Gente, nós estamos na cidade de Nazaré, na Galileia, cidade onde José e Maria moravam antes de receber a extraordinária notícia de que eles seriam a família usada por Deus para providenciar a chegada de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. A palavra de Deus, diz em Lucas 1:26 e 27: “No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; e a virtude chamava-se Maria. ” A Palavra de Deus nos mostra que depois do nascimento de Jesus, que não aconteceu aqui, mas sim em Belém, os pais de Jesus, José na verdade foi instruído por Deus, por divina revelação, através de sonhos de que deveria fugir.
Herodes tenta matar o Senhor Jesus, na verdade sem saber quem é, sem conhecer a sua identidade. A Bíblia diz que ele manda matar todas as crianças de Belém de dois anos de idade para baixo. Mas José é avisado por Deus e, junto com Maria ,levam Jesus e eles fogem para o Egito até que Herodes, que estava tentando matar Jesus, morresse.
Então ele é novamente avisado por Deus para que regressasse à sua nação. Então a bíblia diz que esse é o lugar onde ele veio se instalar, o lugar onde já morava antes. Aqui ele se estabeleceram e a Palavra de Deus nos diz lá no evangelho de Mateus 2:23, o seguinte: “E foi habitar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito por intermédio dos profetas: Ele será chamado Nazareno.
” Aqui eu quero fazer uma outra observação. A gente, na verdade, não encontra nenhuma menção da cidade de Nazaré em todo o Velho Testamento e não encontramos uma frase com uma declaração explícita como essa mencionada aqui: “como foi dito pelos profetas, ele será chamado Nazareno. ” O que nós entendemos por trás dessa declaração é que havia na Bíblia uma relação feita entre os que eram de Nazaré como pessoas sendo desprezadas, rejeitadas.
No capítulo um do evangelho de João, nos versículos, ali, 46, 47 nós percebemos uma conversa entre Filipe e Natanael. Quando Filipe diz: “Nós achamos o Messias”, Natanael diz: “Pode alguma coisa boa vir de Nazaré? Eles desprezavam os nazarenos e nós percebemos que o mesmo se dava com os samaritanos e pelos mesmos motivos, porque os viam como gente que foi influenciada pelos gentios, não só com a mistura de raça, mas de cultura.
Então acredita-se que essa declaração fala de um sinônimo de desprezo. Mas Nazaré não era uma cidade conhecida, não tinha expressão, não era nada do que se esperava a respeito da identidade de quem seria o Messias. E neste lugar, Jesus foi criado.
Neste lugar, Jesus permanece até os 30 anos de idade, quando a Bíblia diz, em Lucas 3, que ele foi batizado. Só depois do seu batismo, quando inicia seu ministério, é que Jesus se muda para Cafarnaum. Este é o lugar onde ele foi criado e depois no início do seu ministério, é desprezado pelos seus conterrâneos.
É nessa cidade que ele diz que um profeta não tem honra na sua própria pátria. Gente, atrás de mim, aqui nós temos a Basílica da Anunciação, como é conhecida aqui Nazaré, um dos principais pontos turísticos. Tentam alegar que esse teria sido um dos possíveis lugares onde o anjo Gabriel apareceu a Maria.
Acho muito difícil ter qualquer precisão a não ser em relação à cidade. Mas o mais importante, como nós temos destacado, não são locais que para nós não são sagrados, é a mensagem que nós temos por trás dele. E aqui nesse lugar, nós lembramos de um anúncio extraordinário que mudou para sempre a história da humanidade.
O anúncio da chegada de Jesus, nosso Redentor. Gente, estou aqui, no chamado Monte do Precipício. A palavra de Deus diz, em Lucas 4:29: “E, levantando-se, expulsaram-no da cidade e levaram até o cimo do monte sobre o qual estava edificada, para, de lá, o precipitarem abaixo.
” Essa foi a reação das pessoas de Nazaré quando Jesus vai na sinagoga ler o livro do profeta Isaías e diz: “Hoje se cumpriu essa escritura”, depois de dizer: “o espírito do Senhor está sobre mim. ” A Bíblia diz que o trouxeram até o alto do monte sobre o qual a cidade estava edificada. Então, a antiga Nazaré é um local cheio de colinas, e o mais alto monte que se tem conhecimento e se julga ser o possível lugar onde isso aconteceu é esse.
