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repertórios construídos nos movimentos de roda nos momentos pedagógicos e nas práticas pedagógicas que vão ser compartilhadas práticas essas que existem nessa escola pública há mais de 20 anos construindo e se pautando numa educação antirracista que tem um olhar pra brasilidade para uma pedagogia de cortejos que inspira demais a pedagogia pra Liberdade Uber eh ônibus avião blá blac tem gente de todo o Brasil assim tá sendo muito legal ter a representação dos vários brasis que a gente tem aqui e de Fora gan um outro sentido a hora que você conhece as pessoas mesmo sinto que eu
não poderia ter me formado sem ter vivido isso assim viver a imersão nesse lugar a gente finalmente realmente sente quando eu entrei aqui que eu vi tudo que eu vi eu falei assim isso é fantástico sinto saudades dessa tarde tão bonita meu coração palpita que eu não posso tolerar sinto saudades dessa tarde tão bonita meu coração palpita que eu não posso tolerar boa noite gente linda boa noite todo mundo que tá aqui É uma honra ter vocês aqui em mais um encontro formativo da pedagogia pra Liberdade eh acho que a gente vai ter uma noite
de muitas inspirações aqui então vamos chegando vamos chegando eh com um tema que tem tudo a ver com a educação que tem tudo a ver com a experiência humana com a experiência de germinar o futuro e um tema tão relevante porque tá se perdendo né que é a gente pensar em contar história né é o contador de história que há em mim Eh É uma honra tá aqui hoje na presença da Laura Delgado e do Fabrício Conde duas pessoas duas pessoas que inspiram muita gente nesse lugar da música e da contação de história Laura também
professora Fabrício um músico super reconhecido Mas eles vão se apresentar para mim a contação de história que eu vi do Fabrício é uma coisa que eu nunca mais vou esquecer na minha vida então Eh em que lugar que move a gente né em que lugar que move o humano as crianças os educadores Qual a potência que tem a gente saber contar a história e será que todo mundo consegue né então hoje a gente vai discutir um pouquinho isso se inspirar nesse lugar e pensar que essa tradição oral que é que é que é tão do
humano né da sociedade humana é o que traz a gente onde a gente tá hoje né e e como a gente precisa exercitar isso nesse mundo de tanto imediatismo de tantas imagens feitas de tanta velocidade de tão pouca qualidade em diálogos né Eh eu penso que cada vez que a gente escuta uma história a gente consegue silen o que tá dentro da gente e abrir o campo da Imaginação e imaginação é uma coisa tão preciosa nos dias de hoje ainda mais paraas nossas crianças pros adultos também porque a gente precisa ser nutrido né a gente
precisa se nutrir o tempo inteiro mas falando com uma rede de educadores que eu tô falando aqui hoje eh com toda certeza a gente precisa trabalhar isso né então a relevância desse encontro é trabalhar essa poética entender como a gente faz isso e entender também que todo mundo consegue fazer isso porque isso é genuinamente humano Então acho que vai ser uma noite de muitas inspirações muito bonita quero dar alguns avisos eh o nosso chat vai est funcionando eu vou est encaminhando algumas perguntas paraa Laura e pro Fabrício e no decorrer da noite no final da
noite a gente vai est passando a lista de presença para emitir o certificados então aproveitem se joguem experimentem eh aproveitem cada minutinho porque eu tenho certeza que essa noite vai ser cheia de inspirações então sem mais delongas quero convidar paraa Nossa mesa virtual aqui a Laura e o Fabrício convidando primeiro Fabrício Fabrício quem é você Fabrício Boa pergunta precisa saber bem há um tempo atrás eu comecei a suspeitar mais ou menos quem quem eu posso ser que talvez seja a pergunta mais mais pertinente assim quem você pode ser e há um tempo também para me
definir também em algumas rodas de conversas ou então em algumas apresentações artísticas eu preferir me definir com um modo de escrever assim para também causar um certo tipo de de provocar não não não causar mas provocar um tipo de de atenção das pessoas enquanto eu me definia Então eu acho que eu escrevi uns versos que eu queria falar para vocês aqui como talvez eu comecei me definindo eh eu digo que eu tenho por preferência reparar passarinho e que as flores também me dizem em verdade eu floreço tudo que é feito de Céu Verde e silêncio
me abraça transforma também sou feito de admirar vento suas rotas encomendas de trazer perfumes poeira chuva eu gostava de inventar que chamava carquin quando criança o meu nome verdadeiro Fabrício era a coisa dos meus pais eisso me dividi em dois um que eu era outro que Eu suspeitava ser aí pelos dias da minha infância eu fui crescendo carquin por dentro e Fabrício por fora tive roupas brancas Gir escolas dessas com professores e merenda dentro usei diversas vezes de imaginar para aprender uma vez eu ouvi dizer que as nuvens são infinitas aí genoso eu fiquei contando
quantas nuvens atravessavam o céu da minha rua aí foram poucas eu lembro foram oito então concluí que o infinito é o número oito que cabe dentro de uma manhã e passa por cima da casa da gente realidade é aquilo que eu invento para saber basta imaginar o resto você ajeita com tempo e o que resta para menino que cresceu a beira de um Riacho vagabundo eu respondo o mundo resto do mundo e se o mundo for pouco aí eu invento outro mundo um para ser noite outro para ncer dia para esconder um dentro do Out
para de reserva primeiro mundo F para bem vias vezes carinho foi qu de mim cou o mundo Entre Rios histórias os Caminhos da Roça Ao Verbo e foi nessa bola azul que o alinha veio meu destino conversos violas navegando avessos e indo além Boa noite todo mundo que tá aqui que assiste esse encontro formativo tão especial né Eh um privilégio uma honra estar dividindo essa mesa com vocês com a Laura eh a Dani eh tenho acompanhado depois que conheci o trabalho de vocês e também estou encantado com a possibilidade de conviver mais mesmo que não
não diariamente mas conviver com vocês também eh enfim conversei com a Laura antes da gente gente começar a gente decidiu mais ou menos o que que ia fazer e Laura é a pessoa que me orienta sobretudo Eu acho que eu posso falar em várias coisas da vida é difícil de de achar um lugar que ela não me orienta mas enquanto nessa noite de hoje a orientação foi no sentido de de explicar um pouco do caminho né como que a gente faz para se tornar um como eu me me me tornei um contador de histórias como
que chegou esse caminho até mim né n de me definir enquanto um um músico que conta histórias e agora não sabendo muito bem a certo como proceder eu tive uma eu fiz uma tive uma ideia que foi organizar algumas fotos que eu tô na minha casa então organizei algumas fotos e olhando as fotos eu pude meio que olhar fisicamente um pouco da linha do meu tempo também então é eu acho que com isso eu consigo falar um pouco da minha vida porque essa coisa a gente escolhe na verdade né alguns trechos da vida que são
mais importantes deixam alguns de lado Em outro momento a gente conta outros que são que não são tão importantes agora né então para essa narrativa de agora Eu Escolhi algumas fotos que estavam à mão eh eu não sei se vocês vão conseguir ver aqui então né Então esse daqui sou eu o de cima eh esse aqui sou eu eh com 4 anos eh eu acho que aqui começa um pouco das minhas referências foi quando eu fui conviver com minha avó num sítio que ela tinha ela tocava uma Lavoura de café e esse foi o meu
primeiro cavalo e foi com ele que eu comecei a descobrir os perfumes eh comecei a descobrir as distâncias do universo rural as eh a temperatura né o clima o vento e e depois de um certo tempo eu descobri também que eu era tão menino aqui eh que eu descobri que esse cavalo também não era meu então eu descobri também que as coisas modificam na memória da gente né Aqui tem um um momento da minha infância eh na qual eu também eh comecei a entrar dentro da tradição da cultura popular eh na dança do mineiro pau
no colégio e talvez tenha sido a a minha primeira memória de ter sido solidário porque tinha a gente se preparava para essa festa pra apresentação e no dia da apresentação isso aqui era foto do ensaio no dia da apresentação um dos companheiros tinha esquecido o pau né o Bastião dele para fazer a a a roda né e eu olhando aqui eu me lembrei disso que eu fui e cedi a minha a minha vez para que Ele pudesse dançar e celebrar é eu acho que é isso é isso que eu lembro né Talvez possa ser que
eu tenha pegado o Bastião dele e ele tem mas não brincadeira eu acho que eu lembro disso e talvez aqui já passando um tempo se anos depois uma imagem que marca muito na minha vida que é essa foto aqui ó organizar melhor essa fotografia essa fotografia eu tinha 6 anos de idade eu sou esse menino que tá aqui do lado de cá pera aí aqui ó esse aqui tá aqui do lado de cá com esse macacão essa jardineira aqui foi a primeira vez que eu subi num palco na vida esse era um cantor muito famoso
na época chamado Rui maurit e ele foi fazer uma apresentação na minha na cidade que eu morava chamava cataguas essa cidade que eu morava e era num campo de futebol e no na hora da apresentação por algum motivo que eu não sei explicar eu subi no pco e a com acompanhei ele fazendo um gesto um sinal que eu tava tocando um violão também eh e ele ficou foi muito receptivo foi muito carinhoso comigo conversou com os meus pais falando que eu tinha jeito eh por gostar de de público né e mas eu lembro que nesse
dia acho que foi a primeira sensação que eu tive de ver sobre o olhar do artista o que acontece quando ele tá em cima de um pauco então ali eu vi aquela troca eu vi eu ouvi as músicas as músicas que ele cantava que me impactou também e e foi muito lindo isso foi muito marcante eu tinha se anos de de idade nessa época aqui e após isso a minha mãe me matriculou num curso de piano eh e e aos 8 anos eu comecei a estudar piano comecei a estudar a estudar e por alguma força
do do tempo que eu vou vou não não não venha ao caso aqui agora eu mudei de cidade vim morar em de Fora [Música] eh e comecei a a desenvolver me desenvolver como músico continuei estudando e eu precisei arrumar trabalho para trabalhar como músico né enquanto músico e e comecei a trabalhar como músico eh comecei a tocar com alguns acompanhei algumas cantoras toquei alguns bailes e passado um certo tempo eu via que alguma coisa não fechava na minha vida é porque naquele tempo que eu mostrei para vocês que eu convivia com minha avó no Rural
