A Cidade Antiga - Fustel de Coulanges

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Léguas e Letras
Para hoje, um mergulho nas crenças e costumes da Antiguidade! Livro espetacular! . Curta, comente, c...
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[Música] Oi pessoal tudo bem com vocês sejam bem-vindos a mais um vídeo aqui no Legos e letras hoje nós vamos conversar sobre o espetacular a cidade antiga do Historiador francês fustel de culange esse livro trata-se de um estudo da religião do direito e das instituições da Grécia e Roma como está aqui no subtítulo essa minha edição é da editora Monte Cristo e Esse livro foi publicado Originalmente em 1864 antes de começar eu queria já agradecer a todos os seguidores que me indicaram essa leitura eu trago vários vídeos aqui para o canal sobre mitologia antiguidade poemas
épicos e mais de uma vez me recomendaram a leitura do cidade antiga e agora que eu fiz essa leitura eu já consegui entender o porquê esse livro daqueles que marcam a nossa vida sabe você vai lembrar desse livro muito por muito tempo muitas coisas vão ouvir a sua mente vai ser aquele livro que vai fazer aquele aquela explosão da sua cabeça Conforme você for conhecendo melhor a história que tratada por esses historiador nesse livro Então nós vamos ter um Panorama da Grécia de Roma desde a época das gênes depois passando para as tribos para as
cidades-estado até o grande a expansão do império romano é uma coisa sensacional Porque o autor vai se propor analisar essa cidades né Essas grandes civilizações se despedindo de concepções para concebidas buscando analisar os fatos mas a principal ideia do livro aqui que para mim foi assim um grande divisor de águas na minha percepção mesmo das coisas é a ideia de que a família tribo a cidade a político direito Todas as instituições da sociedade da antiguidade tem uma base muito forte nas crenças e na religião crenças e religiões essas que também foram se transformando e evoluindo
conforme a sociedade se transformava E com isso foram causando também mudanças no direito nas instituições Então a gente vai ver essa relação de simbiose que vai existir vindo partindo inicialmente da ideia da crença da religião como base da sociedade e ele vai trazer a religião inclusive até como base da luta de classes se distanciando um pouco de outros autores do seu tempo já que esse livro foi publicado em 1864 no século 19 Então até nesse ponto ele vai fundar a questão da luta de classes Mas ele também não vai deixar de falar do Poder do
dinheiro e também um pouco sobre esse desvio sobre essa mudança da crença do centro do Poder do ponto de vista religioso mais para um ponto de vista econômico isso também vai ser tratado aqui no cidade antiga mas a fórmula geral que rege esse livro é a seguinte porque se acredita em x fase Y porque você acredita em x estabelece dizer então toda a crença é aquilo que Funda a sociedade da antiguidade e como esse é um livro de não ficção já nesse vídeo eu vou tratar sobre os principais aspectos dessa obra mas eu gostaria de
começar dizendo porque ler a cidade antiga nós estamos em 2023 qual a finalidade de ler esse livro foi a primeira questão é que independentemente da sua crença não importa maior religião você segue É talvez você não siga nenhuma é inegável o papel da crença e da religiosidade na Fundação e no desenvolvimento da sociedade humana é então esse livro acaba sendo um tratado sobre esse assunto e é muito interessante para nós porque afinal de contas toda a nossa sociedade ocidental é fundada ingresse Roma ter esse entendimento ter essa compreensão ajuda a gente a entender melhor como
nós vivemos hoje as bases das nossas instituições atuais e até aí ter algumas questões para levantar como nós vamos falar mais adiante e uma coisa que me chamou muita atenção nesse livro é porque quando nós começamos a tratar de Grécia Roma na escola a gente pega a história de um ponto muito mais à frente do que tratado aqui nesse livro quando a gente vai falar lá da Grécia a gente já vai falar da época do sofista já vai falar ali de Sócrates Platão né E esse período já é lá no século quinto antes de Cristo