Eu escolhi o lado de cá, onde a gente não vê tanto a cidade, mas onde dá para dar uma ideia da altura. Só que o versículo 30 diz assim: “Jesus, porém, passando por entre eles, retirou-se. ” Ele simplesmente decide ir embora depois de o trazerem até esse lugar e ele se retira.
Isso aconteceu na cidade de Nazaré, A Palavra de Deus nos diz no livro de Lucas, no capítulo um, a partir do versículo 26: “No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria. E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo.
Ela, porém, ao ouvir essa palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria essa saudação. Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante Deus. Eis que concederás e darás à luz a um filho, a quem chamará pelo nome de Jesus.
Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, s Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti, o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.
” A Palavra de Deus nos mostra algo que aconteceu aqui, na cidade de Nazaré. A anunciação. O anjo Gabriel é enviado parte de Deus para comunicar a Maria que ela encontrou graça, favor da parte do Senhor para ser, nada mais, nada menos, do que a mãe de Jesus.
Nós precisamos entender que esse é o cumprimento da profecia mais antiga, da profecia messiânica mais antiga que nós temos na Bíblia. Logo depois do pecado de Adão e Eva, quando o Senhor confronta e dá uma palavra de juízo sobre o homem, sobre a mulher e sobre a serpente, Deus, proferindo o juízo contra a serpente, diz: “Eu vou colocar inimizade entre a mulher e você e o descendente da mulher, o descendente da mulher vai pisar a sua cabeça e você vai ferir o seu calcanhar. ” Quando o apóstolo Paulo escreve aos Gálatas, ele diz que Jesus veio na plenitude dos tempos.
Ele veio na hora certa. Ele não veio nem antes nem depois. No momento certo, dentro do plano e do propósito de Deus, é que Jesus vem.
E o apóstolo Paulo diz lá em Gálatas 4 não só que ele veio na plenitude dos tempos, mas diz que ele foi nascido de mulher. Ao usar essa expressão “nascido de mulher”, ele remete ao cumprimento da primeira profecia messiânica que nós temos na bíblia. E Maria foi essa mulher encontrada aos olhos de Deus, favorecida para poder conceber nosso Senhor Jesus.
Algo que nós precisamos entender a respeito de Maria é que ela foi uma mulher de fé, uma mulher de uma resposta extraordinária de fé e obediência ao Senhor. Eu fico imaginando cada vez que eu leio o texto bíblico, eu tento me colocar lá dentro da cena. Eu tento imaginar como era o ambiente, quais seriam as nossas reações.
Em primeiro lugar, qual a reação de ver a aparição de um anjo como esse? Vindo da parte de Deus para falar não uma coisa qualquer, mas para dizer que Maria foi escolhida para uma missão extraordinária como essa. Agora, se por um lado existe aquele aspecto da emoção que empolga, que regozija ela mesma, no seu cântico mais à frente, nós já vamos ler esse texto, ela diz: “As gerações me chamarão bem aventurada.
” Se houve essa reação de alegria, eu fico imaginando também o peso de responsabilidade não só da missão de criar na Terra o Filho de Deus, mas de pensar em como ela iria lidar com essa situação. A primeira pergunta que ela faz é: “Como será isso? ” Ela diz: “Eu não tenho relação com homem algum.
Como eu vou conceber? ” A única pergunta que ela faz é: “Como será o processo? ” Mas o que nós vemos em Maria é uma atitude diferente da que narrada no mesmo capítulo do evangelho de Lucas, nós vemos ser a atitude de Zacarias, o pai de João Batista.
A Palavra de Deus, diz que quando o Anjo do Senhor aparece para comunicar a ele que ele teria o privilégio de ter como filho aquele que seria o precursor de Jesus. Ele reage com incredulidade. E, por conta da sua incredulidade, o anjo do Senhor diz: “Você vai ficar mudo até a ocasião do nascimento, porque você não creu nas palavras de Deus.
” Ou seja, se por um lado é espetacular ter uma aparição de anjo anunciando algo extraordinário, por outro, nós precisamos dar a devida resposta de fé àquilo que nos é anunciado. Porque o anjo vem falando a Zacarias de algo impossível. Agora, Zacarias ainda era casado.
Eles eram estéreis, não podiam ter filhos, mas pelo menos tinham o casamento. Pelo menos eles tinham uma forma natural de concepção. Maria nem isso tem.
