[Música] bem-vindos a nós Falando nisso de hoje nesse canal YouTube com uma sequência de perguntas o universo da Psicologia 48 curtidas ótimo vídeo Professor sugestão de pauta transtorno de associativo de identidade na Perspectiva psicanalítica Paula Carvalho Excelente sempre Professor gratidão produção maravilhosa e criativa sempre Professor poderia abordar se eu fosse possível TDI na visão da psicanálise Aline Faria chair dunker poderia comentar sobre o transtorno sociativo de personalidade Tales bordar eu gostaria muito de ver um vídeo sobre a percepção da psicanálise conteúdo sobre isso há muito escasso e não muito estudado entre os terapeutas a Isa
Wilson Professor agradece muito o seu conteúdo que é de grande importância para estudantes pesquisadores e psicanalistas em todo o país o senhor poderia falar qual seria a visão da psicanálise sobre transtorno de associativo de identidade popularmente conhecido como transtorno de identidades múltipla e finalmente Vanessa Tereza tem vídeo sobre TDM nesse canal do YouTube tem agora tem alguns assistiram né intervenção lá no programa fantástico falando sobre sobre essa condição né muitos reclamaram Ah mas olha aí só fala em patologias fica produzindo mais nomes para as pessoas se identificarem né esclarecer que que sim sobre psicologia deveria
conhecer não conheço mas todos os casos tem um projeto né não é só meu Mas é um projeto no qual se inscreve o discurso sobre E essas modalidades diagnóstico que a gente chama de crítica na razão diagnóstica pois a Crítica da Razão diagnóstica não é fetichizar ter medo de ah ou então adorar tal diagnóstico produzir vamos dizer assim certos certas imagens símbolos é entre outras coisas mostrar aqui as nossas formas de Sofrimento Elas têm uma história de que eu psicopatologia tem uma história que ela é composta por transformações com aparências com declínios de maneiras e
sofrer e essas maneiras de sofrer elas são profundamente ligadas a nossas práticas de nomeação e que elas se transformam os nossos Sofrimentos quando a gente consegue nativizar quando a gente consegue reconhecer nomear reconhecer e quando a gente consegue transitivar afetos em torno daquela daquela daquele significante Sim muitas vezes as nomeações diagnósticas elas apenas como um complemento identitário e às vezes como pretexto para exclusão ou um pretexto para conformidade consigo mas isso justamente acontece porque a gente realmente não não esclarece a população não fala tem medo de enfrentar né Justamente a origem histórica os contextos que
fazem com que esse modo de sofrer se torna e quase que obrigatório se tornem interessante para as pessoas elas querem saber mas o que que elas querem saber ali naquele quadro é algo o que que fala delas que fala no momento né e outros quadros que vão caem no silêncio que cai na invisibilidade isso tudo faz parte portanto de políticas e Sofrimentos quando a gente fala em diagnóstico a gente não fala só no dsm a gente fala numa espécie de concorrência né de disputa hein Qual o sofrimento a gente vai privilegiar Qual a gente vai
nomear que relação a gente vai fazer entra nomeação de sofrimento e a informação subjetiva e o investimento em tratamento e a investimentos vamos assim reparadores para aquela pessoa então esclarecido isso eu vou falar do TDI A partir dessa perspectiva e vou usar como referência um livro que não é de um psicanalista mas de alguém que debate com a psicanálise é um dos epistemólogos recentemente falecido né mais importante do contemporâneo né chama-se iaraque esse canadense que escreveu uma última personalidade e a ciências da memória né e ele adotou uma perspectiva muito próxima daqui a gente presume
partilha ou seja e ela não tá interessado vamos dizer assim nos tipos naturais né E ela não olha para multipla personalidade como uma doença como uma coisa vamos dizer assim que que tem Essência biológica mas para as múltiplas personalidades como o que ele chama de tipo interativo ou seja por algum motivo naquele momento nomear se reconhecer narrar sobre e o modo de produzir e organizar Sofrimentos e formulados Sofrimentos invisíveis Sofrimentos que não podem ser reconhecidos de outra maneira então você tá ele afirmo que a personalidade múltipla como ideia e como fenômeno Clínico foi inventada por