mais ou menos e antes a gente tem vários períodos na história grega temos cinco períodos dos principais para eu Mere comere e arcaico clássico e helenístico na história na escola a gente já pega lá para Por volta do arcaico do clássico porque quando já existem as cidades-estado e tudo mais esse livro vai pegar a época muito anterior do período pré-homérico e homérico inclusive muitas coisas que estão nesse livro aparecem na ilha da inodisseia aquela coisa assim era tão natural para época que ele não o Homero não explica mas são coisas que aparecem nas histórias ali
sem necessidade de explicação porque afinal de contas era a crença do tempo era o costume do tempo e aqui é legal porque o klange vai fazer essas relações ele vai mostrar isso aqui aparece na Ilíada da seguinte forma aparece na Odisseia assim então é um livro que você vai levar para a vida que você vai ter vai tirar aprendizados assim espetaculares para quem gosta de história para quem gosta de antiguidade Põe mais épicos mitologia não tem porque não ler a cidade antiga Será que eu já deixei claro não é bom esse livro muito bem então
vamos seguindo falei que degresse a gente já pega lá do sofistas para frente já de Roma a gente pega lá da fundação da cidade né ou seja tanto mito da Eneida sobre o que nós temos vídeo aqui no canal seja o mito dos irmãos do Rômulo e Remo é da fundação de Roma e aqui nós vamos pegar então um período anterior a fundação de Roma anterior a fundação da Cidade inclusive explicando como é fundada uma cidade e ele vai comentar em profundidade as crenças anteriores e explicar vários episódios históricos a luz dessas dessas crenças por
exemplo um episódio muito conhecido na Fundação da história de Roma é chamado Rapto da sabinas tem até uma pintura vou deixar aqui para vocês a imagem ele vai desconstruir essa história vai explicar que não poderia ter sido um rápido da forma como é contado até porque existe uma ideia era conseguir fundar a cidade Com base no direito de matrimônio e o direito de matrimônio exigia que vai entregar seu filho então não poderia ter sido um rápido violento na forma como aparece aqui na pintura mesmo e até cite historiadores da época que comentaram sobre esse rápido
né e tudo mais então é muito legal como a gente vai entendendo como que essas crenças foram assim a base de tudo outro motivo para ler esse livro é porque nós né o que nós somos hoje individual coletivamente tem muita raiz no nosso passado e muitos dos hábitos muitas coisas que a gente vê até hoje Século 21 tem as suas raízes lá na antiguidade e muitas vezes nós não temos a menor ideia disso e com esse livro nós vamos ter assim uma revelação da raiz de vários dos nossos costumes acho que o exemplo mais comum
quando a gente fala de antiguidade um costume que fica até hoje É aquela ideia né do noivo entrar com a noiva carregando no colo dentro da casa ele cruza soleira da porta com a noiva do colo isso é um costume lá da antiguidade tem a ver com essa introdução da mulher na família do marido então a gente tá aqui até hoje em 2023 encenando essa esse ritual que era uma coisa ritualística lá na antiguidade sem saber direito até a origem disso não é mesmo então é muito legal a gente ler esse livro para ter um
pouco dessa visão também um ponto negativo é que essa ideia central da crença da religião como base de costumes do direito das instituições é repetida exaustivamente ao longo da Leitura é um livro um pouco longo e essa ideia repetida tantas vezes acaba tornando Às vezes a leitura um pouco cansativa né alguns momentos eu falava Nossa mas ele tá falando isso de novo ele já falou isso já falou algo muito parecido né mas também a repetição acaba gravando a mensagem né então eu tenho certeza de que eu não vou esquecer da mensagem principal da cidade antiga
e vou lembrar desse livro e muitas outras ocasiões na minha vida falando um pouco mais do livro em si a estrutura dele é dividida em cinco livros antigas crenças da família a as revoluções e desaparece o regime Municipal ao longo dessa leitura me lembrei muito do livro Sapiens que também tem resenha aqui no canal do harari Porque lá ele vai explicar logo no começo do livro que para você conseguir unir um grupo maior de pessoas de homo sapiens no caso você precisa de crenças comuns não adianta mais você ter uma figura física ali algo palpável
visível para conseguir unir grupos muito grandes de pessoas você precisa de algo imaterial de uma crença Então essa ideia que é tratada lá no Sapiens do livro permeia toda essa obra como essas crenças foram moldando a sociedades antigas porque é muito verdade que o ser humano precisa de ficção a sofisticação da sociedade conforme ela ganha complexidade conforme ela ganha pessoas né ela vai crescendo ela precisa dessas ficções para conseguir manter uma certa coesão social então por isso nós temos o nós temos As instituições nós temos a moeda essas coisas que acabam que são criadas pela
