Leitura resumida: O papel da representação: Representação, sentido e linguagem, Stuart Hall

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Pedro Meirelles
Leitura resumida da primeira parte ("Representação, sentido e linguagem") do capítulo "O papel da re...
Video Transcript:
o Olá meu nome é Pedro Meireles eu sou mais trando no programa de pós-graduação em cultura e territorialidades da Universidade Federal Fluminense e tô gravando esse vídeo como material complementar para matéria comunicação e cultura Brasileirão ministrada pelo professor Marildo nercolini por mim no período de 2020.1 da graduação de estudos de mídia da UFF é esse vídeo vou fazer uma leitura resumida a barra comentada da 1ª parte do primeiro capítulo do livro cultura e representação de Stuart Hall mais uma vez antes de entrar no texto falando um pouco sobre o autor recapitulando que já apresentei no
outro vídeo do livro a identidade cultural na pós-modernidade também do Street Ball ele é um jamaicano que nasce em 1932 e vai para Inglaterra Reino Unido para estudar em 1951 com somente 19 anos já em 1957 ele começa a dar aula para adultos operários no contexto de pós-guerra entendo Centro Cultural cresce e coloca em xeque a crença na alta cultura e cultura erudita Então esse é o Oi tia ele tenta incluir alguns produtos da cultura de massa incluindo o filme de Hollywood como modo de pedagógico de aprendizado mesmo mais ou menos dez anos depois surge
o Centro de Estudos culturais contemporâneos em 1964 e que rolou dirigiu entre 68/79 buscando aí pensar as questões culturais para além dos estigmas hierárquicos estabelecidos Ou seja a proposta do centro era olhar para a cultura de massas e problematiza de maneira sem colocar as culturas de modo hierárquico como cultura popular e cultura massiva de uma agricultura erudita alta cultura de outro em sua trajetória acadêmica bastante atravessada por sua atuação política e midiática é que ele tem uma presença forte na televisão e na rádio estatal britânica tanto como crítico sócio-cultural quanto como educador ou seja mídia
política e principalmente a partir da década de 80 com mais ênfase a questões sociais e de identidades são seus Pilares de pensamento quase sempre se cruzamos entrelaçando-se complementando esse problematizando o capítulo papel da representação que é o tema desse a tradução do original the work of presentation que faz parte da coletânea representation cultural representations and signifying practices organizado pelo próprio futebol O Jessica Evans e chame Y Jaime 1997 o livro Um compilado de textos e ensaios de diversos autores interessados em pensar criticamente a questão da representação como instrumento crítico e analítico em torno da cultura
midiática envolvendo novas tecnologias formatos políticas e teoria da imagem cultura de celebridades televisão cinema e teatro desde então por favor presentation e de Espetáculo Aviador bem Brasil como o livro cultura e representação lançado em 2016 o livro cultura e representação da dividida em duas grandes partes convencionaram chamar de capítulo que são os dois pés distante Hall que estão na coletânea original chamada oral presentation o primeiro capítulo se chama o papel da representação e o segundo capítulo chama espetáculo do outro nesse vídeo vou tá fazendo a leitura comentada do capítulo 1.1 apresentação sentido a linguagem essa
primeira parte do Capítulo 1 ao faz uma e são resumo uma síntese do que ele vai se aprofundar no restante do Capítulo em que ele vai trazer com um pouco mais de detalhes a questão do legado de sócia na virada linguística dos estudos culturais Ele fala também um pouco sobre a semiótica apresenta também o trabalho de coco EA relevância que ele teve para pensar a linguagem dentro da especificamente das relações de poder em algumas discussões mais aprofundadas que fundamentam principalmente o segundo Capítulo em que aí sim ele vai tratar sobre questões especificamente da racionalização dos
sujeitos mediaticamente principalmente dos sujeitos negros então ele tá tentando pensar o destrinchar como a questão da representação é fundamental no que foi chamado de circuito cultural e é uma referência a até uma discussão que já aparece no livro na introdução voltando algumas páginas especificamente aqui nesse fluxograma de várias pontos Chaves como a própria representação e identidade e como produzir uma regulação tão jogo aí dentro desse circuito da cultura e aqui é bom abrir um parêntese para de novo lembrar Qual é o contexto inclusive acadêmico né de campo de conhecimento que o está localizado Então esse
circuito da cultura é pensando a partir dos estudos culturais e da discussão em torno de cultura de massa e indústria cultural então por isso que a questão do consumo da produção e da regulação também são muito importantes Mas voltando aqui o texto aula começa dizendo que a representação é uma parte essencial do processo pelo qual o significado são produzidos e compartilhado entre os membros de uma cultura então representar tem a ver com uma linguagem é uma prática social que envolve signos e imagens para significar o representar algo alguma coisa ou alguém a representação é a
