Se você realmente curte o universo CSI, você já deve ter visto alguns filmes ou lido em um livro algum crime que foi desvendado com o uso da impressão digital. A impressão digital colocou aquela pessoa naquele local ou naquela arma de crime. Você tem curiosidade de saber como é que isso funciona?
Como é que um simples desenho da ponta do seu dedo, leva a identificar quem você é? Então você está no vídeo certo, no canal mais certo ainda! Hoje eu trago para vocês o mundo da papiloscopia forense.
Mas antes da gente entrar nesse conteúdo um pouco mais a fundo, eu quero que você curta aqui esse vídeo, que eu tenho certeza que você vai gostar! Se você não está inscrito no canal, chegou aqui agora, faz o seguinte. .
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Você sabe, ao longo dos anos, como é que a gente identificava que uma pessoa era ela mesmo? Porque hoje a gente tem as impressões digitais que, pelo menos, você já ouviu falar. Tem o DNA, que você já deve ter ouvido falar ou visto no noticiário, alguma coisa do tipo.
Mas pensa bem antigamente. Como era demonstrado que uma pessoa esteve naquela cena de crime? Ainda vou além!
Como é que era demonstrado que aquela pessoa era aquela pessoa? "Ai, Amanda, que loucura. Aquela pessoa é aquela pessoa?
" Sim! Porque você pode chegar e ter dito assim: "Ah, eu vi Amanda em tal local. " Ok, você pode ter 100% de certeza nisso?
Não. Podia ser alguém muito parecido comigo. Poderia ser uma irmã gêmea que você nem sabe que eu tenho, né?
Agora, se você utilizasse o método que te desse 100% de certeza que era eu, aí sim, você podia afirmar: "Eu não acho que vi Amanda. Eu vi Amanda. " Então isso aqui é para você entender o que é um processo de identificação.
É aquele que dá certeza sobre a identidade de alguém. E, ao longo dos tempos, o homem se preocupou muito com isso. Eu te dou um exemplo bem prático: coisas, animais.
Como é que você falava que pertencia a alguém? Nos animais como nos bois, por exemplo, se usava muito ferrete. Sabe?
Até hoje ainda se usa muito para marcar a boiada. Nos objetos pessoais se fazia o quê? Se escrevia o nome daquela pessoa.
Era comum a gente ver relógio de bolso com o nome da pessoa gravado. Anéis com o nome da pessoa gravado na face interna. Os lençóis bordados, que hoje a gente usa por pura estética.
Mas que antigamente aquilo era para mostrar que pertencia a tal pessoa. Do mesmo jeito era com o ser humano. Já se passou um tempo utilizando a tatuagem para afirmar que tal pessoa era realmente ela.
Já se usou outros critérios não científicos e científicos. Como, por exemplo, a análise antropométrica. Que é a que se faz com a medição dos ossos, para dizer se aquele esqueleto é de um homem, de uma mulher, de um jovem, de um idoso.
Se apresentava algum problema, alguma enfermidade óssea. Como, por exemplo, se mancava de uma das pernas, se tinha osteoporose. Gente, possibilidades enormes.
E que já levavam a dizer que fulano poderia ser fulano. Porque a certeza mesmo veio, apenas, no século 19. Anos de 1800 e um pouquinho mais.
. . quando cientistas forenses começaram a perceber que o desenhozinho da ponta dos nossos dedos era único.
Não se repetia, nem em gêmeos univitelinos. Que aquelas pontas do dedo poderiam ser classificadas. E que não se mudavam ao longo da vida.
A gente teve um desses cientistas chamado Juan Vucetich. Que foi um dos que mais contribuiu e que, até hoje a gente se utiliza do que ele afirmou sobre as impressões digitais. E quando se passou a falar em impressões digitais nasceu a papiloscopia forense.
"Tá, Amanda. Digital, papiloscopia. .
. Mas o que danado é papiloscopia? " "Papilo" vem de papilas, as papilas dérmicas.
E o "copia" vem de estudo, exame. É o estudo das papilas dérmicas. Que são esses desenhos que a gente tem aqui na pontinha dos nossos dedos.