daquele cavalinho eu tinha muita memória eu vivi durante muitos anos com ela nesse sítio e tinha esse ambiente do rural que não me pertencia mais aqui então eu trazia comigo algumas algumas algumas faltas que foi quando eu resolvi virar o olhar pro ambiente rural de novo e foi quando eu deixei os instrumentos que eu tocava que era violão piano e comprei uma viola uma viola caipira para mim que era para ter de novo esse ambiente esse resgate do ambiente familiar das Primeiras Experiências e com essa viola eu tenho aqui a foto dessa primeira violinha de
Eu tocando aqui nessa idade eu já Já devia ter quase uns 20 anos aqui nessa época eh e isso aqui é muito interessante Porque a gente já não tinha minha avó já não tinha mais sítio eu já não tinha mais sítio isso aqui eu fui com um amigo meu a gente andou de carro até chegar num lugar que a gente não conhecia o dono dessa casa a gente eu parei sentei do lado de fora para ele batesse a fotografia eh E com o tempo eu comecei a tocar viola e as coisas começaram a a minha
carreira começou a desenvolver e aqui tem uma fotografia também que eu guardo com muito carinho muito importante que foi depois quando eu tive a oportunidade de comprar o meu primeiro lugar de Rural essa aqui é a minha avó me ajudando a gente tava fazendo uma cerca plantando umas coisas eh e aqui eh talvez eu f passe muito tempo eh perdendo com as fotografias são poucas não não vai demorar não aqui já é a a a hora que eu junto com alguns amigos e a gente começa a viver no ambiente do rural de novo nessa idade
mais velha e a tocar o instrumento a a voltar a viver as coisas que eu tinha vivido na infância só que agora eu era o protagonista da minha vida já não era o sío da minha avó já era o meu lugar né então a gente organizava fazia algumas cavalgadas e a viola teve um impacto muito grande quando eu vivia com né nesse esse universo todo do rural e aqui teve esse esse essa pessoa que foi meu primeiro mestre que foi o seu Antônio macaro seu Antônio macaro ele foi um amigo na verdade eh a gente
tocava às vezes várias vezes juntos mas o que era mais gostoso é quando eu ia paraa casa dele ou ele vinha paraa minha casa e a gente ficava com conversando ele rezava me ensinava a rezar contava muita história Era um ótimo contador de histórias eh benzedor também e ele foi me inserindo também dentro desse universo eh que também é a barca do rural que é o religioso que é lidar com o sagrado e e fui convivendo com o seu Antônio fui gravando eh eh nesse meio tempo também fui gravando meu os discos eh construindo uma
carreira com a viola e eu vou eh falar para você é difícil conversar assim sem olhar para as pessoas eh essa essa essa nova modalidade de contar histórias falando por um celular para uma tela só para te contar nós estamos aqui em 91 pessoas tá só para você saber que tem 91 pessoas ouvindo nesse momento em tempo real Opa facilita eh obrigado então bom saber que eu não tô sozinho eh Então tava lá tocando minha minha violinha gravando meus meus discos e a vida desenvolvendo e em em 2004 em 2003 desculpa em 2003 eu fui
convidado por um músico que tocava junto comigo ele participava de um grupo de contadores de histórias ele fazia ele tocava ele era músico desse grupo e ele me convidou para esse que era os contadores de soras o grandre do qual a Laura fazia direção tinha criado e fazia a direção em 2003 eu fui assistir um espetáculo chamado humano do homem e aquilo foi tão impactante na minha vida porque eles transformaram tanta coisa bonita condensar num espaço só que trabalhavam literatura trabalhavam a música eles encantavam as pessoas do jeito que eu que eu gostaria de fazer
também també e até então eu não tinha esse universo da contação de histórias dentro da minha profissão eu falava uma coisa outra recitava um verso ou outro porque né antigamente tinha um programa chamado eh som Brasil na televisão eu adorava Quando ia uma dupla chamada Alvarenga Ranchinho eles ficavam contando piada e o Rolando Boldrin contava muita coisa do Catulo da Paixão Cearense eu decorava aquilo e fazia um pouco nas minhas apresentações e quando eu vi os contadores de soros do gramb aquilo abriu um um Horizonte para minha paraa minha vida que eu falei eu acho
que eu quero eu queria fazer isso que eles que eles fazem também ou então que a Laura pudesse me ajudar a construir um caminho próprio então eh eu acho que eu eu tinha separado algumas coisas a mais aqui mas eu não vou prolongar muito não porque eu tô eu tô um pouco sem a noção do relógio eh eu vou passar paraa Laura mas aí tem essa foto aqui que que foi em 2004 que também é bem marcante tá aqui a Laura aqui deixa eu ver onde é que ela tá aqui eu tô aqui atrás onde
é que tá meu dedo do lado de cá bem aqui de chapeuzinho aqui no cantinho eh foi em 2004 que ela me chamou para tomar um café junto com essa equipe de contadores de histórias que eles iam eh eh fazia um espetáculo chamado Minas e ela me convidou justamente para contar a história para eles e para para tocar algumas músicas para que eu pudesse inspirá-los e foi uma troca né porque medida que eu pude inspirá-los eles também me inspiraram e eu pude também fazer fazer o meu caminho nesse tempo só para terminar e finalizar eh
eu comecei a contar histórias nas minhas apresentações também histórias desse meu cotidiano histórias dessa das coisas que aconteciam e me fizeram um convite para que eu publicasse essas histórias num livro aí eu fiz um esse livro assim só de caus um livro bem leve assim bem divertido eh com caos e alguma e um um e um estilo de escrever que eu tava começando a desenvolver e depois por conta desse livro eu recebi um convite para publicar mais um livro que aí eu já tava um pouco mais velho já tinha uma uma certa habilidade bem bem
pouca ainda porque é um universo muito diferente da escrita né eh e e por meio dos contadores de histórias também eu eu cheguei até um autor que eu não conhecia que é um livro é muito importante para mim também que é o o do escritor Bartolomeu Campos de Queiroz eh que esse livro ele com certeza ele me inclinou eh há há há vários tipos de de universo da contação de histórias da fala mais poética eh e eu pude ter o contato com Bartolomeu eu cheguei em um dos Dios que eu gravei eu fiz uma música
chamada ciganos e oferecia o Bartolomeu e ele me escreveu muito lindo falando que só pela música já valeu a pena ele ter feito livro ele me motivava também a gente teve algum tempo de convívio eh e enfim tem muitas histórias assim mas eu acho que não vale a pena eu eu prolongar não depois eu eu conto mais coisas aqui agora eu eu falo paraa Laura para resumir um pouquinho do que foi a minha trajetória até chegar nesse nesse contador de histórias músico Laura vou passar a palavra para você depois de uma de um caminho de
memória como esse que o Fabrício trouxe Quem é você Seabra eu me entrelaço tanto com as histórias do Fabrício né Eh e a gente acaba vendo como é que que a nossa vida é é um novelo mesmo né uma novelado de histórias provavelmente cada uma das 90 pessoas 90 e poucas pessoas que estão aqui essa noite ah asos quais Eu desejo uma ótima noite que a gente curta muito essa troca né Eh se a gente for ouvir uma história de cada um a gente sabe que são aqueles seis famosos seis graus de separação com certeza
eu teve conhecer alguma dessas pessoas que conhec algumas pessoas que a gente conhece que com certeza as nossas histórias se cruzam e se novelamariadobarrio [Música] Eh claro que eu convidei para tomar um café mas claro que eu tive uma segunda intenção não era só para para participar da contação de histórias e isso eh e a vida da gente é isso mesmo né são esses encontros mesmo feitos de histórias eh vou contar também um pouquinho da minha história mas antes como PEB eh contou né tão bonito sobre sobre quem ele é com esses versos tão tão
lindos eu adoro essa essa apresentação dele como não tenho essa habilidade para escrever Enfim vou contar uma história para vocês também que tem a ver com a com a minha apresentação Quem já Conhece eh acho que hoje em dia né assim as histórias são tão divulgadas eu acho que acaba todo mundo conhecendo muitas histórias então Eh Talvez algumas pessoas já conheçam el pra gente rememorar tá invertida a imagem aqui era uma uma vez uma mulher que tinha um casaco ela gostava tanto desse casaco que ela usava esse casaco de manhã à tarde à noite a
noite toda e de tanto usar esse casaco esse casaco foi ficando velhinho ruído Então ela pensou pensou e teve uma ideia desse casaco ela fez uma jaqueta ela adorava essa jaqueta ela gostava tanto dessa jaqueta viveu tantos momentos lindos tantas histórias lindas com essa jaqueta e usava essa jaqueta de manhã à tarde à noite a noite toda que ela foi ficando velhinha velhinha aí a mulher pensou pensou pensou e teve uma ideia dessa jaqueta ela fez uma saia uma saia godê nossa ela dançou ela sonhou ela viveu tantas coisas bonitas com essa saia usou essa
saia de manhã à tarde à noite a noite toda e a saia foi ficando tão velhinha tão velhinha e ela teve que pensar pensou pensou pensou e teve uma ideia dessa saia ela fez [Música] um chapeuzinho esse chapéu ela usou em formaturas casamentos lugares alegres lugares tristes ela usou esse chapéu de manhã tarde à noite a noite toda de tanto usar chapéu ficou velhinho e aí ela teve que pensar e pensou pensou pensou e teve uma ideia com esse chapéu ela fez uma bolsinha uma bolsinha bem pequenininha que cabia só o seu batom Predileto e
ela usou essa bolsinha de manhã à tarde à noite À noite à noite À noite toda essa bolsinha ficou tão velha que ela teve que pensar e ela pensou pensou pensou pensou e teve uma ideia dessa bolsinha ela fez um botãozinho e esse botãozinho Ela usou muito ela usou de manhã à tarde à noite À noite a noite o botão perdeu e ela perdeu esse botão e o que que a gente faz quando a gente perde aquilo que a gente gosta ela pensou pensou pensou e teve uma ideia ela resolveu contar a história de uma
mulher que tinha um casaco Era uma vez uma mulher que tinha um casaco ela contando essa história por aí contou para muitas pessoas até que um dia eu fui assistir uma apresentação e euv a Julia Klein contando essa hist eu contando aqui para his daul casac ição oral e ela representa muito para mim as a minha a minha história eu acho que é a história de todo mundo aqui né porque a gente acaba das nossas histórias elas precisam ser renovadas né Elas são inspiradas por outros pensamentos outras pessoas a gente acaba tendo que Reinventar a