produção de significado dos conceitos da nossa mente por meio da linguagem diz respeito a uma conexão entre os conceitos e a linguagem que permite nos referimos ao mundo real dos objetos sujeitos o acontecimento o mundo imaginário de objetos foi e tem a ver portanto com o que ele chama de sistema de representação Porque existe uma lógica de organização de agrupamento de classificação além também de relações complexas entre essas três questões ele aponta que o significado depende do sistema de conceitos e imagens formadas em nossos pensamentos que podem representar ou se colocar como o mundo esse
trecho da página 36 sintetiza bem seu argumento o sentido depende da relação entre as coisas no mundo pessoas objetos e eventos reais opcionais e do sistema conceitual que pode funcionar como representação mental delas uma vez que nós julgamos o mundo de maneira relativamente similar Podemos construir uma cultura de sentidos compartilhada E então criar um mundo social que habitamos juntos na página 37 ele continua os signos indicam representam os conceitos e as relações entre eles que carregamos em nossa mente E que juntos constroem um sistema de significados da nossa cultura signo são organizados em linguagens a
existência de linguagens comuns nos os nossos pensamentos conceitos em palavras sons ou imagens e depois os alunos enquanto linguagem para expressar sentidos e comunicar pensamentos a outras pessoas ou seja ele tá aparecendo aqui de um modelo de sentido que ele descreve que descreve também como linguístico a partir de uma virada linguística nas Ciências Sociais e nos estudos culturais em que os signos são capazes de carregar expressa sentido desde que estejam organizados uns com os outros em um sistema Ele explica que há dois sistemas de representação o primeiro que tem mais a ver com o sistema
o sistema de conceitos Então são as ideias que a gente carrega na nossa mente que ele chama de nosso mapa conceitual e o segundo são os conjuntos de signos que são reproduzidas através das diversas linguagens que não necessariamente precisam ser escritas Mas podem ser visuais também a relação entre coisas conceitos e signo se situa assim no cerne da produção do sentido da linguagem fazemos um processo que liga estes três elementos O que chamamos de representação a cultura para hall então é o Pilar de toda essa discussão porque além de precisar de um mapa com e
ativamente parecido as pessoas de uma mesma cultura também precisam compartilhar uma maneira semelhante de interpretar o signo de uma linguagem porque só assim elas vão conseguir se comunicar de forma afetiva Ele disse que no sistema de apresentação a relação entre o signo conceito e objeto ao qual fazem referência é completamente arbitrária ou seja as palavras ou a sonoridade e se refere a um objeto não necessariamente tem a ver com o mundo real com sua materialidade é a cultura então o compartilhamento de uma mesma cultura que vai permitir que as pessoas consigam traduzir a interpretação desses
signos e significados entre si ele diz o sentido não está no objeto na pessoa uma coisa e muito menos na palavra somos nós que infecção sentido tão firmemente que depois de um tempo ele parece natural e inevitável o sentido é construído e fixado pelo código estabelece a correlação entre nosso sistema conceitual e nossa linguagem ou seja compartilhamento cultural que amarra todas as questões ele diz um jeito então de pensar a culto um desses mapas conceituais compartilhados sistemas de linguagem compartilhada e códigos que governam as relações de tradução entre eles os códigos ficção as relações entre
conceitos e signos estabilizam o sentido dentro de diferentes linguagens e culturas e continua pertenceram a cultura a pertencer grosso modo ao mesmo universo conceitual linguístico saber como conceitos e ideias se traduzem em diferentes linguagens e como a linguagem pode ser interpretada para se referir ao mundo ou para servir de referência a ele compartilhar esses aspectos a enxergar o mundo pelo mesmo mapa conceitual e extrair sentido dele pelos mesmos sistemas de linguagens só tem um probleminha aí nessa concepção de Cultura Ele disse que a implicação desse argumento é que você não tem nada de natural na
construção e na atribuição de sentido mas sim tem a ver com nós começamos sociais culturais e linguísticas então sentido nunca vai ser finalmente fixado e ele explica obviamente deve haver alguma fixação do sentido na linguagem ou nunca poderíamos entender uns aos outros é para me chamar atenção é que não há um sentido final ou absoluta ou seja o sentido ele está sempre em disputa ele coloca o principal ponto aqui o sentido não é inerente as coisas ao mundo ele é construído produzido é o resultado de uma prática significante uma prática que produz sentido que faz