A gente chama essa região de terceira falange ou de falange digital. Esse desenho é formado por áreas mais elevadas e por áreas menos elevadas. São, respectivamente, as cristas e os sucos interpapilares.
Quando você toca algo com a ponta desses dedos. . .
esse desenho digital por conta das secreções glandulares que existem nessa região. . .
vão deixar esse desenho marcado num determinado anteparo. Aí você passa a ter a impressão digital. Veja a diferença, desenho digital é esse que você tem na ponta dos seus dedos.
Quando você transfere esse desenho para um anteparo, você tem a impressão digital. A diferença é que a impressão digital vai ter uma conformação inversa a do desenho digital. E aí depois eu te explico qual o impacto que tem nisso de forma prática.
Os cientistas forenses quando começaram a descobrir esses desenhos, viram que. . .
como eu te falei, eles não mudam ao longo da vida, eles atendem ao postulado chamado de imutabilidade. Eles se conservam ao longo da vida. São perenes, postulado da perenidade.
Eles são únicos e não se repetem jamais de um indivíduo para o outro: Unicidade. E eles são passíveis de serem classificados, postulado da classificabilidade. Gente, esses são os postulados da datiloscopia, que são muito cobrados em concurso público.
E são eles que demonstram que essa técnica é completamente eficaz para se determinar sobre a identidade de uma pessoa. Esses postulados não se modificaram desde o século 19 e se continua. As impressões digitais começam a se formar na ponta dos nossos dedos ainda na nossa vida intra-uterina.
A partir do sexto mês gestacional o feto já começa a formar esses desenhos. E esses desenhos vão sofrendo todas as manobras do líquido amniótico, da pressão intra uterina, da compressão dos vasos sanguíneos nessa região, levando a se formar desenhos digitais. E por isso que não se repete.
Se você tiver dois fetos dentro do mesmo útero, todos esses elementos que eu citei vão agir de forma distinta formando aquele desenho. Por isso que são únicos, por isso que é uma ferramenta tão poderosa. Não vão se modificar ao longo da sua vida.
Uma criança nasce com esse desenho e morre com esse desenho. "Ah, Amanda, mas se eu tiver uma queimadura. .
. que de repente comprometa? " Aí não foi que o desenho se modificou, mas você teve um fator exógeno que levou a não determinação daquele desenho digital.
São duas coisas diferentes. Certo? Então a gente tem.
. . além dessa possibilidade de identificar pelas impressões digitais; - e aí são as divisões da papiloscopia - a gente também tem a podoscopia.
Que é a capacidade de se identificar alguém através das impressões papilares do seu pé. A nível "plantar". Por isso, impressões plantares.
Isso é estudado pela podoscopia. A gente tem também a capacidade de determinar alguém pela palma das mãos. através das impressões palmares.
Isso é estudado pela poroscopia. E só para a gente completar essa divisão, quando você estuda o desenho da ponta dos dedos, você tem os desenhos digitais, as impressões digitais. Que são estudados pela datiloscopia.
"Datilo" que vem de dedo e "scop" é examinar, estudar. E é exatamente isso que se faz através da análise das impressões digitais. Gente, é o seguinte.
. . um cientista chamado Juan Vucetich, através dos seus estudos, lá em 1800 (e alguma coisinha), século XIX.
conseguiu dizer - e até hoje se mantém- que as impressões digitais, com base nesses desenhos digitais, têm quatro tipos fundamentais. Você pode ter impressões digitais de quatro tipos, todas elas baseadas no encontro do Delta (Δ). Que é um símbolo em formato de triângulo que vai aparecer ou não nessa impressão.
O encontro do Delta é a base dessa identificação. Agora, você pode ter uma impressão digital que não tem Delta. É a única que não possui o tipo fundamental, é chamado de Arco.
Já ouviu? Você estudando para concurso, já deve ter ouvido, né? Quando tem Delta, pode ser de três tipos: Presília Interna, Presilha Externa ou pode ser Verticilo.
Então lembra: o Arco não tem a presença do Delta. A Presilha Interna tem presença do Delta só que à direita de quem observa. Veja bem, não é a direita do seu desenho digital, mas à direita da sua impressão digital.
