[Música] 1000 ano de história muita lenda Muita Glória [Música] chegará para vendo Santo e ladrão e nos tomaram buscada [Música] [Música] [Música] [Música] a esperança da educação ela é viva é como uma árvore que ela vai crescendo crescendo e dando frutos e os galhos crescendo então nunca para educação é isso ela não para eu já me entende como gente na educação Então já sou a terceira geração de professores minha vó Maria Batista em Sapucaia indígena e já passava o que ela sabia Para as outras pessoas né então minha voz era uma professora meu pai Professor
Becker em Sapucaia então entende como gente já já vivendo esse desejo essa vontade da educação indígena ela começa na família criança ela começa a ter os seus primeiros conhecimentos com as práticas cada povo a usar os seus as suas vestes seus instrumentos maracao colocar seus colares da pintura corporal pele começa inserido nessa educação indígena a partir do momento que ele já tá numa idade né que já consegue estar numa escola no espaço educativo no outro espaço educativo então ele vai para escola e a educação escolar indígena que a diferença educação indígena ele aprende saberes e
fazeres na família e no coletivo então a comunidade é para isso né dá esse suporte uma criança tem um pai tem uma família mas a comunidade toda se torna a família dela então isso é um espaço que a gente chama de educativo coletivo né é um processo de escolarização nas comunidades indígenas ele se dá desde a invasão chegada dos europeus ao Brasil mas politicamente falando né todo esse processo de autonomia de protagonismo dos povos indígenas no Brasil principalmente na Bahia se deu Praticamente em torno da década de 70 então né Só depois da década de
80 junto a constituição né brasileira Carta Magna foi que de fato o índio passou a ser visto como cidadão brasileiro então posterior à isso foi que vieram as outras legislações garantindo a autonomia o direito dos povos indígenas do Brasil até né uma especificidade de educação escolar indígena este documento que está sendo construído ele tem a cara especificidade ele é bilíngue ele tem o fortalecimento da língua materna então todo documento ele tá sendo priorizado nisso pensando não só no professor em sala de aula e se não estudante na mãe do estudante que vai para trabalhar e
deixa o filho em casa na saúde mental do professor na merenda do Estudante nessa nesse mundo tecnológico que estamos vivendo Então tudo está sendo pensado dentro das diretrizes falava essas diretrizes é falar daí falar desse desse como fazer desse como está lhe dando todo dia Então fala a educação escolar indígena é trabalhar a especificidade de cada povo a sua originalidade a sua a sua produção Comunitária Então as diretrizes precisa estar baseadas em cima de todo um contexto que vive a comunidade as diretrizes precisam ser discutidas na base que é o que nós estamos fazendo o
quê hoje a diretrizes Nesse contexto atual ela vem mostrar né e consolidar os caminhos que foram percorridos até então para que essa escola seja Concebida como uma escola diferenciada como educação diferenciada nós temos hoje em Amparo legal da educação escolar indígena a partir da Constituição de 1988 e vieram aí resoluções e pareceres que vão regulamentar o que está posto na Constituição e essas diretrizes vem consolidar regulamentação no estado da Bahia tem autonomia para regulamentar essa essa educação do estado da Bahia hoje está nessa empreitada é de construir as diretrizes da educação escolar indígena no estado
Onde estará contido ali princípios da educação escolar indígena marco regulatório da própria escola funcionamento gerida escola as práticas pedagógicas como serão discutidas e implementadas as estratégias didáticas pedagógicas processos avaliativos próprios e principalmente pensar tudo essa perspectiva dentro de uma matriz curricular que pense a territorialidade local que pense essa territorialidade no processo educacional envolvido nós somos diferenciados justamente porque a gente trabalha Nossa Cultura em sala de aula e aí a gente consegue dentro de todo o movimento fazer valer o que a gente acha que é necessário para que os alunos aprendam aprender se for aprender reaviva
na sua língua sua cultura suas tradições os seus saberes principalmente juntamente com os nossos mais velhos os saberes tradicionais que aqueles saberes os quais agentes ela bastante por ele e essa educação é de extrema importância para a comunidade justamente para o fortalecimento dos mais novos dar continuidade ao trabalho dos mais velhos [Música] escola ela entrou na comunidade para poder integrar os índios a sociedade deixarem de ser índios e quando a constituição Reconhece esse direito de permanecer comerciante a gente precisa transformar esse educação porque ela não me serve e tem uma base legal que nos garante
