma maneira em que nós já temos do ponto de vista da tecnologia a possibilidade de fazer
com que ela continue calma e tranquilamente utilizando se de recurso que nesse caso específico são próteses que significa isso que a própria tecnologia é um braço de facilitação da participação das pessoas com deficiência no mundo nós no brasil tivemos um pulso maior não com guerras ou e com pessoas que tenham retornado das guerras nós principalmente por surtos de poliomielite e crianças e adultos é passaram a ter situações a viver em situações em que seus corpos não representam os corpos considerados esteticamente adequados se há um grupo que tem um estigma o seu maior inimigo é o
conjunto das pessoas com deficiência o estigma de não entender o estigma de não andar o estigma de não ouvir o estigma de não enxergar ou de apresentar mais do que uma dessas situações associadas e como é que nós podemos desconstruir o que o estigma acarreta o estigma é que leva à não aceitação do outro da forma que o outro é na área da pessoa da questão da deficiência e outra também debaixo de uma luz o fato de aquela pessoa representar a sua fragilidade não dela pessoas com deficiência mas de cada um que a qualquer momento
pode pertencer a esse grupo e isso assusta e assusta muito e por que assusta porque já sabe que vai ser discriminado porque é isso que nós temos feito cotidianamente em relação a pessoas que experimentam a sua vida em corpos e em mentes que não são exatamente iguais ea pergunta é iguais aqui as pessoas não são iguais os grupos são heterogêneos e é justamente a diferença que traz valor que agrega importância a cada um de nós ser o único singular que traz consigo desejos vontades medos potencialidade e as pessoas com deficiência não diferem dessa questão a
deficiência não mudou é é a partir dos anos 80 até os anos 80 o que havia no olhar social cultural em relação à deficiência era o que ficou conhecido como olhar médio o que era deficiência 11 internas como se diz em inglês uma lesão um problema que resultava numa pessoa com aquele problema o deficiente era visto como alguém alvo de uma tragédia pessoal álbum do infortúnio e que tinha que conviver com aquele fortuna no máximo como geração piedade para com essas pessoas que eram vítimas do destino nos anos 70 e 80 e começou a mudar
com o surgimento do que ficou conhecido como o modelo social da deficiência isso foi fundamental a crítica que quem fez os próprios deficientes fizeram da própria concepção do que é a deficiência qual é o argumento é o seguinte é preciso desconectar internet de disability lesão de deficiência a lesão é algo objetivo a deficiência é uma experiência é o modo como aquela lesão impacta a performance dos indivíduos na sociedade e essa performance dos indivíduos no mundo depende não apenas aquela lesão depende fundamentalmente do tipo de ambiente que acolhe ou não acolhe a particularidade daquela lesão quem
é cadeirante no rio de janeiro é muito mais deficiente do que um cadeirante em oslo ou nem copenhague quem é cego no brasil é muito mais eficiente do que em praga onde você tem aqueles sinais tec tec tec tec conseg podem andar na rua e ele sabe o sinal está fechado sabe se na tabela no brasil sabe não o rio de janeiro tem um sinal desse que eu saiba na frente do instituto nacional de cegos antigos 1901 um pouco quase irônico né então qual é o processo não pode andar na rua para ser atropelados mentira
isso é verdade em cidades que não contempla a necessidade de cegos terem sinais sonoros para facilitar o seu caminho os sinais físicos que permitam no chão saber onde ele está pisando a deficiência então ela virou um problema relacionado a um problema na relação da sociedade com um grupo particular de seus membros cujas necessidades não são contempladas autonomia que era garantia de dignidade de todo ser humano ela não depende apenas do corpo que eu tenho depende do mundo em que eu vivo todo deficiente pode ser autônomo se vê num ambiente que propicia essa autonomia isso é