Ela diz: “Eu não tenho relação com homem algum. Eu sou a mulher virgem. ” Mas ela não está duvidando.
Ela diz: “Como vai acontecer? ” O anjo explica o processo: “Descerá sobre o Espírito Santo. O poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra.
” Agora, ela precisava não só reagir com fé a essa primeira palavra, mas ao pensar em todos os desdobramentos que viriam a partir disso. Por exemplo, eu tento me colocar no lugar de Maria e ficar pensando, talvez, com o que seria a forma natural da mente dela processar. “O que José vai pensar, meu noivo, quando souber que eu estou grávida?
Será que ele vai acreditar que isso é uma concepção sobrenatural no plano e no propósito de Deus? O que a sociedade vai pensar de uma mulher que ainda não está casada e aparece grávida? Quais podem ser as consequências disso?
” Por exemplo, se José resolve denunciá-la dizendo: “Olha, eu não tenho absolutamente nada a ver com essa gravidez, ainda que ela esteja comprometida comigo. ” Quais seriam as consequências? Nos desdobramentos da Lei de Moisés nós podemos dizer que havia a possibilidade de até mesmo Maria ser apedrejada por uma acusação dessas.
Quais eram os desdobramentos dessa palavra que o anjo deu? Isso requeria confiança. E nós podemos dizer que Maria, à semelhança de Abraão, decidiu confiar e obedecer a Deus até as últimas consequências.
E ela nos inspira com esse posicionamento de fé. Agora, nós precisamos imaginar uma Maria que questionou até mesmo a possibilidade de desdobramentos e circunstâncias negativas porque ela era gente. Assim como a Palavra de Deus diz a respeito de Elias que ele era um homem semelhante a nós.
, sujeito aos meus sentimentos. Com Maria não era diferente. Nós precisamos reconhecer que ela era gente como a gente.
Na verdade, nós muitas vezes mistificamos demais a pessoa de Maria e deixamos de ver a pessoa humana, os sentimentos que havia ali. Nós reconhecemos, temos um posicionamento muito claro como evangélicos a respeito de Maria, que ela< de fato< precisava de Deus tanto quanto qualquer um de nós. Agora, também não podemos ir ao extremo de deixar de reconhecer quão extraordinária essa mulher foi, o quanto ela foi bem aventurada, a inspiração, a referência, o modelo que ela deve ser para cada um de nós hoje.
No entanto, no evangelho de Lucas, no capítulo um, nós temos um pouquinho adiante do relato que lemos, o Cântico de Maria. Nesse cântico a declaração dela é a seguinte, verso 46 e 47 de Lucas 1 diz: “Então,, disse Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque contemplou na humildade da sua serva. Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem aventurada”.
Eu estou lendo agora o versículo 48 e o 49, diz: “porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome. ” Maria se refere a Deus como seu Salvador.
Ela precisava de salvação como qualquer um de nós. Isso significa que ela era gente como a gente, da linhagem de Adão. Ela também necessitava de redenção.
Muitas vezes exageramos na ênfase sobre Maria. O catolicismo ensina sobre a virgindade perpétua de Maria. Nós respeitosamente discordamos disso.
Em Mateus 1:25, a Bíblia diz que José, depois de ter sido advertido por Deus em sonhos para receber Maria e declarando a ele que aquilo era obra do Senhor, o texto diz assim: “contudo, não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus. ” O texto é claro. Isso aparece em toda a Bíblia.
O termo “conhecer”, Quando fala de homem e mulher, fala de intimidade. A Bíblia diz que enquanto ela não deu a luz a um filho, ele não a conheceu. Agora, a palavra de Deus diz em Marcos 6:3, a respeito não só dos irmãos, e é mencionado o nome de quatro dos irmãos de Jesus, mas a Palavra de Deus também fala a respeito das suas irmãs.
Nós reconhecemos que José e Maria viveram como um casal comum. Isso não desfaz em absolutamente nada Maria e suas virtudes. O casamento é instituição de Deus.
A missão de procriar foi dada por Deus e ela executa esse papel muito bem, criando filhos que temeram ao Senhor, além do próprio Jesus. Nós temos a Epístola de Tiago e a Epístola de Judas e os dois são identificados como Irmãos do Senhor. Que família extraordinária!