esse direito então aí foi começou a se desdobrar e começou o movimento indígena desse Campo da educação em busca dessa educação que nos valoriza aí começa a se pensar dentro do movimento indígena que a escola tem que ter dentro de uma escola dentro da comunidade sim mas uma escola diferente e para ela trabalhar a valorização da cultura do povo é preciso que seja um professor indígena Por que um não indígena não vai conseguir trabalhar da forma como deveria e falar da cultura e ter propriedade para trabalhar a partir dos conhecimentos dessa valorização se não for
e daquele povo de preferência então começa a se esse movimento na educação de fortalecer edificar educação porque essa que estava posta não me servia e a gente sabia desde o início que já nasce pedagógico Né desde quando nós treinamos e colocamos nossos filhos nossos ensinamentos desde mais novo até adulto até chegar uma forma de liderança uma forma de ser pai e ser responsável pela nossa família família de cada um e isso já é uma pedagogia para nós até porque hoje a maioria das faculdade utiliza no seus TCC individuais de cada aluno em sua faculdade como
é a convivência dentro da Comunidade como que desenvolve o seu artesanato como é que você aprendeu os artesanato né como que seus pais ensinavam vocês a trabalharem a desenvolver os seus artesanatos as suas atividades culturais como que seus pais ensinavam você falar um idioma né a fazer o seu artesanato a participar de um ritual sagrado de uma lei na aldeia Então isso é uma pedagogia para nós só que hoje nós temos além de ter essa pedagogia tradicional e originária nós temos uma pedagogia científica que não como nós utilizamos também dentro de sala de aula com
nossos alunos para o fortalecimento externo do conhecimento e da convivência com as pessoas que habitam fora do nosso convívio natural que é da nossa comunidade Santa Cruz de indígenas está em mim está nessa terra que eu piso está nessa fumar eu faço está na coletividade das Comunidades está no trabalho comunitário está nas escolas está em tudo que a gente faz tudo que a gente faz educação e pedagogia pedagogia indígena no momento que a gente está no lugar como esse contemplar tudo que tem o nosso redor essa natureza tá falando com a gente aqui está todo
conhecimento que precisamos aqui está tudo que precisamos para um aprendizado porque a terra que não desta condição da pedagogia isso essa conexão com a Terra é o respeito Essa Terra é o cuidado com a terra ele já trabalham matriz curricular voltada para essas questões com as temáticas natureza saúde e preservação ambiental a parte da cultura onde vem o artesanato a zabumba as crenças tradicionais que a gente tem os projetos pedagógicos nas escolas os alunos têm um prazer estar ali te realmente a gente passou por uma retomada meados de 90 né teve um conflito interno que
foi passado na mídia toda e a educação que diria nasceu depois dessa retomada vimos aí avançar dessa forma em viver em comunidade o bem comum com povo para ter o espaço aonde o índio possa aprender a ler a sua cultura as suas tradições suas crenças sair não esquecer da sua vitória sai para estudar pegar mais conhecimento da sua medicina estudar a sua estudo direito e outras questões sem esquecer a sua trajetória de vida professores né sentamos com todo corpo que rege uma escola né que a comunidade escolar professores alunos pais e lideranças né os Anciões
E aí a gente traz os planejamentos a gente vai inserindo que é nosso no que tem de global e aí a gente monta plano né e monta nosso currículo que está inserido no nosso ppp nos nossos regimentos e é o que a gente vem fazendo né como nós estamos reunidos em Paulo Afonso no Seminário para as diretrizes da educação escolar indígena né as diretrizes curriculares para colocar ajustamento isso muito do que nós estamos colocando já está lá né nos pareceres né no parecer 14 no RC Ney na Constituição Federal que nós temos direito da nossa
organização social própria cada povo tem a sua o povo indígena é um só mas cada povo tem seus costumes suas tradições suas organizações de uma pedagogia indígenas Temos que falar da necessidade da existência futura né porque que tá falando que temos que ter uma escola indígena específica Porque nós não somos povos do passado não são os povos do presente e querendo ser pobre do futuro e como é que vamos fazer isso ensinando-os novos quem nós somos a nossas origens da nossa história nossa cultura e uma pedagogia indígena que é vela né para mostrar o nosso