uma revolução como se leis novas definições do que a deficiência e por aí vai num terceiro momento muito interessante houve um deslocamento muito importante desse modelo o digamos um aprimoramento desse modelo que foi o seguinte e simon esse movimento foi proporcionado impulsionado basicamente é pela por críticas fenomenológica c críticas feministas preocupadas com a experiência de quem vive aquela condição de deficiente e que diz é verdade tudo isso que o modelo social a fina mas é verdade também que há certas deficiências que são de difícil compensação pelo social em especial as deficiências cognitivas as deficiências mentais
como é que você pode você pode criar rampas você pode tornar uma cidade completamente fácil para um cadeirante você pode fazer isso com alguém que tem uma grave deficiência cognitiva não é a mesma coisa pelo menos e se essa crítica ela foi deslocando então é é a maneira de pensar o que é o centro de gravidade dessa discussão se antes era a luta da autonomia como definidora da dignidade humana essa equação começou a mudar com o seguinte raciocínio o que é a deficiência é uma experiência de que em que alguma lesão alguma propriedade específica do
corpo é dificulta a relação do indivíduo com o mundo em que ele vive essa definição de deficiência ela incorpora todos nós em algum momento da vida nós somos encaixamos nós nos encaixamos nessa definição quando somos bebês nós somos completamente incapazes de sobreviver sem a ajuda de outros humanos quando envelhecemos a mesma coisa se alguém ficar gravemente doente a mesma coisa se você tiver gravemente deprimido porque vivi uma experiência traumática a mesma coisa a experiência de ser deficiente no sentido de você precisar de algo mais além daquilo que são as suas possibilidades é da natureza intrínseca
da experiência de ser humano e isso fez com que a idéia de que a autonomia fosse a garantia da dignidade fosse colocado um pouco de lado porque porque há muita gente que jamais alcançará o grau de autonomia que a maioria de nós tem e que mesmo assim pode ter vidas dignas pode ter a sua dignidade garantida de modo que a ideia de solidariedade digamos assim de complementaridade de dependência mútua de codependência passou a ser o centro da visão do humano ao invés de pensarmos que é o ser humano realizado no ser humano autônomo não são
apenas as guerras que provocam um aumento das pessoas com deficiência mas também doenças como a poliomielite atropelamentos acidentes de seu corpo mutilado amputado com uma limitação é difícil mas ainda mais difícil é enorme batalha para vencer as muitas barreiras para inclusão conseguir a autonomia de locomoção e acessibilidade sofreu discriminação e indiferença a associação entre a deficiência a doença fez com que as pessoas com deficiência permanecessem no âmbito da saúde por muito tempo no âmbito da reabilitação da reabilitação física de reabilitação sensorial e da reabilitação e intelectual mas é ligada ao âmbito das escolas isso é
importante ora no meu próprio currículo foi dito que eu sou formada em medicina e especialização em medicina de reabilitação é lógico é importante muito importante só que não é só isso é preciso primeiro que durante ou nascimento o crescimento ou após uma situação se entenda a diferença entre o aspecto biológico biomédico e o aspecto sociológico social da deficiência não pensa em que uma pessoa por usar uma cadeira de rodas deve ser considerada uma pessoa com deficiência física sabe tudo de uma pessoa que tem de deficiência auditiva ou conhece tudo sobre deficiência visual reparem que é
mais próximo de uma pessoa que não têm deficiência se nós compararmos para cada um desses tipos de deficiência do que entre as deficiências propriamente dito o que serve de solução para uma pessoa com deficiência não serve pra outra imaginem como a gente briga quando a pessoa cega ao precisar do piso tátil atrapalha a passagem da cadeira de roda do outro que vai a deficiência não é o aspecto biológico a deficiência é o resultado da interação entre essa pessoa e o conjunto da sociedade e essa interação se não encontra barreiras estamos no melhor dos mundos no
mundo inclusivo no mundo que é o mundo para todas as pessoas se essas pessoas encontram barreiras este não é o mundo ideal é um mundo que as exclui é um mundo que não se prepara que não pensa naquilo que é universal não entende que os direitos humanos são de todos e não entende que nós podemos nos recursos que já saí já seriam para qualquer tipo de pessoa desde o nascimento até à sua idade mais madura rampas elevadores estão vários recursos e o recurso principal é o desenho universal que considera todas as pessoas mas de novo