Agora é importante que a gente olhe para Maria como uma pessoa parecida comigo e com você, com um sentimento, com preocupações e que decidiu confiar em Deus. Alguém que se posicionou para acreditar no plano e no propósito de Deus. A profecia dizia que o descendente da mulher iria pisar a cabeça da serpente, mas a serpente iria morder o seu calcanhar.
Jesus veio. Ele morreu. Ele sofreu isso tudo foi parte de um ataque das trevas.
Mas ele prevaleceu, triunfou na cruz. E essa . .
. essa . .
. esse pisão, essa pisada do Senhor Jesus sobre a serpente trouxe vitória. Agora, tente imaginar Maria como mãe, assistindo aquela cena da Via Dolorosa.
Tente imaginar Maria como mãe. A Bíblia descreve que ela estava próxima à cruz, assistindo todo aquele sofrimento. Na verdade, isso também foi profetizado.
No evangelho de Lucas, no capítulo dois, quando os pais de Jesus o levam ao templo para que ele fosse apresentado, consagrado, a Palavra de Deus fala de um encontro com pessoas que estavam debaixo de uma unção profética, e a Bíblia diz: “Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: Eis que esse menino está destinado tanto para a ruína como para o levantamento de muitos em Israel. Para ser alvo de contradição. ” E o verso 35 diz também: “Uma espada traspassará a tua própria alma”, agora ele está falando com Maria, “para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.
” Aquilo traria dor à alma de Maria como mãe. Aquilo traria dor à alma dela, como pessoa, como um ser humano. E Deus já havia anunciado, mas Deus sabia que encontrou em Maria alguém que continuaria crendo nele, confiando nele, que enfrentaria essas dores, sabendo que havia um plano e um propósito maior da parte de Deus, um plano que se cumpriria.
Como nós devemos olhar para Maria? Não praticamos nenhum tipo de devoção, adoração, não estendemos a Maria petições, mas muitas vezes os protestantes exageram, tentando corrigir alguns erros e deixam de reconhecer a mulher extraordinária que Maria foi. Pense em quantas mulheres já trilharam essa terra.
Pensa em quantas mulheres havia Israel durante aqueles dias, mas ela foi escolhida e, como ela mesmo falou, num cântico que podemos considerar profético: “As gerações vão me chamar bem aventurada. ” Mas, acima de tudo, eu acredito que nós precisamos aprender a olhar para ela como um exemplo de uma mulher de fé, como alguém que creu, como alguém que confiou. Quando o anjo explica para Maria o que aconteceria, ele diz no verso 37 de Lucas 1: “porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.
” E o verso 38 diz: “Então, disse Maria, aqui está a serva do Senhor que se cumpra em mim conforme a tua palavra. ” E a Bíblia diz que o anjo se ausentou dela. No momento em que ela disse: “Cumpra em mim conforme a sua palavra”, sabe o que ela está dizendo?
“Eu creio em tudo aquilo que você está dizendo, eu me abro à ação do Espírito Santo. Eu decido cooperar com Deus. ” E nós precisamos olhar para Maria como um exemplo, como um referencial de alguém que decidiu crer, de alguém que decidiu confiar no Senhor.
E é interessante à medida que nós vamos lendo a palavra de Deus, nós descobrimos coisas interessantes sobre Maria. No capítulo dois de João, por exemplo, ela é a grande incentivadora do primeiro milagre operado pelo Senhor Jesus. Nós percebemos algumas marcas em Maria que deveriam nos inspirar até hoje.
Em Atos 1:14, a Bíblia define que Maria, mãe de Jesus, essa é a classificação bíblica, porque havia várias outras Marias, Maria, mãe de Jesus estava no Cenáculo, enquanto os apóstolos, os demais discípulos, os irmãos do Senhor, estavam orando ela também estava orando. Enquanto eles ali permaneciam esperando pelo Espírito Santo ela também permanecia esperando o cumprimento da promessa do Espírito Santo. E ela deve nos inspirar com a sua fé, com a sua vida de oração, além de toda a sua devoção, e com essa dependência da manifestação do poder e da presença do Espírito Santo em sua vida.
Maria ainda nos inspira e se nós nos permitirmos ser encorajados por esse modelo, tenho certeza que nós vamos viver um cristianismo diferente de uma dedicação muito maior para o Senhor, para a glória de Deus. Nos próximos minutos, eu convido você a participar de uma conversa de aplicação prática dessa palavra que eu tenho certeza, vai abençoar ainda mais seu coração. Dentre tantas lições preciosas que nós podemos aprender do exemplo de Maria, estamos destacando principalmente a sua capacidade de se posicionar e crer na palavra do Senhor, naquilo que o anjo traz, falando não de si mesmo, mas da parte de Deus.
