Neste episódio: Clóvis de Barros Filho fala sobre experiências que nos tiram do cotidiano, da causa ...
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e começa agora elétrica pamonha por instantes felizes virginais e repetíveis [Música] e o Olá seja bem-vindo ao nosso podcast inedita pamonha hoje é quinta-feira dia de refletir sobre a vida como olhar todos os outros dias mas quinta-feira tem também o inédita um oferecimento de estima Chemical do Brasil bnp paribá é sete Management e pro fios achei um [Música] é bem eu queria hoje falar sobre a possibilidade a possibilidade de um encantamento a possibilidade de maravilhar-se Claro imediatamente você pensa Vamos para Paris vamos ver a torre vamos olhar a cidade lá de cima ou então você pensar não não vamos para Nova York vamos para Broadway o Outro Levanta a mão e diz de jeito nenhum eu sugiro o caça submarina no Mediterrâneo e haverá ainda que indica de jeito nenhum alpinismo no Everest então para todos eles a gente agradece enormemente a sugestões entende a boa vontade mas estamos falando mesmo de maravilhar-se no dia a dia maravilhar-se em qualquer lugar maravilhar-se de segunda a domingo estamos falando de onde a gente mora tão e também do caminho que percorremos até o trabalho que estamos falando da hora do almoço com os colegas ou quem sabe até estamos falando no expediente mesmo no chamado expediente estamos falando do final de semana aqui é o nosso ou mais trivial possível E é isso que vamos tratar maravilhar-se mas maravilhar-se aí mesmo sem precisar e a lua e olhar a terra lá de longe a primeira primeiro degrau né como eu costumo dizer ou a primeira porta do Castelo Abrir é ter um pouquinho mais um pouquinho de confiança nessa possibilidade porque se você vier para ser hipnotizado e botar na cabeça que não vai se deixar hipnotizar não há quem te Hypnotize pois muito bem aqui é parecido se você vier com o Espírito de não se deixar o William você vai ganhar só por quê Porque de fato é muito mais fácil viver motor tento viver tipo sem graça de ver alquebrado é muito mais fácil isso é o Óbvio então se você ainda vier com força para não se deixar maravilhar não há quem consiga mesmo então você tem que ter um tiquinho de confiança uma fé que é possível que é possível Então esse é o primeiro passo sem esse primeiro passo na contramão da tua disposição na contramão da tua vontade não há quem consiga eu vou abrir um segundo cômodo do maravilhamento e esse segundo cômodo é dar-se conta dar-se conta veja não é fazer de conta é dar-se conta não se trata de fim giro mas de perceber e quando eu digo perceber é claro que você a CEB é claro que você tá o tempo inteiro olhando vendo né ouvindo apalpando cheirando é claro que você percebe mas se você percebe todo dia e o tal do maravilhamento não tá rolando Talvez seja Porque precisamos ou precisemos né Consegui perceber de diferente do que fazemos normalmente perceber diferente dar-se conta de outro modo E aí eu me lembro da monja no seus ensinamentos quando ela faz algumas sugestões maravilhosas como todas elas a primeira delas é você se dá conta do pé no chão pode ser descalço pode ser com 61 pode ser até com sapato Mas você sente na planta do pé no chão naturalmente esse tipo de percepção do mundo através do tato na sola do pé é um a cultura com o cotidiano claro que é porque porque não é o tipo de coisa que você vai perder tempo percebendo a gente pisa e vai pisando e res vala e tem digamos chãos com texturas Diferentes né com aderências diferentes portanto atritos diferente tem de tudo mas você manda pau vai pisando ele x i né Tem um foco tá em outra coisa então a sugestão é perceber o pisar e depois outra sugestão da loja perceber a respiração dar-se conta da respiração trazer para a consciência o que não estava o pisar no chão a respiração Olha que loucura de fato é maravilhoso quando você consegue trazer para a consciência aquilo que não tinha entrado ainda e você percebe que pisar e respirar Sempre fizeram parte da tua vida mas você Eu tinha dado bola Paraíso a já houve enriquecimento você vai lhe diz eu não vi enriquecimento nenhum não vi graça nenhuma disso perceber que eu respiro ara bolas tudo bem tudo bem que eu não tinha me tocado ainda direito assim de fato agora eu me dou conta encher os pulmões esvaziar os pulmões e tal mas te juro não tô subindo nas paredes por causa disso não esse maravilhamento é Sutil demais para o meu gosto eu preciso de alguma coisa mais violenta isso aí para mim tá muito fraco eu queria Então