Só duas testemunhas conseguem saber assim mais profundamente o que vai no meu coração quando eu tô aqui. Uma é a Lana, que chega mais ou menos assim a 80% da Revelação, e a outra é o próprio Espírito Santo, que é o Senhor da Revelação. É muita alegria, muita gratidão. É uma história de mais de primeira vez que eu vim a Portugal, foi em 18, 19... Tal vez eu tenha vindo em 1800 e qualquer coisa, mas aí era noutro formato. E, mas em 1989, né? Então isso vai para 34 anos, e é uma vida. Eu
vim aqui num processo assim mesmo de Deus trazer revelação. A nossa primeira visita aqui em Portugal transformou radicalmente a nossa visão de ministério. A gente não é o que é ministerialmente no Brasil sem a nossa passagem aqui por Portugal. Aliás, eu quero usar isso, e já que o Espírito colocou isso, para dar esse testemunho e abrir nosso testemunho nesse sentido. Isso já vale para a gente discernir o Espírito e a natureza desse encontro. É porque, na época, em 89, o nosso ministério estava crescendo muito; as coisas estavam acontecendo; estava indo muito bem. A igreja começando
era uma igreja grande, muito ativa, com muitas coisas acontecendo, plantando congregações. E a gente no começo do casamento, né? E isso foi num momento assim interessante da nossa vida: a família começando, os filhos pequenos. E foi mais ou menos essa época. A partir dessa primeira visita que eu fiz aqui, que depois, em 92, então isso foi final de 89, e quando foi final de 91, dois anos depois, início de 92, eu e a Lana decidimos vir para cá e ficar aqui 50 dias. A Lana estava grávida da nossa filha, na época, Lídia, e já estava
no terceiro para o quarto mês de gravidez. O Paulo Neto estava, na época, já com 6 anos de idade, a Sara com 3 anos, e nós tínhamos uma filha também já com 16 anos (que tinha 15 porque a gente tinha adotado ela entre o Paulo Neto e a Sara). Já com 11 anos de idade, ela era uma menina que foi criada na rua, e com 11 anos, ela foi estar conosco, a Vanda. Então tinha o Paulo Neto, a Sara, a Vanda e a Lana grávida da Lídia. E foi por causa da visita de 89 que
nós viemos para cá no final de 91. Por quê? Isso vale para o que a gente quer compartilhar, porque não faltava atividade. Então, a gente estava vivendo um tempo de muita atividade, igreja crescendo, as coisas acontecendo, povo convertendo. Ministério, a gente já tocava lá. Missão menina, é... agora que eu lembrei que você está aqui! E aí, as coisas acontecendo... Senta! Que pedra voando ali! Ó, cara, tá doida de saudade de você lá! Vai matar saudade. Então, quando você está vivendo um momento de muito crescimento, muita atividade, a sua agenda já amanhece pronta. Então deixa eu
te falar uma coisa: como engenheiro, atividade máxima pode significar movimento mínimo, porque às vezes a gente fica muito com a atividade e perde a direção do processo. Então, a hiperatividade pode significar que você está perdendo um pouco da sua direção. O mundo hoje está caracterizado por atividade máxima e direção mínima. Por que eu estou dizendo isso? Porque lá na palavra de Deus, o que corrompe, o que compromete o cumprimento da vocação de Deus na nossa vida não é distração. O distraído teve o problema dele resolvido lá na largada. Então, o semeador semeou a mesma semente
na mesma região. Na mesma região, no mesmo ambiente, vai ser plantado uma semente; 25% dela vai se perder pelos distraídos. Então, tem gente que aqui dentro pode ter um grupo, nós podemos chegar nesse ambiente aqui a um índice de até 25% de distraídos. Pode acontecer. E ministerialmente, você não pode lamentar que às vezes a gente quer aproveitar todo mundo e não vai acontecer. Depois, tem um índice de perda que pode chegar a 50%, que são os entusiasmados. Então, nesse ambiente aqui, pode ter 25% de distraídos e pode ter 25% de empolgados, gente que recebe: "Meu
Deus, palá!" Mas, revelação, na primeira dificuldade cai fora, não aguenta. Gente empolgada, mas que não aguenta os desafios. Então, nós podemos ter uma perda de 50% entre os distraídos e os empolgados. Mas depois vem o dano maior, que é quem passou pela fase da distração. Ele não é um distraído, ele passou pela fase da empolgação, ele viveu problemas e enfrentou problemas e prevaleceu. Só que ele representa o grupo dos hiperocupados, os hiperativos. E aí é um prejuízo maior, porque você está vendo a promessa acontecer, você está na iminência de produzir seu fruto. E não foi
a distração que venceu você, não foram os problemas que venceram você. As pessoas que mais se aproximam de cumprir o propósito são aquelas que viveram ultrapassando o limite da distração, ultrapassando o limite da dificuldade, mas foram vencidos pelo engano da hiperatividade. E ocupados, perderam a direção. Então, isso é grave. Naquela época, a gente já tinha vencido a distração. Nós não éramos distraídos, nós respondemos a Deus. Nós já tínhamos passado pela fase da resistência do descaso, eu e a Lana, humilhações assim de gente chamar e falar que a gente era filho do diabo por estar vivendo
o que a gente estava vivendo. Mas a gente estava enfrentando agora um inimigo sutil, que é o que está dando certo, o que está dando certo. E aí, você já amanhecer com a sua agenda pronta, ocupado em fazer aquilo funcionar e continuar... Função Fon, foi nessa época então que Deus falou forte ao meu coração, falou assim: "O que vocês estão fazendo tá muito bom, tá tudo certo, mas cuidado porque tudo isso levanta muita poeira, muita fumaça, e aí a hiperatividade gera um movimento à sua volta e, sem perceber, você pode começar a perder a razão,
o propósito daquilo que você tá fazendo. Você começa a fazer a coisa pela coisa, você começa a fazer a coisa só para manter ela funcionando." E foi aí que a gente veio para cá. Quando a gente veio para cá, foi uma coisa difícil, porque nós deixamos no Brasil, por 50 dias, um filho de 6 anos, uma filha de 3, uma filha recém-adotada de 13, 14, 15 anos. Um grande desafio! As pessoas assumiram o encargo de cuidar lá para a gente ficar aqui 50 dias, e a Lana grávida. A gente morava aqui em Lisboa, lá perto
daquele hospital famoso, ali na região do Zoológico. E era famoso, lá numa época fácil. Vivíamos aqui em dezembro, quase não faz frio, quase não choveu, entendeu? E a gente tinha dia que eu e a Lana chegávamos literalmente em casa igual um pinto molhado; não havia um lugar que não estava molhado. Um casal de brasileiros totalmente despreparados para viver na Europa, com roupa, com tudo. Nosso sapato era inadequado, a roupa era inadequada. A Lana, grávida, quando chegou no dia 24 de dezembro, a gente resolveu ligar em casa para cumprimentar os filhos pelo Natal; era metade do