lugar de ritual nosso lugar de pertencimento nosso grau de parentesco o nosso território mostrar como a nossa relação com a natureza e a sociedade é fundamental e isso nos coloca com exigência de ter uma escola indígena uma escola específica para o professor indígena com o material didático específico com uma necessidade da gente tá trabalhando no dia a dia então uma pedagogia indígena é aquela que é capaz de transformar um metro de educação com as características da população indígena que tem o nossos interesses da nossa cara que tem a nossa Vontade de continuar existindo na somos
povos indígenas não são os índios são os povos indígenas e tuxa embalar kiriri pataxó a minha realidade do chá é totalmente diferente da realidade kantaruré mas não é o mesmo povo não é a mesma cultura não é a mesma forma de ver o mundo e de conceber a educação não é diferente somos povos diferentes somos visões de mundo diferente então eu precisava construir uma diretriz porque os indígenas do Nordeste e do norte do país imagina a diferença se a gente aqui municípios vizinhos existe essa essa diferença imagine entre regiões do Brasil na prática a educação
escolar indígena ela vem acontecendo ela vem solidificando mas a gente precisa que as estruturas compreendam as especificidades que as estruturas de fato se Organize para entender e nos acolher nossas especificidades é um projeto de educação que deve ser um projeto de modelo para sociedade porque não é só para Ingrid é qualquer setor a gente tem uma educação diferenciada dentro da nossa comunidade então a gente precisa levar isso para dentro da nossa escola só que hoje a gente recebe um formato né a gente não consegue mudar muita coisa então a gente construindo a nossa nossas Matriz
né nossa diretriz curricular já está enriquecendo a nossa comunidade a nossa aldeia porque a gente tá colocando aquilo que a gente precisa dentro da nossa comunidade valorizando os nossos mais velho essa proposta é construída a partir de um diálogo com os professores com os conhecedores dessa realidade nada é vem acontecer se não for com a participação dos próprios autores desse conhecimento que são os professores indígenas são dirigentes de movimento e também é diretores e coordenadores da educação escolar indígena onde faz essa junção de informações dentro de umas diretrizes intercultural junto a pluralidade de uma educação
escolar indígena tem uma lei né que garante essa apresentação nas escolas para mostrar realmente como nós somos e as escolas trabalhar questão indígena dessa forma nós estamos produzindo nosso material Às nossas literaturas ouvindo nossos Anciões e mostrando realmente quem somos nós então realmente foi colocado nos livros pelos colonizadores um estereótipo e isso hoje ainda no pleno século 21 tem esse preconceito vai muito além assim desculpa aquela aplicação de sala de aula né tem todo envolvimento ali da comunidade da nossa ancestralidade dos nossos rituais de nossas raízes das práticas feitas dentro da comunidade que é quando
a gente faz a aula não dentro da sala de aula mas sim no campo externo da comunidade que o aprender do aluno na agricultura porque a minha comunidade a nós somos muito ricos nessa questão da Agricultura não é porque lá onde eu vivo não é uma área turística é mais matas né porque o nosso território ele vai dar Serra ao litoral e aonde eu fico é a parte das terras Então a gente tem uma predominância muito grande assim na agricultura que a gente trabalha muito na agricultura e a gente busca a envolver tudo isso dentro
da aprendizagem da escola isso aí tem imposto para nós nós queremos viver que que todas nossas crianças elas tenham a escola como símbolo entendeu mas também ela tem a comunidade porque o quê essa escola é um exército na escola quando a gente constrói escola quem está aqui construindo não é o professor sozinho não é a liderança sozinha é as crianças as crianças que fazem essas paredes as crianças é que brincam aqui dentro as crianças que estudam aqui dentro então a escola indígena tem que ter a família junto com as crianças a escola indígena é essa
essa que que será uma escola de qualidade é pensando no futuro lá não tava pensando agora não que agora vai passar é só pensando no futuro como é que a gente quer mais escola se eu digo da escola para mim tem que ser desse jeito não para mim não aí você escolhe para esse futuro que está aí é a nossa nossa juventude nossas crianças que depois que ele sair dessa fase de criança ele esperava uma outra escola que ser a escola dele também mas de Formação formação para valorizar sua seu território né porque está é