vida e contar outra vez e outra vez ai eu fico tão emocionada de falar essas coisas desculpa tá gente eu tô gripada tô com a voz horrorosa e já fico embargada mesmo com a voz embargada de falar sobre história assim se eu falar o dia inteiro eu posso chorar o dia inteiro assim eu sou uma pessoa que chora então peço desculpa para vocês mas é tudo de alegria também chor de tristeza mas nesse caso de emoção mesmo né Isso é uma lindeza Isso é uma lindeza ai ai que bom né Que bom que a gente
choraa né Dani então Eh eu comecei como professora nessa escola que que o Fabrício se referiu grambery Mas comecei como professora mesmo né eu trabalhava alfabetizando Comecei na educação infantil depois eh como eu tocava violão e os pais gostavam muito que as crianças fossem meus alunos era muito nova não tinha muita experiência mas eu tinha sabia que eu sempre quis ser professora desde pequena eu falava que eu queria ser ou Ero moça ou astronauta durante um tempo todo mundo né na minha na minha geração e a era moça e depois professora e quando eu fui
ser professora mesmo eu tinha 19 para 20 anos eh eu fiquei muito feliz mas não tinha muitas muita experiência Né tava fazendo ainda a universidade mas os pais gostavam porque eu tinha um violão tocava violão como eu toco hoje três posições e e algumas musiquinhas mas eh as crianças gostavam muito né as criança gosta muito de música e eu sempre gostei de criança música e quis ser professora Então essa junção fez com que os pais eh e entendessem que aquilo aquele momento seria bom que as crianças ficassem comigo e eles iam pedindo para que eu
passasse assim eu tava comecei com Maternal três eles pediram para eu ficar no primeiro período quando as crianças ficaram passaram pro segundo período eles pediram para ir pro segundo período e a escola foi deixando e fui parar no terceiro período que agora corresponde ao primeiro ano né comecei a ser professora alfabetizadora eh 3 anos depois que estava nessa escola e fui durante mais 7 anos eu fiquei nessa escola durante 10 anos a primeira vez e fui durante 10 anos professora alfabetizadora e me encontrei com a minha comada querida amiga irmã de fé eh a Leila
que é uma contadora de histórias também a Leila sim é uma contadora de histórias que já existia assim para mim ela já era a personificação da contadora de histórias eu era uma professora que sempre li muito mas sempre fui muito tímida Sempre achei que as coisas que eu falava ainda acho eu não não sei contar uma história um causo por exemplo e a Leila a gente fazia muitas coisas juntos a gente estudava juntos trabalhava juntos ela eh tinha uma filha pequena que agora já já é uma moça que já tem uma filha né Eh e
a gente então por causa da Bárbara filha dela a gente fazia muitas aventuras viajávamos juntos e tudo mais e quando a leil Ia contar esses casos eh que aconteciam com a gente eu falava ó Isso aconteceu desse jeito que legal sabia que tinha que eu tinha participado dessa história ou seja ela já era uma contadora de histórias né ela já nasceu numa família de contadora de histórias ela eh a família Já já sustentava esse hábito e já fazia carinho mesmo nesse hábito tanto que as tias mais velhas tinham cadernos que anotavam coisas que as que
as sobrinhas falavam enfim e minha família bem silenciosa leitora mas muito silenciosa não era de conta caso a gente não era uma família de contadores de histórias e quando a gente se encontrou e nesse espaço no no colégio eh eu contava as histórias da que eu já havia lido da daquela daquela infância rica em Literatura né dos clássicos Monteiro Lobato enfim e Leila me contava as histórias que ela é da da Narizinho que era ela na roça né das histórias que andava que ela andava cavalo ia paraa roça cavalo enfim e nós nos unimos e
ela também como professora alfabetizadora nós começamos a contar essas histórias eu as histórias que eu havia lido e a ler as histórias que ela havia vivido e a gente fez ali eh uma amálgama né nessa nessa relação Nossa de amizade misturado com as histórias com a vida com as coisas né com essas coisas todas e a gente via que como que era importante para as Crianças a história nessa época a gente não era obrigada a ter um livro né Eh didático então a gente podia alfabetizar com as histórias então a gente só tinha né só
tinha toda a literatura pra gente alfabetizar essas crianças e foi um sucesso assim foi maravilhoso nessa época começando o construtivismo né a gente começando a estudar sobre isso a ler Paulo Freire enfim e a a ficar impregnada também dessa educação mais Libertadora eh nós começamos e deu muito certo as crianças eh faziam eh coisas lindas né Nós contávamos muitas histórias enfim mas como o casaco fica puído e a gente tem que pensar em em fazer uma jaqueta né assim também aconteceu essa escola eh foi uma escola pioneira no construtivismo e foi um momento que os
pais ficaram muito indecisos de saber se se aquilo Seria bom se aquilo daria certo aquela forma de ensinar seria uma forma ideal pros filhos e na escola ela ela foi eh eh sofreu uma evasão muito grande né Nós tínhamos 4.000 alunos aquilo foi as crianças foram saindo mas foram saindo muito mesmo e aí eles tiveram que demitir muitas pessoas e eu fui nessa leva fui embora também do colégio né E foi nessa época que eu comecei a ouvir que estava vindo para Juiz de Fora uns grupos do prer do rio da Casa das Laranjeiras talvez
alguns de vocês já conheçam já tenam né participado Mas enfim eh e E aí vieram para cá algumas oficinas de contadores de histórias e Benita Prieto Lúcia Fidalgo Eliane unes Celso cisto eh quem mais eh Fernando Lebes E então eu fui fazer Francisco Gregório né que o Gregório é um contador de histórias que tá sempre aqui na cidade e aí eu fui fazer essas ess essas oficinas aqui no proler né E perdão comecei a me encantar Eu lembro que a primeira oficina que eu fiz foi com Fernando Lebes que me marcou profundamente eu cheguei 10
minutinhos atrasada eu tinha saído de um enfim de um evento e cheguei na oficina tava todo mundo muito quietinho todo mundo parado eu falei será que eles estão já começou a oficina essa oficina já tá em andamento as pessoas estão esperando e eu vi todo mundo olhando pro Fernando Lebes não sei quem teve oportunidade de conhecê-lo ele já partiu fora do combinado né mas era um cara alto assim magro mais velho ou ele já sempre foi velho eu não sei saber não sei distinguir assim ele parecia uma pessoa mais velha mas mais mais velha assim
de de de outro século sabe um cabelão desgrenhado assim que ele quando eu cheguei ele tava prendendo esse cabelão dele assim num num rabo de cavalo ele acendeu um cigarro sentou em cima da mesa assim acender um cigarro né E aí ele começou a contar um mito aí eu vi que a oficina já tinha começado percebi isso e que as pessoas só estavam esperando assim tipo tava decantando alguma coisa que ele havia falado enfim aí ele contou esse mito e quando ele contou esse mito ele foi contando ele foi contando nós ficamos todos naquela oficina
no mesmo lugar assim no lugar no entrelugar né que é aquele lugar que não é aqui nem ali é um lugar que ficamos todos quando a gente tá ouvindo uma história de tradição oral que é nesse caso né que ele tava contando E aí eh eu falei meu Deus ele tá contando a minha história aí eu acho que todo mundo teve essa sensação de tá de tá ouvindo a sua própria história e aí imediatamente eu falei pronto É isso aí é isso que eu quero eu quero ser professora e fazer o que esse eu quero
fazer isso em sala de aula né porque eu percebi que nós já fazíamos Né Leila e eu de alguma maneira a gente já fazia a gente contava histórias mas é eu eu percebi a importância da contação de histórias né eu percebi do do que a contação de histórias seria capaz de fazer em mim e consequentemente eh nas pessoas com as quais eu ia conviver né que a gente ia construir juntos algum conhecimento os alunos paraa frente e aí não paramos não não parei mais né nem Leila nem eu de fazermos essas oficinas de nos deliciarmos
com esses grandes contadores história esses grandes Mestres depois foi Regina Machado enfim foram tantas outras pessoas com as quais a gente conviveu e teve essa oportunidade rica né de de construir a nossa nossa história e logo depois assim eu já eh comecei a o colégio um outro colégio aqui da da cidade também de juí de Fora chamado Jesuítas que é um colégio também grande como é o grambery um colégio parece que Centenário também o grambery acho o grambery tem 13 5 anos Jesuítas também um colégio bem tradicional me convidou porque ficou sabendo também da minhas
das minhas contações de histórias por aí me convidou para fazer um trabalho com os meninos da da do vestibular do terceiro ano porque eles iam começar ia começar aquele ano também a poesia está presente também na na no vestibular as pessoas teriam que falar né assim de escrever sobre alguns poemas enfim a poesia entrou Mais especificamente assim como eh cobrada né na naquela na época no vestibular e eu comece eles me chamaram para fazer um trabalho com com poemas da Cecília Meirelles que eles sabiam que eu já music também alguns poemas eu gosto de mexer
com isso com as minhas três posições do violão fazia umas músicas uns poemas e aí foi uma delícia eu fiz esse trabalho e o reitor do grambery na época gostou desse trabalho e perguntou quem que é essa moça na época era mais bem novinha quem que é essa mocinha aí que tá fazendo isso aí e aí ele falou Puxa mas eu queria que falaram que eu já tinha trabalhado no grambery E aí o grambery já eh depois de uma fase né que os pais não né não tinham entendido aquela relação ainda da da do construtivismo
com né com conhecimento enfim os o construtivismo já mais eh né percebido como uma coisa mais muito importante enfim mas já reconhecido as outras escolas todas já eh adotando esse processo né construtivista aí o GR já estava com mais mais alunos e o reitor Então me me chamou para voltar ele falou olha eu as salas estão todas repletas e tal mas eu quero muito que você fique aqui você consegue trabalhar na biblioteca e fazer isso que você tá fazendo aí com os alunos e aí foi assim né só para no meu porque já tava fazendo
muitas oficinas de contação de histórias eu ganhei um espaço na biblioteca E aí a gente foi criando juntas né fui criando o primeiro que a Leila estava em sala de aula a Leila não foi demitida na época né então ela ficou na escola e aí eu voltei eh mas sempre em contato com ela sempre minha querida comadre e a gente sempre trocando histórias eu voltei e comecei a fazer essas oficinas lá e elas deram Tão certo que eh em determinado momento depois de uns 10 anos eu falei olha não consigo mais trabalhar com tantas crianças