tempo que a gente estava aqui exatamente. E aí não tinha celular, não tinha WhatsApp, não tinha nada. A gente desceu e, naquela noite, fomos ligar para casa. Um frio de matar, em um orelhão, cabine telefônica da rua, com dinheirinho: tim, tim, tim, tim, lá, ligação a cobrar. Eu e a Lana dividindo o mesmo fone para poder escutar a conversa dos nossos filhos ao mesmo tempo. E quando Paulo Neto, nosso filho de seis anos na época, veio no telefone, e a gente falou: "Filhão, que saudade! Ligando para cumprimentar pelo Natal, como é que você tá?" E
ele disse assim: "Muito triste, pensa, a Lana grávida quase perde a criança, o filho dela de 6 anos no Brasil, tô triste." Ela perguntou: "Por que você tá triste, filhão?" Ele respondeu: "Porque vocês foram embora, me largaram aqui e não me perguntaram se eu queria ficar." A Lana, grávida, teve três dias de febre. A Lana caiu de cama, ficou com febre três dias, e ela falava para mim: "Você me enganou, porque se você tivesse atravessado um rio, eu voltava nadando. Mas como você atravessou o mar, não tem jeito de eu te largar aqui para ir
lá salvar meus filhos." E foi assim que Deus transformou nossa visão de ministério radicalmente. Aquilo que a gente é hoje no ministério passa por aquilo que a gente entendeu como direção de Deus na nossa relação com a Europa, na nossa relação com os nossos pais. Então, estar aqui a cada vez que eu venho é uma renovação, mesmo assim, de alegria, de propósito, de entendimento daquilo que a gente tá aqui para realizar como igreja no mundo. Me ajuda a não perder de vista o que é a igreja. Por isso, eu queria ler com vocês o que
tá lá em Lucas, que vai orientar nossa conversa aqui. Esse testemunho ajuda nisso, porque é o nosso testemunho pessoal. E eu queria ler com você, eu queria registrar que passei no Reino Unido, e passei também agora em Portugal, no Japão, e eles mudaram a tampinha da água mineral. Eu quero deixar registrado que eu não gostei; ela é mais barata, parece que ela é resolutiva, mas ela é pior de tomar água, porque fica esse trem agarradinho aqui, atrapalhando a gente a tirar na boca e dá aquela golada gostosa quando você tá com sede. Então, fica aqui
registrado como engenheiro meu protesto: se alguém tiver a chance de devolver isso à normalidade, por favor, pode ser o que for, mas que é pior para beber água. Então, Lucas, Evangelho de Lucas, é porque eu tô reclamando dessa tampinha, porque com certeza essa porcaria vai chegar lá no Brasil, porque tudo que acontece de bom e de ruim aqui chega lá para nós. Então, aqui em Lucas, no capítulo 4, é uma cena muito conhecida de todos nós, porque é a cena de Jesus no templo. Jesus visita o templo duas vezes, assim, de forma registrada. Eu tenho
registro de Jesus entrando no templo aos 12 anos de idade e depois ele voltando ao templo, né, para no início do seu ministério, para dizer lá para todo mundo o que era o propósito da vida dele. E depois ele vai voltar ao templo, e ele, quando volta pela terceira vez, já é para trazer uma disciplina. Então, é interessante a gente ver como é que Jesus se relaciona com esse ajuntamento feito em nome dele. Amém? Então, vamos prestar atenção no que Jesus quer nos ensinar a respeito do sentido e do propósito daqueles que se reúnem em
nome dele. Ele diz assim: [Música] Desculpe, eu queria ler uma coisa e falei outra. Aqui, no capítulo 2 de Lucas, diz assim: você conhece bem a história. Os pais de Jesus levaram ele ao templo com 12 anos. Deixa o Espírito de Deus ministrar o nosso coração para a gente entender o que pode estar acontecendo, o que pode acontecer com nossa vida, e que nem Jesus foi poupado disso. Os pais de Jesus foram. Que era o propósito de vida de Jesus? Então, o que pode estar acontecendo conosco na nossa vida, apesar de estarmos sendo visitados pelo
Espírito Santo, orientados pelo Espírito Santo? Às vezes, a gente pensa que o pior que pode acontecer na vida de uma pessoa é ela não ter contato com o Espírito Santo. Essa é a realidade do mundo. O problema de quem não conhece o Espírito Santo está resolvido: ele é ignorante, e Deus não vai levar em conta a ignorância. O problema da humanidade não está em quem desconhece a vontade de Deus. O problema da humanidade está em quem, conhecendo a vontade de Deus, dá a ela um outro propósito. Vou repetir: o problema da humanidade não está com
os ignorantes; Deus não leva em conta os tempos da ignorância. O problema da humanidade está na vida daqueles que, tendo contato com o Espírito Santo, dessignificam o propósito da obra de Cristo na nossa vida. Por isso, a palavra de Deus diz que a dor da humanidade está no fato de que ela geme, clama e anseia para que os filhos de Deus se revelem. Então, o problema da humanidade não está num povo sem revelação; o problema da humanidade está no povo que, tendo a revelação, não cumpre o seu propósito. Assim, o diabo está destruindo os filhos
da humanidade, na tentativa de, junto com eles, destruir os filhos de Deus que podem dar sentido à humanidade. Amém! Então, os reis deste mundo mandaram matar as crianças, tentando, junto, eliminar aqueles que podem salvar as crianças. A gente pensa que estamos aqui para que Deus responda às nossas orações. Um dos problemas que está fazendo a humanidade sofrer é que os filhos de Deus, que deveriam ser a resposta às suas orações, estão aqui ocupando o tempo de Deus para que ele responda às nossas. O Espírito Santo não quer responder às nossas orações; o Espírito Santo quer
nos convencer de que nós somos a resposta das orações. Então, nós não estamos aqui para ocupar o tempo de Deus para que ele responda às nossas; estamos aqui para ter tanta intimidade com Deus que saibamos o que ele está orando. Quando Isaías se aproximou de Deus, ele conseguia ouvir o que Deus estava orando. Nós temos que ter uma vida de oração que nos coloque tão perto de Deus que consigamos ouvir o que ele está orando, para que, em vez de pedirmos que Deus responda às nossas, possamos ser a resposta dele. É como se Jesus fosse
tão próximo do Pai que ouvisse a oração do Pai em favor dos seus irmãos, e ele diz: “Eis-me aqui! Envia-me a mim.” Então, nós somos a resposta da oração do Pai, e a oração do Pai é porque o mundo criado está orando a Deus, na sua ignorância. O povo busca a Deus porque não conhece o Pai. Preste atenção: Deus escreveu no coração do homem a eternidade. Todo ser humano tem ainda algum rasgo de esperança porque há um clamor no coração do homem pela eternidade. Todo homem nascido tem na sua memória mais remota um "chip" remanescente
de Adão. Portanto, todo ser humano possui uma memória retroativa do que era a humanidade com a presença de Deus. Por isso, em qualquer lugar do mundo, se hoje fosse descoberta uma comunidade remota e primitiva, que não teve nenhum contato com a civilização conhecida, você perceberia que, mesmo assim, eles têm culto. O culto não é sinal de acerto; não é sinal de transformação espiritual. O culto é a expressão mais primitiva da humanidade. Você não sabe se vai encontrar um ser que come vegetais ou carne. Você não sabe se ele gosta de andar nu ou vestido. Você