se nós discriminar - nós não vamos pensar nos recursos não vamos desenvolver pesquisas não vamos fazer estudos porque achamos que é suficiente manter as questões como elas estão como se separar pessoas fosse algo natural e não é é o oposto o que está dito que não muda é o que precisa ser mudado eo movimento das pessoas com deficiência pelos idos de 1970 era um grito de liberdade não aceitarão mais se manter excluídos e instituições no reino unido pessoas com deficiência física severa estudantes de sociologia disseram basta vamos participar nós queremos que a nossa opinião seja
ouvida antes mais alto do que a opinião de profissionais que cuidam de nós e assim fizeram criaram uma liga com o nome histórico de libra dos lesados físicos pela contra a segregação e pela inclusão isso foi de uma importância enorme foi pouco antes que encaminhou uma quarta uma carta ao jornal the guardian dizendo que ele não queria permanecer internado que ele queria ser ouvido que ele queria ter direito a falar sobre as questões que impactavam sua vida e de suas e das demais pessoas que como ele estava vivendo sob a opressão de uma maioria ignorante
nas questões da diversidade humana senhor editor as pessoas com lesões físicas severas encontram se isoladas em instituições sem as menores condições onde suas idéias são ignorados onde estão sujeitas ao autoritarismo e comumente a cruéis regimes proponho a formação de um grupo de pessoas que leve ao parlamento as idéias das pessoas que hoje vivem nessas instituições e das que potencialmente irão substituí las atenciosamente antes então no reino unido se reúnem pessoas e percebem que a questão a questão de opressão é uma questão de uma maioria de mônica que submete um conjunto de pessoas que está socialmente
desfavorecidas antt sobre elas aplica a eliminação social onde não não esconderá a morte mas podendo a não participação na vida da sociedade praticamente no mesmo momento da década de 70 final da década de 70 na universidade berkeley na califórnia também pessoas com deficiência mais severa foram impedidos as de morar no campus universitário porque necessitavam de muitas adaptações e necessitavam de cuidadores e aí dizem também não aceitamos mais o jogo ea separação nós temos o direito de ser universitários plenamente conforme os demais e aí criam se as bases do movimento de vida independente o movimento de
vida independente eo movimento do estudo sobre a deficiência do ponto de vista sociológico spy pertencem a um momento histórico em que os profissionais pensavam muito na integração das pessoas com deficiência eu vou tentar dizer rapidamente o que é a integração a integração é o seguinte eu faço tudo para consertar a deficiência aspas faça o que for possível o impossível não é da minha competência mas eu faço o que for possível obriga uma pessoa que tem grande dificuldade de caminhar a caminhar colocando em suas pernas e equipamentos que seriam órteses aqueles famosos ferros que mantinham as
pessoas com o pólo principalmente de pé com duas muletas gastando todo o seu esforço cardiorrespiratório para ficar na posição de pé porque de pé é que uma pessoa deve estar esse é o modelo já molho isso a integração hoje é que recai o esforço da integração sobre a pessoa com deficiência é ela que tem que te parecer com os demais que não são significa que você na verdade você vai mascarar e vai permitir que essa pessoa entre na corrente da vida no desenvolvimento se ela provar palavra que eu detesto superação ela tem se superar em
cada momento pra mostrar que não é uma pessoa com deficiência ou pra mostrar que aí vem outra batalha palavrinha apesar de ser uma pessoa com deficiência é capaz de fazer tanto quanto não tanto quanto não tem que fazer mais o que a sociedade fez nesse modelo mudou alguma coisa na sociedade não a sociedade não não muda é uma relação de desequilíbrio das relações mude você que quer pertencer à sociedade é de comanda e que se diz normal o outro é o patológico e o patológico é que tem que se aproximar do normal as pessoas com