adolescentes adultos formação de professora a coisa já tinha dado certo já tinha ganhado uma sala gostosa um espaço bonito e aí eh chamei Leila Leila deixou a sala de aula e foi trabalhar comigo nesse nessa nessas oficinas também e nós ficamos durante muito tempo 29 anos eu saí o ano passado então foram 29 anos de oficina mais 10 anos então eu fiquei muito tempo lá no né nessa nessa instituição estou em outra instituição agora em ju de fora também o colégio chamado academia fazendo esse trabalho também então durante esse tempo todo né assim a gente
viu que esse a gente pode perceber quando quando eu pensei em contar uma história hoje para vocês eu pensei que história sempre tem uma história que que tem a ver com a gente né na verdade eu acho acho que as histórias nos escolh e eu pensei que história que eu vou contar para exemplificar né assim essa esse meu processo né de de me transformar de estar em transformação né porque eu não sou contadora de histórias né eu tô me formando a gente tá se formando enquanto contadores de histórias já que a gente tá se formando
enquanto pessoa também a gente é um cada dia então a gente é um contador de histórias cada dia né e a cada dia as histórias vão fazendo eh vão batendo da gente de uma maneira diferente de acordo com as nossas histórias enfim né então esse processo para mim foi é muito foi muito importante eu queria também passar para vocês eh por meio da história essa importância e eu acho essa história tão linda né que é exatamente isso né Essas nossas histórias as a gente vai fazendo outras roupas com que né outras outras maneiras de de
de de de fazer a nossa vida acontecer e quando a gente não não tem mais nada a gente Conta essa história né E aí a gente reinventa e faz outra vez e reconta né e conta com outras com as ideias de outras pessoas com a inspiração de outras pessoas né então a história ela nos humaniza por conta disso né assim da da possibilidade da gente trocar as histórias da gente contar e ouvir né um contador de histórias é antes de tudo um ouvinte né um bom ouvinte eh e essa possibilidade da gente eh Reinventar por
meio das histórias né que a gente sabe que como a gente é capaz de contar a nossa história e como a gente conta a gente ouve aquilo que a gente fez aquilo que o outro fez em relação àquela história a gente sabe que a gente pode Reinventar Então as histórias são realmente uma reinvenção da nossa alma né e Laura Como como é que é esse processo de formação do contador de história né porque a gente tem tem vários alunos que sempre pedem né a importância da contação de história eu não sei contar história eu queria
tanto saber contar a história né Uhum E E assim a gente entende que na educação infantil é um alimento é um alimento eu chamo de anímico né é uma uma é um termo acho que quase que espiritual é um alimento pra alma dessa criança né escutar a história de tradição oral eh nem sempre apoiada num livro porque você vai ter as duas contações de história aquela que você tem o o suporte do livro eu não sei se se você trabalha com essa contação de história com o suporte do livro mas essa história de tradição oral
e essa história contada né é o que que você pode contar pra gente sobre o preparo para você tá diante dessas crianças e e ter uma qualidade nessa contação de história então eu conto histórias não só para crianças como também para adolescentes e adultos né nessas oficinas eh a gente tinha grupo turmas de primeiro aninho que tinha 5 se anos até os meninos do ensino médio e aconteceu uma coisa muito legal porque por exemplo esse grupo que o Fabrício assistiu né em 2004 eh formado por adolescentes de 14 e 15 anos Dani Eles foram crescendo
crescendo crescendo fizeram ensino médio Teve gente que fez contadores de histórias durante 7 8 9 10 11 12 anos saíram do granbery mas não queriam sair dos contadores de histórias então a gente criou o grupo Sênior que é esse grupo dos meninos que saíram dos contadores saíram do granbery mas não saíram dos contadores de história então a gente teve durante muitos anos durante quase esse mais de 15 anos meninos já saídos do grambery mas que participavam dessas oficinas e contavam histórias e fizemos Grand vários vários espetáculos de contação de histórias para adulto né Eh com
essas com essas pessoas a formação eh Dani foi uma coisa muito eh muito genuína e assim muito né assim eu eu tinha aquela eu tinha aquele gosto eh eh tomava né assim no cálice dos dos grandes Mestres né mas queria achar que contadora de histórias que eu era porque concomitantemente essas oficinas né Dania eu tava ensinando pros meninos mas e quem que era essa que ensinava que contadora de histórias que tava lá dentro de mim qual que era essa eu sabia que não era a Leila que era aquela que me inspirava muito mas que eu
não tinha aquela história dela da família de contação de horas eu sabia que eu era eu né que eu era Laura sou a Laura tímida que jamais queria ficar na frente de dos palcos e de ninguém para contar mas que a história ela ela me suscitava tanta beleza e tanta necessidade né é exatamente isso Beleza e necessidade que eu tive que contar ainda que quando eu chegasse no palco e visse que eu pensava ai o que que eu tô fazendo aqui meu Deus do céu eh eu já aí depois que eu contava eu falava Ah
é É isso mesmo eu sei o que que eu tô fazendo aqui eu quero essa coautoria da humanidade né contando junto comigo a gente contando junto as nossas histórias e aí foi uma coisa muito empírica né e eu você falou uma coisa muito legal assim que eu trabalho com as histórias de tradição oral seria até um pouquinho mais adiante que a gente ia falar nisso eu volto a falar mas só para te responder aqui e como a gente trabalha com essas histórias de tradição oral eh e elas suscitam né assim os diálogos muito importantes entre
entre a gente e o que há de mais íntimo na gente eu fui percebendo que eh que essa substância ela engendrava várias outras coisas assim ela ela ela comunga muito bem com a poesia ela com a dança com as com as com as artes com as artes né da da da da todas as artes né a literatura música pintura eh as artes populares enfim as as as outras as tradições orais a dança né enfim os jogos e aí eu comecei a lançar a mão disso pra gente poder fazer essas oficinas então sempre contava uma história
de tradição oral e sempre trazia alguma coisa nesse sentido né E aí a gente e esse sempre discutir desde os pequenininhos até os grandes os alunos maiores quem que é esse contador de história que tá aí dentro que tá aí dentro de você por que que você tá aqui nessa oficina há 1 ano 2 anos 3 anos 10 anos 15 anos tem gente que ficou 20 21 22 dois Por que que você tá aqui nessa oficina né nesse espaço que às vezes a gente fica sentado numa cadeira durante duas horas conversando depois de um trabalho
muitos deles eram pais eu tive aluna que fez a faculdade de medicina depois fez a residência e ia e vinha a fazer a oficina comigo assim uma coisa difícil né assim estudava o dia inteiro ia lá ficava 2 horas que que essa pessoa que que a história faz com que você faz para você que que ela te dá tanta razão assim a ponto de você tá aqui nesse espaço né então é isso que eu trabalho com eles né Assim que contador de histórias que é esse Eu acredito muito na contação de histórias eu uso essa
contação e até agora eu vou fazer um parêntese aqui Dani que eu te mandei uma foto da nossa da nossa do nosso eh eh Flyer Zinho né Eh uma foto que eu que assim era é uma foto que não me representa muito porque aquele di especificamente eu tava montada né com lenço com brinco T com com cordão e tal Porque eu participei de um espetáculo de contação de histórias eu era era uma das pessoas que tocava paraas pros meninos contarem história Era os meus alunos então a gente combinou de usar um figurino africano porque a
gente contou Só histórias africanas mas na na grande maioria mesmo 99,9 por das vezes eh eu conto história eh de Laura né com a roupa que eu tiver mesmo assim eu acho que a gente não precisa desse recurso mesmo da da roupa nem do cenário nem nada mas como as histórias elas suscitam pra gente para cada contador de histórias uma coisa diferente né porque ela vai colar naquilo que a gente já tem de imagens no nosso bosque de imagens né então assim eh cada pessoa usa e conta do jeito que quer né se a pessoa
tem vontade de colocar uma roupa diferente um chá ali alguma coisa que represente aquela história que vai lembrá-la um cheiro diferente cada um tem o seu jeito de contar E é isso que a minha formação era justamente nisso né assim vamos achar esse contador de histórias que tá aí dentro né porque que a história tem essa importância para vocês e a gente foi fazendo isso durante muitos anos e eu vi que cada vez mais eh a história ia fazendo sentido para aquelas turmas para aquelas pessoas e eles iam descobrindo realmente eh o jeito de contar
e eles aderiram muito a essa coisa de a palavra ser tão importante que realmente assim um um um cenário um figurino uma coisa ficava realmente segundo plano então mesmo quando a gente fazia Os espetáculos adultos que a gente eh fazia temporadas grandes enchia casa né dava aquelas filas imensas para assistir a gente era uma delícia com espetáculos temáticos a gente escolhia uma roupa mais neutra enfim não tinha cenário era alguns bancos pra gente sentar e ali a gente se movimentava eh tudo escolhido com muito carinho né assim o fato de não ter figurin e tal
não significa que a gente tem pensou também esteticamente naquela apresentação claro né mas que aquilo era um segundo plano mesmo que o primeiro plano realmente era era palavra ela tinha que chegar na nossa frente e de preferência chegar a ponto das pessoas não enxergarem mais a gente só enxergar a palavra aquilo que ela tá representando aquela substância que fez com que a gente se encontrasse com a gente mesmo e as oficinas falaram dessa forma só para atender um pouquinho do chat que os alunos aqui estão fazendo um monte de comentários eu não sei se vocês
estão conseguindo ver o chat eu tô com medo de abrir aqui e alguém e eu eu eu subi Fica tranquila eu vou conduzir isso não eu vou conduzir essas perguntas né Eh uma das perguntas que que que estão fazendo é se vocês consideram que há diferença na contação de história e na leitura de livros e como é que vocês vivenciam isso né a contação de história e a leitura de livros eh eu acho que vocês vão abordar isso mas já é uma pergunta que que que tá borbulhando aqui pode responder Claro Claro agora a gente