mente humana para conseguir criar essa coesão social mesmo hoje a gente não trata tanto de religião como ponto de coesão mas aqui no livro vai ser a base fundadora a crença religiosa vai ser a base fundadora de todas as demais ficções que vão sustentar Essa sociedade e aí o que eu acho legal aqui na no desenvolvimento desse livro é esse movimento do desenvolvimento do menor para o maior porque tudo começa no seio da família e com isso passa depois para família mais expandida né que a gente depois para tribo depois para cidades e assim a
gente vai vendo a coisa crescer sempre partindo de um ponto inicial e expandindo as crenças desse ponto inicial para conseguir comportar os grupos cada vez maiores dá uma certa embasamento para o progresso dessa civilizações essa então é a ideia geral tratar agora com vocês um pouquinho sobre cada ponto mais importante da obra assim do desenvolvimento dessa leitura Tudo começa com a morte a morte é o primeiro mistério que o homem enfrenta é o fato inevitável é aquilo que todos sabemos que vai acontecer sobre qual não gostamos de conversar mas esse mistério Inicial acaba criando essa
crença sobre a vida o que que é a vida o que que é a morte o que que o que acontece com a pessoa quando ela morre e de início é o autor vai tratar dessas religiões que ele chama de religiões do fogo sagrado e do culto aos mortos Qual é a importância desses ritos fúnebres e nós falamos de importância de ritos fúnebres quando nós lemos lá e Lia dodisseia porque esses pontos são extremamente relevantes naquelas obras toda vez que alguém morre fica aquela coisa Onde vai ser né na Ilha do Especialmente o caso do
Heitor dele ter morrido fora dos portões ou aqueles ter ficado um corpo o rei lá buscar o corpo do filho porque isso tinha uma importância Vital para aquela sociedade a questão do rito porque a morte era uma questão central mesmo e o culto ao corpo do antepassado também era um Ponto Central Isso também é tratado em outras obras como uma ideia por exemplo tem um momento na ideia que o jasão fica lá desesperado ele fala quem vai cultuar o meu corpo né porque o morto o corpo do Falecido é um objeto de culto ele é
como se fosse um Deus a pessoa né ou ter passado se tornam Deus e esse culto aos antepassados vai gerar uma série de hábitos e uma série de costumes e uma série de obrigações não apenas costumes por achar legal não são obrigações mesmo então existe um vínculo também em relação ao local onde está a pessoa importa muito onde essa pessoa vai ser enterrada Porque existe todo um culto fixo naquele lugar existe a obrigação de se cultuar mesmo aquele antepassado levar comida para ele deixar objetos para ele porque se acredita que essa pessoa viverá uma nova
vida é a alma dela fica ali então é ao mesmo tempo que a alma logo posteriormente vai ter aquela ideia do mundo das formas que lá vai estar alma do Platão muito mais adiante mas de início você imagina que a alma tá ali junto com o corpo no túmulo e que você tem que alimentar aquela alma porque senão ela vai vagar sem esse culto por isso que se leva comida por isso que o corpo é enterrado com pertences porque tudo isso é muito relevante para essa vida após a morte que se acredita e o que
eu acho muito legal aqui é que ele vai ressaltar como esse mistério da morte não está restrito a Grécia Roma é uma coisa da humanidade então em diversas civilizações antigas você tem juntos aos mortos de diversas formas mas por quê Porque existe essa crença na vida após a morte não ter passado no Egito por exemplo lá nas pirâmides o faraó era enterrado com todos os seus pertences A Tumba tinha tudo para a pessoa como se ela realmente fosse viver uma outra vida e a gente vai ver isso em ter diversas civilizações que muitas vezes não
se comunicavam e ele vai dizer porque isso não era necessário já que essa crença comum é muito mais antiga é muito mais antiga é muito anterior aquele aquela de áspera dos povos então por isso que nós vamos ver esse culto aos mortos em diversos lugares do mundo na Mesopotâmia na Índia na Grécia em Roma no Egito eu vejo que legal né A gente já vai começando a entender um pouco essa base a partir do Mistério da Morte e essa necessidade do morto ser cultuado pelos seus descendentes era tinha uma pessoa que era Obrigada isso essa