não sabe se mora em tenda ou em prédio. Mas a única certeza que você tem quando chega a um povo não alcançado é que lá há culto. Contudo, nenhum animal faz culto porque não tem memória de divindade, mas o ser humano tem memória de divindade. Portanto, pode estar garantido que, na ignorância dele, no dia do juízo, ele passará de acordo com sua própria consciência; seu próprio conceito de divindade o submeterá a um certo juízo. Assim, na ignorância da sua divindade, ele estará resguardado, pois apenas precisará ser coerente com o culto que ele mesmo fazia. Então,
nós estamos lá agora para trazer revelação porque... Ele fez uma oração ao Divino. Beleza! Então a humanidade foi lá e se ajoelhou diante de cada um, diante do seu próprio Deus. Aí, como só há um Deus, e esse Deus, como Paulo escreve aos Efésios, só há um Deus e Pai que está em todos, por todos e de todos. Então, apesar de todo mundo achar que existem vários deuses, quando eles fazem oração aos vários deuses, essas ações chegam a quem? Ao Pai. Aleluia! Cada um está rezando por um Deus, mas quem está ouvindo as orações, independentemente
do nome do Deus que a gente dá, ele é o quê? Pai. Aí, ele ouve as orações como Deus e traduz essas orações como Pai. Então, ele ouviu como Deus, mas agora ele vai responder como Pai. Como o Pai, ele vai chamar o seu Filho. Então, quem ouviu as orações? O Pai, o Filho, e quem ouviu as orações de todo mundo? Deus. Então, Deus ouviu a oração de todo mundo e respondeu a oração de todo mundo como um Pai, fazendo uma oração ao seu Filho. Você vai por nós? E o Filho disse: "Eu irei". E
ele é o primeiro de muitos. Então, ele era unigênito, respondendo essa oração, mas ele deu a vida para se tornar o primeiro de muitos irmãos. E aí, antes de pedir, a gente, ele falou assim: "Ó, o Espírito que eu recebi do meu Pai, eu estou dando para vocês. E assim como meu Pai me enviou, eu estou enviando vocês." Então, nós estamos aqui enviados pelo Pai, que está respondendo as orações que ele ouviu como Deus. Então, pelo amor de Deus, nós não estamos aqui para apresentar mais um Deus. Amém, irmão? Glória a Deus! Nós estamos aqui
para responder à oração do Pai, que ouviu as orações de todo mundo como Deus. Então, Deus, ouvindo as orações de todo mundo, respondeu como um Pai, enviando um dos seus filhos. Que antes era um só, agora são muitos. E assim como o Filho foi enviado, agora nós estamos sendo enviados como filhos de Deus, para que, quando alguém vê o Filho, vê o Pai que o enviou. Amém! Então, tudo aquilo que está escrito a respeito de Jesus está escrito a respeito de quem? De nós. Então eu tenho que olhar para a vida de Jesus para entender
minha vida e não ficar olhando para a vida de Jesus para que ele salve a minha vida. Não! A vida de Jesus é para que, em salvando a minha vida, ele possa dar sentido a ela. Então, a obra da salvação é para que, agora, eu, sendo salvo, possa cumprir o meu propósito como filho, porque o pecado me impediu de conhecer Deus como Pai. Apesar de eu continuar buscando Deus como Deus, então o pecado não me impediu de buscar Deus como Deus, mas me impediu de conhecê-lo como Pai, de ter comunhão com Ele. Agora, ele perdoa
o meu pecado, envia sobre mim o seu Espírito, para que eu possa ter comunhão com Ele. Tendo comunhão com Ele, possamos ter comunhão uns com os outros e, finalmente, cumprir o nosso propósito como filhos. Glória a Deus, amado! E aí, para cumprir o nosso propósito como filhos, eu tenho que olhar para a trajetória de Jesus como Filho. E na trajetória de Jesus como Filho, mesmo ele tendo sido Filho da Promessa, mesmo ele tendo nascido numa família crente, nasceu numa família crente, filho de revelação, o Espírito Santo estava lá gerando o menino. E mesmo em uma
família crente que frequenta culto, José e Maria não esqueceram Jesus em um centro de macumba; eles perderam Jesus no templo porque ainda estavam ocupados em servir à divindade e não em conhecer o Pai. Então, Jesus não escapou daquilo que nossos filhos não estão escapando. Nossos filhos podem estar sendo esquecidos no templo por conta de pais que se ocuparam da atividade sem tentar discernir o propósito. Então, nós levamos os filhos para a atividade pensando que a atividade vai garantir a salvação dos nossos filhos e, sem perceber, nós estamos tão acostumados com a atividade que estamos perdendo
o quê? O propósito dela. E com isso, estamos esquecendo os filhos no templo, achando que algum tio ou líder de ministério infantil ou pastor bem dedicado vai salvar nossos filhos, enquanto nós podemos continuar ocupados com as nossas atividades porque vamos ser salvos pelo nosso Deus. Foi muito rápido! Deu para entender? Eu sei que isso não acontece aqui em Portugal, mas lá no Brasil está lotado de "tios" lá no Brasil! Não falta gente na igreja ocupada com atividade, pensando que o ministério infantil da igreja ou o culto vai salvar os filhos, que eles podem largar o
filho lá, que alguma tia crente. E lá, a gente costuma inclusive dizer as tias do ministério infantil porque é o que a mãe de Jesus e o pai de Jesus pensaram: "Algum parente está fazendo para mim o que eu poderia estar fazendo." E agora eu fui lá, participei da atividade, meus filhos estão garantidos e eu posso voltar para a minha vida normal. E, sem perceber, nós esquecemos nossos filhos no templo. E leva o tempo de uma morte para a gente lembrar que esqueceu! Sabe por que tinha que demorar três dias para José e Maria lembrarem
que tinham esquecido Jesus? Porque que é o tempo suficiente para uma pessoa morrer fora do seu propósito. Não leva 3 anos, não leva 30 anos para ter um filho morto; leva quanto tempo? Três dias! Era o prazo que Jesus precisava para deixar claro para todo mundo que Lázaro estava morto. Amém? Três dias e tá morto! Não leva 3 anos, nem vai levar 30 para essa criança morrer fora do seu propósito, esquecida aonde? No templo, com a falsa ideia de que a atividade vai salvá-la. Só porque nós estamos levando-a periodicamente a uma atividade religiosa. Então, às
vezes, você tá preocupado com quem tá levando os filhos para um lugar errado. Vou te falar uma coisa: há mais risco para as crianças que estão sendo levadas para o lugar certo do que para as crianças que estão sendo levadas para o lugar errado. Porque as que estão sendo levadas para o lugar errado, Deus não vai levar em conta os tempos da sua ignorância e é mais difícil recuperar uma criança que foi levada para o lugar certo a vida toda, fora do seu propósito, do que recuperar uma criança que foi levada para o lugar errado.