para o um terceiro exercício e esse terceiro exercício tem a ver com a própria leitura a própria leitura pega um livro qualquer abre o livro pode ser no começo dele mesmo e aí você percebe que ali acontece alguma coisa muito incrível no cotidiano mais abri-lo se você passa os olhos por aquele símbolos aquele signos aquelas letras né aqueles traços ali marcados na folha de papel que vão sendo justapostos em linha e você passa os olhos e você vai lendo. Lê aí Lê aí não aborrece Lê aí. Né leia aí no eixo o saco Pois é rapaz Porém Aqui acontece alguma coisa simplesmente maravilhosa porque porque você passa os olhos por aquilo que você tá lendo e o que acontece aqui dentro de você parece surgir uma voz uma voz que lê para você aquilo que os olhos estão vendo nas páginas do papel é incrível porque talvez você não tenha se dado conta mas a leitura é um processo complicadíssimo de decodificação você passa do que tá escrito ali é uma voz para um som esse som interior dentro de você ele te permite imediatamente associar com outras ideias imaginar o que está sendo descrito relatado nossa é uma sequência tão poderosa e Tão rica de experiências que eu perco até a fala na hora de descrever você quer ver a maior prova que isso pode ser maravilhoso é você lê e você procura ouvir dentro de você a voz de outra pessoa Outro dia eu tava fazendo uma live né para o pessoal do clássicos do pensamento que alguns escreveram Professor toda vez que eu leio alguma coisa quem eu o osso dentro de mim é você caramba você pode mesmo conseguir isso um outro jeito de conseguir isso é você tirar o som de um a série por exemplo que tá sendo legendada e você ali coloca a voz que você quiser a portanto aqui um trabalho mesmo de decodificação maravilhoso extremamente complexo que permite ao autor do livro exibir a sua alma por intermédio desses códigos mediadores que chegam até você convertem-se não porta-voz não é interno e ainda despertam as imaginações mais incríveis essa sim produzidas completamente por você mais estimuladas pela leitura e portanto mas remotamente pelo autor e suas convicções Então vai aqui um um exercício maravilhoso para além de pisar e respirar que é o exercício de trazer a prática da Leitura para a consciência e veja e não é trazer para consciência digamos a Trama do que você tá lendo é mais do que isso é trazer para a consciência a prática da leitura do que você tá lendo portanto é um degrau acima ou é um degrau a mais de recuo no sentido de observar a Maravilha desse instante prático que é o instante dessa atividade tão incrível para nós que é a atividade da leitura né então eu acho que nós estamos indo a caminho do maravilhamento e a gente acaba concluindo que ler não é uma atividade banal e não pode ser entendido como uma atividade banal tá e portanto Claro trata-se quase que de um ato misterioso em que por hábito de empobrecer a própria vida a gente joga na conta de um piloto automático e e talvez você tenha se dado conta clique no cotidiano você tem inúmeros focos de atenção e esses inúmeros focos de atenção acabam de fragmentando te dividindo e portanto te fragilizando e talvez eu diria o terceiro ponto forte aqui da nossa reflexão é justamente em conseguir colocar o cotidiano entre parentes Ismar tão o maravilhamento ele pressupõe de um lado um pouquinho de confiança num primeiro momento não segundo momento ele pressupõe uma capacidade de se dar conta do que está acontecendo em outras palavras você se dá conta daquilo que você está fazendo das experiências que tá tendo de como tá vivendo da maneira mais completa possível e num terceiro momento tal como eu acabei de dizer para uma suspensão do Oi e essa suspensão do cotidiano nos permite vencer as suas comodidades e porque comodidades a eu eu insisto que a comodidades porque no final das contas o cotidiano é um estilo de existência ao qual estamos muito habituados e em relação ao qual acreditamos dominar muito o seu funcionamento na hora que colocamos no cotidiano em suspenso abrimos uma espécie de um parentes na e nos dedicamos a uma atividade de maravilhamento aonde vamos num primeiro momento nos dá conta do que nos acontece trazer para consciência Nossa prática e deixar nos invadir por ela não espírito de Plenitude é normal que tenhamos receio é normal que tenhamos receio do que possa nos acontecer Afinal de contas você deve imaginar desde o começo todo o maravilhamento se tratar de uma ruptura com o cotidiano ele pode ser prazeroso incrivelmente prazeiroso mas ele pode ir além do