Por isso, tem que se ligar que há essa inversão entre desenho e impressão. E a determinação do tipo fundamental de impressão digital é feita pela impressão e não pelo desenho, tá? Então, tem um Delta?
Se ele estiver à direita de quem tá olhando a digital, a gente tem um tipo chamado Presilha Interna. Se esse Delta, porém, estiver à esquerda de quem está observando: Presilha Externa. Se ao invés de um Delta eu tiver dois Deltas, só pode ser de um tipo: Verticilo.
E aí, como eu já te falei, Arco não tem presença de Delta. "Amanda, como assim? Está à minha direita?
" Exato. Mas o que você vai usar como parâmetro? A presença do que a gente chama de Núcleo.
O núcleo, essas mesmas linhas digitais vão se dobrar sobre sí mesmo. Você tem ali o Núcleo, que quando o Delta está à direita, o Núcleo está à esquerda de quem observa aquela impressão. Quando o Delta, por sua vez, está à esquerda de quem observa, o Núcleo vai estar à direita.
Por isso que, por mais que o Delta esteja deslocado até para a região central da impressão, você vai tentar localizar o Núcleo para poder dizer se, se trata de Presilha Interna ou Externa. Agora, se tu enxergasse de cara, dois Deltas, só pode ser uma possibilidade: Verticilo. "E se não tem Delta nenhum, Amanda?
" Só pode ser Arco. Gente, se você está se preparando para concurso público, isso é muito cobrado e se chama Sistema Datiloscópico de Juan Vucetich. Isso é para você escrever, imprimir e colocar na porta do seu quarto, colocar na porta do seu banheiro, para isso sempre estar na sua cabeça.
Certo? Então não come mosca. Em concurso público isso é bastante cobrado.
"Ta, Amanda, eu entendi até aí. " "Mas eu não entendi como é que você me fala que a impressão digital. .
. não se repete de pessoa para pessoa. " "Que a gente pode ter trilhões de pessoas no mundo.
. . e que nenhuma delas vai ter a mesma impressão digital, quando você me cita que só há quatro tipos fundamentais de impressão digital.
" Verdade, sua dúvida é bastante plausível. E é a de muitos alunos que eu tenho. Mas é o seguinte.
. . porque primeiro se classifica a impressão digital, se for possível, se ver o tipo fundamental dela.
Porque às vezes nem sempre você está diante de uma impressão digital completa. Já, já eu chego aí, tá? Para depois você estudar o que a gente chama de pontos característicos.
Que são desenhos dessas linhas, dessas cristas papilares, que vão ter aspectos específicos. E a gente tem uns cinquenta tipos desses desenhos. Um exemplo, bifurcação.
Outro exemplo, embuste. É, tem esse nome estranho. Ilha, Ilhota.
. . Tem vários!
São mais de cinquenta. Nem o perito decora, o perito aprende os mais frequentes. Mas geralmente, ele vai fazer a análise daquela digital com o livro do lado, vendo aquele esquema, para lembrar o nome especificamente do ponto característico.
Que agora vocês estão vendo que nem eu consigo lembrar. Então vai se começar a estudar os pontos característicos. A gente sempre pega uma digital e começa a estuda-lá, a percorrê-la, no sentido horário, certo?
Então você vai investigando no sentido horário e demarcando os pontos característicos. E aí, tu vai confrontar, e aqui eu apresento para vocês o Confronto Papiloscópico. Quando você quer dizer se uma pessoa, a ela pertence aquela digital que foi obtida em local de crime, você faz o confronto papiloscópico.
Você estuda o tipo fundamental da impressão digital quando dá, e os pontos característicos daquela impressão. Se você, em ambas as impressões que estão sendo estudadas, consegue encontrar similaridade em 12 pontos característicos. (12 na verdade é assim, mais assim, né?
) Doze pontos característicos: bingo! Você já pode afirmar que aquela digital pertence àquela outra pessoa que deu o seu padrão para confronto. A partir de 12 pontos característicos, você confirma que aquela pessoa é aquela pessoa.
Se você achar uma quantidade inferior a isso, você não pode atribuir a identidade. Se você achar além de 12 pontos, você atribui a identidade. A partir de 12 pontos: bingo!