E, obviamente, nossas vidas precisam ser pautadas e orientadas pela Palavra de Deus em toda e qualquer decisão, mas devemos fazer isso não por mero cumprimento de um dogma, mas pela certeza de que a Palavra de Deus sinaliza a Sua vontade. Agora, há uma diferença entre a reação de Maria e a reação narrada um pouquinho antes, versículos antes, de Zacarias, o pai de João Batista. Quando o anjo do Senhor anuncia a Zacarias que sua esposa Isabel iria ficar grávida, um milagre aconteceria, a pergunta que ele faz, no versículo 18 de Lucas 1 é: “Como saberei disso?
Várias outras traduções optaram por: “Como posso ter certeza disso? ” Basicamente, ele se posiciona de uma forma que, pela classificação do anjo, é incredulidade. Ele diz, verso 20: “Todavia, ficarás mudo e não poderás falar até o dia em que essas coisas venham a realizar-se, porquanto não acreditaste nas minhas palavras, as quais a seu tempo, se cumprirão.
” Então, há uma descrição aqui de um comportamento incredulidade. Já no caso de Maria, ela também faz uma pergunta, eu diria até parecida. No versículo 34, logo depois que o anjo fala agora com Maria: “Então disse Maria ao anjo: Como será isso, pois não tenho relação com homem algum?
” A pergunta a ser feita aqui é: qual a distinção entre a pergunta de um, que é taxado pelo anjo de incrédulo, que o anjo diz: “você vai ficar mudo”, quase como quem diz: “para não falar bobagem, para não estragar o que Deus tem”, e a pergunta de Maria? - Maria estava mais preocupada com o processo mesmo, né? E Zacarias estava preocupado se seria realmente possível, se isso aconteceria.
Então mostra . . .
eu acho que o cântico de Maria mostra a forma tão linda como ela recebeu, porque ela fala que a alma dela estava feliz o coração dela estava exultante, então mostra que ela já estava enxergando tudo aquilo acontecer. - É. E logo depois de perguntar: como será isso?
Ela está dizendo: “Olha, da forma natural não é, porque”, ela diz: “eu não tem relação com homem nenhum. ” Então, “como será isso? ” não indica incredulidade aqui.
Até porque, logo depois, o anjo explica: “Descerá sob o Espírito Santo, o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra”, e ela diz: “Cumpra-se em mim segundo a tua palavra. ” Ela está dizendo: “Eu acredito que vai acontecer. ” Eu acho que a pergunta dela reflete muito mais o questionamento, como você disse, do processo.
Já Zacarias, depois de tanto tempo, talvez estava dizendo: “Olha, eu já não consigo mais acreditar, já não consigo mais ter certeza. ” E, contrastando o posicionamento de fé de Maria, com o de incredulidade de Zacarias, como vocês acham que algo parecido pode acontecer na nossa vida, no dia a dia? - Eu acho que a Bíblia está cheia de promessas tão maravilhosas sobre seguindo a Deus e que ele vai promover as necessidades, até sobre ter uma família feliz e unida que estão servindo a Jesus, e eu acho que às vezes as pessoas olham para o seu passado, para sua bagagem: “Ah não, isso é impossível.
Eu sei que Jesus morreu, que o sangue dele me cobre, mas todos esses milagres acontecerem na minha vida eu não acredito que tão grande coisa pode acontecer. ”Eles são meio duvidosos do que Deus pode fazer. - Exato, porque o próprio anjo fala depois para Maria: “porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.
Ele está relacionando isso. Então eu acho que a gente tem que pensar na promessa como algo sério. A gente tem que pensar no poder de Deus, de de fato fazer o impossível para que a promessa aconteça.
A promessa não é um indicativo de probabilidade. Ela é um compromisso com Deus de uma mudança na circunstância. Então, essa atitude precisa ser tomada, porque muitas vezes nós estamos diante de uma promessa e talvez não verbalmente, mas falando a mesma coisa que Zacarias.
“Como é que eu sei? Como é que eu sei se isso é para mim mesmo? Como é que eu sei se isso ainda é verdade?