vai vai vocês vão conduzindo vamos embora vamos e e Isso é ótimo assim não vamos deixar essa essa coisa assimétrica não vamos perguntando mesmo que assim é que é bom eh você quer falar febi falo eu então Eh eu uso os dois eu acho que a gente tem muitos autores e muitos ilustradores a gente tem livros muito bonitos e o Brasil assim é e a gente tem o privilégio de ter muita gente boa que escreve para criança drumon Vinício vort Ana Maria Machado né uma gama de autores maravilhosos contemporâneos ou não e a gente tem
ilustradores lindos né a gente tem Fernando Vilela André Neves É muita gente boa né é uma lista imensa assim gente premiada né gente com Hans Cristian and enfim e aí a gente não pode desprezar esse objeto livro tão bonito né então eu conto quando vou contar história com o livro eu deixo o livro aqui na minha frente e vou contando a história e vou mostrando eu acho que a gente não pode privar as crianças disso acredito eu então é uma eu acho que quanto mais histórias a gente contar melhor eh a gente usa o recurso
que a gente é mais identifica enfim é essa coisa de você oferecer eh variadas eh maneiras né de se ouvir uma história eu acho tão salutar isso eu gosto tanto de mostrar um livro bonito Às vezes o livro é até cheiroso né o Fernando Vilela fez um livro não vou me lembrar agora o nome tá na Minha estante Mas se eu for lá vou atrasar ele tem cheiro mas nem precisava assim porque se não tivesse o cheiro mesmo já vindo da da editora e o cheiro mesmo que eles fizeram propositadamente e ao ao ouvir aquela
história ao contar aquela história a gente já sente o cheiro das Palmeiras então é tão lindo sem eh que a gente não pode eh privar a criança disso eu conto muitas histórias com os livros mas eu conto diariamente né oficina diariamente uma história de boca que eles pedem que é história sem o livro né tem um comentário aqui Laura Exatamente isso né a Sofia sol tá falando esse calor da história oral olhando nos olhos é demais fui contar história meus alunos sentados em roda e um deles falou hoje é história de boca né Prof É
isso mesmo tá vendo e ela e ela é de onde eu não sei a Sofia não sei da onde que ela é tá vendo olha só a gente você lá e eu aqui e as Crianças pedem história de boca não adianta e é engraçado que esse termo assim vem porque eu já vi muita gente fal por isso que eu achei engraçado você falou história de boca e ela falou história de boca aqui vem porque isso é quase que o hálito que eles querem sentir sabe e a gente fica muito perto e eles pedem mesmo assim
por mais gostosa que esteja a brincadeira naquela oficina ou a música que a gente esteja cantando a vivência que a gente esteja fazendo eu não posso deixar de contar porque eles eh se tá demorando a contar Eles olham no relógio e fala Laurinha e a história de boca e aí a gente tem que contar mesmo essa história de boca e eu acho que D de várias formas eu só evito mesmo assim eh não é não que eu não conte mas eu evito mesmo assim colocar uma um figurino usar fantos eu uso fantos tem o fantos
que é uma delícia O Jorginho que é o meu boneco Mas não é para contar histórias às vezes eu anuncio uma história às vezes eu brinco com as crianças e tal mas para contar eu não não não utilizo muitos recursos mesmo a não se o recurso da palavra que já é um recurso muito eh é um recurso já assim que que exige muito da gente né porque para você escolher uma história para contar você tem que ler 5 10 15 20 né às vezes final de semana eu boto os livros todos e falo ai meu
deus aquela turma do primeiro ano que tá gostando tanto desse tipo de história que que eu vou contar para eles para que isso faça continue fazendo sentir né assim é é muito doido a gente tem que trabalhar muito então já já é um trabalho grande tem mais pergunta gente não não eu vou conduzindo aqui você pode vocês podem dar continu Tá bom então o fe vai falar então agora um pouquinho das do tipo de história que ele escolheu para contar né e eu também depois falo um pouquinho das histórias que eu privilegiei contar ass não
que a gente não conte as outras né como a gente já falou mas o tipo de histórias que a gente conta mais né é tem aqui tô pensando a gente sempre que vai contar histórias a gente sempre entende para quem que a gente tá contando histórias na verdade né porque não é uma demonstração do que eu sei na verdade é uma é uma continuidade do que eu sei ou e e ela TNA uma vida quando a outra pessoa também vai vai adquirindo aquele aquela troca né Eh a pessoa tá também ela entende a história conforme
a história que ela que ela tem de conforme a leitura que ela tem de de vida de mundo né então às vezes você pode contar uma uma história que para cada cada pessoa a mesma história pode representar coisas diferentes né Cada um às vezes eh ficar parado num determinado ponto da história e eu não trabalho com eu gosto de ler histórias de livro mas eu não trabalho com históri de Liv pelo fato do das escolhas que eu fiz de trabalhar com arte com música no caso já é um mundo Tão Encantado já é tão rico
de tantos acontecimentos você Você trabalha com uma coisa que não é palpável né que é invisível você aprende a a a entender os sentimentos né a a manipular os caminhos assim das das emoções né então é dentro desse universo da da da arte música assim eh eu comecei a ficar muito atento a a esse entorno mágico que acontece das coisas né e e eu acho que de um tempo para cá e talvez tenha sido um dos maiores motivos eu ter eh me Tornado também um contador de histórias para aumentar o braço porque acho eu que
de um tempo para cá eu não sei se é condição do Social se é condição da da idade que vai chegando também mas eu percebi que o mundo ficou um pouco desencantado a verdade é essa então é eu acho que por meio das histórias também eh eu vou tentando resgatar em mim primeiro em mim Eh esse lugar de encantamento né n do mundo e provocar isso também nas pessoas eh então eu vou contar uma história agora para vocês porque eu acho que é bom também a gente fazer e mostrar um pouco da matéria prima né
Eh eu tava pensando em fazer ela no final mas como ela é curtinha vou fazer agora no final de repente se quiser eu conto um caos mais divertido uma coisa assim mas essa aqui que também é da minha experiência da convivência com um amigo que eu tenho chamado Bastião e o Bastião tem vários pensamentos maravilhosos é bom a gente tomar uma sopa junto agora que tá de noite é muito bom e uma vez ele tinha me falado que o mundo acontece duas vezes uma vez fora da gente outra vez dentro e que o tempo na
verdade era um acordo que o tempo mesmo não existia não que o tempo era invenção do passado que tinha inventado futuro para voltar a viver diferente que o o futuro é um passado que sempre volta diferente e uma vez ele tava fazendo barba no fundo do quintal aí ele deixou o espelho cair no chão aí o espelho caiu e foi carro para tudo quanto é lado aí eu falei para ele Ih Vixe Baião 7 anos de azar aí ele virou pegou o continuou fazendo a barba ele falou para mim deixa fazer uma pergunta você sabe
quanto tempo uma semente de Pitombeira leva até formar uma árvore adulta 7 anos depois mais 7 anos até que a fruta chega no mais doce possível então me parece que 7 anos é o tempo justo pro mundo ajeitar as coisas aí viio para mim falou assim você fazem pergunta quem que é você de verdade o que olha no espelho ou a imagem que tá lá dentro então quando quebra a imagem que você tem de você mesmo não acontece nada com você agora se você quebra dentro de você a dignidade da alma humana aí pode ser
que o mundo precisa dar sete voltas para te ensinar a viver aí nesse período as coisas podem não acontecer do jeito que você espera aí tem gente que dá nome para isso de 7 anos de azar Eu não eu chamo isso de viver aí ele arrematou a história assim ó e digo mais sabe essa imagem que a gente tem da gente num espelho que se quebra a gente precisa disso De vez em quando Nossa a gente inspira Pois é então Eh os eventos estão do nosso lado né tá no cotidiano Tá no tá no na
observação tá no olhar tá na escolha das companhias na escolha dos ambientes e no que a gente elege para valorizar na vida né então só disso do universo das amizades dos acontecimentos ordinários já tem muita coisa rica né já tem muita gente Fabulosa que a gente faz enquanto artista enquanto contador de histórias é organizar né e ter um momento certo de de falar de como falar de ter o veículo certo por exemplo é uma uma história que não funciona com livro Mas em compensação o livro funciona em outros ambientes né E essas histórias mais orais
assim mais os acontecimentos os caus assim elas vão acontecendo eh e e e assim não é que elas não possam ser também formatadas num livro porque elas também viram e eh coisa elementos de muita sabedoria que sendo lidas em livros também elas podem eh suscitar outros outros pensamentos né eh mas eu escolhi por trabalhar eh dentro desse universo eh do ordinário meu que já é tão rico é só ficar um pouco é só ficar um pouco atento Atento que falta noite para contar eu quero contemplar a galera que tá aqui no chat porque essa história
que você contou é a segunda vez que eu te vejo contar história né E ela as suas histórias sempre me tocam demais eu falei que eu Suspiro no final porque parece que vai lá fundo sabe é uma diz alguma coisa pro pro meu para mim lá dentro né uma coisa muito louca e a galera tá falando aqui no chat né é que quer ser amiga de vocês ou e você Bastião quanta sensibilidade muito obrigada por trazer Encanto para esse mundo em desencanto Que história e gente falando que essa história foi para para ela né Tem
uma uma pessoa que falou aqui eh Nossa que você escolheu a história que essa pessoa precisava ouv hoje né Eh é um potencial que a história tem né Eh quando uma pessoa te fala uma coisa dessas né você pensa nossa tá feito né Eh você contou a história que a pessoa precisava ouvir né então assim é realmente tem até um livro que eu gosto histórias histórias curativas né porque as histórias também curam a gente de muitas coisas né Eh eh eh tem uma um potencial tão absurdo né a a a gente escutar a história e
e uma história contada como vocês contam com essa propriedade que traz uma verdade porque você tá dialogando eh com uma sensibilidade você contando a história traz uma sensibilidade que parece que vai organizando alguma coisa dentro da gente né que vai curando alguma coisa eh e e eu me identifico demais com isso que você disse e a galera aqui também né esse mundo tá muito difícil o Ontem eu acordei e falei assim gente tô precisando de um pouco de leveza quis ler Ruben Alves Ruben Alves que é um contador também que é um educador mas que