deficiência não aceitam um modelo da integração antes tiveram que aceitar num momento em que se cria uma massa crítica de pessoas começa a haver essa reação e essa reação vai dizer nada sobre nós sem nós quantas pessoas com deficiência chegam a possibilidade de desviar basta e não não pensa que a política de pessoas com deficiência pode ser elaborada e implementadas em que nós próprios possamos opinar sobre ela quando a esse ponto é o momento em que eu de fato acredito que a diversidade humana representada por pessoas que têm seus corpos de uma maneira diferente passarão
a ter o mesmo valor social só que hoje nós temos que fazer com que isso seja real não adianta um discurso em que a pessoa diz que pode a sociedade até começa a acreditar que essas diferenças não são insanáveis pelo contrário podem se valorizar e essa é a beleza do modo que nós estamos aqui discutindo que é o valor da diferença no mundo compartilhado o documentário da invisibilidade a cidadania os caminhos da pessoa com deficiência revela o esforço dos que decidiram lutar para romper o isolamento em busca de uma sociedade mais inclusiva é história do
movimento social e político das pessoas com deficiência em defesa de seus direitos no brasil uma luta que teve início nos anos de 1970 e em 2015 se consolida na lei brasileira da inclusão apesar da conquista desta lei ainda há um longo caminho para combater a discriminação e fazer vigorar de fato a inclusão em nosso país a questão da deficiência não é individual mas é uma questão de justiça social como passar do ponto em que nós estamos reconhecendo primeiramente reconhecendo que nós somos discriminadores agora se nós formos a um país como canadá e formas é um
país é comandante suécia a noruega vamos à dinamarca holanda frança aos países com maior grau de desenvolvimento nós vamos perceber que eles têm mais pessoas com deficiência do que nós brasileiros será não é uma percepção enviesada o que acontece é que ele saia de casa e que eles freqüentam os ambientes chegaremos lá por que chegaremos lá porque está havendo uma transformação bastante acelerada o movimento das pessoas com deficiência no brasil ele é do final da década de 70 e depois o ano de 1981 que foi o ano que a onu crie ou para se lembrar
a questão da eficiência como parte da humanidade e portanto pessoas que merecem e investimentos e que estivessem presentes em todas as áreas de desenvolvimento de desenvolvimento das suas respectivas comunidades é aí que começa a ser adotado o modelo social da deficiência não se rené guerra a questão da necessidade da participação do setor saúde por exemplo na vida das pessoas com deficiência mas não é ali que se limita não está ali o limite e sim do ponto de vista geral da sociedade inclusão tem a ver com o modelo social que tem a ver com a plataforma
de direitos humanos percebeu-se no mundo de repente que apesar de a declaração universal de direitos humanos ter sido feita como diz o nome para o sujeito universal o sujeito que tem especificidades próprias não é contemplado pela declaração universal dos direitos humanos exemplo principal para o grupo das pessoas com deficiência nós só somos capazes de acessar os nossos direitos fundamentais o direito à vida o direito à participação social na vida política o direito ao trabalho à educação à cultura ao lazer ao esporte se existir um elemento intermediário o que nós chamamos de um direito instrumental que
é o direito à acessibilidade em todas as suas nuances e variações tudo o que eu já disse libras língua brasileira de sinais para quem dela necessita brain programa de computação capazes de fazer leitura da tela para as pessoas cegas e se nós percebemos que as pessoas com deficiência intelectual aprendem são capazes perfeitamente de ter uma vida autônoma de tomar as principais decisões da nossa vida a constituição brasileira de 1988 trouxe em vários dos seus artigos e capítulos assuntos sobre a pessoa com deficiência ainda o nome não era esse e nomenclatura tem uma importância muito grande