um conjunto a criança Terra os jovens todo mundo nesse mesmo pensamento de coletivo né Então essa escola que eu penso Para o Futuro buscando pesquisando na nossa comunidade através de nossos Anciões dos nossos mais velhos né que vem passando esse conhecimento para gente e isso leva para dentro da sala de aula através do nosso professor já tão grande aumento pedagógico na escola então a gente discute muito sobre a língua sobre os saberes sobre jogos sobre interdisciplinaridade Porque além das disciplinas tradicionais que a gente trabalha a gente trabalha também nosso diferenciado O que é Nossa Cultura
né o dinheiro jogos de cidade cultural entre a língua tupi Então essas práticas antes relaciona muito gestão e professor né então discutimos aí para criança possa ter uma boa qualidade de ensino [Música] escola colonizadoras né de duas irmã que ser dizer que deixar de ser índio deixar Nossa Cultura né e aprender a língua do outro então assim hoje a gente com essa questão do professor sem indígena é porque a gente entende que para poder trabalhar com a escola a gente tem que ter pessoas que me respeite a cultura que Aprenda com nós velho então assim
toda aquela educação que é apreendida e vivida ela tem que ser repassada na escola por isso que na escola não é tem também o pajé ele dá aula né porque ele não é formado com diploma mas teu saber os saberes milenares como é que é que não é apreendido em escola nenhuma escola da comunidade então assim o envolvimento dos e ainda porque a gente percebe de ter uma segurança de que aquele aquele aluno pessoa está sendo formada ele ele é um militante né para poder estar defendendo a sua cultura a sua religião é o seu
povo e sua identidade e também coletivo esse conhecimento vivência dentro do próprio território onde facilita essa comunicação porque temos uma parte que é paradidático e didático tanto indígena e não indígena é com essa prática que se consegue fazer uma sistematização na junção da O que é teórico indígena e o que é teórico é a nível Gerais dentro dos conhecimentos sendo professora e educação indígena nos facilita para que esse processo vem acontecer de fato fluindo um conhecimento no aprendizado dos Estudantes indígenas o papel do formador ouvir articular de bater sistematizar esses debates também possibilidades para dores
de discussões aí que fazem parte do que a sua escola indígena também não só acolhei ouvir mas também problematiza algumas questões aí envolvidas com a educação escolar indígena nós como pesquisadores né acadêmicos aí pesquisa o que constroem suas pesquisas com os pais seus itinerários de pesquisa sobre educação escolar indígena também tem esse papel não só de ouvir sistematizar porque senão nós seremos apenas escribas aí né mas nosso papel também é problematizada diante das pesquisas que a gente vem realizando algumas questões que porventura não apareçam no debate não apareço ali nesse deixo de discussões o professor
ele tem que ser da comunidade ele tem que ser terça vivência tem que sentir essa energia tem que saber lidar com até saber lidar com a natureza não é saber lidar com as estações do ano ele tem que saber lidar com o dia de plantio o dia da colheita o dia que o pai precisa e vender e tem que saber lidar com a realidade da comunidade tanto o que é difícil Como que é fácil como os e os anseios né de como plantar o dia que que tá colhendo o dia que tá levando quem é
que vai no hotel quem não vai quem trabalha fora quem não tem que conhecer e saber lidar com isso por isso para gente o professor indígena e que é da comunidade ele é o essencial para a educação e também sou professor aqui dentro da Aldeia e a minha visão em relação nem a questão da educação um avanço né uma conquista e principalmente para os povos originário para o nossos Anciões que sempre teve esse Anseio né de ter nossas representações o próprio protagonismo do próprio indígena né então eu praticamente fui criado quase fora da Aldeia estudando
né para poder buscar um conhecimento e também trazer um retorno para comunidade eu venho de uma família muito tradicional do Povo pataxó é a minha mãe meu pai e meus avós né sempre tiveram na sua os seus conhecimentos é a importância de repassar toda sua história né sua oralidade para os seus filhos e e eu fui direcionado mais né para entrar nesse cenário né mais moderno mais contemporâneo e poder também buscar uma forma de estar contribuindo nesse povo Esses povos tradicionais né que sempre tiveram dificuldade de ser reconhecido né Isso tá dentro daquilo que o