Como é que eu sei se isso vai acontecer? ” A fé sabe. A fé é uma convicção e uma certeza.
E nós precisamos entrar nesse lugar. Romanos disse que Abraão estava plenamente convicto de que Deus era poderoso para cumprir o que prometeu. Nós precisamos entender o compromisso que Deus tem com a sua palavra, como Ele sustenta aquilo que Ele falou.
Então, se a gente conseguir reconhecer tanto o poder dele de fazer qualquer coisa como de outro lado, a fidelidade dele de ter prometido fazer mesmo aquilo que é humanamente impossível, é essa combinação e esse nível de convicção que vai nos levar a experimentar a intervenção de Deus. - Interessante desse contraste também é que Zacarias ali não estava numa posição de desconforto. Ele estava tendo resposta de suas orações.
Maria abraça tão prontamente o que Deus tem pra ela. E eu acho que nós sempre precisamos ter essa atitude também de confiar no que Deus tem para nós. Haja desconforto ou não.
A vontade dele é melhor e a gente precisa confiar nisso. - É. E o desconforto não era só uma gravidez, talvez antes do tempo.
Era o que isso poderia sugerir e insinuar com a geração que nunca viu antes nem depois, ao bem conceber do Espírito Santo, né? A própria atitude de José no início é deixá-la secretamente porque está pensando: “Tem alguém mais na história. ” Mas ela se dispõe a crer em Deus, não apenas no poder de Deus, de fazer o que humanamente é impossível, não apenas no compromisso de Deus de sustentar sua palavra, mas no fato de que, quer a gente entenda, quer não, ele sempre tem razão.
Ele está no comando e ele vai trazer algum bom desdobramento para aquela circunstância. Então nós precisamos também crer na capacidade de Deus ao operar um milagre, resolvendo um problema, não necessariamente está produzindo outro. Deus não ia “cobrir a cabeça para descobrir o pé” ou vice-versa.
Então, esse aspecto de olhar para soberania de Deus eu acho que é um terceiro ponto que merece ser destacado. - Falando nesse assunto, eu lembrei de algo que eu li recentemente, no livro “A quarta dimensão”, do pastor Cho. E ele compara realmente esse processo de fé como se fosse uma gestação.
Porque Maria acreditou que ela teria o bebê antes dela poder estar ali com ele nas mãos, mas algo já tinha sido gerado dentro dela e muitas vezes pode levar um tempo até que a gente veja o cumprimento daquilo aos nossos olhos naturais. Mas desde o momento em que a gente começa a orar desse modo que a gente coloca nossa fé, algo já foi gerado. Sabe, não vai ser gerado a partir do momento que aquilo só acontecer quando a gente está vendo.
Mas a gente tem que ter essa expectativa de que realmente no reino espiritual, algo já aconteceu. Então, principalmente pelas coisas que a palavra já está clara, que é a vontade de Deus, sabe, a conversão da nossa família, as promessas de Deus, creia nisso, creio que já começou hoje esse processo e que você vai ver realmente o cumprimento disso. .
- Amém. Eu fui muito abençoado pelo mesmo livro, já há mais de 30 anos, e acredito que quanto mais nós compreendemos os mecanismos de funcionamento da fé e nos aplicamos não só a entendê-la, mas exercitá-la, mais longe nós podemos em Deus e mais nós podemos experimentar da parte do Senhor. Deus é bom, tem um plano extraordinário para cada um de nós.
Tem propósitos diferentes, mas disponibiliza o mesmo poder, em muitos casos as mesmas promessas. Às vezes há promessas que são muito pessoais. Às vezes há promessa genéricas, como as que nós temos na palavra.
E a Bíblia diz que tantas quantas forem as promessas de Deus, Paulo está falando um jeito: “Olha, não sei quantas são”, alguns estudiodos izem que nós tem pelo menos 8 mil promessas explícitas. Há algum que falam que se tomasse por inferência são muito mais. Paulo está dizendo: “Não importa quanto.
Tantas quantas forem, nele está o sim, por intermédio dele, o amém. ” Ou seja, ele continua olhando para cada promessa dizendo: “É isso aí. Eu não mudei de ideia.
O que eu quero para sua vida é isso que eu tenho para você” e nós possamos agir da mesma forma, em concordância com ele. Que Deus te abençoe e que você também seja uma pessoa que se posiciona em fé para viver o melhor de Deus, para sua vida.