É muito mais fácil tratar com o filho de um incrédulo que foi levado para o lugar errado a vida toda do que tratar com o filho de um crente que foi levado para o lugar certo o tempo todo, mas foi esquecido lá, achando que a atividade ia salvar ele e que ele foi feito para salvar a atividade. Porque nós não estamos conhecendo o seu propósito. Aí, Jesus, esquecido lá no templo, Lucas, capítulo 2, diz assim: "subiram a Jerusalém, como era de costume". A sua vida espiritual é uma atividade de costume ou é uma coisa com
propósito? Sua rotina espiritual é a sua atividade de costume? Você tá mantendo uma atividade de costume ou você tem consciência clara de que você tá cumprindo um propósito? E ele diz assim: "Regressando, eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém". Então, Jesus foi perdido onde? Em Babilônia? Jesus estava perdido em Babilônia? Não! Jesus estava perdido onde? E quando Jesus olhou para Jerusalém, falou assim: "ainda bem que vocês estão em Jerusalém, porque se vocês estivessem em Babilônia, Babilônia mata os profetas". Não quem mata os profetas? Então, quase que Jesus morre profeta em Jerusalém. Então,
quando é que nós podemos estar matando os profetas? Enquanto eles são o quê? Meninos. Porque, com 12 anos, Jesus levantou-se para falar uma palavra o quê? Profética. Quase que o profeta morre menino. Então, qual o jeito mais fácil de você matar um profeta? Mata ele enquanto ele for menino. E qual a maneira mais fácil de matar um profeta? Envolver ele nas atividades corretas para que ele, distraído, fique perdido por lá e a gente possa continuar tocando a vida sem se preocupar em ajustar a nossa vida em favor da vocação profética dos nossos filhos. Então, a
gente garante as nossas atividades com atividades religiosas para os nossos filhos, sem perceber que nós estamos matando o profeta em vez de colocar a nossa vida a serviço da sua vocação profética. Então, nós estamos amarrando os nossos filhos à nossa atividade, e para ajustar os nossos filhos à nossa atividade, nós criamos atividades religiosas pensando que, nas atividades religiosas, nossos filhos estarão garantidos, em vez de ajustar a nossa vida à vocação profética deles. Então, nós estamos sacrificando profetas para manter nossas atividades, em vez de sacrificar nossas atividades para dar sentido ao profeta. Faz sentido? Aí, ou
não? Beleza! Então Jesus se levantou. E aí, pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia e procuravam entre os parentes e conhecidos. Um dia para ir, um dia para voltar, acharam Jesus no terceiro dia, chegaram lá. Como não o encontrassem, voltaram em busca dele. E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando, e todos que ouviam admiravam da sua inteligência e resposta. E, quando o viram, maravilharam-se. Disse-lhes a sua mãe: "Menino, é desse jeito?" O profeta cumprindo a vocação profética! Nós
zangando com ele porque ele não tá adequado às nossas atividades. O profeta ainda tem que tomar a bronca. Lá no Brasil, a gente faz zangar. Tem a tendência de lavar suas culpas, ficando nervosos com os filhos. Nós temos uma tendência de culpar nossos filhos pela nossa falta de responsabilidade. E aí nós estamos enchendo nossos filhos de culpa e não de responsabilidade. O que eles podem ter é a culpa de mostrar para nós que a coisa não tá funcionando como poderia. Hoje, as famílias estão mais carregadas de culpa do que de responsabilidade. E aí é a
culpa de ter que fazer um filho que funciona. Alguém sabe o que eu tô falando aqui ou não? A culpa de fazer um filho que funciona de acordo com o nosso padrão de atividade, e não de sacrificar, ficar tudo assumindo o risco de uma transgressão para ter um profeta que cumpre o propósito. E todo profeta, para cumprir o propósito, ele é um transgressor. Todo profeta, para cumprir um propósito, ele tem que ser um transgressor do que tá estabelecido e não conformado. Se tem uma coisa característica na vida de um profeta, é a transgressão, tanto que
Jesus tá transgredindo a conformidade de José e Maria. Jesus é um transgressor. Aos 12 anos de idade, Jesus tá fazendo o quê? Uma transgressão. Quem tá denunciando a transgressão? José e Maria! Na boca de quem? De Maria! Porque Maria é a responsável por manter a integridade. Então, por que que isso, infelizmente, vem na voz da mulher? Porque geralmente a mulher é a voz primeira daquilo que não tá funcionando, daquilo que podia funcionar melhor. E tá certo! Porque a mulher nunca tá errada. Ela sempre vai trazer a perspectiva daquilo que deve ser feito pra coisa funcionar
melhor. Errado tá é o homem, que deveria ser aquele que buscou em Deus o aspecto invisível e subjetivo para fazer aquilo que é a coisa certa que a mulher tá pedindo, só que dentro do seu propósito e não certo. Pelo certo, apenas para não deixar que a coisa fique ruim. Amém, irmãos? Então, o que que pode ser a igreja? A igreja pode ser uma mulher fazendo a coisa certa, porque a coisa certa tem que ser feita, e a coisa certa tá sendo feita. Bem feita! No entanto, pode estar sendo... Feita fora do seu propósito, então
isso não tem nada a ver com macho e fêmea. Não, isso tem a ver com aquilo que são as características de cada um. E como é que a gente, dentro de características de uma pessoa, só porque a pessoa é composta do subjetivo propósito e do objetivo atividade. Só que a atividade objetiva, visível, que é representada pela figura menina-mulher organização, pode estar totalmente fora de propósito, porque ela não está alinhada com aquilo que é a sua característica, exatamente de quê? De paternidade, de semente, de gênese, de natureza, que é subjetiva. Então, o nosso senso de objetividade
de atividade pode estar comprometendo aquilo que seria o caráter subjetivo da nossa vocação. Então, nós podemos estar em estase máxima e movimento mínimo. Assim, nós estamos com excesso de atividade; isso está atrapalhando a gente de saber qual de fato é a direção que a gente tem que seguir, e normal. E aí, nós podemos estar sendo enganados pelo certo e não pelo errado. Amém! Então, a Maria está errada. [Música] Não, quem está fazendo a transgressão é Jesus. E aí, se eu não entender que o profeta é um transgressor e reprimir ele por conta da atividade que
foi comprometida, eu vou gerar um delinquente. Então, muitos dos nossos filhos estão indo para a delinquência da timidez ou para a delinquência da perversão. Então, o tímido é um delinquente porque ele não assume seu papel profético; ele se omite. Então, a omissão é a forma passiva e tímida da delinquência, e a violência, a corrupção é a forma ativa e agressiva da delinquência. Então, como quando você mata o profeta, ele se torna o quê? Um delinquente, porque ou ele se omite ou ele abusa. Então, hoje estamos tendo líderes abusivos ou líderes omissos. É comum se chegar
a uma igreja onde tem um líder abusivo convivendo com um punhado de líderes omissos, porque ninguém quer cumprir o seu papel profético. Então, você tem um líder abusivo fazendo a coisa acontecer e um punhado de líderes reclamando daquele cara, sendo que eles tinham a responsabilidade de redirecionar a coisa. Quem está entendendo o que estou falando aqui? Sendo que são todos o quê? Profetas. É um profeta abusando do seu dom profético diante de um punhado de profetas negligenciando o seu dom profético. Porque ninguém resolve o quê? Transgredir de forma ativa e intencional segundo a sua vocação
profética. Então, Jesus está falando para profetas abusivos e sendo repreendido por profetas passivos. Então, ele está sofrendo a repreensão do passivo e enfrentando a opressão do abusivo, fazendo uma transgressão. Jesus está transgredindo o ambiente abusivo e transgredindo o ambiente passivo. Então, o profeta é transgressor do ambiente passivo e do ambiente abusivo. Então, todo filho nosso tinha que ser o quê? Para ser profeta: um transgressor que não se omite e nem se beneficia. Ele não se beneficia do dom profético de forma abusiva e nem negligencia o dom profético de forma passiva, mas ele cumpre seu propósito.