na identidade dos grupos nós sabemos que não é o melhor nome pessoa com deficiência que traz uma confusão entre a pessoa ter deficiência ou a pessoa viver uma situação de deficiência uma pessoa que quebre a perna e sabe que daqui a algumas semanas estará novamente caminhando ela não vive uma situação de deficiência ela temporariamente apresenta algumas limitações que nem essas limitações apresentaria se as cidades fossem preparadas para pessoas que estão com as pernas com fratura imobilizada veio a legislação posterior à constituição em 1989 a primeira grande lei federal da política da pessoa com deficiência e
posteriormente a isso através das todas as vezes que são originadas na constituição a lei de educação além da saúde além do trabalho além da assistência social todas elas passam a dizer alguma coisa relativa às necessidades específicas das pessoas com deficiência é importante que nós vamos transversalizando as questões das políticas nas políticas setoriais questões que dependem ou melhor não solução a questões referentes a vários subgrupos da população depois disso continuamos e surgem leis bem mais modernas bem mais arejadas que são as leis específicas para as pessoas com deficiência naquilo que é muito necessário que haja um
ponto especial legislação do cão guia e temos já a centros de formação de administradores e de cá de capacitação das dos pares quer dizer à pessoa cega e o seu cão guia não via pode entrar no café filosófico vamos deixar aqui o a notícia importante porque pode entrar em todo lugar a legislação que diz respeito à principal para as pessoas surdas elas não desenvolver a linguagem elas perderam a audição ou já nasceram sem audição ou perderam na fase pré linguística então é natural que elas se expressem através de uma língua de sinais nunca digo linguagem
de sinais é língua porque tem toda a estrutura de uma língua e no brasil é uma língua oficial o português é o porto para as pessoas da cultura surda é a segunda língua o brasil está entre os países que têm as melhores leis para as pessoas com deficiência guardem que eu disse as melhores nes e decreto mas não os melhores práticas melhores ações nós temos algumas políticas que avançaram bastante o brasil é o único grande país do mundo que tem a concessão dos equipamentos através do sistema único de saúde ea nossa obrigação procurar saber se
está sendo feito diariamente às pessoas que precisam de cadeiras de rodas de qualidade estão recebendo através dos seus ea mesma coisa com qualquer outro equipamento que resposta lembrado de mulher das bengalas próteses tudo mais a revisão estilos o que for o que for necessário é uma obrigação deve constitucional brasileiro e é também uma obrigação a educação inclusiva ea educação inclusiva é na minha maneira de pensar a única estratégia que nos colocará numa posição em que a discriminação vai acabar as pessoas que desde a mais tenra idade as crianças na pré-escola que convivem com outras crianças
que são diferentes delas não discriminaram negros nem criaram diferenças de gênero nem maltrataram pessoas com deficiência e serão muito mais capazes de entender a diversidade como valor e à diversidade sexual à diversidade religiosa à diversidade cultural será abraçada naturalmente através da educação inclusiva quem pode participar da educação inclusiva todos alguma criança que não tenha qualquer tipo de deficiência é prejudicado com a educação inclusiva ea presença de alunos com deficiência de maneira alguma é convivência que me faz pensar no outro e me colocar no lugar do outro e o outro também se colocar no meu lugar
não é o limite individual que determina deficiência mas sim as barreiras existentes em seu meio que estão nas atitudes das pessoas na arquitetura no transporte na circulação na comunicação em fim à discriminação e na falta de acesso a bens e serviços esses problemas só serão solucionados de forma coletiva e quando vigorar efetivamente a lei de inclusão da pessoa com deficiência é isto que pode ajudar a garantir a equiparação de oportunidades e criar uma sociedade de fato inclusiva o debate continua no site do instituto cpfl e o café filosófico continua a trazer mais reflexões sobre a
diversidade essa série sobre o valor das diferenças em um mundo compartilhado o vilão social que acha que a sua tarefa acabou porque conseguiu uma lei eu consegui uma secretaria por exemplo está fadado a andar para trás se de fato impossível que nós tenhamos escolas adaptadas
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