DESABRIGADOS SEGUEM SEM CASA QUASE UM ANO APÓS AS CHUVAS NO RS
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Ian Neves
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Video Transcript:
Bom vamos lá então vamos começar com uma reflexão aqui gente eu trabalho com a Internet faz 4 anos e algumas alguns meses já 4 anos e qu meses uma coisa assim e um dos principais problemas que a gente tem é que as coisas são muito rápidas na internet muito rápidas a gente consome notícia como se fosse produto mesmo e vocês veem isso todos os dias alguma coisa acontece vira assunto e depois a galera Esquece o que leva a síndrome de veral lata dizer que o brasileiro tem memória curta mas isso não é o brasileiro isso é a lógica da Notícia como produto mesmo E isso não é culpa de ninguém não é culpa minha não é culpa sua tá é a forma como a informação circula no capitalismo então Caso vocês não tenham clareza disso ainda a função do jornal não é te informar a função do jornal é vender publicidade a a proporção de propagandas para notícias do jornal é bastante sintomática disso então o importante pro jornal não é que você esteja bem informado e leve a sério coisas que devem ser levados a sério é você tá com os olhos direcionados para ele porque ele vai te vender publicidade é isso é assim que ele faz dinheiro jornal precisa de lucro o lucro vem disso então vocês sabe o 8 de janeiro a gente que é muito ligado nas bolhas da esquerda vê mais a pandemia pô gente a pandemia vazamento de petróleo no litoral do Nordeste que a gente falou aqui essas tragédias são consumidas e esquecidas Porque não É lucrativo que elas sejam relembradas e o problema disso de novo não querendo levantar a pauta moral aqui se isso é culpa de vocês culpa minha isso não não é o caso o problema de ser assim porque é assim é que quando a gente esquece a gente tem tem a sensação de que o problema foi resolvido e ele não foi resolvido na maior parte das vezes por que que eu tô dando essa introdução porque uma das tragédias recentes é exemplo patente disso que foram as enchentes desastrosas no Rio Grande do Sul que inclusive teve um dos vídeos que mais viralizou meu ano passado que fui eu falando que o Sebastião Melo que deixou a cidade debaixo d'água quase foi reeleito no primeiro turno e aí veio a assim a a pororoca de xorume da direita falando Ah o Sebastião Melo é São Pedro por acaso ele que fez chover Assim vocês que T neurônios que conseguem se comunicar sabem do que eu tô falando né sabem que quando a gente tem uma tragédia entre aspas natural de natural ela não tem nada porque as cidades tê que estar preparadas para receber essa quantidade de chuva que acontece todo ano então sim é responsabilidade dele tá sim é responsabilidade do Eduardo Leite Caso vocês não lembrem né Espero que lembrem E no meio do ano passado as chuvas deixaram o Rio Grande do Sul destruído e o estado praticamente inteiro tava despreparado praticamente inteiro os avisos da Defesa Civil foram meio vai virem chuva forte se vira não Botando a culpa nos trabalhadores da Defesa Civil eles não tinham o que fazer porque eles só tinham isso para fazer vai vir chuva forte aí se vira não teve indicação de onde se abrigar de sair da cidade se esconder nada nada nada nada isso tudo vem na esteira do governo Eduardo Leite aliviar 500 normas do Código Ambiental justamente normas de proteção de nascente e área de formação vegetal vou mostrar aqui para vocês Eduardo Leite cortou ou alterou quase 500 pontos do Código Ambiental do Rio Grande do Sul em 2019 essa notícia do ano passado se vocês quiserem uma análise completa sobre as enchentes temos tá temos uma análise completa isso sem falar nisso aqui gente orçamento contra desastres naturais do Rio Grande do Sul é só 9% do anunciado pelo governo o governo chegou a anunciar 117 milhões em caixa mas o valor real é 10 milhões Limpo 10 milhões Limpo chegou nem a 10% então assim antes que os cínicos da direita venham falar Ah o Eduardo Leite fez chuv elho fez dança da chuva gente por favor por favor não subestime a inteligência das pessoas e tudo isso por quê porque o governo queria aliviar pro agronegócio não importa a convicção do Eduardo Leite Não importa se ele acredita ou não em aquecimento global não importa ele tem um compromisso com o agronegócio do estado e ele vai cumprir com esse compromisso ele vai Honrar esse Compromisso Isso sem falar que o Eduardo Leite também tem um compromisso com uma coisa chamada austeridade fiscal e não confundam austeridade fiscal com estado mínimo tá austeridade fiscal não é estado mínimo é desvio de dinheiro público para parceria público-privadas e subsídio para bilionário isso é austeridade fiscal austeridade é para você a austeridade o que é austero é o orçamento que te impacta então assim a gente pode falar sem medo de errar que a política neoliberal do Governo foi sim responsável pela tragédia no Sul 100% tem a menor dúvida disso E se o neoliberalismo é bom em criar problema muito muito rápido ele não é tão bom em resolver e é essa é a nossa pauta hoje famílias atingidas pelas enchentes seguem sem solução Habitacional em Canoas Caso vocês não lembrem Canoas talvez tenha sido a cidade mais atingida pelas chuvas Canoas ficou