volta de 1875 apenas um ou dois possíveis casos por geração haviam sido registrados antes dessa época mas todo uma quantidade de casos apareceu depois olha só que interessante né é o fenômeno mentiu depois que alguém diz olha tem esse jeito de sofrer ou trouxe reconhece e se inscreve e nesse reconhecimento a transformação subjetivas o seu sofrimento a sua experiência também descobri que a história clínica da personalidade cinndida para o dia a si mesma o único caso Claro de sintomas clássicos foi há muito registrado como Dois seres humanos bem distintos cada um dos quais múltiplos A
Dama de maquinetaram ao final o mesmo caso sem falar no caso félida de Pierre Jane que também tinha essa duplicidade que no fundo se Estendeu para o próprio entendimento do caso pelos pelos teóricos clínicos da escola de Jacó o estudo histórico e ele diz lá então que a última personalidade ela propiciou uma nova forma de serem feliz isso num momento em que as pessoas estavam cada vez mais sendo forçadas ou os convidados a individual tá o seu sofrimento é o momento em que as psicopatologias começam a se sedimentares escola de kreplin em Munique a escola
do burk Horse do bloiler na Suíça Adolf Mayer nos Estados Unidos Jacó e Janeiro na França Ou seja quando você começa a ter assim uma um desenvolvimento das escolas psiquiátricas e nesse momento então em que a doença mental se individualiza ela deixa de ser assim algo que toma uma família um grupo um tipo social coletivo aparece olha só que interessante pessoas múltiplas pessoas que são mais de uma pessoa é isso que eu chamo de efeito feedback agora acrescenta um segundo parâmetro inventaram ou dar um novo tipo social uma nova classificação de pessoas ou comportamentos pode
criar novas formas de ser novas escolhas e novos fazeres para o bem e para o mal a novas inscrições portanto a nova o que ele chama né de ação sobre descrição e ele tá inventando aqui uma posição Nova em termos história da psicopatologia quer dizer assim não é que as doenças mentais sempre existiam melancolia histeria descritas pelo Aristóteles etc e elas vão mudando conforme a cultura e portanto a gente tem um substrato biológico e depois tem variações de expressão desse substrato em termos culturais não raciocínio dele que ele chama de iluminarismo dinâmico É mais encrencado
ela diz assim a própria experiência do sofrimento a própria relação com o sintoma se altera conforme ela é nomeada e essa é uma ideia que a gente tem desenvolvido Teoricamente nos vários trabalhos ou seja ele tá jogando com a ideia de que existem redescrições retroativas ou seja que a gente pode mudar o passado passado não passou de que o passado pode ser reinventado a partir de uma descoberta futura quem tá dizendo isso nessa mesma época foraide a psicanálise a descrições que mudam o que que nós estamos fazendo e não só o que nós estamos sendo
uma vivência assexual por exemplo ela pode se tornar retrospectivamente sexual ela é sexualizada ao depois conceito né que o Freud chamou de narra ele cai e a partir disso a gente tem um novo entendimento de causalidade a gente tem um novo entendimento Da Da Lógica da linguagem e o novo entendimento de como de como sujeitos são feitos a partir de dispositivos históricos a memória Vejam Só é uma reformulação completa do que a gente chama de memória a memória não é a câmera de vídeo que ela fixou ali as imagens daí você vai busca isso já
o Freud não tem sobressafazias tinha criticado dizer não a memória é um sistema vivo em que ela vai se reconstruindo ela vai se recriando a partir de experiências que vão acontecendo com o sujeito o que acontece na personalidade múltipla e que certas experiências tidas como traumáticas e veja a ideia de trauma começa a se desenvolver exatamente nesse momento como o Freud como a gente sabe mas numa espécie de linhagem alternativa do Freud ou seja autores que vão falar de trauma e não vão falar e simplesmente uma partição da consciência formação de uma consciência informações de
compromisso que são sintomas efeitos de angústia que aparecem Não em vez de passar o indivíduo né como o sujeito dividido eles vão pensar o indivíduo como capaz de operar divisões ou seja conter vários indivíduos numa mesma pessoas múltiplas personalidades isso introduz o que ele chama né de políticas da memória que muito interessante porque ele vai mostrar que e por vários caminhos né na verdade por pela pela concorrência de quatro discursos vai em energia aí a personalidade múltipla como uma espécie de doença necessária são esses caminhos em primeiro lugar a descoberta dos estudos neurológicos da escola