pessoa era o Pater o pai e essa palavra Pátria vejam também é a mesma em diversos lugares ela ela não é apenas do latim ela parece até na Índia também a mesma palavra e daí a gente vai vendo também como uma coisa vai evoluindo porque quem era o Pater o culto era sempre passado por um homem porque a ideia é de que o direito de pronunciar as orações pertence ao filho que veio ao mundo por primeiro então se ele é o responsável por cultuar o corpo se ele é o responsável por dar continuidade a esse
culto ele vai ter o direito de sucessão E aí ele já vai evoluindo para o direito de família de sucessões por isso que a filha inicialmente não herdava as coisas não tinham muito a ver com relações afetivas tudo tinha a base na crença na religião se era o homem ou filho que ia dar continuidade ao culto porque deixar bens para a filha né e a partir do casamento a mulher entrava no culto da família do marido ela se tornava entre aspas filha filha no sentido aqui começar a estrutura familiar na antiga do marido e aí
a questão de passar com ela lá no colo na porta porque ela tá entrando ali no local sagrado daquela família e na antiguidade institutos como adoção o divórcio também passam a existir justamente por essa necessidade da continuidade do culto E se o casal é infértil E se alguém morre né o filho morre né se não consegue ter filhos ou vai se divorciar ou vai poder adotar um herdeiro porque a questão é passar o culto não é a questão tem uma família ali pelo amor familiar entendem tem toda uma questão desse culto da perpetuidade E aí
é engraçado que a mulher passa para Família do marido e adota os antepassados dele então vejam que não tem também a ver com Genética é uma coisa da ficção mesmo do que é criado para embasar ali uma linha uma história uma instituição social mesmo disso Desse culto que se torna fixo porque afinal de contas antepassados estão naquele determinado lugar nasce o direito de pro então inicialmente o direito de propriedade não está vinculado à força do trabalho Isso vai acontecer muito mais para frente inicialmente a propriedade está ligada também a esse culto tanto é assim que
era muito difícil vender uma propriedade um imóvel Porque se o seu antepassado tava lá você ia deixar sua antepassado para trás não então o novo proprietário era obrigado a permitir a entrada dos descendentes da pessoa que tava lá para cultuar então isso também criava uma certa complexidade mas a propriedade inicialmente da família era ligada também ao local físico onde estavam os antepassados porque era lá que estava o culto e vejam esses Deuses eram chamados lares e essa palavra a gente usa até hoje porque casa todos sabemos que casa habitação moradia é muito diferente de lar
e ele vai dizer o seguinte parecer talvez estranho contar o amor do Lar entre as virtudes e esta era uma das virtudes dos antigos esse sentimento era profundo e poderoso suas almas ver de antizes que a vista de Troy Em Chamas não quer com tudo abandonar a velha casa vê de Ulisses a quem oferecem todos os tesouros até a imortalidade e nada deseja se não rever a chama do seu lar então vejam como isso aparece nas obras antigas mas não é explicado é quem tava lá já sabia que era por isso mesmo que acontecia que
quando Troia estava em Chamas ouve toda aquela dificuldade que sair nós comentamos sobre isso lá na Eneida por conta disso porque estava vinculado ali a casa era um lugar sagrado então obviamente muito difícil deixar o celular o lices tem toda a odisseia para voltar para sua casa irrita tem todo o culto da hospitalidade nós falamos sobre isso em outros vídeos aqui no canal sobre Odisseia mitologia etc então vejam como é relevante entender a base disso tudo e como eu comentei ele vai então aumentando esse círculo né começa na família e a gente vai passar para
genes para as famílias um pouco mais amplas quem assistiu já a série Roma da HBO deve se lembrar que é muito comentado isso eles falam eu sou do julios eu sou do Júnior eu sou tem essas famílias esses nomes e aqui na cidade antiga vamos ter a explicação de quem são esse Julho esse Julho ele é um antepassado comum dessa família que se torna muito Ampla né vai cultuando Ele até diz é muito estranho imaginar que um povo que tinha crianças tão fortes pudesse ter inventado isso então provavelmente existiu mesmo esse antepassado como esse Júlio