debaixo d'água Governo do Estado e prefeitura ainda não definiram o destino de 406 pessoas que estão no centro humanitário Esperança ai mas você tá pegando um negócio muito específico você tá pegando Uma cidadezinha da zona Metropolitana do de de Porto Alegre com 406 pessoas vocês vão ver como essa notícia aqui revela pra gente um mecanismo muito muito perverso do capitalismo tá muito perverso abre aspas 8 meses após as enchentes de Maio famílias que perderam suas casas continuam enfrentando incertezas enquanto aguardam moradias prometidas pelo Governo do Estado em Canoas A situação ainda é mais grave as 406 pessoas abrigadas no centro humanitário esperança não tem qualquer previsão de encaminhamento para suas moradias a ausência de uma definição entre o governo do estado e a prefeitura mantém as famílias em um estado de angústia e Incerteza na última sexta-feira o Brasil de fato Rio Grande do Sul publicou uma matéria ou perdão publicou uma entrevista com Milene Bertol beneficiária do centro humanitário de acolhimento chha de Canoas que relatou a ausência de respostas e o medo constante de não ter um lar para voltar de julho a dezembro Milene residiu no chha Recomeço com a desativação do local ela foi transferida para para o ch esperança que também está com previsão para encerrar famento das atividades ela segue sem perspectiva de uma moradia já em Porto Alegre a construção de 80 casas temporárias no bairro Sarandi na zona norte da capital avança mas não foi concluída as moradias erguidas em terreno inabitado da prefeitura possuem pega visão 27 M qu terão banheiro pronto e serão equipadas com geladeira fogão armário cama de casal e beliche apesar de já terem suas estruturas montadas faltam acabamentos com Paisagismo encanamento e iluminação 27 M qu cama de casal e beliche 27 M qu cama de casal e beliche sabe como é que eu chamo isso aqui lá na minha cultura cativeiro eu chamo isso aqui de cativeiro as residências serão destinadas aos beneficiários do centro humanitário de acolhimento vida que atualmente abriga 362 pessoas a entrega não será o suficiente para atender toda a demanda voltando aqui um ano depois tem gente morando em abrigo 1 1 ano depois tem gente morando em abrigo 406 pessoas só em Canoa sem perspectiva de moradia sendo jogada de um lado pro outro imagina como a vida dessas pessoas deve est só imagina imagina como esses trabalhadores estão sobrevivendo como é que eles estão provendo pras suas famílias e aí vai ter animal de carroça que vai falar mas o estado não tem condição de abrigar todo mundo e aí é aí que você me tira do sério você Liberal que fala isso porque isso aqui é de coçar o cu com prego que eu vou mostrar para vocês número de imóveis vazios de Porto Alegre é três vezes maior que a demanda de moradia para pessoas desabrigadas gente eu pergunto para vocês se tem três vezes mais Imóveis vazios por constrói casa por constrói cativeiro de 27 m por quê várias capitais brasileiras vivem a contradição entre a demanda por moradia e um estoque de moradias sem uso essa contradição chama-se capitalismo com o desastre climático resultado do atual modo de produção a Prefeitura de Porto Alegre calcula que 15 a 30. 000 pessoas apresentarão demanda por novas moradias a prefeitura estima construção necessária de 8. 000 Imóveis populares após a terra arrasada feita pelas chuvas e enchentes no estado governo Lula já garantiu que vai investir na construção de casas para aqueles que perderam tudo de acordo com o Observatório das metrópoles e consenso de 2022 de 686.
5 144 domicílios particulares permanentes em 2022 na capital Gaúcha 5558. 1 estavam ocupados 100. 000 vagos e 27.
000 eram de uso ocasional 100. 000 vagos 100. 000 vagos falam Na necessidade de construção de 8.
000 Imóveis 100. 000 Imóveis vagos Vocês pegaram o esquema prioridade do governo não é dar casa pras pessoas a prioridade do governo é garantir que essas pessoas desocupadas não fodam com a grana dos especuladores é garantir que as pessoas que perderam tudo não atrapalhem os lucros dos imóveis E aí vamos lá a gente falou sobre isso o ano passado mas eu vou repetir pessoal do MLB movimento de luta nos bairros vilas e favelas que é um movimento mento social vinculado à unidade popular e que luta por ocupação luta por moradia associando isso com a luta pelo socialismo ocupou o palácio Piratini na esteira do desastre das enchentes lembram disso a gente falou sobre isso na época aqui pegando o jornal da up inclusive Governador Eduardo Leite despeja famílias da ocupação Sara Dominguez menos de 2is meses depois do desastre o governo estadual tentou reintegrar a ocupação a ocupação estava brigando vítimas das enchentes lendo aqui um trecho do Jornal A catástrofe que afeta o Rio Grande do Sul poderia ser evitada se o governador do PSDB não tivesse ignorado todos os alertas ambientais e submetido o estado e submetido o estado nem alterado cerca de 500 normas e leis ambientais e a situação ainda é grave após as enchentes milhares de pessoas tiveram que deixar os abrigos e não tem para onde ir O último boletim da Defesa Civil do estado revelou que quase 2,4 milhões de pessoas foram impactadas sendo que mais de 572. 000 ainda estão desalojadas isso na época né e mais de 30.