de charcou que mostram a consciência operando fora de si estado do sonambulicos estados e desdobramento de perda de controle motor está desa alteração de consciência e que estão presentes em afecções neurológicas segundo os estudos experimentais sobre memória que começam nessa mesma época né lá com o laboratório de vunds e Ben House Um teórico da memória que vai justamente dizer olha a memória ela ela não presume uma articulação sempre com um ponto de unificação que seria o eu enquanto a função de apercepção e de síntese e tal como Kant havia dito não memória ela ela define
o Nossa identidade muito mais do que se pensava até então Ou seja você é as suas memórias você não tem as suas memórias a terceira linha de força pra construir as personalidades múltiplas é a circuito dinâmica das memórias e tudo que o Freud disse a respeito e o quarto elemento é antropometria ou seja os estudos Galton né estudos que estão muito ligados inclusive o racismo científico vai tentar mostrar como como os de pessoas se referem se associam com formas de memória e no fundo é isso que são pessoas formas de memória isso é totalmente novo
né hoje a gente vamos assim fazer experimentos mentais a gente toma essa ideia como algo trivial Mas isso foi inventado gente Essa não foi dado assim do desenvolvimento natural da ciência então em 1791 a gente tem o primeiro caso de dupla personalidade em 1816 Mary raynold Extraordinário de uma dupla consciência e uma mulher e hoje 1923 começam a aparecer vários estudos sobre um tipo de sonambulismo muito curioso chamado sonambulismo magnético Então os cientistas colocavam magnetos veja só a ideia da ação à distância não é pela palavra Mas é pela distância pela força da energia elétrica
e faziam com que os pacientes fossem afetados né alterassem as suas consciências entrassem em estado sonambulicos de divisão da consciência despauto a partir desses engenhocas e dava certo por exemplo a Zan e broca esse estudioso da linguagem né a área de broca que trata um caso de operação de um abscesso usando a hipnose e não ausência completa de dor para o paciente fazem uma operação usa hipnose e não passei não acorda passei não não sente dor isso significa o quê Quem é essa paciente que tá acordado tá sobre hipnose e teve a sua a sua
o seu mecanismo algesia desligado se isso é possível outras funções psíquicas também podem ser desligadas também podem ser dissociadas a fala termorregulação a motilidade alimentação a visão a escuta a linguagem e assim por diante em 1876 a gente tem o famoso caso félida né que caia é só no profundo por 10 minutos e quando ela acordava ela costurava e falava né coisas estranhas ela fica grávida nesse estado segundo e não lembra nada do que aconteceu para ficar grávida e nesse segundo estado ela passa progressiva progressivamente a desenvolver uma melancolia ou seja uma pessoa que tem
uma patologia mas só numa versão de si não na sua na sua condição geral e integral né como se houvesse um Jack Wild a melancólica e a afável costureira que responde as perguntas gastar vamos dizer assim escrevendo bilhetes e eles façam então a descrever como essa pessoa fazia para se virar com esses estados isociativos então Ela escrevia bilhetes para si ela trabalhava vendendo comida e ela tinha bilhetes no bolso para abrir na hora que ela não soubesse o que que estava acontecendo que que o cliente já tinha pedido truques para que que o senhor pediu
mesmo que que o senhor quer isso significava que haviam então duas personalidades e uma espécie de consciência da consciência coisa que Freud discutiu repudiou pelo menos disse olha isso pode existir mais não vai dar neurose isso vai dar em outra coisa né são estados associativos típicos de situações traumáticas menores de guerra violência continuada estupro abandono angústias extremas e essa ideia de que uma personalidade doentia e uma personalidade normal vai aparecer no caso de Luís e viver descrito por essa mestre do Freud em 1885 ele cuspia sangue e tinha paralisia desde pequeno ela é paraplégico e
essa paralisia aconteceu depois dele alucinaram uma cobra em volta no seu braço tinha então duas personalidades uma que era o paralisados que não conseguia sair da cadeia né E a outra que era uma pessoa violenta sobre hipnose acontecia Justamente a aparição de um terceiro estado que falava de um e que falava do outro essa espécie de égua aos auxiliar ou de selfie que organiza as outras personalidades Segundo Os relatos que vai se tendo sobre essa condição brailer o mesmo que descobriu a esquizofrenia diz em 1886 trata-se de um tipo especial de distúrbio de personalidade é