Glória a Deus! E o que é o propósito do profeta? Depois Jesus vai explicar isso melhor; depois ele vai falar sobre, ele vai descrever como é que ele vai cumprir. Mas nesse momento agora, ele está dizendo qual é a natureza da vocação profética. Então, nós vamos conservar aqui de manhã só para tratar essa questão profética da igreja na pessoa dos filhos profetas que Deus prometeu. Por que Deus prometeu? Quando vier o Espírito Santo, todo filho será o quê? Todo filho de pessoa convertida é o quê? Profeta. Então, só nasce profeta na casa de quem crê
em Jesus. Eu não sei que tipo de atividade seu profeta vai ter, mas eu sei qual é a natureza da atividade dele. Eu não sei se seu filho vai trabalhar na cozinha, se vai trabalhar na faxina, se vai trabalhar em escritório, não sei se vai ser um driver, não sei o que ele vai fazer. Não sei, não interessa. Sei se ele vai ser preso injustamente; eu não sei se ele vai ter pós-graduação, doutorado em ciência e depois ser preso, onde o diploma dele não vai valer nada. Se um cara tiver o máximo diploma que a
Universidade de Harvard pode dar e depois, por uma contingência, se ele acabar preso por um sistema opressor, a única certeza que eu tenho, ele estando em Harvard ou em uma cela, no fundo de uma cela, é que ele é um profeta. E o profeta cumpre o propósito dele quando ele usa o diploma ou quando ele está algemado no fundo de uma cela, preso em uma cadeia onde ele não devia estar. Então, você não se preocupe em garantir o diploma do seu filho, se comprometa que ele seja o quê? Profeta. Glória a Deus! Amado, porque Deus
não prometeu que ia garantir o diploma dele; quer trabalhar para sua filha tem um diploma, trabalha. Mas Deus não garantiu. O que Deus garantiu quando você estava com ela na barriga? Que ela seria o quê? Profeta. Deus é tão maravilhoso na minha vida. Eu orei por essa menina aqui quando ela estava na barriga da mãe. Aí você entende porque eu estou nervoso desse jeito, me encho de coragem, porque Deus trouxe pra minha vida um testemunho lá do Brasil, encomendado para sentar na primeira fila aqui. Amém, irmão? Cadê Aninha? Que sair? Como é que eu fico
valente? A Aninha está sentada aqui, e eu carreguei a mãe dela nas costas como conselheiro de um acampamento, quando a mãe dela tinha 10 anos e eu 17. Me amou como se eu fosse o irmão mais velho dela; a Raquel, esposa do Neemias, que vocês conhecem muito bem. Aí, põe uma profetisa, duas profetisas para sentar aqui. Vem, meu filho. Pega os meninos do pijama. Eles olham para mim, me abraçam demoradamente, e a gente chora um com o outro. Eu tô abraçando o profeta. Eu tô renovado aqui. Vocês que se lascam! Vocês vão ter que aguentar
eu aqui na defesa dos profetas. É para garantir a igreja; tem que garantir o ambiente profético dos nossos filhos, independente das atividades deles. Sei lá o que esses meninos vão fazer na vida, também não interessa. Eu não tô muito interessado no que você vai fazer na vida, não. Só tô interessado na autoridade que você vai ter para fazer o que você fizer. Qualquer coisa que você for fazer na vida, se algum dia você tiver na casa do homem mais poderoso do mundo, e não é porque você pediu emprego, não, porque você foi obrigada. Tinha uma
menina pouquinho mais velha que você, que foi trabalhar de faxineira na casa do homem mais poderoso do planeta. Naquela época, esse homem chamava-se [Música]. Não tinha ninguém mais poderoso que ele. E ela foi separada do papai e da mãe dela com um pouco mais do que a sua idade, e foi trabalhar como escrava na casa do general mais poderoso. Os pais dela tinham sonhos para ela, como você tem para os seus filhos. Eu estava sonhando que aquela menina ia fazer faculdade, tirar um curso, mas no meio do caminho, antes de entrar na faculdade, tirar um
curso, ter um diploma, casar, ser feliz, ela foi sequestrada para trabalhar de lavadora de pratos na casa do homem mais poderoso. Só que esse homem, apesar de todo o poder que ele tinha, ele tinha um problema íntimo: ele tinha um grau de impureza que impedia ele de deitar com a mulher dele. Se ele amasse o mínimo, ele podia ter o poder que for, mas se ele tivesse a mínima consideração pela mulher dele, ele não deitava com ela. Se ele tivesse o mínimo de dignidade, ele não abraçava um amigo, porque a enfermidade dele era altamente contagiosa.
Então, para o mundo, ele era o cara mais poderoso, ele tinha autoridade para acabar com o império sem perguntar se podia fazer isso, mas na sua intimidade, ele gemia de solidão. Ninguém podia ver ele nu. Ele não podia ter um abraço demorado, longo, de um amigo, como eu dei no João hoje de manhã. E sabe quem foi o profeta na vida dele? Não foi Eliseu, foi a menina escrava de menos de 12 anos que lavava os pratos que ele sujava. E ela disse: "Se esse homem conhecesse o que eu conheço, os problemas dele estavam resolvidos."