ele sempre traz recortes de falas de grandes pessoas para me trazer um pouco de esperança um pouco de acalento e essa história que você contou agora faz esse movimento também dentro da gente né Eh movimenta o pessoal tá falando aqui movimenta algo dentro da gente e e e aí que mágica é essa né Eh enfim eu eu eu tô muito impactada ada eu fico muito impactada quando eu escuto as histórias né e enfim queria que vocês falassem um pouco disso eu não quero atrapalhar o roteiro que vocês prepararam né mas só quero contemplar o que
o pessoal tá falando aqui no chat sobre sobre isso né O que mobiliza dentro da gente quando vocês escolhem essas histórias né é eu acho que só para não vou vou prolongar não mas me me veio uma imagem aqui na lida que eu eu tive a vida inteira eu tive rezador do meu lado tive benzedor tive gente que cura por meio de plantas eh velas orações e uma das máximas do rezador quando ele cura qualquer tipo de cura e você Agradece a ele eles qualquer rezador que se preza ele vai falar assim para você quem
cura é Deus eu acho que a gente aprende também com isso que o que cura é a história em si né É É o que a Laura vai poder falar isso muito bem porque as histórias elas já trazem já eh os elementos da alma humana né então às vezes quando a pessoa se identifica com a história porque dentro da história já tá o remédio que ela precisa né então a gente enquanto contador de histórias o que a gente tem que aprender é exatamente manipular as plantas né manipular as palavras para que elas realmente eh tenham
esse poder né a gente ficar a serviço da palavra com da mesma forma que o rezador fica a serviço da planta da vela da oração Nossa que coisa potente e linda meu Deus é é isso é isso Laura acho que ia pegar a palavra eu fico eu depois que o Febe conta eh a gente fica pensando tanto na vida que meio que dá uma a gente vai para um outro lugar né difícil voltar né e eu acho tão bonito isso porque Fabrício ele escolheu as histórias autorais essas histórias são dele né ele escreve essas histórias
eh É uma pena que ele divulga pouco assim não adianta eh quem sabe vocês pedindo né não vamos pedir pode ficar tranquila santa de casa não faz milagre né ele coloca alguma coisa no Instagram mas assim o tempo todo ele produz Essas coisas essas histórias mais filosóficas assim que dão meio que um nó na cabeça da gente e a gente vai mergulhando né assim nó nesse sentido assim porque a gente não não o caminho não é um caminho liso né é um caminho que às vezes Dói né é um caminho que mostra pra gente quem
que a gente é e eu acho muito interessante que a gente tem essa essa Coincidência também na vida né dentre outras que e eu eu não tenho essa habilidade né não sei escrever e eu essa essa essa observação que o Fabrício tem para a vida essa escuta afinada que ele tem muito sensível pra vida é uma coisa que o contador de histórias Gente olha o Sivuca aí na sua frente fe gatinho meu gato também tá aqui tá aqui no meu que fofo que saudade ai gente com bem com fiofó na frente assim tá nem gato
não tem cerimônia mas essa esse eh esse jeito que ele que ele que ele escreve né e narra as histórias e tal a palavra em primeiro lugar ele tem uma escuta muito afinada né assim muito sensível eh para tudo né então assim conviver com uma pessoa que é que tem essa escuta é muito bom e quando você não tem essa escuta é legal você exercitar para isso que é o que eu faço mais exercito essa escuta sensível muito com a ajuda do fe mas com a ajuda né dos outros contadores de histórias de um filme
de um livro de um quadro né de uma cena bonita enfim eh vocês estão me ouvindo que tá fazendo um barulhinho tá tranquilo te ouvindo OAB elegeu as histórias dele né que ele conta que ele escreve né que é um privilégio são histórias que muito pare não parece nem histórias ocidentais né assim parece histórias da de tradição oral né tem esses elementos assim que fazem a gente discutir com a gente mesmo e eu elegi as histórias de tradição oral para contar a grande maioria do meu repertório que nem é muito pequeno né porque na verdade
são muitos anos contando histórias então acaba sendo um repertório grande e como eu tenho tenho e preciso contar e Que bom que eu preciso contar uma história todo dia para as minhas turmas né são histórias diferentes eu pesquiso assim então chego em casa de noite e vou ler os livros de tradição moral que são muitos né que as pessoas muitas pessoas boas eh autores bons né brasileiros t e e e não brasileiros T reescrito contos de tradição oral Então a gente tem uma gama infinita né ultimamente assim é um livro toda semana de de tradição
oral sendo recontado recontado bem recontado bonito e a eu tenho esses livros vou comprando e vou adquirindo esses livros né E aí eh à noite eu me debruço né e vou vou ver à noite ou no espaçozinho de tempo que tem e quando me o dia tá mais cheio é num consultório no intervalo de não sei o quê na fila de não sei aonde a gente precisa ler essas histórias de tradição oral que são essas que eu que eu elegi para mim porque essas histórias realmente Elas têm essa importância se elas são de tradição oral
e elas vieram até agora de boca e as pessoas compreendem aquilo que tá sendo falado e elas se vem naquele momento aquela história gruda nelas é porque essas histórias Apesar delas terem sido forjadas numa determinada sociedade lá longe né Elas são ensinamentos repletos de metáforas né são parábolas são muita com muita metáfora eh eles têm a nossa subjetividade consegue conversando com essas histórias responder ou pelo menos que não responda entrar em contato com as nossas perguntas mais profundas né quem que a gente é o que que a gente tá fazendo aqui Quem Somos Nós Diante
do mundo do outro eh da nossa vida que tá aqui agora se fazendo né todo momento Então essas histórias são muito importantes elas são muito eh potentes né e elas você só precisa contar né porque elas grudam eh eh de acordo com a experiência de cada um então por exemplo eu contei ontem eh para eh coincidentemente eh eu contei on tem um mito pras crianças do segundo ano tem 8 aninhos né e eu vi que elas que é um mito eh de e eh o Dédalo né o icar e o Dédalo e aí eu contei
as crianças aquela primeira camada da cebola né conseguiu entender gostaram enfim mas aquela segunda camada aquela terceira camada Vai ser lá quando eles crescerem um pouquinho mais que eles vão acessar e a história fica reverberando na nossa alma então eles vão acessar essa segunda camada aí da desse mito mas lá para né já tá dentro do nosso H do HD de cada um então essas histórias são muito importantes elas fazem esse diálogo com a gente fazem a gente dialogar com a gente mesmo e isso paraa humanização né pra humanidade né a gente precisa tanto disso
Isso é imprescindível né a gente precisa divulgar essas histórias Elas têm que ser contadas de qualquer maneira assim né Eh de qualquer maneira que eu digo assim elas precisam ser deade é um ato de resistência a gente precisa preservar isso né isso Dani perfeito é um ato de resistência a gente tem que preservar as crianças precisam ouvir essas histórias né elas precisam ser contadas e a gente sabe vocês sabem disso né Vocês contam essas histórias vocês trabalham com elas Eu também né Já tenho essa experiência de um tempinho também como faz bem É só contar
é só contar né e a gente utilizar Isso numa reunião de paaz no momento que tá todo mundo reunido ali ou aqui e na sala dos professores eu eu me lembro assim que com muita eh se eu tenho ur de alguma coisa que eu fiz foi eh eh eh uma foi tentar e e e eu acho que eh impregnar uma escola tradicional eh evangélica de histórias de tradição oral a ponto das de das pessoas pedirem né hoje vai ter uma história eh e de de de a gente ver que diferença que faz o comport comportamento
das crianças que ouvem uma história sempre que tem uma escola que que conta histórias é um comportamento diferente é um jeito de lidar com o mundo diferente a gente sente isso né dessa importância eh e também sente a importância do contrário né se a a deficiência de não se ouvir algo que conte pra gente quem que a gente é né Então como que eh o terreno fica tão seco né quando a gente não sabe que não tem a gente alguém contando pra gente quem que a gente é né as palavras que contam quem a gente
é é da ância muito grande L pessoal o pessoal tá pedindo indicação dessas histórias né você diz que eh eh Quais livros dessas tradições assim vamos dizer assim quais são para você os livros que mais te inspiram eh nessa sua nesse seu repertório nessa sua trajetória né Eh Quando você diz que as crianças precisam ouvir essas histórias né E aí eu acho eu acho vou e você responde o que você quiser né que a gente tem que pensar na diversidade étnico-racial que a gente tem que pensar em várias Cosmos visões né O que que te
mobiliza Quais livros você acha que podem ser uma grande inspiração pra galera que tá aqui que te vem na cabeça e que que a gente possa criar um repertório aqui para eles né Eh é isso que que você pode contar pra gente de livros que possam ajudar as pessoas a contarem histórias que você acha que possam trazer essa diversidade que para você são importantíssimos são mesmo Ô Dani eu eu gosto vocês conhecem a Regina Machado acho que todo mundo conhece né a curadora do do Boca do céu enfim a Regina escreveu um livro Tão ela
ela ela recontou histórias tão bonitas num livro que chama violino Cigano e outras histórias de mulheres sábias esse livro já tá em PDF aí ela ela tem el fez uma coleção de de histórias de várias partes do mundo né então histórias africanas indianas enfim tem Pérsia tem Brasil enfim são histórias muito bonitas e e esse livro é um exemplo né Muito eh perfeito do desse tipo de de histórias de livro que eu tô falando dentre outros eu eu posso até chegar ali na estante E e trazer alguma coisa e já ir mostrando também se vocês
quiserem posso fazer uma lista bibliográfica também que eu acho que pode ser bem legal assim indicando falando da editora do ano também fazer uma lista legal eh uma coisa que eu queria dividir muito com vocês também é que nesse tempo todo eu fui digitando histórias agora não precisa mais digitar né gente agora tem um troca celular que fotográfo n agora já sai pronto mas eu digitei durante anos na minha vida eh histórias então eu tenho uma gama grande também assim 600 700 histórias digitadas que eu queria eu tenho tá numa nuvem que eu queria compartilhar
com você para você compartilhar Também com esse grupo né são histórias A grande maioria de tradição moral mas tem também poemas histórias a Morais São histórias tempo tesouro que tesouro Laura tes é E aí tesouro maior a gente e a gente alimentando isso né assim a gente dividia um tesouro e alimentar e trocar mais tesouro ainda né então isso é bom mesmo é um tesouro mesmo essa troca é muito boa e se se o fap quiser contar mais uma história enquanto eu posso pegar no instante eu posso Então Dani me comprometer a fazer essa essa