a personalidade alternativa os Altis nasce aí essa forma de se referia a eles também conhecido como dupla consciência aparece no Frade consciência contra consideremos uma mulher histérica que tem umas existência Medíocre se ela passar por trauma em sua capacidade de elaboração ela forma ela se desdobra ela cria uma personalidade segunda e Aqui começa a se formar o que os psicopatólogos chamam assim de protótipo do múltiplo Quem É esta pessoa que sofre com múltipla personalidade e esse protótipo ele vai ser muito interessante porque ele vai começar então a reproduzir diagnósticos que conferem com isso vai começar
a captar histórias de vida que conferem com isso né Então essa protótipo ele é descrito da seguinte maneira né são mulheres brancas e classe média com valores atinentes ao seu grupo social de origem ou seja são mulheres que não são rebeldes tem cerca de 30 anos e apresentam grande número de personalidades distintas 14 20 passam boa parte de sua vida negando seus altas que incluem personalidades tipicamente infantis persecutórias cooperativas e pelo menos uma do outro gênero masculino ou seja Olha só como experiência trans já está aparecendo aqui mas não é tematizada assim é tematizada como
uma versão né uma versão alternativa daquela daquela personalidade mas o protótipo Além disso ela é uma mulher branca de 30 anos que sofreu abuso sexual em várias ocasiões por parte de um homem de confiança de sua família quando era muito pequena passou por várias outras indignidades infligidas por pessoas com de amor E era necessário importante essas necessidades são entre outras coisas partes e seus valores de classe passou por vários estágios da doença mental e foi diagnosticada com muitas queixas seus tratamentos não ajudaram a longo prazo mas finalmente ela encontrou um clínico interessado na sua personalidade
múltipla Olha que interessante essa esse desdobramento de si ele colocava a pessoa numa espécie assim de qual o meu lugar né quem vai me reconhecer quem vai dar ouvidos para essa forma de sofrimento e chegaram a conta de oito anos pelo menos para ter um diagnóstico de personalidade múltipla ou seja ele é o mesmo tempo uma figura que denuncia as insuficiência e o excesso diagnóstico a paciente tem amnésias né de partes do passado tem experiência de entrar numa situação estranha sem ter ideia de como chegou lá acorda num lugar que bom que coisa que eu
cheguei aqui tem depressão grave e pensa com frequência e suicídio nove entre 10 são mulheres argumento né alguns psicopatólicos diz assim não mas sabe o que quer as mulheres estão na saúde mental e os homens estão na cadeia os homens é uma vez que tipicamente quando acontece o múltiplo 1 fica encarregado da violência né um fica encarregado da da de defender o coletivo muitos vão para prisão e lá sofrem mais maltratos ainda múltiplos foram encontrados por exemplo entre os Sobreviventes da Guerra os veteranos da Guerra do Vietnã vejam como os múltiplos e desenvolvem né ou
dependem de uma certa capacidade de fantasiar de se dissociar e de entender como você pode separar fragmentos da sua memória para reduzir a angústia e o sofrimento a sete fatores escritos aqui pelo Rossi para dizer assim o que que precisa fazer uma pessoa para ter uma personalidade múltipla primeiro lugar alta capacidade de fantasia segundo a disposição para amnésia terceira disposição para despersonalização mudar de funcionamento quatro capacidades de se virar com a média em Sítio né a amnésia no lugar quem diferente selfies sexto alto poder de negação e de sétimo alto poder de negação de acontecimentos
críticos então oferece vai ser um autor que vai ajudar a gente a pensar isso né quer dizer experiências de violentas causadas no contexto eu esperava amor dessa pessoa para proteção e daí vem uma violação como é que eu lido com isso eu desautorizo o que aconteceu não aconteceu isto não aconteceu comigo isso aconteceu com a outra isso aconteceu com aquela que vai ser sei lá personalidade infantil isso aconteceu com aquela que vai ser a personalidade sedutora uma coisa muito interessante sobre as personalidades múltiplas e que leva esse desdém com que as pessoas no Brasil falam