E foi com base na palavra profética daquela menina que Naamã foi curado. Glória a Deus! Aleluia! Amém. Então, voltando para cá, Jesus diz assim: "Quando viram, maravilharam-se. O que você fez? Estão te procurando." E ele disse: "Por que é que vocês me procuram?" Então, por que às vezes a gente acha que os filhos estão perdidos? Porque nós estamos procurando nesse lugar errado! Quer encontrar seus filhos? Quem quer encontrar seus filhos aqui? Quando você acha que ele tá perdido, então não encontre seus filhos no lugar onde eles estão. Reencontre o lugar dos seus filhos onde eles
são. Recupera o entendimento de quem eles são, e você vai achar onde eles estão. Mas não fique procurando onde eles estão, porque senão você nunca vai achar quem eles são. Porque se você achar que seu filho tá perdido só pelo lugar que ele tá, você vai levar ele para um lugar onde ele tá, para outro lugar que ele tá, e com isso, ele vai continuar perdido em quem ele é. Os filhos estão perdidos porque não estão procurando eles onde eles estão, achando que não era onde eles deviam estar, para levar para eles onde a gente
acha que eles tinham que estar. E levando eles de um lugar onde eles estão para outro lugar onde eles estão, a gente nunca ajudou os filhos a descobrir o lugar onde eles são. Por que vocês estão procurando? É só vocês me procurarem no lugar onde eu sou, em vez de ficar me procurando no lugar onde eu devia estar. Glória a Deus! Amado, nossos filhos estão querendo levar a gente para o lugar onde eles são, e nós estamos querendo levar eles de onde eles estão para o lugar onde eles deviam estar. Às vezes, quando meus filhos
eram bem novinhos, 9, 10 anos, eu ia na escola buscar eles para matar aula comigo, e as diretoras ficavam doidas: "Seu Paulo, mas se eu não posso levar o Paulo Neto, como que eu não posso levar o Paulo?" E eu falei: "Então como ele não pode perder aula? Eu tô vindo buscar ele para ele não faltar na aula. Amém? Então, como ele não pode faltar na aula, eu vim buscar ele aqui para ele não faltar na aula, porque a aula dele hoje é comigo. Eu não posso faltar na aula. Ele pode faltar na escola, mas
não pode faltar na aula. Glória a Deus! Amém! Aleluia! E foi exatamente porque ele nunca faltou na aula que ele pode faltar na escola. Bom, e aí Jesus disse assim: "Vocês não sabem que eu estou aqui para tratar dos negócios do meu Pai?" Então, deixa o Espírito de Deus ministrar sal no nosso coração. O Espírito Santo é para gerar filhos segundo a natureza de Deus. Então, o Espírito Santo é para cumprir a promessa de Deus. Qual é a promessa de Deus? "Façamos o humano ser, de modo que esse humano ser possa ser a expressão visível
de quem nós somos." Então, essa menina, nascida pelo poder do Espírito Santo como promessa, ela não é uma menina nascida da carne para ser salva pelo Espírito; ela é uma menina nascida pelo Espírito para ser formada através de nós. Amém? Então, esse menino aqui não é seu filho; você traz aqui. Para Deus salvar, ele é um filho de Deus que te trouxe aqui para encontrar aqui as condições dele cumprir o seu propósito. Amém, amém! E a gente, às vezes, leva o filho para o templo achando que o templo vai salvar o filho. E Deus nos
faz devolver o filho ao templo para a gente entender o seu verdadeiro propósito. Não há esperança para os filhos nascidos na carne. O que é nascido da carne é carne; da carne nada se aproveita. Se esse menino fosse filho de vocês, não tinha esperança para ele; ele não era diferente de um cachorro. Mas como ele não é alguém formado da carne, ele não é um animal terreno, ele é espiritual. Então, ele foi gerado, e aí eu preciso entender a natureza espiritual dele. Se ele é nascido da minha carne, não tem esperança; mas se ele é
um filho da promessa, gerado na eternidade, ele é a esperança. De modo que eu não tenho expectativa dele; ele é a esperança de que a promessa de Deus está se cumprindo, porque o Espírito Santo foi derramado e agora todos os nossos filhos são gerados da promessa. Porque agora meus olhos foram iluminados, eu não era mais ignorante; porque antigamente eu achava que Deus ia me dar filhos, mas agora eu sei que o Pai está gerando filhos. Então, quando eu conhecia Deus, eu pedia para Deus dar filhos, mas agora que eu conheço o Pai, eu recebo os
filhos de Deus. Amém, irmão? Então, antigamente, agora você recebeu um irmão em casa, de modo que o irmão mais novo vai pegar na mão do irmão mais velho e vai levar ele para onde ele não quer. Então, não é você levando esse menino ao onde ele precisa; é ele levando você onde você não quer. Glória a Deus! Porque José e Maria levaram Jesus onde ele precisava, mas Jesus pegou José e Maria e levou eles onde eles não queriam. Glória a Deus, amado! Aleluia! Então, os nossos filhos vão levar a gente aonde a gente não quer.
O Rafael e a Iana vieram para cá pensando que estavam trazendo os filhos deles para cá, mas é porque eles tinham dois profetas em casa que Deus queria que tivesse uma vivência aqui para poder com o verdadeiro vocação profética deles. Então, os filhos deles trouxeram eles para cá e eles até hoje não estão sabendo direitinho disso, não, mas amém! Eles estão aqui para garantir que os filhos deles vão ter uma formação profética o suficiente para cumprir o ministério de maneira ainda melhor e com mais autoridade do que o Rafa e a Iana cumpriram até agora.
Aleluia! Eu achava que estava trazendo meus filhos para cá, mas depois eu descobri que eram meus filhos que estavam me trazendo para cá, porque agora meus filhos têm autoridade em qualquer lugar, porque eles passaram por aqui e receberam aqui o que eles tinham que receber para cumprir a vocação profética deles. Glória a Deus, amada! Então, o que o Espírito Santo iluminou meu entendimento? Eu achava que eu orava a Deus e Deus respondia, mas eu orava a Deus porque eu era ignorante. Eu tinha divindade, eu ficava clamando a Deus, mas quem ouvia minhas orações não era
Deus; era quem? O Pai! E o Pai enviou seu Filho para que o Filho enviasse o Espírito. Então, Deus, ouvindo as nossas orações, enviou o Filho para que o Filho salvasse a gente da nossa ignorância e, tendo lavado a gente do pecado que impediu a gente de cumprir o propósito. Então, a obra da cruz é para me purificar, para que agora, puro do meu pecado, lavado o meu pecado, eu possa finalmente, como filho de Deus, cumprir o meu propósito. Porque quando eu estava empecado, eu não podia cumprir o propósito. Então, enquanto empecados, vocês não podiam
cumprir o propósito, gerando filhos para Deus, e os seus filhos não podiam ser profetas cumprindo o propósito de Deus, porque era só perdido gerando perdido; era tudo na carne. Mas agora ele fez morrer a nossa carne. Então nós já morremos para a carne; nascemos do Espírito. Então, agora, tudo que nasce em casa é segundo a promessa, porque eu tenho a consciência transformada e sei que agora vai cumprir o propósito. Glória a Deus, amada! E aí, o propósito é fazer os negócios do Pai. Então, eu queria terminar essa fase aqui da gente conversando, aqui concluir, para