esse Júnior que deu a origem a toda essa gente Inclusive essa série ela é muito interessante para analisar porque aí de biossempenhou em colocar diversas crenças que aparecem aqui nesse livro na Série E agora gostou dessas pessoas né que começa a se interessar por um assunto vai né Entra no buraco de minhoca tô aqui no buraco de minhoca da antiguidade nesse momento e eu reassisti a série Roma e tem um momento lá que eles têm que abandonar uma casa e a dona da casa fala assim para o escravo olha vai lá e busca os nossos
Deuses porque nós estamos indo para o norte então vejam ela não simplesmente não pode deixar a casa ela tem que levar os deuses Mas vocês podem perceber que daqui daquele momento anterior que o antepassado te prendia o solo houve uma mudança a partir do momento que você pode levar os seus Deuses de uma forma entre as portátil para um novo lugar até porque aquela questão da propriedade ser fixa criava muita complexidade e a gente tá falando na série Roma já lá do Império Romano pós Júlio César por isso que a coisa já mudou bastante o
direito se tornou mais flexível em relação à propriedade em virtude dessa mudança de crença tudo é conectado certo e aí a gente tem esses antepassados comuns que elas veneram as tribos começam a ter Deus como os porque afinal de se cada família tem seus antepassados comuns como você vai conseguir juntar várias pessoas se elas não têm o mesmo culto a necessidade de um culto único acabou criando a necessidade de deuses únicos tanto que ele vai comentar que no começo você tinha uma Minerva aqui uma Minerva Lima ajuda ali é uma pena tinha diversos porque cada
um fazia uma ideia de um determinado Deus mas depois isso foi se unificando para ter E com isso também criando um certo distanciamento em relação a divindade porque vocês lembram comentem lá no início o antepassado era uma divindade aquela pessoa tava viva Até recentemente você poderia ter tido contato com aquela pessoa que se tornou uma divindade com a evolução isso vai se distanciando todo mundo vai se distanciando desses deuses e os deuses da tribo também evoluíram para Deus e da cidade conquistar uma cidade inclusive não se limitava conquistar o território a ganhar uma batalha derrotar
um exército nesses era necessário também conquistar os deuses da cidade então muitas vezes se dizia que uma batalha não estava sendo vencida não tava conseguindo porque os deuses estavam contra e na Ilíada a gente vai ver isso muito fortemente porque no campo de batalha deuses e heróis se misturam a gente vê ali os deuses intervindo por um lado ou por um outro dos gregos justamente porque os deuses pertenciam a algumas cidades então capturar uma cidade muitas vezes significava E era necessário capturar o Deus dessa cidade também as cidades em si também demandam uma Fundação religiosa
aqui o lanche vai deixar muito claro para nós que a formação de uma cidade na antiguidade não se dava como hoje é em que diversos núcleos vão meio que se aproximando a coisa vai se expandindo uma casinha aqui uma casinha ali e de repente tá todo mundo junto e aí virou uma cidade morou Né não existe uma um momento fundador porque a cidade também era fundada com base em ritos existia um momento a cidade era inteira criada no único ato em Roma e o se deu lá no palatino Então apesar de você ter todo uma
coisa em volta ali onde a cidade foi fundada o que era qual era o centro religioso era-lhe a Colina do palatino e ali que Rômulo fez estava a fundação com todo um rito sacerdotal e aquele vai comentar uma coisa super interessante da Eneida que é o seguinte o tema da Eneida é a chegada de Enéias Ou melhor o transporte dos Deuses de Tróia para a Itália o poeta canta o homem que atravessou os mares para fundar uma cidade e levar seus Deuses para o Lácio não se trata aqui de um guerreiro ou de um herói
de romance o poeta quer mostrar um sacerdote Enéias é o chefe de um culto o homem sagrado fundador Divino cuja missão é salvar os penatis da cidade então por isso que o Enéas na Eneida é chamado de piedoso o tempo todo ele não é um herói assim arquetípico no sentido assim imaginar um herói ali você não imagina o Enéas na forma que ele que ele é descrito pelo Virgílio justamente porque ele estava indo fundar Essa cidade e a fundação da Cidade era um ato religioso são coisas que não são explicadas claramente nos textos muitas vezes