disso E que esse foi um quadro epidêmico nos anos 80 nos anos 90 nos Estados Unidos e na nos países baixos para onde foram vários psiquiatras americanos falar dessa dessa condição ou seja tem algo que vem com a cultura tem algo que vem com quem o processos de individualização próprios a cultura norte-americana Porque será que não acontecia no Brasil porque será que no Brasil a gente tem uma incidência muito muito baixa tem gente que acha que isso aqui é invenção que não que a pessoa tá parece aqueles idiotas que olhavam para as histéricas do freudia
você tá fingindo isso aí é teatro isso aí não acontece não é na vida real não é real gente vamos psicólogo desdenhando de formas históricas sofrimento né a pessoa tem que acompanhar vários desses elementos que estão aí numa cultura do trauma da memória da dissociação numa Cultura em que você tem extratos de moralidade muito bem definidos ao contrário da cultura o mundo assim brasileira Será que os transes as alterações de consciência todas as formas de desdobramento de si que as nossas religiões afro-brasileiras espíritas mesa branca candomblé Umbanda enfim tantas formações culturais que acolhem essas estados
distintivo sociativos dando a elas uma narrativa de referência dando a eles uma forma de reconhecimento tornando elas capazes de manter uma relação com a verdade manter uma relação de descobrimento do outro a gente não patologias a formas religiosa a gente tecnologias formas políticas mas do que que nós estamos falando de uma coisa anterior a patologização que é o sofrimento das pessoas o que elas fazem quando elas estão expostas a situações crônicas e violência contra si né Por exemplo em 53 relatório 15 que eu fui levantamento sobre sexualidade feito nos Estados Unidos mostrou que 24% das
mulheres tinham experimentado uma atenção sexual de um adulto quando novas seja por abuso sexual infantil seja por abuso e rituais né rituais religiosos sem religiosos seja por memórias recuperadas seja por negação de memórias recuperados e aqui a gente já tem uma outra discussão que chegou pouco no Brasil que são as falso Memories de como sob determinadas circunstâncias a gente consegue criar memórias verdadeiras de algo que não aconteceu Ou seja a pessoa não está mentindo ela tá lembrando Mas ela tá lembrando de o que um out de uma experiência que lhe é estranha numa experiência que
não está integrada né que não faz parte de si e essa lembrança ela tem como diz o frete né É assim que funcionava fantasia é assim que funciona lembranças Vamos ler isso tava tudo lá no Frade Só que essa tradição interpreta as coisas numa chave invertida né não é o do recalque que é o da dissociação né não é o do trauma é composto pela lembrança do trauma não o trauma produz uma visão o trauma Altera a própria personalidade em 1980 veja só quanto tempo passou até que a multipla personalidade se tornasse um diagnóstico oficial
aonde no dsl E aí você tem lá os critérios duas ou mais personalidades distintas uma personalidade dominante cada personalidade é complexa integrada ao padrão de comportamento social não raras personalidades são Opostas como as regras para escrever um romance né escreve-se 50 casos de novo 62% tem altas de outro gênero começa a ver uma outra vertente né dos estudos sobre múltipla personalidade que vai por exemplo mobilizar argumentos e natureza jurídica psicanálise nunca nunca entrou muito na consideração Mas de fato o estuprador de colombos em 1977 foi inocentados porque recebeu o diagnóstico de TDI E aí começa
o Jack Estripador vários serial killers não seriam eles casos de personalidades e por isso vamos dizer assim tão difíceis de serem localizados né porque eles estão escondidos dentro das suas próprias vidas em 1990 né a gente até então a formação da sociedade né do do do do grupo de estudos sobre tdih uma espécie de institucionalização de um dessa categoria enquanto Clínica há uma explosão de estudo sobre o abuso sexual infantil abuso real né fantasia de não é o que que eu criei com aquilo que me fizeram é é aquilo que aconteceu tal qual que aconteceu
e como isso Altera a minha estrutura de memória o ranking acha muito interessante como depois dos anos 90 e de certa forma ao refluxo das personalidades múltiplas Por que será que a gente fala mas já fala como uma coisa assim do passado fala mas fala com uma coisa que bom a gente duvida Pode ser que exista pode ser que não e aí aparece essa livro muito interessante mas é calma Andre recovery Herman de 1992 e ele vai apontar para um fato muito interessante ao longo da história emergem casos de múltiplas personalidades em Associação com momentos