bibliografia te passar e você mandar pras pessoas você prefere assim perfeito perfeito talvez a gente ganhe mais tempo né também só para contemplar mais uma pergunta que tem aqui né Eh algumas perguntas né mas eh se cabe improviso na contação de história né eh como é que vocês lidam com com com com improviso na contação de história né Eh eu tenho experiência que com as crianças eh quando a gente repete as histórias as crianças se apegam a à linha da história né E eles são fiéis eles são fid Digno se você muda alguma coisa ali
eles percebem né mas nesse movimento de contar as histórias e como é que vocês lidam com o improviso né Eh essa coisa do improviso é a pergunta que tem aqui quer responder Fei pode responder primeiro é já no ritmo tá então é as histórias de tradição moral Elas têm essa possibilidade da gente quem conta um conto aumenta um ponto claro que todo né o cerne da história né O que é importante ali símbolos enfim Aquelas imagens que suscitam símbolos e a gente não vai mexer nisso mas a gente pode contar com as nossas próprias histórias
e quando você você se torna vai se tornando contador de histórias que provavelmente deve ser grande maioria aqui a gente vai lendo e a gente não esquece mais porque quando a gente lê a história para e a gente conta elas vão a nossa o nosso corpo a nossa nossa cabeça nossa alma vai se impregnando daquelas daquelas imagens Elas quando elas encontram correspondência então no nosso bosque de imagens que é aquele bos que a gente já tem né as imagens todas que a gente foi construindo durante toda a vida elas encontram né ali uma colagem ali
aí é mais fácil então então nem precisa improvisar porque não precisa a gente já sabe aquelas histórias todas quando eu conto história autoral por exemplo se for contar uma história desculpa Laura mas só para te interromper Uhum mas você tem que preparar esse história né É É a a a história merece uma dedicação sua né você eu preparo é você não vai pegar e vai simplesmente ler uma história né Não eu não leio eu não leio muito raro contar essa história requer um preparo cuidar essa história não é isso é eu acho que preparar isso
assim eu lei uma vez já lei uma outra toda Ah eu acho que essa história me escolheu como eu conto muito não dá para eu ficar nessa vibe de a história me escolher não porque senão Vou ficar Vou vou madrugada dentro eu eu eu leio duas três e geralmente S história muito longas né escolho aquela que eu vou contar amanhã vamos supor no dia seguinte e aí eu fico pensando durante o dia ão de manhã enquanto eu antes de eu contar essa história que que ela tem a ver com a minha vida eu vou fazendo
relações com com coisas da minha vida isso é muito bom porque eu vou sentindo os cheiros da história os gostos eh fazendo correlações mesmo né Eh intertextos com o texto da minha própria vida com aquilo que eu já conheço que eu já sei que eu já eu já senti e aí quando eu vou contar geralmente a primeira vez ela fica uma história Ela não fica uma história tão verdadeira assim mas eu preparo com muito carinho Nunca deixo de fazer isso de ler mais de uma vez de anotar quando a história tem muita mudança de estado
eu tenho lido muitos eh muitas histórias que tem mudanças de estado geralmente eh Sagas né de Príncipes de reis que as crianças adoram e adultos também então gosto de anotar porque são muitas coisas a gente vai ficando eu sou uma pessoa super desmemoriada esqueço tudo Vivo no Mundo da Lua mas essas histórias Elas Não elas eu eu conto direitinho porque é o hábito mesmo né de você ler e você começar a a a a formar imagens na sua cabeça daquela história isso ajuda muito você formar imagens né na sua cabeça e quando a gente tem
mais um tempinho eu gosto de preparar por exemplo eu contei agora as histórias do nasrudin então eu levei um in levei um tapete pras crianças deitarem contei as histórias do n depois coloquei aprendi uma música da naos não sei se é dela mas é que fala de um tapete mágico também que que está não sei se conhecem chama tapete não sei se é eu sei que ela que canta canta lindo mas não sei se é só dela se tem outra letrista depois eu a gente procura saber aí cantei essa música quando eu posso incrementar dessa
forma deixar aquele ambiente mais propício pra história eu faço isso acho que a preparação a gente tem que respeitar sim tem dia que não dá pra gente fazer tanta coisa mas pelo menos ler algumas vezes mais que duas sempre pensar na história e e fazer a correlação da nossa vida isso sempre e o livro eu uso muito pouco eu gosto da história de boca mesmo é que funciona sendo assim eu acho que o imprevisto o improviso não é necessidade porque na verdade você Improvisa o tempo inteiro porque você não sabe as palavras certas que você
vai contar mas ao mesmo tempo você é tão Aquilo é natural para você porque você já sentiu você se apropria perfeito você se apropria perfeito é isso mesmo agora já a história autoral eu gosto de decorar decorar palavra por palavra por exemplo eh uma história aquela flor do Saramago por exemplo eu tô começando a querer decorar ela porque eu quero contá-la inteira com com as palavras do Saramago claro né vou mudar nenhuma vírgula do Saramago quem sou eu Mas é isso uma das coisas que também eu acho auxilia muito na relação do improviso eh você
criar um repertório né um repertório grande eh porque isso te auxilia também porque você basicamente você tá sujeito a Qualquer mudança né de de situação de local onde você vai contar as histórias o em si Às vezes você coloca o público num estado de de num lugar assim que você vai ter que improvisar no sentido assim olha eu acho que tá todo mundo eh eh foi para um lugar assim de muita contemplação e e e baixou um pouco a vibração aqui se eu contar mais um pouquinho nesse nesse caminho Aqui as pessoas vão se sentir
tão aconchegadas que elas vão vão dormir Então você já vai ter que fugir de roteiros na própria a própria Eu acredito que a própria música que tem na narrativa da história é e é vai também da sensibilidade do contador de histórias ele precisa adiantar ele precisa imprimir mais velocidade na narrativa isso tudo é improviso ou então o contrário Então deixa na hora que se ele tá sentindo que o clima tá tá tá muito agitado assim ele vai diminuindo a a velocidade da palavra a a tonalidade da voz né isso tudo são são são jeitos de
se improvisar dentro de um de uma própria de uma de uma mesma história né Eh e quando você eh vai para uma coisa mais drástica assim do tipo prepara uma história para um ambiente que não tá tão acolhedor propício para ouvir aquela história é bom que você tenha repertório que também já é uma forma de improvisar para você trocar a história né às vezes essa essa história tem histórias que funcionam em alguns ambientes que não vão funcionar em outro eu acho que o improviso é essencial é ele que traz o sangue da história sabe ele
que faz o sangue da palavra assim a circular e o ambiente se dá por conta do improviso eh não significa que há uma há uma ideia que às vezes é errada do Tipo chega na hora eu f eu vejo e faço não é isso você se prepara se você se prepara durante anos para para fazer o que você vai fazer você só Vai eleger a forma que você vai apresentar eh na hora mas o preparo ele ele ele ele é feito com muito trabalho com muito muita atenção e não não é esse tipo de improviso
ah lá na hora eu vejo o que que sai né É É um improviso com respeito cuidado is no meu ponto de vista ele tem que ha é esse cuidado esse carinho né e eh não é qualquer coisa contar uma história né Eh a gente tá fazendo encontro formativo sobre contar história eh pra gente entender o quanto é relevante contar história quanto se faz parte da da tradição humana né Talvez uma das coisas mais essenciais da tradução da tradição humana e da sociedade humana do que nos torna seres humanos é contar a história né o
o poder que isso tem eh o o quanto isso perpassa a história da humanidade né Eh eh essa troca de saberes verbais né Eh a gente tá sentado em volta de uma roda e ter um ancião contando uma história e ter um avô uma avó contando uma história eh o quanto isso é importante então é é é aquilo que vocês falaram né a gente tem que Honrar Honrar essa essa tradição Honrar cuidar disso né não fazer de qualquer jeito né Eu acho que e e e acima de tudo os educadores né Eu eu acho que
a gente precisa a gente precisa cuidar das histórias a gente precisa cuidado contar as histórias porque aquilo que vocês falaram o mundo tá tão árido né E infelizmente as telas tão tão tão pegando tanto tempo das pessoas estão capturando tanta alma das pessoas com as imagens feitas né que a gente realmente precisa cuidar desse lugar da contação de história como um lugar sagrado o o um lugar que pode ser de todo mundo né Laura e Fabrício que pode ser de todo mundo todo mundo pode ter a capacidade de contar a história não é todo mundo
tem essa essa habilidade é do humano né Eh eh a gente só precisa cultivar fazer uma curadoria cuidar disso e eu gostei dessa linha que o Fabrício começou à noite e que você também trouxe né as nossas lembranças são histórias né as nossas lembranças são histórias a forma como a gente conta as nossas lembranças e me vem essa coisa de como isso tá se perdendo inclusive nas famílias né de a gente não poder sentar numa mesa e conversar e ficar reunido Isso já é um grande exercício né as pessoas hoje ficam ocupadas com as telas
e não se olham não conversam não cultivam isso então a gente precisa cuidar desse lugar sagrado senão nas famílias dentro das escolas dentro do ambiente educacional é é é é é Cuidado um tempo para que essa tradição humana Não se perca né e e fazer isso com qualidade fazer isso com com com a qualidade que que merece a contação de história a gente viu várias pessoas falaram aqui da história do Bastião Ô Fabrício o quanto tocou elas né pra gente ver o quanto isso mobiliza a gente enquanto adulto nós adultos somos mobilizados por isso hoje
numa noite em que a gente tá aqui ouvindo vocês a gente se mobiliza né imagina as crianças num processo formativo o quanto que a gente leva pro sono pro sonho o quanto isso alimenta a gente e essa essa nutrição tá tá se perdendo nesse mundo né então eu queria muito honrá-los Honrar vocês dois como Guardiões da contação de história como Guardiões eh desse saber ancestral humano porque é disso que a gente tá falando né Eh de uma coisa que que é que a gente precisa guardar e que a gente precisa trabalhar e que a gente