a gente leu o poema é porque não sabe disso então Aprendi muita coisa aqui no cidade antiga por isso que eu recomendo demais essa leitura para quem gosta desse tipo de leitura como eu e como eu comentei a conquista então não se limitava uma conquista geográfica ela tinha que ser uma conquista religiosa só que no início Esses povos que eram agregados né conquistados não eram adotados também do ponto de vista religioso E aí você tinha dentro do mesmo espaço geográfico pessoas que eram completamente estranhas umas das outras não se podia contratar com estrangeiro por exemplo
porque ele adorava outros Deuses e A partir do momento que ele adora outros Deuses é como se ele se no outro planeta você não consegue compartilhar nada com essa pessoa isso também foi gerando complexidade e preconceitos e muitos outros problemas e aí aqui o Anjo falando um pouco mais sobre divisão de classes vai dizer que a divisão de classes ela tem um fundamento religioso Inicial já não necessariamente econômico depois isso também acontece mas inicialmente já a religião a crença já fazer essa divisão de classe ele disse quanto mais nos aprofundamos na história da Grécia e
da Itália mas se torna Evidente a distinção profunda entre classes fortemente separadas prova Evidente de que a desigualdade não apareceu com o tempo mas que existiu desde a origem sendo contemporânea do nascimento da cidades tão pegando esse gancho ele vai tratar sobre as revoluções porque afinal de contas essa distinção da sociedade em classes não agradava todo mundo então houve muitas tentativas de derrubar esse poder mais religioso desses por uma aristocracia e depois houve depois uma tentativa de retomada são diversas as revoluções que acontecem nesse período justamente por conta dessa divisão e todas essas revoluções vão
acabar culminando numa separação do Estado das crenças e a partir do momento em que as crenças fundadoras caem ou elas deixam de ser o centro do Poder esse poder se desloca para outros pontos e inclusive o dinheiro né e a partir do momento também que essas crenças caem as leis passam a ter um fundamento secular porque vocês imaginam como era o direito antes disso Ora se o direito está baseado em crenças em religião e em coisas que são imutáveis você não conseguia nem revogar uma lei laser não sendo criadas e as antigas não podia ser
revogados porque elas tinham fundamento sagrado Então a partir do momento que você quebra essa relação necessária entre e religião você tem um fundamento secular para as leis E com isso você cria um maior dinamismo para a criação das normas por isso que esse livro também é muito interessante para quem estuda direito para entender como essa essa evolução se deu ao longo da história a gente estuda lá em Direito Romano a lei das doze tábuas por exemplo e além das suas tábuas é muito posterior ao que ele vai tratar aqui nesse livro ele vai chegar mas
esse livro começa muito antes então a gente vai entender mesmo a raiz de tudo isso e também com a separação com a queda da religião como base de toda a sociedade né como fundamento das instituições Nós também vamos ter uma mudança do fundamento do próprio governo da religião fundamento vai passar para o interesse público que é algo que está presente até hoje E aí esse poder mais econômico também vai criar novas dinâmicas de poder quanto mais o dinheiro tem influência na dinâmicas de poder em detrimento de uma posição mais sacerdotal tal coisa que a gente
vai observar também em outras sociedades antigas a gente vai ter toda uma mudança na dinâmica do Poder nesse ponto do livro O colange se dedica muito a demonstrar como aconteceu em cada cidade como foi em Esparta como foi em Atenas como foi e ele traz muitos nomes o torna a leitura um pouco cansativo especialmente nessa parte das revoluções mas a ideia geral é essa é mostrar como houve esse rompimento da religião e do estado vai tratar também da forma da Conquista Romana como ela era diferente das outras formas de conquistar E com isso se tornou
maior Império lá da antiguidade e falando de crenças o livro não poderia deixar de terminar com o cristianismo e aquele vai explicar como o cristianismo e sua origem é a religião que mais demonstra essa separação do direito e do Estado justamente naquela frase né da César de César e a Deus de Deus então nessa frase se coloca a separação de crença e de estado colocando então o ponto final a essa união que havia desde muitos séculos anteriores ele vai dizer o seguinte sobre o cristianismo O cristianismo não regula nem o direito de propriedade nem a