grande se vai chamar de um intelectual orgânico né de intelectual de um profissional que sai do povo e depois volta para o povo ele é orgânico Por que ele está aqui nessa dimensão do fogo então ele sai de forma e depois ele volta e devolve aquilo que ele aprendeu que ele saiu e possibilitou aprender com a possibilidade do Povo lutando junto e retorne devolve isso esse saber compartilhado sistematizada e acumulado para as lutas do seu povo isso é muito importante isso é bonito de se ver né que está aqui todos os povos e todas as
comunidades e mesmo bairro que não são indígenas bairros periféricos também tivessem unidade do seu jovens pudesse sair depois voltar para suas comunidades e devolver aquilo ali para melhoria do seu sua comunidade seu bairro da sua cidade é um professor ou educador é o profissional em várias áreas do conhecimento é o doutor é um médico é um advogado os indígenas hoje eles estão em todos os espaços as academias estão cheias de indígenas então indígena hoje ele está aí preparado para luta e preparando ainda para o futuro das crianças né para os jovens acreditamos que essa luta
de hoje é que vai garantir um futuro melhor regularização e a mudança da categoria Professor indígena da carreira profissional isso é uma das prioridades para facilitar melhor processo e a melhoria no salário dos professores nesse momento é muito importante e a soma e parceria na produção de material didático para fortalecer ainda mais essa prática pedagógica com a equipe de professores com a ser muito grande porque estou muitas demandas que a gente já temos não só da educação infantil né mas também educação fundamental e também de Ensino Médio EJA né curso universitário que eles estão vindo
aí com essas três porque a gente tem uma demanda muito grande de alunos nas nossas comunidades indígenas Kirito chá assim como os convidados elas vejam aqui todos já concluíram ensino médio né mas a possibilidade de ter uma o nível superior é uma graduação da Universidade próximo difícil né Quando você sair do seu território tem uma estabilidade de fora você se manter na universidade hoje para um dia muito difícil né hoje graças a Deus nós temos um contato de boa de professores né que tão na universidade estão se especializando né para buscar isso acho que isso
a proposta diretrizes curricular vem para isso né para gente trazer essas angústias e anseios né Essas propostas Por que não lençol do professor mas por quê para a gente vir para cá depois de alongado como que a seca né com a liderança os nossos mesmo e as Propostas deles né Então vem propostas boas né Não só de construção Mas vem buscar uma educação de qualidade para as comunidades indígenas que isso é o foco maior que a gente tá aqui nessa proposta de trabalho buscar uma educação de qualidade digna para o nosso povo eu espero na
verdade que não seja mais um documento né dentro da política de educação mas que ela se firme né dentro da própria secretaria e a secretaria municipais Estadual passa a utilizar esse documento orientador para sim contribuir com a política o criar suas políticas de educação escolar indígena e junto as escolas Esse é o quê Isso é o que eu espero na verdade que seja concretizado e espero também que seja um documento que possa melhorar a vida dos nossos professores dos nossos estudantes enfim de toda a comunidade indígena que são beneficiários aí da educação escolar indígena na
Bahia posso colocar que tem muito para avançar mas a gente já conseguiu assim um avanço as formações continuadas as licenciaturas ainda não é suficiente está acontecendo a segunda turma de licenciatura intercultural indígena antes da licenciatura ouvir o magistério na carreira do professor indígena também um avanço é que nossos alunos né também já estão nas universidades fazendo o cursos para depois retornar para o povo né psicólogos Engenheiros professores diversas formações então a gente tá sempre correndo atrás dessa melhoria mas tem algo que é muito importante que faz parte da nossa educação escolar indígena que não é
só a educação em si mas tem algo que é muito importante que é um contexto geral que a questão do território é o indígena ele tem que ter seu território demarcado não é homologado desentrosado na maioria dos povos que ainda não tem seus territórios demarcados nem tenho não indígena têm não-indígenas parceiros que ajuda o que não atrapalha mas também às vezes a gente lidar com não indígena em que a gente às vezes deixa de trabalhar certas temática dentro do nosso povo porque não deve-se visível aos olhos dos outros mas visível apenas para nós povos indígenas