de grandes transformação política Olha só então é o caso do republicanismo francês né século 19 eu caso do movimento contra a guerra na primeira segunda guerra mundial e é o caso do feminismo que também é uma bandeira é uma plataforma política que vai estar associada com a essa ideia de que lembrança e trauma são eventos que tem uma junção política ou seja eventos que articulam uma espécie demanda transformativa em 1994 já com os recursos neurociências veio essa pergunta sobre as amnésias dissociativas o que que acontece o cérebro quando quando essa passagem de uma de uma
personalidade para outra e aí o encaminhamento do Ian hack é brilhante ele diz assim a nossa pergunta tola ela é basicamente a seguinte isso é real você precisa não fingindo isso existe e eles assim essa pergunta é tão mal feita quanto dizer assim qual é a cor real de um peixe no alto mar quer dizer várias cores então a cor talvez não exista mas a é porque você tá fazendo a pergunta desse jeito que você se cria uma resposta possível que que te engana e isso não é um efeito de heterogênio Essa não é feita
nos métodos né de investigação da personalidade inclusive porque para essas populações começou a ficar claro que nem sempre o melhor caminho é integrar as personalidades Pode ser que uma vida com personalidades alternativas seja mais interessante estamos aí então dentro de um de um de um novo áudio numa nova etapa né os processos sociativos e quero crer que essas estudos eles vão se enriquecer muito com os psicodélicos as experiências que a gente tem escutado né aqui ali sobre o ascar sobre o LSD sobre a substâncias que produzem experiências entreógenas na existência de outros mundos de outras
formas e presença de outros modos está no mundo essas experiências de prazer Mas também de surpresa de descoberta e ela tem efeito sobre os estados sociativos a gente não sabe ainda como como isso funciona exatamente mas é uma linha muito promissora de pesquisa né Luiz Fernando toffoli lá da Unicamp tá aí o pessoal Leite né que tem um trabalho muito muito legal de introdução né as experiências com o uso terapia associada como se codicos muitas pessoas assistiram né programas onde uma pessoa diz ah vamos marcar outra entrevista porque não é outra personalidade vem eu vou
chamar essa aqui como se fosse possível né gerenciar a presença das diferentes personalidades o que diz a literatura que isso é possível sim de que é um processo semi voluntário né que a pessoa pode escolher favorecer que aquilo aconteça o que aquilo não aconteça Especialmente quando ela tem uma uma relação ali com uma com esses processos dissociativos né então é razoável supor que isso possa acontecer vejam os casos que a gente trouxe sujeito cozinha ela não conseguia se levantar daí no momento seguinte ela se tornava a violento ou então a mulher que bordava e negociava
com a compra e venda ali do objetos para o outro né é que a gente tem dia assim se é projetar né a gente atende a esse processo vamos assim que é dizer assim a minha loucura Ok ou então é fora do comum a do outro Ah isso não se se eu não consigo reconhecer em mim se isso é tão diferente para mim isso não deve existir né que que eu tô fazendo com isso eu tô negando reconhecimento eu tô dizendo eu tô tirando essa pessoa da condição de Sofrimento né para uma condição assim de
escolha moral ela ela tá querendo fazer isso ela tá enganando os outros isso é assim para tirar vantagem isso é para ela para ela assim ter alguma algum lucro alguma coisa Não não digo que isso não aconteça também é sempre uma uma excitação né que nível de consciência que a gente tem sobre o que a gente faz e sobre os personagens que a gente é É pratica o quão frequentemente nosso pacientes histórico não dizia assim olha eu eu me criei um personagem e daí eu vou imaginando e quando eu vejo eu não consigo sair daquele
personagem eu eu tô dentro daquilo eu não consigo reagir de outra forma e eu sei que eu não preciso reagir assim mas eu reajo não são formas menores mas simples né dessa processo dissociativo então gente ia hacker multipla personalidade Vamos diminuir algo em preconceito de que acha e não existe que é para ganhar dinheiro e etc entender que sofrimento tem uma história tem uma memória ela se cruza com experiências sociais desse cruza com uma complexões narcísicas criando essas tipos né interativos esses tipos de pessoas que tem que ver com a linguagem que a gente fala
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