ordem das sucessões nem as obrigações nem os processos colocou-se fora do direito como fora de tudo que fosse puramente terrestre o direito portanto tornou-se independente pode procurar suas regras na natureza na consciência humana na ideia poderosa de justiça que está em nós pode desenvolver-se com toda a liberdade reformar-se melhorar-se sem Nenhum obstáculo seguir o progresso da moral dobrar seus interesses e necessidades sociais de cada geração então para mim esse livro é um livro para vida porque ele não apenas explicar o passado mas também levanta reflexões questionamentos para nossa vida presente é um livro que fatos
que são presentes até hoje e é por isso que eu sempre falo do valor inestimável dos clássicos e sem dúvida a cidade antiga é Um clássico que merece ser lido é um livro que constrói que deixa Marcas Na gente hoje a minha visão está diferente graças a esse livro então por isso eu recomendo muito a leitura dele para vocês e para finalizar eu queria deixar aqui alguns questionamentos algumas reflexões coisas sobre as quais eu pensei enquanto tava lendo e para as coisas eu não tenho uma resposta definida né Você sabe que eu gosto de trazer
aqui para o canal alguns pontos para a gente refletir e esse livro realmente me despertou algumas lembranças né Principalmente da leitura do livro Sapiens uma breve história da humanidade e ele trava contato com essa mesma questão polêmica da religião como uma ficção acaba levando né a essa ideia porque por mais que ele fale que a religião é o fundamento de toda sociedade e tal a gente vai vendo que essas crenças vão se moldando com o tempo né justamente para conseguir trazer mais flexibilidade E permitir a expansão dessa civilizações O que leva a gente acrescentar a
crença né a gente tem uma crença hoje por que que a gente pensa que ela é imutável por que que a gente tem isso tão forte em nós que ela é a correta que ela não vai sofrer nenhuma transformação porque a gente tá vendo aqui na cidade antiga que essas crenças antigas se transformaram e a transformação foi imensa ao longo dos séculos Será que hoje a gente está vendo uma transformação a gente não está conseguindo perceber a transformação da nossas crenças eu acho que ficou uma coisa assim que que ficou para mim como uma dúvida
assim uma outra questão que ficou ali pairando né na minha mente é que a gente fala de estado laico e lógico Ok nosso estado não tem uma religião uma liturgia específica não defende uma religião específica tá ali aberto a todas as religiões isso ok nesse sentido hebraico Mas a partir do momento que a gente vê aqui no livro que instituições calcadas em crenças firmadas em crenças perduram por séculos por milênios muitas vezes assim ninguém nem sabe mais a origem daquilo mas ainda segue fazendo aquela coisa praticando aquele ato que tem lá uma origem lá numa
crença antiga né isso aí já até se perdeu essa esse conhecimento se perdeu mas a prática segue acontecendo Então apesar de a gente tá falando hoje de estados laicos até que ponto o nosso direito realmente rompeu essa relação com a religião com as crenças se é que isso foi rompido quanto do nosso direito ainda mantém raízes em crenças antigas é por mais que hoje tenha se evoluído tem o direito tem evoluído e mudado muito então ficou uma coisa ali na minha mente né quando a gente olha para uma lei fica pensando né Qual que é
a raiz aqui da onde ela veio como até que ponto as crenças influenciam ou não influenciam a criação de leis até hoje em 2023 por isso que coloco para vocês sempre isso o clássico traz para nós reflexões muito valiosas enfim eu amei essa leitura Recomendo a todos a leitura de a cidade antiga para entender o passado para entender o presente e para pensar sobre o futuro porque esse é um grande papel dos clássicos da nossa vida eu amo e sempre recomendo a leitura de clássicos vocês sabem disso espero que vocês tenham gostado desse vídeo se
ainda não são inscritos no canal inscrevam-se curtam comentem compartilhem deixem aqui suas impressões se você já leram esse livro quais reflexões vocês fizeram coisas que vocês pensaram se vocês concordam com que eu adoro de bater com vocês e gosto muito de saber as opiniões porque é isso quem enriquece a nossa experiência aqui na internet nas redes sociais é a troca de ideias muito obrigada pessoal um grande abraço a todos e até o próximo vídeo
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