e o desafio sempre foi muito grande a gente mora na zona rural da Rural e zona rural da Rural difícil acesso acesso a tudo né a estrada energia água a tudo tudo que você pensar e hoje mais ainda né a dificuldade hoje de ser uma escola com 200 alunos aí eu posso dizer que é um colégio e que a gente vai anexo isso é um Desafio muito grande porque a gente Depende de funcionários que vai ser no mínimo o mínimo que são que tem professores que tem os outros apoio profissional de apoio da educação para
gente então aqui o desafio é grande começando o mínimo de professor funcionário aí vocês irão nossa escola é linda porque ela parece Nossa cara mas quando se trata de transporte como se trata de energia quando se trata no geral eu desafio mas é uma honra poder ser desafiada todos os dias para tentar fazer isso aqui uma árvore que depois [Música] o nosso povo ele ele ele vive sempre viveu da oralidade não é o jeito de ensinar através da oralidade é o jeito de através dos cânticos das músicas e isso foi repassando em geração em geração
é por isso que a gente fala que a gente sempre e hoje não com o domínio da escrita né e da Língua Portuguesa hoje a gente também Ensina em nossas nossas escolas a linguagem Nossa né que a linguagem pataxó né conhecida como pátio hum linguagem de guerreiro uma iniciativa aí inclusive dos nossos antigos né que tinha essa preocupação em manter a nossa linguagem é de não se perder e isso demorou muito tempo para a gente reconstruir de novo estamos em mês reconstrução existe essa escola que Nossa hoje que é uma escola municipal né que a
onde temos os nossos professores que vivem Cia também essa prática diária que da reserva da Jaqueira ensina também a escrita tanto da língua materna como português matemática e outras outras matérias né mas a reserva da Jaqueira ela ela é Ela tem esse papel importantíssimo a educação escolar indígena Por que que a gente fala isso que é uma referência né de trabalho todas as escolas indígenas por aqui vem traga os alunos de outros de outras aldeias distantes né e a gente realiza esses encontro justamente para isso para sempre manter o fortalecimento da nossa cultura processo de
colonização Ele ainda tá aí o curso é uma coisa que se acabou né todos os dias todas as pessoas no Brasil elas são de alguma forma induzidas a pensar no indígena como aquele indígena desenhado de lado de 1500 ou da época que os colonizadores invadiram o Brasil e isso ainda é retransmitido dentro dos livros né nas salas de aulas pelo Brasil inteiro na própria no próprio consumo da grande mídia que ainda coloca o indígena com aqueles esteriótipos uma série de outras formas que o próprio estado não é através desse sistema que ele cria continua nos
colocando naquelas caixinhas que nós não somos assim nem nunca fomos na verdade né então uma série de coisas precisam ser modificados né porque a gente tenha de fato um reconhecimento com as nossas especificidades com as nossas diversidades a partir das nossas próprias vivências é o nosso processo de educação ele precisa mudar muito e aí sim a gente vai ter uma modificação no pensamento dos brasileiros de forma geral [Música] bonita muito presente de tinta [Música] apertaram um punhado de doença trajetória minha hoje principalmente como professor também né é importante porque a gente não tinha essa experiência
de nossas comunidades e tinha que sair da Aldeia para estudar na cidade né E aqueles ensinamentos que a gente sempre adquiria era ensinamento diferente do que nós é acostumado viver hoje de nossa realidade das Comunidades né então ia certa forma tinha que ir até vendar os olhos e achar que essa cultura europeia justamente é a cultura dominante né que nunca existiu outros culto discutida então a gente tivemos que dê alguma certa forma também tem esse conhecimento né esse acesso a esse novo direcionamento da educação mas para outro lado também abre outras portas que nos garante
direitos né direitos e deveres né então a gente também percebemos que nós viemos de a linhagem que precisava também ter umas escuta precisava também seu ouvido daí a gente continuou dizendo que tem que ser ouvido os dois lados da moeda né se o colonizado veio e fez trouxe toda sua forma de hierarquia na jerarquizar os povos que aqui estavam hoje nós somos os guardiões e esses porta-voz daqueles povos que não tiveram condições de falar né então eu vejo a educação escolar indígena nesse sentido né de ganhar também espaço né E que a sociedade brasileira também