prazer ele pode nos reservar Sensações que ignoramos até então e é por isso que talvez essa experiência na de busca de uma consciência plena da experiência possa despertar em nós um certo temor Subimos para uma quarta condição importante desse maravilhamento esse maravilhamento por romper com o cotidiano ele também implica romper com uma perspectiva utilitarista da Vida em outras palavras você não existe para alguma coisa mas existe por existir experiência por experienciar e dessa maneira isto não está a serviço de nenhum E outra coisa não é útil para nada Outro dia eu fui gravar uma uma palestra e fui para chegar né era muito perto aqui de casa eu fui a pé e fui para chegar a volta na volta eu fiz o mesmo caminho só que eu não vim para chegar eu não tinha nada para fazer em casa então de uma certa maneira o percurso ele deixou de ser um percurso instrumental de chegada na de levar a um destino e passou a ser um percurso com o valor imanente com valor nele mesmo portanto nessa volta eu pude reparar nos Jardins dos prédios eu pude reparar nas calçadas nas árvores cujas raízes fazem subir o cimento das Calçadas eu pude reparar nas pessoas e nos seus rostos Aflitos cruzando a minha figura na calçada eu pude reparar nos motoristas e seus veículos possantes e pouco Jenner e com os pedestres eu pude reparar até mesmo na meteorologia que foi ganhando sua consistência que foi se organizando que foi se transformando como sempre faz enfim eu pude reparar no vento na brisa na temperatura do vento que batia no meu rosto em outras palavras a volta não teve nada que ver com a ida porque a volta não tinha destino não se trata de um percurso que leva o destino mas sim de um destino que se esgota no percurso cujo Total O valor está no passo a passo da transitoriedade do trânsito pois muito bem além de colocar entre parentes no cotidiano e retirar a experiência de uma lógica instrumental de utilidades e finalidades é preciso também saber tirá-la de uma lógica de causas referentes em outras palavras nessa a ficha de maravilhamento nessa experiência de embasbacamento não cabe avaliação de português é muito muito muito hostil ao maravilhamento é a partir do frescor da Brisa que bate no rosto investigar as causas da temperatura do vento da onde vem porque será que tá mudando o tempo Como você deverá conhecer Tanta gente assim que adora ante qualquer experiência dá uma explicação uma causalidade isso é porque é assim isso é porque é assado e evidentemente que todo esse calçamento da experiência é profundamente ante maravilhamento é o Sutil ou maravilhamento porque o maravilhamento ele não vai nem para frente nas utilidades nem para trás nas causalidades dado que esgotar o mesmo a sua razão de ser e é por isso que Maravilhas Mentos dispensam discurso Maravilhas Mentos de extensão avaliações análises Maravilhas Mentos dispensa-o tanto porque quanto para que loucura que loucura Pois é e para fechar porque o pessoal aqui do podcast daqui a pouco vai arrancar o plugue da tomada a última coisa que eu queria falar sobre esse maravilhamento que me parece absolutamente maravilhoso destacar importante aqui deixa só você não vai nem para trás você não vai nem para frente você esgota ali mesmo e é por isso que não instante de experiência maravilhada você o rompe com a Cadência ordinária do tempo e essa ruptura com a Cadência ordinária do Tam e faz com que o tempo percebido ele se distanciem completamente do tempo do relógio do tempo dos Ponteiros do tempo das agendas do tempo dos compromissos do tempo dos encontros esse tempo o tempo da experiência em maravilhamento ele ganha uma Cadência que ele é toda a própria e é por isso mesmo que o tempo passa e você Maravilhado não consegue aquilo a talo avaliá-lo e mediu quando você volta para casa depois do percurso a pé alguém que não se deixou maravilhar perguntará onde é que você tava que demorou tanto e você responderá simplesmente maravilhado Maravilhado a Maravilha é assim ela te tira um pouco do cotidiano do destino da causa do discurso e do tempo uma experiência maravilhosa e E aí E aí e era o que tínhamos para dizer nesse maravilhoso dia de quinta-feira dia de Podcast dia de inédita pamonha mais longo do que diabito mas valeu demais a pena está com você graças a estima Chemical do Brasil bnp paribas asset Management e profs achei quinta-feira que vem se você gostou de hoje tem mais valeu e se você ouviu o inédito da Pamonha por Clóvis de Barros Filho trazido até você pela revista em inspire-se acesse [Música] www.