"Amanda e onde é que vem essas impressões digitais? " Simples. Um perito pode coletar no local de crime.
Eu posso pegar uma arma de fogo no local de crime, que estava ao lado da vítima, e eu posso ver se nela há impressões digitais. Se tiver, eu vou ter o que eu chamo de impressão digital questionada. Que é aquela que eu não sei a quem pertence.
Mas se eu tiver uma dúvida, se eu tiver um suspeito. . .
ou o delegado ou o promotor me encaminhar o suspeito, eu vou pedir para ele me fornecer a impressão digital. E aí, eu vou ter o que a gente chama de padrão. E o padrão será confrontado papiloscópicamente com o questionado.
E se tiverem no mínimo 12 pontos característicos de similaridade: bingo! Aquela impressão digital, coletada naquela arma de fogo, - como o exemplo que estou dando - pertence àquele suspeito que foi encaminhado. A gente pode fazer essa busca, não tem o suspeito físico, mas eu posso fazer essa busca no banco de dados de impressão digital.
Aqui no Brasil, a gente tem a Lei da Carteira de Identidade. Se você quiser tirar o seu RG ou passaporte, você obrigatoriamente terá que fornecer sua digital. E não apenas uma, as dez.
É o que a gente chama de Arquivo Decadactilar. Que ficará armazenado. .
. (gente, tô gaguejando) Armazenado no arquivo de identificação civil. Que isso fica dentro da polícia científica.
Seja federal, seja civil, estadual. E uma vez que precisar confrontar com uma impressão digital coletada em local de crime, a gente pode usar esse comparativo. Agora, impressão digital não precisa vir só de um local de crime.
Eu posso ter uma pessoa que faleceu e que foi encaminhada ao IML, só que essa pessoa não estava de posse dos seus documentos pessoais. Então não tinha como você precisar quem era aquela pessoa. Mas aquela pessoa vai ter suas digitais.
O perito vai coletar essas impressões digitais do exame que a gente chama de Necropapiloscopia. Necro, por que vem de morto. Vai coletar aquela impressão digital, que é a impressão digital questionada, e vai comparar ao banco de dados de impressões digitais.
Que lá vão estar os padrões, aquelas pessoas que você sabe a quem pertence. E se você conseguir encontrar em uma análise de uma delas, no mínimo 12 pontos característicos. .
. Agora pensa: tem que ser no exato dedo. Se eu estou coletando o dedo indicador, eu tenho que comparar ao arquivo decadactilar com o dedo indicador da mão direita ou esquerda, sempre igual.
Sabe por que, gente? - coisinha que eu não falei - Seus 10 dedos, cada um deles tem uma impressão digital diferente. Nem entre seus dedos ela coincide.
Está vendo a força desse sistema de identificação? Então eu posso identificar até pessoas que morreram e que estão, no que a gente chama de "ignoradas". Sem portar um documento de identificação ou sem nenhum familiar ter ido lá reclamar que aquele se trata de alguém da família.
Agora, se esse cadáver der entrada no IML já em estágio de putrefação avançada, essa impressão digital já não vai ser passível de te dizer nada, porque ela não vai existir. Está bem na camada superficial da sua derme. Quando começa a decomposição cadavérica, a medida que ela vai avançando, vai comprometendo toda essa superfície da epiderme, da hipoderme.
E a impressão digital deixa de existir. Então você já não pode identificar a pessoa por aí. "Ta, Amanda, eu vou identificar como?
" Aí tem outras técnicas: DNA, análise de arcada dentária. Mas que eu não vou explicar agora para vocês. Porque isso vai ser conteúdo de um outro vídeo.
Não sei se o próximo, mas de um outro vídeo nosso. Por isso que é importante você fazer sabe o quê? Ativar as notificações ai para você não perder quando eu lançar esse vídeo.
É importante também você me seguir, para me incentivar cada vez mais a botar mais conteúdo pericial aqui. E claro, se curtiu, curte já esse vídeo! Para a gente fortalecer ainda mais a perícia criminal.
E aí é só aguardar que vai chegar notificação de que um novo vídeo deu entrada no canal.