possa ter esse conhecimento de fato da verdadeira história dos povos originarios à noite também dentro de nossas rodinha também de história né O nossos momento também tchau e durante a noite e esse é o nosso dia a dia aqui não é todos os dias nós estamos aqui Independente de ter visitante ou não né aqui a nossa forma de vida é essa né porque se o nosso objetivo é vivenciar no dia a dia a tradição buscando com os mais velhos pisando também nesse Solo Sagrado né buscando esse contato com a natureza expectativa Nossa diz respeito ao
nosso plano Estadual de Educação diz respeito a um plano de trabalho com as diversas modalidades quilombolas educação em assentamento de reforma agrária e a educação indígena nós estamos tratando de um aspecto muito importante que é a de formação continuada que deve ter um link muito forte entre a formação inicial do professor dentro da Universidade Aliás não pode ser visto como uma formando em minoria ele tem que já serviço no momento Inicial quando há o interesse EA vocação do professor em seu professor indígena sendo ele indígena ou não indígena já tem que estar na formação Inicial
recebendo ali os princípios fortalecendo a sua crença de que a educação indígena importante para fazer o vínculo com a educação a formação continuada e na verdade não é só a formação é preciso que o professor ele tem uma identidade com tema e mais o currículo ou o documento referencial básico nacional estadual que orienta as práticas municipais ele tem que tar podemos dizer assim orientado com os interesses de cada comunidade o interesse da comunidade indígena A escola é importante mas ela não é o único espaço de Formação existe ali a relação com a lideranças indígenas caciques
lideranças existe também ainda a prática familiar que é fundamental para os curumins e para os jovens já também as práticas de de a prática do próprio indígena criança adolescente da sua autonomia que são as práticas de caça de pesca de jogos de diversão e de Cultura e naturalmente ainda acredito que essa outra parte outra frente do projeto que não é só a formação continuada mais a produção de material didático tem que ter uma unidade com a cultura nacional mas em especial com a prática inclusiva de cada etnia as etnias tem as suas crenças e tem
os seus saberes diferenciados muito embora seja desejado a bem-estar e o bem comum de cada Aldeia de cada comunidade por isso nós temos que respeitar a cultura indígena entendendo as suas etnias e as suas especificidades [Música] [Música] são aqueles que não só aguardar eles vão ao estado eles vão reclamar e eles vão dizer que existe e aí você tem uma qualidade muito maior no nordeste né que é um povo que anteriormente era invisibilizado e agora nesse momento contemporâneo ele se levantam e se agigantam 19 fomos amurada né Nós fomos a resistência se não existisse os
índios do Nordeste que foi escravo do que foi sobre o genocídio que teve que lutar contra o colonizador no início do século 15 e 16 assistir os índios do Norte então a uma compreensão hoje muito mais presente com parente do norte norte amazônico do Sul Flora porque nós mesmos acabar vamos no discriminando porque a existência e a presença indígena no nordeste quem dizia Darcy Ribeiro que lá no norte era uma pessoa muito querida pelo pelos parentes de lá e teve um trabalho bacana no âmbito dos estudos indígenas mas aqui para o Nordeste Ela acabou sendo
ele pecou quando atribuiu que não existia mais indo no nordeste a gente vê uma diversidade grande de pobre e sobretudo na Bahia Então os índios nesse século deste Século 21 neste momento contemporâneo a partir do ano 2000 dos 500 anos do Brasil eles devem tomar para si a sua responsabilidade e não ficar nasceu no seu interior dentro da sua comunidade do curso problema e com as perseguições seja de madeireiras é de garimpeiro seria de gestor e eles faz uma coisa que para mim foi o mais interessante se assumir como sujeito é o termo indígena que
você me botou ele não eu sou indiferente a ele eu sou troxa eu sou pataxó sou eu sou eu sou para casar É isso que eu sou tumbalalá eu sou Caimbé enfim um pouco isso Qual é a importância hoje dessas diretrizes da educação escolar indígena para o fortalecimento dessa modalidade E aí para isso juntos a contextualizar esse esse caminho né que a gente vem fazendo que é de dar essa identidade a tudo aquilo Na verdade nós dá uma identidade é dar uma coerência tudo que vem sendo construído pelos professores pelos educadores nas escolas indígenas é