precisa Honrar e que a gente deve pesquisar criar repertório se apropriar e trabalhar e aí eu não sei se cabe um pedido a gente já tá encerrando são 8:30 né Eu não sei se pode fazer um pedido Fabrício de você contar mais uma história d tempo você toparia contar mais uma história bem ainda tem 90 pessoas tem a gente tá em mais de 90 Ah então tá bom a minha preocupação era se tivesse só três assim eu falei não tem muita gente aqui as pessoas estão aí ainda nossa deixa eu deixa eu pensar aqui tem
uma história que eu posso contar para vocês que na verdade a última vez que eu ouvi essa história tem bastante tempo e eu não e de fato eu não me preparei para contar essa história mas é a que me vem o caso aqui agora eh a história que eu eu escutei de um mestre que eu tive eh um mestre Catalão e ele contou uma história chamada a verdadeira história de Tristão e zolda eh que éa a história de um rapaz chamado Tristão Garcia e não sei se vocês conhecem alguém com esse nome Tristão Tristão não
é um nome muito comum aqui no Brasil né e Tristão ele ele trabalhava numa fazenda que ele tinha herdado dos pais dele na Galícia uma Lavoura de girassóis e Tristão ele não não conhecia ninguém que chamasse Tristão e ele achava muito estranho chamar aquele nome Tristão Tristão aí acontece que ele perguntou oo padrinho dele que trabalhava como garçom Imigrante em Portugal por que que ele se chamava Tristão e o padrinho dele que tinha colocado esse nome dele ele falou olha em Portugal tem muitos senhores de qualidade que trabalham aqui que chama Tristão aí na Catalunha
não é muito comum aí acontece que Tristão quando Completou 18 anos de idade como aqui lá ele também é obrigado a prestar o serviço militar então ia ser a primeira vez que ele ia sair da sua Aldeia para prestar o serviço militar numa cidade na capital e Tristão então pegou a a o o Certificado de Reservista dele as passagens foi até a estação de trem e ia pegar o trem para Leon só que enquanto o Trein chegava ele foi até o final da estação assim achou uma banca de jornal de revista e resolveu entrar lá
dentro para passar o tempo e assim que ele chega no final da estação ele vu um livro uma carpa colorido um casal de namoradinhos abraçados assim escrito assim a hisa de Tristão a história mais bonita de amor Concebida pela imaginação humana Tristão duvidou né vou levar esse livro para saber qual que é a história desse Tristão famoso né qual ele dar o nome e assim que o trem chegou Tristão entrou no trem a viagem mal começou ele já começou a foliar o livro A foliar o livro e e dizem que a viagem de Vigo que
essa viagem que ele fez é uma das viagens mais bonitas quando o tren ser pentei a garganta do Rio c é uma coisa de louco só que tristano nem colocou a cabeça pro lado de fora de ter entretido que ele tava com a Literatura e o trem passando serpenti a manhã Tristão lendo à tarde e à noite Tristão completava a leitura ilegalmente assim com uma lanterninha debaixo do do cobertor para não atrapalhar as pessoas e assim que chegou o trem chegou na a de Leon na manhã seguinte o Tristão ele deixou cair umas lágrimas porque
ele ficou muito emocionado com a história ele terminou de ler o livro ele ficou muito emocionado e como aconteceu nessa noite dia agora que vocês estavam falando gente ficar motivado aconteceu com ele também de também querer viver aquela história de amor e ele deu na tema de conhecer uma Isolda a história de amor dele e assim que ele chegou no quartel e se apresentou já que L uma cidade maior ele começou a perguntar Alguém conhece alguma isoda Alguém conhece alguma isoda e ninguém conhecia né conhecia Isolina mas Isolina não é o mesmo que zoua então
ele já tava desiludido porque se lá que era uma cidade maior ninguém conhecia uma Isolda diresse quando ele voltasse do serviço militar para casa e passado um tempo um Sargento Catalão de nome riquel mandou chamar o Tristão Ah você é o rapaz que anda com a têmia de conhecer uma Isolda aí ele falou sim sou eu pois eu conheço uma aí Tristão na mesma hora e é bonita ainha não se é bonita eu não sei eu sei que ela é torreira e trabalha na na praça maior da Catalunha você sabe o que que é torreira
torreira é mulher que vende churros sabe churros esses que a gente encontra na barraquinha coloca uma massa de pão com recheio de doce de leite né a trist Sosa a a a Isolda tinha uma barraquinha de churos na praça da Catalunha quando o Tristão ouviu isso ele começou a contar os dias da primeira folga para ele pegar um trem ir até a Praça da Catalunha para conhecer a a isola e assim que deu essa folga fez isso ele entrou no trem e foi paraa catalúnia e assim que ele chegou na catalúnia logo descendu na estação
perguntou onde é que ficava a Praça Maior ensinaram para ele ele chegou naqueles dias de calor Catalão fazia 40º a sombra que não havia nenhum pássaro na rua ninguém todo mundo dentro de casa só havia uma pessoa na rua usava a farda se chamava Tristão e tava indo encontrar com amor da sua vida assim que Cristão foi chegando na praça Ele olhou a barraquinha de churros mas ele não viu a zuda porque tinha um padre comprando uma sacolinha de churos assim tampando o campo visual do Tristão então o Tristão foi chegando foi chegando mais perto
e quando o padre saiu Tristão olhou pela primeira vez para aquela que seria a mulher que ele tinha sonhado dividir os sonhos voltar a trabalhar na lavoura de girassóis enquanto ela prenderia seus churros no final da da missa de domingo eles reuniam as crianças os olhares ele já foi imaginando toda c e assim que Cristão viu a zolda ele deu conta que zolda era uma velhinha uma velhinha muito velhinha já desdentada com cabelo branco aí na mesma hora ele pensou dar meia volta ir embora mas ele pensou eu já gastei todo meu ordenado aqui nesse
sonho maluco Pelo menos eu vou até lá e me apresento a ela aí ele foi andando marchando até na na carrocinha de churros virou para ela e falou assim zolda aí a velinha muito sorridente falou assim servidora aí ele falou assim Isolda eu vim me apresentar a você Eu me chamo Tristão assim que ele falou a velinha segurou na barraquinha de churros e começou a tremer e começou a tremer e quando o Tristão reparou que embaixo da mão dela havia um livro com a capa colorida com casal de namoradinhos abraçadinhos escrito a verdadeira história de
Tristão ele entendeu Aí ela virou para ele e falou assim ah Tristão Tristão a quantos anos esperar por um Tristão mas como você não vinha eu casei com Ismael que vende pão aos catalães aí Tristão a cumprimentou a maneira militar deu meia volta e voltou paraa estação para pegar o trem só que assim que ele chegou na estação era um trem que precisava ser arrefecido de água e carvão ia demorar mais ou menos uma hora para sair então Cristão se acomodou confortavelmente no vagão da terceira classe enquanto esperava o trem e nesse tempo andando com
muita dificuldade pela Estação veio vindo a isou e ela foi orando pelas janelas Até chegar na última janela que estava o Tristão ergueu uma sacolinha de churros entregou para ele beijou a mão e não se disseram mais nada porque gestos assim só existem nas histórias dos grandes amores ai gente que coisa linda Que coisa linda a gente vai a gente vai para lá nossa ui predileta essa adoro linda ol Laura e Fabrício é queria em nome da pedagogia PR Liberdade agradecer imensamente a presença de vocês dizer que foi um encontro inspirador mais do que formativo
além de formativo inspirador porque a gente tá precisando muito de inspiração nesse mundo então Agradeço o tempo de vocês a qualidade da presença de vocês e a lindeza aqui no chat tá todo mundo falando salve Bastião Você já virou Bastião Fabrício salve Bastião Que coisa linda grata perfeito gratidão mágico linda história enfim são são muitos muitas coisas sendo ditas aqui no chat e o pessoal tá pedindo o seu Instagram e Laura as indicações a a a gente vai encaminhar qual que é o seu Instagram que a Laura falou que você tem histórias a gente vai
correr atrás delas isso eu publiquei sobretudo na pandemia quando eh porque eu não gosto dessa dessa coisa de contar para ninguém né mas na pandemia suscitou esse momento que onde é que todo mundo tava isolado e né então eu comecei a a a a achar algum caminho também para que pudesse n entreter também as pessoas também me entreter também então eu criei algum comecei a publicar algumas histórias estão no meu Instagram e às vezes quando o santo cutuca eu vou lá e gravo uma outra ai a gente quer saber esse Instagram qual que é @fc
Ana você pode colocar aqui pra gente @ FC PC já achei aqui e já tô te seguindo Que bom gente tem repertório ali olha @fc Conde vou pedir pra Ana que tá aqui no nosso backstage colocar aqui você consegue Ana colocar aqui no chat ou aqui na tela pra galera para eles acompanharem pra gente não perder isso e e a Laura eu vou pegar a lista de presença e vou mandar o o drive que ela que ela tiver essa generosidade absurda de compartilhar essa curadoria de histórias que ela alimentou ao longo de uma vida então
assim queria muito agradecer a presença de vocês eh dizer que foi muito proveitoso que a porta tá sempre aberta que nós já conversamos sobre desenvolver projetos né Laura a gente vai fazer alguma coisa legal que vai vir aí pela frente pra gente alimentar a galera com histórias e e potencializar a formação de contador de histórias e dizer que foi lindo gratidão por essa noite tão linda fabr a gente que agradece muito foi um prazer viu Dani conhecer vocês ainda que virtualmente Espero que as 90 e poucas pessoas tenham curtido foram Mais na verdade tiveram momentos
que tiveram mais e isso vai ficar poucas pessoas agradecida demais né peto pela por essa presença assim e que delícia quem sabe a gente encontra um dia né presencialmente mas enquanto isso a gente vai trocando as histórias por aqui né e a nós somos feitos de histórias um homem dos Vinhedos falou em agonia junto ao ouvido de Marcela antes de morrer ele sussurrou esse segredo a uva é feita de vinho Marcela perz me contou isso eu pensei que se a uva é feita de vinho talvez a gente seja as palavras que contam o que a
gente é é isso né ai que coisa linda Gente do céu aliano coisa linda ótima noite obrigada gente Obrigada Fabrício Obrigada Laura obrigada a todo mundo que teve aqui com a gente e que ainda vai escutar a gente Um beijo grande para todo mundo gente Beijos abram os microfones pra gente dar só tchau todo mundo pois é é é que o pessoal vai conseguir aqui vai conseguir então tá então o nosso tchau beijo queridos queridos queridos ah
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