a gente entender. Essa madrugada eu fui acordado com uma perturbação, assim, muito forte de algo muito tremendo que Deus quer fazer aqui exatamente nessa área de abrir os nossos olhos, nosso entendimento. Quando Jesus fala que ele está aqui para cuidar dos negócios do meu Pai, ora, se ele está dizendo que é para cuidar dos negócios do meu Pai, o negócio do nosso Deus não é a nossa atividade religiosa. Seria atividade religiosa se fosse os negócios de Deus, mas como não é, o negócio de Deus é o negócio do Pai. O negócio do Pai é família;
o Pai não tem outro negócio, o Pai só tem um negócio: família. E aí o Pai toca todo tipo de negócio para poder tocar o negócio principal dele, que é a família. Então, o Pai abriu um negócio para cuidar de ovelha, ele abriu um negócio para plantar uva e fazer vinho, ele abriu outro negócio de pesca. Ele gosta de abrir negócio! Então ele abre um negócio de padaria, porque ele mexe lá com fazer pão. Ele abriu uma construtora, porque ele fala: "Eu sou o construtor." Ele é advogado, porque ele fala: "Meu Pai está lá, e
eu advogo." Então, parece que Deus tem um escritório de advocacia para defender quem não tem defesa. Ele tem uma construtora para arrumar a casa para quem não tem. Ele tem uma plantação de uva lá para fornecer vinho, consolo no coração. Ele tem... Quando você mexe, tem negócio, ele tem! Um açougue lá que vende o melhor cordeiro que você pode comer. Então, você precisa montar um jantar com pão bom numa casa boa, onde ninguém vai te incomodar. Porque o aluguel não foi pago a tempo, então tem um advogado cuidando para ninguém te perturbar. Porque o aluguel
pode ter atrasado um pouquinho. A casa é boa, não vai cair na cabeça de ninguém. Enquanto tiver jantando, a mesa é boa, com carne boa, porque ele sabe tudo de madeira. Amém! Tá todo mundo bem vestido porque ele tem lá a lã da ovelha. Então, da ovelha, ele tira lã. O cordeiro você nunca comeu, nem em Portugal. Você comeu uma lá daquele jeito? Lá tá tudo, o pão maravilhoso, o vinho maravilhoso, e depois o óleo que ele derrama na cabeça é de azeitona, até melhor que aqui. Tem tudo na casa do nosso pai, porque o
negócio dele é um só: a família. Então, ele é um multiempresário com um negócio. Isso tá escrito na Bíblia. Fal agora. O Paulo Jun viajou. Não por isso que Deus, quando Jesus presta atenção, acho que Deus, de hoje, vai liberar uma palavra de cura aqui. Quando Jesus fala do pai dele, a única coisa que ele não fala do pai dele é de culto. Já parou pra prestar atenção nisso? Jesus vai falar do pai dele, e ele usa o quê? Uma consultora. O pai dele é consultor, é agricultor, é pescador, é pastor de ovelha. A única
coisa que ele não fala do pai dele é dirigindo um culto. Engraçado isso, né? E acaba que Jesus teve problema com os caras que gostavam de dirigir culto. Aliás, quem mandou Jesus pra Cris são os caras que achavam que o negócio de Deus era o culto. Amém, irmão? Amém, irmãos! Era os caras que estavam lá na defesa de quem? Da divindade. Quem tá defendendo a divindade defende o culto e não entende os negócios do pai, por conta do único negócio que o pai tem, qual é a família. Então, o pai tem um negócio: a família.
E pra família, ele toca todo tipo de negócio, até o culto. Mas quem acha que o culto é a única forma de defender os negócios do pai, não tá defendendo o pai, tá defendendo Deus. E quem defende Deus acaba matando o filho em nome de Deus, na defesa do culto. Então, muitas vezes, na hora de defender o culto, nós estamos matando os negócios do pai, que foram abertos pro pai cuidar dos seus filhos, que é o negócio dele. Então, o negócio dele é para que a igreja tenha uma espiritualidade na forma de fazer o seu
culto que privilegie os negócios do pai, para que os filhos de Deus possam trabalhar em vários negócios, para cuidar de um único negócio: a família. Então, o culto não pode impedir os filhos de trabalhar nos negócios do pai, para poder cuidar do único negócio do pai, que é a família. E muitas vezes, a família não tá sendo cuidada porque nós transformamos o culto num tipo de negócio que atrapalha as pessoas a cuidar dos negócios que vão ajudar a cuidar da família. Então, os negócios são para cuidar da família. Entre esses negócios está o culto. O
culto é um dos negócios para cuidar da família, mas ele não pode ser tão exigente a ponto de a gente se perder no culto, achando que o culto vai salvar os filhos. Porque pode ser que os filhos estão se perdendo na comodidade do culto. Porque nós não estamos trazendo a consciência de propósito pros nossos negócios, e o propósito dos nossos negócios não é a manutenção do culto. O propósito dos nossos negócios é a família. E a família tá sendo prejudicada pelos negócios porque os negócios não estão sendo feitos para cumprir o propósito. A própria família
está se perdendo para salvar o negócio, sendo que o negócio não era para ser salvo. O negócio era para cuidar da família. Então, quando eu vejo que o negócio vai salvar a família, eu perdi o propósito do negócio. Porque o negócio nunca foi para salvar a família, como a igreja não é para salvar a família. A igreja é o negócio para dar sentido a todos os outros negócios. A igreja é o negócio do pai para que os negócios não percam o seu propósito. E o negócio de Deus não é salvar a família, é formar a
família. Então, se eu tiver mantendo um negócio para salvar a família, eu perdi o propósito do negócio. Porque Deus diz assim: sabe quando é que um homem perde a alma? Vou te falar: quando é que o homem perde a alma? Quando ele acha que o negócio é para salvar a família. Ei, irmão, porque como é que o cara perde? Porque quando ele tem uma colheita e ele pensa no futuro daquilo que ele fez, então, quando você pega o seu negócio e coloca nele a expectativa de futuro, o seu negócio agora vai matar sua família. Porque
você tá achando que o seu negócio é para salvar o futuro da sua família, e não é. O seu negócio é para que a sua família, fazendo o negócio, entenda o propósito dela em salvar as pessoas, e não em garantir seu futuro. Então, toda vez que a igreja está ocupada com o seu futuro e toda vez que algum negócio nosso tá preocupado com o futuro, nós matamos o profeta no negócio. Porque se tem um jeito da pessoa perder a sua alma é se preocupar com o futuro. Porque o diabo não vem ensinar a gente a
fazer a coisa errada. O diabo só colocou uma palavra na nossa vida que des-significou, que corrompeu o propósito de tudo que nós fazemos. O diabo chegou pra nós e falou assim: no dia em que você fizer... então você será. Isso mudou tudo porque agora, em vez... De eu fazer o Eterno ser revelado através dos negócios, eu peguei os negócios para garantir o futuro. Eu transformei o Eterno em futuro, então agora muita gente, quase todo mundo, tá fazendo tudo certo e tá se esforçando para fazer a coisa certa, preocupado em garantir o quê? O futuro! Sabe