isso vem um processo crescente assim de fortalecimento desse daquilo que é específico então a gente trabalhou na publicação de materiais de apoio pedagógico né a publicação de livros de materiais didáticos produzidos por professores indígenas a realização de formação para professores que atuam na educação escolar indígena na realização de seminários é secção riquíssimo é que vai trazer o documento propriamente de diretrizes e agora a gente dá um passo importante essas diretrizes são elementos constituintes eu diria na escrita do documento curricular referencial para as modalidades que vai portanto dá essa esse sentido de grandes assim essa institucionalidade
aquilo que você no Face então a gente toma de de CRB que é o documento curricular referencial da Bahia para as diversas ofertas modalidades da educação então para gente que é a culminância de um processo que vem várias etapas e que encontra nesse documento que fala de avaliação fala de formação de professores fala de carreira fala de materiais didáticos fala de currículo também e traz essa base importante para gente de fato tem esse currículo que tem a cara da educação escolar indígena [Aplausos] eu acho que a gente já já começou né trabalhar de Fato né
a gente precisa estar conhecendo mais nem a legislação que nos ampara a legislação me diz a gente precisa estar trabalhando muito mais né na questão da formação de professores né precisamos estar também pensando muito né nas nas formas de avaliar o nosso aluno né avaliação externa e interna né a gente tem muita dificuldade na nas avaliações externas né as árvores externas ela vem praticamente prontas né e com realidades diferentes dos nossos alunos dando a gente nessas próprias desses próximos seminários que a gente está construindo nessas direito a gente tá pensando nessa linha né quem sabe
nós mesmos estaremos juntos elaborando instrumentos de fato possamos estar aplicando essas avaliações né específica diferenciada mais que atende a realidade dos nossos alunos então das partes principais que eu vejo né a gente precisa melhorar nessa forma né das avaliações externas da educação nós vamos fazer de acordo nas suas o costume tradição que exatamente com todas as práticas do dia a dia porque a nossa escola funciona Independente de que o estado queira ou não o aluno sabe como plantar o feijão que nós trás deles para plantar três está na hora de arrancar gen nós leva para
mandioca nós em forma de versos ou se faz a a sala de aula é toda a comunidade toda bem Oi meu Deus do céu meu Deus do céu a gente vem pintando a escola de Jenipapo Urucum que é uma escola que valoriza a visão de mundo do povo que valoriza a ancestralidade que valoriza os conhecimentos que foram produzidos que valorizar ciências que valoriza a religiosidade do povo e a gente vem também buscando trabalhar nessa Perspectiva da interculturalidade porque a gente não só fala do nosso a gente fala que nós é importante que do outro importante
então a gente trabalha muito com essa questão do respeito e trabalha dentro da gente também porque nós fomos colonizados a gente trabalhou e a gente estudou em escolas extremamente preconceituosas né E aí a gente vem se descolonizando ao passo que a gente vai trabalhando com nossos alunos nessa perspectiva de respeitar as diferenças nós somos plurais não só entre os povos indígenas Mas a nossa sociedade é plural e a partir do momento que a gente conseguiu de fato respeitar que cada um tem a sua verdade cada um tem o seu valor Cada um tem sua visão
de mundo e se todos se respeitarem as coisas vão melhorar [Música] [Música] [Música] [Aplausos] muita luta muitas conquistas e muito sucesso em tudo que a gente conseguiu construir e com fé em Deus a gente vai garantir a fabricação diferenciada de qualidade para as nossas crianças estão voltando para nossa comunidade coração cheio de esperança Espero muito que realmente transforma realmente eles vão atender as nossas demandas né e faça com que a nossa educação que a gente pega o nosso jeito aí eu quero muito sucesso em uma educação melhor para todas as comunidades Luiz felicidade caminhos abertos
uma educação Próspera uma educação melhor para todas as comunidades indígenas [Música] [Música] [Aplausos] [Aplausos] deve deixar escrito descrito para futuras gerações e que somos nós que estamos escrevendo agora e que lhe dê continuidade eu quero que ele dê continuidade e faça essa memória do dia de hoje que é o Marco é um Marco na nossa educação escolar indígena no estado da Bahia