os objetos significar em relação que seu pensamento essa sua perspectiva parte de uma abordagem onde uma teoria específicas da representação ele aponta outras duas que também são ou já foram bastante comumente usadas nas Ciências Sociais a primeira que abordagem reflexiva pensa o sentido como repousando no objeto na pessoa ideia o evento no mundo real ou seja a linguagem funciona como um espelho a teoria de que a linguagem funciona simplesmente como reflexão ou imitação da verdade essa verdade já existe está fixada no mundo e essa abordagem também é chamada às vezes minha médica na abordagem intencional
as palavras significam que o autor pretende que significam ou seja o interlocutor O autor que impõe seu único sentido no mundo pela linguagem o problema ele a essência da linguagem é a comunicação e esta por sua vez Depende das Convenções linguísticas e códigos compartilhados ou seja a linguagem nunca pode ser um jogo inteiramente privado as pessoas precisam entender entrar dentro das regras códigos e Convenções da linguagem para Que ela possa ser completamente efetivamente compreendido a terceira abordagem é a construtivista Ea qual auxilia em que ele disse são os atores sociais que usam os sistemas conceituais
linguístico e outros sistemas representacionais sua cultura para construir sentido para fazer com que o mundo seja compreensível e para comunicar sobre esse mundo inteligível mente para outros ou seja a gente que constrói o sentido usando os sistemas representacionais conceitos e signos a representação portanto uma prática o sentido depende não da qualidade material do signo mas sua função simbólica para poder explicar de forma um pouco mais didática ele dá o exemplo da linguagem dos semáforos porque os semáforos envolvem diferentes sistema de representação se a gente for pensar as cores O que as cores representam e a
gente no meio as cores nosso mapa conceitual de que difere cada uma das cores e também o que elas significam na prática no sentido de pare atenção e continue Ele explica acordem os dois sistemas representacionais que falamos antes primeiro existe o mapa conceitual de cores a nossa cultura o modo em que as condições diferenciadas umas das outras classificadas e arranjadas no nosso universo mental segundo existem as maneiras com que palavras ou imagens São correlacionados com cores da nossa linguagem nossos códigos linguísticos de cores na verdade uma linguagem de cores consiste é mais que apenas palavras
individuais para diferentes pontos no aspecto de cores ela também Depende de como elas funcionam na relação de umas com as outras aqueles aspectos que são governados pela gramática e pela sentar-se na linguagem escrita ou falada e que nos permitem expressar ideias mais complexas na linguagem dos semáforos a sequência e posição das cores assim como elas mesmas permitem que as cores carreguem sentido e então funciona e como signos de finalize ficar em princípio qualquer comer em qualquer coleção de letras na linguagem escrita ou de sons a linguagem falada funcionaria dado que as cores fossem suficientemente diferente
para não serem confundidos os construtivistas expressam as ideias dizendo que todos os signos são arbitrários esse termo significa que não existe nenhuma relação natural entre o signo e seu sentido ou conceito a ver se vermelho só significa pare porque é assim que o código funciona em tese qualquer cor poderia estar ali incluindo verde é o código que fica isso sentido não há corpo se própria Resumindo ele coloca a representação a gente também a produção sentido pela linguagem em que a gente usa signos organizados em linguagens diferentes tipos para nos comunicarmos uns a gente realmente uns
com os outros ele disse o sentido é produzido dentro da linguagem dentro e com o meio de vários sistemas representacionais que por conveniência nós chamamos de linguagens o sentido é produzido pela prática pelo trabalho de representação ele é construído pela prática significante Isto é aquela que produz sentidos então primeiro aos conceitos que são formados nas nossas mentes e que funcionam como sistema de representação e quem organiza o mundo em categorias inteligíveis para comunicar sobre o sentido desses conceitos do nosso mapa conceitual a gente precisa da linguagem que consiste justamente de signos organizados em várias relações
e esse signo só podem transportar sentido se a gente possui códigos que nos permitam traduzir nossos conceitos e linguagem vice-versa e ele não existe na natureza são resultados de Convenções sociais eles são uma parte crucial da nossa cultura nossos mapas de sentidos compartilhados E aprendemos e inconscientemente internalizamos quando dela nos tornamos membros finalizando Então essa abordagem construtivista para a linguagem introduz o domínio simbólico da vida entre palavras e coisas funcionam como signos no coração da própria vida
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