como é que você pode perder o sentido de propósito do seu negócio? É achar que o seu negócio é para garantir o quê? O futuro! Não faça nada para garantir o futuro dessa menina se você não estiver fazendo tudo para que ela tenha condições de revelar seu Eterno. Então, qual é o negócio dos filhos de Deus? Através da família, revelar o seu Eterno para que cada pessoa na família entenda o seu propósito. E só tem um jeito da pessoa não entender seu propósito: se na família começar a preocupar com o seu futuro. E agora você
entende por que o profeta foi associado ao futuro. Porque muita gente pensa que o profeta é para adivinhar o quê? O futuro! Quer matar um profeta? Pede para ele adivinhar o futuro, porque Deus abomina o prognosticador e o adivinhador. Então, para Deus, alguém que se ocupa em garantir o futuro é uma abominação. Quer matar um profeta? Faz ele pensar que ele tá vendo o quê? O futuro, e não representando o Eterno. O profeta só é profeta enquanto representar o Eterno, e ele deixa de ser profeta quando está ocupado em garantir o futuro. Quer matar um
profeta? Faz ela preocupar com quê? Com o futuro, e ela não vai entender o propósito do que ela tá vivendo agora como expressão do Eterno. Quantos anos esse menino tem? Ele tem 5 meses, e faz 5 meses que ele encarnou na sua família; o Eterno já tem 5 meses, mais os nove. Então, vai dar 14. Tem 14 meses que a eternidade tá sendo encarnada na casa de vocês. Então, qualquer preocupação a respeito do futuro desse menino é incredulidade. Só tem uma coisa que justificaria preocupar-se com o futuro desse menino: é se ele não for um
profeta. Amém, irmã? Caso contrário, todos os negócios que nós fazemos são para dar condições do quê? Do profeta cumprir o seu propósito. Você vai abrir uma padaria? Deus tinha uma. Vai abrir uma açougue? Ele também tocava uma tecelagem. Você tá exagerando? Não tô. Vai abrir lá em Provérbios 31. Ah, Provérbios 31! E lá em Provérbios 31 fala da família de Deus, onde tem uma mulher virtuosa. Quem é a mulher virtuosa? A Igreja. Quem é a mulher virtuosa de Provérbios 31? A Igreja! Que tipo de negócio a Igreja tocava? Tudo! Você não sabe se ela tinha
uma empresa de turismo e transporte, porque aquela mulher viajava. Ela fazia viagens internacionais. Quem fazia viagens internacionais não era o marido dela, era ela. Você não sabe se ela tinha uma frota de barcos para fazer turismo ou para fazer frete. Você não sabe se ela tinha uma consultoria, se ela tinha uma celagem, se ela tinha uma indústria de vinho, se ela tinha um imobiliário. Você não sabe! Ela comprava e vendia propriedades, tá escrito lá. Ela fazia comércio exterior, ela tinha uma lavoura, ela tinha uma tecelagem e tinha uma casa grande cheia de funcionários. Quem era
a empresária? A mulher, a Igreja. O que o marido dela ficava fazendo enquanto essa mulher trabalhava? Ele ficava na porta da cidade conversando com os homens da cidade, para tudo aquilo não ser fora do propósito. Nós transformamos a atividade numa coisa em si, achando que a atividade é que vai salvar os filhos, e não formamos o conselho para que a atividade tenha a nobreza do seu propósito, mas só tem a importância da sua necessidade. Então, nós estamos tocando vários negócios pela importância da sua necessidade, não pela nobreza do seu propósito. Então, nós tínhamos que ter
atividade menos para ter o quê? Movimento mais. Então nós precisamos ser menos ativos na necessidade de que a atividade salve o nosso futuro, e ter mais discernimento e sensibilidade de saber qual é o verdadeiro propósito de tudo aquilo. Glória a Deus! Porque senão nós podemos ser pessoas hiperativas, administrando os vários negócios e não ter o discernimento de qual o propósito de tudo aquilo. Glória a Deus! Sendo que o verdadeiro e único propósito, qual era? Os negócios do Pai. E por isso, qual é o negócio do Pai? Família. E se o negócio do Pai é família,
então tudo que a gente faz em favor de um irmão, mas as nossas atividades podem estar fazendo com que a gente mate quem? Exatamente o irmão. O que nós estamos vendo muitas vezes? O irmão como inimigo do futuro dos nossos filhos. Você percebeu o laço que a gente tá entrando? Nós estamos tocando uma atividade que nos salve e garanta o futuro, e com isso, quem a gente tira primeiro da nossa atividade? O irmão, com quem a gente vai repartir. E aí a gente pega aquilo e chama de meu; protege aquilo para ter certeza que não
vai entrar nenhum irmão que representa risco para quem? Para o filho que a gente tá querendo salvar, sendo que o negócio do filho é sacrificar a vida dele em favor de quê? Do irmão. E nós estamos sacrificando a vida dos irmãos para salvar o nosso filho como quem protege. É a mente do presente, a mente do presente segue. Então nós estamos fazendo de tudo para garantir o futuro de quem já tem a eternidade garantida. E aí, preocupado em garantir o futuro de quem já tem a eternidade garantida, nós estamos privando os irmãos dele de conhecer
a revelação do Pai através de um dos seus filhos, porque a única coisa que eles não são na sociedade é o quê? Irmãos. Aí a gente enfia um filho dentro de uma escola com 500 alunos e ocupa o tempo deles salvando a igreja. Alguém aqui sabe o que eu tô falando? Não sendo que ele já tem 500 ovelhas para salvar lá na escola, aí ele é um profeta ruim na escola para ser um prestador de serviço bom da igreja, só para garantir o futuro de quem? Da igreja, que é o povo que já tem eternidade
garantida. Então, nós estamos ocupando pessoas para manter uma atividade que salva quem não precisava estar preocupado com salvação, porque representa eternidade, e estamos privando esse profeta de exercer toda a autoridade que ele tem para exercer no ambiente onde as pessoas que de fato estão precisando de salvação estão lá. Então, nós matamos um profeta, porque ele fica um profeta ruim numa congregação de 400 para fazer dele um ministro de liturgia oprimido e escravo de um povo que, no dia que ele errar uma música e cantar desafinada, ele não serve mais para ser o líder da banda.
Nada nunca vai passar isso aqui em Portugal, mas lá no Brasil, gente, a obrigação de produzir uma liturgia convincente para quem hoje é dependente disso está matando o profeta que poderia estar lá cumprindo o seu propósito, sendo a representação da eternidade. Glória a Deus! É isso, esse é o negócio do nosso pai. O negócio do nosso pai é família, mas para ser família, nós temos que sair do meio dos parentes. Então, estamos pensando que salvar parente é salvar família; não! Salvar família salva parente; salvar parente condena a família. Então, toda vez que eu tô tentando
salvar os parentes com medo do futuro deles, eu tô matando a família. Mas se eu preservar o profeta da família, eu salvo até os parentes. Quem tá entendendo isso aqui? Aleluia! Graças a Deus! Amém! Nós vamos ter um breve intervalo aí pra gente poder deixar isso descer e aí a gente vai voltar para, quem sabe, fazer perguntas. Tem até que horas aqui? Meio e 30? É até meio e 30? A gente pode... então a gente volta com algumas perguntas e conclui com perguntas aí. Amém! Glória a Deus!